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RELATORIO ANATOMIA (AULA PRATICA)

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Curso Superior Bacharelado em Enfermagem
APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO 01
DISCIPLINA PRESENCIAL: ANATOMIA
TEMA: SISTEMAS DO CORPO HUMANO
Relatório da primeira aula apresentado Universidade Paulista – UNIP, executado em exigência a disciplina de Anatomia, do curso de Graduação em Enfermagem, sob a supervisão da professora Monique Carpenedo.
NOME DO ALUNO (A): Priscila de Albuquerque Nepomuceno
R.A: 0401538
POLO: FORMOSA/BA
DATA: 09 DE NOVEMBRO 2021
Introdução
Sobre as aulas práticas de anatomia em laboratório, foram de suma importância para adquirirmos melhor conhecimento que temos almejado. Essas aulas nos deram destreza sobre aquilo que víamos apenas na teoria como os órgãos, e mostrando as principais funcionalidades do corpo humano. Logo quando chegamos ao polo éramos direcionados a uma sala, onde a professora nos auxiliava sobre os equipamentos de proteção individual (EPI), higienização das mãos e após isso nos e nos direcionava ao laboratório. As aulas duravam cerca de cinco horas, com metodologias expositivas, como demonstrações de peças anatômicas, uso de tecnologia, estudos e apresentações. A anatomia humana nos proporciona um leque de conhecimento, alguns deles são os órgãos, esqueletos e músculos que compõem o corpo humano, para maior aprendizagem como tivemos na aula pratica. Dessa forma absorvendo o máximo de informação para inserir nas minhas praticas do cotidiano como aluno e profissional. Conforme minhas aulas, acredito que com muito esforço e dedicação conseguirei ser uma profissional capacitada e realizada na área onde irei atuar. Sendo assim, a satisfação de poder alimentar mais ainda meus conhecimentos e saber que tenho a capacidade de realizar minhas atividades.
AULA: 1
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é o sistema responsável por captar, processar e gerar respostas diante dos estímulos aos quais somos submetidos. É devido à presença desse sistema que somos capazes de sentir e reagir a diferentes alterações que ocorrem em nossa volta e mesmo no interior do nosso corpo.
Ele pode ser dividido em duas porções:
•Sistema nervoso central: formado pelo encéfalo e medula espinhal.
•Sistema nervoso periférico: formado pelos nervos, gânglios e terminações nervosas.
O sistema nervoso é composto por um tipo especial de tecido denominado tecido nervoso, o qual possui como tipos celulares os neurônios e as chamadas células da glia.
Os neurônios são responsáveis pela propagação do impulso nervoso e apresentam como partes básicas o corpo celular, onde está localizado o núcleo, e dois tipos de prolongamentos, os axônios e os dendritos. De acordo com a função desempenhada, os neurônios podem ser classificados em dois grupos básicos: sensitivos ou aferentes (levam impulsos para o sistema nervoso) e motores ou eferentes (levam impulsos para outras partes, como músculos e glândulas).
Os neurônios garantem a transmissão do impulso nervoso.
O grupo de células chamado células da glia está relacionado com várias funções, tais como nutrição e regulação do funcionamento dos neurônios. Células ependimárias, astrócitos, oligodendrócitos, microglia e células de Schwann são células da glia.
→ Sistema nervoso central
O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal.
O sistema nervoso central é a parte do sistema nervoso que garante a recepção e a interpretação dos estímulos, podendo ser considerado o centro de processamento de informações do nosso corpo. Os constituintes do sistema nervoso central são a medula espinhal e o encéfalo.
No sistema nervoso central observa-se as chamadas substâncias branca e cinzenta. A substância branca corresponde aos axônios dos neurônios, enquanto a substância cinzenta corresponde aos corpos celulares. No encéfalo, de uma maneira geral, com exceção do bulbo, a substância cinzenta localiza-se mais externamente. Na medula, por sua vez, observa-se o contrário, com a substância branca localizada mais externamente.
O sistema nervoso central é protegido por ossos e membranas. O encéfalo, por exemplo, está protegido pela caixa craniana, enquanto a medula espinhal está protegida pela coluna vertebral. Tanto o encéfalo quanto a medula estão envolvidos por três membranas denominadas de meninges. As meninges são:
Dura-máter: mais externa e também a mais fibrosa.
Aracnoide: localizada entre a dura-máter e a pia-máter. Ela recebe essa denominação, pois, quando vista ao microscópio, possui a aparência de uma teia de aranha. No espaço subaracnoide, é encontrado líquido cefalorraquidiano, que também apresenta, entre outras funções, a função de proteção.
Pia-máter: mais interna e altamente vascularizada.
Medula espinhal
A medula espinhal, também chamada medula espinal, é uma estrutura em formato cilíndrico que está localizada no interior da coluna vertebral. Nessa estrutura, observa-se a substância branca localizada mais externamente e a substância cinzenta central formando a letra H. A medula espinhal está relacionada com o ato reflexo, que se caracteriza por ser uma resposta rápida e involuntária diante de algum estímulo, como tirar a mão ao encostar em uma chapa quente. Nesses reflexos o encéfalo não está envolvido, o que significa que a medula espinhal pode atuar de maneira independente. O ato reflexo é constituído basicamente por dois tipos de neurônios, um aferente e um eferente.
Encéfalo
O encéfalo está localizado dentro da caixa craniana e apresenta várias partes. A seguir, descreveremos as principais estruturas encefálicas e algumas atividades desempenhadas por elas:
Tronco encefálico: é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo está relacionado com audição, reflexos visuais e movimento de tração. A ponte, como o nome sugere, está relacionada com a ligação entre várias partes do cérebro. O bulbo está relacionado com o controle de diversas funções, como batimentos cardíacos, respiração e deglutição.
