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O CORPO HUMANO (Salvo Automaticamente)

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O CORPO HUMANO
		
O CORPO HUMANO
Juliana dos Santos Maldarine
Maxwell Luiz da Ponte
São José do Rio Preto
2015
APRESENTAÇÃO
A apostila “O Corpo Humano” foi produzida pelos alunos Juliana dos Santos Maldarine e Maxwell Luiz da Ponte, ambos concluindo o curso de licenciatura em Ciências Biológicas, na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de São José do Rio Preto (IBILCE/UNESP), no contexto do Estágio Curricular Obrigatório realizado sob orientação do Prof. Dr. Classius de Oliveira e supervisão do Prof. Dr. Edilson Moreira de Oliveira, das áreas Biologia Estrutural e Educação respectivamente. Trata-se de uma transcrição parcial e compilada do conteúdo apresentado nos livros “Biologia em contexto” (AMABIS, 2013) pertencente ao Programa Nacional do Livro Didático – PNLD, atribuído pelo Ministério da Educação, e visa complementar as aulas ministradas para o ensino do “Corpo Humano” em turmas da 3ª série do Ensino Médio na E. E. Amira Homsi Chalella. 
Dedicamos esta apostila à professora Sônia Maria Montanari que carinhosamente nos acolheu e, mais do que prontamente, nos permitiu realizar as atividades de estágio nos períodos de suas aulas, nos proporcionando grande aprendizado e contribuindo para a aquisição de experiência para a atuação docente.
SISTEMA ESQUELÉTICO
O sistema esquelético: o que é e para que serve?
O sistema esquelético é formado por ossos e cartilagens, além dos ligamentos e tendões, é importante pois: 
· Sustenta o corpo, permitindo-nos andar de maneira ereta.
· Forma um escudo que protege os órgãos internos como o coração, os pulmões, e o cérebro contra choques mecânicos que poderiam rompê-los ou dilacerá-los.
· É fundamental para que possamos nos movimentar, pois é base para a inserção dos músculos.
· Armazena íons e sais minerais importantes para o equilíbrio iônico, como o íon cálcio por exemplo.
· Garantem o suprimento contínuo de novas células sanguíneas, pois as produzem em seu interior, na chamada medula óssea.
A região onde dois ossos fazem contato é chamada articulação óssea, e podem ser móveis, isto é, os ossos em contato podem movimentar-se um em relação ao outro, ou fixas, quando os ossos são unidos firmemente. Numa articulação, os ossos deslizam um sobre o outro suavemente e sem atrito, evitando o desgaste ósseo. Finalmente, os ligamentos uma estrutura fibrosa, semelhante a uma corda, ao qual conecta um osso a outro dentro de uma articulação e sua principal função é de estabilizar a junta, ou seja, mantê-la no lugar a fim de impedir que um osso se desloque sobre o outro e assuma uma posição anormal.VOCÊSABIA ?
Uma pessoa adulta em 206 ossos, responsáveis por cerca de 40% de sua massa corporal.
O MAIOR OSSO do corpo é o osso da coxa, o fêmur, com cerca de 45 cm... os menores são os minúsculos “ossos da orelha média” (bigorna, martelo e estribo) com cerca de 0,25 cm apenas!
Nosso esqueleto pode ser dividido em esqueleto axial, constituído pelos ossos da cabeça e do tronco, e esqueleto apendicular, constituído pelos ossos dos membros superior e inferior, e das cinturas articulares pélvica e escapular.Articulação tipo
“bota e soquete”
	
Ossos da orelha média!
tipo “dobradiça”
Ossos da cintura pélvica e dos membros inferiores 
 tipo “pivô”
Articulação plana
Ligamentos
Ossos da cintura escapular e dos membros superiores 
ESQUELETO APENDICULAR
Cada membro superior é composto de braço, antebraço e mão. A região em que a mão se articula com o antebraço é o punho. 
O braço tem um único osso, o úmero. No cotovelo, o úmero articula-se com os dois ossos do antebraço, o rádio e a ulna. No punho, estes se articulam ao carpo, ossos da região da mão, segue o metacarpo e os ossos dos dedos, as falanges. O esqueleto dos membros superiores liga-se ao esqueleto axial por meio da cintura escapular, formada pela escápula e pela clavícula. 
Cada membro inferior humano é composto de coxa, perna e pé. A região em que o pé se articula com a perna é o tornozelo. 
A coxa tem um único osso, o fêmur. Este se articular com os ossos da perna, a tíbia e a fíbula, e com a patela, pequeno osso em frente à articulação do joelho. No tornozelo, a tíbia e a fíbula se articulam com o tarso, segue-se o metatarso e as falanges, dedos do pé. O esqueleto dos membros inferiores liga-se ao esqueleto axial por meio da cintura pélvica, formada por um par de ossos, cada um deles resultantes da fusão de três: ílio, ísquio e púbis
ESQUELETO AXIAL
A cabeça tem 29 ossos: 8 são firmemente unidos, formando o crânio, a caixa arredondada que protege o encéfalo. Na face, o maior dos ossos é a mandíbula, sendo também o único osso móvel da cabeça e que permite abrir e fechar a boca.
O tronco é formado pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo esterno. A coluna vertebral é constituída por 33 vértebras, de cima para baixo: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais, (fundidas em pessoas adultas, formando o osso sacro, que junto com a cintura pélvica forma a pelve ou bacia) e, finalmente, 4 coccígeas (também se fundem com o passar dos anos, formando o osso cóccix).
As vertebras são bem articuladas e unidas entre si por ligamentos, constituindo um eixo ósseo firme e flexível, entre as vértebras há discos de cartilagem que atuam como amortecedores de choques. Existe um tubo interno ao longo da coluna vertebral, onde se localiza a medula espinal. 
Cada vértebra está ligada a dois ossos em forma de arco, as costelas. Ao todo, existem 12 pares de costelas, formando a caixa torácica, que protege o coração e os pulmões. Na base da caixa torácica, separando-a do abdome, localiza-se o diafragma, responsável pelos movimentos respiratórios.
SAÚDE & BEM-ESTAR
Atletas, praticantes de esportes recreativos e sedentários têm algo em comum: o risco de sofrer uma lesão ligamentar no joelho. Antes de mais nada, saiba que no joelho, existem quatro principais ligamentos: os cruzados anterior e posterior, e os ligamentos colaterais medial e lateral. A lesão ligamentar mais frequente é a lesão do ligamento colateral medial - no lado interno do joelho -, que ocorre quando ele é forçado para dentro e a perna para fora. 
Felizmente, esse ligamento tem uma boa capacidade de cicatrização e a cirurgia quase nunca é necessária. Por outro lado, a lesão ligamentar no ligamento cruzado anterior quase sempre necessita de intervenção cirúrgica. Esta lesão afeta, no Brasil, principalmente, jogadores de futebol, sejam os profissionais ou os de fim de semana! Já a lesão do ligamento cruzado posterior está mais associada a traumas de maior intensidade, como acidentes automobilísticos, muito embora, raramente, também possa acontecer no esporte. 
O médico ortopedista deve ser consultado para detectar o tipo da lesão e o tratamento adequado. Existem consequências imediatas e tardias quando a pessoa não dá atenção ao problema, realiza tratamento não adequado ou interrompe o processo de recuperação. As imediatas são novos episódios de entorse, ou seja, instabilidade. Com isso, vem a insegurança, dor e o derrame articular. As consequências tardias são maiores danos na articulação, incluindo lesões de meniscos e cartilagem. Quanto maior o acometimento articular, maior a chance do paciente desenvolver uma artrose no futuro.
VOCÊSABIA ?
A diferença mais marcante entre o esqueleto de um homem e uma mulher são os ossos da pelve. A pelve de uma mulher adulta é adaptada ao parto, sendo mais larga e profunda, enquanto a masculina é mais estreita e menos profunda. Outra diferença é quanto ao arco do púbis, na mulher é arredondado, lembrando a forma de “U”, enquanto no homem lembra a forma de “V”. Um macete para se diferenciar a pelve feminina da masculina é tentar visualizar a carinha do personagem Mickey Mouse no espaço interno dos ossos da pelve feminina, veja que legal: 
.
