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O Conflito das Eras ou Combate da Fé

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O Conflito das 
Eras ou Combate 
da Fé 
 
 
 
 
Por 
Silvio Dutra 
 
 
 
 
Out/2018 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A474 
 Alves, Silvio Dutra 
 O conflito das eras ou combate da fé 
 Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2018. 
 80p.; 14,8 x21cm 
 
 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra. 
I. Título. 
 
 CDD 252 
 
 
 
3 
 
Pode estar ocorrendo comigo ou contigo, 
prezado leitor, neste exato momento, ou a nível 
governamental em uma ou mais nações da 
terra, mais uma das inumeráveis batalhas em 
que fomos lançados de uma guerra que 
começou não muito depois da criação do 
primeiro casal, e que tem se arrastado ao longo 
das eras e terá fim somente por ocasião da 
restauração de todas as coisas depois da volta de 
Jesus Cristo. 
Todos temos um único Inimigo comum, mas ele 
tem diversos auxiliares, e estabelece 
principados e potestades no mundo, sem cessar, 
há milênios, com vistas a aumentar o seu poder 
e esfera de atuação. Para isto, estabelece reinos 
e domínios, como também sistemas, para que 
por meio deles exerça o comando de suas ações 
em várias frentes simultaneamente, sempre 
com vistas a produzir roubo, morte ou danos. 
Sua principal tática é o engano e a mentira, Seu 
principal alvo são a mente e o coração humano, 
com vista a trazer principalmente, embaraços 
ou danos espirituais passageiros ou 
permanentes, conforme isto lhe seja permitido 
por Deus. 
Tão sutis são os seus métodos e estratagemas na 
arte de enganar, que ele pode se valer de 
4 
 
estruturas que os homens pensam terem sido 
criadas por si mesmos, e nisto se comprazem e 
se gloriam sem poder perceber que a mente que 
está por detrás de tudo é a de Satanás, o diabo, 
que os usa para atingir os seus fins, e não 
propriamente o deles. 
Quem diria, por exemplo, que o 
comunismo/socialismo, imaginado e criado 
primeiro como doutrina filosófica, e depois 
como prática política, a partir de fins do século 
XVIII, viria a se transformar no principal meio 
usado pelo diabo para destruir a fé na existência 
de Deus, e com isto afastar homens e mulheres 
da possibilidade da salvação eterna de suas 
almas? 
Um outro meio que viria a ser usado 
poderosamente pelo diabo para destruir a fé em 
um Deus Criador de todas as coisas, foi o 
evolucionismo, cuja teoria tem seu expoente 
máximo na pessoa de Charles Darwin, que viveu 
no século XIX. Não passa de uma teoria maligna, 
que sequer possui argumentos que lhe deem 
uma sustentação lógica, notadamente quando 
comparada com a cronologia bíblica, a partir 
dos primeiros atos da Criação por Deus. 
Esta tem sido uma outra cabeça muito utilizada 
pelo dragão vermelho de sete cabeças e dez 
5 
 
chifres, para conduzir os homens à ruína, pois 
atinge-lhes no coração mesmo da fé, que é 
reduzida ao pó da incredulidade. 
Uma outra cabeça do dragão que está presente 
no mundo desde o princípio da criação, é a falsa 
religião, com seus muitos falsos deuses, pois 
sendo criado com uma inclinação para a 
adoração, o homem virá a adorar qualquer outra 
coisa ou pessoa, quando lhe falta a adoração no 
verdadeiro Deus, que exclui todas as demais 
formas de adoração falsa. 
Dinheiro, fama, poder, artes, dentre outros, 
podem se apresentar para serem os falsos 
deuses a serem adorados por alguns, que por 
meio disto, permanecerão afastados do único e 
verdadeiro Deus. 
Os argumentos para justificar isto são os mais 
variados, e o homem não está sozinho nesta 
empresa pois o que não lhe faltará serão as 
justificativas que lhe serão apresentadas 
sutilmente pela velha Serpente. 
Quem diria que o socialista endurecido contra 
Deus e Seus mandamentos, e que tudo faz para 
desconstruir os valores cristãos, apresente 
como fundamento de sua doutrina socialista o 
6 
 
bem da humanidade, especialmente dos mais 
pobres e das minorias? 
Ele pensa que está libertando o homem das 
muitas amarras que lhe foram colocadas pela 
religião, e pelos muitos mandamentos que lhe 
disseram que deveria cumprir para agradar a 
um Deus que ele sequer pode ver. 
Ele deve trazer a si a elevada incumbência moral 
de ajudar os homens a se livrarem de suas 
crendices, pelas quais se tornam escravos do 
pensamento de outros. 
Quanto prazer é desperdiçado pelas renúncias 
dolorosas que são impostas pela religião? 
Não. Ele não pode permitir tal coisa, Então lutará 
para que a humanidade seja feliz, livrando-se de 
uma vez por todas deste laço terrível de crer em 
Deus, em um livro (a Bíblia), em impostores 
(pastores). 
Como isto não pode ser feito de forma frontal e 
direta em sociedades conservadoras em que 
haja o predomínio de uma mentalidade cristã, o 
verdadeiro propósito do socialismo deve 
permanecer oculto, enquanto o trabalho de 
dilapidação dos bons costumes vai sendo 
realizado aos poucos e sorrateiramente, até que 
7 
 
a sociedade seja trazida a uma disposição 
mundana e contrária aos princípios e valores 
bíblicos. 
Muito deste trabalho já foi realizado nestes dois 
séculos, desde a formação do pensamento 
socialista, em quase todas as nações do mundo 
ocidental, especialmente desde a Revolução 
Russa de 1917. 
Não é para se estranhar que em vez de focar em 
economia e outras formas de conhecimento 
científico, que os socialistas concentrem seus 
ataques nas sociedades ainda conservadoras, 
em propostas relativas à área sexual. Pois, é 
sabido que a reserva moral é ditada sobretudo 
pela forma de comportamento sexual. Quando 
há recato temos um bom indicativo de sã 
moralidade, mas quando as portas se abrem 
para o que chamam de revolução sexual, com 
permissividade para tudo aquilo que Deus 
condena em Sua Palavra, então outras barreiras 
relativas à moralidade também cairão, porque 
esta é a primeira e grande porta por onde entra 
a tentação que conduz o homem a pecar, a saber, 
a da fornicação. 
Não foi sem motivo que Deus rejeitou a forma 
que o homem buscou para cobrir a sua nudez 
depois de haver pecado, com folhas de figueiras, 
8 
 
e substituiu-a por algo mais protetor e 
duradouro, a saber, peles de animais. 
A partir de então, o homem ficaria sujeito a se 
promiscuir e abandonar o estado de pureza 
original com que havia sido criado, não tendo 
mais apenas olhos de amor para a pessoa amada, 
mas também sentindo-se tentado à luxúria pela 
observação de suas partes íntimas, desejando 
não mais a pessoa como um todo, mas para 
simples posse de um objeto para a satisfação de 
um desejo descontrolado pelo pecado em 
manifestações de mera sensualidade solitária e 
egoísta, e não pela busca da satisfação mútua. 
Não é sem motivo que a lei dada a Moisés 
contenha tantas prescrições relativas à 
proibição de atos de impureza sexual, porque, 
com dissemos, é a primeira e grande porta, pela 
qual outras formas de impureza são admitidas. 
“Levítico – 18 
1 Disse mais o SENHOR a Moisés: 
2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Eu sou o 
SENHOR, vosso Deus. 
3 Não fareis segundo as obras da terra do Egito, 
em que habitastes, nem fareis segundo as obras 
http://biblia.com.br/joaoferreiraalmeidarevistaatualizada/levitico/lv-capitulo-18/
9 
 
da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem 
andareis nos seus estatutos. 
4 Fareis segundo os meus juízos e os meus 
estatutos guardareis, para andardes neles. Eu 
sou o SENHOR, vosso Deus. 
5 Portanto, os meus estatutos e os meus juízos 
guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por 
eles. Eu sou o SENHOR. 
6 Nenhum homem se chegará a qualquer 
parenta da sua carne, para lhe descobrir a 
nudez. Eu sou o SENHOR. 
7 Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua 
mãe; ela é tua mãe; não lhe descobrirás a nudez. 
8 Não descobrirás a nudez da mulherde teu pai; 
é nudez de teu pai. 
9 A nudez da tua irmã, filha de teu pai ou filha de 
tua mãe, nascida em casa ou fora de casa, a sua 
nudez não descobrirás. 
10 A nudez da filha do teu filho ou da filha de tua 
filha, a sua nudez não descobrirás, porque é tua 
nudez. 
11 Não descobrirás a nudez da filha da mulher de 
teu pai, gerada de teu pai; ela é tua irmã. 
10 
 
12 A nudez da irmã do teu pai não descobrirás; 
ela é parenta de teu pai. 
13 A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás; 
pois ela é parenta de tua mãe. 
14 A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; 
não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia. 
15 A nudez de tua nora não descobrirás; ela é 
mulher de teu filho; não lhe descobrirás a 
nudez. 
16 A nudez da mulher de teu irmão não 
descobrirás; é a nudez de teu irmão. 
17 A nudez de uma mulher e de sua filha não 
descobrirás; não tomarás a filha de seu filho, 
nem a filha de sua filha, para lhe descobrir a 
nudez; parentes são; maldade é. 
18 E não tomarás com tua mulher outra, de sorte 
que lhe seja rival, descobrindo a sua nudez com 
ela durante sua vida. 
19 Não te chegarás à mulher, para lhe descobrir 
a nudez, durante a sua menstruação. 
20 Nem te deitarás com a mulher de teu 
próximo, para te contaminares com ela. 
11 
 
21 E da tua descendência não darás nenhum 
para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o 
nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR. 
22 Com homem não te deitarás, como se fosse 
mulher; é abominação. 
23 Nem te deitarás com animal, para te 
contaminares com ele, nem a mulher se porá 
perante um animal, para ajuntar-se com ele; é 
confusão. 
24 Com nenhuma destas coisas vos 
contaminareis, porque com todas estas coisas se 
contaminaram as nações que eu lanço de diante 
de vós. 
25 E a terra se contaminou; e eu visitei nela a sua 
iniquidade, e ela vomitou os seus moradores. 
26 Porém vós guardareis os meus estatutos e os 
meus juízos, e nenhuma destas abominações 
fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que 
peregrina entre vós; 
27 porque todas estas abominações fizeram os 
homens desta terra que nela estavam antes de 
vós; e a terra se contaminou. 
12 
 
