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Provas da Existência de Deus

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Provas da 
Existência de Deus 
 
 
 
 
Por 
Silvio Dutra 
 
 
 
 
Dez/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A474 
 Alves, Silvio Dutra 
 Provas da existência de Deus 
 Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019. 
 40p.; 14,8 x21cm 
 
 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé 4. Eternidade. 
I. Título. 
 
 CDD 252 
 
 
 
 
 
3 
 
Deus é o Senhor do tempo, pois é o criador do 
tempo, na medida em que criou o espaço. Antes 
da criação dos anjos, do universo, da Terra e de 
tudo o que contêm, havia apenas desde a 
eternidade, sem princípio, nem fim, num 
eterno agora, apenas o Pai, o Filho e o Espírito 
Santo. 
Nosso conceito de existência está muito ligado à 
noção de tempo, porque, diferentemente de 
Deus, estamos fisicamente amarrados ao 
tempo, pelas condições relativas a que fomos 
sujeitados pelo Criador. Por exemplo, não 
estamos vivendo em um sistema solar em que a 
Terra gire em torno do seu eixo com velocidade 
que seja o dobro ou mais da existente, e nem 
também a um movimento de translação em 
volta do sol que fosse equivalente a esta nova 
velocidade. O resultado disso seria que o espaço 
percorrido pela terra para completar uma volta 
em torno do sol (que corresponde a um ano ou 
365 dias), seria duplicado ou mais, conforme o 
valor da velocidade que fosse aplicada. Assim, 
em vez de uma ano, teríamos a experiência de 
dois ou mais anos, nas novas condições 
apresentadas. 
Este conhecimento em relação à existência de 
Deus na eternidade, é muito importante, para 
4 
 
vermos que tempo e espaço, não passam de 
condições relativas que foram introduzidas pelo 
ato de criação divina, pelas diversas formas de 
velocidades aplicadas aos diferentes corpos 
celestiais do universo. 
Deus não é aumentado em anos, Ele não 
envelhece, é sempre o mesmo, ontem, hoje e 
sempre. 
As criaturas observam os eventos na medida em 
que eles vão ocorrendo, mas Deus já viu tudo a 
partir de um ponto muito mais elevado e 
distante daquele em que nos encontramos. De 
maneira que todas as coisas desembocarão 
naquele resultado final previsto por Deus para 
elas, pois de outro modo, Ele não seria o perfeito 
governante do universo e de todas as suas 
criaturas, como de fato Ele é. 
Quando somos chamados pela pregação do 
evangelho a sermos coparticipantes da natureza 
divina, isto significa então que somos 
convidados a dar o salto de um uma condição 
natural, para uma espiritual e eterna, que não 
estará mais sujeitada a tempo e espaço, assim 
como Deus não está, e a plenitude desta 
condição há de ser manifestada, conforme nos 
ensinam as Escrituras, quando deixarmos este 
5 
 
corpo físico, e formos admitidos na presença de 
Deus, em espírito. 
“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda 
não se manifestou o que haveremos de ser. 
Sabemos que, quando ele se manifestar, 
seremos semelhantes a ele, porque haveremos 
de vê-lo como ele é.” (I João 3.2). 
Pelo amor, bondade e graça que existem na 
natureza divina, ao lado de todos os Seus 
atributos, havia uma necessidade inerente em 
Deus de comunicar todo o Seu amor e Sua 
bondade, os quais poderiam ser exibidos a 
criaturas morais que fossem santas e perfeitas; 
bem como os de justiça, misericórdia, paciência 
e longanimidade, às que caíssem em condição 
de miséria; e os de ira e juízo às que vivessem 
em pecado, além de toda a revelação de Seu 
poder, onipotência, onisciência e onipresença 
na produção de todas as formas de seres, 
inclusive os não espirituais, pela multiplicidade 
de faculdades atribuídas a cada um deles, para 
serem a expressão típica da Sua própria glória e 
majestade. 
Como a vida em Deus está sempre em 
movimento, na manifestação do Seu amor, 
graça, glória e juízos, é de se esperar que Ele 
continue com Seus planos de criação e governo 
6 
 
