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Farmacos antifungicos, antiprotozoarios e anti-helminticos

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Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
1 Terapêuticas II 
Fármacos Antifúngicos 
Os fungos são eucariotos, com paredes celulares 
rígidas compostas largamente de quitina. Além disso, 
as membranas celulares dos fungos contém ergosterol. 
Essas características estruturais são úteis no 
direcionamento dos fármacos quimioterápicos contra 
as infecções fúngicas. 
A infecções por fungos são denominadas micoses e, de 
modo geral, podem ser divididas em infecções 
superficiais (pele, unhas couro cabeludo ou mucosas) e 
infecções sistêmicas (afetam tecidos e órgãos mais 
profundos) 
Antifúngicos sistêmicos para infecções sistêmicas 
 Anfotericina B 
 Flucitosina 
 Azóis 
 Imidazólicos 
 Triazólicos 
Antifúngicos sistêmicos para infecções mucocutâneas 
 Griseofulvina 
 Terbinafina 
Antifúngicos para uso tópico 
 Nistatina 
 Azóis tópicos 
 Clotrimazol 
 Miconazol 
 Cetoconazol 
 Alilaminas tópicas 
 Terbinafina 
 Naftifina 
**Um dos principais motivos que diminui a eficácia 
desses antifúngicos é a correta adesão. Existe grande 
chance de reinfecção por causa da utilização errônea 
As infecções fúngicas superficiais podem ser 
classificadas em dermatomicoses e candidíase. 
As dermatomicoses são infecções da pele, dos cabelos 
e das unhas causadas por dermatófitos. As mais 
comuns são produzidas por microrganismos do gênero 
Tinea, responsáveis por vários tipos de tinha. 
Na candidíase superficial, o microrganismo 
leveduriforme infecta as mucosas da boca (afta) ou da 
vagina ou pele. 
As micoses profundas podem envolver órgãos internos 
ou acometer todo organismo do hospedeiro, 
produzindo variado quadro anatomopatológico. Os 
fungos dimórficos estão muito frequentemente 
associados a esta condição. 
A maioria dos fármacos antifúngicos convencionais 
atua sobre a membrana plasmática do fungo, 
interferindo, em grande parte das vezes, no 
metabolismo do ergosterol. Podem alterar a formação 
do fuso mitótico, impedindo a divisão e podem alterar 
a sintese de DNA, através da alteração de metabolitos 
específicos para a formação 
Anfotericina B 
A anfotericina B persiste como o agente mais eficaz 
para infecções fúngicas sistêmicas. 
**Fármaco sistêmico para infecções sistêmicas 
graves. Devido a sua toxicidade não é recomendado 
para infecções sistêmicas mais leves 
A especificidade relativa por fungos pode ser devida à 
maior avidez da droga pelo ergosterol do que pelo 
colesterol. 
A anfotericina mostra-se ativa contra a maioria dos 
fungos e leveduras. 
Ela é eficaz contra uma ampla variedade de fungos, 
incluindo Candida albicans, Histoplasma capsulatum, 
Cryptococcus neoformans, Coccidioides immitis, 
Blastomyces dermatitidis e várias cepas de 
Aspergillus. 
**Também pode ser utilizado no tratamento de um 
tratamento por protozoário, a Leishmaniose. 
Via intravenosa (infusão lenta de 4 a 8 horas) 
Acesso individual para anfotericina 
Mecanismo de ação: 
A anfotericina seleciona a célula do fungo através de 
uma maior seletividade para o ergosterol, presente na 
membrana. 
Ao reconhecer o ergosterol a anfotericina é capaz de se 
introduzir na membrana do fungo formando um poro 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
2 Terapêuticas II 
hidrofílico, pelo qual proteínas e eletrólitos extravasam 
provocando a morte do fungo. 
Efeitos adversos 
 reações sistêmicas imediatas (febre, calafrios, 
cefaleia e hipotensão, tempestade de citocinas) 
 Nefrotoxicidade (toxicidade mais 
significativa) 
o O componente reversível é 
representado por redução da perfusão 
renal e éuma forma de insuficiência 
pré-renal. 
o O componente irreversível resulta de 
lesão tubular renal e disfunção 
subsequente. 
 efeitos hematológicos (anemia secundária à 
diminuição da produção de eritropoetina pelos 
rins). 
 Outros efeitos indesejáveis incluem 
comprometimento da função hepática, 
trombocitopenia e reações anafiláticas. 
 