28 Não suceda que a terra vos vomite, havendo-
a vós contaminado, como vomitou o povo que 
nela estava antes de vós. 
29 Todo que fizer alguma destas abominações, 
sim, aqueles que as cometerem serão 
eliminados do seu povo. 
30 Portanto, guardareis a obrigação que tendes 
para comigo, não praticando nenhum dos 
costumes abomináveis que se praticaram antes 
de vós, e não vos contaminareis com eles. Eu sou 
o SENHOR, vosso Deus.” 
Você percebe agora porque o diabo através do 
comunismo/socialismo não apenas visa à 
eliminação da fé em Deus, mas que se pratique 
coisas que são abomináveis para Deus, 
conforme as tem descrito em Sua Palavra? 
Porque eles insistem tanto com a questão de 
união homo afetiva, da ideologia de gênero, do 
ensino de práticas sexuais pervertidas às 
crianças em tenra idade escolar? Não apenas o 
nome e a existência de Deus devem ser negados, 
como também todos os Seus mandamentos 
contidos na Bíblia. 
Eles pensam que com isto estão livrando a 
humanidade da escravidão, quando na verdade 
13 
 
estão fechando a porta para a única 
possibilidade de sua libertação e salvação, que é 
por meio da fé em Jesus Cristo e prática da Sua 
Palavra. 
Nós temos vários tipos de libertação operadas 
por Deus, especialmente em relação a Israel, a 
nação eleita, e registradas nas páginas do Velho 
Testamento, para a nossa instrução, e para 
aprendizagem da forma correta de se viver pela 
fé, e usar a fé. 
Nós vemos repetidamente que quando Israel se 
encontrava em aperto, sobretudo pelas 
dominações de povos inimigos, conforme Deus 
permitia como forma de visitação dos pecados 
do Seu povo, que eles clamavam por livramento 
quando já não mais suportavam a carga de 
aflição em que se encontravam. 
Por que clamar? 
O clamor é a prova da fé em um Deus que não 
vemos mas ao qual estamos recorrendo em 
busca de socorro. 
Não somos páreo para o diabo e seus agentes, 
pois além de não os vermos, são mais poderosos 
do que nós. Mas relativamente ao Senhor, eles, 
por sua vez, não são páreo para ele, que é o 
14 
 
Criador de tudo e de todos, inclusive deles, que 
abandonaram por sua rebelião o seu estado 
original de obediência e santidade. 
Então, é como se fosse permitido ao diabo nos 
afligir enquanto não recorremos a Deus em 
busca de socorro. Mas se o fizermos através do 
clamor para sermos libertos, Ele contemplará a 
nossa fé e responderá com livramento. 
Não foi isto que aconteceu com Israel quando já 
não mais suportavam o cargo da escravidão no 
Egito?” 
“23 Decorridos muitos dias, morreu o rei do 
Egito; os filhos de Israel gemiam sob a servidão 
e por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu 
a Deus. 
24 Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da 
sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó. 
25 E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a 
sua condição.” (Êxodo 2.23=25) 
Depois de terem sido livrados pelo braço forte 
do Senhor o exército de faraó os perseguiu no 
deserto e lhes teria destruído caso não tivesse 
clamado a Deus e confiado nele para serem 
salvos. 
15 
 
“10 E, chegando Faraó, os filhos de Israel 
levantaram os olhos, e eis que os egípcios 
vinham atrás deles, e temeram muito; então, os 
filhos de Israel clamaram ao SENHOR. 
11 Disseram a Moisés: Será, por não haver 
sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para 
que morramos neste deserto? Por que nos 
trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? 
12 Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-
nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor 
nos fora servir aos egípcios do que morrermos 
no deserto. 
13 Moisés, porém, respondeu ao povo: Não 
temais; aquietai-vos e vede o livramento do 
SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, 
que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. 
14 O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis. 
15 Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a 
mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. 
16 E tu, levanta o teu bordão, estende a mão 
sobre o mar e divide-o, para que os filhos de 
Israel passem pelo meio do mar em seco. 
17 Eis que endurecerei o coração dos egípcios, 
para que vos sigam e entrem nele; serei 
16 
 
glorificado em Faraó e em todo o seu exército, 
nos seus carros e nos seus cavalarianos;” (Êxodo 
14.10-17) 
Deus tinha uma aliança com aquele povo e o 
livraria da destruição, como tem feito até os dias 
de hoje. 
Assim, como salvou e livrou Israel, Ele também 
o faz com todo aquele que o busca e clama por 
livramento da escravidão ao pecado. Por meio 
da simples fé em Jesus Cristo, Deus operará as 
salvação pelo uso de todos os poderes da Sua 
graça que forem necessários para tal. 
Faraó e o Egito, e todas as forças que se 
encontravam com ele são um tipo adequado 
para todas as forças que se levantam em 
oposição aos homens, para que eles não se 
convertam a Deus, e assim, sejam libertados da 
escravidão em que se encontram em razão do 
pecado. 
Tão importante é que não tenhamos uma fé 
passiva, de mero assentimento mental de 
confiança na existência de Deus, mas que ela 
seja também ativa e operativa e que se expresse 
em clamores, ainda que seja no silêncio do 
coração, em decorrência das circunstâncias em 
que possamos nos encontrar, para que com isto 
17 
 
sejamos testemunhas da completa fidelidade de 
Deus em socorrer-nos a partir do momento em 
que nos movemos em direção a ele em busca de 
auxílio. 
Os israelitas aprenderam isto e o aplicaram em 
suas sucessivas gerações, como podemos ver 
especialmente no período dos Juízes, que durou 
cerca de 300 anos, e que consistiu em 
constantes livramentos de dominações 
estrangeiras quando o povo clamava. 
Os poderes do pecado que nos dominam são 
estranhos para Jesus, pois nada tem o diabo a ver 
com ele, pois é completamentesanto e justo. E 
todos aqueles que lhe pertencem não são mais 
do mundo e de Satanás, pois foram comprados 
pelo precioso sangue que ele derramou na cruz 
por nós. 
Foi para a plena liberdade dos filhos de Deus que 
Jesus nos libertou, e devemos tomar posse desta 
liberdade pelo exercício constante da fé. 
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. 
Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, 
de novo, a jugo de escravidão.” (Gálatas 5.1) 
18 
 
Todo este conflito das eras ou combate da fé tem 
em vista alcançar esta liberdade que está em 
Jesus Cristo, e nela permanecer inabaláveis. 
O trabalho principal da fé é o de resgatar as 
almas da escravidão ao pecado, ao mundo, ao 
diabo, e transportá-las em liberdade para o 
reino da luz do Senhor. 
“15 Então, eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Ao 
que o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem 
tu persegues. 
16 Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, 
porque por isto te apareci, para te constituir 
ministro e testemunha, tanto das coisas em que 
me viste como daquelas pelas quais te 
aparecerei ainda, 
17 livrando-te do povo e dos gentios, para os 
quais eu te envio, 
18 para lhes abrires os olhos e os converteres das 
trevas para a luz e da potestade de Satanás para 
Deus, a fim de que recebam eles remissão de 
pecados e herança entre os que são santificados 
pela fé em mim.” (Atos 26.15-18) 
Enquanto lermos todos os pensamentos que 
serão desfilados neste livro, é de suma 
importância que tenhamos sempre presente 
19 
 
como ideia central norteadora de todo 
julgamento crítico que fizermos, a seguinte 
verdade: todo homem, sem qualquer exceção, é 
escravo do pecado, caso não seja libertado de tal 
condição por Jesus Cristo. 
Assim, toda busca de liberdade para si ou para 
outros através do exercício da política se 
revelará ineficaz ou um meio para aumentar 
ainda mais a citada escravidão ao pecado. 
Todos os programas de governo ou de partidos 
políticos, ao longo da história da humanidade, 
que deixaram Deus e seus mandamentos do 
lado de fora, sempre caíram em fracasso e 
deixaram os governados numa condição ainda 
pior do que aquela em que haviam sido 
encontrados. 
Agora, a bem da verdade, nunca fez parte do 
plano eterno de Deus para a humanidade, que 
ela sempre teria, obrigatoriamente governantes 
e governados justos, que na plenitude do 
exercício de sua cidadania fariam somente 
aquilo que fosse bom diante de Seus olhos. 
Uma grande prova pode ser tirada da própria 
experiência das nações, em todas as épocas, em 
que, até mesmo, muito mais se tem visto de um 
20 
 
desvio da vontade de Deus, do que um acordo 
com ela. 
Ainda que Ele tenha escrito a sua lei na 
consciência de todo homem, de forma a 
poderem discernir entre o que é bom e o que é 
mau, todavia, esta consciência pode ser 
cauterizada, e não há no homem o poder de 
fazer o bem que pretenda e rejeitar o mal que 
não queira, por ter sua vontade escravizada ao 
pecado, 
Se para aqueles que são convertidos a Cristo a 
carreira neste mundo é difícil quanto a terem 
sempre um comportamento aprovado, segundo 
a lei que foi escrita por Deus, pelo Espírito Santo 
em suas mentes e corações, quanto mais não é 
isto difícil, senão impossível, para aqueles que 
não são convertidos ao Senhor. 
Já por estas breves reflexões iniciais podemos 
tirar algumas conclusões quanto às formas de 
governo que deveriam existir no mundo, uma 
vez que está disposto que haja nações e 
governantes. 
Uma conclusão óbvia é que não poderia jamais 
haver uma nação em que todos os governados 
fossem fieis cumpridores da Palavra de Deus, 
pois é notório que a maior parte da população de 
21 
 
qualquer nação não é composta por crentes 
nascidos e santificados do Espírito Santo. 
Nem mesmo é requerido por Deus que estas 
nações sejam obrigatoriamente governadas por 
cristãos autênticos, senão por aqueles a quem 
Deus dispor para a vocação política. 
Enquanto o pecado não for erradicado da face da 
Terra depois do retorno de Jesus, não haverá um 
governo com governantes e governados que 
sejam todos perfeitamente justos e obedientes a 
Deus. 
Então é perversa, desnecessária e demoníaca a 
ação comunista/socialista de impor o ateísmo 
ou mesmo a desconstrução dos valores do 
cristianismo, quando o governo segue a citada 
orientação. 
Até mesmo porque, para legitimarem o poder 
constituído, nenhum cristão lutaria para impor 
seus costumes aos governantes e aos demais 
governados, para que a nação pudesse existir 
como tal. 
Por que há então, esta perseguição aos valores 
cristãos? Isto será respondido ao longo deste 
livro. 
22 
 
