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Fernanda Pickbrenner de Almeida 1 Anatomia Topográfica 2020/2 Acadêmica: Fernanda Pickbrenner de Almeida Professores: Heitor Ducker, Thiago Martins, Erasmo Ouriques e Ricardo da Luz Espero que essa apostila ajude vocês! Se houver qualquer erro podem vir falar comigo que eu arrumo! Bom semestre! Fernanda Pickbrenner de Almeida 2 Dorso O dorso é formado pela parte posterior do tronco, inferior ao pescoço e superior às nádegas. Regiões do dorso: • Vertebral • Supraescapular • Escapular • Interescapular • Infraescapular • Lombar Anatomia palpatória (ou de superfície): • Ângulo superior da escápula: fica a nível da vértebra T1 • Espinha da escápula: fica a nível da vértebra T3 • Ângulo inferior da escapula: fica a nível da vértebra T7 • Borda superior da crista ilíaca: fica a nível da vértebra L4 (é onde geralmente se faz a retirada de líquor e aplicação de medicamentos) • Espinha ilíaca póstero-superior (covinhas): fica a nível da vértebra S2 (é onde termina o saco dural.) Estratificação: camadas • Pele • Fáscia superficial (tela subcutânea – hipoderme – gordura) • Fáscia tóraco lombar (lâmina superficial e profunda) • Músculos (extrínsecos e intrínsecos) • Coluna vertebral • Costela (parte posterior e medial) • Medula espinal • Nervos e vasos Pele Linhas de clivagem/linhas de força/linhas de Langer/linhas de tensão: são linhas que se forem seguidas promovem uma melhor recuperação da pele quando cortada. Logo abaixo da pele existe a tela subcutânea (camada gordurosa) e depois existem os músculos extrínsecos que possuem suas respectivas fáscias musculares. Músculos extrínsecos: Fernanda Pickbrenner de Almeida 3 Primeira camada: • Trapézio: possui fibras descendentes, transversais e ascendentes. Origem: processos espinhosos desde as vértebras cervicais até as vértebras torácicas ( C7 a T12), linha nucal superior e ligamento nucal.. Inserção: borda posterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula Função: a parte descendente eleva, a parte ascendente deprime, e a transversa (ou todas juntas) retrai a escápula; as partes ascendentes e descendentes giram a cavidade glenoidal superiormente. Inervação: nervo acessório (XI). • Latíssimo do dorso: maior músculo do corpo em questão de área de abrangência Origem: processos espinhosos das seis últimas vértebras torácicas e todas lombares, crista do sacro, 1/3 posterior da crista ilíaca e face externa das últimas quatro costelas. Inserção: sulco intertubercular do úmero. Função: adução do ombro, hiperextensão do ombro, rotação interna do ombro, depressão do ombro e auxilia na expiração forçada. Inervação: nervo tóraco-dorsal (ramo do fascículo posterior do plexo braquial, parte supraclavicular). Segunda camada: tira-se o trapézio e o latíssimo do dorso • Espino escapulares: ligados às vértebras e à escápula • Rombóide maior: Origem: processos espinhosos de T2 a T5. Inserção: margem medial da escápula Função: retração/adução, elevação e estabilização da escápula Inervação: nervo dorsal da escápula – ramo da raiz de C5 (plexo braquial, parte supraclavicular). • Rombóide menor: Origem: processos espinhosos de C7 a T1 Inserção: margem medial da escápula Função: retração/adução, elevação e estabilização da escápula Inervação: nervo dorsal da escápula – ramo da raiz de C5 (plexo braquial, parte supraclavicular). Fernanda Pickbrenner de Almeida 4 • Levantador da escápula: Origem: processos transversos das vértebras C1 a C4 Inserção: ângulo superior e porção superior da margem medial da escápula. Função: elevação e rotação superior da escápula Inervação: ramos anteriores de C3-C4 (plexo cervical) e nervo dorsal da escápula – ramo da raiz de C5 (plexo braquial, parte supraclavicular) Terceira camada: pra ver essa camada tira-se os músculos citados anteriormente • Espino costais: vão dos processos espinhosos às costelas • Serrátil póstero-superior Origem: processos espinhosos de C6 a T2 Inserção: ângulo da segunda à quinta costela Função: auxilia na inspiração forçada Inervação: receber ramos do nervo dorsal da escápula e os quatro primeiros nervos intercostais. • Serrátil póstero-inferior Origem: processos espinhosos de T11 a L2 Inserção: margem inferior da nona a décima segunda costelas Função: grande auxílio na expiração forçada, mas também ajuda um pouco na inspiração forçada Inervação: recebe ramos do nervo tóraco-dorsal e os quatro últimos nervos intercostais. Músculos intrínsecos: São músculos autóctones – próprios (“nasceram no local que estão”) A divisão foi feita de acordo com a inervação dos músculos: Feixe lateral: • Sistema sacroespinal: • Ílio costal • Longuíssimo • Sistema espino transversal: • Esplênio da cabeça • Esplênio do pescoço • Outros: • Intertransversários • Levantadores da costela Feixe medial: • Sistema espinal: • Espinhais • Interespinais • Sistema transverso espinal: • Semiespinais • Multífidos • Rotadores Fernanda Pickbrenner de Almeida 0 Primeira camada • Eretores da espinha: Funções: estendem a coluna vertebral e a cabeça, fletem lateralmente a coluna vertebral. Inervação: ramos dorsais (posteriores) dos nervos espinais • Ílio costal: possui porção lombar, torácica e do pescoço Porção lombar: presa nos processos espinhosos das vértebras lombares Porção torácica: presa da sétima até a décima segunda costela Porção do pescoço: presa nos processos transversos cervicais • Longuíssimo (tórax, pescoço e cabeça) • Espinal (tórax, pescoço e cabeça) Segunda camada: são músculos oblíquos • Eplênios da cabeça e pescoço: Origem: ligamento nucal e processos espinhosos de C7 a T6 Inserção: • Da cabeça: as fibras seguem superolateralmente ao processo mostóide e terço lateral da linha nucal superior do occipital. • Do pescoço: tubérculos dos processos transversos das vértebras C1 a C3 (ou C4) Funções: fletem lateralmente o pescoço e giram a cabeça para o lado dos músculos ativos e estedem a cabeça e o pescoço. Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais Fernanda Pickbrenner de Almeida 1 • Semiespinais (tórax, pescoço e cabeça) Origem: processos transversos das vértebras C4 a T12 Inserção: occipital e processos espinhosos da região torácica e cervical. Funções: estende a cabeça e as regiões torácica e cervical e gira-as para o outro lado. Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais • Multífidos Origem: face posterior do sacro, espinha ilíaca posterossuperior, aponeurose do M. eretor da espinha, ligamentos sacroilíacos, processos mamilares das vértebras lombares, processos transversos de T1 a T3 e processos articulares de C4 a C7. Inserção: por toda a extensão dos processos espinhosos. Funções: estabiliza as vértebras durante movimentos locais da coluna vertebral. Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais. • Rotadores curtos e longos Origem: processos transversos das vértebras. Inserção: lâmina, processos espinhosos ou transversos. Funções: estabilizam as vértebras ajudam na extensão local e nos movimentos de rotação da coluna vertebral. Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais. Terceira camada • Intertransversários (laterais e mediais do lombo/do tórax/posteriores e anteriores do pescoço) Origem: processos transversos das vértebras cervicais e lombares. Inserção: processos transversos das vértebras adjacentes. Funções: flexão lateral da coluna vertebral e estabiliza a coluna vertebral. Inervação: ramos posteriores e anteriores dos nervos espinais. • Interespinhais (lombar, tórax e pescoço) Origem: faces superiores dos processos espinhosos das vértebras cervicais e lombares. Inserção: faces inferiores dos processos espinhosos da vértebra superior à vértebra de origem. Funções: extensão e rotação da coluna vertebral. Inervação: ramos posteriores dosnervos espinais. • Levantadores das costelas (curtos e longos) Origem: extremidades dos processos transversos das vértebras C7 a T9. Inserção: costela entre o tubérculo e o ângulo. Fernanda Pickbrenner de Almeida 2 Funções: elevam as costelas, auxiliando na respiração; ajudam na flexão lateral da coluna vertebral. Inervação: ramos posteriores dos nervos espinais de C8 a T11. Músculos curtos da nuca (suboccipitais): Função desses músculos: auxiliam na rotação e na extensão da cabeça. Inervação dos quatro músculos: nervo suboccipital • Reto posterior maior da cabeça • Reto posterior menor da cabeça • Oblíquo superior da cabeça • Oblíquo inferior da cabeça Fáscia toracolombar • Separa os músculos intrínsecos dos extrínsecos, através das lâminas superficial e profunda. • É mais espessa na região lombossacral e vai diminuindo e ficando mais fina na região torácica e cervical. M. reto posterior menor da cabeça M. reto posterior maior da cabeça M. oblíquo superior da cabeça M. oblíquo inferior da cabeça Fernanda Pickbrenner de Almeida 3 Trígono da ausculta – formado por: • Trapézio: borda lateral forma o lado medial do triângulo • Latíssimo do dorso: borda superior forma o lado inferior do triângulo • Escápula: borda medial forma o lado lateral do triângulo • Assoalho é formado pelo rombóide maior Locais de herniação: Trígono lombar inferior (triângulo de Petit) • Latíssimo do dorso: lado medial do triângulo • Obliquo externo: lado lateral do triângulo • Crista ilíaca: lado inferior do triangulo • Assoalho é formado pelo oblíquo interno do abdômen Quadrilátero lombar superior (quadrilátero de Grynfektt) • Serrátil póstero-inferior • Décima segunda costela • Oblíquo interno do abdômen • Eretor da coluna • Assoalho é formado pelo transverso do abdômen Trígono suboccipital – formado por: • Oblíquo inferior da cabeça • Oblíquo superior da cabeça • Reto posterior maior