Nistadina 
A nistatina é um antifúngico de estrutura semelhante à 
da anfotericina e com o mesmo mecanismo de ação. 
Administrado por via tópica e, em algumas situações, 
vo para tratamento de fungos no intestino 
**É mais comumente empregada para a supressão de 
infecções locais por Candida. 
Flucitosina 
A flucitosina é um agente antifúngico sintético 
Administrada por via oral 
Mostra-se ativa contra uma gama limitada de infecções 
fúngicas sistêmicas (leveduras). 
A sua posologia é de 100-150 mg/kg/dia em pacientes 
com função renal normal. 
(insuficiência renal = elevação dos níveis plasmáticos – 
toxicidade) 
Mecanismo de ação 
Dependente de permeases especificas presentes na 
membrana do fungo. 
É um pró fármaco que consegue passar pela membrana 
e dentro do fungo é convertida no seu metabólito ativo 
5- fluorouracil e em seguida monofosfato de 5-
fluoruridina nas células dos fungos, mas não em 
células humanas. 
5-fluoruridina é capaz de se ligar a timidilato sintetase 
(timidina), inibindo-a. Por consequência não há a 
síntese do DNA 
Farmacocinética 
A vantagem farmacocinética desse agente reside no 
seu grande volume de distribuição, com excelente 
penetração no SNC, olhos e trato urinário. 
Efeitos adversos (antineoplásico 5-fluorouracil) 
 anemia, leucopenia e trombocitopenia 
 náusea, vômitos, diarreia e disfunção hepática 
**A anfotericina B aumenta a permeabilidade celular, 
permitindo que mais 5-FC entre na célula e gere 
efeitos sinérgicos. 
Griseofulvina 
Hoje em dia é clinicamente pouco utilizada 
Só é usada em dermatofitose 
Administração oral (1g ao dia – junto com alimentos) 
Mecanismo de ação 
Age inibindo a formação dos microtubulos por 
inteferencia com a tubulina. Isso impede a formação 
do fuso mitótico, impedindo que ocorra divisão (é um 
fungistático) 
Farmacocinetica 
Tem como benefício o acumulo em células de 
queratina, promovendo efeito mais duradouro 
Aumenta o metabolismo da varfarina, diminuindo os 
seus efeitos, e reduz potencialmente a eficácia dos 
ACO 
Deve ser evitada durante a gravidez, visto que foram 
relatadas anormalidades fetais. 
Terbinafina 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
3 Terapêuticas II 
Menos utilizado hoje em dia 
Utilizado para infecções locais 
Tratamento de dermatofitoses 
Não parece afetar o sistema do P450 e não tem 
apresentado interações medicamentosas significativas. 
Mecanismo de ação 
Interfere na biossíntese do ergosterol por inibir a 
enzima fúngica esqualeno epoxidase. Essa reação 
provoca o acúmulo do esqualeno esterol, que é tóxico 
para o fungo. 
Efeitos adversos 
Os efeitos adversos são raros e consistem 
primariamente em desconforto gastrointestinal e 
cefaleia 
Derivados Azólicos 
 
Os principais fármacos disponíveis incluem 
fluconazol, clotrimazol itraconazol, cetoconazol 
(precursor dos demais), miconazol, voriconazol e 
econazol. 
O miconazol e o clotrimazol sósão usados como 
terapia tópica. 
Mecanismo de ação 
Interferência no sistema P450 do fungo, inibindo a 
síntese do ergosterol, principal esterol encontrado na 
membrana do fungo. 
A consequente depleção de ergosterol altera a fluidez 
da membrana, interferindo na ação das enzimas 
associadas à membrana. O efeito global consiste em 
inibição da replicação. 
Efeitos adversos 
Mais comum é um pequeno distúrbio gastrointestinal. 
Todos os azóis podem provocar anormalidades nas 
enzimas hepáticas e, muito raramente, hepatite. 
 
 
 
 
Fármacos Antiprotozoários 
Fármacos que agem sobre infecções provocadas por 
protozoários- eucariotas unicelulares 
Quanto mais próximo ao organismo humano, menor 
seletividade para o organismo invasor e como 
consequencia maior chance de reações adversas 
A maioria atua nos processos metabólicos 
**A maioria não é indicado para gestantes 
 
Amebíase 
É uma infecção do trato intestinal causada pela 
Entamoeba histolytica. 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
4 Terapêuticas II 
Pode seraguda ou crônica, assintomática, leve ou 
provocar disenteria fulminante. 
O tratamento é indicado para pacientes doentes na fase 
aguda e carreadores assintomáticos (pode causar 
infecções futuras ou ser fonte potencial de infecção). 
Classificados em luminais (atuam diretamente no 
lumen intestinal), sistêmicos ou mistos 
 