SAÚDE & BEM-ESTAR
Dor intensa nas costas, podendo irradiar para outras partes do corpo, como os braços, mãos e dedos, ou até mesmo para as pernas e pés;formigamentos e dormência nos membros com frequência e nos casos mais graves, perda de força nas pernas e incontinência urinária. Esses são os sintomas de uma pessoa com hérnia de disco. 
O disco intervertebral é a estrutura cartilaginosa que fica entre uma vértebra e outra da coluna vertebral. Ele é composto de uma parte central, chamada núcleo pulposo, de uma parte periférica composta de tecido cartilaginoso chamado anel fibroso e de uma parte superior e inferior chamado placa terminal. A hérnia de disco é a saída do liquido pulposo através de uma fissura do seu anel fibroso, esta extrusão do núcleo pulposo pode provocar uma compressão nas raízes nervosas, causando dores intensas, correspondentes a hérnia de disco.
A coluna é o centro de equilíbrio do sistema musculoesquelético do ser humano, e muitas lesões são atribuídas ao desequilíbrio e desalinhamento desta estrutura, ou seja, a má postura. Embora fatores hereditários sejam a principal causa da hérnia de disco, traumas de repetição no trabalho e no esporte e a idade avançada também são motivos de lesões degenerativas. O sedentarismo é um fator determinante para dores nas costas oriundas da hérnia de disco e de outras doenças, pois as pesquisas comprovam que a atividade física qualitativa para coluna é um fator de extrema importância para melhora e prevenção das dores nas costas.
Fique ligado! Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão trabalho físico pesado, postura de trabalho estática e 
trabalho repetitivo. O diagnóstico pode ser feito clinicamente, por meio de exames como Raio-X, tomografia e ressonância magnética. Para amenizar as dores, o paciente pode recorrer à fisioterapia, a musculação e ao pilates, sempre sob orientação de um profissional e acompanhamento de um ortopedista. 
Fonte: Portal herniadedisco.com
SISTEMA MUSCULAR
VOCÊSABIA ?
O sistema muscular
 O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo. Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir, respirar.
Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa.
No corpo humano, existem músculos grandes, como os da coxa, e músculos pequenos, como certos músculos da face. Eles podem ser arredondados (os orbiculares dos olhos, por exemplo); planos (os do crânio, entre outros); ou fusiformes (como os do braço).
Alguns dos principais músculos estriados esqueléticos do corpo humano
Podem-se reconhecer três tipos de tecido muscular: não estriado ou liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.
Os músculos lisos estão presentes revestindo órgãos internos, como estômago, intestino e útero; têm contração lenta e involuntária, isto é, os movimentos por eles gerados ocorrem independentemente da nossa vontade. Esses músculos são responsáveis, por exemplo, pela ereção dos pelos na pele (“arrepio”) e pelos movimentos de órgãos como o esôfago, o estômago, o intestino, as veias e as artérias, ou seja, músculos associados aos movimentos peristálticos e ao fluxo de sangue no organismo.
Os músculos estriados esqueléticos compõem a maior parte da musculatura corporal, recebendo esse nome por estarem ligados aos ossos do esqueleto, geralmente por meio de cordões fibrosos, chamados tendões. Possuem contração vigorosa e voluntária, isto é, seus movimentos obedecem a nossa vontade. Exemplos: os músculos das pernas, dos pés, dos braços e das mãos. Ao se contrair, um músculo estriado esquelético puxa os ossos aos quais está ligado; entretanto, ao relaxar, o músculo não consegue empurrar o osso. 
Por isso os músculos esqueléticos atuam em duplas, com movimentos antagônicos: enquanto a contração de um deles produz movimento em um sentido, a contração de outro produz movimento em sentido contrário. 
O bíceps e o tríceps exemplificam esse antagonismo. Ao se contrair, o bíceps – que está ligado aos ossos do ombro e ao osso rádio - puxa o antebraço para cima; o tríceps – preso aos ossos do ombro e da ulna -, contrai-se e produz a extensão do antebraço.
O músculo estriado cardíaco  é o miocárdio, o músculo do coração, que promove os batimentos cardíacos. Sua contração é vigorosa e involuntária. 
tríceps
extensão
bíceps
flexão
								
OS TRÊS TIPOS DE TECIDO MUSCULAR
Tecido muscular estriado CARDIACO
Tecido muscular estriado esquelético
Biceps
Coração
 
Estômago
	Tecido muscular não estriado 
Músculo
Liso
Tendões
ESTRUTURA DOS TENDÕES
Osso
Fonte: mdsaude.com
	
SISTEMA 
DIGESTIVO
O sistema digestório humano, assim como o dos outros animais, é comparável a uma linha de “desmontagem” dos alimentos, que permite extrair deles seus diversos nutrientes.
A abertura de entrada do tubo digestório é a boca, onde se localizam os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, triturando-o e misturando-o com saliva, que é produzida pelas glândulas salivares. A saliva contém a enzima amilase salivar, que inicia o processo digestivo. A saliva contribui para manter o grau de acidez na boca perto do neutro (6,7), que é ideal para a ação da amilase salivar. Essa enzima, também chamada de ptialina, quebra moléculas de amido e de glicogênio, originando maltose. Após algum tempo de mastigação, o bolo alimentar é empurrado pela língua para o fundo da faringe, onde segue para o esôfago. Neste processo, conhecido como deglutição, entra em ação um mecanismo que fecha a laringe, evitando que o alimento engolido penetre nas vias respiratórias.
O esôfago é um tubo fino que atravessa o diafragma, membrana musculosa que separa o tórax do abdome. Ao longo do esôfago, o bolo alimentar é impulsionado por movimentos rítmicos de contração da musculatura, chamado de peristaltismo. Após o diafragma, o esôfago se liga ao estômago. A comunicação destes é feita por meio de um orifício cuja abertura é controlada por um anel de musculatura lisa, o esfíncter esofágico inferior. Quando a musculatura relaxa, o orifício se abre e permite a passagem do bolo para o estômago.
O epitélio do estômago tem glândulas estomacais, que secretam ácido clorídrico, enzimas e muco, que em conjunto compõem o suco gástrico. A principal enzima do suco gástrico é a pepsina, que digere proteínas. Ela atua no ambiente ácido do estômago, onde o pH se mantém em torno de 2 por causa do HCl. À medida que a digestão ocorre, o conteúdo estomacal passa aos poucos para o intestino delgado, pelo esfíncter pilórico, que controla a abertura e o fechamento do orifício entre estômago e intestino. 
Percurso do bolo alimentar no esôfago
Esquema: estômago humano parcialmente cortado, mostrando a musculatura e detalhes dos esfíncteres
O intestino delgado tem 6 metros de comprimento, com 3 regiões: o duodeno, jejuno e íleo. A digestão química ocorre no duodeno, onde milhares de glândulas da mucosa intestinal produzem o suco entérico, que contém várias enzimas. No duodeno também atua o suco pancreático, solução alcalina produzida pelo pâncreas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, um líquido esverdeado e sem enzimas digestivas, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Os sais biliares quebram gotas de lipídios. As células do intestino têm membranas pregueadas, chamadas microvilosidades. Os nutrientes resultantes da digestão são absorvidos por essas células e transferidos para a circulação sanguínea, que se encarrega de distribuir as substâncias para todas as células do corpo. Restos não absorvidos passam para o intestino grosso.
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento. Parte da água e dos sais é absorvida e há intensa proliferação de bactérias. Na região final do colo, os resíduos são transformados em fezes. 30% das fezes é composta de bactérias, que constituem a chamada flora intestinal,ajudando a evitar a proliferação de micro-organismos patogênicos. 
O pâncreas é uma glândula com cerca de 15 cm de comprimento, formato triangular e alongado, localizada sob o estômago, na alça do duodeno. As células pancreáticas secretam enzimas, as quais desembocam no duodeno, por meio do ducto pancreático, que se junta ao ducto colédoco, formando a ampola hepatopancreática. 
