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Autora: Eduarda C. Área de Estudo: Anatomia Veterinária Propósito: Anatomia das glândulas mamárias e vascularização. Glândulas Mamárias de Bovinos O fluxo sanguíneo mamário é um importante determinante da síntese de leite, a partir do qual serão ditadas as condições do leito produzido pelo animal, isto é, qualidade e quantidade. Devido às exigências cada vez maiores das sociedade humanas sobre a produção de leite dos demais animais, estes tiveram a “evolução” de suas glândulas mamárias para altamente ramificadas, com capacidade de síntese e armazenamento de leite, em grande quantidade e rapidez. As glândulas são um dos órgão que mais requerem suprimento sanguíneo do corpo, assim como há alta atividade para fígado e intestino, responsáveis pela absorção dos nutrientes, há o fluxo para as glândulas que fazem uso desses nutrientes. De acordo com Machado et al. (2011) alguns fatores influenciam o suprimento sanguíneo das mamas. O efeito galactopoiético do hormônio do crescimento (GH) é bem conhecido e é associada a um aumento no fluxo sanguíneo e de Fator de crescimento insulina I (IGF-I), o efeito ambiental, quando os bovinos leiteiros são expostos a temperatura fora de sua zona de termoneutralidade tendem a efetuar ajustes metabólicos e um desses ajustes é a redução do fluxo sanguíneo e efeitos nutricionais, a variação na intensidade e na qualidade da alimentação pode alterar a secreção de hormônios e constituintes do leite. Anatomia A glândula mamária de vacas é dividida em quatro quartos, cada um deles completamente independente, em que existe a comunicação apenas entre os quartos do mesmo lado, e não entre todos. Os quartos cranial e caudal direito não tem contato com os quartos cranial e caudal esquerdo, separadas pelo ligamento suspensório medial. Por mais que as mamas tenham uma grande importância para a espécie, esta é desprovida de proteção qualificada. Elas são basicamente suportadas pelo ligamento suspensório mediano e lateral e uma camada de pele que a protege do meio externo. Anatomicamente, elas são glândulas sudoríparas modificadas, que produzem líquido de nutrição da prole, o leite. Seu tamanho não está relacionado a sua capacidade produtiva ou de armazenamento. Pode ser entendida como um conjunto sistemático de ductos conectados ao epitélio secretor, denominado parênquima, envoltas por tecido conjuntivo e/ou gorduroso (estroma) e sustentado por uma cápsula fibroelástica. As porções de estroma e parênquima variam conforme o período de lactação, gestação ou alterações hormonais. As células do epitélio secretor coletam os precursores do leite no sangue e as células da membrana apical se responsabilizam pela secreção nos alvéolos mamários. Vascularização Sabendo da importância da rede sanguínea para a síntese láctea, é crucial também compreender a rota sanguínea desse fluxo. Segue a sequência das ramificações de artérias: ● Aorta caudal ramo descendentes; ● Artérias ilíacas comuns direita e esquerda; ● Artérias ilíacas externas; ● Artérias pudendas externas; Passa pelo canal inguinal ramos craniais e caudais que suprem as porções cranial e dorsal do úbere O ramo cranial supre de sangue o quarto mamário anterior e o ramo caudal supre o quarto mamário posterior do mesmo lado da artéria. ● Artéria perineal ventral Ramo da pudenda interna Passa logo abaixo da vulva, A drenagem sanguínea é feita: ● Veias pudendas externas; ● Veia abdominal externa; Elas recebem o sangue dos quartos mamários cranial e caudal do mesmo lado e drena para a veia epigástrica superficial caudal do mesmo lado. ● Veia perineal; As veias das glândulas mamárias são desprovidas de valvas.