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Hardware - E-jovem

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Hardware
Sumário
Capítulo 1. Eletrização e Métodos de Proteção   ...................................................................1
1.1. Descargas eletrostática (ESD)  e Eletrização...............................................................1
1.1.1. Eletrização por Contato ......................................................................................1
1.1.2. Eletrização por Atrito...........................................................................................2
1.1.3. Eletrização por Indução.......................................................................................2
1.2.  Quais os perigos das descargas eletrostáticas (ESD)?................................................3
1.3. Lei de OHM, disjuntores e fusíveis..............................................................................3
1.3.1. Lei de OHM..........................................................................................................3
1.3.2. Disjuntores e fusíveis ..........................................................................................4
1.4. O multímetro...............................................................................................................4
1.5. Aterramento, fio terra e a tomada tripolar..................................................................5
1.6. Filtros de linha, estabilizadores e nobreaks.................................................................6
1.6.1. Filtros de Linha....................................................................................................6
1.6.2. Estabilizadores e módulos isoladores...................................................................7
1.6.3. Nobreaks (UPS)...................................................................................................8
1.7. Fontes..........................................................................................................................9
1.8. Exercícios de fixação.................................................................................................10
Capítulo 2. O PC (Personal Computer) e Seus Periféricos....................................................11
2.1. O que é um PC?.........................................................................................................11
2.2. Componentes de um PC............................................................................................11
2.3. Impressoras...............................................................................................................12
2.3.1. Impressoras a jato de tinta.................................................................................12
2.3.1.1.Esquema de cores das jato de tinta..............................................................13
2.3.2. Impressoras a laser............................................................................................13
2.4. Scanners....................................................................................................................13
2.4.1. Resolução e conexões  .......................................................................................14
2.5. Gabinetes AT e ATX ..................................................................................................14
2.5.1. Padrão AT...........................................................................................................14
2.5.2. Padrão ATX.........................................................................................................15
2.6. Fontes de Alimentação ATX e AT ..............................................................................15
2.6.1. Conectores AT e ATX..........................................................................................16
2.7. Fontes........................................................................................................................16
2.8. Exercícios de fixação ................................................................................................17
Capítulo 3. Placas­mãe e Barramentos.................................................................................18
3.1. Placas­mãe e suas caraterísticas ...............................................................................18
3.1.1. Item A – processador.........................................................................................18
3.1.2. Item B – Memória RAM.....................................................................................19
3.1.3. Item C – Slots de expansão................................................................................19
3.1.4. Item D – Plug de alimentação............................................................................19
3.1.5. Item E – Conectores IDE e drive de disquete.....................................................20
3.1.6. Item F  – BIOS e bateria.....................................................................................20
3.1.7. Item G – Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros...................20
3.1.8. Item H  – Furos de encaixe................................................................................20
3.1.9. Item I – Chipset..................................................................................................21
3.2. Placas­mãe onboard .................................................................................................21
3.3. Barramentos (ISA, AGP, PCI, PCI Express, AMR)......................................................22
3.3.1. Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect).....................................22
3.3.2. Barramento PCI­X (Peripheral Component Interconnect Extended)..................22
3.3.3. Barramento AGP (Accelerated Graphics Port)...................................................22
3.3.4. Barramento PCI Express.....................................................................................23
3.3.5. Barramentos AMR, CNR e ACR..........................................................................24
3.4. Fontes........................................................................................................................24
3.5. Exercícios de fixação.................................................................................................25
Capítulo 4. Portas de Comunicação e Dispositivos de Entrada/Saída..................................26
4.1. Portas Seriais.............................................................................................................26
4.2. Portas paralelas.........................................................................................................26
4.3. Tecnologia USB (Universal Serial Bus)......................................................................27
4.3.1. Vantagens do padrão USB..................................................................................27
4.3.2. USB's 1.1, 2.0 e 3.0............................................................................................28
4.4. O que são dispositivos de entrada/saída ..................................................................28
4.5. Mouses e suas características ...................................................................................28
4.5.1. Mouses com esfera.............................................................................................29
4.5.2. Mouses ópticos...................................................................................................29
4.5.3. Conexão dos mouses ao computador.................................................................29
4.6. Teclado......................................................................................................................30
4.7. Monitores CRT e resolução ......................................................................................30
4.7.1. Monitor CRT .....................................................................................................30
4.7.2. Resolução dos monitores...................................................................................314.8. Monitores LCD (Liquid Crystal Display) ...................................................................31
4.8.1. Tecnologia LCD e telas de plasma......................................................................31
4.8.2. Tamanho e resolução de tela..............................................................................31
4.9. Fontes........................................................................................................................32
4.10. Exercícios de fixação...............................................................................................33
Capítulo 5. Processadores e Refrigeração.............................................................................34
5.1. Funções dos processadores........................................................................................34
5.2. Clock interno ............................................................................................................35
5.3. Bits dos processadores, memória cache e vários núcleos..........................................36
5.3.1. Bits dos processadores.......................................................................................36
5.3.2. Memória cache...................................................................................................36
5.3.3. Processadores com dois ou mais núcleos...........................................................37
5.4. Encapsulamentos e soquetes dos processadores.......................................................37
5.5. Refrigeração..............................................................................................................39
5.5.1. Dissipadores de Calor e Coolers ........................................................................39
5.5.2. Pasta térmica......................................................................................................40
5.6. Fontes........................................................................................................................40
5.7. Exercícios de fixação.................................................................................................41
Capítulo 6. Memórias RAM e ROM.......................................................................................42
6.1. Memória ROM...........................................................................................................42
6.2. Memória RAM ..........................................................................................................42
6.3. Encapsulamentos  de memória..................................................................................43
6.4. Módulos de memória................................................................................................44
6.5. Memórias SDRAM e DDR..........................................................................................44
6.5.1. A memória SDRAM............................................................................................44
6.5.2. Memórias DDR...................................................................................................45
6.6. Memória DDR2.........................................................................................................45
6.7. DDR3.........................................................................................................................45
6.8. Fontes........................................................................................................................46
6.9. Exercícios de fixação.................................................................................................46
Capítulo 7. Placas de Expansão............................................................................................47
7.1. Placas de Vídeo.........................................................................................................47
7.1.1. Os padrões VGA  e SVGA...................................................................................48
7.2. Placas de som ...........................................................................................................48
7.2.1. Conversores ADC e DAC....................................................................................49
7.2.2. Sintetizadores, MIDI e Conexões.......................................................................49
7.3. Modems.....................................................................................................................50
7.3.1. Conexão e  funcionamento................................................................................50
7.3.2. Velocidade..........................................................................................................51
7.4. Placa de rede.............................................................................................................51
7.5. Fontes........................................................................................................................51
7.6. Exercícios de fixação.................................................................................................52
Capítulo 8. Dispositivos de Armazenamento........................................................................53
8.1. Hard Disk..................................................................................................................53
8.1.1. Componentes de um HD....................................................................................53
8.1.2. Interfaces IDE ...................................................................................................53
8.1.3. Tecnologias DMA e UDMA.................................................................................54
8.1.4. Capacidade real de armazenamento..................................................................54
8.2. Serial ATA .................................................................................................................55
8.2.1. Serial ATA x Paralell ATA....................................................................................55
8.3. Drives de CD­ROM....................................................................................................56
8.3.1. A conexão ao computador.................................................................................56
8.4. O DVD ......................................................................................................................56
8.4.1. HD­DVD e Blue­Ray...........................................................................................56
8.5. Cartões de memória Flash.........................................................................................57
8.5.1. Memória Flash...................................................................................................57
8.6. Fontes........................................................................................................................57
8.7. Exercícios de fixação.................................................................................................58
Capítulo 9. BIOS, POST, BOOT e SETUP..............................................................................59
9.1.1. BIOS, POST e BOOT..........................................................................................59
9.1.1.1.Inicializando o Computador........................................................................59
9.1.1.2.O BOOT.......................................................................................................60
9.1.1.3.O POST........................................................................................................61
9.2. Setup, CMOS E Extensible Firmware Interface (EFI)................................................61
9.2.1. O EFI..................................................................................................................61
9.3. Fontes........................................................................................................................629.4. Exercícios de fixação ................................................................................................62
Capítulo 10. Formatação e particionamento de discos rígidos e dicas de manutenção........64
10.1. Por que HD's precisam ser formatados?..................................................................64
10.2. Partições e o Particionamento de Discos rígidos......................................................65
10.2.1. Os Particionadores de discos ...........................................................................65
10.3. A atualização do BIOS ­ Como e por que atualizar.................................................65
10.3.1. BIOS – Quando atualizar? E possíveis riscos?..................................................65
10.3.2. Como atualizar o BIOS....................................................................................66
10.4. Zerar as informações do BIOS.................................................................................66
10.5. Como testar uma fonte sem conectá­la num computador?.....................................68
10.6. Fontes......................................................................................................................68
10.7. Exercícios de Fixação..............................................................................................69
Capítulo 11. Orçamento, problemas e soluções de hardware...............................................70
11.1. Principais problemas na fonte de alimentação........................................................70
11.1.1. Computador sem nenhum sinal de  “vida” no gabinete ou monitor.................70
11.2. A relação do diagnostico de problemas na memória RAM e os Bips da BIOS.........72
11.2.1. O Bip da placa­mãe  ........................................................................................72
11.2.2. Evitando danos por ESD..................................................................................72
11.2.3. Como testar alguns tipos de placa­mãe apenas retirando a RAM ...................73
11.2.4. Os bips e a limpeza da memória......................................................................73
11.2.5. Por que uma simples limpeza pode solucionar problemas?.............................74
11.3. Problemas nas placas de expansão..........................................................................75
11.3.1. Diagnosticando problemas em placas de vídeo................................................75
11.3.2. Diagnosticando problemas em placas de som..................................................76
11.3.3. Diagnosticando e solucionando problemas de acesso a rede e Internet .........76
11.4. Solucionando problemas com Disco rígidos e Drivers de CD/DVD ........................78
11.4.1. Como proceder com erros de disco..................................................................78
11.4.2. Solucionando problemas com leitoras/gravadoras de CD/DVD......................79
11.5. Problemas em placas­mãe.......................................................................................80
11.6. Problemas com processadores.................................................................................80
11.7. Opções de orçamentos ...........................................................................................81
Hardware: Eletrização e Métodos de Proteção 1
Capítulo 1.  Eletrização e Métodos de Proteção   
Saudações,   sou   o   professor   Tux  Ciço   e  
ajudarei   vocês   a   aprender   sobre  
manutenção   de   comutadores.   Assim,  
começaremos estudando eletricidade.
    
