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Todas as infecções fúngicas serão resolvidas com um desses fármacos: 1. Anfotericina B: é utilizado em infecções fúngicas graves e sistêmicas, pode ser utilizada como terapia de indução em pacientes imunossuprimidos ou com infecções fúngicas graves, para uma vez desencadeada a resposta clínica, ser substituído por um “azol”, outra possibilidade é sua utilização em indivíduos com neutropenia, cuja febre não responde a antibacterianos de amplo espectro por 5 - 7 dias, e é administrado por via endovenosa. Seu espectro de ação engloba todos os fungos clinicamente importantes (Cryptococcus neoformans, Candida albicans, Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis e Aspergillus sp). Possuem mecanismo de ação através da formação de poros da membrana plasmática pela ligação ao ergosterol. Reações adversas: febre, calafrios, taquipneia, hipotensão e a longo prazo lesão renal. Quadro de febre prolongada com neutropenia é bem provável que seja infecção fúngica. 2. Nistatina: utilizada em infecções tópicas. Seu espectro de ação engloba candida ou infecções fúngicas que se manifesta na pele. Possuem mecanismo de ação através da formação de poros da membrana plasmática pela ligação ao ergosterol. 3. Azóis: Seu espectro de ação engloba fungos de maneira geral (Cryptococcus neoformans, Candida spp., Blastomyces dermatitidis, Histoplasma capsulatum, Coccidioides spp., Aspergillus spp., Sporothrix schenckii, Pseudallescheria boydii). Possuem mecanismo de ação através da inibição da enzima CYP responsável pela síntese de ergosterol fazendo com que haja o acúmulo de ergosterol comprometendo o funcionamento enzimático da membrana. Dividem-se em dois grupos: ➔ Imidazóis: são medicamentos (Cetoconazol - via oral/tópico e Miconazol - via oral) mais velhos e não possui seletividade entres as CYPs humanas e fúngicas ➔ Triazóis: são medicamentos (Itraconazol - via oral/tópico e Fluconazol - via oral/tópico/spray) mais novos e possuem seletividade frente às CYPs. O Fluconazol consegue atravessar a barreira hematoencefálica. Helmintos causadores de infecções em humanos: 1. Ascaris lumbricoides - ascaridíase; 2. Trichuris trichiura - tricuríase; 3. Ancylostoma spp. - larva migrans cutânea e visceral; 4. Strongyloides stercoralis - estrongiloidíase; 5. Schistosoma spp. - esquistossomíase; 6. Echinococcus granulosus - hidatidose; 7. Taenia spp. - teníase; 8. Necator americanus - ancilostomose. Benzimidazóis: são medicamentos (Albendazol, Mebendazol e Tiabendazol) classificados assim pelo anel benzimidazólico. Possuem mecanismo de ação através da alteração estrutural do patógeno inibindo a polimerização dos microtúbulos ligando-se a beta-tubulina e também compromete as mitocôndrias. Seu espectro de ação é bem amplo e engloba 1. Albendazol: helmintos intestinais e hidatidose, Taenia sp, larvas migrans 2. Mebendazol: + uso mais eficaz contra oxiúrus 1 Farmacologia II 2020.2 Antifúngicos Anti-helmínticos 3. Tiabendazol: larva migrans cutânea e estrongiloidíase (possui muitos efeitos adversos) Ivermectina: Seu espectro de ação é mais direcionado para parasitas não intestinais (Wuchereria bancrofti e outras filárias, larvas e adultos de nematódeos como Strongyloides stercoralis e Toxocara sp.), tem uso veterinário - pulgas, carrapatos, piolhos e chatos. Possui um mecanismo de ação agindo no neurotransmissor GABA o estimulando causando imobilidade pela hiperpolarização celular. Praziquantel: Seu espectro de ação engloba o tratamento para nematódeos, cestódeos, trematódeos e teníases, com ênfase para o tratamento da esquistossomose. Possui um mecanismo de ação que aumenta a permeabilidade do cálcio causando imobilidade. Protozoários causadores de infecções em humanos: 1. Entamoeba histolytica - Amebíase 2. Giardia intestinalis - Giardíase 3. Toxoplasma gondii - Toxoplasmose 4. T. cruzi - Tripanossomíase 5. Leishmania spp. - Leishmaniose 6. Plasmodium spp. - Malária 7. Trichomonas vaginalis - Tricomoníase 8. Endolimax nana - não causa danos ao hospedeiro Nitroimidazólicos: são medicamentos (Metronidazol e Secnidazol) que possuem um anel imidazólico junto com a função nitro. Seu espectro de ação engloba os protozoários menos Plasmódio. Possuem um mecanismo de ação através do aumento do grau de oxidação gerando lesões em estruturas e interrompendo vias metabólicas. Seu mecanismo de ação consiste em que o grupamento nitro é reduzido nas bactérias anaeróbias e nos protozoários sensíveis. Utilizados no tratamento de amebíase, giardíase e tricomoníase. Usos clínicos: o Metronidazol tem ação além dos protozoários também contra bactérias anaeróbias, Secnidazol não. Malária: tratamento contra o protozoário do gênero Plasmodium (P. vivax, P. falciparum, P. malariae, P. ovale, P. knowlesi) envolve Cloroquina, Primaquina, Artemeter e Lumefantrina, porque dependendo da forma (circulante - esquizonte, latentes no fígado e gametócitos) que o parasita está e qual foi o tipo de Plasmodium tem um medicamento. 1. Cloroquina e Primaquina: ataca a forma eritrocitária e os gametócitos, mas não ataca as formas hepáticas. P. vivax e P. ovale não complicadas. 2. Artemeter: ataca a forma eritrocitária, mas não ataca as formas hepáticas. P. falciparum em associação com Lumefantrina. 3. Lumefantrina: ataca a forma eritrocitária e as formas hepáticas. P. falciparum em associação com Artemeter. Leishmaniose: tratamento a base de antimoniais pentavalentes 1. Estibogluconato de sódio (Pentostan) 2. Antimoniato de meglumina (Glucantime): efeitos adversos: sintomas gastrintestinais, nefrotoxicidade, alterações de ECG, aumento de transaminases. Não indicado para pessoas com doenças renais, hepáticas e cardíacas. 3. Anfotericina B caso a Leishmania seja resistente. 2 Anti-protozoários
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