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Insuficiência Renal Crônica no idoso

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Insuficiência Renal Crônica no 
idoso 
Caso 
Negra 
L.F. 
69 anos 
Aposentada 
Anamnese 
Queixa principal 
Familiar solicita à equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) avaliação para idosa 
com insuficiência renal crônica, em tratamento dialítico que iniciou com febre, 
hiperemia em local da fístula arteriovenosa, falta de ar aos esforços e edema em 
membros inferiores há um dia. 
Histórico do problema atual 
L.F. tem 69 anos, relata ter realizado a última sessão de hemodiálise (HD) há 2 dias e 
confirma o aumento da ingesta líquida e alimentação inadequada nos últimos dias. 
Apresenta falta de ar aos esforços e edema em membros inferiores e há um dia, também 
percebeu hiperemia em local da fístula arteriovenosa sendo que, às 4 horas da manhã, 
apresentou hipertermia e medicou-se com paracetamol 500mg, por via oral. No entanto, 
os sintomas não melhoraram e passou a apresentar dor no local da fístula arteriovenosa 
solicitando avaliação da equipe da ESF. 
Revisão de sistemas 
Aparelho respiratório: dispneia 
Sistema geniturinário: anúrica. 
Sistema gastrointestinal: eliminações fisiológicas intestinais presentes, com tendência a 
constipações frequentes, intervalo de aproximadamente três dias entre as eliminações. 
Histórico 
Antecedentes pessoais 
Hipertensa e diabética há 26 anos, em tratamento; cardiopata isquêmica e com 
insuficiência cardíaca congestiva-classe funcional II. Internação hospitalar prévia por 
broncopneumonia há 3 anos e por edema agudo de pulmão, após a sessão de 
hemodiálise há 4 meses. Realiza hemodiálise duas vezes por semana de três a quatro 
horas. Durante as sessões de hemodiálise apresenta hipotensões graves. Dorme cerca de 
8 horas por dia, não adere adequadamente à dieta prescrita pela nutricionista, chegando 
às sessões de hemodiálise acima de seu peso seco. Não realiza exercícios físicos, pois 
apresenta dificuldade para deambular. Nega história de alergias. Revisada caderneta do 
Idoso, apresenta três doses da Vacina Dupla Tipo Adulto (dT), sendo última dose em 
2009 e esquema completo para Hepatite B. Realiza Vacina influenza sazonal 
anualmente 
História social 
L.F. mora com seu marido, a filha de 34 anos e um neto de 7 anos em um bairro 
periférico da cidade. A casa é de alvenaria, possui sala, cozinha, três quartos e um 
banheiro, a residência apresenta bom aspecto de higiene. A renda mensal da família é 
proveniente da aposentadoria da idosa e do serviço de motorista de seu marido. Sua 
filha é a pessoa que presta os cuidados a Sra. L.F., cuida da casa, faz e vende artesanatos 
para auxiliar nas despesas. Não realiza atividade física há mais de um ano. 
Antecedentes familiares 
Mãe faleceu por infarto agudo do miocárdio e pai faleceu de Acidente Vascular 
Cerebral. Tem dois irmãos, ambos hipertensos, sendo que um tem insuficiência renal 
crônica, em tratamento conservador. 
Exame Físico 
 
Sintomas gerais: lúcida, orientada e comunicativa. Mucosas úmidas e coradas, 
hidratada. 
Cavidade oral: edêntula, em uso próteses totais em boas condições de higiene e 
adaptação. 
 
Frequência cardíaca: 84 bpm 
Frequência respiratória: 26 mrpm 
Pressão arterial: 150/90 mm/Hg 
Temperatura: 37,8ºC 
Peso: 82 kg 
Estatura: 1,66 m 
IMC: 29,7kg/m² 
 
Ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares presentes em ápice e base bilaterais, com 
sibilos em ambos os campos pulmonares. 
Ausculta cardíaca: ritmo regular, bulhas cardíacas normofonéticas, sem sopros. 
Abdome: discretamente timpânico; fezes palpáveis no cólon. 
Coluna vertebral e extremidades: extremidades aquecidas, perfusão satisfatória e com 
presença de edema 2+/4+, pulsos periféricos cheios e simétricos. 
Presença de fístula arteriovenosa em membro superior esquerdo, com hiperemia, calor 
local, presença de secreção amarelada e dor intensa no local. Presença de frêmitos, 
pulso radial cheio. 
Questão 1 
Escolha múltipla 
Diante do caso da Sra. L. F. quais os problemas 
levantados durante a visita domiciliar? 
 Edema em membros inferiores 
 Aumento da ingesta líquida e alimentação inadequada 
 Inapetência 
 Hiperemia, calor, presença de secreção e dor no local da fístula arteriovenosa 
 Falta de ar aos esforços 
 Não realiza exercícios físicos 
 
100 / 100 acerto 
A inapetência não foi detectada como problema, pois a idosa alimentava-se, embora não 
aderisse as orientações nutricionais para o seu quadro clínico. Na anamnese e exame 
físico observa-se que a fistula apresenta hiperemia, calor local, secreção e paciente 
refere dor, sinais indicativos de infecção local. O aumento da ingesta hídrica em 
pacientes com IRC ocasionou edema em membros inferiores, sendo a falta de ar aos 
esforços uma consequência deste quadro. 
Saiba mais 
 
Dieta do paciente com insuficiência renal crônica. 
O acompanhamento nutricional para o planejamento das refeições deve ser orientado 
adequando as necessidades calóricas para cada indivíduo. É interessante, orientar os 
pacientes a registrarem a ingestão alimentar diariamente, e de preferência pesarem-se 
todos os dias pela manhã, conhecendo seu peso seco. 
Nutrientes importantes na dieta: 
O uso de plantas aromáticas e as especiarias frescas são indicados para substituir o sabor 
do sal nos alimentos. Outra sugestão é temperar os alimentos com pimenta ou suco de 
limão. É necessário orientar que, o sódio está presente em alimentos processados 
industrialmente, tais como: molho de soja, bolacha, alimentos enlatados, bacon, 
presunto, linguiça, entre outros. 
Um alto nível de fósforo pode provocar perda de cálcio dos ossos e irritação na pele, 
devendo-se evitar o uso de alguns alimentos como: produtos de laticínio, como leite, 
queijo, pudim, iogurte e sorvete, feijões e ervilhas secas, nozes e pasta de amendoim, 
bebidas como chocolate quente, cerveja e refrigerantes de cola (pretos). Assim, o uso de 
cremes sem leite e de determinados substitutos do leite é uma boa forma de reduzir a 
quantidade de fósforo na dieta. 
O cálcio é um mineral importante para a formação de ossos, mas deve-se observar que 
alimentos com boas fontes de cálcio, também têm alto teor de fósforo. Para manter o 
equilíbrio dos níveis de cálcio e fósforo e prevenir a perda de cálcio, é indicado o uma 
dieta reduzida em alimentos ricos em fósforo e utilizar quelantes de fosfato. Se a dieta 
do paciente for limitada, pode ser necessário o reforço de vitaminas e minerais. 
(National Kidney Foundation [2007?]). 
O Potássio atua na regulação da contração muscular, sendo fundamental para manter o 
ritmo cardíaco, além de contribuir na manutenção dos níveis adequados de fluidos e 
equilíbrio de eletrólitos e também atua na condução dos impulsos nervosos. Alimentos 
como frutas, verduras, legumes e grãos são ricos em potássio, tais como: banana, melão, 
laranja, frutas secas, abacate, cenoura, beterraba, tomate, batata, folhas verde-escuras 
(couve, espinafre), castanhas, nozes, amêndoas, ervilha, feijão, soja, grão de bico, 
semente de gergelim e gérmen de trigo. O paciente deve estar apto a reconhecer quais 
são os alimentos que são ricos em potássio para que possa evitá-los ou cozinhá-los para 
reduzir o teor deste mineral. (HOSPITAL SAMARITANO, 2010, p. 8-9). 
Orientações práticas aos pacientes e familiares: 
• Evite excessos, ou seja, alimentos com muito sal e muito açúcar; 
• Para controle da ingesta hídrica, é indicado colocar a água a ser ingerida, durante 
as 24h, em uma garrafa; 
• Evite alimentos industrializados como sopas, caldos e temperos; 
• Use temperos naturais (alho, cebola, cebolinha, louro, manjericão, alecrim, etc); 
• Evite ou use pouco sal no preparo dos alimentos; 
• Tire o saleiro da mesa; 
• Não esqueça: Sempre ler os rótulos dos alimentos industrializados. 
(HOSPITAL SAMARITANO, 2010). 
Questão 2 
Escolha múltipla 
De acordo com a história pregressa da Sra. L.F. o 
que é considerado fator de risco para a doença 
renal crônica (DRC)? 
 Hipertensão ArterialSistêmica 
 Cirurgias prévias 
 Diabete Mellitus 
 Sexo feminino 
 História familiar de doença renal crônica. 
 