Metronidazol 
Fármaco de 1º escolha. É um fármaco Misto: atua por 
via intraluminal e sistêmico 
É usado também no tratamento de infecções causadas 
por Giardialamblia, Trichomonas vaginalis, cocos 
anaeróbicos e bacilos gram- negativos anaeróbicos. 
Mecanismo de ação 
O grupo nitro do metronidazol é capaz de servir como 
aceptor de elétrons, e durante o metabolismo da ameba 
vai promover a formando compostos citotóxicos 
reduzidos que se ligam às proteínas e ao DNA, 
resultando na morte dos trofozoítos da E. histolytica. 
Farmacocinética 
Absorvido após administração oral. 
Se distribui bem por todos os tecidos e líquidos do 
organismo. 
Biotransformação depende da oxidação hepática (é 
afetado por indutores e inibidores enzimáticos). 
Se acumula em pacientes com doença hepática grave. 
Excretado na urina. 
Reações Adversas 
 Nauseas e vômitos 
 Disturbios GI 
 Gosto metálico 
 Neurotoxicidade (tontura, vertigem e 
entorpecimento ou parestesia) – menos 
frequente, porém que pode suspender a 
medicação. 
**Quando associado com bebida alcoólica, pode 
ocorrer uma reação semelhante ao uso de dissulfiram 
Tinidazol 
Opção farmacológica 
De segunda geração com espectro de atividade, 
absorção, efeitos adversos e interações similares aos do 
metronidazol (mais caro). 
Menor frequência de administração, porém mais caro 
Cloroquina 
Amebicida sistêmico 
Útil no tratamento de abscessos hepáticos e infecções 
da parede intestinal causados por amebas. 
Usada em associação com o metronidazol (ou em 
substituição em caso de intolerância). 
**A cloroquina também é eficaz no tratamento da 
malária (cloroquina é classificada como agente 
antimalárico então a continuação esta na parte de 
malária no resumo) 
Desidrometina 
Mais tóxico 
Administração IM 
Só utilizado quando o paciente não pode nenhuma das 
opções acima citadas 
Dilxamida 
Agente exclusivamente intraluminal 
Administração VO 
Usado em associação com metronidazol ou 
isoladamente em pacientes assintomáticos. 
Malária 
 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
5 Terapêuticas II 
Protozoários do gênero Plasmodium. 
É transmitida por picada do mosquito fêmea do gênero 
Anopheles. 
O Plasmodium falciparum é a espécie mais perigosa, 
causando uma doença aguda, rapidamente fulminante 
(febre elevada persistente, hipotensão ortostática e 
eritrocitose massiva – pernas avermelhadas e 
inchadas).Podem levar à obstrução capilar e à morte se 
não houver pronto atendimento. 
O Plasmodium vivax causa uma forma mais branda da 
doença. 
A resistência dos mosquitos aos inseticidas e dos 
parasitas aos fármacos tem gerado novos desafios 
terapêuticos. 
 
Primaquina 
Antimalarico de uso VO 
Erradica primariamente as formas exoeritrocíticas e as 
formas exoeritrocíticas secundárias de malárias 
recorrentes (P. vivax). 
As formas sexuadas (gametocíticas) dos plasmódios 
são destruídas no plasma ou são impedidas de maturar 
no mosquito interrompendo a transmissão da doença. 
Não é eficaz contra o estágio eritrocítico da malária 
Normalmente utilizada associada com cloroquina e 
mefloquina- essa associação é feita porque esses dois 
fármacos tem ação nesse estágio eritrocítico que a 
primaquina não tem. 
Mecanismo de ação 
Pouco compreendido 
Os metabólitos da primaquina atuam como 
esquizonticida. 
Farmacocinética 
Bem absorvida após administração oral 
Não se concentra nos tecidos. 
É rapidamente oxidada a vários compostos (não está 
estabelecido qual dos compostos tem a atividade 
esquizonticida). 
Ela é minimamente biotransformada no fígado. 
Eliminação renal. 
Efeitos adversos 
 Anemia hemolítica (suspensão imediata) 
 Doses altas podem causar desconforto 
abdominal (especialmente quando são 
administradas em associação com cloroquina) 
e metemoglobinemia ocasional. 
**A primaquina não deve ser usada durante a 
gestação. 
**Todas as espécies de Plasmodium podem 
desenvolver resistência. 
Cloroquina 
Tratamento de 1º escolha 
Não é capaz de impedir a reinfecção por isso é usado 
em associação 
É menos eficaz contra a malária por P. vivax. 
Ela é altamente específica contra a forma assexuada 
dos plasmódios. 
A cloroquina é usada na profilaxia da malária. 
A hidroxicloroquina é uma alternativa à cloroquina. 
Mecanismo de ação 
Não está completamente compreendido 
Inibe a formação de proteínas, DNA e RNA (pouca 
relação com a malária). 
Evita da digestão da hemoglobina e obtenção de aa 
essenciais do parasita. 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
6 Terapêuticas II 
Inibe a heme polimerase e impede a formação da 
hemozoína. 
 
