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Enzimas Qual a natureza química das enzimas ? - Esta pergunta começou a ser respondida em 1926 com a cristalização da urease ( enzima que catalisa a hidrólise de uréia em NH3 e CO2); - James Sumner descobriu que os cristais de urease eram constituídos inteiramente de PROTEÍNAS - Esta pergunta começou a ser respondida em 1926 com a cristalização da urease ( enzima que catalisa a hidrólise de uréia em NH3 e CO2); E postulou que todas as enzimas eram proteínas!!! - Durante a década de 30, John Northrop e Moses Kunitz cristalizaram a pepsina, a tripsina e outras enzimas digestivas, mostrando que todas elas eram proteínas; - Mais ainda!!!! “Havia uma relação direta entre sua atividade enzimática e a quantidade de proteína presente no cristal” ”Com exceção de uma pequenas classe de RNA com atividade catalítica, em sua grande maioria, são de fato proteínas” - Durante a segunda metade do século XX, com o desenvolvimento de técnicas modernas, milhares de enzimas foram purificadas e caracterizadas, tendo suas estruturas elucidadas e seus mecanismos de ação determinados. Como as enzimas funcionam? - As velocidades das reações catalisadas pelas enzimas são geralmente de 106 a 1012 vezes maiores do que as reações não catalisadas; Enzimas Vel. de reação (ñ enzimática) Vel. de reação enzimática Aumento de velocidade Anidrase Carbônica 1,3x10-1 1x106 7,7x106 Corismato-mutase 2,6x10-5 50 1,9x106 Triose-fosfato- isomerase 4,3x10-6 4300 1,0x109 Carboxipeptidase A 3,0x10-9 578 1,9x1011 Nuclease Estafilocócica 1,7x10-13 95 5,6x1014 - As condições nas quais as reações catalisadas por enzimas ocorrem são compatíveis com a vida – temperaturas abaixo de 100oC, pressão atmosférica e pH neutro, enquanto a catálise química geralmente requer temperaturas e pressões elevadas, além de pHs extremos; - As reações enzimáticas apresentam alta especificidade; - As reações enzimáticas podem ser reguladas por mecanismos que incluem : controle alostérico, modificação covalente ou variações nas quantidades de enzima sintetizada..... Como as enzimas trabalham? E+S � ES � EP � E+P E = enzima S = substrato P = produto S � � � � � � P Arranjo estável de átomos Arranjo estável de átomos Arranjo instável de átomos reorganização Estado de transição “A energia livre de P é menor do que a de S, de forma que a variação de energia livre da reação é negativa, o que favorece a formação de P” - Isso não quer dizer que a conversão de S em P irá ocorrer em um tempo mensurável. A velocidade com que a reação irá acontecer depende de um parâmetro completamente diferente. - Existe uma barreira energética entre S e P, relacionada a formação de estado de transição, que pode envolver alinhamento de grupos reativos, formação de cargas instáveis, rearranjos de ligações etc. “ A diferença de energia entre o arranjo atômico do substrato e do estado de transição é chamada de energia de ativação” Energia de ativação Energia de ativação - Os catalisadores funcionam aumentando a velocidade de reação , diminuindo a energia de ativação. “Quanto maior a energia de ativação, mas lenta será a reação” De que forma isso ocorre? - Interação da enzima com a molécula do substrato Sítio ativo – é uma pequena porção da enzima formada a partir do enovelamento na sua estrutura terciária. - O sítio ativo apresenta resíduos de aminoácidos, cujas cadeias laterais são capazes de interagir com o reagente e catalisar as transformações químicas que esta molécula irá sofrer. Teorias para formação do complexo enzima-substrato 1) Teoria chave-fechadura – na qual a especificidade da enzima (fechadura) por seu substrato (chave) era decorrente da complementaridade geométrica de suas formas. - Entretanto, a hipótese da chave e fechadura não explicava exatamente a grande capacidade catalítica das enzimas O nosso exemplo do cilindro não vai se dobrar, e consequentemente, não vai se quebrar. O PRODUTO DA REAÇÂO NÂO SERÀ FORMADO!!!!! Esta enzima estabiliza o substrato, impedindo que a reação ocorra. 2) Ajuste induzido – As mudanças conformacionais sofridas pela enzima levam à acomodação de grupos funcionais específicos em posições apropriadas, facilitando a interação com o substrato Participação ou não de cofatores: Apoenzima – não necessita de cofator para a catálise Holoenzima – necessita de cofator para a catálise Cofatores: Grupamento prostético – está covalentemente ligado à enzima - íons inorgânicos - coenzimas a Fatores que podem interferir nas reações enzimáticas: - Temperatura - Variações de pH - Capacidade de desnaturar proteínas, ou seja, por sua capacidade de produzir distúrbios extensos na estrutura tridimensional da enzima; - As condições levam ao rompimento das interações não-covalentes entre os resíduos de aminoácidos, presentes na enzima, responsáveis por sua estrutura e pela geometria dos grupos funcionais presentes no sítio ativo. Cinética enzimática - Estudo do mecanismo das reações catalisadas por enzimas depende da determinação das velocidades das reações e de como ela são afetadas por diferentes parâmetros. - É fundamental para a total compreensão do funcionamento das enzimas. Efeito da concentração de substrato E+S � ES � EP � E+P Modelo de Michaelis-Menten KM = Constante de Michaelis-Menten - Constante que relaciona a afinidade da enzima pelo substrato. E + S ES E + P K1 K3 K2 KM = afinidade KM= K2 + K3 (dissociação) K1 (associação) KM = afinidade Mas como calcular precisamente os valores de KM e Vmax para determinada reação? Gráfico de Duplo Recíproco (Lineweaver-Burk) Inibições Enzimáticas Reversíveis Inibição competitiva Inibição Não Competitiva Inibição Acompetitiva Inibição irreversível – ocorre quando inibidores modificam quimicamente e inativam uma enzima. Ex: Aspirina Estratégias Regulatórias 1)Controle Alostérico 2) Estímulo e inibição por proteínas de controle 3) Modificação covalente reversível 4) Ativação proteolítica (Zimogênios) Controle alostérico Estímulo e inibição por proteínas de controle
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