“Não queremos nenhum Deus ditando regras 
sobre nós sobre o que possamos ou não fazer!” É 
o clamor comum dos ímpios. 
Mas eles não param nisto, e acrescentam: 
“Muito ao contrário, o que ele não aprova é o 
que faremos e o que ele aprova não faremos.” 
Assim, há esta inclinação no pecado para 
conduzir aquele a quem escraviza a fazer 
exatamente o oposto do que Deus espera dele. 
Todavia, num mundo chamado civilizado, 
convém que isto não cheire a barbárie, mas a 
coisas refinadas movidas por causas nobres. 
Então temos estes movimentos em prol de 
minorias, de ações contra intolerância, racismo, 
violência, fome, direitos humanos etc. 
Tudo porém é uma cortina de fumaça para a real 
e única intenção de se manter no poder, e 
contrariar sutilmente os princípios divinos, 
pois, se Deus é pela família nuclear, constituída 
por homem e mulher, vão ampliar isto para 
pessoas de qualquer sexo e em qualquer 
número. Se Deus exige que o transgressor da lei 
seja penalizado, eles apelarão para o amparo dos 
criminosos através da chamada agenda de 
direitos humanos. Se a infância deve ser 
protegida e resguardada da imoralidade, eles 
tentarão expô-la à pratica da impureza, e do sexo 
23 
 
fora do casamento. Se Deus é pela sobriedade e 
discrição, eles estimularão a irreverência, a 
imoralidade e práticas escandalosas. 
Mais do que um projeto para alcançar o poder 
governamental, o socialismo é um meio para a 
transformação da sociedade, de conservadora 
para liberal. Em outras palavras, de temente e 
obediente a Deus, para permissiva e contrária a 
ele. 
Como isto vem sendo feito por mais de duzentos 
anos, e de diversas formas, sob o título atraente 
de se libertar o homem de todo tipo de amarras, 
não é de se estranhar que tenham logrado tanto 
êxito, sobretudo no mundo ocidental que foi o 
maior campo de sua atuação. 
O conservadorismo logrou resistir nos cristãos 
ainda fieis a seus princípios, e nas famílias mais 
tradicionais, mas de uma forma geral o modo de 
pensar da sociedade ocidental é bastante 
liberal, e isto foi o fruto do trabalho persistente 
dos agentes socialistas sobretudo nas áreas de 
ensino, na imprensa, nas artes. 
A pretexto de combater determinados males 
perpetraram outros maiores. Para criarem uma 
mentalidade anti-homofóbica já a partir da 
24 
 
infância criaram um tal de kit-gay, e a 
famigerada ideologia de gênero. 
O foco na formação educacional centrado nos 
princípios de autoridade, obediência, honra, 
respeito, trabalho, entre outros, abriu espaço 
para a prática da mentira, da infâmia, da 
irreverência, como meios válidos para se vencer 
os adversários. 
A natureza humana irregenerada é inimizade 
contra Deus. Há uma inclinação natural para o 
mal e não para o bem. Não é de se admirar 
portanto, que aqueles que não buscam a Deus, 
que não se sujeitam à Sua vontade e que não 
procuram vencer esta inclinação natural 
pecaminosa, sejam achados praticando e 
justificando comportamentos que sejam 
condenados pela Bíblia e pela própria razão 
natural. 
Acrescente-se a isto, que aqueles que não amam 
a Deus, não amam também os seus 
mandamentos, de maneira que tudo farão para 
distorcê-los e apresentá-los totalmente fora do 
contexto em que convémserem apresentados. 
Por exemplo, a lei dos sacrifícios de animais que 
vigorou nos dias do Velho Testamento tinha um 
objetivo didático de nos ensinar que 
25 
 
necessitamos de uma sacrifício cruento para 
sermos perdoados dos nossos pecados, 
justificados e reconciliados com Deus. 
Aqueles sacrifícios eram figuras, tipos do único 
e grande sacrifício que foi ofertado de uma vez 
para sempre há cerca de dois mil anos, a saber, 
o de Jesus Cristo. Uma vez que ele se ofereceu, 
foi determinada a suspensão daqueles 
sacrifícios do Velho Testamento, pois que 
haviam sido plenamente cumpridos. 
Ora, se alguém usa os textos dos sacrifícios de 
animais para justificar o falso argumento de que 
Deus ainda os exige, ou que eles revelam um 
caráter em Deus que demonstra um certo 
desprezo pelos animais, é torcer o real sentido 
da coisa, e agir de modo leviano e malicioso. 
A soma da coisa é que não há maior 
demonstração do amor de Deus por nós, ainda 
que pecadores, pois na pessoa de Seu Filho 
Unigênito, abandonou a glória celestial, 
fazendo-se homem, para que nesta condição 
pudesse morrer no lugar daqueles que viriam a 
crer no Seu nome para serem perdoados e 
justificados. 
Outras passagens cujo sentido costuma ser 
deturpado pelos ímpios, são aquelas que se 
26 
 
referem ao extermínio dos cananeus, e das leis 
de pena capital para feiticeiros, assassinos, 
homossexuais, entre outros, nos dias do Velho 
Testamento. 
“Crime contra a humanidade!” Alguém grita. 
“Incitação à violência”, diz outro. 
Estas leis, tiveram também um tempo 
determinado e restrito para serem aplicadas 
pelos juízes de Israel. Elas tinham o objetivo de 
revelar o caráter de Deus, que sendo amor, 
longânimo, benigno, paciente, era também 
justiça e reto juiz que julga o pecado, e não pode 
passar por alto sobre qualquer ato pecaminoso 
que seja. 
Aquelas mortes determinadas pela lei para 
certos tipos de pecado, serviam para 
exemplificar que todos aqueles que não se 
arrependessem de seus pecados, também 
pereceriam, e não apenas com a morte física, 
mas com uma morte espiritual e eterna, com 
uma condenação em um sofrimento também 
eterno em chamas que jamais se extinguem. 
Era uma advertência para se levar o pecado a 
sério, a se arrepender do mal, a se converter a 
Deus, para ser livrado da morte espiritual, e 
alcançar a vida eterna por meio da fé nEle. 
27 
 
A Lei de Deus é pura, santa, perfeita, boa, 
espiritual e na verdade, não há qualquer pessoa 
que esteja habilitada a cumpri-la perfeitamente 
pelo seu próprio poder e capacidade. 
Para isto Jesus nos foi dado, para que pela fé nele 
recebamos a habitação do Espírito Santo, pelo 
qual somos transformados em filhos de Deus, 
habilitados a fazer a Sua vontade, na medida em 
que caminhamos no Espírito. 
Mas, como Jesus pagou o preço integral exigido 
pela justiça divina, em razão dos nossos 
pecados, não somos rejeitados ainda que 
venhamos a pecar, pois temos nele um 
Advogado que intercede em nosso favor à 
direita do Pai. 
A misericórdia alcançou o que nele crê para 
todo o sempre, e jamais se afastará dele, de 
modo que não virá a sofrer qualquer tipo de 
condenação futura. 
Agora, como isto se aplica na prática da vida 
cotidiana? Todos são beneficiados? Todos são 
salvos? Todos são feitos filhos de Deus? 
A experiência prática comprova que mais são os 
que se perdem do que os que se salvam. 
28 
 
Faltaria o devido poder em Deus para salvar a 
todos? Não. A verdade revelada na Bíblia nos 
informa que ele escolheu desde antes da 
fundação do mundo salvar a alguns dentre todos 
pecadores, os quais são designados pelas 
palavras eleitos ou escolhidos. 
Estes que são eleitos são chamados a fazer parte 
de um corpo, de uma assembleia, de uma nação, 
a que Jesus chamou de Igreja. 
Eles são justificados, nascidos de novo do 
Espírito Santo e santificados com vistas à 
glorificação futura. 
Eles são os integrantes do Reino do Céu, que 
têm a lei de Deus inscrita em suas mentes e 
corações. É a eles que se destinam as palavras do 
Sermão do Monte, bem como toda a instrução 
que encontramos nas epístolas do Novo 
Testamento. 
Como são chamados do mundo para Cristo, isto 
é feito pela pregação e ensino do evangelho, de 
modo que sejam agregados ao povo de Deus. 
Eles estão sujeitados à disciplina da Nova 
Aliança que Deus fez com eles através do sangue 
de Jesus. São corrigidos, por vezes de forma 
29 
 
muito dolorosa para que não se desviem do 
caminho em que devem andar. 
Enquanto viverem aqui embaixo sempre 
estarão empenhados num combate sem tréguas 
com a carne, o mundanismo e o diabo. 
Agora, nada disso se aplica àqueles que não 
amam a Deus e não guardam os seus 
mandamentos. Mas tanto crentes, quanto 
descrentes são chamados a trabalhar em 
conjunto, a conviverem pacificamente, 
enquanto aqui embaixo. 
Nada justifica que um crente não seja um 
exemplo de cidadão, servindo de modo útil à 
comunidade em que viva. 
Ele deve estar muito disposto pelo bem dos seus 
próximos, sobretudo no que se refere à salvação 
eterna de suas almas. Para isto, deve orar e ser 
muito cuidadoso com o seu próprio testemunho 
de vida reta em toda honestidade e prudência. 
Deus é de paz e pela paz, mas não à custa do 
sacrifício e corrupção da verdade. De modo que 
para não renunciarem à verdade, muitos 
cristãos foram martirizados ao longo da história 
da humanidade, por terem se negado a fazerem 
coisas que lhes foram propostas pelos 
30 
 
governantes e seus algozes, e que eram 
contrárias à vontade de Deus. 
Então sempre haverá, até que Jesus volte, esta 
luta do reino espiritual da verdade e o da 
mentira, de luz e trevas, do bem e do mal. 
Deus permanece sobre o controle de tudo e de 
todos, mas permite ao diabo e seus demônios 
agirem de tempos em tempos, e sobre pessoas e 
condições, para determinados fins, para que 
através da resistência que lhes é feita por Seus 
filhos, estes sejam refinados na fé e 
amadurecidos espiritualmente. 
Não há mais do que uma verdade absoluta 
concernente ao bem. O que é e que há de ser já 
se encontra revelado na Palavra de Deus, 
conforme ela nos foi dada pela inspiração do 
Espírito Santo. 
Simplesmente não há como criar outro modo de 
vida para o homem que lhe seja útil e bom, além 
do que já está revelado, porque, antes de tudo, 
este homem necessita ser perdoado e 
justificado do pecado, e isto pode ser feito 
somente por meio de Jesus. Além disso, não há 
outro meio de aperfeiçoamento e santificação 
do homem além da Palavra de Deus e do Espírito 
Santo. 
31 
 