Farmacocinética 
É rápida e completamente absorvida após 
administração oral 
Amplo volume de distribuição (eritrócitos, fígado, 
baço, rins, pulmão, leucócitos) 
Penetra o SNC e atravessa a placenta 
Metaboliza no fígado 
Excretado de modo predominante na urina 
Efeitos Adversos 
 Disturbios GI 
 Urticaria 
 Cefaleia 
 Visão borrada 
Atovaquona + Proguanil 
É eficaz contra P. falciparum resistentes à cloroquina 
(prevenção e no tratamento da malária). 
Atovaquona inibe processos mitocondriais, como o 
transporte de elétrons, bem como a biossíntese de 
pirimidina e de ATP. 
Metabólito ativo da proguanil (cicloguanil) inibe a di-
hidrofolato redutase do plasmódio, impedindo a síntese 
de DNA. 
A associação deve ser tomada com alimento ou leite 
para aumentar a absorção. 
Efeitos adversos comuns: 
 náuseas, 
 êmese, 
 dor abdominal, 
 cefaleia, 
 diarreia, 
 anorexia 
 Tonturas. 
Quinina 
Interfere na polimerização do heme, acumulando o 
grupo heme e resultando em morte da forma 
eritrocitária do plasmódio. 
Reservada para infecções graves e cepas de malária 
resistentes à cloroquina. 
A quinina geralmente é administrada em associação 
com doxiciclina, tetraciclina ou clindamicina. 
Por via oral, a quinina é bem distribuída pelo 
organismo. 
Tafenoquina 
Tratamento contra a malária vivax. 
Aplicada em uma única dose. 
Atua diretamente na forma hepática (os hipnozoítos), 
evitando as chamadas recaídas, que é o retorno da 
doença por infecção na corrente sanguínea” 
Tripanossomíase 
Nifurtimox 
É usado no tratamento de infecções por T. cruzi 
(doença de Chagas). 
Mecanismo de Ação 
Sofre redução e gera radicais livres intracelulares, 
como radicais superóxido que são tóxicos ao T. cruzi. 
Farmacocinética 
Administrado por via oral. 
É extensamente biotransformado, e os metabólitos são 
excretados principalmente na urina. 
Efeitos adversos 
 reações de hipersensibilidade (anafilaxia, 
dermatite) 
 problemasGI, 
 neuropatia periférica, cefaleia e tontura. 
Benznidazol 
Éuma alternativa, tende a ser mais bem tolerado 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
7 Terapêuticas II 
Os efeitos adversos incluem dermatites, neuropatia 
periférica, insônia e anorexia. 
Giardíase 
Giardia lamblia é um parasita intestinal 
Ele tem dois ciclos de vida: o trofozoíto binucleado 
com quatro flagelos e o cisto tetranucleado resistente a 
fármacos. 
A ingestão, em geral de água contaminada, leva à 
infecção. 
Embora algumas infecções sejam assintomáticas, pode 
ocorrer intensa diarreia, que pode ser muito grave em 
pacientes imunocomprometidos. 
**Tratamento de escolha é o metronidazol, por 5 dias 
e via oral. 
O tinidazol é uma alternativa 
A nitazoxanida e o anti-helmíntico albendazol também 
pode ser eficaz. 
Paromomicina é usada às vezes para o tratamento da 
giardíase em gestantes. 
 