Cerebelo: está relacionado, principalmente, com a coordenação de movimentos e o equilíbrio do nosso corpo.
Diencéfalo: é constituído pelo tálamo, hipotálamo e epitálamo. O tálamo é responsável por garantir que impulsos sensitivos cheguem ao cérebro. O hipotálamo, por sua vez, está relacionado com várias funções, como regulação de água, temperatura do corpo, controle da fome, entre outras. Essa porção do encéfalo também atua produzindo hormônios. O epitálamo inclui a glândula pineal, a qual é responsável por produzir melatonina.
Cérebro: é a porção mais desenvolvida do nosso encéfalo e é dividida em duas porções: os hemisférios esquerdo e direito. Esses dois hemisférios estão unidos pelo chamado corpo caloso. O nosso cérebro é responsável por garantir atividades motoras, memória, inteligência, emoção e razão.
→ Sistema nervoso periférico
O sistema nervoso periférico é constituído por nervos, gânglios e terminações nervosas.
O sistema nervoso periférico garante a transmissão das informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso e deste para os músculos, as glândulas e as células endócrinas. Os neurônios responsáveis por levar informação ao sistema nervoso central são chamados aferentes, e aqueles que levam as instruções às estruturas, após o processamento do estímulo no sistema nervoso central, são chamados eferentes.
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos são fibras nervosas agrupadas em feixes, enquanto os gânglios são acúmulos de neurônios que estão fora do sistema nervoso central.
Os nervos podem projetar-se da medula ou então originar-se do encéfalo. Os nervos espinhais são aqueles que se projetam da medula, enquanto os nervos cranianos inervam-se do encéfalo. Existem 31 pares de nervos espinhais e 12 pares de nervos cranianos.
Sistema nervoso autônomo
O sistema nervoso autônomo é um componente do sistema nervoso periférico que atua regulando algumas funções involuntárias do nosso corpo, tais como ações desempenhadas pelos sistemas respiratório, digestório, endócrino e cardiovascular.
Nele háas divisões simpática e parassimpática, as quais geralmente apresentam ações antagônicas. A divisão simpática garante, por exemplo, que o coração bata mais rápido em alguma situação de estresse, enquanto a parassimpática faz com que o corpo relaxe após essa situação.
AULA: 2
SISTEMA DIGESTÓRIO
Sistema digestório apresenta órgãos especializados na quebra dos alimentos em partículas menores e no aproveitamento dos nutrientes neles presentes. Esse sistema é também responsável por eliminar o material que não foi digerido. O sistema digestório humano é formado por uma espécie de canal alimentar, o qual se comunica com várias glândulas acessórias que liberam dentro dele substâncias essenciais para o processo de digestão. 
O sistema digestório humano é formado pelo trato gastrointestinal, que é composto pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. Associadas a esses órgãos, temos as glândulas acessórias, também chamadas de glândulas associadas, que são as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.
→ Boca
O processo de digestão inicia-se na boca. Nessa cavidade o alimento sofrerá a ação dos dentes, que atuam garantindo que os alimentos sejam cortados, triturados e amassados. Essa etapa da digestão é chamada de digestão mecânica, por não envolver substâncias químicas que atuam no alimento. Na digestão mecânica realizada pelos dentes, o alimento só se tornará menor, garantindo uma melhor ação das enzimas e também auxiliando na deglutição.
Na boca também atuam as glândulas salivares, que são uma das glândulas acessórias desse importante sistema. Essas glândulas são responsáveis pela secreção da saliva, a qual atua na digestão química. Na saliva é encontrada a amilase salivar ou ptialina, uma enzima que atua quebrando carboidratos. O alimento, triturado e misturado à saliva, forma um aglomerado chamado bolo alimentar.
A língua também é uma estrutura importante presente na boca, sendo ela a responsável por ajudar o alimento a misturar-se com a saliva e também a mover o bolo alimentar para o fundo da cavidade oral para que seja deglutido. Após sair da cavidade oral, o alimento segue para a faringe.
→ Faringe
A faringe é uma estrutura comum entre os sistemas digestório e respiratório, sendo uma área de transição. Esse órgão abre-se na traqueia e também no esôfago, e o alimento segue por esse último órgão.
→ Esôfago
O esôfago é um órgão muscular que garante que o bolo alimentar seja levado, por meio de contrações da musculatura lisa, até o estômago. O esôfago apresenta cerca de 25 centímetros de comprimento, e o bolo alimentar leva cerca de 5 a 10 segundos para passar por todo o órgão e chegar ao estômago.
→ Estômago
O estômago é um órgão que se caracteriza por ser uma porção dilatada do trato digestivo e está localizado inferiormente ao diagrama. Esse órgão pode ser dividido em: cárdia, fundo, corpo e porção pilórica. A cárdia está localizada na transição entre esôfago e estômago; o fundo é a porção superior em forma de cúpula; o corpo é a porção central que ocupa maior parte do estômago; e a porção pilórica é uma área estreitada na região terminal.
No estômago observa-se a liberação de uma substância denominada suco gástrico. O suco gástrico apresenta dois componentes principais: o ácido clorídrico e a pepsina. O ácido clorídrico ajuda a desdobrar as proteínas do alimento, facilitando a ação das enzimas. A pepsina, por sua vez, atua quebrando as proteínas em polipeptídeos menores. Vale salientar que a pepsina funciona melhor em ambientes ácidos, diferentemente da maioria das enzimas. O bolo alimentar misturado ao suco gástrico passa a ser chamado de quimo. No estômago o alimento permanece por cerca de 2 a 6 horas.