da cabeça • É onde passa a artéria vertebral e o nervo suboccipital. Coluna vertebral • Possui curvaturas normais: lordose cervical e lordose lombar, cifose torácica e cifose sacral. Essas curvaturas são necessárias para manter a postura. • Constitui mais ou menos 2/5 da estatura da pessoa • Composta por 26 vértebras articuladas • Mais as sacrais e as coccígeas que estão fundidas • Dentro da coluna tem a medula espinal que vai até L1 ou L2 • Para manter a integridade da coluna vertebral é necessário fazer diariamente os movimentos adequados. • É inervada por ramos recorrentes meníngeos dos nervos espinais Movimentos da coluna vertebral Qual segmento da coluna vertebral tem maior amplitude de movimento? Coluna cervical Elementos básicos das vértebras: Fernanda Pickbrenner de Almeida 4 • Corpo vertebral: parte anterior do osso, de maiores proporções, confere resistência a coluna vertebral. • Arco vertebral: formado pelos pedículos e pelas lâminas. • Forame vertebral (a sucessão de forames vertebrais formam o canal vertebral que é por onde passa a medula espinal). • Incisuras superiores e inferiores: essas incisuras de vértebras adjacentes foram o forame intervertebral. • Processo espinhoso • Processos transversos • Processos articulares: são quatro, dois superiores e dois inferiores Vértebras cervicais: • São as menores das 24 vértebras • Apresentam um foram transversário oval no processo transverso. • Nos processos transversos existem duas projeções: tubérculo anterior e tubérculo posterior. • A margem súperolateral das vértebras cervicais é elevada e se chama unco do corpo. • As duas vértebras cervicais superiores são atípicas: a C1, denominada atlas, não possui corpo vertebral nem processo espinhoso, e a C2, denominada áxis, é a mais forte das vértebras cervicais e possui um dente que se projeta para cima. Vértebras torácicas: • Nelas se fixam as costelas. • Possuem fóveas costais para articular com os costelas Vértebras lombares: • Possuem corpos vertebrais grandes. • Nos processos transversos existem um pequeno processo acessório, que permite a fixação dos músculos intertransversários. Fernanda Pickbrenner de Almeida 5 • Nos processos articulares superiores há pequenos tubérculos, os processos mamilares, que permitem a fixação dos músculos multífidos e intertransversários no dorso. Sacro: • Geralmente formado por cinco vértebras sacrais fundidas. • O canal sacral é continuação do canal vertebral. • Possui forames sacrais para a saída dos nervos espinais. • Possui o promontório da base do sacro. • A face pélvica do sacro é lisa e côncava. • A face dorsal do sacro é rugosa, convexa e caracterizada por cinco cristas longitudinais proeminentes. • A crista sacral central represente os processos espinhosos fundidos. • As cristas sacrais mediais representam os processos articulares fundidos. • As cristas sacrais laterais são as extremidades dos processos transversos das vértebras sacrais fundidas. Cóccix: • Pequeno osso triangular geralmente formado pela fusão das quatro vértebras coccígeas. • Seus processos transversos curtos estão conectados com o sacro. • Seus processos articulares formam os cornos coccígeos que articulam com os cornos sacrais. Fernanda Pickbrenner de Almeida 6 Articulações As articulações da coluna vertebral incluem: • Articulações dos corpos vertebrais • Articulações dos arcos vertebrais • Articulações craniovertebrais (atlantoaxiais e atlantoccipitais) • Articulações costovertebrais • Articulações sacroilíacas Articulações dos corpos vertebrais: as faces articulares das vértebras adjacentes são unidas por discos intervertebrais e ligamentos. • Discos intervertebrais: oferecem fixações fortes entre as vértebras, possiblidade de movimento e absorção de choques. São formados por um anel fibroso (anel saliente com bastante colágeno que consiste em lamelas concêntricas de fibrocartilagem que formam a circunferência do disco intervertebral) e por um núcleo pulposo (núcleo central do disco vertebral, sua natureza semilíquida é responsável por grande parte da flexibilidade e da resistência ao disco intervertebral). • Não há disco intervertebral entre C1 e C2; e o disco funcional mais inferior está entre L5 e S1. • Quantos discos intervertebrais tem em um ser humano adulto? 23 discos • Ligamento longitudinal anterior: é uma faixa fibrosa forte e larga que cobre e une as faces anterolaterais dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais. Esse ligamento impede a hiperextensão da coluna vertebral. • Ligamento longitudinal posterior: é uma faixa mais estreita e um pouco mais fraca que o ligamento longitudinal anterior. Esse ligamento segue dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos corpos vertebrais. Ele resiste pouco a hiperflexão da coluna vertebral. Fernanda Pickbrenner de Almeida 7 Aplicação clínica: Hérnia de disco É mais comum a hérnia ser projetada em qual direção? Para região póstero-lateral, pois na região anterior existe o ligamento longitudinal anterior que é mais resistente que o ligamento longitudinal posterior, assim a área póstero-lateral fica mais exposta. Articulações dos arcos vertebrais: são as zigapofisárias • São articulações sinoviais que ficam entre os processos articulares superiores e inferiores de vértebras adjacentes. Ligamentos acessórios das articulações intervertebrais: • Ligamentos amarelos: tecido elástico que une as lâminas dos arcos vertebrais adjacentes. Eles ajudam a preservar as curvaturas normais da coluna vertebral. • Ligamentos interespinais (fracos e membranáceos) e supraespinais (fortes e fibrosos): unem processos espinhosos adjacentes. Os supraespinais fundem-se na parte superior com o ligamento nucal. • Ligamento nucal: faixa mediana forte e larga que se estende da protuberância occipitalexterna até os processos espinhosos das vértebras cervicais. • Ligamentos intertransversários: cordões fibrosos que unem processos transversos adjacentes. Articulações craniovertebrais: • Articulações atlantoccipitais: situam-se entre as faces articulares superiores das massas laterais do atlas e os côndilos occipitais. O crânio e C1 também estão unidos por membranas atlantoccipitais anterior (formadas por fibras largas e densamente intrelaçadas) e posterior formadas por fibras largas e fracas). • Articulações atlantoaxiais: permitem que a cabeça gire de um lado para o outro e são três: • Duas articulações atlantoaxiais laterais: entre as faces articulares inferiores de C1 e as faces articulares superiores de C2. • Uma articulação atlantoaxial mediana: entre o dente de C2 e o arco anterioe do atlas. • Ligamento cruciforme do atlas • Ligamentos alares: das laterais do dente do áxis até as margens laterais do forame magno, fixam o crânio em C1 e impedem a rotação excessiva das articulações. • Membrana tectória: é a continuação do ligamento longitudinal posterior, atravessa o forame magno e se fixa na face interna do osso occipital. Articulações Costovertebrais: • Cabeça da costela com fóveas do corpo vertebral • Tubérculo da costela com processos transversos vertebrais Articulações sacroilíacas: • Ligamentos sacroilíacos posterior e anterior • Ligamento íliolombra • Ligamento sacro-espinhal • Ligamento sacrotuberal Fernanda Pickbrenner de Almeida 8 Fernanda Pickbrenner de Almeida 9 Medula espinal • Em adultos a medula espinal tem 42 aa 45 cm de comprimento e estende-se do forame magno até o nível da vértebra L1 ou L2. Sua porção final é formada pelo cone medular e logo após esse existe o saco dural. • A medula espinal possui um alargamento em duas regiões, formando as intumescências cervical (de C4 a T1) e lombossacral (de T11 a S1). • Origem do nervo espinal: é na medula espinal nas raízes dorsal e ventral • A medula é composta pela substância branca e pela substância cinzenta. • Relação dos corpos vertebrais e segmentos medulares: Vértebras Cervicais ----- +1 (Ex.: Ao nível da VC3 > segmento C4) Vértebras Torácicas superiores ----- +2 (Ex.: Ao nível da VT2 >> segmento T4) VT7-9 ----- +3 (Ex.: Ao nível da VT7 >>> segmento T10) VT10 ----- segmentos L1-L2 VT11 ----- segmentos L3-L4 VT12 ----- segmento L5 VL1 ----- segmentos Sacrais e Coccígeo (cone medular) • Meninges da medula: • Dura-máter: membrana mais externa da medula espinal, formada por tecido fibroso resistente. Inervada por ramos meníngeos recorrentes. • Aracnoide-máter: membrana avascular delicada, formada por tecido fibroso e elástico. Envolve o espaço subaracnóideo preenchido por LCS. • Pia-máter: membrana mais interna de revestimento da medula espinal, é fina e transparente. • Dermátomos • C1 é um segmento puramente motor. • Os demais apresentam dermátomos. Vascularização Artérias: Região cervical: • Aa. Occipital: é um ramo da artéria carótida interna • Aa vertebral: é um ramo da artéria subclávia, sobe de C6 a C1 e passa pelo forame magno • AA cervical profunda: inerva a parte da medula cervical – tem um trajeto ascendente em meio muscular • Aa cervical transversa: ramo do tronco tirocervical – irriga a medula, a tireóide, a musculatura escapular e do pescoço Fernanda Pickbrenner de Almeida 10 Região torácica: • Aa intercostais posteriores: vão para os músculos intercostais, pele sobrejacente e pleura parietal e dão origem a dois ramos – um dorsal e um espinal. • Aa subcostais: vão para os músculos ânterolateral do abdome. Região lombar: • Aa lombares: vão para os músculos ânterolateral do abdome e a coluna vertebral. Fernanda Pickbrenner de Almeida 11 Região sacral: • Aa iliolombar: ramo da ilíaca interna • Aa sacrais laterais: ramo da ilíaca interna • Aa sacral mediana: ramo da ilíaca comum • Aa iliolombar Medula espinal – distribuição