De modo que, todos aqueles que tentaram 
inventar sistemas para a libertação do homem, 
criaram verdadeiras aberrações inúteis, 
conforme elas têm sido demonstradas pelo 
tempo, e dentre estas podem ser enquadradas 
as do comunismo/socialismo. 
Eles deixaram Deus de lado, porque o Senhor já 
lhes havia deixado entregues a si mesmos para 
inventarem toda sorte de coisas com aparência 
de sabedoria, mas que não passavam de mera 
rebelião à Sua santa, boa e agradável vontade. 
Todas estas iniciativas, por mais que elas 
possam durar neste mundo, já trazem sobre si, 
desde o nascedouro o selo de “morto e 
condenado”, pois não pode haver vida fora da 
fonte da verdadeira vida, que é o próprio Jesus. 
De modo que aquele que o rejeita, rejeita a vida, 
e permanecerá sob a maldição e condenação 
eternas decorrentes do pecado. 
Mas, quando foi que começou o socialismo a ser 
empregado como doutrina filosófica e política 
no mundo? 
O socialismo foi consequente do espírito 
libertino da Revolução Francesa. 
32 
 
Buscando fugir de uma forma de cativeiro aos 
governantes absolutistas do passado, o 
socialismo caiu em um outro cativeiro muito 
pior que é o do pecado e inimizade contra Deus 
e negação da Sua pessoa divina. 
Eles confundiram o absolutismo das 
monarquias da época,cujos reis afirmavam 
reinar em nome de Jesus, com o próprio 
cristianismo bíblico, e assim, passaram a ter no 
cristianismo um inimigo a ser vencido, para que 
pudessem se perpetuar no poder. 
Os árabes, de modo geral, consideram o mundo 
ocidental como sendo o próprio cristianismo, 
dado as nações serem chamadas de cristãs. Eles 
não conseguem perceber a diferença que há 
entre a verdade revelada por Deus na Bíblia 
quanto a Jesus e sua igreja verdadeira, com 
aqueles que são apenas crentes no nome. 
Como são diversas as culturas existentes no 
mundo, pela necessidade de adaptar-se a elas, o 
socialismo toma também formas diversificadas 
em seu modo de atuação. Por exemplo, em 
contextos de nações ainda muito 
conservadoras, suas ações voltadas para a 
desconstrução do cristianismo são sutis, mas 
esta sua real intenção nunca é declarada 
expressamente, pois falar-se-á em nome de 
33 
 
garantia de liberdades, de avanços 
democráticos ou o que for que seja palatável ao 
gosto da sociedade que estiver sendo enganada. 
Uma sociedade conservadora, fundada na 
liberdade cristã, dificilmente abdicará de seus 
valores em prol de diretrizes governamentais, e 
esta é a razão porque o socialismo na China não 
busca a dissolução da família nuclear como 
ocorre com o que é praticado no Brasil. A 
sociedade chinesa não foi formada segundo os 
valores do cristianismo, conforme foi o caso do 
Brasil, e já está acostumada ao modelo ditatorial 
do comportamento, desde a lavagem cerebral 
feita por Mao Tsé Tung, De modo que quando o 
governo decreta que está proibida a leitura 
bíblica em público, isto é aceito sem 
contestação. Recentemente, o mesmo foi feito 
também na Bolívia. 
Como o socialismo está sempre atuando na 
sociedade independentemente de se encontrar 
ou não no poder, a ideologia de gênero foi 
implantada na lei americana nos governos de 
Clinton e Obama (socialistas), e Trump 
(conservador) está procurando removê-la. 
Se o socialismo não estiver no poder, ele já 
conseguiu infiltrar na sociedade as suas crenças 
34 
 
libertinas antibíblicas, sobretudo através da 
educação, da imprensa e das artes. 
Quem ganharia e o que ganharia com a 
implantação da ideologia de gênero no Brasil? 
Por que a esquerda enfatiza tanto a causa LGBT 
no Brasil? 
Por que essa terrível e contínua insistência em 
tentar descontruir a família nuclear? Por um 
simples motivo: porque é uma instituição 
bíblica. E dar-se uma nova e ampliada definição 
ao casamento representaria a derrota de Deus e 
da Bíblia. Esta é a liberdade do homem que eles 
têm para oferecer. 
Não é um fator para se causar admiração que em 
um mundo em que a maioria das pessoas não 
conhece a Deus e não o ame, que elas não 
desejem se submeter aos seus preceitos. Ainda 
que não fosse por um motivo de rebelião 
expressamente declarada elas procurarão 
andar em conformidade com os seus próprios 
valores e conceitos. 
Isto pode ser aplicado tanto individual quanto 
coletivamente. Por exemplo, quando em 1789 
houve a chamada Revolução Francesa, com seu 
pressuposto humanístico de liberdade, 
35 
 
igualdade e fraternidade, em que Deus ficava de 
fora, e em seu lugar foi erigida a deusa razão, o 
mesmo jamais poderia ter ocorrido na 
Inglaterra, em cujo período havia um forte 
apego da população a Deus e à Sua Palavra. 
Assim, o mundo ocidental sempre esteve 
debaixo destas grandes duas influências: das 
missões cristãs, ou do expansionismo dos ideais 
da Revolução Francesa. Desta surgiram vários 
braços como o dos Iluminattis e do Comunismo 
e do Socialismo. 
Não se sustenta a justificativa de que o grande 
fator propulsor que havia levado homens como 
Voltaire e Rosseau, cujos escritos influenciaram 
grandemente os ideais revolucionários 
franceses, tivesse sido a grande superstição que 
havia no cristianismo de Roma, que se valia 
inclusive de práticas nada honestas como a das 
indulgências, pois dois séculos já haviam 
transcorrido desde a Reforma Protestante, e os 
puritanos na Inglaterra eram um verdadeiro 
exemplo de nobreza e santidade para o mundo. 
Mas quem vê em Deus um estraga-prazeres não 
quer saber de bom exemplo e nem de viver 
abençoado, senão de dar larga justificativa para 
todos os seus desejos carnais e pecaminosos. Se 
não há céu, se não há inferno, se não há 
36 
 
julgamento futuro, então não com o que se 
preocupar quando ao que possa nos suceder por 
praticarmos aquelas coisas que Deus condena. É 
assim que eles costumam pensar, sem saber 
que Deus é paciente e longânimo, e que pode 
esperar centenas de anos para finalmente julgar 
definitivamente uma nação ou alguém. 
O mundo atual encontra-se irremediavelmente 
dividido entre aqueles que são conservadores e 
progressistas. Não há necessidade que saibam 
definir ou não de que lado se encontram, pois 
por seus valores e crenças demonstrarão a que 
lado pertencem de fato. 
É possível, em razão de se estar sujeito a um 
processo inconsciente, que haja uma mescla em 
alguns, tanto de ideias conservadoras, quanto 
progressistas, naquilo que não sejam 
autoexcludentes. Por exemplo, é possível que 
alguém seja um cristão praticante, 
frequentador de cultos de adoração e oração, e 
adotar como comportamento procedimentos 
que sejam contrários aos princípios bíblicos. 
Isto será resultante e proporcional ao tipo de 
sociedade a que se pertença, e da qual seja 
diretamente influenciado. 
Como o mundo, em geral, está sempre na 
direção oposta à de Deus, então, por 
37 
 
pressuposto básico, o cristão genuíno é alguém 
que sempre terá que nadar contra a correnteza 
e terá que se exercitar em muita disciplina para 
que possa permanecer fiel à vontade de Deus 
expressada em Sua Palavra. 
Como muito das práticas da sociedade moderna 
do mundo ocidental recebeu e tem recebido por 
continuadas intervenções do socialismo na 
educação, na imprensa, na cultura e nas artes, é 
daí que o comportamento tem sido moldado, e 
há um modo de pensar moderno que enfatiza a 
liberdade em vez da responsabilidade, os 
direitos em vez dos deveres, a independência 
em vez do compromisso, a satisfação plena dos 
desejos e da vontade em vez da renúncia e da 
disciplina. 
Como tudo o que se requer no Cristianismo é 
basicamente humildade, renúncia ao ego, 
paciência no sofrimento, diligência e disciplina 
no cultivo das virtudes cristãs, então não é difícil 
de se concluir que o caminho do cristão é 
completamente diverso do caminho do 
mundano. 
Para fins especialmente de referência e 
balizamento histórico estamos apresentando 
adiante um artigo extraído da Wikipédia sobre a 
História do Socialismo, de maneira que 
38 
 
possamos entender um pouco melhor um dos 
maiores inimigos que temos que combater 
como cristãos em nossos dias, para que não 
sejamos contaminados e impulsionados por 
seus pressupostos, especialmente aqueles que 
são ocultos das grandes massas por 
conveniência de se ocultar seus reais propósitos 
de desconstruir os valores cristãos. 
A história do socialismo encontra suas origens 
na Revolução Francesa e nas mudanças trazidas 
pela Revolução Industrial, apesar de ele ter 
precedentes em movimentos e ideias 
anteriores. Assim como o conceito de 
capitalismo, ele contém uma grande gama de 
visões. 
O termo “socialismo” é geralmente atribuído a 
Pierre Leroux em 1834, que chamou de 
socialismo "a doutrina que não desistiria dos 
princípios de Liberdade, Igualdade e 
Fraternidade" da Revolução Francesa de 1789, 
ou a Marie Rocha Louis Reybaud na França, ou 
então na Inglaterra a Robert Owen, que é 
considerado o pai do movimento cooperativo. 
A maioria dos socialistas daquele período se 
opuseram aos deslocamentos trazidos pela 
Revolução Industrial. Eles criticaram o que 
conceberam como injustiça, desigualdades e 
39 
 
sofrimentos gerados pela revolução e o 
mercado livre laissez faire noqual ela se 
sustentava. 
O Conde de Saint-Simon, um seguidor de Adam 
Smith, argumentou que uma irmandade de 
homens deveria acompanhar a organização 
científica da indústria e da sociedade. Proudhon 
disse que "propriedade é roubo" e que o 
socialismo era "toda ideia para o melhoramento 
da sociedade". Proudhon se definia como 
anarquista, assim como Bakunin, o pai do 
anarquismo moderno, que é também chamado 
de socialista libertário, uma teoria na qual os 
trabalhadores controlariam os meios de 
produção através de suas próprias associações 
de produção. 
O Manifesto Comunista foi escrito por Karl 
Marx e Friedrich Engels em 1848, pouco tempo 
antes das Revoluções de 1848 varrerem a 
Europa, expressando o que eles chamaram de 
“socialismo científico”. No último terço do 
século XIX partidos social-democratas 
surgiram na Europa, baseando-se 
principalmente no Marxismo. 
Na primeira metade do século XX a União 
Soviética e os partidos Comunistas da Terceira 
Internacional ao redor do mundo passaram a 
40 
 