→ Intestino delgado
O intestino delgado é um compartimento longo que pode apresentar mais de seis metros de comprimento. É nele que a maior parte do processo de digestão acontece. O intestino delgado é dividido em três porções: duodeno, jejuno e íleo.
O duodeno, primeira porção do intestino delgado, apresenta cerca de 25 cm e é onde ocorre a junção do quimo às secreções provenientes do pâncreas, fígado e do próprio intestino delgado. Essas secreções são:
Suco pancreático: O pâncreas é uma glândula anexa e é responsável pela produção de uma solução alcalina rica em bicarbonato e também em enzimas, tais como a tripsina e a quimiotripsina, que atuam nas proteínas; as nucleases pancreáticas, que atuam nos ácidos nucleicos; e a lipase pancreática, que atua nos lipídios.
Bile: A bile é uma secreção produzida pelo fígado e, diferentemente das outras secreções que são liberadas no sistema digestório, caracteriza-se por não apresentar enzimas. Essa secreção apresenta sais que atuam como emulsificantes, ou seja, funcionam como detergentes. A bile, apesar de produzida no fígado, é armazenada na vesícula biliar.
Suco intestinal ou entérico: O revestimento do intestino delgado também é responsável por secretar substâncias. Dentre as enzimas encontradas no suco intestinal ou entérico, destacam-se a maltase, que atua na maltose, a sacarase, que atua na sacarose, e a lactase, que atua na lactose.
No duodeno ocorre a maior parte da digestão, estando as outras partes do intestino delgado relacionadas, principalmente, com a absorção de nutrientes. Após sair do duodeno, o produto do processo de digestivo segue para o jejuno, que apresenta cerca de 2,5 metros de comprimento e segue para o íleo, que possui cerca de 3,5 metros. Como dito, o intestino delgado apresenta também a função de absorver nutrientes. Nesse órgão observa-se a presença de dobras chamadas de vilosidades. Nas células das vilosidades, observa-se ainda várias dobras microscópicas, chamadas de microvilosidades. Essas dobras garantem um aumento da superfície de contato, proporcionando, desse modo, um aumento na taxa de absorção.
→ Intestino grosso
O intestino grosso é a porção final do sistema digestório, formado pelo ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide e reto. Esse intestino, quando comparado ao intestino delgado, apresenta-se muito menor possuindo apenas cerca de 1,5 metro. O intestino grosso apresenta importantes funções no processo digestivo, sendo responsável pela formação da massa fecal e reabsorção de água, processo esse que se iniciou no intestino delgado. É no intestino grosso, portanto, que as fezes são formadas. O reto termina em um estreito canal anal, que se abre no ânus. É pelo ânus que as fezes são eliminadas para o meio externo.
AULA: 3
SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário, ou aparelho urinário, é o sistema responsável por produzir, armazenar temporariamente e eliminar a urina, um composto que garante a eliminação de substâncias que estão em excesso no organismo e resíduos oriundos do metabolismo. A seguir falaremos mais sobre esse importante sistema, que é essencial para garantir a manutenção do equilíbrio interno do nosso corpo. Os órgãos do sistema urinário são: dois rins, dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Eles atuam de maneira conjunta, garantindo a filtração do sangue, a produção da urina e sua eliminação. 
→ Rins
Os rins são encontrados em número de dois no nosso corpo, sendo eles os órgãos responsáveis pela produção da urina. Estão localizados junto à parede posterior do abdômen, abaixo do diafragma. Possuem cerca de 10 cm de comprimento, peso aproximado de 120 a 280 g e formato que lembra um feijão, apresentando uma borda convexa e uma borda côncava. Na parte côncava, é possível observar uma região denominada de hilo, local onde entram e saem vasos sanguíneos, entram nervos e saem os ureteres.
Quando observamos internamente, vemos que os rins possuem duas regiões bem distintas: um córtex e uma medula. O córtex está localizado mais externamente, enquanto a medula está localizada mais internamente e é visualizada como uma região mais escuras. A porção superior e expandida do ureter é denominada de pelve renal e comunica-se com a medula renal. A pelve ramifica-se em direção à medula em cálices maiores, que se ramificamem cálices menores.
As unidades funcionais dos rins são os chamados néfrons, os quais são constituídos pelo corpúsculo renal e pelos túbulos renais. O corpúsculo renal, também chamado de corpúsculo de Malpighi, é formado por um glomérulo (enovelado de capilares) envolvido por uma cápsula (cápsula de Bowman). Os túbulos renais partem da cápsula e apresentam-se como uma sequência de túbulos: túbulo proximal, alça de Henle e túbulo distal. Esse último abre-se no ducto coletor. Os néfrons são classificados em corticais e justamedulares. Os néfrons corticais são aqueles que apenas uma porção adentra a medula renal, enquanto os néfrons justamedulares estendem-se mais profundamente na medula.
→ Ureteres
Os ureteres são ductos que levam a urina do rim para a bexiga. São encontrados em nosso corpo dois ureteres, cada um partindo de um dos rins. Em média, os ureteres apresentam de 25 a 30 cm de comprimento e 4 a 5 mm de diâmetro.
→ Bexiga urinária
A bexiga urinária é um órgão muscular oco que serve de reservatório para a urina e gradativamente distende-se conforme esse produto acumula-se. Há músculos próximos ao local de junção entre a uretra e a bexiga, que atuam regulando a micção.