intrínseca • Parte intrínseca do dorso é vascularizada pelas artérias espinhais anterior e posterior, mas elas só pegam a parte de cima da medula. • Toda a parte de baixo, principalmente a porção da intumescência lombar, de onde sai a inervação para o membro inferior, será nutrido pelas artérias lombares (que vão para os músculos da parte de trás do dorso e abdome), que entram pelos forames intervertebrais e elas são chamadas de ramos espinhais que podem chegar apenas às raízes (radículas), como também para o segmento, dando origem às artérias radiculares e segmentares. • As responsáveis pela nutrição da medula são as segmentares. • Na região do tórax elas serão ramos das intercostais posteriores. • Artéria segmentar medular superior magna (Adamkiewicz): sai da parte baixa da artéria torácica ou da parte alta da artéria abdominal, vasculariza a intumescência lombar do cone medular.. Caso haja problema nessa artéria, acontecerá paralisia do membro inferior. Veias: • A drenagem venosa acontecerá em dois plexos: vertebral externo (fora do canal vertebral, passando pela frente e por trás) e venoso interno (fora da dura máter). • Os corpos das vértebras são drenados para esses plexos por meio das veias basivertebrais. • A importância é que Batson observou que as veias desses plexos (plexos avalvulares de Batson) ou tem poucas válvulas ou não são valvuladas. Dependendo da pressão abdominal é que o sangue vai subir ou descer. • Em cima, elas drenam para os seios da dura-máter e também se comunicam com veias pélvicas e abdominais (até com o sistema ázigos), ou seja, esses plexos tem comunicação com veias e órgãos abdominais e torácicos indo até o SNC superior. • Muitas vezes, o sangue de uma víscera pélvica pode subir pela veia cava inferior, mas também pode subir pelos plexos próximos à vertebra. • Assim, pode-se concluir que o sangue não tem exatamente uma direção pré-definida. • Isso, no caso de um tumor pode levar metástase à coluna, ao crânio e ao cérebro. • O funcionamento eficiente desses plexos é auxiliado por inspirações e expirações. • Câncer de próstata: suas maiores metástases são para ossos da coluna vertebral. Fernanda Pickbrenner de Almeida 12 Algumas das veias participantes desses plexos: • Veia lombar ascendente: dá origem a veia ázigos e hemiázigos • Veia lombar segmentar • Veia basivertebral • Veia espinal posterior: drena a medula • Veia intervertebral Sistema linfático Drenagem linfática: é através dela que muitos tumores conseguem se metastizar, infecções se propagam, etc. Por isso é importante saber como a drenagem acontece. Quando há aumento de linfonodo em qualquer região, deve-se saber de qual área vem aquela linfa, para que possa ser possível a examinação. • Linfa superficial: • Maior quantidade da linfa do dorso • Vem da pele e da tela subcutânea • Na região acima da crista ilíaca a linfa é drenada para linfonodos axilares • Na região abaixo da crista ilíaca a linfa vai para os linfonodos inguinais superficiais • Linfa profunda: • Menor quantidade da linfa do dorso • Vem dos músculos: § Da região do pescoço – vai para linfonodos cervicais § Da região do tórax – vai para os linfonodos intercostais § Da região lombar vai para os linfonodos lombares Trajeto da linfa: Inervação Motora: já vista em músculos. Sensitiva: feita por ramos anteriores e ramos posteriores dos nervos espinais. Fernanda Pickbrenner de Almeida 13 Cabeça Casos clínicos: 1) A retirada de um câncer de pele causou rompimento do nervo facial, causando paralisia de um lado da face. 2) Preenchimento da artéria angular com ácido hialurônico causou necrose das áreas que essa artéria vascularizava. 3) Somente um lado da face foi exposto ao sol por 30 anos, causando envelhecimento mais cedo desse lado afetado. 4) Faciite: causada por bactérias que se alimentamda carne. Regiões da cabeça: Crânio: occipital, frontal, parietais, temporais.. Face: orbital, infra-orbital, nasal, oral, mentual, zigomática, infra- temporal, parotídea-massetérica e bucal Pele da cabeça: • Contém pelos: • Cabelo • Barba • Bigode • Sobrancelha • Cílios • Trágios: pelos da orelha • Vibrissas: pelos do nariz • Linhas de clivagem da pele: • Linhas de Kraissl: acompanham perpendicularmente as linhas musculares. As linhas de rugas se formam como as linhas de clivagem. São as linhas que os cirurgiões usam para que não hajam cicatrizes. • Linhas sentinelas da face: método de observação de limites prováveis da extensão e localização da disseminação das células tumorais em virtude da drenagem linfática e venosa dos tumores malignos na face. Couro cabeludo (escalpo): camadas: • Pele • Fina, exceto na região occipital, • Presença de glândulas sudoríparas, sebáceas e de folículos pilosos. • Irrigação e drenagem fartas. Fernanda Pickbrenner de Almeida 14 • Tecido conjuntivo • Forma a tela subcutânea densa e vascularizada. • Nervos subcutâneos. • Gálea aponeurótica • União do ventre frontal do M. occipitofrontal com o ventre occipital do M. occipitofrontal. • Aponeurose epicrânica. • Lâmina tendínea que cobre a calvária onde se fixam os músculos auricular superior. • São inervados pelo nervo facial. • Tecido conjuntivo frouxo • Camada que permite o movimento do couro cabeludo. • Camada mais sensível a lesões. • Camada esponjosa com espaços que podem, eventualmente serem preenchidos por líquido em casos de lesões e infecções. • Periósteo: pericrânio • Reveste o osso interna e externamente: periósteo interno e externo • Camada densa de tecido conjuntivo sobre o neurocrânio. • Por onde é feita a inervação óssea. Face: • Superfície anterior da cabeça. • Vai da fronte ao queixo (mento) e de orelha à orelha. • Determina nossa identidade. • Pode ter malformações, cicatrizes, traumatismos – defeitos físicos. • Seu formato é determinado pelos ossos. • A pele tem diferentes espessuras nas diferentes regiões da face. • Morfometria e proporções da face: • Linha média da face passa por: - Glabela (GL) - Dorso do nariz (DN) - Ápice do nariz (AN) - Filtro (PH) - Pogônio (PG) • Pode se dividir face em cinco proporções transversais também. • Pode se dividir a face em três proporções verticais • Biotipos faciais: - Dolicofacial: face mais alongada - Mesofacial: face mais harmônica - Braquifacial: face mais quadrada • Perfil mandibular: - Classe I: mandíbula normal ou ortognata - Classe II: mandíbula retrusa ou retrognata - Classe III: mandíbula protusa ou prognata Fernanda Pickbrenner de Almeida 15 • Quais os ossos que fazem a união dos lados direito e esquerdo da face e do crânio? Etmóide e esfenóide. • São eles que determinam o tamanho da face e crânio. • Entre os 7 e 12 anos se dá a conclusão do processos de aumento em tamanho da cabeça. • Anatomia de superfície da face: • Inervação cutânea da face: • Feita pelo nervo trigêmeo (V): ramo oftálmico, ramo maxilar e ramo mandibular. • Seios paranasais: • Seios frontais • Seios etmoidais: ficam entre as duas orbitas • Seios maxilares • Seios esfenoidais • Inervação dos músculos da face: feito pelo nervo facial, seus ramos são: • Ramo temporal • Ramo zigomático • Ramo bucal • Ramo marginal • Ramo cervical Camada adiposa subcutânea: • Encontrada ao remover a pele. • Nova nomenclatura para essa camada: Smas: Sistema musculo-aponeurótico superficial. • Não possui compartimentação. Músculos do couro cabeludo e da face: • Músculos faciais: não doem, pois eles não possuem fáscia. É pela fáscia que entra a inervação sensorial.. Os únicos músculos que podem doer nessa região são os músculos da mastigação. • São inervados pelo nervo facial. • Há um entrelaçamento entre as fibras musculares dos músculos faciais. • Origem: quase sempre em ossos • Inserção: quase sempre em algum músculo ou na pele. Fernanda Pickbrenner de Almeida 16 Músculos da mímica: • Músculo occipitofrontal (ventre frontal): • Origem: aponeurose epicrânica.. • Inserção: pele e tela subcutânea das sobrancelhas. • Ação: eleva os supercílios, enruga a pele, protrai o couro cabeludo (surpresa). • Músculo occipitofrontal (ventre occipital): • Origem: linha nucal superior. • Inserção: gálea aponeurótica. • Ação: retrai o couro cabeludo • Auriculares superior, anterior e posterior: ficam sobre o músculo temporal, não possuem muita função. • Orbicular do olho • Função: fechar os olhos em uma ação de esfíncter (parte orbital e palpebral), piscar (parte palpebral) e drenagem do líquido lacrimal (parte lacrimal). • Localização: circula o olho. • Origem: parte orbital – parte nasal do processo frontal da maxila, no ângulo medial do olho e no ligamento palpebral medial. parte palpebral – ligamento palpebral medial. parte lacrimal – crista lateral posterior. • Inserção: pele ao redor da margem da órbita, lâminas tarsais superior e inferior. Fernanda Pickbrenner de Almeida 17 • Corrugador do supercícilio • Função: aproximar a porção medial das sobrancelhas da linha media facial e deprimi-las discretamente. Participa da expressão (mímica) e “preocupação” e auxilia os músculos prócero e orbicular dos olhos no fechamento forçado dos olhos. • Localização: porção medial da sobrancelha, coincidindo com a área pilosa da metade medial da sobrancelha ou um pouco acima. • Prócero • Função: abaixar a porção medial das sobrancelhas. Participa da expressão (mímica) de preocupação. • Localização: glabela. • Nasal • Função: comprimir o nariz, abaixando discretamente a ponta. • Localização: dorso do nariz. • Elevador do lábio superior • Função: elevação da porção medial do lábio superior. Eversão do lábio superior. • Localização: Ao lado e ao longo do nariz, entre os músculos levantador da asa do nariz e do lábio superior e zigomático menor. • Elevador do