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Caso I.S.P. 76 anos Aposentada Anamnese Queixa principal Idosa com dificuldade de alimentar-se, cansaço, mal estar geral e dificuldade de locomoção. Histórico do problema atual A enfermeira e o técnico de enfermagem realizam visita domiciliar à I.S.P, que está com 76 anos de idade. Estes são recebidos pela filha de I.S.P., sua cuidadora, que refere necessitar de orientações para o cuidado. No quarto, a equipe encontra a idosa, e observam que o espaço de circulação entre a cama, parede e guarda-roupa é muito restrito. Na avaliação, a idosa refere diminuição da força muscular, baixo nível de atividade física e perda de peso há alguns meses, cansaço/fadiga e dificuldade para locomover-se há um mês. Há dois dias, iniciou com mal estar e dificuldade de alimentar-se, permanecendo desde então acamada, necessitando de auxílio da filha para alimentar-se e locomover-se. Histórico História social I.S.P. morava sozinha em uma residência na área de abrangência da ESF de um bairro periférico da cidade. Há um mês a filha foi morar com a mãe, devido à dificuldade da idosa em realizar suas atividades básicas da vida diária, como alimentar-se, locomover- se e necessidade de auxílio para aplicação da insulina. A casa é de alvenaria, possui sala, cozinha, dois quartos. No quarto de I.S.P. tem banheiro, mas possui um degrau e não disponibiliza barras de segurança na pia, assento sanitário e box. O outro banheiro fica próximo à sala e quarto de sua filha, a residência apresenta bom aspecto de higiene. A renda mensal da família é proveniente da aposentadoria e dos serviços de pedagoga de sua filha, representando cerca de quatro salários mínimos. I.S.P. participava de um grupo de convivência, em que realizava algumas atividades físicas. No momento, mobiliza-se somente com auxílio, o que a levou a deixar de participar dessa interação social. Antecedentes pessoais Hipertensa há 23 anos e diabética há 15 anos. Não possui alergia. Possui hábitos alimentares irregulares, não adere adequadamente à dieta prescrita pela nutricionista. Apresenta Caderneta do Idoso com registro das três doses de Vacina Dupla Tipo Adulto (dT), sendo última dose em 2002 e Vacina Influenza sazonal anualmente. Medicações em uso Captopril 12,5 mg, 2 cp/dia - manhã e noite Atenolol 25 mg, 1cp às 8 horas Insulina NPH, 20 UI pela manhã e 10 UI à noite. Antecedentes familiares Pai faleceu de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) com 72 anos e mãe era diabética. Exame Físico Mucosas úmidas e hipocoradas, apresenta discreta desidratação. Cavidade oral: gengivas edemaciadas, hiperemiadas, sangrantes e com pequenas úlceras, próteses dentárias mal adaptadas e com mau aspecto de higiene, halitose. Tórax: Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares presentes em ápice e base bilaterais, sem ruídos adventícios e taquipneica. Ausculta cardíaca com ritmo regular, bulhas cardíacas normofonéticas e sem sopros. Abdome: ruídos hidroaéreos presentes e indolor à palpação. Sistema genitourinário: Eliminações fisiológicas vesicais presentes, em baixo volume, com aspecto escurecido e com odor fétido. Coluna vertebral e extremidades: Extremidades aquecidas, perfundidas e sem edemas, pulsos periféricos cheios e simétricos. Presença de pequena úlcera na região lateral externa de hálux direito, com discreta secreção serosa e presença de tecido de granulação. Sinais Vitais: Frequência cardíaca: 72 bpm Frequência respiratória: 26mrpm Pressão arterial: 140X80 mm/hg Glicemia capilar: 120mg/dl Temperatura = 36,8ºC Peso: 64kg Estatura: 1,60 m IMC: 26,5 kg/m² Questão 1 Escolha múltipla Diante do caso da Sra. I.S.P. quais os problemas observados durante a visita domiciliar? Dificuldade de realizar a aplicação da insulina Presença de pequenas úlceras na gengiva Incontinência urinária Vacina Dupla Tipo Adulto (dT) com reforço em atraso Presença de pequena lesão inicial em hálux direito Presença da síndrome da fragilidade no idoso Próteses dentária mal adaptadas e com aspecto de higiene inadequado. 