O fígado é um dos maiores e mais importantes órgãos de nosso corpo, pois produz a bile, um liquido esverdeado que fica temporariamente armazenado na vesícula biliar, e que desemboca no ducto colédoco, e depois no duodeno, como dito anteriormente. 
Além de atuar na digestão, a bile contém substâncias que devem ser eliminadas do corpo, provenientes da degradação de drogas e medicamentos, excesso de colesterol e bilirrubina, substância proveniente da degradação de hemoglobina de hemácias fora de função.
Outras funções do fígado são: armazenar o excesso de glicose na forma de glicogênio e sintetizar o colesterol. Aqui também ocorre a transformação da amônia em ureia, substância menos tóxica, a síntese do colesterol 
O sistema digestório humano
ras. A principal atitude preventiva de doenças digestivas é manter uma alimentação correta e saudável. 
Como regra geral, prefira alimentos frescos e naturais, evitando ao máximo alimentos processados e gordurosos, como enlatados e embutidos. Os alimentos frescos têm mais nutrientes e não têm conservantes e aditivos, prejudiciais à saúde!
SAÚDE & BEM-ESTAR
COMA BEM!
Quem nunca teve enjoo, dor de estômago, vômito, diarreia ou prisão de ventre? A maioria desses desconfortos digestivos são evitáveis, inclusive disfunções mais sérias como gastrites e ulce -
excessivo de alimentos ricos em açúcar e manter os
dentes sempre limpos, por meio da escovação e uso de fio
dental. Além disso, deve-se consultar regularmente um dentista, que pode indicar a melhor forma de cuidar da higiene bucal e de tratar eventuais problemas dentários.
Infecções intestinais: Os alimentos e a água que ingerimos podem estar contaminados com vírus, bactérias ou protozoários patogênicos, que podem sobreviver e se multiplicar, causando infecções. Bactérias como as salmonelas, eventualmente encontradas em carnes de frango e em ovos malcozidos, podem se proliferar no intestino e provocar dores abdominais intensas, diarreias e febre. Doenças como a cólera e a febre tifoide causam epidemias com altos índices de mortalidade em consequências da desidratação e da perda de sais, decorrentes da diarreia. O tratamento é feito com antibióticos e administração de soluções salinas.
Úlceras pépticas: Apesar de serem protegidas por uma camada de muco, as células da superfície interna do estomago e do duodeno frequentemente entram em contato com o suco gástrico, que é corrosivo. Em certas situações, áreas da parede dessas regiões do tubo digestório podem ser lesadas pela ação do suco gástrico, originando feridas denominadas úlceras pépticas. A causa pode ser estresse, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e medicamentos ou infecção por H. pylori.
Em uma dieta balanceada, 60% dos alimentos consumidos devem ser cereais, grãos, legumes, verduras e frutas. Convém dar preferência a carnes magras, ou buscar fontes alternativas de proteínas, como os derivados da soja e não abusar dos lipídios. Em caso de dúvida, convém consultar uma nutricionista. Fique atento às reações de seus hábitos alimentares no seu organismo e utilize esses conhecimentos para escolher uma dieta mais favorável às suas necessidades. Lembre-se deque o principal responsável pela qualidade de sua alimentação é você mesmo!
Fique de olho
Além dos hábitos alimentares, há outros fatores que afetam o sistema digestório. Doenças como gastrites e úlceras podem ser fortemente influenciadas pelo sistema nervoso. Estresse emocional causado pelo nervosismo, ansiedade e depressão pode contribuir para diversas alterações das funções digestórias. Manter-se tranquilo e calmo, principalmente no momento das refeições, ajuda a conservar as funções normais.
Conhecendo e prevenindo doenças digestivas
Cáries dentárias: Certas bactérias que vivem na boca humana alimentam-se do resto de comida que fica entre os dentes. Na presença de açúcar, essas bactérias multiplicam-se rapidamente, aderindo aos dentes e formando as chamadas placas bacterianas. As bactérias das placas produzem ácidos que corroem o esmalte dental, causando cáries. Para prevenir, deve-se evitar o consumo
SISTEMA 
RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório
O sistema respiratório compõe-se das cavidades nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares. A principal finalidade deste sistema é fornecer ao nosso sangue oxigênio, por meio de um processo chamado hematose, o qual ocorre nos pulmões.
Ao inspirarmos, o ar entra pelas narinas, passa pelas cavidades nasais, onde é filtrado, umedecido e aquecido, segue para a faringe e chega à laringe, no pescoço. Na entrada da laringe, chamada glote, existe uma válvula, a epiglote. Quando engolimos, a laringe eleva-se e sua entrada é fechada pela epiglote, o que impede o alimento de penetrar nas vias respiratórias e causar engasgamento. Na laringe também estão as pregas vocais, capazes de produzir som durante a passagem do ar. À laringe, segue-se a traqueia, que se divide em dois tubos curtos, os brônquios, que se ramificam em tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. Cada bronquíolo apresente, em sua extremidade, um grupo de pequenas bolsas denominadas alvéolos pulmonares, os quais são recobertos por capilares sanguíneos, possibilitando o intercâmbio eficiente de gases. A esse conjunto se denomina pulmão. Os principais componentes 
 do sistema respiratório humano.
		
O pulmão direito é um pouco MAIOR do que o esquerdo e está dividido em 3 lobos
O pulmão esquerdo tem apenas 2 lobos
A ventilação pulmonar é a renovação do ar dos pulmões que ocorre a cada movimento respiratório. A ventilação depende da ação dos músculos intercostais e do diafragma, membrana que separa a cavidade torácica da abdominal. Na inspiração, o diafragma desce e as costelas sobem, o que aumenta o volume da caixa torácica, forçando o ar a entrar nos pulmões. Na expiração, ocorre o oposto, o diafragma sobe e as costelas abaixam, diminuindo o volume da caixa e forçando a saída de ar.
Nos alvéolos pulmonares, ocorre o fenômeno-chave da respiração: a hematose. Nesse processo, o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sanguíneos e penetra nas hemácias (B), onde se combina com a hemoglobina, proteína que contêm ferro em sua composição, formando a oxiemoglobina e viaja pelo corpo, chegando aos capilares sanguíneos de todos os tecidos. 
	Cada pulmão tem cerca de 150 milhões de alvéolos...
Quando respiramos pela boca, nossas vias respiratórias ressecam e resfriam, tornando-se mais suscetíveis a infecções e inflamações!
Cabe dentro do pulmão cerca de 5 litros de ar, mas somente 1/2 litro de ar é renovado a cada respiração.
Respira-se cerca de 15 vezes por minuto, isso equivale a 7,5 litros de ar renovado, em uma hora 450 litros, em um dia 10.800 litros, em um ano 3,9 milhões de litros, perto dos 70 anos uma pessoa respirou mais ou menos 276 milhões de litros de ar;
 Aproximadamente 98% do gás oxigênio é transportado no interior das hemácias, na forma de oxiemoglobina, enquanto a maior parte do gás carbônico – cerca de 70% - é transportada dissolvida no plasma, na forma de íons HCO3.
Pulmão de fumantes
saudável
Os principais prejuízos aos pulmões são causados pela inalação de fumaça, poeira e outras partículas, que podem acumular-se e causar doenças diversas. O inimigo número 1 do pulmão é o tabagismo. O maior problema é a redução da força dos pulmões, causando falta de ar em muitos momentos também devido ao estreitamento das vias aéreas pulmonares e o excesso de muco nesse local. Dessa forma, a prática de exercícios por quem fuma com frequência é praticamente nula, ou realizada com grande debilidadedevido à dificuldade em respirar. Infecções pulmonares também são mais comuns em fumantes. O risco de pessoas que fumam contraírem câncer e outras doenças respiratórias é cerca de 20 vezes maior que o de não fumantes!
Nos tecidos, o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina, sai das hemácias e difunde-se para dentro das células; ao mesmo tempo, moléculas de gás carbônico originadas da respiração celular difundem-se para o líquido que banha os tecidos e são absorvidas pelos capilares. Este gás difunde-se, então, para o ar alveolar e é eliminado na expiração. 
SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
O SISTEMA CARDIOVASCULAR é constituído pelo coração e por uma rede de vasos que levam sangue a todas as partes do corpo.
O coração humano é um órgão oco, de tamanho comparável ao de um punho fechado e com cerca de 400g; localiza-se sob o osso esterno, um pouco esquerda do centro do peito. As paredes do coração são constituídas por tecido muscular estriado cardíaco, o miocárdio; internamente, o coração é revestido por uma camada de células achatadas, o endocárdio. 
O coração humano tem 4 cavidades: dois átrios cardíacos e dois ventrículos cardíacos. O sangue rico em gás oxigênio, proveniente dos pulmões, chega ao coração pelo átrio esquerdo. O sangue rico em gás carbônico, proveniente do resto do corpo, chega pelo átrio direito. Cada átrio comunica-se com o ventrículo ligado a ele por um orifício guarnecido por uma valva atrioventricular, cuja função é garantir a circulação do sangue em um único sentido, do átrio para o ventrículo. O átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo pela valva atrioventricular esquerda, também chamada valva bicúspide ou mitral. O átrio cardíaco direito comunica-se com o ventrículo direito pela valva atrioventricular direita, ou valva tricúspide. 
Partes do coração, em vista ventral, cortado longitudinalmente. 
As setas em azul indicam o fluxo de sangue pobre em O2
	
As setas vermelhas indicam o fluxo do sangue oxigenado. 
						FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR HUMANO
* A circulação sanguínea
Durante a contração dos átrios, denominada sístole atrial, o sangue passa para os ventrículos, que relaxam, processo chamado de diástole ventricular. Quando ocorre a contração dos ventrículos, ou sístole ventricular, as valvas entre eles e os átrios se fecham e o sangue é forçado a sair do coração por duas grandes artérias: a artéria pulmonar, que parte do ventrículo direito em direção aos pulmões, e a aorta, que parte do ventrículo esquerdo para as demais partes do corpo. As saídas para a aorta e para a artéria pulmonar são guarnecidas pelas valvas semilunares, cuja função é impedir o refluxo de sangue para o coração durante o relaxamento ventricular. O sangue retorna ao coração por duas grandes veias – as veias cavas – que desembocam no átrio direito.
Em um ciclo completo, o sangue executa o seguinte trajeto: coração (átrio direito) coração (ventrículo direito) pulmões coração (átrio esquerdo) coração (ventrículo esquerdo) tecidos corporais coração (átrio direito). Nossa circulação sanguínea é dupla: o trajeto “coração pulmões coração” é denominado circulação pulmonar, ou pequena circulação, e o trajeto “coração sistemas corporais coração” é chamado circulação sistêmica, ou grande circulação. 
Fonte: Portal Livespac
VASOS SANGUÍNEOS
Os vasos do sistema cardiovascular, por onde o sangue circula para todo o corpo, podem ser classificados em veias e suas ramificação ou artérias e suas ramificações. As artérias são vasos de parede espessa e musculosa, que levam o sangue do coração para os órgãos e tecidos corporais, inclusive para os tecidos do próprio coração. As artérias de grosso calibre que parte do coração – aorta e artéria pulmonar – ramificam-se progressivamente em artérias mais finas, atingindo todas as partes do corpo. Nos órgãos e tecidos os finíssimos ramos terminais das artérias, as arteríolas, prolongam-se formando vasos ainda mais finos, os capilares sanguíneos. 
Sob pressão, o sangue nas artérias é impulsionado até as arteríolas e capilares sanguíneos, que são vasos finíssimos, de diâmetro microscópico, com paredes constituídas por uma única camada de células endoteliais. 
veias
artérias
Capilares
 Os capilares sanguíneos unem-se formando vasos muito finos, as vênulas, que originam vasos progressivamente maiores, as veias. A progressiva fusão das veias que seguem dos sistemas corporais para o coração origina dois vasos de grosso calibre, as veias cava superior e inferior, que desembocam no átrio direito. São as veias (pulmonares) que trazem o sangue de volta dos pulmões e desembocam no átrio esquerdo. A parede das veias é relativamente mais fina que a das artérias, por apresentar menos tecido muscular. 
Sempre que tentamos “ouvir o coração” podem ser identificadas duas batidas subsequentes: a primeira, um som mais grave e menos audível, é causada pelo impacto do sangue contra as valvas atrioventriculares direita e esquerda, marcando o início da sístole ventricular. A segunda batida, um som mais agudo e alto, é causado pelo impacto do sangue contra as valvas semilunares da aorta e da artéria pulmonar, marcando o início da sístole ventricular. O número de vezes que o coração se contrai por unidade de tempo é a frequência cardíaca, que varia de acordo com condição de saúde, o condicionamento aeróbico e a situação emocional da pessoa. 
Já ouviu falar em pressão alta ou pressão baixa? Você sabe o que é essa “pressão”? Pois é... trata-se da pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias após ser bombeado pelos ventrículos. Essa pressão é tão forte que poderia romper as paredes das artérias caso estas não fossem elásticas! Uma pessoa jovem e com
boa saúde, a pressão nas artérias durante a sístole ventricular, chamada pressão arterial sistólica, ou pressão máxima, oscila entre 110 mm Hg e 12 mm Hg. Durante a diástole ventricular a pressão diminui, ficando em torno de 70 mm Hg a 80 mm Hg; esta é a chamada pressão arterial diastólica, ou pressão mínima.
Depois de o sangue passar por milhares de arteríolas e capilares, sua pressão no interior das veias cai à valores muito baixos, embora suficientes para promover o retorno do sangue ao coração. Ao nos movimentarmos, os músculos esqueléticos contribuem para o retorno do sangue na circulação venosa. Isso ocorre porque, ao contrairmos os músculos, eles comprimem as veias; o sangue é pressionado, mas só pode se deslocar no sentido do coração, graças à presença de válvulas nas veias, que impedem o refluxo.
Circula no nosso corpo cerca de 5 litros de sangue, mas em uma hemorragia se perdemos 2 litros, morremos.
O sangue percorre o corpo humano em uma velocidade aproximadamente de 108 km/h;
No nosso corpo existe cerca de 100 mil km de vasos sanguíneos (Artérias, Arteríolas, Veias, Vênulas e Capilares), se colocarmos em linha reta daria para dar duas voltas e meia em torno da Terra
Você sabia que mais da metade das mortes em países industrializados é causada por doenças cardiovasculares, como são chamadas as doenças do coração e dos vasos sanguíneos? As mais graves são provocadas por obstruções de artérias importantes, com as coronárias (que irrigam o coração) ou as artérias que irrigam o cérebro.
A constituição genética de algumas pessoas as predispões a desenvolver doenças cardiovasculares. Entretanto, os genes atuam em conjunto com fatores ambientais que, comprovadamente, podem causar doenças cardiovasculares. Não é possível alterar os genes, mas podem-se adotar diversos comportamentos capazes de promover a saúde. Entre os fatores que predispõe a doenças cardiovasculares destacam-se o tabagismo, o consumo de alimentos excessivamente gordurosos e ricos em colesterol, o sedentarismo e o estresse.
Para prevenir doenças cardiovasculares, portanto, deve-se evitar tabagismo e adotar uma dieta com poucas gorduras saturadas, sobretudo as de origem animal. Além disso, é preciso manter o peso corporal compatível com a altura e com a idade,fazer exercícios físicos regularmente e evitar situações de estresse. Deve-se também, medir periodicamente a pressão arterial e realizar exames médicos preventivos.
Conhecendo e prevenindo problemas cardiovasculares
Arteriosclerose é a perda gradual da elasticidade da parede de artérias. Essa condição acentua-se em idades avançadas e também pode ser causada pela deposição de placas de gordura (ateromas) na superfície arterial interna, recebendo nesse caso a denominação de arteriosclerose. As placas de gordura levam à diminuição do diâmetro interno das artérias, enrijecendo suas paredes e comprometendo a elasticidade. A consequência é o aumento da pressão sistólica, uma vez que as artérias endurecidas perdem a capacidade de relaxar durante a sístole ventricular. Além disso, os ateromas tornam áspera a superfície interna das artérias, favorecendo a formação de coágulos que podem causar obstruções.
Infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, é causado pela interrupção do fornecimento de sangue ao músculo cardíaco devido à obstrução de uma ou mais artérias coronárias. Sem irrigação, as células miocárdicas morrem em poucos minutos. Se uma grande região do coração é afetada pelo infarto, a condução do impulso elétrico produzido pelo marca-passo pode ser interrompida e o coração deixa de bater. Se a região afetada do miocárdio for pequena, o coração continua em atividade e a lesão cicatriza, com substituição das células musculares mortas por tecido conjuntivo.
Hipertensão arterial ou pressão arterial elevada; conhecida popularmente como “pressão alta” ou, mas apropriadamente como hipertensão, aumenta os riscos de ataques cardíacos e derrames de sangue no tecido cerebral. As causas mais comuns da hipertensão são o estresse emocional, a alimentação inadequada, excessivamente rica em gorduras e sais, e a vida sedentária, sem atividade física. Pessoas hipertensas podem não apresentar, inicialmente, sintomas da doença; por isso medir regularmente a pressão arterial é importante na prevenção da hipertensão, que pode ser controlada com medicamentos, alteração da dieta, práticas de exercícios físicos e relaxamento. Embora a pressão arterial tenda a se elevar com a idade, deve-se procurar orientação médica caso a pressão diastólica (mínima) atinja, com frequência, mais de 90 mm Hg, e a sistólica (máxima), mais de 140 mmHg.
SISTEMA 
URINÁRIO 
O sistema urinário
O SISTEMA URINÁRIO é o conjunto de órgãos e estruturas responsáveis pela filtração do sangue e eliminação de substancias toxicas, desnecessárias ou que estão em excesso no corpo. O sistema urinário é composto por um par de rins, as vias urinárias, e a bexiga urinária. 
Os rins exercem rigoroso “controle de qualidade” sobre o sangue, mantendo diferentes substâncias em quantidades consideradas normais. Quando a concentração de alguma substância no sangue aumenta, os rins cuidam de eliminar os excessos. Se uma pessoa bebe muito liquido, por exemplo, seus rins produzem uma urina diluída e abundante, eliminando assim o excesso de água. Se o sangue de uma pessoa tem muito açúcar, ou muito sal, ou se a quantidade de hormônios está acima do normal, excessos dessas substâncias são eliminados na urina. 
Componentes do sistema urinário
Os rins humanos são dois órgãos de cor marrom-avermelhada, com forma de grão de feijão e cerca de 10 cm de comprimento. Eles se localizam na parte posterior da cavidade abdominal, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral. O rim é revestido por uma cápsula fibrosa que envolve o córtex renal, onde se localizam os néfrons, que são as unidades responsáveis pela filtração do sangue. Um néfron é um longa estrutura tubular, com uma das extremidades em forma de taça, formando a cápsula renal. Dentro da cápsula renal há um pequeno novelo de capilares, o glomérulo renal, formado pela profusa ramificação de uma arteríola que penetra na cápsula. O conjunto formado pela cápsula renal e pelo glomérulo em seu interior é o corpúsculo renal. 
A cápsula renal comunica-se a um longo tubo, o túbulo néfrico, que apresenta 3 regiões: o túbulo contorcido proximal, a alça néfrica e o túbulo contornado distal, que desemboca no ducto coletor. Os ductos coletores conduzem a urina produzida nos néfrons até a papila renal, de onde ela flui para os cálices menores, destes para os cálices maiores e finalmente para a pelve renal. Os néfrons filtram o sangue, removendo ureia, sais, ácido úrico e outras substâncias em excesso no organismo. O sangue a ser filtrado chega ao rim pela artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando muitas pequenas arteríolas. Cada uma delas penetra em uma cápsula renal, onde se ramifica e origina o glomérulo renal. A alta pressão sanguínea nos capilares do glomérulo renal força a saída de fluido sanguíneo para a capsula. Esse fluido, denominado filtrado glomerular ou urina inicial, contém diversos tipos de moléculas: ureia, glicose, aminoácidos, sais etc. Diariamente, passam pelos rins de uma pessoa quase 1,6 mil litros de sangue, formando-se cerca de 180 litros de filtrado glomerular. 
Em condições normais, a glicose, os aminoácidos, as vitaminas e grande parte dos sais do filtrado glomerular são reabsorvidos pelas células da parede do túbulo contorcido proximal, e devolvidos ao sangue. Substâncias indesejáveis como ácido úrico e amônia, são removidos ativamente do sangue por células do túbulo contorcido distal, e lançadas no túbulo do néfron. Ao fim do percurso pelo túbulo, o filtrado glomerular transformou-se em urina, um fluido aquoso de cor amarelada, que contêm predominantemente ureia, além de pequenas quantidades de amônia e ácido úrico e sais. A cor amarelada da urina deve-se à presença de urobilina, substância originada principalmente pela degradação da hemoglobina de hemácias fora de função. 
A partir dos quase 180 litros de filtrado glomerular produzidos diariamente nos rins de uma pessoa, forma-se apenas 1,5 litro de urina, que é conduzida dos rins para a bexiga urinária pelos ureteres. Estes são dois tubos que partem, das pelves renais e descem pela parede posterior do abdome, desembocando na bexiga urinária, uma bolsa localizada na cavidade pélvica, que tem por função receber a urina que chega continuamente dos ureteres armazenando-a até o momento de sua eliminação. 
Uma pessoa adulta tem capacidade de armazenar cerca de 300 ml de urina na bexiga. Quando ela está cheia, receptores nervosos em sua parede são estimulados e transmitem a informação ao encéfalo, o que provoca a vontade de urinar. Se a ação puder ser realizada naquele momento, o encéfalo emite estímulos nervosos para a contração da musculatura da bexiga e para o relaxamento dos esfíncteres; músculos da região pélvica também participam do processo da micção. 
A urina é eliminada da bexiga pela uretra. A uretra feminina é exclusiva do sistema urinário e se abre para o exterior entre os lábios menores do pudendo feminino, logo abaixo do clitóris. A uretra masculina faz parte também do sistema genital, sua abertura para o exterior situa-se na ponta do pênis. 
 Rim com corte parcial
A Estrutura do rim
sistema urinário
Esquema dos componentes do 
Localização dos néfrons
organização dos néfrons
Cápsula renal, mostrando a organização do glomérulo
A reabsorção de água nos rins é controlada pelo hormônio antidiurético, conhecido pela sigla ADH, também chamado vasopressina. Esse hormônio é sintetizado no hipotálamo e armazenado na parte posterior da glândula hipófise, que o libera no sangue. Ele atua sobre os túbulos contorcidos distais e os ductos coletores provocando aumento da reabsorção de água do filtrado glomerular. 
SISTEMA
NERVOSO
O sistema nervoso
Cada um de nós identifica, a todo momento, dezenas de informações colhidas do ambiente não apenas pelos órgãos dos sentidos externos – olhos, orelhas, nariz, boca, pele –, mas também por receptores situados no interior de nosso corpo, que detectam, por exemplo, o grau de acidez do sangue, a temperatura corporal e a pressão arterial,entre outras coisas. Nosso sistema nervoso centraliza todas essas informações e define as respostas que daremos a elas; algumas são relativamente simples e automáticas, como as que ajustam a frequência cardíaca ou a temperatura corporal, enquanto outras são ações complexas e muitas vezes planejadas. Há quem compare o sistema nervoso a uma rede de comunicação, em que sinais captados por sensores (os sentidos) são transmitidos para uma “estação central” na forma de pulsos elétricos; estes viajam com rapidez por cabos transmissores, as fibras nervosas. 
 
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Apesar de corresponder a apenas 2% da massa corporal, o cérebro demanda mais de 17% do sangue bombeado pelo coração e utiliza cerca de 20% do gás oxigênio inalado
O sistema nervoso humano pode ser dividido em dois grandes ramos: sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é composto pelo encéfalo e pela medula espinal, onde informações são interpretadas e a ação nervosa é coordenada e desencadeada; o SNP é composto por nervos e gânglios nervosos, que estabelecem as pontes de comunicação entre os sentidos, o SNC e os órgãos de resposta, principalmente músculos e glândulas. 