representar o socialismo em termos do modelo 
econômico de desenvolvimento soviético, ou 
seja, a criação de economias planificadas 
direcionadas por um Estado que possui todos os 
meios de produção, apesar de outros ramos 
condenarem o que eles enxergavam como falta 
de democracia. 
Comunistas na Iugoslávia na década de 60 e na 
Hungria nas décadas de 70 e 80, comunistas 
chineses desde a Reforma Econômica Chinesa, 
e alguns economistas ocidentais, propuseram 
diferentes formas de socialismo de mercado, 
reconciliando o controle cooperativo ou do 
Estado dos meios de produção com forças do 
mercado, permitindo que o mercado guie a 
produção e o comércio ao invés de planejadores 
centrais. 
Em 1945 Partidos Socialistas Europeus no poder 
eram considerados administrações socialistas 
por alguns. No Reino Unido, Herbert Morrison 
disse que "Socialismo é o que a mão-de-obra do 
governo faz", enquanto Aneurin Bevan 
argumentou que o socialismo requer que "os 
principais setores da economia sejam trazidos 
para o poder público", com um plano econômico 
e democracia dos trabalhadores. Alguns 
argumentaram que o capitalismo havia sido 
abolido. Os governos socialistas estabeleceram 
41 
 
a “economia mista” com nacionalizações 
parciais e bem-estar social. 
Em 1968 a longa Guerra do Vietnã (1959-1975) 
fez surgir a Nova Esquerda, socialistas que 
tendiam a ser críticos à URSS e à Social 
Democracia. Anarco-Sindicalistas, alguns 
elementos da Nova Esquerda e outros preferem 
controle descentralizado e coletivo na forma de 
cooperativas ou conselhos operários. 
Nas décadas recentes, partidos socialistas 
europeus redefiniram seus objetivos, e 
reverteram suas políticas sobre nacionalização. 
Hugo Chavez foi um dos defensores do 
Socialismo do século XXI. 
No século XXI, na Venezuela, o presidente Hugo 
Chavez apresentou o que ele chamou de 
“Socialismo do século XXI”, que incluía uma 
política de nacionalização de recursos 
nacionais, como o petróleo, anti-imperialismo, 
e se auto denominou um Trotskista apoiando 
“revolução permanente”. 
Origens do Termo 
O surgimento do termo "socialismo" é 
frequentemente atribuído a Pierre Leroux em 
1834, ou a Marie Roch Louis Reybaud na França, 
42 
 
ou então na Inglaterra a Robert Owen, que é 
considerado o pai do movimento cooperativo. 
Os primeiros socialistas modernos eram os 
críticos sociais ocidentais do início do século 
XIX. Nesse período, o socialismo emergiu de 
uma combinação de doutrinas e experimentos 
sociais associados primariamente com 
pensadores franceses e britânicos - 
especialmente Robert Owen, Charles Fourier, 
Pierre-Joseph Proudhon, Louis Blanc e o Conde 
de Saint-Simon. Esses críticos sociais criticaram 
os excessos de pobreza e desigualdade da 
Revolução Industrial, e defendiam reformas 
como a distribuição igualitária de riquezas e a 
transformação da sociedade em pequenas 
comunidades nas quais a propriedade privada 
seria abolida. Apresentando princípios para a 
reorganização da sociedade por linhas 
coletivistas, Saint-Simon e Owen queriam criar 
o socialismo nas bases de comunidades 
planejadas, utópicas. 
De acordo com alguns relatos, o uso das palavras 
"socialismo" ou "comunismo" estava 
relacionado à atitude com relação à religião em 
uma dada cultura. Na Europa, "comunismo" era 
considerado a mais ateísta das duas. Na 
Inglaterra, entretanto, essa palavra parecia 
43 
 
muito com comunhão, então os ateus preferiam 
se denominar socialistas. 
Em 1847, de acordo com Friedrich Engels, 
"Socialismo" era "respeitável" no continente 
europeu, enquanto "Comunismo" era o oposto, 
os Owenistas na Inglaterra e os Fouriernistas na 
França eram considerados socialistas, enquanto 
os movimentos operários que "proclamavam a 
necessidade de uma mudança social total" se 
denominavam "comunistas". Esse último era 
"poderoso o bastante" para produzir o 
comunismo de Étienne Cabet na França e 
Wilhelm Weitling na Alemanha. 
Henri de Saint-Simon 
Henri de Saint-Simon, que é chamado de 
fundador do socialismo francês, argumentava 
que uma sociedade de homens deve 
acompanhar a organização científica da 
indústria e da sociedade. Ele propôs que a 
produção e distribuição deveriam ser 
controladas pelo Estado, e que permitir que 
todos tivessem oportunidades iguais para 
desenvolver seus talentos levaria à harmonia 
social, e o Estado poderia ser virtualmente 
eliminado. "Poder sobre os homens seria 
substituído pela administração das coisas." 
44 
 
Robert Owen 
Robert Owen advogava a transformação da 
sociedade em comunidades pequenas, locais 
sem sistemas elaborados da organização social. 
Owen foi um gerente de moinho de 1800 a 1825. 
Ele transformou a vida na vila de New Lanark 
com ideias e oportunidades que eram pelo 
menos cem anos à frente de seu tempo. 
Trabalho infantil e punição corporal foram 
abolidos, e os aldeões tinham casas decentes, 
escolas e aulas noturnas, atendimento médico 
gratuito, e comida a preços acessíveis. 
Pierre-Joseph Proudhon 
Pierre-Joseph Proudhon pronunciou que 
"propriedade é roubo" e que o socialismo era 
"toda atitude com objetivo de melhorar a 
sociedade". Proudhon se autodenominava 
anarquista e propôs que uma livre associação de 
indivíduos deveria substituir o Estado coercivo. 
Proudhon, Benjamin Tucker, e outros 
desenvolveram essas ideias na direção de um 
livre-mercado, enquanto Mikhail Bakunin, 
Piotr Kropotkin, e outros adaptaram as ideias de 
Proudhon em uma direção socialista mais 
convencional. 
Mikhail Bakunin 
45 
 
Mikhail Bakunin, o pai do anarquismo 
moderno, era um socialista libertário, uma 
teoria pela qual os trabalhadores iriam 
gerenciar diretamente os meios de produção 
através de suas próprias associações produtivas. 
Haveria "iguais meios de subsistência, apoio, 
educação e oportunidade para toda criança, 
menino ou menina, até a maturidade, e iguais 
recursos e estabelecimentos na fase adulta para 
criar seu próprio bem-estar através de seu 
trabalho." 
Enquanto muitos socialistas enfatizaram a 
transformação gradual da sociedade, mais 
notavelmente através da fundação de 
sociedades pequenas, utópicas, um número 
crescente de socialistas se desiludiu com a 
viabilidade dessa abordagem e enfatizou ações 
políticas diretas. Os primeiros socialistas eram 
unidos, entretanto, em seu desejo por uma 
sociedade baseada na cooperação ao invés da 
competição. 
Marxismo e o movimento socialista 
A Revolução Francesa de 1789, de acordo com 
Marx e Engels, "aboliu a propriedade feudal em 
favor da propriedade burguesa".[1] A Revolução 
Francesa foi precedida e influenciada pelos 
trabalhos de Jean-Jacques Rousseau, cujo 
46 
 
Contrato Social começou, "O homem nasce 
livre, e está acorrentado em todos os lugares." É 
creditada a Rousseau influência sobre o 
pensamento socialista, masfoi François Noël 
Babeuf, e sua Conspiração dos Iguais, quem 
forneceu um modelo para os movimentos 
esquerdistas e comunistas do século XIX. 
Marx e Engels basearam-se nessas ideias 
socialistas ou comunistas nascidas na 
Revolução Francesa, assim como na filosofia 
alemã de Hegel, e na política econômica 
inglesa, especialmente aquelas de Adam Smith 
e David Ricardo. Marx e Engels desenvolveram 
um corpo de ideias, as quais eles chamaram de 
socialismo científico, normalmente chamado 
de Marxismo. O Marxismo continha teorias 
sobre história, política, economia e filosofia. 
No Manifesto Comunista, escrito em 1848 
apenas alguns dias antes do início das 
revoluções de 1848, Marx e Engels escreveram, 
"A característica que distingue o Comunismo 
não é a abolição da propriedade em geral, mas a 
abolição da propriedade burguesa." 
Diferentemente daqueles chamados por Marx 
de socialistas utópicos, Marx disse que, "A 
história de todas sociedades até o momento é a 
história da luta de classes." Enquanto os 
socialistas utópicos acreditavam que era 
47 
 
possível trabalhar dentro ou reformar a 
sociedade capitalistas, Marx confrontava a 
questão do poder político e econômico da classe 
capitalista, expressa em seu domínio dos meios 
de produção (fábricas, bancos, comércio, ou 
seja, “capital”). Marx e Engels formularam 
teorias abordando a maneira prática de alcançar 
e gerenciar um sistema socialista, que eles 
acreditavam ser possível apenas através do 
controle comum daqueles que produzem 
riquezas na sociedade, os trabalhadores ou 
proletariado, sobre suas ferramentas de 
trabalho, as maneiras de produzir riquezas. 
Marx acreditava que o capitalismo só poderia 
ser deposto através de uma revolução feita pela 
classe trabalhadora: "O movimento proletário é 
o movimento independente, autoconsciente da 
imensa maioria, pelos interesses da imensa 
maioria." Marx acreditava que o proletariado era 
a única classe com a coesão, meios e 
determinação de fazer uma revolução. 
Diferentemente dos socialistas utópicos, que 
frequentemente idealizavam uma vida agrária e 
não viam com bons olhos o crescimento da 
indústria moderna, Marx via o crescimento do 
capitalismo e do proletariado urbano como um 
estágio necessário para se chegar ao socialismo. 
48 
 