100 / 100 acerto A presença da síndrome da fragilidade no idoso verifica-se pela diminuição da força muscular, baixo nível de atividade física e emagrecimento há alguns meses, cansaço/fadiga, dificuldade para locomover-se há mais ou menos um mês, mal estar e dificuldade de alimentar-se. A lesão no hálux direito é um problema para as pessoas com diabetes, assim como a dificuldade para realizar a aplicação da insulina. Outro problema detectado é a presença de lesões na gengiva, próteses dentárias mal adaptadas e com aspecto de higiene inadequado, pois dificulta a alimentação do idoso. Também necessita realizar o reforço da vacina Dupla Tipo Adulto(dT) cuja última dose foi há mais de 10 anos. Não apresenta incontinência urinária. Questão 2 Escolha múltipla Quais os fatores predisponentes da síndrome da fragilidade do idoso apresentados pela Sra. I.S.P.? Higiene da cavidade oral inadequada Incapacidade funcional Idade superior a 75 anos Déficits em múltiplos sistemas, principalmente no sistema musculoesquelético 100 / 100 acerto A fragilidade está associada à idade, embora não seja resultante exclusivamente do processo de envelhecimento, a maioria dos idosos não se torna frágil obrigatoriamente. Ela está relacionada com a presença de comorbidades, pois as doenças crônicas surgem nas fases mais avançadas da vida, além dos déficits em múltiplos sistemas, principalmente no sistema musculoesquelético, que provoca um declínio na capacidade funcional ou incapacidade. A higiene da cavidade oral não pré dispõe a síndrome da fragilidade do idoso. Saiba mais As diminuições das reservas funcionais de diversos sistemas que ocorrem com o envelhecimento podem submeter um idoso, a grandes agravos caso a sua delicada homeostase, ou equilíbrio frágil de suas funções vitais seja quebrado – essa condição se nomeia fragilidade ou Síndrome da Fragilidade, pois suas causas são multifatoriais. (BRASIL, 2013, p. 57). Está associada ao maior risco de ocorrência de desfechos clínicos adversos, declínio funcional, quedas, hospitalização, institucionalização e morte. (BRASIL, 2006b) São três as principais mudanças relacionadas à idade que estão subjacentes à síndrome: alterações neuromusculares, principalmente sarcopenia, desregulação do sistema neuroendócrino e disfunção do sistema imunológico. (BRASIL, 2006b, p.51). Questão 3 Escolha múltipla Quais os sintomas da síndrome da fragilidade no idoso que a Sra. I.S.P. apresenta? Perda de peso Diminuição de força de preensão Baixo nível de atividade física Diminuição da velocidade da marcha Cansaço 100 / 100 acerto Cansaço/fadiga, perda de peso, baixo nível de atividade física, diminuição de força de preensão e diminuição da velocidade da marcha são sintomas da síndrome da fragilidade no idoso. A Sra I.S.P. não apresenta diminuição de força de preensão, que é um dos sintomas da síndrome. Saiba mais Figura 1- Fenótipo de Fragilidade de acordo com modelo proposto por Fried (2001). Fonte: Ministério da Saúde, 2006b, p. 54 Para verificar os sinais e sintomas da síndrome da fragilidade têm-se um fenótipo relacionado à fragilidade (FRIED, 2001) que inclui cinco componentes possíveis de serem mensurados, desse modo, para verificar a síndrome da fragilidade o idoso deve apresentar: 1. perda de peso não intencional: = 4,5 kg ou = 5% do peso corporal no último ano. 2. fadiga auto referida utilizando duas questões: com que frequência na última semana o(a) sr(a) sentiu que tudo que fez exigiu um grande esforço ou que não pode fazer nada; 3. diminuição da força de preensão medida com dinamômetro na mão dominante e ajustada para gênero e Índice de Massa Corporal (IMC); 4. baixo nível de atividade física medido pelo dispêndio semanal de energia em kcal (com baseno auto relato das atividades e exercícios físicos realizados) e ajustado segundo o gênero; 5. diminuição da velocidade da marcha em segundos: distância de 4,5m ajustada para gênero e altura. A reabilitação nutricional, os exercícios para fortalecimento muscular e o tratamento individualizado das comorbidades conseguem evitar o declínio em espiral descendente para a fase final, pelo menos temporariamente, com o objetivo de melhora da qualidade de vida (KO, 2011 apud BRASIL, 2013, p. 57) e postergar as complicações físicas – desnutrição e caquexia, dor incontrolável, fraturas e escaras, imobilidade e atrofias, baixa capacidade funcional, baixa imunidade – e psicossociais – isolamento social, depressão, alta dependência, estresse do cuidador e custo financeiro e social , absenteísmo (BRASIL, 2013). Questão 4 Escolha múltipla Quais as orientações que a enfermeira deverá realizar à cuidadora da Sra. I.S.P. quanto a aplicação da insulina e seu acondicionamento? Orientar a realização de rodízio local de aplicação da insulina Revisar a forma de preparação e aplicação da insulina, acompanhando o procedimento. Orientar os locais mais adequados de aplicação da insulina Orientar que a mudança na cor e presença de grânulos é normal na insulina refrigerada Orientar evitar expor os frascos à luz do sol Orientar que os frascos de insulina nunca devem ser congelados (temperatura abaixo de 2°) 100 / 100 acerto Insulina Humana Recombinante (NPH) é uma suspensão aquosa, estéril, branca e leitosa, diferente da regular que tem um aspecto incolor e límpido, não sendo normal mudança na cor e presença de grânulos nas insulinas. O rodízio na aplicação da insulina é necessário para evitar hipertrofia ou atrofia no local. Saiba mais Como preparar a insulina A técnica de aplicação da insulina será demonstrada com seringa de 1cc, cada subdivisão contém duas unidades, porém o mercado também disponibiliza de seringas de 0,5cc, na qual cada subdivisão contém uma unidade. Técnica de preparo da insulina Figura 2 – Material necessário para a para a aplicação da insulina Foto: Gil Fachini Figura 3 - Seringa de 1cc- cada subdivisão contém duas unidades. Fotos: Gil Fachini Figura 4 - Lavar as mãos com água e sabão. Fotos: Gil Fachini Figura 5 - Limpar a tampa do frasco usando algodão com álcool à 70%. Foto: Gil Fachini Figura 6 - Rolar o frasco entre as mãos para misturar a insulina. Não agitar o frasco. Foto: Gil Fachini Figura 7 - Retirar o protetor e evitar encostar os dedos na agulha para que não ocorra contaminação. Foto: Gil Fachini Figura 8 - Puxar o êmbolo da seringa até a marca da quantidade de insulina que você irá aplicar. Foto: Gil Fachini Figura 9 - Injetar o ar dentro do frasco, isso permite que a insulina seja facilmente aspirada. Foto: Gil Fachini Figura 10 - Virar o frasco para baixo. Aspirar à insulina puxando o êmbolo lentamente. Foto: Gil Fachini Figura 11 - Verificar se existem bolhas de ar, para tirá-las bater com o dedo na parte da seringa onde elas estão ou injetar a insulina de volta para o frasco. Em seguida retirar a dose de insulina que você vai usar. Foto: Gil Fachini Como aplicar a insulina Figura 12- Aplicação da insulina Foto: Gil Fachini Escolher o local para aplicar a insulina. Limpar a pele usando algodão com álcool e deixar secar. Manter uma distância de aproximadamente dois centímetros do local da última aplicação, se a área do corpo for à mesma. Figura 13- Aplicação da insulina Foto: Gil Fachini Fazer uma prega na pele onde você irá aplicar a insulina. Pegar na seringa como se fosse um lápis, introduzir a agulha na pele num ângulo de 90°. Soltar a prega cutânea. Obs: em pessoa muito magra ou em crianças menores a injeção poderá ser feita em um ângulo de 45° para evitar que seja aplicada no músculo. Figura 14- Aplicação da insulina Foto: Gil Fachini Ao iniciar a aplicação da insulina se for encontrado sangue na seringa seguir as seguintes orientações: sangue em pequena quantidade continuar a aplicação; sangue em grande quantidade parar a aplicação. Jogue fora a seringa com insulina e prepare outra dose. Figura 15- Aplicação da insulina