pela eternidade afora, de modo que nunca 
haverá uma ação finita, uma eternidade em 
tédio, como pode ser observado no próprio 
universo e na Terra, onde tudo se movimenta, e 
se expande, e cresce e se multiplica, indicando 
que não é de se admirar que Deus venha a criar 
um novo céu e uma nova Terra, conforme tem 
profetizado e prometido em Sua Palavra 
revelada. 
A perfeição divina consiste em que nada do que 
ainda será, jamais foi do seu desconhecimento. 
Tudo o que for trazido à existência por toda a 
eternidade sem fim já é do conhecimento e 
planejado por Deus, de modo que pode chamar 
todos os corpos celestes que criou, pelos nomes 
que lhes deu, como Ele próprio o declara, e os 
quais, a propósito são trilhões de trilhões, muito 
mais numerosos do que todos os grãos de areia 
de todas as praias da Terra. 
Ele não somente os conhece pelo nome, como 
também lhes trouxe à existência, simplesmente 
pela Sua Palavra de ordem, como vemos, por 
exemplo no relato do livro de Gênesis. 
Gênesis não foi revelado quanto à criação, nem 
tanto para o estabelecimento de tempos de atos 
criativos, mas para demonstrar o causador e a 
7 
 
forma dessa criação, a saber, Deus, e pela Sua 
Palavra criativa autoritativa. 
Contra a teoria louca de que tudo o que existe 
surgiu por geração espontânea, sem o concurso 
da ação divina, há o testemunho da ordem, das 
leis e de todo o plano lógico que governa o 
universo e todos os seres criados, tanto em 
relação a si mesmos, quanto à interdependência 
entre eles. Para a continuidade da vida física 
Deus proveu os alimentos específicos para cada 
uma das espécies, segundo as suas 
necessidades respectivas. O próprio descrente 
sabe que existe um equilíbrio ecológico que 
mantém a vida na Terra, e certamente, 
nenhuma causa espontânea, não inteligente e 
racional, poderia ter gerado isto. 
Quando se chega então ao homem, que se 
distingue de tudo o mais na criação, por ter sido 
o único ser criado à imagem e semelhança de 
Deus, a qual é marcada por ser o único dotado de 
um espírito imortal, aí, deve ser indagado aos 
defensores da teoria da evolução que negam a 
existência de Deus, de onde surgiu este espírito 
que pode ter comunhão espiritual com os 
demais seres espirituais, quando este espírito é 
vivificado por meio do poder de Jesus Cristo, 
comunicando-lhes uma nova natureza 
espiritual, celestial e divina? Todavia, jamais 
8 
 
será por meio de argumentos persuasivos como 
este que alguém poderá chegar ao 
conhecimento de Deus, pois isto é dado 
somente àqueles que são eleitos por Ele, e que 
recebem o dom da fé, para que possam crer e 
conhecê-lo em espírito. 
Os que afirmam a teoria da evolução poderiam 
explicar qual é o propósito da criação? A que se 
destina o universo visível? O que sucederá à 
humanidade, e qual é o objetivo da sua 
existência? Qual é o curso determinado para o 
homem seguir depois que o espírito deixa o 
corpo pela morte física? Enfim, qual é o 
significado e o sentido da existência que não 
considera o plano divino para a humanidade? 
Quem governa o universo para o evolucionista? 
Qual é o poder dominante que mantém as leis da 
natureza em plena vigor? 
É a própria criatura que é dependente de outras 
criaturas? É quem está sujeito a tempo e a 
espaço, podendo prever-se então uma 
aniquilação futura para todas as coisas? 
A vida inteligente humana, seria nesses casos, 
dependente de incertezas, de caprichos do 
destino, de sorte, ou coisas afins, em vez de se 
9 
 