Mas   professor,   eu   quero   aprender   a  
concertar um computador,   “mexer” com  
peças.   Por   que   temos   que   estudar  
eletricidade?
Ora   meu   jovem   aluno   in   plumado,   um   computador   somente  
funciona   graças   a   energia   elétrica,   e   um   bom   técnico   em  
informática deve ser capaz de conhecer um pouco de eletricidade, e  
um pouco mais, por assim dizer. Vamos começar conhecendo a ESD  
e a eletrização.
1.1.  Descargas eletrostática (ESD)  e Eletrização
Figura 1 ­ O raio,  
uma descarga  
elétrica
A eletricidade   estática   surge   quando  ocorre   a   acumulação  de   cargas 
elétricas   em   matérias,   sejam   estes   condutores,   isolantes   ou   mesmo 
semicondutores. 
No   isolante,   independente   do   material,   a   eletricidade   estática   surge 
quando ocorre um desequilíbrio entre cargas negativas e positivas.  Nos 
condutores,   esse   desequilíbrio   altera   o   potencial   elétrico,   fazendo 
aparecer  uma diferença de  potencial  entre  o  condutor   carregado e  a 
Terra.
Logo, o equilíbrio pode gerar descargas elétricas. Os raios   (Figura 1), 
por exemplo, são descargas elétricas gerados pelo contato entre nuvens 
de chuva ou entre uma destas nuvens e a terra.
 
Mas professor, como ocorre esse tal  
acúmulo? Isso ocorre no nosso dia  
a dia?Isso é perigoso? 
 
Esse   acúmulo   de   cargas   elétricas   chama­se  
eletrização.   Assim,   quando   objetos   estão  
carregados,   não   importa   a   polaridade,   estes  
estão eletrizados. A eletrização pode ocorrer por  
indução, atrito e contato.
1.1.1.  Eletrização por Contato 
Quando   tem­se   um   corpo   eletrizado 
que   é   encostado   num   outro   corpo 
neutro,   este   (corpo   eletrizado)   cede 
uma   parte   de   sua   carga   ao   corpo 
neutro,   deixando­o   com   carga   de 
mesmo sinal que o primeiro.
Note   que   o   balão   (Figura   2)   está 
eletrizado   negativamente   e   as   duas 
esferas   estão   neutras.   Quando   as 
esferas e o balão entram em contato, os elétrons em excesso no balão espalham­se pelo 
conjunto balão e esferas. 
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 2 ­ Eletrização por contato
Hardware: Eletrização e Métodos de Proteção 2
Após o contato, o balão continua carregado, mas com um menor número de elétrons em 
excesso e as esferas   inicialmente neutras foram eletrizadas negativamente. Lembrando a 
Lei de Atração e Repulsão: as esferas e o balão estão eletrizadas com cargas de mesmo 
sinal, elas se repelem saindo do contato.
1.1.2.  Eletrização por Atrito
Figura 3 ­ Eletrização por atrito
Pode­se eletrizar um corpo atritando­o a outro, fazendo com que um deles perca elétrons, 
logo deixa­o com carga elétrica (positiva ou negativa). 
A carga dos corpos eletrizados dessa forma possuem carga de sinais opostos. No exemplo 
acima (Figura 3), temos dois corpos neutros (pedaço de seda e bastão de vidro), ao serem 
atritados, o bastão de vidro sede elétrons à seda, assim o bastão fica com cargas positivas e 
a seda com cargas negativas (pois elétrons do bastão foram transferidos para a seda).
1.1.3.  Eletrização por Indução
Figura 4 ­ Indutor e Corpo neutro
              
 Figura 5 ­ A eletrização por Indução
Já a eletrização por indução ocorre quando um corpo eletrizado redistribui cargas de um 
condutor neutro (Figura 4). O corpo eletrizado (o indutor) é colocado próximo ao corpo 
neutro (o induzido).
Assim, as cargas do indutor atraem ou repelem as cargas negativas do corpo neutro, devido  
à Lei de Atração e Repulsão entre as cargas elétricas. (Figura 5)
A   distribuição   de   cargas   no   corpo   induzido   mantêm­se   apenas   na   presença   do   corpo 
indutor. Para eletrizar o induzido, deve­se colocá­lo em contato com outro corpo neutro e 
de dimensões maiores, antes de afastá­lo do indutor.
A eletrização ocorre em nosso dia a dia, e muitas vezes nem nos damos conta. Outras vezes, 
quando saímos de um carro, ou tocamos uma geladeira, sentirmos um pequeno choque, e 
aí sim, sentimos seus efeitos.
Assim, a eletricidade estática surge por esses processos de eletrização. Agora, veremos quais 
são os perigos dessa eletricidade acumulada. 
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Hardware: Eletrização e Métodos de Proteção 3
1.2.   Quais os perigos das descargas eletrostáticas (ESD)?
A eletricidade estática é muito mais perigosa do que você pensa,  
ela é  perigosa tantono céu como na terra. Em aviação, por  
exemplo,   ela   pode   comprometer   a   segurança   de   aeronaves,  
como   aviões   e   helicópteros.   Assim,   estas   aeronaves   devem 
descarregar a  eletricidade estática armazenada na  fuselagem 
após a aterrissagem.  
Os   meios   de   transportes   também   podem   sofrer   com   o  
acúmulo de cargas elétricas, assim pode surgir o acúmulo  
de   eletricidade   estática   quando   estes   veículos   se  
movimentam em grandes velocidades ao ar seco. É por isso,  
que os passageiros ou o motorista as vezes, ao entrar ou  
sair do veículo, “levem um choque”. 
Já vi na TV casos de incêndios em postos de gasolina quando as bombas de  
combustível eram manuseadas, provocados por faíscas. Acho que estas faíscas  
devem ter sido criadas por essas descargas eletrostáticas.
Mas e os perigos dessa eletricidade estática nos computadores?
 
Técnicos de hardware e suporte devem estar atentos aos danos provocados pelas ESD, pois  
estes podem ser vários, mas igualmente danosos, e em alguns casos provocar problemas 
que torna difícil diagnosticar a causa, como o PC travando aleatoriamente, programas com 
um funcionamento sem motivos, dentre outros.
Alguns problemas podem ocorrer aleatoriamente, ou seja, ocorre um problema, mas noutra 
ocasião tudo está normal para algum tempo depois o problema aparecer novamente. Esses 
problemas,  muito  provavelmente,   foram provocados  por  má  manipulação de  placas  de 
extensão, pentes de memória, processadores, dentre outros. Agora, estudaremos a lei de 
OHM, e saberemos a importância de disjuntores e fusíveis. 
1.3.  Lei de OHM, disjuntores e fusíveis
1.3.1.  Lei de OHM
Para aqueles que trabalham dispositivos elétricos e/ou eletrônicos, conhecer 
a primeira lei de Ohm é de suma importância para um exercício profissional 
adequado. 
A  Primeira Lei de Ohm  indica que a diferença de potencial (V) entre dois 
pontos de um condutor é proporcional à corrente elétrica (I) que o percorre:
            
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 8 – 
Corrente elétrica
Figura 6 ­ ESD e a segurança de 
aeronaves 
Figura 7 ­ A movimentação no ar
 seco pode acumular eletricidade estática 
Hardware: Eletrização e Métodos de Proteção 4
V=R.I, onde:
V   → medida   em   Volts   corresponde   à   diferença   de   potencial  
elétrico (também denominada tensão).
R   → medida   em   Ohms,   refere­se   à   resistência   elétrica   no  
circuito.   Entende­se como resistência, a propriedade de corpos  
que   se   opõem   à   corrente   elétrica   que   passe   através   deles,  
somente se houver uma diferença de potencial presente.
I   → medida em Ampéres corresponde à intensidade da corrente  
elétrica. 
Logo, quando se conhece duas das grandezas envolvidas na Lei de Ohm, é fácil calcular a 
terceira:  
                              
1.3.2.  Disjuntores e fusíveis 
Disjuntor  (Figura 10) é  um dispositivo eletromecânico que permite 
proteger instalações elétricas contra curto­circuitos e sobrecargas. 
Sua principal característica é  a capacidade de se “disparar” quando 
ocorrem sobrecargas na rede elétrica. Desse modo, o disjuntor “corta” 
essa corrente mais alta que o suportado, e que poderia danificar as 
instalações elétricas por ele protegidas. 
 
