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POTENCIAL DE AÇÃO

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BMF IV 
POTENCIAL DE AÇÃO 
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Introdução 
➔ o encéfalo é considerado a sede da alma que nos distinguem como seres humanos 
➔ o encéfalo e a medula espinal são centros integradores e grandes centros de 
controle do sistema nervoso, com bilhões ou trilhões de neurônios de células 
nervosas ligadas umas às outras de modo organizado para o controle rápido do 
corpo 
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Neurociência: propriedades emergente 
➔ embora a sinalização elétrica seja universal, as redes de neurônios sofisticadas são 
exclusivas do sistema nervoso animal 
➔ as vias reflexas do sistema não seguem necessariamente uma linha reta de um 
neurônio para outro 
➔ um neurônio pode influenciar múltiplos neurônios ou muitos neurônios pode afetar a 
ação de um unico neuronio 
➔ um estímulo é capaz de gerar um potencial de ação, podendo associar múltiplos 
neurônios para uma resposta efetora ou mesmo uma cadeia simples de neurônio 
para um resposta efetora 
➔ propriedades emergentes são processos complexos (sinápticos e neurais) como 
consciência, coração de inteligência, emoções concretas e vividas que não podem 
ser previsto a partir do conhecimento atual com as propriedade individuais das 
células nervosas e conexões específicas 
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Potencial de ação: requisitos 
➔ o estímulo gera excitação ou inibição a partir do canal estimulado para a resposta 
efetiva assim como a quantidade de íons presentes para permitir a resposta pelos 
canais 
➔ potencial de repouso: toda membrana possui um potencial de repouso, que é feito 
por um aumento de cc de moléculas carregadas negativamente restritas dentro da 
célula que não conseguem ultrapassar a membrana celular (positiva por fora) 
➔ o estímulo acontece fazendo a troca de íons acontecerem e assim que acaba a 
célula volta em repouso 
➔ a célula tem a tendência a ter moléculas negativas em maior quantidade 
internamente 
➔ para que haja transição de um íon com o outro é necessário um transporte, que 
pode ser ativo ou passivo 
➔ no potencial de ação a bomba de sódio e potássio irá auxiliar o transporte de cargas, 
necessitando de atp por ser um transporte ativo 
➔ a depleção de atp interfere diretamente na dificuldade de promover a resposta 
devido a falha que causará nos canais iônicos funcionantes por estímulo 
➔ LIC e LEC: os fluidos corporais estão dentro (⅔) e fora da célula (⅓ - líquido 
intersticial e plasma sanguíneo), é necessário um equilíbrio entre os líquidos para 
que não haja perda de eletrólitos, nem edema e nem hiperemia ativa e passiva, 
mantendo-se na homeostase há a coerência dos líquidos, o LEC é rico em sódio e o 
LIC é rico em potássio, no desequilíbrio osmótico é entendível a ter desequilíbrio 
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eletrolítico (tremores, flacidez, fibrilação, PCR, perda de neurônio, estímulos e 
sinapses) 
➔ sai 2 K+ e entra 3 Na2+, saindo de um valor negativo e se tornando positivo ao 
decorre do estímulo 
➔ há tipos de transportes: 
● passivo (difusão simples, por diferença de cc e difusão facilitada, por ajuda 
de proteína) 
● ativo (por conta de um estímulo, há forçamento da saída de potássio e 
entrada de sódio) 
➔ equação de Nerst (raciocínio de equilíbrio de um único íon), equação de Goldman 
(vários íons diferentes) 
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Potencial de ação 
➔ Potencial de repouso de um neurônio (-70mV) 
➔ potencial de repouso do músculo esquelético (-85mV) 
➔ potencial de repouso de um músculo estriado cardíaco -90mv) 
➔ essas voltagens são necessárias para encontrar um limiar e causar o potencial de 
ação, caso não ocorra é supralimiar 
➔ o potencial de repouso depende do gradiente de cc do íon e do gradiente elétrico 
➔ Na, K e Cl são os essenciais para o potencial de ação nas células em repouso 
➔ tipos de canais iônicos: 
● canais dependentes de ligantes: receptores de neurotransmissores, como 
hormônios, agem da mesma maneira que os voltagem dependentes, porém 
por estímulo químico 
● canais voltagem dependentes: como o de sódio, quando há estímulo elétrico 
que alcança o limiar excitatório da célula, os canais irão abrir de uma vez só, 
logo acontecendo uma despolarização rápida e o potencial de ação acontece 
● canais regulados por fosforilação 