Para os marxistas, socialismo, ou como Marx 
definiu, a primeira fase da sociedade comunista, 
pode ser vista como um estágio transitório 
caracterizado pela posse comum ou do estado 
dos meios de produção sob o controle e 
gerenciamento democrático dos trabalhadores, 
que Engels disse estar começando a acontecer 
na Comuna de Paris de 1871, antes dela ser 
encerrada. O socialismo é para eles a fase 
transitória entre o capitalismo e a "fase mais 
elevada da sociedade comunista". Uma vez que 
essa sociedade tem características de ambos 
seu ancestral capitalista e está começando a 
mostrar propriedade do comunismo, ela terá 
posse dos meios de produção coletivamente 
mas distribuirá os resultados de acordo com a 
contribuição individual. Quando o estado 
socialista (a ditadura do proletariado) 
naturalmente se dispersar, o que restará será 
uma sociedade na qual seres humanos não mais 
sofrem de alienação. Nessa fase "a sociedade 
escreve em seus banners: de cada de acordo 
com sua habilidade para cada de acordo com 
suas necessidades." 
Para Marx uma sociedade comunista tem uma 
ausência de diferentes classes sociais e portanto 
da luta de classes. De acordo com Marx e Engels, 
uma vez que a sociedade socialista tivesse sido 
introduzida, o estado começaria a atrofiar, e a 
49 
 
humanidade teria controle de seu próprio 
destino pela primeira vez. 
Até aqui as palavras da Wikipédia. 
O comunismo, em seus primórdios pregou e 
lutou pela tomada do poder pelo proletariado 
visando principalmente à economia com a 
estatização dos meios de produção. 
Percebeu-se que a eliminação da iniciativa 
privada, pelo ato de se calar o elemento criativo 
e voluntário do processo de produção 
emperrava o mecanismo de tal forma que 
impedia a continuidade de qualquer progresso 
considerável. 
Por isso, já na própria União Soviética houve 
maciços investimentos de capital privado, 
inclusive dos EUA nas indústrias petrolíferas, 
para não citar outras, e este modelo do uso do 
privado no modelo estatal avançaria sobretudo 
no modo comunista chinês. 
Foi percebido também que não era a posse dos 
meios de produção pelo Estado que lhe auferia a 
autoridade e o poder para governar, mas o 
controle sobre a educação, a imprensa, a mídia, 
as artes, de maneira que tanto maior seria este 
poder do governo quanto o número de 
50 
 
aderentes à causa socialista, fosse de forma 
voluntária ou não, consciente ou não. 
Um modo de pensar socialista sem que fosse 
revelado explicitamente a forma como isto 
estava sendo implantado sob outros nomes, 
como por exemplo: pensamento progressista, 
avanço democrático, liberdade de expressão, e 
muitos outros termos atrativos de fácil adesão 
pela população em geral. 
Quem foram os mentores que conduziram este 
processo no Brasil? Os chamados senhores do 
mundo que detêm o grande capital empregado 
especialmente nas grandes agências 
financeiras, os partidos políticos, quase todos 
eles, senão todos, promotores ou aliados ao 
programa da esquerda, a grande mídia oficial, 
reitores e professores de universidades, artistas 
usados pelo sistema, e outros agentes de 
formação de opinião. 
Quantos inimigos do Reino de Cristo estão a 
serviço da Velha Serpente, que agora se 
transformou num grande dragão vermelho de 7 
cabeças e 10 chifres. 
Se não fosse pelo fortalecimento da Igreja, que é 
o grande opositor que Deus usa contra o dragão, 
ele, de há muito já teria dominado todo o mundo 
51 
 
ocidental, banindo dele o culto a Deus, assim 
como logrou fazer em várias partes do mundo 
oriental. 
Não apenas no Brasil, mas em toda a América 
Latina, aconteceu um fato marcante e decisivo 
para a aceleração da implantação do socialismo 
por essas bandas, e a causa disto foi a 
desintegração do Império Soviético, com a 
queda do Muro de Berlim em 1989. 
Como havia em toda Europa uma forte 
resistência ao avanço do comunismo, este 
estendeu suas teias para a América Latina, e isto 
foi materializado com a criação do Foro de São 
Paulo em 1990, do qual, para maiores 
informações lançamos mão do artigo da 
Wikipédia que segue abaixo: 
Foro de São Paulo 
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Tipo Organização internacional 
Fundação julho de 1990 (28 anos) 
Estado legal Ativo 
Propósito Segundo o próprio grupo: 
aprofundar o debate e procurar avançar com 
52 
 
propostas de unidade de ação consensuais na 
luta anti-imperialista e popular, promover 
intercâmbios especializados em torno dos 
problemas econômicos, políticos, sociais e 
culturais que a esquerda continental enfrenta. 
Sede Não possui sede oficial 
Membros 111 partidos políticos e organizações 
de esquerda de toda a América Latina[1] 
Línguas oficiais Espanhol, português e inglês 
Organização 
Fidel Castro 
Hugo Chávez 
Luiz Inácio Lula da Silva 
José Dirceu 
Sítio oficial www.forodesaopaulo.org 
O Foro de São Paulo (FSP) é uma união de 
partidos políticos e organizações de esquerda, 
criada em 1990, a partir de um seminário 
internacional promovido pelo Partido dos 
Trabalhadores (PT), do Brasil,[2][3] que 
convidou outros partidos e organizações da 
53 
 
América Latina e do Caribe para promover 
alternativas às políticas dominantes na região 
durante a década de 1990, chamadas de 
"neoliberais",[4] e para promover a integração 
latino-americana no âmbito econômico, 
político e cultural. 
Segundo a organização, atualmente mais de 100 
partidos e organizações políticas de diversos 
países participam dos encontros.[1] As posições 
políticas variam dentro de um largo espectro, 
queinclui partidos social-democratas; extrema-
esquerda; organizações comunitárias, sindicais 
e sociais; esquerda cristã, grupos étnicos e 
ambientalistas; organizações nacionalistas e 
partidos comunistas. 
A primeira reunião do Foro foi realizada em São 
Paulo em 1990. Desde então, o Foro tem 
acontecido a cada um ou dois anos, em 
diferentes países da América Latina. Até julho 
de 2017, foram 23 encontros no total.[5] A 
primeira união do Foro foi realizada em São 
Paulo em 1990. Depois, as reuniões ocorreram a 
cada um ou dois anos: México (1991), Manágua, 
Nicarágua (1992); Havana, Cuba (1993); 
Montevidéu, Uruguai (1995); San Salvador, El 
Salvador (1996); Porto Alegre, Brasil (1997); 
Cidade do México, México (1998); 
Niquinohomo, Nicarágua (2000); Havana 
54 
 
(2001), Antígua, Antígua e Barbuda (2002); 
Quito, Equador (2003); São Paulo (2005); San 
Salvador (2007); Montevidéu (2008); Cidade do 
México (2009), Buenos Aires, Argentina (2010); 
Manágua (2011); Caracas, Venezuela (2012); São 
Paulo (2013), La Paz, Bolívia (2014), Cidade do 
México (2015), San Salvador (2016) e Nicarágua 
(2017). 
História 
O primeiro encontro foi numa reunião ocorrida 
de 1º a 4 de julho de 1990, no extinto Hotel 
Danúbio, na cidade de São Paulo, Brasil,[6] e 
conseguiu reunir 48 partidos e organizações de 
14 países latino-americanos e caribenhos, 
atendendo ao convite do Partido dos 
Trabalhadores (PT).[7] Essas organizações 
reuniram-se visando debater a nova conjuntura 
internacional pós-queda do Muro de Berlim, em 
1989, e elaborar estratégias para fazer face ao 
embargo dos Estados Unidos a Cuba. O encontro 
chamava-se "Encontro de Partidos e 
Organizações de Esquerda da América Latina e 
do Caribe". 
No encontro seguinte, realizado na Cidade do 
México, em 1991, com a participação de 68 
organizações e partidos políticos de 22 países, 
examinou-se a situação e a perspectiva da 
55 
 
América Latina e do Caribe frente à 
reestruturação hegemônica internacional. Na 
ocasião, consagrou-se o nome "Foro de São 
Paulo". 
Após esse encontro, o Foro não parava de 
crescer. No ano seguinte, em Havana (Cuba), já 
contava com a participação de 30 países e o 
número de participantes havia aumentado 
exponencialmente.[8] 
Posicionamentos 
18º encontro do Foro de São Paulo, em Caracas, 
Venezuela. 
Os objetivos iniciais do Foro de São Paulo estão 
expressos na "Declaração de São Paulo", 
documento que foi aprovado no final do 
primeiro encontro, na cidade de São Paulo, em 
1990. O texto deste documento ressalta que o 
objetivo do foro é aprofundar o debate e 
procurar avançar com propostas de unidade de 
ação consensuais na luta anti-imperialista e 
popular, promover intercâmbios especializados 
em torno dos problemas econômicos, políticos, 
sociais e culturais que a esquerda continental 
enfrenta após a queda do muro de Berlim. O 
documento afirmou que o encontro foi inédito 
por sua amplitude política e pela participação 
56 
 
das mais diversas correntes ideológicas da 
esquerda[3]. 
Por fim, a Declaração diz encontrar "a 
verdadeira face do Império" nas renovadas 
agressões a Cuba e também à Revolução 
Sandinista na Nicarágua, no aberto 
intervencionismo e apoio ao militarismo em El 
Salvador, na invasão e ocupação militar norte-
americana do Panamá, nos projetos e passos 
dados no sentido de militarizar zonas andinas da 
América do Sul sob o pretexto de lutar contra o 
“narcoterrorismo”. Assim, eles reafirmam sua 
solidariedade em relação à revolução cubana e à 
Revolução Sandinista, e também seu apoio em 
relação às tentativas de desmilitarização e de 
solução política da guerra civil de El Salvador, 
além de se solidarizarem com o povo 
panamenho e com os povos andinos que 
"enfrentam a pressão militarista do 
imperialismo".[3] 
Um dos temas centrais previstos para o 
encontro do Foro de São Paulo em Montevidéu 
(dias 22 a 25 de maio de 2008) foi a reivindicação 
de renegociação do tratado de criação da Usina 
Hidrelétrica de Itaipu Binacional. O presidente 
do Paraguai, Fernando Lugo de esquerda, é 
membro do Foro de São Paulo e deseja 
aumentar a receita paraguaia proveniente da 
57 
 