estar debaixo de um Legislador e Governante 
eterno e poderoso, ao qual todos devem prestar 
contas de seus atos, pensamentos e omissões. 
Não estando sujeito a tempo e a espaço, porque 
Ele não é parte da criação, Deus pode exercer 
domínio tanto sobre o tempo e o espaço, como o 
demonstrou fazendo com que o sol se detivesse 
nos dias de Josué, e que regredisse 15 graus nosdias do rei Ezequias, e quando abriu o Mar 
Vermelho, transformou água em vinho; e 
multiplicou grandemente o azeite e a farinha de 
uma vasilha etc. Em Seus juízos não podemos 
esquecer as águas do dilúvio e o fogo 
consumidor em Sodoma e Gomorra. Mas, 
muitos outros sinais foram revelados por Deus 
quanto à Sua onipotência e onisciência, para a 
Sua própria glória. 
É portanto a um Jesus cósmico que servimos. Ele 
não é mero ajudador de pecadores, mas a razão 
mesma de ser da criação, porque tudo foi criado 
por meio dEle e para Ele. Tudo o que existe é 
sustentado pelo Seu próprio poder. Ele é a 
cabeça da criação, especialmente da nova 
criação espiritual que está sendo formada por 
meio da fé nEle. É por Sua manifestação e 
revelação da essência da divindade, que o Pai é 
glorificado. Ele é a resposta para o objetivo e 
10 
 
propósito da criação, e especialmente da vida 
dos santos redimidos. 
“1 Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes 
e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 
2 nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a 
quem constituiu herdeiro de todas as coisas, 
pelo qual também fez o universo. 
3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão 
exata do seu Ser, sustentando todas as coisas 
pela palavra do seu poder, depois de ter feito a 
purificação dos pecados, assentou-se à direita 
da Majestade, nas alturas, 
4 tendo-se tornado tão superior aos anjos 
quanto herdou mais excelente nome do que 
eles.” (Hebreus 1.1-4). 
“Pela fé, entendemos que foi o universo 
formado pela palavra de Deus, de maneira que o 
visível veio a existir das coisas que não 
aparecem.” (Hebreus 11.3). 
“1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava 
com Deus, e o Verbo era Deus. 
2 Ele estava no princípio com Deus. 
11 
 
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio 
dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. 
4 A vida estava nele e a vida era a luz dos 
homens. 
5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não 
prevaleceram contra ela.” (João 1.1-5). 
Deus produz tanto a antiga quanto a nova 
criação por sua Palavra e por seu Espírito. Por 
meio de sua fala ele chama todas as coisas à 
existência a partir do nada (Gn 1; SI 33.6; João 1.3; 
Hb 1.3; 11.3); pela palavra de seu poder ele 
novamente levanta o mundo caído. Ele 
pessoalmente chama Adão (Gn 3.9), Abraão (Gn 
12.1; Is 51.2), Israel (Is 41.9; 42.6; 43.1; 45.4; 49.1; Jr 
31.3; Ez 16.6; Os 11.1) e, por meio de seus servos, 
faz o convite ao arrependimento e à vida (Dt 30; 
2Rs 17.13; Is 1.16; Jr 3; Ez 18; 33; Rm 8.28-29; 2Co 
5.20; l Ts 2.12; 5.24; 2Ts 2.14; I Pe 2.9; 5.10; etc.). 
Como esse chamado de Deus vem às pessoas no 
Filho e por meio dele, e Cristo é aquele que 
obtém nossa salvação, ela é especialmente 
creditada a ele. Assim como o Pai criou todas as 
coisas por meio dele e ele mesmo também é o 
Criador de todas as coisas, assim também ele é 
aquele que chama (Mt 11.28; Mc 1.15; 2.17; Lc 5.32; 
19.10), que envia trabalhadores para sua vinha 
(Mt 20.1-7), chama convidados para as bodas (Mt 
12 
 