→ Uretra
A uretra é um órgão que garante a eliminação da urina para o meio externo. No homem, a uretra apresenta um comprimento médio de 20 cm e pode ser dividida em três porções: prostática, membranosa e cavernosa ou peniana. A prostática passa próxima à bexiga e no interior da próstata, a membranosa possui apenas um centímetro de extensão e conecta-se com a cavernosa, que se localiza no interior do corpo cavernoso do pênis. A uretra da mulher apresenta cerca de 4 cm de comprimento.
Como sabemos, o sistema urinário é o sistema responsável pela formação da urina. A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres é armazenada temporariamente na bexiga e posteriormente lançada para o exterior do corpo via uretra. A formação da urina ocorre na região dos rins chamadas de néfrons. Inicialmente, ocorre o processo de filtração no interior do corpúsculo renal. O sangue que chega aos glomérulos está em alta pressão e o glomérulo atua como uma membrana semipermeável, garantindo que parte do plasma passe para o interior da cápsula (filtração). O filtrado formado é semelhante ao plasma sanguíneo, porém não possui proteínas. O filtrado segue, então, para os túbulos renais, onde passa pelos processos de reabsorção e secreção. Na reabsorção, algumas substâncias são reabsorvidas para o sangue, enquanto no processo de secreção, substâncias são adicionadas ao filtrado. A reabsorção é importante, pois garante que água, íons e glicose, por exemplo, sejam reabsorvidos. A urina é resultado, portanto, dos processos de filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. Após passar pelo túbulo renal, a urina segue para o ducto coletor, que leva o composto até a pelve renal (porção superior do ureter), saindo do rim, portanto, via ureter. Como dito anteriormente, do ureter, a urina segue até a bexiga, onde é armazenada e depois eliminada pela uretra.
AULA: 4
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema responsável por garantir o transporte de sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células recebam, por exemplo, nutrientes e oxigênio. Esse sistema é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos.
→ Componentes do sistema cardiovascular
O sistema cardiovascular é composto pelas seguintes estruturas:
Coração: órgão responsável por garantir o bombeamento do sangue;
Vasos sanguíneos: são tubos por onde o sangue passa. Os três principais tipos de vasos sanguíneos são: artérias, veias e capilares.
→ Coração
O coração dos seres humanos, assim como o dos outros mamíferos, é um órgão muscular formado por quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são as câmaras responsáveis por garantir o recebimento do sangue no coração, enquanto os ventrículos são as câmaras responsáveis por garantir o bombeamento do sangue para a fora do coração.
No lado esquerdo do coração, percebe-se a presença apenas de sangue rico em oxigênio, enquanto do lado direito observa-se a presença apenas de sangue rico em gás carbônico. No coração, há ainda a presença de quatro válvulas que impedem o refluxo do sangue, permitindo, desse modo, um fluxo contínuo.
O coração apresenta três camadas ou túnicas: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio. O endocárdio é a camada mais interna. O miocárdio é a camada média, a qual é formada por tecido muscular estriado cardíaco, sendo ela, portanto, a responsável por assegurar que o sangue seja bombeado adequadamente devido às contrações musculares. O miocárdio é a camada mais espessa do coração. Por fim, temos o epicárdio, que é a camada mais externa. É no epicárdio que se acumula a camada de tecido adiposo que geralmente envolve o órgão. O coração é capaz de contrair e também de relaxar, sendo chamada a contração de sístole e o relaxamento de diástole. Quando ele contrai, bombeia sangue e quando relaxa, enche-se de sangue. Nos seres humanos, os batimentos cardíacos originam-se no próprio coração. A região que origina o batimento cardíaco é chamada de nó sinoatrial e ele é caracterizado por ser um aglomerado de células que produzem impulsos elétricos.
→ Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são um grande sistema de tubos fechados por onde o sangue circula. Os três principais vasos sanguíneos encontrados no corpo são as artérias, veias e os capilares. Veja, a seguir, algumas características básicas desses três vasos: 
Artérias: As artérias são vasos que levam o sangue, a partir do coração, para os órgãos e tecidos do corpo. Nesses vasos, o sangue corre em alta pressão. As artérias ramificam-se em arteríolas.
Capilares: São vasos sanguíneos muito delgados que garantem a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos do corpo.
Veias: Os capilares sanguíneos convergem para as chamadas vênulas, as quais convergem para as veias. As veias são os vasos que garantem que o sangue retorne ao coração. Nesses vasos, o sangue corre em baixa pressão e para evitar o refluxo do sangue as veias são dotadas de valvas.
→ A circulação nos seres humanos
O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio das veias cavas. Esse sangue é rico em gás carbônico e pobre em oxigênio. Esse sangue desoxigenado segue, então, para o ventrículo direito. Do ventrículo direito, é bombeado para os pulmões via artérias pulmonares. Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, o sangue até então rico em gás carbônico, recebe oxigênio proveniente da respiração pulmonar. O sangue rico em oxigênio volta ao coração via veias pulmonares, chegando a esse órgão pelo átrio esquerdo. Do átrio, ele segue para o ventrículo esquerdo. Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo, saindo do coração pela artéria aorta. O sangue então segue para os vários órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares, ocorrem as trocas gasosas. O oxigênio presente no sangue passa para os tecidos e o gás carbônico produzido na respiração celular passa para o sangue. Os capilares reúnem-se formando vênulas, que formam as veias, as quais seguem levando o sangue pobre em oxigênio para o coração. As veias cavas superior e inferior garantem que o sangue rico em gás carbônico seja levado até o átrio direito.