100 / 100 acerto 
Os principais grupos de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica são 
Diabete Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica e história familiar de DRC. O sexo 
feminino e cirurgias prévias não são considerados fatores de risco para o 
desenvolvimento de DRC. 
Saiba mais 
 
Outras causas de insuficiência renal 
“Existem outros fatores de risco para doença renal crônica que estão relacionados à 
perda de função renal, como glomerulopatias, doença renal policística, doenças 
autoimunes, infecções sistêmicas, infecções urinárias de repetição, litíase urinária, 
uropatias obstrutivas e neoplasias”. (BRASIL, 2006, p. 23). 
“Alguns fatores de risco estão relacionados com taxa de declínio da filtração glomerular 
com evolução mais rápida, como: controle glicêmico ineficaz, hipertensão arterial, 
maior proteinúria, hipoalbuminemia, dislipidemia e tabagismo. Além destes, é 
conhecido que sexo masculino e idade avançada conferem maior risco”. (BRASIL, 
2006, p. 44). 
É importante destacar que independente do diagnóstico etiológico da DRC, a presença 
de dislipidemia, obesidade e tabagismo acelera a progressão da doença. (BRASIL, 
2006, p. 23). 
Questão 3 
Escolha múltipla 
Quais os cuidados a serem prestados a Sra. L.F. 
na visita domiciliar? 
 Controle da pressão arterial e temperatura axilar 
 Enfatizar a necessidade de controle de ingestão de sal 
 Solicitar avaliação e acompanhamento da equipe multiprofissional de atenção 
domiciliar (EMAD) 
 Estimular a ingesta hídrica 
 Estimular a realização de atividade física conforme as possibilidades de L.F. 
 
100 / 100 acerto 
Com o avanço da doença renal, a capacidade dos rins eliminarem o excesso de água e 
sódio do organismo diminui, levando a retenção dessas substâncias no organismo, o que 
acarreta a formação de edema e aumento da quantidade de líquido no corpo, desse modo 
deve-se evitar a ingesta hídrica em excesso. A adoção de hábitos alimentares adequados 
e saudáveis, cessação do tabagismo, prática de atividade física regular, controle da 
pressão arterial, manejo das dislipidemias, manejo do diabetes com controle da glicemia 
e uso profilático de alguns fármacos, são intervenções protetoras vasculares e renais de 
benefício comprovado. (BRASIL, 2006, p.26). 
A avaliação na fístula arteriovenosa deve ser realizada a fim de verificar sinais de 
trombose no acesso venoso, infecções locais, e alterações, que pode causar sua 
inoperância. (FURTADO; LIMA, 2006). 
Saiba mais 
 
