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Mobilidade urbana é afetada pela falta de 
investimento em corredores de ônibus 
 
De acordo com a nota lançada pelo Centro de Estudos da Metrópole, somente 
5,4% dos corredores previstos pelo Plano Diretor Executivo foram implantados 
desde 2016. 
 
Uma pesquisa coordenada pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM) lançou 
uma nota técnica que aponta que somente 5,4% dos corredores de ônibus 
previstos para 2016 foram implantados na cidade de São Paulo. De acordo com 
a nota, isso é consequência da inibição da construção de vagas de garagem nos 
Eixos de Estruturação da Transformação Urbana, áreas delimitadas pelo Plano 
Diretor Estratégico (PDE) para priorizar os incentivos do uso de transporte 
público. 
“É sempre importante pensar na integração das políticas”, contou ao Jornal da 
USP no Ar 1ª Edição Tainá Bittencourt, pesquisadora do CEM e uma das autoras 
da nota técnica. “Enquanto se pensa em estimular o transporte público, isso 
passa também por desestimular o carro onde você tem ofertas de transporte 
público”, completa a pesquisadora. Segundo ela, o que foi visto na análise do 
PDE é que as diretrizes para o desincentivo do uso do transporte automotivo 
individual estão funcionando. Um dos meios usados para isso é a limitação das 
https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/2021/07/02-nota_tecnica_corredores_garagem.pdf
https://jornal.usp.br/editorias/radio-usp/jornal-da-usp-no-ar-2/jornal-da-usp-no-ar/
https://jornal.usp.br/editorias/radio-usp/jornal-da-usp-no-ar-2/jornal-da-usp-no-ar/
vagas de garagens em novos empreendimentos imobiliários. Diferente do plano 
de mobilidade, que foca mais na mobilidade urbana e no estímulo ao transporte 
público, possuindo metas e objetivos mais claros, o PDE serve mais como linhas 
gerais para a implementação de políticas que pretendem interferir no uso do 
transporte coletivo. 
“O que é interessante notar é que o PDE acerta muito em termos de instrumentos 
de planejamento no que foi proposto para 2016 e mais para a frente, o que estava 
proposto para 2025″, diz a professora da Escola Politécnica da USP e 
pesquisadora do CEM, Mariana Giannotti. Segundo ela, os planos definidos no 
PDE acertam nas soluções para o problema de mobilidade urbana, porém, não 
houve uma implementação desses planos relacionados aos corredores de 
ônibus e isso traz à tona os problemas de desigualdade na região metropolitana 
de São Paulo. A zona leste, atualmente, possui aproximadamente 20 vezes mais 
habitantes por quilômetros de corredor do que a região central, ou seja, uma 
desigualdade de 20 vezes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Michael rascado

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