Foto: Gil Fachini Injetar a insulina empurrando o êmbolo até o final. Retirar a seringa e fazer uma leve pressão no local, usando o algodão. Observação: com relação a não utilização de luvas de procedimento nas figuras acima, foi utilizado recomendação da ANVISA,WHO e OPAS. http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_oms/folha%20informativ a%206.pdf Locais para aplicação da insulina Figura 16 – Locais para a aplicação da insulina Fonte: Ministério da Saúde, 2006b, p. 55 Conservação da insulina A insulina é um hormônio que deve ser conservado de maneira adequada, para que sejam garantidas as suas propriedades farmacológicas. Como guardar os frascos de http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_oms/folha%20informativa%206.pdf http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_oms/folha%20informativa%206.pdf insulina de acordo com o manual do Ministério da Saúde (2006a, p. 50-51): - Frascos de insulina NUNCA devem ser congelados (temperatura abaixo de 2°). - Evite expor os frascos à luz do sol, pois a insulina pode sofrer degradação. - Evite deixar os frascos em locais muito quentes, como o porta-luvas do carro, perto do fogão ou forno elétrico, etc. - As insulinas devem ser armazenadas em geladeiras, na porta ou parte inferior. - A insulina que está em uso poderá ser mantida em temperatura ambiente (15°C a 30°C), por até um mês. Nesse caso, deixar o frasco no lugar mais fresco da casa, como, por exemplo, perto do filtro da água. - Não usar insulina se notar mudança de cor ou presença de grânulos. Em caso de viagem: - Colocar os frascos de insulina em bolsa térmica ou caixa de isopor. Não precisa colocar gelo. Caso não tenha bolsa térmica ou isopor, leve o frasco em bolsa comum, junto a você, onde não receba a luz do sol, diretamente. Locais onde não existe geladeira: - Deveria ser evitada a armazenagem em locais que não existe geladeira. Contudo, em situações especiais, os frascos de insulina deverão ser mantidos no local mais fresco da casa ou edifício. A insulina, nesse caso, deverá ser utilizada no prazo máximo de seis meses. - Uma vez aberto o frasco de insulina e o refil das canetas, utilizar, no máximo no período de 30 dias. Transporte: - Por um período de curta duração (até sete dias) é permitido transportar a insulina em local não refrigerado. Para tanto, deve ser seguidas as seguintes orientações: Evitar a exposição do frasco em locais com calor excessivo (acima de 40°C); Usar sempre veículo com isolamento térmico; Nunca expor a insulina ao sol, diretamente; Preferir o transporte noturno; Não congelar o produto; Não transportar a insulina com gelo seco; Colocar a insulina na geladeira, logo que chegar ao seu destino; Em viagem de avião não despachar os frasco junto com as bagagens, pois a baixa temperatura pode congelar a insulina. Questão 5 Escolha múltipla Quais as orientações devem ser dadas ao cuidador para acompanhamento e avaliação da lesão do pé? Avisar aos profissionais de saúde se tiver calos, rachaduras, alterações de cor ou úlceras. Andar descalço somente em casa Examinar os pés diariamente Remover calos ou unhas encravadas no domicilio. Calçar sapatos que não apertem, de couro macio ou tecido 100 / 100 acerto O paciente diabético apresenta diminuição da sensibilidade devido a neuropatia periférica, desse modo é importante examinar os pés diariamente, se necessário pedir ajuda a familiar ou usar espelho; Calçar sapatos que não apertem, de couro macio ou tecido,não usar sapatos sem meia; vestir sempre meias limpas, preferencialmente de lã, algodão, sem elástico; Avisar aos profissionais de saúde se tiver calos, rachaduras, alterações de cor ou úlceras; Cortar unhas de forma reta e horizontal. Assim como, nunca andar descalço, mesmo em casa e não remover calos ou unhas encravadas em casa, procurar equipe de saúde para orientação são cuidados necessário que se deve ter com os pés.