22.2), reúne os filhos como a galinha reúne os 
pintinhos (Mt 23.37), designa apóstolos e 
mestres (Mt 10; 28.19; Lc 10; E f 4.11), cuja voz se 
faz ouvir por toda a terra (Rm 10.18). Portanto, 
embora o chamado do crente, essencialmente, 
se origine com Deus ou Cristo, nesse sentido ele 
emprega pessoas, não somente no sentido 
estrito de profetas e apóstolos, pastores e 
mestres, mas também pais e parentes, 
professores e amigos em geral. Há até mesmo 
uma voz que nos fala, provindo de todas as obras 
das mãos de Deus, dos movimentos da história e 
das direções e das experiências de nossa vida. 
Todas as coisas falam de Deus ao crente. Embora 
o chamado, em um sentido restrito, venha a nós 
também através da palavra do evangelho, esta 
não pode ser separada daquilo que vem a nós 
através da natureza e da história. A aliança da 
graça é sustentada pela aliança cósmica da 
natureza. Cristo, o mediador da aliança da graça, 
é o mesmo Logos que criou todas as coisas, que, 
como luz, brilha nas trevas e que ilumina todo 
ser humano que vem ao mundo. Ele não deixa 
ninguém sem testemunho, mas desde o céu faz 
o bem e enche também o coração dos gentios de 
alimento e alegria (SI 19.2-4; Mt 5.45; João 1.5, 9-
10; At 14.16-17; 17.27; Rm 1.19-21; 2.14-15). 
13 
 
Vemos assim que Jesus não é apenas um 
reparador de brechas. Ele não é apenas a 
solução para o problema do pecado que entrou 
no mundo, mas a razão mesma da criação. Tudo 
está seguindo o que foi planejado por Deus Pai 
em Seu conselho eterno, e tudo o que Cristo fez, 
faz e fará está relacionado à realização deste 
planejamento divino. 
É assim que deve ser vista a criação do universo, 
da Terra, do homem natural, do homem 
espiritual, e de tudo o que foi, é e há de ser. 
Ainda que a criação não esteja ligada em 
essência à natureza de Deus, é por ela que se 
manifesta a própria existência divina. Assim, 
como sabemos que há uma fonte de calor 
atuando quando algo está quente, sabemos que 
tudo o que foi criado é apenas a emanação da 
vontade, do poder, da sabedoria, da existência 
divina. 
Se não houvesse Deus, não haveria criação. 
Tudo seria um grande nada. Mas, como Deus 
existe, e tendo o poder de trazer realidades à 
existência a partir do nada, pela palavra do Seu 
poder, então ainda que não possamos provar 
como seja a essência da natureza de Deus, 
todavia podemos conhecê-lo por meio das 
14 
 
manifestações de tudo o que Ele revelou sobre 
Si mesmo. 
De onde veio toda a moralidade que há no 
mundo, mesmo nas nações que afirmam não 
crerem na existência divina, senão em tudo o 
que o próprio Deus registrou nas consciências 
de suas criaturas morais, pelo que revelou e 
ensinou através dos primeiros pais da 
humanidade, a partir de Adão, quanto ao que é 
moralmente aprovado ou reprovado? Até 
mesmo através das criaturas irracionais 
aprendemos muito sobre os atributos de Deus. 
Vemos Sua beleza, fidelidade, lealdade, 
fragrância, elegância, em muitos animais, 
plantas e pedras e metais preciosos. Quanto 
aprendemos pelo contraste da luz que Ele criou 
em relação às trevas. Sem luz física não haveria 
vida natural, e sem luz espiritual emanando de 
Cristo não haveria vida espiritual. A água é boa 
para diversos propósitos se for limpa. Onde há 
sujeira há multiplicação de vários organismos 
nocivos que prejudicam a saúde. Enfim, não 
podemos encerrar a lista de revelações que 
encontramos da pessoa e existência de Deus na 
própria natureza. 
Assim como não podemos negar a existência do 
universo em razão dos muitos corpos celestes 
que não podemos ainda observar diretamente, 
15 
 
em razão das grandes distâncias a que se 
encontram, pois sabemos que Ele existe pelo 
que podemos observar, de igual modo não 
podemos negar a existência de Deus, em razão 
de partes da Sua natureza e essência que Ele não 
nos revelou, porque por diversos modos se 
revelou a nós, especialmente pelas Escrituras, 
as quais confirmam a Sua veracidade, e que 
procedem de fato de Deus, quando praticamos 
suas doutrinas. Sabemos que Deus é amor 
porque Ele nos capacita a amar assim como Ele 
ama, suportando e sendo pacientes com todas 
as coisas, sendo benignos, tudo crendo e 
esperando, e dispostos a dar nossa vida pelos 
irmãos. Sabemos que Deus é perdoador, porque 
quando o conhecemos Ele também nos capacita 
a perdoar até setenta vezes sete. Sabemos que 
Ele é santo, porque o Espírito Santo e a Palavra 
nos purificam e nos inclinam para o que é 
verdadeiro, puro e de boa fama. Enfim, pelos 
diversos testemunhos que alcançamos pela 
prática das Escrituras, confirmamos em nossas 
próprias vidas a existência divina, apesar de não 
o vermos com os olhos naturais, os quais, a 
propósito, se possível, nos propiciariam apenas 
um conhecimento superficial e imperfeito de 
uma visão de uma das formas pelas quaisDeus 
poderia se apresentar a nós. Este seria um 
conhecimento mais do que parcial, porque 
como poderíamos conhecer em plenitude o 
16 
 