lábio superior e da asa do nariz • Função: dilata as narinas e eleva a porção medial do lábio superior. No tônus de repouso ajuda a manter a abertura das narinas. • Localização: ao lado e ao longo do nariz, entre os músculos nasal e levantador do lábio superior. • Elevador do ângulo da boca • Função: elevar o ângulo da boca. É um dos músculos envolvidos no sorriso. • Localização: ascendente a partir do modíolo em direção ao olho. • Zigomático menor e maior • Função do menor: eleva e/ou everte o lábio superior, aprofunda o sulco nasolabial. • Função do maior: eleva a comissura labial • Bucinador • Função: pressiona a bochecha contra os dentes molares, atua com a língua para manter o alimento entre as faces oclusais e fora do vestíbulo da boca, resiste à distensão (ao soprar). • Abaixador do septo nasal • Função: deprimir o septo nasal e estreitar as narinas. • Localização: abaixo da inserção da columela. • Orbicular da boca • Função: fechar os lábios em uma ação de esfíncter comprimindo-os contra os dentes. Participa da eversão dos lábios. • Localização: circula os lábios. • Abaixador do ângulo da boca • Função: deprimir o ângulo da boca. • Localização: parte lateral do mento. Desde a comissura bucal ele faz uma trajetória descendente e para medial. Ele é superficial ao músculo depressor do lábio inferior. Fernanda Pickbrenner de Almeida 18 • Abaixador do lábio inferior • Função: deprimir o lábio inferior e contribuir para a sua eversão. • Localização: queixo. • Mentual • Função: elevar a parte medial do lábio inferior e a pele do queixo. Em ação máxima ele projeta o lábio inferior para anterior. • Localização: mento. • Risório • Função: retrair as comissuras labiais de ambos os lados, elevando-as para cima e para fora. • Platisma • Função: tensionar a pele do pescoço e auxiliar a tração da mandíbula, do lábio inferior e do ângulo da boca para baixo. • Localização:pescoço. • Transverso do mento (variação) Fernanda Pickbrenner de Almeida 19 Músculos da mastigação: • Músculos da mastigação inervados pelo ramo mandibular do nervo trigêmeo. • Masséter: • Origem: terços anterior, médio e posterior do arco zigomático • Inserção: ângulo mandibular • Inervação: nervo mandibular massetérico • Ação: fechamento da mandíbula • Temporal: • Origem: face temporal do osso temporal • Inserção: processo coronóide da mandíbula • Inervação: ramos temporais do nervo mandibular • Ação: fechamento da mandíbula, volta do côndilo mandibular para a fossa glenóide • Pterigóideo medial: • Origem: fossa pterigóidea do osso esfenóide • Inserção: ângulo da mandíbula • Inervação: nervo mandibular • Ação: fechamento da mandíbula • Pterigóideo lateral: • Origem: cabeça sup.: crista infratemporal; cabeça inf.: processo pterigóide • Inserção: cabeça superior: cápsula e disco articular da atm; cabeça inferior: processo condilar da mandíbula • Inervação: nervo mandibular • Ação: traciona o disco na elevação da mandíbula e traciona o côndilo da mandíbula para frente e para dentro na abertura mandibular • Esfenomandibular: • Origem: face maxilar do osso esfenóide • Inserção: na crista do processo coronóide • Inervação: nervo mandibular • Ação: elevação da mandíbula (sinergista do músculo temporal) • Interesse clínico: apresenta-se em hiperatividade nos pacientes com disfunção temporomandibular (dtm), podendo haver alterações de visão e dor no globo ocular (proximidade com o nervo óptico) Fernanda Pickbrenner de Almeida 20 Nervos do couro cabeludo e da face: Nervo trigêmeo Ramos: • Nervo oftálmico (inervação cutânea): inerva região da front, couro cabeludo anterior e parte do nariz. Principais ramos: nasociliar, lacrimal, frontal, supraorbital, supratroclear, etmoidal anterior, infratroclear, nasal externo. • Nervo maxilar: ramos principais: zigomático, infraorbital, pterigopalatinos. • Nervo mandibular: inerva a região mandibular cutânea e os músculos da mastigação, principais ramos: bucal, lingual, alveolar inferior, mentual e nervo para o M. milo-hióideo Parede lateral da fossa nasal e septo nasal: inervados pelo nervo oftálmico (etmoidal anterior e ramos nasais internos) e pelo nervo maxilar (ramos palatino menor e maior). Origem real: • Raiz motora: porção superior da ponte • Raiz sensitiva: estende-se do teto mesencefálico até 3º e 4º segmentos cervicais. Origem aparente: • Porção súpero-lateral da ponte • A raiz motora (menor) está acima da raiz sensitiva (maior) Trajeto do nervo trigêmeo: • Tronco conjunto e largo em direção a fossa craniana média • Gânglio trigeminal (semilunar, Gasser): • Sobre o forame lacero • À frente da porção petrosa do osso temporal • Alargamento da porção sensitiva • A porção motora passa por baixo, formando o nervo mandibular. Inervação cutânea • Feita pelo nervo trigêmeo (região da face e parte anterior do couro cabeludo) e por nervos espinais (parte posterior do couro cabeludo), como mostrado na figura: Fernanda Pickbrenner de Almeida 21 • Nervos espinais cervicais: • N. auricular magno • N. occipital menor • N. occipital maior • N. occipital terceiro Nervo facial • Inerva os músculos da mímica. • Origem: assolho da fossa romboide, ao lado do nervo abducente (gânglio geniculado). • Trajeto: joelho interno do facial, origem aparente (ângulo pontino-cerebelar), meato acústico interno, canal auditivo interno, perfura a dura-máter (joelho externo do facial), forame estilomastóideo, perfura a glândula parótida, músculos da mímica. • Segmento pontino: inicia posterior e juntamente com o nervo intermédio atravessando o ângulo ponto cerebelar até o meato acústico interno. • Segmento meático: 8 mm, une-se ao nervo intermédio penetrando no canal de Falópio • Segmento labirítico: 4 mm, início no fundo do meato e término no gânglio geniculado (joelho interno) • Segmento timpânico: 10 mm, vai até o processo cocleariforme • Segmento piramidal: 4 mm, relaciona-se com a eminência piramidal • Segmento mastóideo: 15 mm, joelho externo • Segmento extratemporal: forame estilomastóideo, glândula parótida, musculatura da face Fernanda Pickbrenner de Almeida 22 Vascularização do couro cabeludo e da face Principais artérias: • Facial (possui muitas variações nas diferentes pessoas) • Labial inferior e superior • Nasal lateral • Angular • Occipital • Auricular posterior • Temporal superficial • Facial transversa • Mentual • Supra orbital (ramo da carótida interna) • Supra troclear (ramo da carótida interna) Couro cabeludo: • É ricamente vascularizado. • A maioria das suas artérias são ramos da artéria carótida externa. • Vários ramos vão construindo uma rede no couro cabeludo • A. supraorbital e a. supratroclear são ramos da carótida interna. Face: • A face também é muito vascularizada. A maioria de seus ramos pertencem a artéria carótida externa (exceto as artérias supraorbital e supratroclear). Cabeça e pescoço • O suprimento sanguíneo da cabeça e do pescoço é realizado por ramos das artérias carótida comum e vertebral (ramo da subclávia). • Direto da artéria aorta saem a artéria subclávia e artéria carótida comum. A artéria subclávia emite um ramo, a artéria vertebral. E a artéria carótida comum se bifurca, na altura do osso hióide, em a. carótida interna e a. carótida externa. • O suprimento sanguíneo do encéfalo é realizado pelas artérias carótida interna e vertebral. As ramificações destas artérias formam o polígono arterial do cérebro. • A artéria carótida externa irriga a maior parte dos tecidos moles da cabeça. Ela emite vários ramos colaterais durante seu percurso ascendente e na altura do colo da mandíbula emite seus ramos terminais. • A artéria carótida externa emite vários ramos colaterais: • A. tireóidea superior: irriga parte superior da glândula tireoide e a laringe. • A lingual: possui várias ramificações para irrigar a língua. • A. auricular posterior: irriga orelha interna, céls. Mastoideas, pavilhão da orelha, gl. parótida e ATM. • A. occipital: irriga os músculos da região e o couro cabeludo. • A. faríngea ascendente: irriga a faringe. • A. facial: possui várias ramificações para irrigar grande parte da face. Fernanda Pickbrenner de Almeida 23 • Logo acima da artéria lingual tem a artéria facial: passa por trás da mandíbula e perto do forame mentual passa para frente da mandíbula e se ramifica: • A. angular: ramo terminal da a. facial que realiza a anastomose com a. carótida interna § Anastomose entre a carótida externa e interna acontece entre o ramo angular da artéria facial (carótida externa) e artéria central da retina (carótida interna). Antes da artéria angular encontrar a artéria central ela se une à artéria supratroclear e à artéria supraorbital. • A. labial superior: irrigam a região dos lábios. • A. labial inferior • A. submentual: irriga músculos da região. • Ramos glandulares: irrigam a gl. submandibular. • A. palatina ascendente. • A artéria carótida externa após emitir todos os ramos colaterais termina próximo ao colo da mandíbula em dois ramos terminais: • A. maxilar • A. temporal superficial • A artéria temporal superficial segue um trajeto ascendente, emite dois ramos colaterais, sendo o mais importante a a. transversa da face, e dois ramos terminais (frontal e parietal): • A. transversa da face: irrigam a gl. parótida, m. masseter e pele da região zigomática. • Ramo frontal: irriga o couro cabeludo da região frontal. • Ramo parietal: irriga o couro cabeludo da região parietal. • A artéria maxilar emite vários ramos colaterais: • A. meníngea média: irriga a dura-máter e o gânglio trigeminal. É um dos principais ramos da artéria maxilar. • A. alveolar inferior: emite ramos colaterais: § Ramo milo-hióideo: irriga o m. milo-hióideoe o ventre anterior