Já  o fusível  (Figura 11),  também é  um componente de proteção 
contra   sobre­corrente,   mas   é   utilizado   em   circuitos   elétricos   e 
eletrônicos, mas diferente do disjuntor, que “dispara”,  o fusível é 
inutilizado ao realizar a proteção dos circuitos.
1.4.  O multímetro
O   Multímetro  é   um   aparelho   específico   para 
medir   basicamente   grandezas   elétricas   como: 
voltagem,   corrente   e   resistência   elétricas, 
podendo   ser:   analógicos   (utiliza     ponteiros) 
(Figura 12) e digitais.  
Multímetros   são   muitíssimo   utilizados   por 
técnicos em eletrônica e eletrotécnica, pois são 
os   instrumentos   mais   usados   na   pesquisa   de   defeitos   em   aparelhos 
eletro­eletrônicos,  devido a sua  simplicidade de  uso e,  normalmente, 
portabilidade.
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
 
Figura 12 – Multímetro 
analógico
Figura 13 ­ Medindo a tesão 
Figura 9 ­ Circuito elétrico e a Lei  
de Ohm
Figura 10 ­ Disjuntor
Figura 11­ Fusível 
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Há modelos destinados ao uso doméstico (onde o risco de um acidente é menor) e modelos 
destinados  ao  uso  em ambiente   industrial   (que,  devido   às  maiores  correntes  de  curto­
circuito, apresentam maior risco).
Não   imaginava   que   a   eletricidade  
poderia ser   tão perigosa,   tanto para  
pessoas quanto para computadores.
             
Veja   os   principais   meios   de  
proteger seu computador.  
1.5.  Aterramento, fio terra e a tomada tripolar
Existem vários meios de proteção, tanto para nós, como para nossos computadores. Um dos 
meios mais recomendados é utilizando o aterramento.
Devemos sempre lembrar que quase tudo dentro de um computador  funciona graças à 
eletricidade. Ela é convertida em processamento, gera os laseres responsáveis pela leitura e 
gravação de DVDs, o monitor a utiliza para gerar a luz, etc.
Por   isso,   é   importante   que   o   aterramento   seja   feito.   E   ele   é   apenas  um   conjunto   de 
condutores enterrados, cujo objetivo é realizar o contato entre o circuito elétrico e o solo. 
Os sistemas mais comuns são: hastes cravadas verticalmente, condutores horizontais, ou 
um conjunto de ambos.
Mas   professor,   como   isso     impede  
que “tomemos” choques e protege  o  
computador? 
Ora,   lembre­se   que   cargas   elétricas   (sejam 
negativas   ou   positivas)   sempre   procuram   um  
caminho   para   encontrar   cargas   contrárias.  
Assim, ligar essas cargas elétricas à terra, evita  
que   a   corrente   elétrica   circule   pelas   pessoas,  
evitando choques elétricos, isso é o que conhecemos de fio  
terra. Logo, percebe­se a principal função do aterramento  
que   é   o   “escape”   para   um   local   seguro   da   energia  
“dispensável”.
Um   sistema   de   aterramento   possui   como   benefícios:   prevenção   de   choques   elétricos, 
aumento da vida útil de equipamentos eletro­eletrônico, redução de ruídos em sistemas de 
áudio e Home Theaters, além da melhoria do funcionamento de computadores.
Figura 14 ­ Cem Terra, ESD e interferências provenientes  
da rede elétrica são descarregadas pelo aterramento 
 Figura 15 ­ Sem Terra, ESD e interferências  
provenientes da rede elétrica atingem o PC
Com o aterramento (Figura 14), a eletricidade estática e qualquer interferência da rede são 
descarregadas através do fio terra.
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Sem o aterramento (Figura 15), a eletricidade estática e  qualquer interferência da rede não 
são   descarregadas,   permanecem   no   computador,   ocasionando     choques   e   até   mesmo 
danificando componentes do computador.
Grosseiramente   falando,   o   aterramento 
nada mais é do que uma ou mais hastes de 
cobre   enterradas   e   ligadas   a   um   fio   ou 
cabo,   que   se   estende   até   a(s)   tomada(s)
(Figura 16).
Na(s)   tomada(s)   esse   fio   ou   cabo   será 
ligado ao terceiro orifício, que é destinado 
ao terra (nome popular).
A   tomada   que   aceita   aterramento   e   tem 
conector para o fio terra é a tomada TRIPOLAR; ela possui três orifícios: o da fase + o do 
neutro + orifício do terra. Este é o padrão adotado por vários países e atualmente adotado 
por arquitetos na construção da rede elétrica dos imóveis brasileiros, pois este é o padrão 
de tomada tripolar  indicada pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT).
Entendi.   A   mesma   eletricidade   que  
mantém   os   computadores   funciona­
ndo pode ser também danificá­lo. 
Isso   mesmo,   mas   existe   outros   meios   de  
proteção, que nós vamos conhecer agora como 
filtros de linhas, estabilizadores e nobreaks.
1.6.  Filtros de linha, estabilizadorese nobreaks
1.6.1.  Filtros de Linha
Um filtro  de  linha (Figura 17)  é  um dispositivo de 
proteção que é alocado entre um equipamento e uma 
linha externa para atenuar interferências. O filtro de 
linha possui várias funções: 
● Protege   os   seus   equipamentos   ao   remover 
ruídos e picos de tensão provenientes da rede 
elétrica;
● Expande o número de tomadas disponíveis para conectar outros periféricos;
● Protege contra curto­circuitos e sobrecargas de tensão na rede.
O filtro de linha fornece aos dispositivos conectados a mesma tensão que recebe da fonte de 
energia, antes de o usuário conectá­lo a uma tomada de tensão de saída de 230 V, ele 
mandará para os periféricos 230 V. 
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Figura 16 ­ Tomada Tripolar
Figura 17 ­ Filtro de linha 
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Os filtros de linha são os dispositivos de proteção mais 
simples, geralmente baseados em um fusível e um ou 
mais MOVs ("metal­oxide varistors"  ou,  simplesmente, 
varistores   (Figura   18),   como   são   mais   popularmente 
chamados, que oferecem alguma proteção, a um custo 
baixo.
Os   filtros   de   linha   mais   baratos   servem   mais   como 
extensões, do que como dispositivos de proteção. Eles podem, no máximo, ser usados como 
uma primeira linha de defesa, colocada entre a tomada e o nobreak ou estabilizador. Desta  
forma, aumenta­se a chance deles sobreviverem a um raio ou desastre semelhante. 
Todos os filtros de linha baratos utilizam designs semelhantes, que oferecem pouca ou nenhuma  
proteção. No exterior, é comum que eles sejam vendidos como simples extensões (power strip), de  
forma a não serem confundidos com filtros de linha de verdade. Uma boa dica é tomar nota dos  
fabricantes que vendem esse tipo de componente como "filtro de linha" e evitá­los.
1.6.2.  Estabilizadores e módulos isoladores
Os próximos passos na cadeia evolutiva são os estabilizadores (power 
line conditioners, em inglês) e módulos isoladores (Figura 19) que, além 
de protegerem contra raios, protegem o equipamento contra oscilações, 
indo além do oferecido por um filtro de linha. 
A   principal   função   de   um   estabilizador   é,   como   o   nome   sugere, 
"estabilizar"   a   tensão   da   rede   elétrica,   absorvendo   variações   e 
entregando sempre 110V ou 220V  para o equipamento. Você deve estar 
se perguntando: o que é estabilizar a tensão? E o que são variações na 
energia? 
Vamos começar explicando o que é corrente alternada (Figura 20). 
Corrente alternada é uma corrente elétrica cujo sentido varia no 
tempo, ao contrário da corrente contínua, cujo sentido permanece 