Usina de Itaipu, fixada no tratado de 
constituição da hidroelétrica, de 1973. 
Em Janeiro de 2010, o Partido da Esquerda 
Europeia - uma coalizão ampla de partidos de 
esquerda na Comunidade Económica Europeia 
- expressou na abertura de seu terceiro 
congresso seu interesse em estreitar os laços 
com o Foro de São Paulo. 
Organização 
Mapa mostrando membros do FSP (julho de 
2016): 
Mapa mostrando membros do FSP em setembro 
de 2011. 
O Foro funcionou sem um grupo executivo 
apenas na sua primeira edição. No segundo 
encontro, realizado na cidade do México, em 
1991, foi criado o chamado "Grupo de Trabalho", 
encarregado de "consultar e promover estudos 
e ações unitárias em torno dos acordos do Foro". 
Já na reunião realizada em Montevidéu (1995), 
foi criado o Secretariado Permanente do FSP. 
Essas instâncias têm sua composição decidida a 
cada encontro e já foram integradas por 
organizações como: Partido dos Trabalhadores 
(Brasil); Izquierda Unida (Peru); Partido 
58 
 
Comunista de Cuba; Partido da Revolução 
Democrática (México); Movimiento Bolivia 
Libre (Bolívia), entre diversos outros. 
As Forças Armadas Revolucionárias da 
Colômbia (FARC) foram excluídas do Foro a 
partir de 2002, após abandonarem as 
negociações para um acordo de paz na 
Colômbia e enveredarem pelo caminho dos 
sequestros, como da senadora Ingrid 
Betancourt, e do narcotráfico para financiar sua 
causa.[9] O grupo tentou participar de duas 
reuniões subsequentes (em 2004 e 2008), 
porém não obteve sucesso. No ano de 2008 sua 
presença foi barrada pelo PT, que ocupava a 
secretaria-executiva da entidade.[10] 
Membros oficiais 
Lista de alguns dos membros mais notórios do 
Foro de São Paulo, ordenados por país:[1] 
País Nome Situação 
 Argentina Partido Comunista da Argentina
 na oposição 
 Barbados Partido do Empoderamento do Povo
 sem representação 
59 
 
 Bolívia Partido Comunista da Bolívia
 apoia o governo 
Movimento para o Socialismo no governo 
 Brasil Partido dos Trabalhadores (PT) 
Partido Comunista do Brasil (PC do B) 
Partido Democrático Trabalhista (PDT) 
Partido Comunista Brasileiro (PCB) 
Partido Socialista Brasileiro (PSB) 
Partido Pátria Livre (PPL) na oposição 
 Chile Esquerda Cidadã 
Movimento Amplo Social 
Partido Comunista do Chile 
Partido Humanista Chile 
Partido Socialista do Chile na oposição 
 Colômbia Polo Democrático Alternativo 
Partido Comunista Colombiano 
Marcha Patriotica 
60 
 
Presentes por el Socialismo na oposição 
 Costa Rica Frente Ampla na oposição 
 Cuba Partido Comunista de Cuba estado de 
partido único 
 Dominica Partido Trabalhista da Dominica
 no governo 
 República Dominicana Partido da Libertação 
Dominicana no governo 
 Equador Alianza País no governo 
 El Salvador Frente Farabundo Martí de 
Libertação Nacional no governo 
 Guatemala União Revolucionária Nacional 
Guatemalteca na oposição 
 Guiana Aliança do Povo Trabalhador na 
oposição 
 Honduras Liberdade e Refundação 
Partido Unificação Democrática na oposição 
 Martinique Partido Comunista para a 
Independência e o Socialismo 
61 
 
Conselho Nacional de Comitês Populares sem 
representação 
 México Movimento Regeneração Nacional 
(Morena) no governo 
Partido da Revolução Democrática 
Partido do Trabalho apoiam o governo 
Partido Popular Socialista (México) 
Partido Comunista do México 
Partido dos Comunistas Mexicanos sem 
representação 
 Nicarágua Frente Sandinista de Libertação 
Nacional no governo 
 Paraguai Partido Comunista Paraguaio 
Partido País Solidário na oposição 
 Peru Partido Comunista Peruano 
Partido Socialista 
Partido Nacionalista Peruano sem 
representação 
62 
 
 Porto Rico Partido Nacionalista dePorto Rico 
Frente Socialista 
Movimento Independentista Nacional 
Hostosiano sem representação 
 Uruguai Frente Ampla no governo 
 Venezuela Partido Socialista Unido da 
Venezuela no governo 
Membros históricos 
Presidentes cujos partidos políticos são 
membros históricos do Foro de São Paulo: 
 Bolívia - Evo Morales (Movimento para o 
Socialismo) 
 Brasil - Luís Inácio Lula da Silva (Partido dos 
Trabalhadores) 
 Cuba - Miguel Díaz-Canel (Partido Comunista 
de Cuba) 
 Dominica - Charles Savarin (Presidente); 
Roosevelt Skerrit (Primeiro-Ministro) (Partido 
Trabalhista da Dominica) 
63 
 
 El Salvador - Salvador Sánchez Cerén (Frente 
Farabundo Martí de Libertação Nacional) 
 Equador - Lenín Moreno (Alianza País) 
 México - Andrés Manuel López Obrador 
(Movimento Regeneração Nacional) 
 Nicarágua - Daniel Ortega (Frente Sandinista de 
Libertação Nacional) 
 República Dominicana - Danilo Medina (Partido 
de Libertação Dominicana) 
 Uruguai - Tabaré Vázquez (Frente Ampla) 
 Venezuela - Nicolás Maduro (Partido Socialista 
Unido da Venezuela) 
Críticas e controvérsias 
Em 1997, o advogado José Carlos Graça Wagner 
acusou o Foro de ser uma organização 
internacional que objetivava o domínio político 
de países latino-americanos, alegando que a 
conferência reunia partidos ilegais e grupos 
terroristas ligados ao tráfico internacional de 
drogas.[11] Ainda de acordo com José Carlos 
Graça, o Foro visa manter o castrismo em Cuba 
e fazê-lo expandir-se para o continente, e para 
tal, usa o MST como ponta-de-lança.[12] 
64 
 
Luiz Felipe Lampreia ex-Ministro das Relações 
Exteriores, disse, em entrevista para a Globo 
News, que “O que explica a confusão da América 
Latina é o Foro de São Paulo”.[13] No último 
capítulo de seu livro O Brasil e os ventos do 
mundo: memórias de cinco décadas na cena 
internacional, Lampreia escreveu que, "O PT 
impulsionou o Foro de São Paulo (…). Nesses 
encontros, forjou-se um pacto de solidariedade 
visando chegar ao poder e tudo fazer para 
conservá-lo. A solidariedade vem daí e explica a 
leniência com que nosso governo aceitou os 
agravos de Hugo Chávez e Evo Morales (…). 
Chávez não tem nenhum poder de convocatório 
no Brasil, mas penso que faríamos bem em 
manter uma distância crescente do 
coronel."[14] 
Em editorial de 13 de agosto de 2013, o jornal O 
Estado de S. Paulo, descrevendo a reunião como 
um foro anacrônico, aponta que os países 
participantes do foro tinham pior desempenho 
econômico do que os da Aliança do Pacífico. O 
editorial aponta ainda o fato de que todos os 
países que participam do Foro "padecem de 
burocratismo do aparelho estatal" que 
acometeu a União Soviética e seus satélites, e 
que não possuem perspectiva de conquistarem 
uma "verdadeira democracia social e de 
massas".[15] 
65 
 
Opositores do Foro de São Paulo dão destaque 
principalmente à participação da organização 
guerrilheira colombiana FARC nos encontros 
da organização, além de outros grupos também 
considerados criminosos por eles. 
[10][16][17][18] Entre estes grupos que se opõem 
ao Foro estão associações de intelectuais 
liberais como o UnoAmérica,[19] organização 
liderada pelo venezuelano Alejandro Peña 
Esclusa 
Diante de uma consulta sobre o Foro de São 
Paulo, o então Ministro das Relações Exteriores, 
José Serra, alegou que “O Brasil não tem de estar 
aí (no foro), pois não é um país cucaracha”.[20] 
Ver também 
Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA) 
Bolivarianismo 
Chavismo 
Guinada à esquerda 
Neogramscismo 
Onda conservadora 
Revolução Bolivariana 
66 
 
Socialismo do século XXI 
União das Repúblicas Socialistas da América 
Latina (URSAL) 
Até aqui as palavras do artigo da Wikipédia 
sobre o Foro de São Paulo. 
Ora, se há tão grande número de partidos 
socialistas, conforme podemos constatar, aqui 
na América Latina, sem levar em conta as 
demais partes do mundo, é lamentável concluir 
que haja tanta gente que não crê sequer em 
Deus, e pronta para contradizer os Seus 
mandamentos, candidatando-se para serem 
líderes no mundo. 
Nisto, vemos o grande poder de Deus, 
especialmente para preservar e guardar o Seu 
povo, que a Serpente sempre teve por alvo ferir 
e magoar. 
O comunismo/socialismo nada mais é do que 
uma das mais recentes formas que a serpente 
encontrou para enganar as nações, e para 
afastá-las da fé salvadora em Jesus Cristo, que 
consiste sobretudo na prática da verdade. Como 
o comunismo/socialismo prega contra a 
verdade revelada então não é nada difícil 
concluir que é um programa a serviço de 
67 
 
Satanás para tentar barrar o progresso do reino 
de Cristo na Terra. 
Não esqueçamos que o século XIX, que não se 
encontra tão afastado de nós, foi o palco da 
queda de monarquias em todo o mundo, e 
formas de governo republicanas entraram em 
cena para substituí-las. 
A jovem República brasileira que teve início em 
1889 sempre deu espaço para a práxis socialista, 
assim como sucedeu em todas as nações que 
haviam deixado a monarquia para trás, pois esta 
práxis sempre apontou para o alvo da tríade da 
Revolução Francesa, de Liberdade, Igualdade e 
Fraternidade, ainda que seja fundada em 
princípios e valores contrários aos que são 
revelados na Bíblia. 
Este idealismo é utópico porque o homem de si 
mesmo é um ser dividido e escravizado ao 
pecado, e não inclinado naturalmente ao que 
seja virtuoso e bom. De maneira que nem 
mesmo como objetivo a ser alcançado, o ideal 
revolucionário se presta. 
É por ser verdadeiro e trabalhar somente com a 
verdade, que Deus caminha em direção oposta 
ao ideal socialista e prega a fé, o 
arrependimento, a conversão, como 
68 
 