Anti-Helminticos 
Nematódeos, trematódeos e cestódeos são os três 
maiores grupos de helmintos(vermes) que infectam os 
humanos. 
Os anti-helmínticos atuam contra alvos metabólicos 
presentes nos parasitas ou alterações na condução 
nervosa induzindo paralisia. 
O objetivo do tratamento é eliminar os parasitas do 
organismo, bem como controlar a propagação da 
infecção. 
Os nematódeos são vermes redondos e alongados que 
possuem um sistema digestivo completo. 
Eles causam infecções no intestino, bem como no 
sangue e nos tecidos. 
Mebendazol 
É o fármaco de primeira escolha para o tratamento de 
infecções causadas por Trichuris trichiura (tricuro), 
Enterobius vermicularis, Necator americanus, 
Ancylostoma duodenale e Ascarislumbricoides 
(lombriga). 
Mecanismo de ação 
Atua inibindo a montagem dos microtúbulos no 
parasita e também bloqueando a captação de glicose de 
modo irreversível. 
Os parasitas atingidos são expelidos nas fezes. 
Efeitos adversos 
 dor abdominal 
 diarreia. 
Não deve ser usado em gestantes. 
Tiabendazol 
Pamoato de pirantel 
Atua como bloqueador neuromuscular despolarizante, 
causando ativação persistente dos receptores 
nicotínicos do verme, promove paralisia e o verme é 
expelido nas fezes. 
Pouco absorvido por via oral, promove seus efeitos 
noTGI. 
Tratamento como um dos fármacos de escolha, de 
ascaridíase e enterobíase. 
Tratamento de ancilostomíase e necatoríase. 
Reações adversas 
 Anorexia, tontura, sonolência e cefaleia. 
 Náusea, vômito e diarreia. 
 Erupção cutânea. 
**Não usar na gravidez. 
Ivermectina 
Anti-helmintico que é usado no tratamento de piolho e 
sarna 
Administrada por via oral. 
Não deve ser usada durante a gestação. 
Mecanismo de ação 
Atua nos receptores de canais de cloro disparados por 
glutamato. O influxo de cloreto aumenta e ocorre 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
8 Terapêuticas II 
hiperpolarização, resultando em paralisia e morte do 
helminto. 
Efeitos adversos 
A morte das microfilárias na oncocercose pode causar 
a perigosa reação de Mazzotti, relacionada à carga 
parasitária (febre, cefaleia, tontura, sonolência e 
hipotensão). 
**Anti-histamínicos ou esteroides podem ser 
administrados para diminuir os sintomas. 
Fármacos contra trematódeos 
Os trematódeos (fascíolas) são vermes achatados em 
formato de folha e, geralmente, caracterizados pelos 
tecidos que infectam, como fígado, pulmões, intestinos 
ou sangue. 
Praziquantel 
É o fármaco de escolha para o tratamento de todas as 
formas de esquistossomose (adultos , imaturos e 
cercárias) e teníase, cisticercose. 
Mecanismo de ação 
A permeabilidade da membrana celular ao cálcio 
aumenta, causando contratura e paralisia do parasita. 
**Despolarização continua que impede a contração e 
o relaxamento 
Farmacocinetica 
O praziquantel deve ser ingerido com algum alimento 
e não deve ser mastigado, devido ao gosto amargo. 
É rapidamente absorvido após administração oral e 
distribuído pelo líquido cerebrospinal (LCS). 
É extensamente biotransformado, e os metabólitos 
inativos são excretados primariamente na urina. 
Efeitos adversos: 
 tontura, 
 mal-estar, 
 anorexia, 
 distúrbios TGI. 
Fármacos contra os Cestódeos 
Os cestódeos, ou tênias, têm normalmente corpo 
achatado e segmentado, e se fixam no intestino do 
hospedeiro. 
Niclosamida 
É uma alternativa ao praziquantel para o tratamento de 
teníase, difilobotríase e outras infecções por cestódeos. 
Mecanismo de ação 
Inibe a fosforilação mitocondrial do ADP no parasita, 
tornando-se letal para o escólex do cestódeo e para os 
segmentos, mas não para os ovos. 
O metabolismo anaeróbio também pode ser inibido. 
Um laxante é administrado antes da administração oral 
da niclosamida para eliminar do intestino todos os 
segmentos mortos e aumentar a eliminação dos ovos. 
Albendazol 
Fármaco de amplo espectro de ação. É ser eficaz 
contra a maior parte dos nematódeos conhecidos. 
A aplicação terapêutica primária é o tratamento contra 
infestações por cestódeos. 
Mecanismo de ação 
Inibe a síntese de microtúbulos e a captação de glicose 
em nematódeos. 
Farmacocinética 
A absorção do albendazol após administração oral é 
errática, mas aumenta com alimentação rica em 
gorduras. 
Se distribui amplamente, incluindo o LCS. 
Sofre extensa biotransformação de primeira passagem. 
São excretados primariamente na urina. 
Efeitos adversos 
Quando é usado em tratamentos curtos (1-3 dias) os 
efeitos adversos são leves e transitórios, e incluem 
cefaleia e náusea. 
O tratamento da hidatidose (por 3 meses) oferece risco 
de hepatotoxicidade e, raramente, agranulocitose ou 
pancitopenia. 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
9 Terapêuticas II 
O tratamento da neurocisticercose está associado a 
respostas inflamatórias decorrentes dos parasitas que 
morrem no sistema nervoso central (SNC), incluindo 
cefaleia, êmese, hipertermia e convulsão.

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