constante  ao   longo  do   tempo.  A   forma  de  onda  usual   em um 
circuito de potência CA é senoidal, por ser a forma de transmissão 
de energia mais eficiente. 
Adotada­se a corrente alternada para transmissão de energia elétrica a longas distâncias, 
devido à facilidade relativa que esta apresenta para se obter o valor de sua tensão. 
Agora, analisaremos os três problemas mais comuns na rede elétrica, que são: os brownouts 
(sub­tensão), surtos (sobre­tensão) e spikes (descargas).
Nos  brownouts  (Figura   21)  (também   chamados   de   sags)   a 
tensão cai durante um certo período, o que pode ser causado, 
tanto pela própria rede elétrica, quanto pelo acionamento de um 
chuveiro ou outro aparelho elétrico que consuma muita energia. 
A maioria das fontes são capazes de funcionar com uma tensão 
um pouco mais  baixa,  mas   isso  aumenta  a   corrente   (a   fonte 
aquece mais que o normal). Se a fonte já estiver trabalhando próxima da sua capacidade 
máxima, ela pode queimar. 
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Figura 21 ­ CA nominal em 
preto e o Brownouts em 
vermelho 
Figura 19 ­ Módulo 
isolador
Figura 20 ­ Forma de onda  
CA ­ Corrente Alternada
Figura 18 ­ Varistores em destaque no  
interior de um filtro de linha
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Assim, quando presente, o estabilizador assume o trabalho de corrigir a tensão, entregando 
uma tensão de 110V ou 220V estabilizada, ao micro.
Os  surtos  (Figura 22)  são o problema mais comum, onde temos 
um aumento  de  até  100% na  tensão,  por  um curto  espaço de 
tempo. Devido a sua curta duração, os surtos são relativamente 
benignos,  mas o estabilizador tem a tarefa de eliminar o risco, 
filtrando o excesso de tensão.
Finalmente,   temos   os  spikes  (Figura   23),   que   são   descargas 
maciças, porém de curta duração, também denominados picos de 
tensão. Eles surgem principalmente devido à ação de raios e queima 
de transformadores. Eles são especialmente perigosos, pois podem 
causar,   desde   danos   aos   pentes   de   memória,   HD   e   outros 
componentes sensíveis, até queimar completamente o equipamento.
1.6.3.  Nobreaks (UPS)
UPS (Uninterruptible Power Supply) é um sistema de alimentação elétrica 
que, ao ocorrer uma interrupção no fornecimento de energia, alimenta os 
dispositivos a ele ligados. O NOBREAK (Figura 24) é o aparelho UPS mais 
comumente   encontrado   no   mercado,   utilizado   em   computadores   de 
mesa/trabalho e até  mesmo servidores.  Sua alimentação é  provida por 
uma   bateria,   que   fica   sendo   carregada   enquanto   a   rede   elétrica   está 
funcionando corretamente.
Essa   bateria   possui   uma 
autonomia que, em geral, 
não   é  muito   grande   (nos  no­breaks  mais 
comuns, essa autonomia é de algo entre 10 
e 15 minutos, dependendo da quantidade 
de equipamentos utilizados e do modelo do 
no­break), por isso é indicada a utilização 
em modo  de  bateria   somente  quando  há 
falta de energia. Assim, é preciso
manter   sempre   as   baterias   em   carga 
máxima, para quando for necessária a sua 
utilização. (Figura 25)
Existem vários tipos de nobreaks, dentre eles, temos: 
● NOBREAKS OFFLINE ou nobreaks standby ­  São a alternativa mais antiga e barata 
que o tipo online. Neles, a corrente elétrica é filtrada por um conjunto de circuitos e 
entregue   diretamente   aos   equipamentos,   como   faria   um   estabilizador. 
Paralelamente, temos as baterias e o inversor, que assumem rapidamente em caso de 
queda na rede.
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Figura 24 ­ Nobreak
Figura 22 ­ CA nominal em 
preto e um surto em vermelho 
Figura 23 ­ O SPIKE em 
vermelho
Figura 25 ­ Acima: Nobreak offline alimentado pela  
tomada (Inversor em vermelho aberto). Abaixo: Quando a  
tomada fica sem energia (Inversor em vermelho fecha), o  
nobreak passa a utilizar a energia da bateria
Hardware: Eletrização e Métodos de Proteção 9
● NOBREAKS ONLINE – São os mais seguros e mais caros, pois estes equipamentos 
possuem   baterias   carregadas   de   forma   contínua,   e   o   inversor   permanece 
constantemente   ligado,   retirando   energia   das   baterias   e   fornecendo   aos 
equipamentos. Esse layout faz com que os equipamentos fiquem realmente isolados 
da   rede elétrica,   com os  circuitos  de  entrada e  as  baterias  absorvendo  todas  as 
variações. O problema é que os nobreaks online são muito caros e, por isso, pouco 
comuns, sendo mais usados em ambiente industrial ou em data­centers.
Como é quase impossível distinguir os bons dos maus produtos, o melhor acaba mesmo seguir o  
conselho geral e comprar direto um nobreak (que cumpre com todas as funções que deveriam ser  
executadas pelo estabilizador, oferecendo também o backup contra quedas de energia), deixando  
equipamentos mais simples, onde o custo não é justificável, protegidos apenas por um filtro de  
linha. 
Recomenda­se   nunca usar um estabilizador entre o nobreak e o PC, pois os estabilizadores são  
feitos para receberem a energia elétrica diretamente. 
Ao receber a energia repassada um por nobreak de baixa qualidade, o estabilizador vai aquecer e  
desperdiçar energia   Em casos mais extremos, ele  pode até  mesmo queimar e/ou danificar os  
equipamentos ligados a ele.
1.7.  Fontes
● Carlos E. Morimoto
○ http://www.guiadohardware.net/tutoriais/filtros­estabilizadores­nobreaks/● Thadeu Camargo
○ http://www.tccamargo.com/hardware/tutoriais/esd.htm
● Wikipédia
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Eletriza%C3%A7%C3%A3o#cite_note­0
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_alternada
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Indu%C3%A7%C3%A3o_eletrost%C3%A1tica
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonte_de_alimenta%C3%A7%C3%A3o_ininterrupta
○ http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Field_diagrams
○ http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Helicopters
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Filtro_de_linha
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra_%28eletricidade%29
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Eletricidade_est%C3%A1tica
○ http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Multimeters
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Modisoladorestab.jpg
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Ohm
○ http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Ohm%27s_law
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Fusível
○ http://pt.wikipedia.org/wiki/Disjuntor
○ http://en.wikipedia.org/wiki/Uninterruptible_power_supply
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http://www.guiadohardware.net/tutoriais/filtros-estabilizadores-nobreaks/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eletricidade_est%C3%A1tica
Hardware: Eletrização e Métodos de Proteção 10
1.8.  Exercícios de fixação
1 –  A  eletricidade estática   representa  algum risco  ao   se  manusear   componentes  eletro 
eletrônicos? 
2 – Diferencie os três tipos de processos de eletrização estudados: eletrização por contato, 
atrito e indução.
3 – Explique com suas palavras: O que é a primeira lei de OHM?
4 – Segundo a primeira lei de OHM, o circuito a seguir está correto ou não? Como seria o 
circuito correto?
                 