→ Circulação sistêmica e pulmonar
A circulação nos seres humanos é denominada de circulação dupla, uma vez que se observa a presença de dois circuitos: a circulação sistêmica ou grande circulação e a circulação pulmonar ou pequena circulação:
Circulação sistêmica ou grande circulação: Diz respeito ao circuito que o sangue faz partindo do coração em direção aos vários tecidos do corpo e depois retornando a esse órgão. Ao chegar do pulmão, o sangue é impulsionado para o corpo. Nos capilares, são feitas as trocas gasosas, e o sangue, agora rico em gás carbônico e pobre em oxigênio, retorna ao coração.
Circulação pulmonar ou pequena circulação: Diz respeito ao circuito realizado pelo sangue do coração aos pulmões e seu retornoao coração. Nesse circuito, o sangue sai pobre em oxigênio do coração, segue para o pulmão, onde é oxigenado, e retorna ao coração.
AULA: 5
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório é o sistema responsável por garantir a captação de oxigênio do meio ambiente e a liberação do gás carbônico. Além disso, esse sistema está relacionado com o olfato, ou seja, nossa capacidade de permitir odores e relacionado também com a fala, devido à presença das chamadas pregas vocais em um dos órgãos do sistema respiratório.
Os órgãos do sistema respiratório são: fossas nasais, faringe (nasofaringe), laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. 
Fossas nasais: o primeiro local por onde o ar passa. Nelas é possível observar três regiões: o vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória. O vestíbulo é a parte anterior e dilatada das fossas nasais, a qual se comunica com o meio exterior. A região respiratória corresponde à maior parte das fossas nasais. Por fim, temos a área olfatória que corresponde à parte superior das fossas nasais, a qual é rica em quimiorreceptores de olfação.
Faringe: é um órgão musculomembranoso comum ao sistema digestório e respiratório. A parte que faz parte do sistema respiratório é denominada de nasofaringe, enquanto a parte digestória é denominada de orofaringe. A nasofaringe está localizada posteriormente à cavidade nasal.
Laringe: é um tubo de cerca de 5 cm de comprimento que apresenta forma irregular e atua garantindo a conexão entre a faringe e a traqueia. Na laringe, é possível perceber a chamada epiglote, que nada mais é do que um prolongamento que se estende desse órgão em direção à faringe e evita que alimento adentre o sistema respiratório. Além da epiglote, encontramos na laringe a presença das chamadas pregas vocais, que são responsáveis pela produção de som.
Traqueia: é um tubo formado por cartilagens hialinas em formato de C, logo depois da laringe. A traqueia ramifica-se dando origem a dois brônquios, denominados de brônquios primários.
Brônquios: são ramificações da traqueia, que penetram cada um em um pulmão, pela região do hilo. Esses brônquios, denominados de brônquios primários ou principais, penetram pelos pulmões e ramificam-se em três brônquios no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo. Esses brônquios, chamados de secundários ou lobares, ramificam-se dando origem a brônquios terciários ou segmentares, que se ramificam dando origem aos bronquíolos.
Bronquíolos: são ramificações dos brônquios, possuem diâmetro de cerca de 1 mm e não possuem cartilagem. Esses também ramificam-se, formando os bronquíolos terminais e, posteriormente, os bronquíolos respiratórios. Os bronquíolos respiratórios marcam a transição para a parte respiratória e abrem-se no chamado ducto alveolar.
Alvéolos pulmonares: são estruturas que fazem parte da última porção da árvore brônquica e estão localizadas no final dos ductos alveolares. São semelhantes a pequenas bolsas, apresentam uma parede epitelial fina e são o local onde ocorrem as trocas gasosas. Geralmente, os alvéolos estão organizados em grupos chamados de saco alveolar.
Pulmões: são órgãos em formato de cone que apresentam consistência esponjosa e apresenta maior parte de seu parênquima formado pelos alvéolos, sendo estimada a presença de cerca de 300 milhões de alvéolos nos pulmões. Cada pulmão é revestido por uma membrana chamada de pleura. O pulmão de uma criança, geralmente, apresenta a coloração rósea, enquanto do adulto pode ter uma coloração mais escura devido à maior exposição à poeira e à fuligem.
Podemos dividir o sistema respiratório em duas porções: a condutora e a respiratória.
Porção condutora: é formada pelas fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Como o nome indica, essa porção permite a entrada e saída de ar, porém sua função não acaba aí, é nessa parte que o ar é limpo, umedecido e aquecido.
Porção respiratória: é formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos, que são as partes responsáveis pela ocorrência das trocas gasosas. É nessa porção que o oxigênio inspirado passará para o sangue e o gás carbônico presente no sangue passará para o sistema respiratório.
→ Como funciona o sistema respiratório
O sistema respiratório funciona garantindo a entrada e saída de ar do nosso corpo. O ar inicialmente entra pelas fossas nasais onde é umedecido, aquecido e filtrado. Ele então segue para a faringe, posteriormente para laringe e para a traqueia. A traqueia ramifica-se em dois brônquios dando acessos aos pulmões. O ar segue, então, dos brônquios para os bronquíolos e finalmente chega aos alvéolos pulmonares. Nos alvéolos ocorrem as trocas gasosas, um processo também denominado de hematose. O oxigênio presente no ar que chega até os alvéolos dissolve-se na camada que reveste essa estrutura e difunde-se pelo epitélio para os capilares localizados em torno dos alvéolos. No sentido oposto ocorre a difusão de gás carbônico.