digástrico. § Ramos dentais e peridentais: irriga polpa e periodonto dos dentes inferiores. § A. mentual: irriga lábio inferior e gengiva vestibular anterior inferior. • A. temporal profunda anterior • A. temporal profunda posterior • Ramos pterigoideos: estes ramos colaterais irrigam os músculos da mastigação • A. massetérica • A. bucal: irriga o m. bucinador e a bochecha. • A. alveolar superior posterior: irriga a polpa e peridonto dos pré-molares e molares, e possui um ramo extra-ósseo para a gengiva vestibular posterior. • A. infraorbital: emite ramos colaterais (a. alveolar superior anterior e média) para a polpa dos dentes anteriores. E seu ramo terminal exterioriza-se no forame infraorbital para suprir a irrigação dos tecidos moles do 1/3 médio da face. • A esfenopalatina: ramo terminal da a. maxilar. • Observando a artéria maxilar por medial temos o ramo colateral a. palatina descendente que ramifica-se em a. palatina maior e a. palatina menor para suprir a irrigação da parte posterior do palato duro e palato mole. Fernanda Pickbrenner de Almeida 24 • A artéria maxilar emite seu ramo terminal que penetra na fossa pterigopalatina para atravessar o forame esfenopalatino e atingir a cavidade nasal. Percorre o septo nasal juntamente com o n. nasopalatino, ambos atravessam o forame incisivo. A a. esfenopalatina supre a irrigação da porção anterior do palato duro. Drenagem venosa do couro cabeludo e da face A maioria das veias segue ao lado das artérias A rede venosa da cabeça chega ao plexo venoso pterigóideo e aos seios venosos Couro cabeludo • Drenagem feita por veias acompanhantes das artérias • Drenagem superficial da parte anterior do couro cabeludo e da fronte: veias supraorbitais e supratrocleares • Veias temporais superficiais e veias auriculares posteriores drenam as áreas do couro cabeludo anteriores e posteriores às orelhas, respectivamente. • Veias occipitais drenam a região occipital do couro cabeludo. • Drenagem venosa profunda: veias temporais profundas (são tributárias do plexo venoso pterigóideo). Face • Drenagem também feita por veias acompanhantes. • Apresentam muitas variações e permitem a drenagem por vias alternativas devido a muitas anastomoses. • Veias faciais: fazem a drenagem superficial primária da face • Veia facial profunda: tributária da veia facial que drena o plexo venoso pterigóideo. • Veia facial se une ao ramo anterior da veia retromandibular. • Veia facial drena para a veia jugular interna. • Veia facial comunica-se com a veia oftálmica superior, que drena para o seio cavernoso. Fernanda Pickbrenner de Almeida 25 • Veia retromandibular: vaso profundo da face formado pela união da veia temporal superficial com a veia maxilar (esta drena para o seio pterigóideo). A veia retromandibular divide-se em: • Um ramo anterior que se une a veia facial • Um ramo posterior que se une a veia auricular posterior, formando o veia jugular externa (esta deságua na subclávia). • Consideração clínica: a drenagem da região triangular da face pode drenar para atrás do olho, então se houver uma infecção nessa região pode ocorrer dessa infecção migrar para região atrás do olho, possivelmente causando cegueira. Zonas perigosas da face: Drenagem linfática da face e do couro cabeludo • O couro cabeludo e a face não tem linfonodos, com exceção da região parotídea e da bochecha. • A linfa do couro cabeludo, da face e do pescoço drena para o anel superficial de linfonodos – submentual, submandibular, parotídeo, mastoideo e occipital – localizado na junção da cabeça e pescoço. • Vasos linfáticos superficiais acompanham as veias. • Vasos linfáticos profundos acompanham as artérias. • Todos vasos da cabeça e pescoço drenam para os linfonodos cervicais profundos.. • Resumo da drenagem linfática da face: inferior Fernanda Pickbrenner de Almeida 26 • A linfa da parte lateral da face e do couro cabeludo, inclusive as pálpebras, drena para os linfonodos parotídeos superficiais. • A linfa dos linfonodos parotídeos profundos drena para os linfonodos cervicais profundos. • A linfa proveniente do lábio superior e das partes laterais do lábio inferior drena para os linfonodos submandibulares. • A linfa proveniente do mento e da parte central do lábio inferior drena para oslinfonodos submentuais. Estruturas da cavidade bucal • Veia profunda da língua • Vestíbulo • Carúncula sublingual • Óstio do ducto submandibular • Gengiva lingual • Frênulo lingual • Assoalho bucal • Prega sublingual • Óstio do ducto sublingual • Pregas palatinas transversas • Gengiva palatina superior • Túnica mucosa do palato duro • Rafe palatina • Gengiva bucal ou vestibular superior • Vestíbulo • Túnica mucosa do palato mole Língua é o centro do paladar Funções: • Absorção de alimentos Fernanda Pickbrenner de Almeida 27 • Trituração dos alimentos (mastigação) • Fala Inervação motora: nervo hipoglosso (na maioria, tem uma exceção comentada a seguir) Músculos intrínsecos: • Longitutinal superior • Longitudinal inferior • Vertical da língua • Transverso da língua Músculos extrínsecos: • Genioglosso: • Abaixa a língua • Inervação: nervo hipoglosso • Hioglosso (condroglosso): • Abaixa e retrai a língua. • Inervação • Estiloglosso: • Retrai e puxa para cima • Inervação: nervo hipoglosso • Palatoglosso: • Eleva a parte posterior da língua • Inervação: nervo acessório e plexo faríngeo do nervo vago • Músculo tritícroglosso: músculo muito pequeno que acompanha o músculo hioglosso – cartilagem tritícea (também acompanho o músculo). Vascularização da língua: artéria lingual e seus ramos: • A. profunda da língua: irriga os músculos da porção anterior e média da língua. • A. sublingual: irriga a região sublingual e a gl. sublingual. • Ramos dorsais da língua: irrida os músculos da porção posterior da língua. • Ramos supra-hióideos: irriga os músculos supra-hióideos. Drenagem da língua: acompanha as artérias. • Veia lingual • Veia sublingual • Veia profunda da língua Fernanda Pickbrenner de Almeida 28 Drenagem linfática da língua: Inervação: • Sensibilidade geral: tato e temperatura • Nervo trigêmeo – ramo lingual • Sensibilidade especial: paladar • Nervo facial - nervo corda do tímpano: região azul • Nervo glossofaríngeo: região amarelo • Nervo vago – nervo laríngeo interno: região vermelha • Inervação superposta: região verde • 4 sensações do paladar:: § Doce: ápice – papilas fungiformes § Salgado: laterais – papilas filiformes § Ácido e amargo: posterior – papilas circunvaladas – valadas • Nervo hipoglosso: músculos • Plexo faríngeo: músculo palatoglosso Palato Palato duro • Mucosa aderida ao osso • Injeções doloridas • Glândulas palatinas: secretam muco • Aspecto de casca de laranja: óstios das glândulas palatinas • Papila incisiva Palato mole • Parte superior a cavidade bucal Fernanda Pickbrenner de Almeida 29 • Fecha o istmo faríngeo: respiração bucal • Fecha o istmo das fauces: respiração nasal • Impede que substâncias entrem na faringe • Comprime e impulsiona o alimento para o deglutição • Músculos: • Levantador do véu palatino: § Ação: eleva o palato mole durante a deglutição e o bocejo. § Inervação: plexo faríngeo – nervo vago. • Tensor do véu palatino: § Ação: tensiona o palato mole e abre o óstio da tuba auditiva durante a delguticao e o bocejo. § Inervação: nervo pterigoideo medial (n. mandibular). • Palatoglosso: § Ação: eleva a parte posterior da língua e abaixa o palato mole. § Inervação: plexo faríngeo – nervo vago. • Platofaríngeo: § Ação: tensiona o palato mole e traciona as paredes da faringe durante a deglutição e a fala. § Inervação: plexo faríngeo – nervo vago • M. da úvula: §Ação: encurta a úvula e a traciona para cima § Inervação: plexo faríngeo – nervo vago Faringe Formada por músculos voluntários, as paredes da faringe são ótimas para passagem do trato alimentar. Apresenta duas camadas: circular interna e externa. Camada circular externa: • Constritor superior • Ação: contração durante a deglutição. • Inervação: plexo faríngeo – nervo vago. • Constritor médio • Ação: contração durante a deglutição. • Inervação: laríngeo recorrente – nervo • Constritor inferior • Ação: contração durante a deglutição. • Inervação: laríngeo recorrente – nervo vago. Camada circular interna: • Palatofaríngeo • Ação: traciona a faringe durante a deglutição. • Inervação: pleco faríngeo – nervo vago. • Salpingofaringeo • Ação: traciona a faringe durante a deglutição e a fala. Fernanda Pickbrenner de Almeida 30 • Inervação: plexo faríngeo – nervo vago. • Estilofaringeo • Ação: traciona a faringe durante a deglutição e a fala. • Inervação: nervo glossofaríngeo. Divertículo de Zenker: • Divertículo faríngeo-esofágico (hipofaringe) • Herniação de tecido mole junto à parede posterior da hipofaringe • Localiza-se numa área chamada de trígono de Killian – entre os músculos constrictor inferior da faringe e cricofaríngeo • Pode ocorrer: disfagia, regurgitação, alitose, disfonia, tumoração cervical, vômitos, pirose (azia), odinofagia. Dentes Função: cortar, reduzir, misturar o alimento durante a mastigação. Inervação: são inervados pelos nervos alveolares inferiores e superiores. Os inferiores são ramos do nervo infraorbital (V2 – maxilar) e os superiores são ramos do nervo mandibular (V3), entrando pelo forame mandibular e saindo pelo forame mentual, par a inervação do mento. Composição: o dente é composto por polpa (parte interna que é viva), por esmalte, por dentina e por cemento. Alterações quantitativas: • Dentes supranumerários • Anondontia total ou parcial: falta de dentes Articulações Articulação temporomandibular • Articulação sinovial bicondilar em gínglimo • Formam uma única unidade funcional (a do