Recomendações para o doente renal crônico 
No âmbito da Estratégia Global de Promoção da Alimentação Saudável, Atividade 
Física e Saúde para doente renal crônico, a Organização Mundial da Saúde, recomenda 
que a “energia total deve ser distribuída nos macronutrientes de gorduras, carboidratos e 
proteínas, sendo o consumo de colesterol total inferior a 300mg/dia e de sódio < 2,0 
gramas”. (BRASIL, 2006, p. 27). 
Tabela 1: Composição de alimentos por 100 gramas de parte comestível: centesimal, 
minerais, vitaminas e colesterol 
Fonte: Universidade Estadual de Campinas, 2011, p. 25 – 65) 
A recomendação para abandono do tabagismo deve ser universal, sendo particularmente 
útil na prevenção de doença cardiovascular, cerebrovascular e renal. (BRASIL, 2006, p. 
33). As pessoas devem incorporar a atividade física nas atividades rotineiras como 
caminhar, subir escadas, realizar atividades domésticas dentro e fora de casa, optar 
sempre que possível pelo transporte ativo nas funções diárias, que envolvam pelo menos 
150 minutos/semana (equivalente a pelo menos 30 minutos realizados em 5 dias por 
semana). ”O efeito da atividade de intensidade moderada realizada de forma acumulada 
é o mesmo daquela realizada de maneira contínua, isto é, os trinta minutos podem ser 
realizados em uma única sessão ou em duas sessões de 15 minutos (p.ex. manhã e tarde) 
http://unasus.ufpel.edu.br/moodle/ccufpel/img/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf
http://unasus.ufpel.edu.br/moodle/ccufpel/img/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf
ou ainda, em três sessões de dez minutos (ex: manhã, tarde e noite)”. (BRASIL, 2006, p. 
31 - 32). 
Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) é contatada, sendo solicitado 
avaliação da Fístula arteriovenosa. A EMAD realiza o atendimento domiciliar à Sra. 
L.F. Solicitam exames laboratoriais e iniciam com antibioticoterapia endovenosa. 
Saiba mais 
 
A infecção no acesso vascular é a segunda causa mais comum de perda da fístula 
arteriovenosa. Os microrganismos mais frequentes são o Staphylococcus aureus, 
Staphylococcus epidermidis e os germes Gram-negativos. 
A terapêutica a ser instituída dependerá do tipo de fístula. Em fístulas nativas, a 
infecção ocorre, geralmente por contaminação local no momento da punção ou higiene 
precária do paciente com a fístula. Os antibióticos são utilizados de 4 a 6 semanas, 
associados a cuidados locais. Em fístulas de enxerto, além do uso de antibiótico, é 
necessária a ressecção da porta infectada. 
A escolha do antibiótico sistêmico deve ser guiada pelos resultados de exames 
laboratoriais, tais como hemocultura, ou cultura de secreção local, devendo ser 
instituída antibioticoterapia empírica para cobertura de bactérias Gram-positivas e 
negativas até que os resultados destes exames estejam disponíveis. (NASCIMENTO et 
al., 1999). 
Questão 4 
Escolha múltipla 
Quais as orientações podem ser realizadas a 
idosa com relação à fístula arteriovenosa? 
 Atentar para a lavagem das mãos 
 Lavar a fístula com água e sabão 
 Não verificar pressão arterial no membro em que estiver a fístula 
 Não permitir punções venosas por outros profissionais para administração de 
medicamentos. 
 Não movimentar o membro em que têm a fístula 
 
100 / 100 acerto 
Para preservar a permeabilidade da fístula, deve-se orientar que o paciente realize 
regularmente exercícios com a mão e o braço onde está localizada a fístula. Deve-se 
orientar ainda que o paciente evite esforço com o braço no dia em que fez a hemodiálise 
para evitar a ocorrência de sangramento. Não deve-se permitir a punção e verificação de 
pressão arterial no membro da FAV por outros profissionais para evitar hematomas. 
Saiba mais 
 