5 – Qual o motivo principal de utilização de disjuntores e fusíveis? Qual a diferença entre 
eles? 
6 – O que é o multímetro?
7   –   Defina   aterramento?   Quais   as   vantagens   em   utilizar   uma   estrutura   elétrica   com 
aterramento?
8 – O que é uma tomada tripolar?
9 – Dispositivos, como: filtros de linha, estabilizadores e módulos isoladores são realmente 
necessários para proteção de computadores? Por quê?
10 – Diferencie filtros de linha de estabilizadores.
11– Qual a função principal de um nobreak? 
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Hardware: O PC e Seus Periféricos 11
Capítulo 2.  O PC (Personal Computer) e Seus Periféricos
2.1.  O que é um PC?
Um   computador   pessoal  (Figura   26)  é   um 
computador de pequeno porte e baixo custo, 
que se destina ao uso pessoal, ou para uso de 
um pequeno grupo de indivíduos. 
A   expressão   "computador   pessoal"   (ou   sua 
abreviação   em   inglês   PC,   de   "Personal 
Computer")   é   utilizada   para   denominar 
computadores de mesa (desktops), laptops ou 
Tablet   Pcs,   executando   vários   Sistemas 
Operacionais, em várias arquiteturas. 
O   PC,   tal   como   o   conhecemos   hoje,   foi 
desenvolvido   pelo   grupo   da   IBM   que 
desenvolveu o IBM PC. Assim, o grupo de desenvolvedores da IBM definiram que o PC seria 
uma junção de várias peças construídas por várias empresas (dá­se ao processo de junção 
dessas peças o nome de "integração"). Logo, as empresas que vendem computadores na 
verdade   não   os   fabricam,   mas   apenas   integram  as   peças   compradas   de   várias   outras 
empresas.
Todo dia, as empresas de tecnologia competem umas com as outras pelo desenvolvimento 
de tecnologias superiores por preços acessíveis. Atualmente, temos uma segmentação do 
mercado, que criou os seguintes nichos: 
● PC's   de   baixo   custo   (para   mercados   emergentes   e   pessoas   que   adquirem   um 
computador pela primeira vez) e;
● Gamer   (para   jogadores   profissionais   que   dispõem   de   recursos   financeiros   para 
investir em máquinas extremamente potentes).
2.2.  Componentes de um PC
Agora, conheceremos as principais partes do PC:
Monitor  de   vídeo    O   monitor   de   vídeo   do   computador   é   um→  
dispositivo de saída que oferece comunicação visual para o usuário, 
na medida em que permite a visualização dos dados e sua interação 
com eles. 
Teclado    → O   teclado   de   computador   é   um   tipo   de 
periférico utilizado pelo usuário para a entrada manual 
no sistema de dados e  comandos.  Possuem teclas  que 
representam letras, números, símbolos e outras funções. 
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 26 ­ O computador pessoal (PC)
Figura 27 ­ Monitor de PC
Figura 28 ­ Teclado
Hardware: O PC e Seus Periféricos 12
Mouse    → O  mouse   é   um   periférico  de   entrada  que   se   juntou   ao 
teclado   como   auxiliador   no   processo   de   entrada   de   dados   em 
programas  com  interface  gráfica.  Tem como  função,  movimentar  o 
cursor (apontador, ponteiro) pela tela do computador. O formato mais 
comum do cursor é uma seta. Disponibiliza normalmente quatro tipos 
de operações: movimento, clique, clique duplo e arrastar e soltar (em 
inglês, drag and drop).
Gabinete   → O gabinete ou caixa do computador (muito confundido 
com   CPU)   é   uma   caixa,   normalmente   de   metal,   que   aloja   as 
principais peças do computador. 
Dentro do gabinete estão, por exemplo: a placa­mãe, o processador, 
as placas de memória RAM, o disco rígido, as placas auxiliares, como 
placa de vídeo, som, captura de vídeo, rede e os drives de disquete, 
CD­Rom e DVD.
Não confunda GABINETE com CPU
2.3.  Impressoras
O mercado conta hoje com uma grande variedade de tecnologias de impressão, tudo para 
que  seja  possível  passar  para  os  mais  diversos   tipos  de papel,   trabalhos   realizados  em 
computadores   ou   máquinas   especializadas.   No   que   se   refere   ao   segmento   de   PCs,   as 
impressoras mais comuns são as impressoras: laser e jato de tinta. 
Mas professor,  qual  a diferença entre  
as impressoras laser e jato de tinta?
Isso iremos conhecer agora, lembre­se: um 
bom  técnico  de  hardware  deve   conhecer  
periféricos como, impressoras e scanners.
2.3.1.  Impressoras a jato de tinta
As impressoras a jato de tinta são as mais utilizadas no ambiente 
doméstico e também são muito comuns nos escritórios, já que são 
capazes   de   oferecer   impressões   de   excelente   qualidade   e 
fidelidade de cores aliadas a um custo (relativamente) baixo.
A impressão é feita através da emissão de centenas de gotículas 
de tintas emitidas através de minúsculas aberturas existentes na 
cabeça de impressão. Essa cabeça é  posicionada sobre um eixo 
que a permite se movimentar da esquerda para a direita, e vice­
versa (muito rapidamente).
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 31 ­ Impressora 
jato de tinta
 