Deus que é onipresente, e que preenche todas as 
coisas? Como, sendo finitos, conheceríamos o 
que é infinito, e cujos planos se desenvolverão 
pela eternidade afora à medida que Ele os 
conduzir à realização, em conformidade com a 
Sua vontade e sabedoria? 
Assim, o Senhor nos fala de Si mesmo, de 
diversos modos na natureza, e como já 
dissemos, especialmente pelas Escrituras. 
Portanto, temos, antes de tudo, que distinguir 
um chamado real, que vem aos seres humanos 
não tanto em linguagem clara, mas nas coisas, 
por meio da natureza, da história, do ambiente, 
de vários direcionamentos e experiências. O 
meio pelo qual esse chamado é feito não é o 
evangelho, mas a lei, e, por meio dela, ele ganha 
expressão na família, na sociedade e no estado, 
na religião e na moralidade, no coração e na 
consciência, e chama os seres humanos à 
obediência e os obriga a fazer o bem. Esse 
chamado é reconhecidamente insuficiente para 
a salvação, porque nada sabe de Cristo e de sua 
graça e, portanto, não pode levar ninguém ao Pai 
(João 14.6; At 4.12; Rm 1.16). Nem mesmo com 
esse chamado o mundo, em sua loucura e em 
suas trevas, conheceu a Deus (João 1.5,10; Rm 1.2; 
I Cor 1.21; Ef 2.12). No entanto, ele é uma forma 
rica do envolvimento de Deus com suas 
17 
 
criaturas, um testemunho do Logos, uma ação 
do Espírito de Deus de grande importância para 
a humanidade. Devemos a esse chamado que, 
apesar da realidade do pecado, a humanidade 
continue a existir; que ela tenha se organizado 
em famílias, sociedades e estados; que tenha 
permanecido nela uma noção de religião e de 
moralidade; e que ela não tenha desaparecido 
em um esgoto de bestialidade. Todas as coisas 
convergem em Cristo, que sustenta todas as 
coisas pela palavra de seu poder (Cl 1.16; Hb 1.3). 
Esse chamado também serve especificamente, 
tanto na vida de povos quanto na de indivíduos, 
para pavimentar o caminho para o chamado 
melhor e mais elevado do evangelho. Como 
Logos, por vários caminhos e meios, Cristo 
lança o alicerce de sua obra de graça. Ele mesmo 
apareceu primeiro publicamente apenas na 
plenitude do tempo. Quando o mundo, por sua 
própria sabedoria, não conheceu a Deus, 
aprouve a Deus, através da loucura da pregação, 
salvar aqueles que creem (I Cor 1.21). O 
evangelho não vem a todas as pessoas ao mesmo 
tempo, mas, por muitos séculos, continua seu 
progresso pelo mundo. 
Além disso, no caso de pessoas especiais, ele 
chega no momento em que o próprio Deus 
providencialmente preparou e planejou. 
18 
 