pressupostos básicos para a entrada no seu 
reino eterno de justiça e paz. 
Para isso ele tem formado um povo 
exclusivamente seu dentro de muitas nações, e 
este povo é reunido sob uma única Cabeça, que 
é Jesus Cristo, para serem mudados, ensinados, 
guiados, conduzidos pelas veredas da verdade e 
da justiça, não dos homens, mas de Deus. 
Os crentes serão sempre perseguidos sob a falsa 
acusação de serem contrários à unidade e 
fraternidade universais, coisa que como já 
vimos antes, é impossível por si mesma em 
razão da natureza decaída do homem no pecado. 
Deus chama o seu povo para fora do mundo, e o 
mundo convoca a todos para se juntarem às 
formas de procedimentos consensados como 
úteis e necessários para serem praticados por 
toda a sociedade. 
Mas o crente, sendo criterioso em todas as 
coisas, julga-as à luz da Palavra de Deus, e 
rejeitará aqueles que sejam contrárias à Sua 
vontade. 
Isto dará causa a serem odiados por todos, 
especialmente por aqueles que sejam ativistas 
conscientes dentro do programa de aplicação 
69 
 
do comunismo/socialismo, que requer a 
rendição da vontade coletiva aos padrões 
comportamentais introduzidos na sociedade, e 
que têm, muitos deles, a força da lei para exigir 
o referido cumprimento. 
Daí a importância de que os cristãos sejam 
devidamente informados de quais são 
realmente as intenções do 
comunismo/socialismo, para que, pelo 
exercício do voto não conduzam para o poder 
aqueles que são inimigos de Deus e da Sua 
Palavra. 
Quem poderia imaginar que uma sociedade 
conservadora como a americana chegaria a 
aprovar algum dia a lei de ideologia de gênero? 
Mas anos sucessivos dos democratas no poder, 
que são de orientação socialista, os trouxe a isto, 
e foi a sociedade como um todo, que lhes deu o 
direito de governarem através do exercício do 
voto. 
De modo que antes de deixar se encantar pelas 
bandeiras do socialismo, de liberdade, 
igualdade e fraternidade, questione e bem 
inteire-se de que tipo de liberdade, igualdade e 
fraternidade eles estão defendendo de fato. É 
óbvio que esconderão que é aquele que é 
70 
 
resultante da transgressão dos valores cristãos, 
da desconstrução destes valores, para quea 
sociedade como um todo possa dar as mãos 
concordando com tudo o que venha da parte de 
seus governantes ímpios e não tementes a Deus. 
Mas o cristão tem o mandamento de antes 
obedecer a Deus do que a homens. Se a lei do 
homem contaria a lei de Deus, não é lícito para 
um cristão que ele obedeça ao homem e não a 
Deus, no caso citado. 
Neste conflito, muitos perderam até mesmo a 
própria vida, em martírio, porque se recusaram 
a negar a sua fé em Cristo. Eles preferiram 
encarar a morte do que se entregarem a uma 
forma de vida contrária aos princípios revelados 
por Deus em Sua Palavra. 
Esta fé sempre foi e continuará sendo provada. E 
a maior provação de todas ainda há de se revelar 
no tempo do fim, quando muitos serão 
perseguidos e mortos sob o Anticristo. 
Graças a Deus, que nas questões da fé, não 
somos avaliados pelo coletivo, mas pela 
avaliação individual que Deus faz da fé de cada 
um dos Seus filhos, e Noé que o diga, pois foi 
aprovado solitariamente em meio a toda uma 
71 
 
geração que foi sujeitada à condenação por 
causa da incredulidade. 
Ainda que o comunismo/socialismo viesse a 
predominar de forma massiva em todo o 
mundo, ainda aí, Deus teria os seus milhares 
que não dobrariam seus joelhos a Baal, e que 
seriam considerados mais do que vencedores 
por meio da fé em Jesus Cristo. 
Se podemos trazer algum conforto para a nação 
por conduzir pelo voto homens e mulheres ao 
poder que sejam contrários ao 
comunismo/socialismo, e sejam defensores da 
moral e dos bons costumes fundados na 
revelação bíblica, que não desperdicemos a 
oportunidade de fazê-lo. 
Mas ainda que isto não seja possível, e vivamos 
debaixo de regimes totalitários em que 
predominem governos anticristãos, nem por 
isso fiquemos desanimados, pois teremos 
maiores oportunidades de experimentar a força 
da nossa fé para nos manter e guardar em um 
procedimento inteiramente fiel, por maiores 
que sejam as perseguições e desconfortos que 
possamos sofrer. 
72 
 
Nossa esperança nunca deve estar colocada no 
homem ou nos sistemas humanos, mas 
somente em Deus e na força do Seu poder. 
Ainda que não haja paz e justiça na nação, é 
possível tê-las, pela graça de Deus, no coração. 
O testemunho da igreja é a luz de Jesus em meio 
a um mundo de trevas que sempre foi hostil aos 
crentes autênticos. 
Desde o seu início no dia de Pentecostes, com o 
derramamento do Espírito Santo, a Igreja foi 
duramente perseguida pelos próprios judeus. 
Depois sofreu também perseguição da parte do 
Império Romano, na seguinte ordem: 
A Primeira Perseguição sob o Governo de Nero 
(64 d.C) 
A Segunda Perseguição sob o Governo de 
Domiciano ( 96 d.C) 
A Terceira Perseguição sob o Governo de 
Trajano (98-117 d.C) 
A Quarta Perseguição sob o Governo de Adriano 
(117-138) 
73 
 
A Quinta Perseguição sob o governo de 
Antonino, o Pio (138-161) 
Neste governo os cristãos tiveram finalmente 
sossego, apesar de haver casos esporádicos de 
perseguições. Contudo os cristãos tinham 
liberdade de anunciar o evangelho. O 
cristianismo foi levado a várias partes do 
império. Policarpo, um dos pais da Igreja foi 
martirizado por este tempo. 
A Sexta Perseguição sob o governo de Marco 
Aurélio. (161-180) 
A pretexto de manter a paz do estado estimulou 
a perseguição à religião cristã. Muitas destas 
perseguições ficaram famosas como a dos 
“mártires de Lião e Viena”. Muitos filósofos 
começam a escrever ao imperador defendendo 
a fé cristã, entre eles justino, Aristídes, 
Atenágoras, Melitão de Sardes e outros. Neste 
tempo, morreu Justino, o mártir. 
A Sétima Perseguição sob o Governo de Sétimo 
Severo (193-211) 
Durante algum tempo favoreceu os cristãos, 
mas perto do ano 202 sua benevolência chegou 
ao fim. Os cristãos do norte da África foram os 
que mais sofreram com a crueldade das 
74 
 
perseguições sob seu governo. De nada 
adiantaram as defesas jurídicas do advogado e 
apologista cristão Tertuliano. O número de 
mártires era grande, um exemplo disso foi o 
martírio de duas cristãs, Perpétua e Felicidade, 
que foram estraçalhadas pelas feras. Não 
obstante, o número de conversões era ainda 
muito maior a ponto de Tertuliano exclamar 
que o sangue dos cristãos é semente da igreja. 
A Oitava Perseguição sob o Governo de 
Maximino (235-238) 
A Nona Perseguição sob o Governo de Décio 
(249-251) 
Décio reavivou o culto ao imperador e a 
adoração dos deuses. Omitiu decretos para cada 
cristão no império sacrificar em público. Como 
eles não se curvavam diante de seus editos, nova 
onda de execuções varreu o império. Seu 
governo propôs liquidar a religião cristã. Nesta 
época Orígenes morreu em decorrência das 
torturas sofridas. 
A Décima Perseguição sob o Governo de 
Valeriano (253-260) 
Este imperador ultrapassou em crueldade seu 
antecessor. Proibiu os cristãos de cultuar e 
75 
 
visitar as catacumbas. A recusa do sacrifício é 
castigada com mortes, confisco de bens, 
banimentos e trabalhos forçados. Entre os 
executados sob seu regime estava o bispo 
Cipriano. 
A Última Perseguição Imperial sob o Governo 
de Diocleciano (284-305) 
Esta foi a última e a mais longa das perseguições 
que durou 10 anos. Diocleciano auxiliado por 
seus amigos, mandou destruir todas as igrejas e 
os escritos sagrados, além disso mandou 
prender os principais líderes das igrejas e 
forçou os cristãos a sacrificarem aos deuses. 
Suas perseguições alcançaram todo o império, e 
os cristãos eram caçados e exterminados exceto 
na região da Gália onde residia o imperador 
Constantino. 
Como o diabo não logrou êxito em deter o 
avanço da Igreja por meio das perseguições 
sangrentas, ele viria a usar também a tática de 
destruição do Cristianismo de dentro de suas 
próprias fronteiras, pelo levantamento de falsos 
mestres com suas heresias destruidoras. E 
destes somos notificados nos próprios escritos 
dos apóstolos no Novo Testamento, 
especialmente contra os judaizantes e 
gnósticos. 
76 
 
A mais terrível oposição que a fé cristã sofreu 
até o tempo da Reforma Protestante no século 
XVI foi dirigida contra o coração da própria 
justificação pela falsa doutrina de que a salvação 
é alcançada pelas boas obras e não somente pela 
graça mediante a fé. 
Como é somente por graça e fé que o pecador 
pode ser justificado e salvo por Deus, então, 
quando o diabo escondeu esta verdade e a 
substituiu pelas obras, contingentes inteiros de 
almas deixaram de alcançar a salvação, porque 
por obras ninguém será justificado e salvo por 
Deus. 
Um outro golpe, que é muito comum de ser visto 
em nossos dias é o de corromper os hábitos de 
santidade, e excluir a necessidade de uma 
verdadeira vida piedosa perseverante na fé e 
boas obras, que evidenciem que somos de fato 
eleitos de Deus. 
Pouco se consegue distinguir a fronteira 
divisória entre o comportamento de um cristão 
e de um mundano. Pouco se vê pregar contra o 
pecado, e sobre a necessidade mortificação 
contínua do pecado residente, com vistas à 
santificação de todo o corpo, alma e espírito. 
77 
 
Mas, vez por outra Deus envia avivamentos e 
produz novas reformas na Igreja trazendo-a de 
volta à posição em que deve ser encontrada. 
É com estas novas infusões renovadoras de 
vitalidade operadas pelo Espírito Santo que os 
crentes são habilitados a alcançar a vitória da fé 
sobre os principados, potestades, o pecado e o 
mundo. 
Este mover pode varrer as trevas de uma igreja, 
de um bairro, de uma cidade, de uma nação ou 
nações, conforme esteja previsto no desígnio 
eterno de Deus. 
O grande fato é que sempre haverá este bom 
combate da fé enquanto estivermos presentes 
neste mundo, e até que Cristo volte, porque Ele 
prometeu e tem cumprido a sua promessa de 
que as portas do inferno não prevaleceriam 
jamais sobre a sua igreja. 
Por mais longos, duros e diversificados que 
sejam os combates, por maiores

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