lado direito e a do lado esquerdo trabalham juntas). • Elementos constituintes: • Fossa articular do osso temporal (cavidade glenóide) • Tubérculo articular • Disco articular • Cabeça da mandíbula • Cápsula articular • Ligamentos esfenomandibular e estilomandibular. Fernanda Pickbrenner de Almeida 31 Glândulas salivares: • Parótidas • Submandibulares • Sublinguais • Funções: • Mantém a umidade da mucosa • Lubrifica o alimento formando o bolo alimentar (xerostomia) • Facilita a digestão de amidos • Prevenção de cáries • Otimiza o paladar Considerações clínicas: Arterite temporal – ACG – Horton • Cefaleia – artéria oftálmica • Sensibilidade do couro cabeludo • Manifestações neurológicas (estenose) • Insuficiência cardíaca • Diplopia, oftalmoplegia • Oclusão da artéria central da retina • Cegueira • Tratamento: corticoide Neuralgia do trigêmeo • Distúrbio sensitivo da raiz sensitiva do NCV, pode acontecer por vários motivos (geralmente é causada por uma compressão do nervo por uma artéria). • Mais frequente acima dos 40 anos • Dor súbita e aguda • Golpes excruciantes, choques • Pode ocorrer alterações psicológicas devido a dor intensa – suicídio • NCV2 é acometido com maior frequência • Ocorre uma desmielinização dos axônios da raiz sensitiva • Pode ser causado por uma artéria secundária aberrante • Tratamento: • Clínico ou cirúrgico • Bloqueio do nervo infraorbital – álcool absoluto – temporário • Secção do nervo infraorbital • Ablação seletiva por radiofrequência no ganglio trigeminal • Secção da raiz sensitiva – perda de sensibilidade à dor, temperatura e tato simples (protopático) Fernanda Pickbrenner de Almeida 32 Paralisia de Bell • Lesão do nervo facial • Pode haver perda do paladar dos 2/3 anteriores da língua • Alterações das secreções lacrimais e salivares • Lesões no tronco encefálico • Lesões no trajeto do nervo – forame estilomastóideo – perda motora • Complicações cirúrgicas – tumores, fraturas, parotidectomias Amigdalites • Infecção das tonsilas palatinas. • Tonsilas inchadas Carcinoma labial • Exposição excessiva a luz solar • Irritação crônica – tabagismo • Lesão indolor • Linfonodos submentuais e submandibulares afetados Obstrução dos ductos salivares • Sialócitos ou cálculos salivares • Sialografias • Causa dor, inchaço Distúrbios temporo-mandibulares • Luxação da ATM • Artrite • Trismo • Bruxismo – tratamento com placas duras Fendas labiais e palatinas • Anomalia congênita • Afeta 1 a cada mil nascimentos • 60 a 80% - masculino • Uni ou bilateral • Tratamento cirúrgico Hipertrofia dos frênulos labial e lingual • Tratamento cirúrgico Fernanda Pickbrenner de Almeida 33 Herpes simples e herpes zoster • Vírus que ataca geralmente quando nossa imunidade cai • Tratamento consiste em meios de aumentar a imunidade e usar anti-virais • Herpes zoster: afeta a raiz sensitiva do nervo, porém a manifestação clínica é periférica, pode acontecer em todas as regiões do corpo. • Essa condição clínica dói bastante Edema de Quincke • Quelite granulomatosa de Melkerson - Rosenthal • Edemas alérgicos causados pork extravasamento de líquido intersticial Implantes dentários Implantes zigomáticos Regeneração óssea guiada (ROG) Plasma rico em fibrina Toxina botulínica e ácido hialurônico Bichectomia Fernanda Pickbrenner de Almeida 34 Pescoço • Área de transição entre a base do crânio (superior) e as clavículas (inferior). • Une a cabeça ao tronco • Estruturas: laringe, esôfago, glândulas tireoide e paratireoides, traqueia. • Fluxo sanguíneo: artérias carótidas • Drenagem venosa: veias jugulares • Músculos • Plexos nervosos cervicais e braquiais • É pelo pescoço que passa todas artérias, veias e nervos, que vão e que voltam da cabeça. Anatomia de superfície Regiões: • Submentual • Submandibular • Anterolateral • Trígono anterior • M. esternocleidomastoídeo • Trígono posterior • Posterior – nucal Estruturas: • Osso hióide – C3 • Proeminência laríngea • Cartilagem tireóide • Cartilagem cricóide – C6 • Istmo da glândula tireóide – 2 a 4 anéis da traqueia • Incisura jugular: T2/T3 Pele • A pele possui linhas de força • O músculo platisma está logo abaixo da pele (praticamente dentro da pele), é um músculo finíssimo. • Importância clínica do músculo platisma: ele pode ser usado para fazer enxertos. Fáscia cervical • Formada por três lâminas: • Superficial • Pré traqueal • Pré vertebral Fernanda Pickbrenner de Almeida 35 • Essa três lâminas recobrem toda a região do pescoço. • Sustentam as vísceras cervicais, os músculos, os vasos e os linfonodos • São importantes em procedimentos cirúrgicos (áreas de clivagem) • Facilitam os movimentos do pescoço (deglutição, virar a cabeça) • A união das três lâminas formam a bainha carótica (um revestimento fascial tubular que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço). • A bainha carótica contém: • Artérias carótidas comum e interna • Veia jugular interna • Nervo vago • Linfonodos cervicais profundos • Nervo do seio carótico • Fibras linfáticas dos plexos artério-caróticos • Bainha carótica é uma via de disseminação de infecções e sangue. Lâmina superficial • Circula todo o pescoço • Abaixo da pele e tela subcutânea • Partes superficial e profunda • Envolve os músculos trapézio e ECM • Envolve a glândula submandibular • Forma a cápsula fibrosa da glândula parótida • Envolve as veias jugulares anteriores e o arco jugular. • Fixação superior: • Osso occipital • Processos mastoides • Arcos zigomáticos • Margem inferior da mandíbula • Osso hióide • Processos espinhais cervicais • Fixação inferior • Manúbrio • Clavículas • Acrômiose espinhas escapulares Lâmina pré traqueal: • Limitada a parte anterior do pescoço • Vai do osso hioide até o tórax, fundindo-se ao pericárdio fibroso • Reveste os músculos infra-hioídeos • Reveste a glândula tireoide, traqueia e o esôfago • Une-se a fáscia bucofaríngea (póstero-superior) • Une-se as bainhas caróticas (lateral) • Envolve o músculo omohioídeo (2 ventres) • Estabiliza o tendão intermédio do m. digástrico Fernanda Pickbrenner de Almeida 36 Lâmina pré vertebral • Forma a bainha tubular para a coluna vertebral • Reveste os músculos longo do pescoço e da cabeça, escalenos e profundos do pescoço • Fixada na base do crânio e na fáscia endotorácica (TIII) • Estende-se lateralmente com a bainha axilar circundando vasos e o plexo braquial Espaço retrofaríngeo • Atrás da faringe • Maior e mais importante espaço interfascial no pescoço. • Entre a fáscia pré- vertebral e a fáscia bucofaríngea • Permite os movimentos da faringe, esôfago, laringe e traqueia durante a deglutição. • Local onde infecções podem “correr” Fáscia alar • Subdivisão do espaço retrofaríngeo. • Vai do crânio até C7 • Une-se a bainha carótica • Pode ir até o mediastino superior Paralisia do músculo platisma • Lesão do ramo cervical do nervo facial (pregas do pescoço) • A lesão pode ser causada por cirurgia plástica, feridas no pescoço Disseminação de infecções • A fáscia cervical protege o tórax superior • Infecção entre as lâminas superficial e pré-traqueal pode disseminar-se para a região supero-anterior do tórax. • Abcessos anteriores à lâmina pré-vertebral podem ocasionar: • Disfagia e disartria (abcesso retrofaríngeo) • Aumento do volume do ECM Fernanda Pickbrenner de Almeida 37 Regiões/trígonos do pescoço: o ECM divide o pescoço em dois trígonos: • Trígono anterior: é subdividido em trígono submandibular, muscular, submentual e carótico • Trígono posterior ou lateral: é subdividido em trígono omoclavicular (supraclavicular) e occipital Trígono anterior: Limites: • Superior: borda inferior da mandíbula • Anterior: linha mediana anterior • Posterior: borda anterior do ECM • Teto: fáscia cervical superficial e m. platisma • Assoalho: músculos milohioídeo e hioglosso (na verdade são todas as estruturas que passam pelo trígono) Conteúdos: • A. carótida comum • A. carótida interna • A. carótida externa • A. facial • V. facial • V. jugular • Glândula submandibular • Músculos infra-hioídeos (o professor colocaria também os músculos supra-hioídeos) Divisões: os músculos que dividem os trígonos são o digástrico e o ventre superior do músculo omo-hioídeo • Trígono submentual (ímpar) • Trígono submandibular • Trígono carótico • Trígono muscular Trígono posterior ou lateral: Limites: • Inferior: terço médio da clavícula • Anterior: borda posterior do ECM • Posterior: borda anterior do trapézio • Teto: fáscia cervical superficial • Assoalho: músculos esplênio da cabeça, levantador da escápula e escalenos médio e superior. Fernanda Pickbrenner de Almeida 38 Conteúdo: • Raiz espinal do nervo acessório • Plexo braquial • A. subclávia • A. supra escapular • A. cervical superficial (transversa – tronco cervicodorsal) • V. jugular externa • Linfonodos cervicais Divisão: feita pelo músculo omohioídeo • Trígono omoclavicular ou supraclavicular • Trígono occipital Músculos superficiais Platisma • Origem: fáscia peitoral, fáscia deltoídea • Inserção: margem inferior da mandíbula, músculos e tela subcutânea da parte inferior da face • Ação: abre parcialmente a boca, puxa a pele em direção à mandíbula (dentes cerrados) – retalho do platisma. • Inervação: ramo cervical do facial Esternocleidomastoídeo (ECM) • Origem: cabeça esternal: manúbrio; cabeça clavicular: 1/3 médio da clavícula. • Inserção: processo mastoide e região lateral da linha nucal superior. • Ação: agindo juntos: flexão anterior da cabeça; agindo separados: rotação do pescoço para o lado oposto e flexão lateral. • Inervação: nervo acessório – C2-C3 • Observação clínica: torcicolo congênito – contração ou encurtamento dos músculos cervicais produzindo inclinação da cabeça, causada por