O encéfalo é protegido pela caixa craniana. Sua região mais posterior, o bulbo raquidiano, situa-se em continuidade à medula espinal, alojada no interior do canal existente na coluna vertebral. O encéfalo e a medula espinal são revestidos por três membranas sobrepostas de tecido conjuntivo, as meninges (dura-máter, aracnoide e pia-máter). O espaço delimitado pelas meninges é preenchido pelo liquido cefalorraquidiano, cuja principal função é amortecer eventuais choques do encéfalo e da medula espinal contra os ossos que envolvem, além de transportar certas substâncias de importância para o sistema nervoso. 
AS PARTE DO ENCÉFALO HUMANO
O encéfalo é composto de diversas parte: hemisférios cerebrais, diencéfalo, mesencéfalo, ponte, cerebelo e bulbo raquidiano.
Cérbero: O cérebro humano é o centro da inteligência e da aprendizagem. Sua superfície é intensamente pregueada e marcada por sulcos e depressões chamadas circunvoluções cerebrais. Um profundo sulco longitudinal divide quase completamente o cérebro em hemisférios cerebrais direito e esquerdo. A camada mais externa dos hemisférios cerebrais é o córtex cerebral, formado por mais de 20 bilhões de corpos celulares de neurônios. A região mais interna é constituída principalmente por dendritos e axônios que levam informações ao córtex e trazem dele informações para serem analisadas. Alguns dos sulcos mais profundos dos hemisférios delimitam áreas conhecidas como lobos cerebrais, que coordenam funções específicas.
Tálamo: O papel do tálamo é atuar como estação integradora e retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral, direcionando-os para áreas apropriadas do cérebro, onde são processadas. Ele também parece exercer um papel importante na regulação do estado de consciência, alerta e atenção
Hipotálamo: Região encefálica importante na homeostase corporal – isto é ajuste às variações internas e externas do corpo -. Entre outras funções, controla a temperatura, o apetite e o equilíbrio hídrico do corpo, além de ser o principal centro da expressão emocional e do comportamento sexual. Também participa da ativação de diversas glândulas produtoras de hormônios, sendo importante na regulação do sistema endócrino.
Mesencéfalo: Está envolvido principalmente na recepção e coordenação de informações sobre o grau de contração dos músculos e sobre a postura corporal. 
Ponte: Recebe este nome pois é constituída principalmente por fibras nervosas que ligam o córtex cerebral ao cerebelo. Está relacionada à postura corporal correta, ao equilíbrio do corpo e ao tônus muscular. 
Cerebelo: Recebe informações de diversas partes do encéfalo e da medula espinal sobre a posição das articulações e grau de estiramento dos músculos, informações auditivas e visuais. Com base nisso, coordena os movimentos e orienta a postura corporal. 
Bulbo raquidiano: Conecta o encéfalo à medula espinal, nele estão localizados importantes centros controladores de funções vitais, como os que regulam os batimentos cardíacos e os movimentos respiratórios. 
A medula espinal 
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO ENCÉFALO HUMANO
Representação das meninges que revestem o cérebro
Detalhes do encéfalo e suas partes
	Detalhe do 
tronco encefálico
A MEDULA ESPINAL
A medula espinal é um cordão cilíndrico alojado ao longo da coluna vertebral, no canal formado pelas perfurações sequenciais das vértebras. É revestida externamente pelas três meninges. O centro medular é percorrido por um canal onde circula o liquido cefalorraquidiano, também presento no espaço entre as duas meninges mais internas. 
A medula retransmite ao encéfalo informações colhidas nas diversas partes do corpo. A maior parte das ordens elaboradas no encéfalo também passa pela medula antes de chegar a seus destinos. A medula também elabora respostas simples para certos estímulos, como a que nos faz retirar a mão rapidamente quando tocamos um objeto muito quente. Respostas medulares como essas nos permitem agir rapidamente em situações de emergência, antes mesmo de ter consciência do que está ocorrendo, chamada “arco reflexo”.
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UM ARCO REFLEXO ENCÉFALO HUMANO
As setas vermelhas indicam o sentido da transmissão do impulso nervoso
Sistema Nervoso Periférico
O sistema nervoso periférico (SNP) é constituído por nervos e gânglios nervosos. Nervos são estruturas filamentosas formadas por neurofibras que partem do encéfalo e da medula espinal e atingem as diversas partes do corpo. Gânglios nervosos são dilatações presentes em certos nervos, que contêm corpos celulares de neurônios, de onde partem fibras nervosas componentes desses nervos. De acordo com a região do sistema nervoso central à qual se ligam, os nervos são classificados como: nervos cranianos, que conectam o encéfalo a órgãos dos sentidos e a músculos, e nervos espinais, que conectam a medula espinal a células sensoriais e músculos. Os seres humanos têm 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinais. 
Os nervos que conduzem impulsos nervosos de órgãos sensitivos ao SNC são formados por neurônios sensitivos, enquanto os nervos que conduzem os impulsos nervosos do SNC aos músculos são formados por neurônios motores.AÇÕES VOLUNTÁRIAS x AÇÕES AUTÔNOMAS
Diversas atividades do sistema nervoso humano são conscientes e estão sob o controle de nossa vontade. Pensar, movimentar um braço ou mudar a expressão facial são exemplos de atividades voluntárias. Outras ações, porém, são automáticas e ocorrem independentemente de nossa vontade, sendo por isso denominadas autônomas ou involuntárias. Exemplo destas atividades são os batimentos do coração e o peristaltismo do trato digestório.
As ações voluntárias resultam da contração de músculos estriados esqueléticos, que estão sob o controle do sistema nervoso periférico somático. As ações autônomas, por sua vez, resultam da contração da musculatura lisa e da musculatura cardíaca, controladas pelo sistema nervoso periférico autônomo. 
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO AUTÔNOMO
O sistema nervoso periférico autônomo (SNPA) é dividido em dois ramos: simpático e parassimpático.
As neurofibras simpáticas e parassimpáticas atuam sobre os mesmos órgãos, mas trabalham em oposição: enquanto um dos ramos estimula determinado órgão, o outro inibe. O SNPA simpático é constituído por nervos espinais que partem das regiões torácica e lombar da medula espinal. O SNPA parassimpático, por sua vez, é constituído por nervos cranianos e por nervos espinais que partem da região final da medula espinal. De modo geral, o SNPA simpático estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. O parassimpático, por sua vez, estimula atividades mais relaxantes. 
SAÚDE & BEM-ESTAR
CUIDADOS COM A SAÚDE DO SISTEMA NERVOSO
	O bom funcionamentodo sistema nervoso depende de inúmeros fatores. Os principais são os cuidados com a saúde em geral, principalmente com a condição cardiovascular e respiratória, uma vez que a atividade nervosa demanda altos níveis de nutrição e de oxigenação. Além disso, é importante controlar a ingestão de álcool e de drogas psicoativas que podem alterar e prejudicar as funções nervosas. Outro aspecto importante para manter a saúde do sistema nervoso é a estimulação emocional e intelectual; manter a mente em bom funcionamento, principalmente em idades mais avançadas. 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC): Um distúrbio grave do sistema nervoso, o AVC pode ser causado pela obstrução de uma artéria, e consequentemente falta de irrigação de uma área do cérebro, ou por uma ruptura arterial com derrame de sangue. Os neurônios nutridos e oxigenados pela artéria atingida podem morrer, o que leva a uma lesão neurológica irreversível. Os sintomas dependem da localização e da extensão da área afetada. A porcentagem de morte entre as pessoas atingidas por um AVC é de 20 a e 30% e muitos dos sobreviventes passam a apresentar problemas na movimentação e fala. Alguns dos fatores que predispõem ao AVC são pressão alta elevada, taxa elevada de colesterol no sangue, obesidade, diabetes mielito, uso de pílula anticoncepcional e tabagismo. 