AULA: 6
SISTEMA ESQUELÉTICO
O sistema esquelético é composto por ossos e cartilagens que estão perfeitamente arranjados na formação do nosso esqueleto. O esqueleto humano adulto é formado por 206 ossos, que atuam na sustentação do organismo, proteção dos órgãos vitais, garantia da movimentação, produção de células sanguíneas e armazenamento de alguns sais minerais, tais como cálcio e fósforo.
Os ossos são formados por um tipo especial de tecido conjuntivo, o tecido ósseo, que possui uma matriz intracelular mineralizada. Esse tecido, apesar do que muitos pensam, é formado por células vivas: os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos.
O primeiro grupo de células é responsável pela síntese da matriz óssea, estando essas células relacionadas com a reparação do osso. Os osteoclastos atuam na reabsorção do tecido ósseo. Já os osteócitos estão relacionados com a manutenção da matriz e com a sua reabsorção quando estimulados pelo hormônio da paratireoide.
→ Classificação dos ossos
Didaticamente, costuma-se classificar os ossos, de acordo com a sua forma, em cinco tipos principais: longos, curtos, planos, irregulares e sesamoides. 
Ossos longos: apresentam maior comprimento em relação à largura e espessura. Entre seus exemplos, estão o fêmur e a ulna.
Ossos curtos: todas as dimensões (comprimento, largura e espessura) são equivalentes. Entre seus exemplos, estão o tarso e o carpo.
Ossos planos ou laminares: possuem fina espessura e comprimento e largura equivalentes. Como exemplo, podemos citar os ossos do crânio.
Ossos irregulares: não apresenta uma forma geométrica definida. Como exemplo, podemos citar as vértebras.
Ossos sesamoides: são pequenos e arredondados, seu principal exemplo é a patela.
Esses diferentes tipos de ossos estão ligados uns aos outros por meio das articulações ósseas, que podem ser móveis, como as do joelho, ou fixas (não permitindo a movimentação), como as dos ossos do crânio.
A Cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo composto de células denominadas de condrócitos e também de uma matriz extracelular bem especializada. Também pode ser chamada de tecido cartilaginoso e é classificada em três diferentes tipos: cartilagem elástica, cartilagem fibrosa e cartilagem hialina.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas porções: axial e apendicular.
No chamado esqueleto axial, temos o crânio, as vértebras, as costelas, o esterno e o osso hioide:
Crânio: formado por 28 ossos, é a porção responsável por garantir, principalmente, a proteção do encéfalo.
Vértebras: formam a chamada coluna vertebral, a qual é composta por 26 ossos (33 vértebras). A coluna garante a proteção da medula espinhal.
Costelas: formam, em seus 12 pares, a caixa torácica. Os sete pares superiores recebem o nome de costelas verdadeiras e articulam-se diretamente com o esterno. Os três pares sequentes articulam-se de maneira indireta e recebem o nome de falsas costelas. Vale destacar que a décima primeira e décima segunda costela são chamadas de flutuantes e não fazem articulação com o esterno.
Esterno: localizado na parteanterior do tórax.
Osso hioide: não possui articulação e é encontrado entre a mandíbula e a laringe.
O esqueleto apendicular, por sua vez, é formado pelos membros e pelas cinturas escapular e pélvica.
Membros: Os membros superiores são formados pelo úmero, que forma o braço, pela ulna e pelo rádio, que formam o antebraço. O punho e as mãos são formados, respectivamente, pelos carpo e metacarpos. Os dedos, por sua vez, são formados pelas falanges. Já os membros inferiores são formados pelo fêmur, que é o osso da coxa, pela a tíbia e pela fíbula, que formam a canela. O joelho é composto pela patela e nos pés encontramos os ossos do tarso, metatarso e falanges.
Cinturas escapular e pélvica: A cintura escapular, que é formada pela clavícula e escápula, une o tórax aos membros superiores, enquanto a cintura pélvica, que é formada pelo osso do quadril, liga-se ao sacro e aos membros posteriores.
AULA: 7
SISTEMA MUSCULAR
O sistema muscular é o sistema formado pelo conjunto dos músculos do nosso corpo. Eles correspondem a cerca de 50% do peso total do nosso organismo, e a contração dessas estruturas é responsável por diversas funções.
O nosso corpo é uma máquina complexa que apresenta diversos sistemas integrados trabalhando juntos para garantir a nossa sobrevivência. Dentre esses sistemas, destaca-se o muscular, que está relacionado com funções importantes do corpo. Suas principais funções:
Garantem a movimentação do corpo.
Promovem a estabilização das posições corporais.
São responsáveis pela movimentação do sangue pelo organismo, dos alimentos pelo sistema digestório e da urina pelo sistema urinário.
Garantem a realização dos movimentos respiratórios.
O corpo humano é formado por três tipos musculares diferentes: o estriado esquelético, o estriado cardíaco e o não estriado. Os músculos estriados esqueléticos estão normalmente associados ao sistema esquelético e possuem apenas movimentação voluntária, ou seja, sua contração é consciente. O termo estriado está associado ao fato de que esses músculos apresentam bandas claras e escuras, que se dispõem de maneira alternada quando observadas em microscopia óptica. 
Os músculos estriados cardíacos, como o próprio nome indica, são exclusivos do coração. Eles possuem aparência estriada, como o esquelético, mas apresentam contrações involuntárias e vigorosas.