Ora, por mais importante que seja essa vocação 
real, mais elevada é a vocação verbal, que chega 
às pessoas não somente por meio da lei 
revelada, mas especificamente por meio do 
evangelho. Esse chamado, embora não anule o 
chamado que vem por meio da natureza e da 
história, incorpora-o em si mesmo, confirma-o 
e, de fato, o transcende em muito. Ele é, afinal, 
um chamado que procede não do Logos, mas 
especificamente de Cristo. Como seu meio real, 
ele emprega não tanto a lei, mas o evangelho. 
Ele nos convida não pela obediência à lei divina, 
mas pela fé na graça de Deus. Além disso, ele é 
sempre acompanhado por uma ação e 
testemunho do Espírito, que Cristo derramou 
como seu Espírito sobre a igreja (João 16.8-11; Mt 
12.31; At 5.3; 7.51; Hb 6.4). Testemunho esse do 
Espírito Santo com o espírito do crente de que 
agora ele foi tornado de fato filho de Deus, é uma 
das maiores evidências da prova da existência 
de Deus, pelo que pode ser observado de comum 
somente naqueles que são nascidos de novo do 
Espírito Santo. 
É importante observar que o Espírito Santo só foi 
derramado em todas as nações a partir da morte 
e ressurreição de Jesus, dando-se cumprimento 
à promessa feita aos profetas do seu 
derramamento. Até então, as nações eram 
pagãs, sem o conhecimento de Deus conforme 
19 
 
importa ser conhecido, a saber, em Espírito e 
em verdade. 
“28 E acontecerá, depois, que derramarei o meu 
Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e 
vossas filhas profetizarão, vossos velhos 
sonharão, e vossos jovens terão visões; 
29 até sobre os servos e sobre as servas 
derramarei o meu Espírito naqueles dias.” (Joel 
2.28,29). 
A Escritura ordena que o convite à salvação pelo 
evangelho seja feito a todos (Mt 28.19), e declara, 
além disso, que muitos que não vêm são, 
contudo, chamados (Mt 22.14; Lc 14.16-18). Eles 
rejeitam o evangelho (João 3.36; At 13.46; 2Ts 1.8) 
e são, portanto, culpados de horroroso pecado e 
incredulidade (Mt 10.15; 11.22-24; João 3.36; 16.8-
9; 2 Ts 1.8; l João 5.10). 
A Escritura não deixa dúvida de que o evangelho 
pode e deve ser pregado a todas as criaturas. 
A norma de nossa conduta é apenas a vontade 
revelada de Deus. Sobretudo no campo da 
moral, o correto é fazer o que é segundo a 
vontade divina, e o incorreto, o que se opõe a ela. 
Mas, o real conhecimento divino é mais do que 
ajuste à mera moralidade. Ele está atrelado à 
20 
 
santidade, porque Deus é santo, e importa que 
seja conhecido por aqueles que forem também 
santos. De modo que a vocação de todo crente é 
para a santidade. Este é grande objetivo da sua 
chamada. Deus não pode ser conhecido e ter 
comunhão com um coração impuro. A árvore 
deve ser feita boa para que o fruto seja bom. 
Quanto mais somos santificados pelo Espírito 
Santo e a Palavra, mais repelimos o pecado, e 
mais nos inclinamos para as coisas que são do 
alto. Um coração santificado é a maior prova da 
existência de Deus, porque não é possível ter um 
coração que odeie toda forma de pecado, e que 
ame tudo o que está revelado nas Escrituras, e 
que pratique de fato, por hábito, prazer, amor e 
alegria, tudo que se refira à vontade divina. 
Somente aqueles que conhecem a Deus por 
meio da fé em Jesus Cristo, podem manifestar 
em suas vidas aquelas coisas que jamais podem 
ser vistas nos que são incrédulos, como por 
exemplo: autonegação, caminhada por fé e não 
por vista, oração e adoração no Espírito, 
pregação e ensino do evangelho, amor ágape, 
comunhão com os santos etc. 
Para Deus, o resultado da história do mundo não 
pode ser um desapontamento. E, com o devido 
respeito, não é nossa tarefa, mas 
responsabilidade de Deus, ajustar isso com o 
21 
 