Cuidados com a fístula arteriovenosa 
Após a hemodiálise o correto é pressionar os curativos da fístula arteriovenosa por no 
mínimo 20 a 30 minutos ainda no serviço. Recomenda-se retirar os curativos até duas 
horas após a sessão, para evitar o comprometimento da fístula. (FERMI, 2003). 
Entre os cuidados deve-se estar atento a sinais e sintomas de infecção, realizar higiene 
adequada do local, não permitir administração de medicamentos por punção venosa no 
local da FAV por outros profissionais, não dormir sobre o braço do acesso e evitar 
compressão do local e nunca verificar pressão arterial no membro do acesso. 
(MOREIRA; ARAUJO; TORCHI, 2013). 
Esses cuidados destinam-se a proteger a fístula do excesso de peso sobre o braço, para 
que não haja comprometimento do fluxo sanguíneo, ocasionando trombose no acesso 
venoso. O cliente deve estar apto a compreender o funcionamento de seu acesso 
vascular e o objetivo das medidas de precaução para evitar sua inoperância. 
(FURTADO; LIMA, 2006). 
Em caso de sangramento no local da fístula, o paciente deve comprimir o local usando 
material limpo e elevar o membro. O paciente deverá procurar imediatamente uma 
unidade de hemodiálise ou pronto socorro se houver sangramento intenso. (FERMI, 
2003). 
Cuidados gerais com a fístula arteriovenosa: 
• Vigiar o funcionamento do acesso por meio da palpação e percepção do frêmito 
• Durante o banho diário, lavar bem o braço e a fístula com água e sabão, secando-a 
cuidadosamente com uma toalha limpa. 
• Inspecionar a fístula diariamente e informar a equipe de saúde quando houver 
alguma anormalidade.A sujidade e a umidade representam risco para infecção. 
• Evitar carregar pesos ou dormir sobre o braço da fístula, pois a pressão sobre ele 
pode interromper o fluxo sanguíneo. 
• Realizar regularmente exercícios com a mão e o braço onde está localizada a 
fístula, para garantir sua permeabilidade. 
• A equipe de saúde deve atentar para os sinais de infecção do acesso vascular: 
edema, hiperemia, saída de pus no local de incisão da fístula e presença de febre ou 
calafrios. Observar a presença de frêmitos e pulso. 
(MOREIRA; ARAUJO; TORCHI, 2013) 
http://www.pro-renal.org.br/renal_023.php 
(PRÓ-RENAL BRASIL, 2011) 
Questão 5 
Escolha múltipla 
São complicações frequentes após a sessão de 
hemodiálise que podem ocorrer no domicílio: 
 Hipoglicemia 
 Edema agudo de pulmão 
 Náusea e vômitos 
 Dispneia 
 Reações alérgicas 
 
100 / 100 acerto 
O edema agudo de pulmão nos pacientes em diálise, geralmente é decorrente da 
sobrecarga hídrica na presença de disfunção ventricular já existente. Pacientes urêmicos 
são propensos a desenvolver hipoglicemia por vários fatores: redução da inativação 
renal da insulina, diminuição da gliconeogênese renal, perda de proteínas resultando no 
baixo suprimento de alanina (precursor da gliconeogênese) e defeito na reabsorção da 
glicose. Já as reações alérgicas são complicações raras e quando acontecem são do tipo 
anafilático, principalmente devido ao uso de dialisadores novos, e são raros no 
domicílio. 
http://www.pro-renal.org.br/renal_023.php
Saiba mais 
 
Sinais de alerta em pacientes que realizam hemodiálise – orientações ao cuidador 
Os sinais de hipoglicemia podem ser tremores, ansiedade, palpitação, calor, frio, 
palidez, atividade mental anormal, cansaço, fraqueza, sono, confusão, tontura, olhar 
fixo, visão dupla, dificuldade na fala, dor de cabeça, náusea, vômito. 
Na hipotensão os sintomas podem ser tontura, sudorese, enjoo, escurecimento da visão, 
sensação de fraqueza e desmaio. Recomenda-se ir a um lugar arejado, sentar-se e 
colocar a cabeça entre as pernas, ou deitar-se com as pernas levantadas. Os sintomas são 
inespecíficos e se mantiverem, procure um médico. 
Os sinais de edema agudo de pulmão são respiração curta e com severa dificuldade 
respiratória, respiração estertorosa (pode-se auscultar o borbulhar do ar no pulmão), 
ortopneia (a pessoa sente necessidade de sentar-se, não consegue permanecer deitado), 
expectoração sanguinolenta e espumosa. Esse paciente deve ser encaminhado 
imediatamente ao serviço de urgência e emergência. 
Para febre relacionada à infecção, devem ser checados: 
• Estado geral, estado mental, apetite, hidratação, funcionalidade em geral; 
• Tosse, escarro (aspecto, quantidade e cheiro) e falta de ar; 
• Urina fétida, oligúria, incontinência de início recente, polaciúria, noctúria, disúria, 
piúria, dor em baixo ventre, retenção urinária e lombalgia; 
• Lesões de pele: dor, vermelhidão, edema, feridas e secreção; 
• Diarreia, muco ou sangue nas fezes, dor abdominal e vômitos; 
• Se possível, sinais vitais: pressão arterial, frequência cardíaca, frequência 
respiratória, perfusão periférica. 
(BRASIL, 2013, p. 145 - 146) 
Objetivos do Caso 
 