CEFALEIAS: São dores de cabeça que podem se propagar pela face e atingir os dentes e pescoço. Sua origem está associada a fatores como tensão emocional, distúrbios visuais e hormonais, hipertensão arterial, infecções e sinusites, etc. A enxaqueca é um tipo de cefaleia, caracterizada por uma dor latejante, que geralmente afeta metade da cabeça. São frequentemente associadas a fotofobia, distúrbios visuais, náuseas, vômitos, dificuldade em se concentrar, entre outros efeitos. Ainda não se conhece completamente suas causas.
DEMÊNCIA: O quadro clinico conhecido genericamente como demência resulta da deterioração das funções mentais, com perda da memória e das habilidades intelectuais. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, responsável por dois terços dos casos em pacientes com mais de 60 anos, afetando duas vezes mais mulheres do que homens. As primeiras manifestações incluem perda da memória temporária e incapacidade de tomar decisões. Esses sintomas se agravam com a progressão da doença e o paciente torna-se incapaz de reter novas informações e de manter relacionamentos sociais saudáveis; os últimos estágios são caracterizados por completa perda das capacidades de aprendizado, da fala e do controle de diversas funções corporais. 
SISTEMA 
REPRODUTOR
O Sistema genital feminino
O sistema genital feminino compõe-se de órgãos situados extremamente ao corpo da mulher (pudendo feminino ou vulva) e de órgãos localizados no interior do abdome (vagina, útero, um par de tubas uterinas e um par de ovários). 
O pudendo feminino localiza-se na região baixa do ventre, entre as coxas, sendo constituído pelos lábios maiores, lábios menores, clitóris e vestíbulo vaginal. Os lábios maiores são duas saliências que se estendem paralelamente da região inferior do púbis até as proximidades do ânus. Mais internamente há um par de lábios menores, que delimitam a entrada da vagina. 
Na região vulvar anterior, perto da junção entre os lábios menores, localiza-se o clitóris, órgão com cerca de 1 cm de comprimento dotado de grande sensibilidade tátil. O clitóris é constituído por tecido erétil: durante a excitação sexual, recebe grande fluxo de sangue e fica intumescido. Ele tem a mesma origem embrionária do pênis, ou seja, são órgãos homólogos! Mas diferentemente deste, o clitóris não é percorrido pela uretra, uma vez que a uretra feminina se abre em uma pequena fenda no vestíbulo vaginal, entre o clitóris e a abertura da vagina. No vestíbulo vaginal desembocam condutos provenientes de um par de glândulas vestibulares maiores, produtoras de uma secreção lubrificante que facilita a penetração do pênis durante o ato sexual. 2,5 cm de espessura, é constituída por músculos e capaz de enorme dilatação durante a gravidez. Internamente, o útero é revestido pelo endométrio, um tecido rico em glândulas, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
A vagina é um tubo de paredes fibromusculares, com cerca de 10 cm de comprimento, que vai do vestíbulo vaginal à base do útero, com o qual se comunica. Durante a excitação sexual, as paredes da vagina se dilatam e as glândulas vestibulares secretam substâncias lubrificantes que facilitam a penetração do pênis. 
O colo uterino projeta-se para o interior da vagina, comunicando-se com ela por meio de uma pequena abertura com menos de 0,5 mm de diâmetro. Durante o parto, essa abertura alarga, permitindo a saída do bebê.
O útero é um órgão muscular oco, de tamanho e forma parecidos com os de uma pera. Em mulheres que nunca engravidam, ele mede cerca de 7,5 cm de comprimento por 5 cm de largura. A porção superior do útero, mais arredondada, conecta-se às tubas uterinas. A porção inferior mais afilada, é o colo uterino. A parede do útero, com cerca de 
 
As tubas uterinas são dois tubos com cerca de 10 cm de comprimento, ligados à parte superior do útero. As extremidades livres de cada tuba uterina é alargada e franjada e situa-se próxima aos ovários. O interior das tubas é composto de células ciliadas, cujos batimentos contribuem para o deslocamento do óvulo do ovário até o útero. 
REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA GENITAL FEMININO HUMANO
Corte da região pélvica mostrando o sistema genital visto de lado!
Os ovários são duas estruturas ovoides localizadas na cavidade abdominal, onde localizam-se as células que originam os gametas femininos.
 
Visão frontal e em cortes dos órgãos genitais internos e do pudendo feminino
Pudendo feminino
A OVULOGÊNESE: PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS GAMETAS FEMININOS.amadrece. O folículo em amadurecimento acumula liquido e cresce, formando uma saliência na superfície do ovário. O ovócito primário conclui a primeira divisão da meiose e origina um ovócito secundário. Este prossegue a segunda divisão mitótica até a metáfase II, quando o folículo se rompe, fenômeno chamado de ovulação. Note que a célula sexual liberada na ovulação da mulher, assim como nos demais mamíferos, é um ovócito secundário estacionado em metáfase II da meiose e que somente completará a divisão se houver fecundação. Essas células são consideradas o óvulo dos mamíferos, apesar de a meiose não haver se completado; caso seja fecundada por um espermatozoide, forma-se o zigoto. Se a fecundação não ocorre dentro de aproximadamente 24 horas após a ovulação, o óvulo degenera sem terminar a meiose. No ovário, as células do folículo rompido na ovulação desenvolvem-se, originando o corpo-lúteo, uma cicatriz amarelada no ovário devido ao acúmulo de carotenoides pelas células foliculares. 
A produção dos óvulos inicia-se antes do nascimento da mulher, em torno do terceiro mês de sua vida intrauterina. As células diploides precursoras dos óvulos, as ovogônias, param de se multiplicar, crescem e iniciam a meiose, passando a ser chamadas ovócitos secundários. A meiose, entretanto, é interrompida ainda na prófase I. Os ovócitos primários permanecem estacionados nessa fase da meiose até se ativados por um hormônio produzido pela parte anterior da glândula hipófise, o FSH. Cada ovócito primário está envolto por camadas de células especializadas, constituindo um folículo ovariano. Ao nascer, a mulher tem cerca de 500 mil folículos em cada ovário; mais da metade, porém, degenera antes da adolescência. 
A partir da puberdade, aproximadamente a cada 28 dias, a adenoipófise aumenta a liberação do hormônio FSH, o que estimula o desenvolvimento de alguns folículos. No entanto, geralmente apenas um deles 
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE PARTE
DO SISTEMA GENITAL FEMININO
Sequência de desenvolvimento, desde a ovulação até a nidação do embrião
 O Sistema genital MASCULINO
O sistema genital masculino compõe-se de órgãos externos, o pênis e a bolsa escrotal ou escroto, e deórgãos internos, entre os quais se destacam os ductos deferentes, as glândulas seminais e a próstata.
O pênis é órgão copulador masculino. Ao longo de seu comprimento, há três massas de tecido erétil, sendo dois corpos cavernosos laterais e um corpo esponjoso ao redor da uretra. Esses tecidos recebem grande afluxo de sangue durante a excitação sexual, intumescendo-se e levando à ereção do pênis, o que possibilita o ato sexual. Perto da extremidade do pênis, o corpo esponjoso expande-se e forma a glande, que apresenta grande sensibilidade tátil, sendo protegida por uma dobra de pele chamada de prepúcio. 
O pênis é percorrido longitudinalmente pela uretra, um canal que pertence tanto ao sistema genital masculino quanto ao sistema urinário, por onde são eliminados a urina e o esperma. O escroto, ou bolsa escrotal, é uma bolsa musculocutânea situada entre as coxas, na base do pênis; em seu interior alojam-se dois testículos, as gônadas masculinas. Cada testículo é constituído por milhares de tubos finos e enovelados, os túbulos seminíferos, e envoltos por diversas camadas de tecido conjuntivo. Nos túbulos seminíferos são produzidos os espermatozoides, os gametas masculinos. Entre os tubos seminíferos situam-se as células intersticiais, responsáveis pela produção de testosterona, o hormônio sexual masculino. 