● canais regulados por estiramento: respondem ao estímulo mecânico, por 
uma força física como pressão ou estiramento (tato nos neurônios sensoriais) 
● a ativação do canal é feita pela abertura de um canal para o fluxo de íons 
● a inativação acontece quando os canais que normalmente estão abertos, 
fechando-se na presença do estímulo 
➔ o potencial graduado é aquele que perde força ao se distanciar do ponto de origem 
do estímulo, começa acima do limiar no ponto de iniciação mas vai diminuindo a 
força percorrendo o axônio, na zona de gatilho se está abaixo do limiar não 
consegue gerar o potencial, porém se é forte o suficiente o potencial graduado 
chega acima do limiar resultando no potencial (como se acostumar com sentir a 
roupa, ou sentir algum órgão funcionando) - tudo ou nada 
➔ zona de gatilho: os potenciais não graduados que são fortes o suficientes para 
acontecer passa pela zona de gatilho, que é o centro integrador do neurônio, abrindo 
os canais de sódio e ocorrendo a despolarização, caso a despolarização não atingir 
o limiar da zona de gatilho, desaparece pelo axônio 
➔ lei do tudo ou nada: potencial que ocorre se o estímulo atinge o limiar de excitação 
(zona de gatilho), caso não atinja, o potencial não ocorre 
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➔ 
➔ fase ascendente do potencial de ação: limiar atingido, abrindo os canais de sódio 
(voltagem dependente) fazendo o sódio entrar dentro da célula (influxo) fazendo a 
célula internamente negativa ir se tornando positiva, despolarizando, quando está 
muito positivo os canais de Na comecam a se fechar e o potencial de membrana 
começa a ficar negativo novamente, estimulando o canal de potássio abrir, fazendo 
o potássio sair da célula , porém são mais lentos, quando alcança uma certa 
voltagem há maior abertura de canais de potássio causando um maior afluxo, a 
membrana interna começa novamente a se negativar, ocorrendo a despolarização 
da membrana 
➔ quando o potássio sai a membrana chega a -70mV novamente, os canais de 
potássio que não fecharam completamente, causam uma hiperpolarização, até o 
restabelecimento do potencial de repouso através da bomba de sódio e potássio, 
ativamente (forçadamente) irá reequilibrar a membrana, fazendo o potencial voltar 
ao repouso 
➔ os canais de potássio são mais devagares do que os de sódio, tanto em suas 
aberturas quanto em seus fechamentos, os de sódio se abrem totalmente com o 
limiar e se fecham totalmente com outro limiar 
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➔ 
➔ o período refratário absoluto: uma vez que o potencial é iniciado (ultrapassa o limiar 
deflagrando a despolarização) outro potencial só irá acontecer quando o que havia 
começado, finalizar, ou seja, despolarização, repolarização e hiperpolarização 
completas) 
➔ o período refratário relativo: os canais de K ainda estão abertos,para que aconteça 
um potencial de ação o estímulo terá de ser mais forte, vencendo um caminho de 
despolarização maior, ou seja, saindo da hiperpolarizaçãoe indo ao encontro da 
despolarização, quando o sódio está normal ele pode reconhecer outro estímulo 
(forte o suficiente) que atinge o limiar, desencadeando outro potencial antes mesmo 
da bomba de Na2+/K+ reequilibrar o potencial de repouso 
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Condução do estímulo 
➔ o estímulo chega nos dendritos através das sinapses passando pelo axônio e 
alcança a zona de gatilho até chegar ao terminal e assim vai 
➔ despolarização - repolarização - repouso - despolarização …. 
➔ o período refratário evita o acúmulo e retrocesso de despolarizações 
➔ potencial atinge limiar e zona de gatilho,os canais de Na se abrem para entrada de 
sódio, as cargas positivas fluem para o segmento adjacente do neurônio por fluxo 
corrente local, o fluxo ativa outros segmentos para despolarização, o período 
refratário evita condução retrógrada, a perda do K no citoplasma (efluxo) repolariza a 
membrana 
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Influência do K no potencial de ação 
➔ a hipercalemia aproxima o potencial de membrana em repouso do limiar, tornando 
as células mais excitáveis causando tremores (a despolarização fica muito fácil) 
➔ a hipocalemia faz o repouso ficar hiperpolarizado, tornando a célula menos 
excitáveis causando uma fraqueza (despolarização fica difícil) 
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➔

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