um tumor de tecido fibroso que se desenvolve no músculo ECM logo após o nascimento. Trapézio • Origem: acrômio e espinha da escápula, terço médio da clavícula • Inserção: terço médio da linha nucal superior, protuberância occipital externa, ligamento nucal, processos espinhosos de CVII a TXII, lombares a sacrais. • Inervação: nervo acessório – C2-C3. Fernanda Pickbrenner de Almeida 39 • Ações: • Fibras superiores: elevação da escápula • Fibras médias e inferiores: retração da escápula • Fibras inferiores: depressão da escápula • Fibras superiores e inferiores: rotação superior da escápula Músculos supra-hioídeos (abaixadores da mandíbula): • Músculo digástrico • Ventre anterior: § Origem: fossa digástrica § Inserção: osso hióide § Inervação: nervo trigêmeo (motor) • Ventre posterior: § Origem: processo mastoideo § Inserção: osso hióide § Inervação: nervo facial • M. estilo-hioídeo • Origem: processo estiloide do temporal • Inserção: osso hióide • Inervação: nervo facial • M. mil-hioídeo: • Origem: linha milo-hioídea • Inserção: osso hióide • Inervação: nervo hipoglosso • M. gênio-hioídeo • Origem: processo geni inf. • Inserção: osso hióide • Inervação: nervo hipoglosso Músculos infra-hioídeos: abaixadores do osso hióide e também abaixadores da mandíbula • M. esterno-hioídeo: • Origem: manúbrio • Inserção: osso hióide • Inervação: alça cervical – C1-C3 • M. omo-hioídeo: • Origem: incisura supraescapular • Inserção: osso hióide • Inervação: alça cervial – C1-C3 • M. esterno-tireoídeo: • Origem: manúbrio • Inserção: cartilagem tireoídea • Inervação: alça cervical – C2-C3 Fernanda Pickbrenner de Almeida 40 • M. tireo-hioídeo: • Origem: cartilagem tireoídea • Inserção: osso hióide • Inervação: nervo hipoglosso – C1 Músculos profundos Pré-vertebrais: • M. longo do pescoço • Origem: tubérculo anterior do atlas (C1), corpos vertebrais (C1 – C3), processos transversos (C3 – C5) • Inserção: corpos vertebrais (C5 a T3), processos transversos (C3 a C5) • Ação: flexão do pescoço (antero-lateral) • Inervação: ramos anteriores dos nervos espinais – C2 – C6 • M. longo da cabeça • Origem: parte basilar do osso occipital • Inserção: processos transversos de C3 a C6 • Ação: flexão anterior e lateral da cabeça • Inervação: ramos anteriores dos nervos espinais – C1 – C3 • M. reto anterior da cabeça • Origem: base do crânio à frente do côndilo occipital • Inserção: atlas (C1) • Ação: flexão anterior e lateral da cabeça • Inervação: ramos da alça cervical (C1-C2) • M. escaleno anterior • Origem: processos transversos de C3 a C6 • Inserção: costela 1 • Ação: flexão antero-lateral da cabeça • Inervação: nervos espinais (C4-C6) Fernanda Pickbrenner de Almeida 41 Vertebrais laterais • M. reto lateral da cabeça • Origem: processo jugular do osso occipital • Inserção: processo transverso do atlas • Ação: flexão antero-lateral e estabilização da cabeça • Inervação: alça cervical (C1-C2) • M. esplênio da cabeça • Origem: ligamento nucal e processos espinhosos de C1 a C6 • Inserção: processo mastoide e linha nucal superior • Ação: flexão lateral e rotação da cabeça, extensão da cabeça e pescoço • Inervação: ramos posteriores dos nervos cervicais • M. levantador da escápula • Origem: processos transversos de C2 a C6 • Inserção: escápula (margem medial) • Ação: rotação inferior da escápula • Inervação: nervo dorsal da escápula e nervos espinais (C3-C4) • M. escaleno médio • Origem: processos transversos de C5 a C7 • Inserção: costela 1 • Ação: flexão lateral do pescoço, inspiração (eleva a 1ª costela) • Inervação: ramos anteriores dos nervos cervicais • M. escalenoposterior • Origem: processos transversos de C5 a C7 • Inserção: costela 2 • Ação: flexão lateral do pescoço, inspiração (eleva a 2ª costela) • Inervação: ramos anteriores de C7 e C8 Fernanda Pickbrenner de Almeida 42 Vascularização e inervação do pescoço Irrigação anterior: • Sistema carótico: artéria carótida comum e seus ramos: ACI e ACE • A artéria carótida comum esquerda tem um trajeto de 2cm dentro do mediastino antes de entrar no pescoço • Carótida externa e seus ramos: • A. faríngea ascendente: envia ramos para a faringe, músculos pré- vertebrais, orelha média e meninges cranianas. • A. occipital: emite vários ramos na parte posterior do couro cabeludo. • A. auricular posterior: ascende em sentido posterior entre o meato acústico externo e o processo mastoide para suprir os músculos adjacentes, glândula parótida, nervo facial e estruturas do temporal (orelha e couro cabeludo). • A. tireóidea superior: emite ramos para a glândula tireoide, para os músculos infra-hióideos e para o ECM, além de dar origem à a. laríngea superior, a qual supre a laringe. • A. lingual: emite ramos para a parte posterior da língua. • A. facial: supre a glândula submandibular, dá origem à a. submentual e entra na face. • A. maxilar • A. temporal superficial • A. laríngea superior • A. meníngea média • Carótida interna • São continuações das artérias caróticas comuns • Margem superior da cartilagem tireóide • Seio carótico: é um dilatação da parte proximal da ACI que pode incluir a artéria carótida comum– é um barorreceptor: reage à alterações da pressão arterial. • Glomo carótico: é uma pequena massa ovoide situada entre as ACI e ACE, é um quimiorreceptor que monitora a concentração de O2 no sangue – é inervado pelos IX e X pares. É estimulado por baixos níveis de oxigênio e inicia um reflexo que aumenta a frequência e a profundidade da respiração, a frequência cardíaca e a pressão arterial. • As artérias carótidas internas entram no crânio pelo canal carótico. • Irrigam o encéfalo e as órbitas • Não há ramos no pescoço. VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO ANTERIOR 1. IRRIGAÇÃO ANTERIOR Sistema carótico: a. carótida comum e seus ramos: ACI (não tem ramo no pescoço) e ACE A a. carótida comum esquerda tem um trajeto de 2 cm dentro do mediastino antes de entrar no pescoço. x Principal artéria do trígono carótico: A. carótida externa x A. carótida interna VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO ANTERIOR 1. IRRIGAÇÃO ANTERIOR Sistema carótico: a. carótida comum e seus ramos: ACI (não tem ramo no pescoço) e ACE A a. carótida comum esquerda tem um trajeto de 2 cm dentro do mediastino antes de entrar no pescoço. x Principal artéria do trígono carótico: A. carótida externa x A. carótida interna Fernanda Pickbrenner de Almeida 43 Drenagem anterior • Origina-se no forame jugular • Une-se à veia subclávia e forma a VBC • Veia jugular interna (VJI): é a principal estrutura venosa no pescoço. Origina-se como uma continuação do seio sigmoide (venoso da dura-máter) em forma de S. Está contida na bainha carótica durante seu trajeto de descida no pescoço. Termina no nível da vértebra T1, superiormente à articulação esternoclavicular, unindo-se à veia subclávia para formar a veia braquiocefálica (VBC). Uma grande válvula perto de sua extremidade evita o refluxo de sangue para a veia. • Antes da veia jugular interna unir-se a v. subclávia, ela recebe as seguintes tributárias: • Veia occipital • Seio petroso inferior • Veias faríngeas • Veia facial • Veia lingual • Veias tireóideas superior e média Inervação anterior • Nervo cervical transverso (C2 e C3): supre a pele que cobre a região cervical anterior • Nervo hipoglosso (NC XII): é o nervo motor da língua, passa entre a ACE e a VJI. • Nervo glossofaríngeo (NC IX): inerva língua e faringe • Nervo vago (NC X): dá origem aos ramos faríngeo, laríngeo e cardíaco. Irrigação lateral • Artéria subclávia: artéria vertebral • Tronco costocervical: • A. intercostal suprema • A. cervical profunda • Tronco tireocervical: • A. tireóidea inferior • A. cervical ascendente • A. cervical transversa • A. supraescapular • Artéria torácica interna o Seio carótico: uma dilatação da parte proximal da artéria carótida interna, que pode incluir a artéria carótida comum. Inervado principalmente pelo nervo glossofaríngeo (NC IX) através do nervo do seio carótico, e também pelo nervo vago (NC X), ele é um barorreceptor (pressorreceptor) que reage a alterações da pressão arterial. o Glomo carótico: uma pequena massa de tecido ovoide marrom-avermelhada em vida, situada na face medial (profunda) da bifurcação da artéria carótida comum em íntima relação com o seio carótico. Suprido principalmente pelo nervo do seio carótico (NC IX) e pelo NC X, é um quimiorreceptor que monitora o nível de oxigênio no sangue. É estimulado por baixos níveis de oxigênio e inicia um reflexo que aumenta a frequência e a profundidade da respiração, a frequência cardíaca e a pressão arterial. 2. DRENAGEM ANTERIOR x Veia jugular interna Æ é a principal estrutura venosa no pescoço. Origina-se como uma continuação do seio sigmóideo (venoso da dura-máter) em forma de S. Está contida na bainha carótica durante seu trajeto de descida no pescoço. Termina no nível da vértebra T1, superiormente à articulação esternoclavicular, unindo-se à veia subclávia para formar a veia braquiocefálica. Uma grande válvula perto de sua extremidade evita o refluxo de sangue para a veia. 3. INERVAÇÃO ANTERIOR x Nervo Cervical Transverso (C2 e C3) Æ supre a pele que cobre a região cervical anterior. x Nervo Hipoglosso (NC XII) Æ é o nervo motor da língua; ele passa entre a a. carótida externa e a v. jugular interna. x Nervo glossofaríngeo (NC IX) Æ relacionado com a língua e com a faringe. x Nervo vago (NC X) Æ dá origem aos ramos faríngeo, laríngeo e cardíaco. VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO LATERAL 1. IRRIGAÇÃO LATERAL x A. Subclávia Æ a. vertebral x Tronco Costocervical Æ a. intercostal suprema e a. cervical profunda x Tronco Tireocervical Æ a. tireóidea inferior, a. cervical ascendente, a. cervical transversa e a. supraescapular. 