Os músculos não estriados, por sua vez, apresentam contração involuntária e lenta e são encontrados no sistema digestório e respiratório, bem como em algumas estruturas ocas, como a bexiga urinária e o intestino delgado. Uma de suas características mais marcantes é a ausência de estriações, o que é observado nos outros tipos musculares.
O corpo humano possui mais de 600 músculos esqueléticos, que apresentam contração voluntária. Esses músculos são formados por células alongadas e multinucleadas, as quais são chamadas também de fibras musculares. Uma das características marcantes desse tipo de tecido muscular é a presença de estriações transversais.
As fibras musculares possuem filamentos de miosina e actina, que são proteínas com capacidade de contração. A actina e algumas outras proteínas que estão associadas formam os chamados filamentos finos. Já a miosina forma os filamentos espessos. Os filamentos finos e espessos alternam-se, formando bandas claras e escuras.
As bandas claras são formadas por filamentos finos e recebem a denominação de bandas I. São chamadas assim porque são isotrópicas ao microscópio de polarização. As bandas escuras são chamadas de bandas A, pois são anisotrópicas ao microscópio de polarização e caracterizam-se pela presença de filamentos finos e também espessos. No centro da banda I há uma linha escura, denominada linha Z. Ela delimita o sarcômero, o qual é formado por duas metades de bandas I e uma banda A central. No centro da banda A, temos a banda H, uma região mais clara em que somente filamentos de miosina são encontrados. Na contração muscular ocorre o encurtamento dos sarcômeros e, consequentemente, de toda a fibra. Durante a contração, observa-se uma sobreposição dos filamentos de actina aos de miosina, o que deixa as bandas I e H mais estreitas.
Principais músculos esqueléticos
Existem centenas de músculos esqueléticos no nosso corpo, cada um exercendo uma determinada função. Esses músculos podem ser colocados em grandes grupos, estes são:
Músculos da face e do couro cabeludo: exemplos: orbicular do olho e elevador do lábio superior.
Músculos da mastigação: exemplos: masseter e pterigoideo medial.
Músculos da parede abdominal: exemplos: oblíquo interno e transverso do abdome.
Músculos que movem a cabeça e o ombro: exemplos: trapézio e elevador da escápula.
Músculos que movem a coluna vertebral: exemplos: longo do tórax e longo do pescoço.
Músculos que movem a língua: exemplos: genioglosso e hioglosso.
Músculos que movem as articulações do quadril e joelho: exemplos: glúteo máximo e abdutor longo.
Músculos que movem o antebraço: exemplos: tríceps e bíceps.
Músculos que movem o pé e os dedos do pé: exemplos: flexor longo dos dedos e abdutor do hálux.
Músculos que movem o polegar: exemplos: extensor longo do polegar e extensor curto do polegar.
Músculos que movem o punho: exemplos: flexor radial do carpo e extensor radial curto do carpo.
Músculos que movem o úmero: exemplos: deltoide e supraespinhal.
Músculos que movem os dedos: exemplos: flexor profundo dos dedos e extensor do indicador.
Músculos respiratórios: exemplos: diafragma e intercostais externos.
Músculos supra e infra-hioides do pescoço: exemplos: miloioideo e genioioideo.
Classificação dos músculos esqueléticos
Quando estudamos o sistema muscular, vemos a classificação dos músculos esqueléticos que formam nosso corpo. Isso se deve ao fato de que os músculos não estriados fazem parte dos órgãos e normalmente não recebem denominação própria, assim como o músculo estriado cardíaco, que está presente no coração. Existem mais de 600 músculos esqueléticos no nosso corpo, o que representa cerca de 50% de toda nossa massa corpórea. Eles são classificados com base em diversos critérios, tais como a sua origem e inserção, ação, função, forma e arranjo das fibras, e número de cabeças.
Entende-se por origem o local em que o músculo está mais fixado e que funciona como a base para a sua ação. Já a inserção é o ponto móvel no qual é possível observar o efeito do movimento. O glúteo mínimo, por exemplo, é um músculo responsável pela abdução da coxa e tem sua origem na superfície lateral do íleo. Sua inserção é na superfície anterior do fêmur, mais precisamente na região do trocanter maior (proeminência localizada na borda superior do fêmur). Quando os músculos são classificados de acordo com a sua ação, são denominados de extensores, flexores, adutores, abdutores, rotadores, supinadores e pronadores. 
Extensores: estiram um membro;
Flexores: são responsáveis pela flexão;
Adutores: levam um membro em direção à linha mediana do corpo;
Abdutores: movem o membro para fora dessa linha;
Rotadores: giram os membros;
Supinadores: viram a palma da mão para cima;
Pronadores: colocam a palma da mão para baixo.
Observando-se a função, os músculos podem ser classificados em agonistas, antagonistas e sinergistas. Os músculos agonistas são responsáveis diretamente pelo movimento desejado, sendo os principais agentes na execução de um movimento; os antagonistas são músculos que oferecem resistência à ação do músculo agonista; e os sinergistas são músculos que auxiliam os antagonistas, garantindo que não ocorra movimentos em excesso.
Em relação à forma e ao arranjo das fibras, os músculos podem ser classificados em músculos de fibras paralelas ou de fibras oblíquas à direção de tração exercida por eles. Como exemplo de músculos de fibras paralelas, podemos citar o bíceps e o peitoral. Já como exemplo de músculo de fibras oblíquas, podemos citar o extensor longo dos dedos do pé. Por fim, quando o critério utilizado é número de cabeças, leva-se em consideração quantos tendões de origem o músculo apresenta. O bíceps, por exemplo, apresentaduas cabeças; o tríceps, três; e o quadríceps, quatro.