(BRASIL, 2006a, p.43). Saiba mais Orientações para o exame do pé diabético Na Avaliação do paciente. Achado clínicos importantes: Ulceração prévia nos pés, Amputação prévia, Diabetes > 10 anos, Visão comprometida, Sintomas neuropáticos e Claudicação. No exame dermatológico. Achados clínicos importantes: Pele seca, Ausência de pelos, Unhas encravadas ou pontiagudas, Maceração interdigital e Ulceração. No rastreio para neuropatia. Testes indicados: Monofilamento, Limiar de percepção, vibratória e Diapasão (128 HZ). Achados importantes: Perda da percepção em um ou mais locais do teste, Limite de percepção vibratória maior que 25 volts, Percepção vibratória anormal. Avaliação vascular. Testes indicados: Palpação dos pulsos pedioso dorsal e tibial posterior e Índice tornozelo-braço (ITB). Achados Importantes: Pulsos ausentes e ITB menor que 0,90 é consistente com doença arterial periférica. Avaliação biomecânica do pé. Testes indicados: Flexão plantar ou dorsoflexão de tornozelo e hálux. Observar a deambulação do paciente, Inspeção dos sapatos do paciente e Inspeção das deformidades. Achados importantes: Mobilidade articular diminuída, Visão diminuída, marcha alterada, necessidade de órteses. Os sapatos ajustam-se mal aos pés dos pacientes, Incapacidade do paciente de ver e alcançar os pés, cravo, calosidade, hálux valgus, cabeça de metatarso proeminente e dedo em martelo, em garra. (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2008). Questão 6 Escolha múltipla Considerando as alterações observadas na avaliação da cavidade oral, quais as orientações que devem ser dadas à Sra. I.S.P. e sua cuidadora? Solicitar avaliação odontológica As próteses devem ser retiradas ao dormir, e deve ficar em água na temperatura ambiente. As próteses devem ser higienizadas mecanicamente, por meio da escovação, associada à desinfecção química com hipoclorito de sódio 2% A limpeza da prótese deve ser realizada com escova de cerdas duras e dentifrícios 100 / 100 acerto Quanto à limpeza das próteses, deve-se focar na limpeza mecânica (escovação) associada com a desinfecção química (imersão no hipoclorito). O ideal é recomendar escovação diária da prótese (após as refeições) com escova de cerdas macias e dentifrício não abrasivo. A escova de cerdas duras dá uma falsa impressão de limpeza, e na verdade só serve para arranhar a superfície do acrílico, deixando-o mais rugoso e propenso a acumular biofilme. A prótese deve ser retirada ao dormir, e deve ficar em água na temperatura ambiente. Após as orientações a equipe decide manter acompanhamento domiciliar, duas vezes por semana, para verificar a realização dos cuidados e prevenção da evolução da lesão em hálux. Saiba mais Higienização de prótese dentária Somente a remoção mecânica do biofilme não é suficiente para a descontaminação da prótese. Assim, o uso de agentes químicos de desinfecção é de grande valor. Para próteses totais, recomenda-se principalmente, o hipoclorito de sódio 2% (disponível em supermercados), em imersões de cinco minutos seguidos de enxágue abundante com água. Quando utilizamos produtos químicos para desinfecção, devemos considerar a regra “concentração do produto X tempo de imersão.” Quanto mais concentrada for a sua solução, menos tempo de imersão é necessário para a eliminação de microrganismos. Na UFPel - Faculdade de Odontologia preconiza-se a solução de hipoclorito de sódio 2% (água sanitária que compra-se no supermercado, composta por hipoclorito de sódio 2% ou 2,5%, ou seja, já é uma solução diluída, pois são 2% de hipoclorito de sódio para 98% de água) por cinco minutos, por ser comprovadamente eficiente e devido ao paciente não ficar tanto tempo sem a prótese. Alguns dentistas utilizam duas gotas da água sanitária do supermercado diluída em 200ml de água, e nestes casos a concentração do produto é muito menor, então, para que ocorra a descontaminação da prótese, é preciso que ela fique mais de 12 horas em imersão. Além disso, deve-se adotar a escovação mecânica com escova de cerdas macias para não