Figura 29 ­ Mouse
Figura 30 ­ O gabinete  
Hardware: O PC e Seus Periféricos 13
2.3.1.1. Esquema de cores das jato de tinta
Muito   estudo   é   dedicado   na   formação   de   cores   nas 
impressões, especialmente nas tecnologias a jato de tinta. 
O   esquema   de   cores   mais   usado   nas   impressoras   é   o 
CMYK,   sigla   para   as   cores   ciano   (Cyan),   magenta 
(Magenta), amarelo (Yellow) e preto (blacK). Esse sistema 
é  aplicado às  impressoras porque a combinação de suas 
cores é  capaz de gerar  praticamente qualquer  outra cor 
perceptível aos olhos humanos.
É por essa razão que nas impressoras a janto de tinta, por 
exemplo,   é   comum   encontrar   cartuchos   nas   quatro   cores   mencionadas   (Figura   32). 
Também é comum encontrar impressoras que trabalham apenas com dois cartuchos, sendo 
um para a cor preta e outro para as cores ciano, magenta e amarelo.
2.3.2.  Impressoras a laser
As impressoras a laser (Figura 33) também fazem parte da categoria 
de não impacto e são muito utilizadas no ambiente corporativo, já 
que oferecem impressões de excelente qualidade (pelo menos nas 
impressões   em   branco   e   preto),   são   capazes   de   imprimir 
rapidamente, trabalham fazendo pouco barulho e possibilitam um 
volume alto de impressões associado a um custo baixo. 
O   funcionamento   dessas   impressoras   é 
semelhante às  fotocopiadoras, no Brasil, 
também conhecidas como "máquinas de xerox" (sendoque, na 
verdade, Xerox é a marca de um fabricante).
Apesar da maioria das impressoras a laser trabalhar apenas com 
a cor preta, é cada vez mais comum o lançamento de impressoras 
do tipo que trabalham com cores. Como o trabalho com cores nas 
impressoras a laser é mais complexo, esse tipo de equipamento tem preço muito maior, se 
comparado às impressoras que imprimem apenas na cor preta.
Muitos fabricantes utilizam a ppm (pages per minuto – páginas por minuto), como indicativo de  
velocidade de suas impressoras, isto é, quantas páginas ela é capaz de imprimir por minuto. Vale  
frisar, no entanto, que essa medida não é precisa, já que os fabricantes usam critérios diferentes  
para defini­la. Por exemplo, há aqueles que informam que uma impressora trabalha à X ppm, 
mas não deixa claro que esse valor só é atingido no modo de impressão econômica.
2.4.  Scanners
Scanner é  um aparelho de leitura ótica que permite converter 
imagens,   fotos,   ilustrações   e   textos   em   papel,   num   formato 
digital que pode ser manipulado em computador. Por exemplo, é 
possível "passar" uma capa de revista ou uma fotografia para a 
tela de seu PC. 
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 33 ­ Impressora  
laser
Figura 34 ­ Toner de  
impressora laser
Figura 32 ­ Cartucho nas cores preto,  
ciano, magenta e  amarelo
Figura 35 ­ Scanner de mesa
Hardware: O PC e Seus Periféricos 14
Existem diversos  tipos de scanners no mercado,  o mais comum  é  o 
scanner de mesa (Figura  35),  que parece muito com uma máquina 
copiadora. Outros tipos são: scanner de mão, scanner leitor código de 
barras, scanner de página e scanner para cartão de visita (Figura 36).
2.4.1.  Resolução e conexões  
A resolução do scanner define a riqueza de detalhes que o aparelho é capaz de captar. A 
medição é feita em dpi, que significa pontos por polegadas. Quanto maior for o valor de dpi 
do scanner,  mais  detalhada será  a   imagem escaneada.  Um outro  termo que  também é 
necessário saber é o pixel (picture element), ou seja, elemento de imagem. Uma imagem 
digital é dividida em linhas e colunas de pontos. O pixel consiste na interseção de uma 
linha com uma coluna. 
Veja abaixo, as formas mais comuns de conexão do scanner ao computador:
● Conexão por porta paralela   → boa parte dos scanners existentes fazem sua conexão 
ao computador através da porta paralela. Este tipo de conexão é muito usada,  pois 
praticamente todos os PC's possuem porta paralela.
● Conexão por porta USB (Universal Serial Bus)   → muitos periféricos fazem uso do 
padrão USB.  Um deles  é  o   scanner,  a   instalação do  scanner   resume­se  ao ato de 
conecta­lo à entrada. É o tipo de instalação mais fácil;
2.5.  Gabinetes AT e ATX 
Primeiro, devemos lembrar que as siglas AT e ATX também servem para identificar a placa­
mãe quanto ao tipo de gabinete que a mesma foi projetada. Outra informação relevante é 
que os padrões AT e ATX são usados tanto para gabinetes no formato torre, quanto para 
gabinetes em formato horizontal. 
2.5.1.  Padrão AT
AT (Advanced  Tecnology) é  um tipo de gabinete  já  antigo, sendo cada vez mais difícil 
encontrar computadores novos que utilizem esse padrão. Seu uso foi constante de 1983 até 
1996.
Quando citamos "gabinete", nos referimos à caixa que envolve seu computador e protege os 
componentes internos do equipamento. Além disso, consideraremos a fonte de alimentação 
do computador, como parte integrante do gabinete, como se ambos fossem uma única peça. 
Os mais conhecidos tipos são: o AT e o ATX. 
Um dos fatos que contribuíram para que o padrão AT deixasse 
de ser usado (e o ATX fosse criado) foi por conta de seu espaço 
interno ser  pequeno,  o  qual,  com ajuda dos vários  cabos do 
computador,   dificultavam   a   circulação   de   ar,   levando,   em 
alguns   casos,   a   danos   na   máquina.   Isso   exigia   grande 
habilidade do montador para aproveitar o espaço disponível da 
melhor maneira.
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 37 ­ O reduzido espaço 
interno do AT 
Figura 36 ­ Scanner  
manual 
Hardware: O PC e Seus Periféricos 15
Além disso, o conector de alimentação da fonte AT, que deve ser ligada na placa­mãe, é 
composto por dois plugs (cada um com seis pinos), que devem ser encaixados lado a lado, 
sendo que os fios de cor preta de cada um devem ficar localizados no meio. Caso esse cabo  
seja ligada numa ordem errada, a placa­mãe terá grandes chances de ser queimada. 
2.5.2.  Padrão ATX
ATX é   a   sigla  para  Advanced  Tecnology  Extendend.  Pelo  nome,   é 
possível notar que se trata do padrão AT melhorado. O objetivo do 
ATX   foi   o   de   solucionar   os   problemas   do   padrão   AT;   o   padrão 
apresenta   uma   série   de   melhorias   em   relação   ao   anterior,   sendo 
portanto,   amplamente   usado   atualmente.   Praticamente   todos   os 
computadores novos vêm baseados nesse padrão.
Entre as principais características do 
ATX, estão: o maior espaço interno, 
proporcionando   um   ventilação 
adequada (Figura 39); conectores de 
teclado   e   mouse   no   formato   PS/2   (tratam­se   de 
conectores menores e mais fáceis de encaixar); conectores 
serial e paralelo ligados diretamente na placa­mãe, sem a 
necessidade   de   cabos;   e,   melhor   posicionamento   do 
processador, evitando que o mesmo impeça a instalação 
de placas de expansão por falta de espaço.
2.6.  Fontes de Alimentação ATX e AT 
Essencialmente,   as   fontes   de   alimentação   são   equipamentos 
responsáveis por fornecer energia aos dispositivos do computador, 
convertendo   corrente   alternada   (AC   ­  Alternate  Current), 
grosseiramente falando,  a energia  recebida em nossas  casas,  em 
corrente contínua (DC ­  Direct  Current ou VDC ­  Voltage  Direct 
Current),   uma   tensão   apropriada   para   uso   em   aparelhos 
eletrônicos.
A   fonte   de   alimentação   ATX   (Figura   40)   trouxe   melhoras 
significativas,  a  começar  pelo conector  de energia   ligado à  placa­mãe.  Ao contrário  do 
padrão AT, nele não é possível encaixar o plug de forma invertida. Cada "furo" do conector 
possui um formato, que impede o encaixamento errado.
A fonte ATX ainda oferece um recurso muito útil: o de desligamento automático. Assim, 
basta executar os procedimentos de desligamento no sistema operacional e o computador 
será   inteiramente  desligado,   sem a necessidade de  apertar  o  botão Power,  presente  na 
frente  do  gabinete.  Em outras  palavras,   é  possível  desligar  o  computador  por  meio  de 
software. 
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 40 ­ Fonte chaveada
Figura 39 ­ O maior espaço interno do 
ATX
Figura 38 ­ Gabinete  
ATX
Hardware: O PC e Seus Periféricos 16
2.6.1.  Conectores AT e ATX
Comparando os conectores das fontes AT e ATX nota­se que 
o único que muda entre um padrão e outro é o conector que 
alimenta a placa­mãe (Figura 41). 
No caso do padrão AT, esse conector possui 12 fios. No padrão ATX, 
esse conector possui 20 vias (há modelos com 24 vias) (Figura 42). 
Além   disso,   o   encaixe   do   conector   ATX   é 
diferente,   pois   seus   orifícios   possuem 
formatos distintos para impedir sua conexão 
de   forma   invertida,   além   de   um   conector 
auxiliar. (Figura 43)
No padrão AT, é comum haver erros, pois o conector é dividido em duas partes e é possível 
colocá­los em ordem errada. A sequência correta é encaixar os conectores deixando os fios 
pretos voltados para o centro.
Existe ainda o conector que alimenta drives de CD/DVD, HDs e alguns modelos de coolers. 
Há também o conector que alimenta o drive de disquete. 
Por   fim, em alguns modelos (projetados principalmente para o processador Pentium 4) 
existe ainda um conector auxiliar de 6 pinos (com três vias em 0 V, duas em 3,3 V e uma em 
5 V) e outro com 4 pinos denominado "conector 12V" (dois em 12 V e dois em 0 V). Esse  
esquema com 3 conectores para a placa mãe é denominado ATX12V.
2.7.  Fontes
● Emerson Alecrim Infowester
○ http://www.infowester.com/impressoras.php○ http://www.infowester.com/impressoras2.php
○ http://www.infowester.com/scanners.php
○ http://www.infowester.com/atatx.php
○ http://www.infowester.com/fonteatatx.php
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Personal_computers
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Computer_mouse
● http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Computadora.jpg
● http://wiki.sintectus.com/bin/view/GrupoLinux/ConhecendoOComputador
● http://pt.wikipedia.org/wiki/Computador_pessoal
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Computer_cases
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Imaging_scanners
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Printers
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Figura 42 ­ Conector ATX 
20+4 pinos Figura 43 ­  Conector 12V
Figura 41 ­ Encaixe para o conector  
ATX na placas­mãe
http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Computer_mouse
Hardware: O PC e Seus Periféricos 17
2.8.  Exercícios de fixação 
1 – O que é um computador pessoal? O que significa a sigla PC ?
2 – O gabinete de um PC é o mesmo que a CPU de um PC? Explique sua resposta.