AULA: 8
SISTEMA REPRODUTOR
O sistema reprodutor, também chamado de sistema genital, é responsável por proporcionar as condições adequadas para a nossa reprodução. O sistema reprodutor masculino é responsável por garantir a produção do gameta masculino (espermatozoide) e depositá-lo no interior do corpo da mulher. O sistema reprodutor feminino, por sua vez, atua produzindo o gameta feminino (ovócito secundário) e também servindo de local para a fecundação e desenvolvimento do bebê.
Os sistemas reprodutores masculino e feminino atuam juntos para garantir a multiplicação da nossa espécie. Tanto o sistema genital masculino quanto o feminino são responsáveis pela produção dos gametas, ou seja, pela produção das células que se unirão na fecundação e darão origem ao zigoto. Os gametas são produzidos nas chamadas gônadas, sendo os testículos as gônadas masculinas e os ovários as gônadas femininas. Os testículos produzem os espermatozoides, enquanto os ovários produzem os ovócitos secundários, chamados popularmente de óvulos. O espermatozoide é depositado dentro do corpo da fêmea no momento da cópula, e a fecundação ocorre no interior do sistema reprodutor feminino, mais frequentemente na tuba uterina. Após a fecundação, forma-se o zigoto, o qual inicia uma série de divisões celulares enquanto é levado em direção ao útero. O embrião implanta-se no endométrio do útero, e ali é inciado o seu desenvolvimento. A gestação humana dura cerca de 40 semanas.
Sistema reprodutor masculino
O sistema reprodutor masculino garante a produção dos espermatozoides e a transferência desses gametas para o corpo da fêmea. Ele é formado por órgãos externos e internos. O pênis e o saco escrotal são os chamados órgãos reprodutivos externos do homem, enquanto os testículos, os epidídimos, os ductos deferentes, os ductos ejaculatórios, a uretra, as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais são órgãos reprodutivos internos.
Testículos: são as gônadas masculinas e estão localizados dentro do saco escrotal, também conhecido como escroto. Eles são formados por vários tubos enrolados chamados de túbulos seminíferos, nos quais os espermatozoides serão produzidos. Além de produzir os gametas, é nos testículos que ocorre a produção da testosterona, hormônio relacionado, entre outras funções, com a diferenciação sexual e a espermatogênese.
Epidídimo: após saírem dos túbulos seminíferos, os espermatozoides seguem para o epidídimo, formado por tubos espiralados. Nesse local os espermatozoides adquirem maturidade e tornam-se móveis.
Ducto deferente: no momento da ejaculação, os espermatozoides seguem do epidídimo para o ducto deferente. Esse ducto encontra o ducto da vesícula seminal e passa a ser chamado de ducto ejaculatório, o qual se abre na uretra.
Uretra: é o ducto que se abre para o meio externo. Ela percorre todo o pênis e serve de local de passagem para o sêmen e para a urina, sendo, portanto, um canal comum ao sistema urinário e reprodutor.
Vesículas seminais: no corpo masculino observa-se a presença de duas vesículas seminais, as quais formam secreções que compõem cerca de 60% do volume do sêmen. Essa secreção apresenta várias substâncias, incluindo frutose, que serve de fonte de energia para o espermatozoide.
Próstata: secreta um fluido que também compõe o sêmen. Essa secreção contém enzimas anticoaguladoras e nutrientes para o espermatozoide.
Glândulas bulbouretrais: no corpo masculino observa-se a presença de duas glândulas bulbouretrais. Elas são responsáveis por secretar um muco claro que neutraliza a uretra, retirando resíduos de urina que possam ali estar presentes.
Pênis: é o órgão responsável pela cópula. Ele é formado por tecido erétil que se enche de sangue no momento da excitação sexual. Além do tecido erétil, no pênis é possível observar a passagem da uretra, pela qual o sêmen passará durante a ejaculação.
Se quiser aprofundar-de mais no tema deste tópico, leia: Sistema reprodutor masculino.
Sistema reprodutor feminino
O sistema reprodutor feminino servirá de local para a fecundação e também para o desenvolvimento do bebê, além de ser responsável pela produção dos gametas femininos e hormônios. Assim como no masculino, o sistema reprodutor feminino apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos externos recebem a denominação geral de vulva e incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris e as aberturas da uretra e vagina. Já os órgãos internos incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina.
Ovários: no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais são responsáveis por produzir os gametas femininos. Nesses órgãos são produzidos também os hormônios estrogênio e progesterona, relacionados com a manutenção do ciclo menstrual, sendo o estrogênio relacionado também com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas uterinas, as quais apresentam uma extremidade que atravessa a parede do útero e outra que se abre próximo do ovário e tem prolongamentos denominados de fímbrias. A fecundação ocorre, geralmente, na região das tubas uterinas.
Útero: é um órgão muscular, em forma de pera, no qual se desenvolve o bebê durante a gravidez. A parede do órgão é espessa e possui três camadas. A camada mais espessa é chamada de miométrio e é formada por grande quantidade de fibras musculares lisas. A mais interna, chamada de endométrio, destaca-se por ser perdida durante a menstruação. O colo do útero, também chamado de cervice, abre-se na vagina.
Vagina: é um canal elástico no qual o pênis é inserido durante a relação sexual e o espermatozoide é depositado. Esse canal é também por onde o bebê passa durante o parto normal.
Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores, os lábios menores, a abertura vaginal, a abertura da uretra e o clitóris. Esse último é formado por um tecido erétil e apresenta muitas terminações nervosas, sendo um local de grande sensibilidade.

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