arranhar a superfície da prótese. Quando a prótese é nova e o paciente apresenta um bom controle de higiene, recomenda-se escovação diária e imersão em hipoclorito 2% por cinco minutos a cada 20 dias, para controle do biofilme. Em próteses com muitos anos de uso e se o paciente apresentar higiene deficiente ou sinais clínicos de estomatite protética, recomenda-se escovação diária e imersão diária em hipoclorito 2% por cinco minutos, sempre enxaguando muito bem em água corrente após a desinfecção, até a remissão dos sintomas. Se o paciente relatar alergias ao produto, ele não deve ser utilizado. (GONÇALVES, et al., 2011). Objetivos do Caso Identificar os fatores que pré dispõe a fragilidade no idoso e sinais e sintomas do idoso fragilizado. Realizar orientações para idoso diabético e seu cuidador quanto aos cuidados com a cavidade oral e prótese dentária, com o pé diabético, aplicação e acondicionamento da insulina. Referências 1. AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Guia de bolso para exames dos pés: o exame do pé diabético. 2008. Disponível em: 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar. v. 1. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012.102 p. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.pdf> . Cópia local Acesso em 2014. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar. v. 2. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 205 p. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cad_vol2.pdf> . C ópia local Acesso em 2014. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes mellitus. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006a. http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.pdf https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/cad_vol1.pdf https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/cad_vol1.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cad_vol2.pdf https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/cad_vol2.pdf https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/cad_vol2.pdf 56 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 16). Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad16.pdf> . Cópia local Acesso em 2014. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006b. 192 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 19). Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad19.pdf> . Cópia local Acesso em 2014. 6. FRIED, L. P. et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. Journal Of Gerontology, Baltimore, v. 56, n. 3, p.146-156, 2001. Disponível em: <https://rds185.epi- ucsf.org/ticr/syllabus/courses/83/2012/02/15/Lecture/> . Cópia local Acesso em 2014. 7. GONÇALVES, L. F. et al. Higienização de próteses totais e parciais removíveis. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. São Caetano do Sul, v.15, n. 1, p. 87-94, 2011. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/viewFile/9895/5820> . Cópia local Acesso em 2014. 8. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Cuidados de enfermagem em diabetes mellitus. 2009. Manual de enfermagem. http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad16.pdfhttps://dms.ufpel.edu.br/static/bib/abcad16.pdf https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/abcad16.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad19.pdf https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/abcad19.pdf https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/abcad19.pdf https://rds185.epi-ucsf.org/ticr/syllabus/courses/83/2012/02/15/Lecture/ https://rds185.epi-ucsf.org/ticr/syllabus/courses/83/2012/02/15/Lecture/ https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/fried_frailty.pdf http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/viewFile/9895/5820 http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/viewFile/9895/5820 https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/9895.pdf
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