3 – Diferencie monitor, teclado e mouse.
4 – Qual a relação entre uma fonte de alimentação e um gabinete?
5 – O que você aprendeu sob o gabinete AT? Realce alguns dos motivos que fizeram esse 
tipo de gabinete ser substituído.
6 – Descreva as vantagens de utilizar gabinetes ATX.
7 – Qual a principal função de uma fonte de alimentação de um computador?
8 – Cite algumas diferenças de uma fonte AT para um fonte ATX.
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Hardware: Placas-mãe e Barramentos 18
Capítulo 3.  Placas­mãe e Barramentos
3.1.  Placas­mãe e suas caraterísticas 
Também conhecida  como  "motherboard"  ou  "mainboard",  a  placa­mãe  é  basicamente  a 
responsável  pela   interconexão  de   todas  as  peças  que   formam o  computador.  O  HD,  a 
memória, o teclado, o mouse, a placa de vídeo, enfim, praticamente todos os dispositivos 
precisam ser conectados à placa­mãe para formar o computador.
As placas­mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos os dispositivos 
quem compõem o computador. Para isso, elas oferecem conexões para o processador, para a 
memória RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e saída, entre outros.
A foto exibe uma placa­mãe. As letras apontam para os principais itens do produto, que são 
explicados nos próximos parágrafos. Cada placa­mãe possui características distintas, mas 
todas devem possibilitar a conexão dos dispositivos que serão citados no decorrer deste 
texto. 
Figura 44 ­ Visão geral de uma placa­mãe 
3.1.1.  Item A – processador
O  item   A  mostra   o   local   onde   o   processador   deve   ser 
conectado.  Também conhecido   como  socket,   esse   encaixe 
não   serve   para   qualquer   processador,   mas   sim,   para   um 
modelo ou modelos específicos.  Cada tipo de processador 
tem características  que  o  diferenciam de outros  modelos. 
Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, 
na   quantidade   de   memória   cache,   na   tecnologia   de 
fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de 
terminais (as "perninhas") (Figura 45) que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a 
placa­mãe deve ser desenvolvida para aceitar determinados processadores. Na aquisição de 
um computador, deve­se escolher primeiro o processador e, em seguida, verificar quais as  
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 45 ­ As "perninhas" de um 
processador 
Hardware: Placas-mãe e Barramentos 19
placas­mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo lançados, 
novos sockets vão surgindo.
É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele 
pode não ser compatível com a placa­mãe relacionada, isso porque o chip pode ter uma 
capacidade de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão 
também deve ser verificada no momento da montagem de um computador.
3.1.2.  Item B – Memória RAM
O  item   B  (Figura   46)   mostra   os   encaixes 
existentes para a memória RAM. Esse conector 
varia   conforme   o   tipo.   As   placas­mãe   mais 
antigas   usavam   o   tipo   de   memória 
popularmente conhecido como SDRAM. 
No entanto, o padrão mais usado atualmente é 
o DDR (Double Data Rate), que também recebe a denominação de SDRAM II (termo pouco 
usado). A placa­mãe da imagem acima possui um slot para encaixar memória DDR1 e outro 
slot DDR2.
As memórias também trabalham em velocidades diferentes, mesmo quando são do mesmo 
tipo. 
3.1.3.  Item C – Slots de expansão
Para que seja possível conectar placas que adicionam funções 
ao computador, é necessário fazer uso de slots de expansão. 
Esses   conectores   permitem   a   conexão   de   vários   tipos   de 
dispositivos. Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, 
modems,   etc,   são   conectados   nesses   encaixes.  A   placa­mãe 
apresentada anteriormente possui um slot AGP (item C2)   e 
cinco slots PCI (item C1).
3.1.4.  Item D – Plug de alimentação
O item D (Figura 48) mostra o local onde deve ser 
encaixado o cabo da fonte que leva energia elétrica 
à placa­mãe. Para isso, tanto a placa­mãe como a 
fonte  de  alimentação devem ser  do  mesmo tipo. 
Existem, atualmente, dois padrões para isso: o ATX 
e o AT. 
A  placa­mãe  da   foto  usa  o  padrão  ATX.  É   importante   frisar  que   a   placa­mãe   sozinha 
consegue   alimentar   o   processador,   as   memórias   e   a   grande   maioria   dos   dispositivos 
encaixados nos slots. No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler 
(um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve para manter sua temperatura em 
limites aceitáveis de uso) devem receber conectores individuais de energia.
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Figura 47 ­ Slots PCI
Figura 48 ­ Plug de alimentação 
Figura 46 ­ Memória RAM 
Hardware: Placas-mãe e Barramentos 20
3.1.5.  Item E – Conectores IDE e drive de disquete
O  item   E2  mostra   as   entradas   padrões:   IDE   (Intergrated 
Drive  Electronics)   e   FDC,   (Figura   49)   onde   devem   ser 
encaixados os cabos que ligam HDs e unidades de CD/DVD à 
placa­mãe   drives   de   disquetes,   se   necessário.   Esses   cabos, 
chamados de "flat cables", podem ser de 40 vias ou 80 vias 
(grosseiramente falando, cada via seria um "fiozinho"), sendo 
este último mais eficiente.Cada cabo pode suportar até dois 
HDs ou unidades de CD/DVD, totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE. Note 
também que E1 aponta para o conector onde deve ser encaixado o cabo que liga o drive de 
disquete à motherboard. Existe também, um tipo de HD que não segue o padrão IDE, mas 
sim, o SATA (Serial ATA).
3.1.6.  Item F  – BIOS e bateria
O item F2 aponta para o chip Flash­ROM; e o F1, para a bateria 
que   o   alimenta   (Figura   50).   Esse   chip   contém   um   pequeno 
software   chamado   BIOS   (Basic  Input  Output  System),   que   é 
responsável por controlar o uso do hardware do computador e 
manter as informações relativas à hora e data. 
Cabe   ao   BIOS,   por   exemplo,   emitir   uma   mensagem   de   erro 
quando o teclado não está conectado. Na verdade, quando isso 
ocorre,   o   BIOS   está   trabalhando   em   conjunto   com   o  Post,   um   software   que   testa   os 
componentes de hardware, após o computador ser ligado. Como mostra a imagem a seguir, 
placas­mãe antigas usavam um chip maior para o BIOS.
3.1.7.  Item G – Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros
O  item   G  aponta   para   a 
parte onde ficam localizadas 
as entradas para a conexão 
do   mouse   (tanto   serial, 
quanto   PS/2),   teclado, 
portas   USB,   porta   paralela 
(usada principalmente por impressoras), além de outros que são disponibilizados, conforme 
o   modelo   da   placa­mãe.   Esses   itens   ficam   posicionados   de   forma   que,   quando   a 
motherboard for instalada em um gabinete, tais entradas fiquem imediatamente acessíveis 
pela parte traseira deste (Figura 51). 
3.1.8.  Item H  – Furosde encaixe
Para evitar danos, a placa­mãe deve ser devidamente presa ao 
gabinete. Isso é feito através de furos (item H) (Figura 52) que 
permitem o  encaixe  de   espaçadores   e   parafusos.   Para   isso,   é 
necessário que a placa­mãe seja do mesmo padrão do gabinete. 
Se este for AT, a placa­mãe deverá também ser AT. Se for ATX (o 
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 49 ­ Entradas:  IDE (os dois  
maiores) e disquete FDC (o menor)
Figura 52 ­ Um furo de encaixe 
Figura 51 ­ Entradas de  teclado, mouse, som e portas USB 
Figura 50 ­ Flash­Rom (a  
esquerda) e bateria (a direita)
Hardware: Placas-mãe e Barramentos 21
padrão atual),  a  motherboard  também deverá   ser.  Do contrário,  o  posicionamento  dos 
locais de encaixe serão diferentes para a placa­mãe e para o gabinete.
3.1.9.  Item I – Chipset
O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa­mãe, como 
acesso à memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas­mãe atuais, é bastante 
comum que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte Norte (I2):
1. Ponte   Sul   (South   Bridge)    → este   geralmente   é 
responsável   pelo   controle   de   dispositivos   de   entrada   e 
saída,  como as  interfaces   IDE ou SATA. Placas­mãe que 
possuem som onboard  (visto  adiante),  podem  incluir  o 
controle   desse   dispositivo   também   na   Ponte   Sul; 
(Figura 53)
2. Ponte Norte (North Bridge)   → este chip faz um trabalho "mais 
pesado" e, por isso, geralmente requer um dissipador de calor 
para não esquentar muito. Repare que na foto da placa­mãe em 
que esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de uma 
estrutura metálica. Essa peça é o dissipador de calor. 
Cabe à Ponte Norte as tarefas de controle do 
FSB (Front  Side  Bus ­  velocidade na qual o 
processador   se   comunica   com a  memória   e 
com   componentes   da   placa­mãe),   da   frequência   de   operação   da 
memória, do barramento AGP, etc. 
Os chipsets não são desenvolvidos pelos fabricantes das placas­mãe, 
e sim, por empresas como VIA Technologies, SiS e Intel (esta última 
é uma exceção, já que fabrica motherboards também). Assim sendo, 
é comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de placas­mãe.
3.2.  Placas­mãe onboard 
 "Onboard" é o termo empregado para 
distinguir placas­mãe que possuem um 
ou   mais   dispositivos   de   expansão 
integrados.  Por  exemplo,  há  modelos 
que têm placa de vídeo, placa de som, 
modem ou placa  de   rede  na  própria 
placa­mãe. Os conectores (Figura 56) 
desses dispositivos ficam juntos às entradas mostradas no item G, na placa­mãe estudada.
A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez 
que se deixa de comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa­
mãe. 
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 55 ­ Chipset Ponte  
Norte sem o dissipador
Figura 54 ­ O dissipador  
do Chipset Ponte Norte
Figura 53 ­ O Chipset Ponte Sul
Figura 56 ­ Áudio, vídeo, teclado, USB e rede numa placa  
onboard
Hardware: Placas-mãe e Barramentos 22
Lembre­se: quanto mais itens onboard uma placa­mãe tiver, mais o desempenho do computador  
será   comprometido,   isso   porque   o   processador   acaba   tendo   que   executar   as   tarefas   dos  
dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede onboard não influenciam 
significantemente  no  desempenho,  mas  placas  de  vídeo  e  modems sim.  As  placas  de  vídeo,  
mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é responsável pela geração de  
imagens. 
Professor,   eu   não   imaginava   que 
uma placa­mãe era tão complicada.  
Então   eu  devo  aprender   o   que   são 
esse itens?
 