2. DRENAGEM LATERAL x Veia Jugular Externa Æ v. transversa do pescoço, v. jugular anterior, v. supraescapular e v. cervicodorsal. Fernanda Pickbrenner de Almeida 44 Drenagem lateral • Começa no ângulo da mandíbula • União das veias retromandibulares e auricular posterior • Veia jugular externa e suas tributárias: • Veia transversa do pescoço • Veia jugular anterior • Veia supraescapular • Veia cervicodorsal Inervação lateral • Nervo acessório • Plexo braquial (C5 - C8, T1): nervo supraescapular • Plexo cervical (C1 – C4): ramos cutâneos – ponto nervoso do pescoço – Síndrome de Erb Duchenne (paralisia do braço – ocorre no nascimento) • Alça cervical (C1 – C2): nervo occipital menor, nervo auricular magno, nervo cervical transverso • Alça cervical: nervo supraclavicular • Nervo frênico (C3 – C4 – C5): os nervos frênicos contêm fibras nervosas motoras, sensitivas e simpáticas. Esses nervos proporcionam o único suprimento motor para o diafragma e o suprimento sensitivo de sua parte central. Drenagem linfática Linfonodos na região cervical lateral: a linfa dos tecidos superficiais na região cervical lateral entra nos linfonodos cervicais superficiais situados ao longo da v. jugular externa, superficialmente ao músculo ECM. Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para os linfonodos cervicais profundos, que formam uma cadeia ao longo do trajeto da VJI revestida pela fáscia da bainha carótica. Linfonodos: • Submandibulares • Submentuais • Occipitais • Mastoideos • Bucais • Parotídeos 3. INERVAÇÃO LATERAL x Plexo cervical (C1 ± C4): ramos cutâneos ± ponto nervoso do pescoço ± Síndrome de Erb Duchenne (paralisia do braço ± ocorre no nascimento)x Alça Cervical (C1 ± C2) Æ nervo occipital menor, nervo auricular magno, nervo cervical transverso x Alça cervical Æ nervo supraclavicular x Nervo Frênico (C3 ± C4 ± C5) Æ Os nervos frênicos contêm fibras nervosas motoras, sensitivas e simpáticas. Esses nervos proporcionam o único suprimento motor para o diafragma e o suprimento sensitivo de sua parte central. x Plexo Braquial (C5 - C8, T1) Æ nervo supraescapular DRENAGEM LINFÁTICA Linfonodos na região cervical lateral Æ A linfa dos tecidos superficiais na região cervical lateral entra nos linfonodos cervicais superficiais situados ao longo da v. jugular externa, superficialmente ao músculo ECM. Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para os linfonodos cervicais profundos, que formam uma cadeia ao longo do trajeto da VJI revestida pela fáscia da bainha carótica. VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DA RAIZ DO PESCOÇO 1. IRRIGAÇÃO x Tronco Braquiocefálico Æ é coberto anteriormente pelos músculos esterno-hióideo e esternotireóideo direitos; é o maior ramo do arco da aorta. Origina-se na linha mediana, no início do arco da aorta, posteriormente ao manúbrio do esterno. Segue em sentido superolateral à direita, onde se divide em artérias carótida comum e subclávia direitas posteriormente à articulação esternoclavicular (EC). O tronco braquiocefálico geralmente não tem ramos pré-terminais. x Artérias Subclávias Æ suprem os membros superiores; também enviam ramos para o pescoço e o encéfalo. A artéria subclávia direita origina-se do tronco braquiocefálico. A artéria subclávia esquerda origina-se do arco da aorta, cerca de 1 cm distal à artéria carótida comum esquerda. O nervo vago esquerdo segue paralelamente à primeira parte da artéria. Embora as artérias subclávias dos dois lados tenham diferentes origens, seus trajetos no pescoço começam posteriormente às respectivas articulações EC enquanto ascendem através da abertura superior do tórax e entram na raiz do pescoço. Fernanda Pickbrenner de Almeida 45 Vascularização e inervação da raiz do pescoço Irrigação • Tronco Braquiocefálico: é coberto anteriormente pelos músculos esterno-hióideo e esternotireóideo direitos; é o maior ramo do arco da aorta. Origina-se na linha mediana, no início do arco da aorta, posteriormente ao manúbrio do esterno. Segue em sentido superolateral à direita, onde se divide em artérias carótida comum e subclávia direitas posteriormente à articulação esternoclavicular (EC). O tronco braquiocefálico geralmente não tem ramos pré-terminais. • Artérias Subclávias: suprem os membros superiores; também enviam ramos para o pescoço e o encéfalo. A artéria subclávia direita origina-se do tronco braquiocefálico. A artéria subclávia esquerda origina-se do arco da aorta, cerca de 1 cm distal à artéria carótida comum esquerda. O nervo vago esquerdo segue paralelamente à primeira parte da artéria. Embora as artérias subclávias dos dois lados tenham diferentes origens, seus trajetos no pescoço começam posteriormente às respectivas articulações EC enquanto ascendem através da abertura superior do tórax e entram na raiz do pescoço. • Ramos da Subclávia § Vertebral: bulbo, medula espinal, cerebelo, dura-máter; forma a a. basilar. § Torácica Interna: distribuição torácica § Tireocervical o Tireóidea Inferior: laringe, traqueia, esôfago, glândulas tireoide e paratireoide e músculos adjacentes. o Cervical Ascendente o Supraescapular o Cervical Transversa § Tronco Costocervical: a.. cervical profunda e a. intercostal suprema § Dorsal da Escápula Fernanda Pickbrenner de Almeida 46 Drenagem • Veia Jugular Externa: drena a face e o couro cabeludo • Veia Jugular Anterior: variável, pode formar o arco venoso jugular no espaço supra-esternal • Veia Subclávia: veia braquiocefálica • Veia Jugular Interna: veia braquiocefálica • A VJI termina posteriormente à extremidade medial da clavícula unindo-se à veia subclávia para formar a veia braquiocefálica. Essa união é denominada ângulo venoso e é o local onde o ducto torácico (lado esquerdo) e o tronco linfático direito (lado direito) drenam a linfa recolhida em todo o corpo para a circulação venosa. Em todo o trajeto, a VJI é revestida pela bainha carótica. Inervação • Nervos Vagos (NC X): depois de sua saída do forame jugular, cada nervo vago segue em sentido inferior no pescoço, dentro da parte posterior da bainha carótica, no ângulo entre a VJI e a artéria carótida comum. O nervo vago direito segue anteriormente à primeira parte da artéria subclávia e posteriormente à veia braquiocefálica e à articulação EC para entrar no tórax. O nervo vago esquerdo desce entre as artérias carótida comum esquerda e subclávia esquerda, e posteriormente à articulação EC para entrar no tórax. • Nervos laríngeos recorrentes: originam-se dos nervos vagos na parte inferior do pescoço. Os nervos dos dois lados têm praticamente a mesma distribuição; entretanto, formam uma alça ao redor de diferentes estruturas e em diferentes níveis nos dois lados. § Nervo laríngeo recorrente direito: faz uma curva inferiormente à artéria subclávia direita, no nível aproximado das vértebras T I e T II. § Nervo laríngeo recorrente esquerdo: faz uma curva inferiormente ao arco da aorta, no nível aproximado das vértebras T IV e T V. Depois de fazer uma alça, os nervos laríngeos recorrentes ascendem superiormente até a face posteromedial da glândula tireoide, onde ascendem no sulco traqueoesofágico, suprindo a traqueia e o esôfago e todos os músculos intrínsecos da laringe, com exceção do músculo cricotireóideo. • Nervos Frênicos: formam-se nas margens laterais dos músculos escalenos anteriores, principalmente do nervo C4 com contribuições de C3 e C5. Os nervos frênicos descem anteriormente aos músculos escalenos anteriores sob as VJI e os ECM. Eles passam sob a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical, entre as artérias e veias subclávias, e prosseguem até o tórax para suprir o diafragma. Os nervos frênicos são importantes porque, além de sua distribuição sensitiva, são os únicos responsáveis pelo suprimento motor da sua própria metade do diafragma. • Troncos Simpáticos: a parte cervical dos troncos simpáticos situa-se anterolateralmente à coluna vertebral, estendendo-se superiormente até o nível da vértebra CI ou base do crânio. • Gânglio Cervical Superior • Gânglio Cervical Médio ricardo pinto da luz Drenagem venosa Vascularização da raiz do pescoço Fernanda Pickbrenner de Almeida 47 • Gânglio Cervical Inferior + Gânglio Torácico = Gânglio cervico torácico (estrelado) – alterações causam a síndrome de Raynaud – hiperidrose (suor em demasia nas mãos e pés); o corte desta comunicação faz com que pare o suor. • Lesão nos gânglios cervicais: Síndrome de Horner • Miose • Ptose • Enoftalmia (afundamento do olho) • Anidrose da face e pescoço (falta de suor) • Diminuição da sensibilidade. VÍSCERAS DO PESCOÇO • Camada Endócrina: Glândulas tireoide e paratireoides • Camada Respiratória: Laringe e Traqueia • Camada Alimentar: Faringe e Esôfago GLÂNDULA TIREÓIDE • Maior glândula endócrina (sem ductos) do corpo; • Produz hormônio tireoidiano: controla a velocidade do metabolismo; • Produz calcitonina: metabolismo do cálcio; • Influências em todas as áreas do corpo com exceção dela própria, baço, testículos e útero. • Situa-se abaixo dos músculos esterno tireóideo e esterno-hióideo (CV e CTI) • 2 lobos: direito e esquerdo (Piramidal) • Polo superior: linha oblíqua da cartilagem tireoide • Polo inferior: 4 e 5 cartilagem traqueal • Istmo: 2 e 3 anel traqueal • Vascularização: A. Tireóidea Superior e A. Tireóidea Inferior (tronco tireocervical) • Drenagem venosa: V.v. Tireóideas Superior e Média (v. jugular interna) e V. Tireóideas Inferior (v. braquiocefálica) • Drenagem linfática: Linfonodos (pré-laríngeos, pré-traqueais, paratraqueais
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