Conhecer os cuidados necessários ao paciente renal crônico, assim como, realizar 
orientações aos familiares/cuidadores desse paciente em tratamento dialítico. 
Referências 
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Insuficiência renal: doença renal 
crônica. Biblioteca Virtual em Saúde, Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. 
Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/228_insuf_renal2.html> . Cópia 
local Acesso em : 2014. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/228_insuf_renal2.html
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/228_insuf_renal2.html
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/228_insuf_renal2.html
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Caderno de Atenção Domiciliar. Brasília, DF: Ministério da 
Saúde, 2013. 205 p. (Melhor em casa: a segurança do hospital no conforto do 
seu lar, v. 2). Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_
mel...> . Cópia local Acesso em : 2014. 
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Prevenção clínica de doença cardiovascular, 
cerebrovascular e renal crônica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. 
(Cadernos de Atenção Básica, n. 14. Série A. Normas e Manuais Técnicos). 
Disponível 
em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad14.pdf> . 
Cópia local Acesso em : 2014. 
4. FERMI, M. R. V. Manual de diálise para enfermagem. [Lisboa, PT]: Nova 
Guanabara, 2003. 168 p. 
5. FURTADO, A. M.; LIMA, F. E. T. Autocuidado dos pacientes portadores de 
insuficiência renal crônica com a fístula artério-venosa. Rev. Gaúcha Enferm., 
Porto Alegre, v. 27, n. 4, p. 532 – 538, dez. 2006. Disponível 
em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/4
6...> . Cópia local Acesso em : 2014. 
6. HOSPITAL SAMARITANO. Orientações dietéticas gerais para o paciente 
renal crônico. São Paulo: Hospital Samaritano. Unidade de Nefrologia, 2010. 
11 p. 
7. MOREIRA, A.G.M.; ARAÚJO, S.T.C.; TORCHI, T.S. Preservação da fístula 
arteriovenosa: ações conjuntas entre enfermagem e cliente. Escola Anna Nery 
Revista de Enfermagem. Rio de Janeiro, v.17, n.02, abr./jun., 2013. Disponível 
em: <http://revistaenfermagem.eean.edu.br/detalhe_artigo.asp?id=865> . Cópi
a local Acesso em : 2014. 
8. NASCIMENTO, M.M et al. Avaliação de acesso vascular em hemodiálise: um 
estudo multicêntrico. J. Bras. Nefrol., São Paulo, v. 21, n. 1, p. 22 - 29, 1999. 
Disponível 
em: <http://www.jbn.org.br/audiencia_pdf.asp?aid2=640&nomeArquivo=21-
01-06.pdf> . Cópia local Acesso em : 2014. 
9. NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. Nutrição e insuficiência renal 
crônica. New York, NY: National Kidney Foundation, [2007?]. 19 p.Disponível 
em: <https://dms.ufpel.edu.br/maad/bib/apoio/nutricao_e_insuficiencia_renal.p
df> . Cópia local Acesso em : 2014. 
10. NERBASS, F. B. et al. Fatores relacionados ao ganho de peso interdialítico em 
pacientes em hemodiálise. J. Bras. Nefrol., São Paulo, v. 33, n. 3, jul./set., 
2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-
28002011000300005&script=sci_a...> . Cópia local Acesso em : 2014. 
11. PRÓ-RENAL BRASIL: com você, fazemos mais pela vida. Diálise peritoneal 
cíclica contínua (CCPD). Curitiba: Pró-Renal Brasil, 2011. Disponível 
em: <http://www.pro-renal.org.br/renal_023.php> . Cópia local Acesso em : 
2014. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad14.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/abcad14.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/abcad14.pdf
http://seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/4638/2554
http://seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/4638/2554
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/2554
http://revistaenfermagem.eean.edu.br/detalhe_artigo.asp?id=865
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/detalhe_artigo.asp
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12. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. NÚCLEO DE ESTUDOS E 
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https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf

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