Bem,   um   bom   técnico   deve   ser   capaz   de  
reconhecer onde estão esses itens e qual a  
função   de   cada   um   deles,   pois   existem  
inúmeros modelos de placas­mãe.
3.3.  Barramentos (ISA, AGP, PCI, PCI Express, AMR)
Barramentos (em inglês, bus) são, em poucas palavras, padrões de comunicação utilizados 
em   computadores   para   a   interconexão   dos   mais   variados   dispositivos.   Conheceremos 
alguns dos principais barramentos presentes nos PCs, como: AGP, PCI, PCI Express e AMR. 
3.3.1.  Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect)
O barramento PCI (Figura 57) surgiu no início de 1990 pelas mãos da Intel. Os slots PCI 
são menores que os slots ISA, assim como os seus dispositivos, obviamente.
Uma característica  que  tornou o  padrão 
PCI   atraente   é   o   denominado  Bus 
Mastering.   Em   poucas   palavras,   trata­se 
de um sistema que permite a dispositivos 
que fazem uso do barramento ler e gravar 
dados direto na memória RAM, sem que o processador tenha que "parar" e interferir para 
tornar isso possível. Note que esse recurso não é exclusivo do barramento PCI.
Outra característica marcante do PCI é a sua compatibilidade com o recurso Plug and Play 
(PnP),  algo  como "plugar  e  usar".  Com essa  funcionalidade,  o  computador  é   capaz de 
reconhecer automaticamente os dispositivos que são conectados ao slot PCI.
3.3.2.  Barramento PCI­X (Peripheral Component Interconnect Extended)
Muita gente confunde o barramento PCI­X (Figura 58) com o padrão PCI Express,  mas 
ambos são diferentes. O PCI­X nada mais é do que uma evolução do PCI de 64 bits, sendo 
compatível com as especificações anteriores. 
Figura 58 ­ Barramento PCI­X
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 57 ­ O slot PCI 
Hardware: Placas-mãe e Barramentos 23
3.3.3.  Barramento AGP (Accelerated Graphics Port)
Se   antes   os   computadores   se   limitavam   a   exibir 
apenas   caracteres   em  telas   escuras,   hoje   eles   são 
capazes   de   exibir   e   criar   imagens   em   altíssima 
qualidade.   Mas,   isso   tem   um  preço:   quanto   mais 
evoluída for uma aplicação gráfica, em geral, mais 
dados ela consumirá. 
Para lidar com o volume crescente de dados gerados pelos processadores gráficos, a Intel 
lançou em 1996 o padrão AGP (Figura 59), cujo slot serve exclusivamente às placas de 
vídeo.
O AGP 1.0 pode funcionar no modo 1x ou 2x. Com 
1x, um dado por pulso de clock é transferido. Com 
2x, são dois dados por pulso de clock. Depois,  a 
Intel lançou o AGP 2.0 (opera a 4x ) e  alimentação 
elétrica de 1,5 V (o AGP 1.0 funciona com 3,3 V). 
Algum tempo depois, surgiu o AGP 3.0, que conta 
com a   capacidade  de   trabalhar   com alimentação 
elétrica de 0,8 V e modo de operação de 8x.
Há   várias   versões   do   AGP   e   variações   nos   slots 
também (o que é lamentável, pois isso gera muita 
confusão).   Essas   diferenças   (Figura   60)   ocorrem 
principalmente   por   causa   das   definições   de 
alimentação elétrica existentes entre os dispositivos 
que utilizam cada versão. Há, por exemplo, um slot 
que funciona para o AGP 1.0, outro que funciona 
para   o   AGP   2.0,   um   terceiro   que   trabalha   com 
todas   as   versões   (slot   universal),   e   assim   por 
diante.
O mercado também possui versões especiais: o AGP 
Pro, direcionadas à placas de vídeo que consomem grande quantidade de energia. Apesar 
de   algumas   vantagens,   o   padrão  AGP   acabou   perdendo   espaço   e   foi   substituído   pelo 
barramento PCI Express.
3.3.4.  Barramento PCI Express
O padrão PCI  Express   (ou  PCIe  ou, 
ainda,  PCI­EX)   foi   concebido   pela 
Intel   em   2004   e   destaca­se   por 
substituir tanto o PCI, como o AGP. 
Isso  acontece  porque o  PCI  Express 
está  disponível em vários segmentos 
(Figura 61): 1x, 2x, 4x, 8x e 16x (há 
também o de 32x, ainda em testes). 
Quanto maior esse número, maior é a taxa de transferência de dados.
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 60 ­ As variações do AGP
Figura 61 ­ Variações do PCI EXPRESS
Figura 59 ­ Um slot AGP
Hardware: Placas-mãe e Barramentos 24
3.3.5.  Barramentos AMR, CNR e ACR
Os padrões AMR (Audio Modem Riser), CNR (Communications and Network Riser) e ACR 
(Advanced Communications Riser) são diferentes entresi, mas compartilham da ideia de 
permitir   a   conexão   à   placa­mãe   de   dispositivos   Host   Signal   Processing   (HSP),   isto   é, 
dispositivos cujo controle é feito pelo processador do computador. Para isso, o chipset da 
placa­mãe precisa ser compatível. Em geral, esses slots são usados por placas que exigem 
pouco processamento, como placas de som, placas de rede ou placas de modem simples.
O   slot   AMR   (Figura   62)   foi 
desenvolvido   para   ser   usado 
especialmente   para   funções   de 
modem   (Figura   63)   e   áudio.   Seu 
projeto foi liderado pela Intel. Para ser usado, o chipset da placa­
mãe precisava contar com os circuitos AC'97 e MC'97 (áudio e 
modem, respectivamente). Se comparado aos padrões vistos até 
agora, o slot AMR é muito pequeno.
O padrão CNR (Figura 64), por sua vez, 
surgiu  praticamente  como um substituto 
do   AMR   e   também   tem   a   Intel   como 
principal  nome no  seu  desenvolvimento. 
Ambos   são,   na   verdade,   muito   parecidos,   inclusive   nos   slots.   O 
principal diferencial do CNR é o suporte a recursos de rede, além dos 
de áudio e modem.
Em relação ao AMR, trata­se de um padrão cujo desenvolvimento tem como principal nome 
a AMD. Seu foco principal são as comunicações de rede e USB (Figura 65). Esse tipo foi por 
algum tempo comum de ser encontrado em placas­mãe da Asus e seu slot é extremamente 
parecido com um encaixe PCI, com a diferença de ser posicionado de forma contrária na 
placa­mãe, ou seja, é uma espécie de "PCI invertido".
3.4.  Fontes
● Emerson Alecrim
○ http://www.infowester.com/motherboard.php
○ http://www.infowester.com/barramentos.php
○ http://www.infowester.com/pciexpress.php
● From Wikipedia, the free encyclopedia
○ http://en.wikipedia.org/wiki/PCI_Express
○ http://en.wikipedia.org/wiki/Communications_and_Networking_Riser
● http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cnr.jpg
● http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Amr­slot.jpg
● http://commons.wikimedia.org/wiki/ATA
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 63 ­ Modem AMR
Figura 62 ­ O slot AMR
Figura 65 ­ Modem CNR
Figura 64 ­ Slot CNR 
Hardware: Placas-mãe e Barramentos 25
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Computer_buses
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:RAM
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:North_bridges
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:MSI_computer_motherboards
● http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:South_bridges
3.5.  Exercícios de fixação
1 – Qual a função principal de um motherboard?
2 – O que são slots de expansão?
3 – Para que servem os furos de encaixe numa placa­mãe?
4 – Qual a função de um chipset numa placa­mãe?
5 – Diferencie o chipset Ponte Norte do chipset Ponte Sul.
6 – O que são placas­mãe onboard?
7 – Cite vantagens e desvantagens de se utilizar placas­mãe onboard.
8 – Defina em poucas palavras o que são os barramentos (bus).
9 – O que é o BusMastering?
10 – Escreva um pouco a respeito do barramento PCI Express?
11 – Quais as razões que motivaram o desenvolvimento do AGP?
12 – O que são AMR, CNR e ACR?
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Hardware: Portas de Comunicação e Dispositivos de Entrada/Saída 26
Capítulo 4.  Portas de Comunicação e Dispositivos de 
Entrada/Saída
4.1.  Portas Seriais
A interface serial ou porta serial é a tecnologia para 
comunicação   utilizada   em   conexões   de   modems, 
mouses,   algumas   impressoras,   scanners   e   outros 
equipamentos   de   hardware.   Na   interface   serial,   os 
bits são transferidos em fila, ou seja, um bit de dados 
de cada vez, por isso, o nome serial.
A IBM, ao lançar computadores com uma porta RS­
232,   tornou   esta   interface   bastante   popular.   Por 
muitos anos, o padrão para comunicação serial em quase todos os computadores era algum 
tipo de porta RS­232, e  continuou sendo utilizado em grande escala até o fim dos anos 90. 
O padrão especifica 20 diferentes sinais de conexão, e um conector 
em   forma   de   D   é   comumente   usado.   São   utilizados   conectores 
machos (Figura 67) e fêmeas. Geralmente os conectores dos cabos 
são  machos  e  os   conectores  de  dispositivos   são   fêmeas;   e  estão 
disponíveis   adaptadores   m­m   e   f­f.   Os   mais   conhecidos   são   os 
conectores em forma de D, com apenas 9 pinos, e dispositivos que utilizam conectores de 
25 pinos. 
4.2.  Portas paralelas
A porta paralela (Figura 68) é uma interface de comunicação 
entre um computador e um periférico. Quando a IBM criou 
seu primeiro PC,  a   ideia  era conectar  a  essa porta  a  uma 
impressora, mas atualmente, são vários os periféricos que se 
podem utilizar desta conexão para enviar e receber dados para o computador (exemplos: 
scanners, câmeras de vídeo, unidade de disco removível, entre outros).
Na comunicação em paralelo, grupos de bits são transferidos 
simultaneamente (em geral, byte a byte) (Figura 69), através 
de diversas linhas condutoras dos sinais. Desta forma, como 
vários bits são transmitidos simultaneamente a cada ciclo, a 
taxa de transferência de dados (throughput) é alta. Em geral, 
nos PC havia a limitação de termos apenas duas portas seriais 
e uma porta paralela. 
Projeto e­Jovem ­ Módulo II
Figura 67 ­ Conector serial  
macho
Figura 69 ­ Transferência byte a 
byte em portas paralelas
Figura 68 ­ Porta paralela fêmea
 Figura 66 ­ Na comunicação serial, os bits  
são transferidos um de cada vez
Hardware: Portas de Comunicação e Dispositivos de Entrada/Saída 27
Na época em que se usava apenas um mouse e uma impressora isto era mais do que suficiente,  
mas   atualmente   temos   vários   outros   periféricos,   como:   câmeras   digitais,   modems   externos,  
scanners,   etc,   os   quais  nos   obrigam  a   compartilhar   a  mesma  porta   entre   vários   periféricos  
diferentes, fora a lentidão. Para resolver este problema, surgiu o USB.
4.3.  Tecnologia USB (Universal Serial Bus)
USB  é  a sigla para  Universal Serial  Bus. 
Trata­se de uma tecnologia que tornou mais 
simples,   fácil   e   rápida   a   conexão   de 
diversos   tipos   de   aparelhos   (câmeras 
digitais,  HDs externos,  pendrives,  mouses, 
teclados,   MP3­players,   impressoras, 
scanners,   leitor   de   cartões,   etc)   ao 
computador, evitando assim o uso de um tipo específico de conector para cada dispositivo. 
4.3.1.  Vantagens do padrão USB
Um dos principais motivos que levou à  criação da tecnologia USB foi a necessidade de 
facilitar a conexão de variados dispositivos ao computador. Sendo assim, o USB oferece 
uma série de vantagens:
● Padrão   de   conexão    → qualquer   dispositivo   compatível   com   o   USB   usa   padrões 
definidos de conexão (ver mais no tópico sobre conectores), assim não é necessário ter 
um tipo de conector específico para cada aparelho;
● Plug and Play  ("Plugar e Usar")   → quase todos os dispositivos USB são concebidos 
para serem conectados ao computador e utilizados logo em seguida. Apenas alguns 
exigem a instalação de drivers ou softwares específicos. No entanto, mesmo nesses 
casos, o sistema operacional reconhecerá a conexão do dispositivo imediatamente;
● Alimentação elétrica   → a maioria dos dispositivos que usam USB não precisa ser 
ligada a uma fonte de energia,  já  que a própria conexão USB é  capaz de fornecer 
eletricidade.
● Conexão de vários aparelhos ao mesmo tempo­   → é possível 
conectar até 127 dispositivos ao mesmo tempo em uma única 
porta USB. Isso pode ser feito, por exemplo, através de  hubs 
(Figura 71), dispositivos que utilizam uma conexão USB para 
oferecer um número maior delas.
● Ampla  compatibilidade    → o  padrão  USB é   compatível  com 
diversas  plataformas e  sistemas  operacionais.  O Windows,  por  exemplo,  o  suporta 
desde   a   versão  98.   Sistemas  operacionais   Linux   e   Mac   também  são   compatíveis. 
Atualmente,   é   possível   encontrar   portas   USB   em   vários   outros   aparelhos,   como 
televisores, sistemas de comunicação de carros e até aparelhos

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