Dos epidídimos, os espermatozoides passam por dois tubos finos, com cerca de 45cm de comprimento, os ductos deferentes. Estes sobem pelo abdome, contornam a bexiga urinária e unem-se no ducto ejaculatório, que desemboca na uretra. Glândulas localizadas atrás da bexiga urinária, as vesículas seminais, produzem e eliminam sua secreção no ducto ejaculatório, no clímax da excitação sexual, o orgasmo. Essa secreção constitui a maior parte do volume do sêmen, como é chamado o fluido formado por espermatozoides e líquidos nutritivos. A próstata, localizada logo abaixo da bexiga urinária, é uma glândula com cerca de 4 cm de diâmetro que envolve a porção inicial da uretra. A secreção prostática é lançada na uretra e no ducto ejaculatório por meio de diversos canais. Embaixo da próstata, desembocando na uretra, há um par de glândulas bulbouretrais, que durante a excitação sexual liberam um líquido que contribui para a limpeza do canal da uretra, antes da passagem do esperma. No clímax da excitação sexual masculina, quase sempre ocorre ejaculação, processo de eliminação do esperma através da uretra. O volume de esperma eliminado em cada ejaculação é de aproximadamente 5 ml e contém cerca de 350 milhões de espermatozoides. 
Corte lateral mostrando órgãos internos
Visão externa
REPRESENTAÇÃO SISTEMA GENITAL MASCULINO HUMANO
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UM TESTICULO HUMANO
A ESPERMATOGÊNESE: PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS GAMETAS MASCULINOS
O processo inicia-se na vida embrionária, mas se acentua e se completa apenas depois da puberdade. As células diploides precursoras dos espermatozoides, as espermatogônias, localizam-se nas paredes dos túbulos seminíferos e multiplicam-se durante praticamente toda a vida do homem, declinando apenas na velhice. Enquanto a maioria das espermatogônias continua a se multiplicar por mitose, algumas crescem e iniciam a meiose, passando a ser chamadas espermatócitos primários. Ao fim da primeira divisão mitótica, as duas células que surgem são denominadas espermatócitos secundários. Ambos executam a segunda divisão meiótica, produzindo quatro espermátides haploides. Cada espermátide diferencia-se em um espermatozoide. Os espermatozoides recém-formados são transportados para o epidídimo, um tubo enovelado com cerca de 6 cm de comprimento, localizado sobre o testículo. Aí, eles completam seu amadurecimento e ficam armazenados até ser eliminados na ejaculação. 
Gravidez e Parto
Fecundação e nidação
Fecundação ocorre no terço inicial das tubas uterinas e, em geral, nas primeiras 24 horas após a ovulação. Ao se deslocar pelo oviduto, em direção ao útero, o zigoto passa pelas primeiras clivagens, originando um aglomerado de células, a mórula, que chega ao útero cerca de 3 dias após a fecundação. O embrião continua a se desenvolver e, por volta do 7º dia após a fecundação, encontra-se no estágio de blástula, que nos mamíferos é denominada blastocisto. O blastocisto implanta-se na mucosa uterina, fenômeno chamado de nidação, e dentro da parede o embrião irá crescer. Com isso, inicia-se a gravidez, que se encerra com o parto, cerca de nove meses mais tarde. 
As células que constituem a parede do blastocisto constituem o trofoblasto. Estas células secretam enzimas responsáveis por digerir porções do endométrio para que o embrião se infiltre. Além disso, digerem as paredes dos vasos sanguíneos formando ao seu redor lacunas de sangue, por onde passa a circular sangue materno. Começam então a surgir projeções do trofoblasto para dentro da parede uterina, as vilosidades coriônicas. As vilosidades do embrião recém implantado secretam um hormônio, a gonadotrofina coriônica. Esse hormônio materno sinaliza a presença de um embrião e estimula a atividade do corpo-amarelo, mantendo as taxas de estrógeno e de progesterona elevadas no sangue da mulher. Consequentemente, a menstruação não ocorre, o que constitui um dos primeiros sinais da gravidez. No início da gravidez, a concentração de gonadotrofina é tão elevada no sangue da mulher que seu excesso é eliminado na urina. Diversos testes de gravidez disponíveis nas farmácias e drogarias detectam a presença de gonadotrofina coriônica na urina da mulher, o que indica a gravidez. 
	Cerca de cinco semanas após a fecundação, os braços e pernas do embrião humano tornam-se bem definidos e começam a apresentar contrações musculares. Na nona semana de vida, o embrião tem cerca de 2,5 cm de comprimento e aparência tipicamente humana. Nessa época também se inicia a formação dos ossos, e o embrião passa a ser chamado feto. Após cinco meses, o feto humano tem cerca de 20 cm de comprimento e pesa aproximadamente meio quilo. Aos sete meses, ele já apresenta boas chances de sobrevivência, se porventura correr seu nascimento prematuro. Parto. O parto natural consiste na expulsão do feto por contrações rítmicas da musculatura uterina e, em geral ocorre ao fim do nono mês de gravidez, aproximadamente 266 dias após a fecundação. A vagina se dilata. A placenta se desprende da parede uterina e é expulsa juntamente com o sangue proveniente dos vasos sanguíneos maternos rompidos. O parto natural pode não ser recomendado em alguns casos, e recorre-se a uma intervenção cirúrgica, a cesariana. 
Embrião com 45 dias e com placenta e cordão umbilical formados
REPRESENTAÇÕES ESQUEMÁTICAS: GRAVIDEZ E O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Embrião com 27 dias e seus anexos embrionários
Tamanho relativo de embriões em diferentes idades
A circulação sanguínea na placenta
A PLACENTA
A placenta é um órgão formado pelo desenvolvimento conjunto da parede uterina e das vilosidades coriônicas do embrião. É por meio da placenta que ocorrem trocas de substâncias entre mãe e filho durante o desenvolvimento. Alimento e gás oxigênio passam do sangue da mãe para o do filho, enquanto excreções e gás carbônico fazem o caminho inverso. O sangue da mãe e o do embrião não se misturam na placenta. As trocas ocorrem através das paredes dos vasos sanguíneos que separam as circulações embrionária e materna. 
A placenta comunica-se com o embrião pelo cordão umbilical, uma estrutura tubular originada a partir do mesoderma e ectoderma extraembrionários. O cordão umbilical tem em seu interior duas artérias e um veia, por meio das quais o sangue do embrião vai e volta da placenta. 
REFERÊNCIAS
AMABIS, J.M. Biologia em contexto – a diversidade dos seres vivo. São Paulo : Moderna, 1a. edição, 320p., 2013b. 
AMABIS, J.M. Biologia em contexto – adaptação e continuidade da vida. São Paulo : Moderna, 1a. edição, 320p., 2013a. 
Exame. Entenda as lesões de ligamento no joelho. Disponível em <http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/entenda-as-lesoes-de-ligamentos-no-joelho>. Acesso em 06 nov 2015Hérnia de disco. Doenças da coluna. Hérnia de Disco. Disponível em <http://www.herniadedisco.com.br/doencas-da-coluna/hernia-de-disco/>. Acesso em 06 nov 2015.
Portal Livespac. Sistema cardiovascular. Disponível em <http://livespac.blogspot.com.br/2013_03_01_archive.html>. Acesso em 06 nov 2015.
Slide player. Tipos de vasos do sistema circulatório. Disponível em <http://images.slideplayer.com.br/1/66142/slides/slide_2.jpg>. Acesso em 06 nov 2015.
O corpo humano funciona como uma maquinaria extremamente complexa, formada por vários sistemas orgânicos, tais como esquelético, muscular, respiratório, circulatório, dentre outros. Tais sistemas, embora estudados muitas vezes separadamente, se relacionam direta ou indiretamente, realizando diversas funções integradas e complementares para garantir que o organismo opere de maneira adequada. Diferentes mecanismos fisiológicos acontecem dentro do corpo e, com o conhecimento básico sobre eles, é possível a tomadas de atitudes mais saudáveis quanto ao estilo de vida garantindo prevenção e proteção dos sistemas quanto aos riscos à saúde ou danos físicos. Nesta apostila, vocês poderão conhecer as principais características desta maquinaria fantástica que é o corpo humano, as especificidades anatômicas e fisiológicas de cada sistema e a relação de interdependência existente entre eles.

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