oferecimento universal da salvação. Só sabemos 
que o resultado, de acordo com o decreto de 
Deus, está atrelado e é adquirido por todas as 
formas e meios que foram determinadas para 
nós. É somente Deus, pelo seu próprio poder, 
que pode trazer à existência todas as coisas 
relativas à salvação: eleição, redenção, 
justificação, regeneração, santificação e 
glorificação. Que criatura estaria capacitada a 
trazer estas realidades à existência? Somente 
Deus o pode, e assim, isto também prova a Sua 
própria existência. 
O evangelho é pregado aos seres humanos não 
como eleitos ou réprobos, mas como pecadores, 
todos os quais precisam de redenção. 
Ministrado por pessoas que não conhecem o 
conselho secreto de Deus, o evangelho só pode 
ser universal em seu oferecimento. Assim como 
uma rede lançada no mar colhe peixes bons e 
peixes ruins, assim como o sol brilha 
simultaneamente sobre o trigo e o joio, assim 
como a semente cai não somente em solo bom, 
mas também em lugares pedregosos e secos, 
assim também o evangelho, ao ser ministrado, 
alcança todas as pessoas sem distinção. 
Quando se pensa em Jesus apenas como 
Salvador, e não como Juiz, comete-se um grande 
engano quanto ao significado completo da Sua 
22 
 
Pessoa Divina, uma vez que, se durante a 
dispensação da graça a Sua missão se concentra 
principalmente em salvar e não em condenar o 
mundo, todavia, Sua glória seria incompleta 
caso Ele não tivesse autoridade e a missão de 
julgar todos aqueles que lhe resistem.Ele 
deixou muito claro mesmo em Seu ministério 
terreno que foi a Ele que o Pai deu a autoridade 
para ser Juiz tanto de vivos quanto de mortos. 
Por isso o evangelho deve ser pregado a todos, 
porque aqueles que não crerem devem ser 
submetidos ao juízo futuro de Jesus por causa da 
incredulidade deles. De modo que se diz: 
“15 Porque nós somos para com Deus o bom 
perfume de Cristo, tanto nos que são salvos 
como nos que se perdem. 
16 Para com estes, cheiro de morte para morte; 
para com aqueles, aroma de vida para vida. 
Quem, porém, é suficiente para estas coisas?” 
(II Coríntios 2.15,16). 
É por meio de Jesus que Deus Pai está revelando 
todos os Seus atributos, tanto os que se 
manifestam em relação à vida, quanto os que se 
manifestam em relação à morte; os que se 
manifestam em relação à salvação, e os que se 
manifestam em relação ao juízo. 
23 
 
Deus não tem prazer na morte de ímpios, mas 
ainda que muitos resistam à Sua vontade e não 
Lhe obedeçam, nem por isso Ele perde a Sua 
glória, ou é frustrado em Seu propósito quanto à 
criação, antes, é nisto que este é cumprido, 
porque tanto os salvos, quanto os anjos eleitos, 
aprendem definitivamente que não é por nada 
neles próprios que permanecem firmes em 
justiça diante de Deus, mas exclusivamente em 
razão da Sua graça que é comunicada a eles, e 
que jamais se afastará deles, conforme tem 
prometido fazer em relação aos que são eleitos. 
No que tange aos réprobos, revela também que 
é justo Juiz, que condena a todos aqueles que 
buscam a destruição do amor, da bondade, da 
justiça e de tudo o que é necessário à harmonia 
eterna na criação. 
Uma vez que este núcleo de aprendizado for 
concluído com a consumação plena do 
propósito inicial divino para a restauração de 
todas as coisas, isto poderá ter um efeito 
multiplicador usado por Ele, para todas as 
dispensações novas e futuras que porventura 
venha a trazer à existência. 
Todos serão ensinados por aqueles que 
experimentaram em suas próprias vidas os 
efeitos, tanto do afastamento da graça divina, 
24 
 
quanto da sua operação neles, a saber, aqueles 
que foram chamados para serem um reino de 
sacerdotes. Eles serão príncipes e governantes 
com e para Cristo, para ensinarem a vontade de 
Deus a outros, por meio da própria experiência 
deles com a graça, tanto para vencer o pecado, 
quanto para permanecerem em santificação. 
“Eis aí está que reinará um rei com justiça, e em 
retidão governarão príncipes.” (Isaías 32.1). 
“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e 
o possuirão para todo o sempre, de eternidade 
em eternidade.” (Daniel 7.18). 
“O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos 
debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos 
santos do Altíssimo; o seu reino será reino 
eterno, e todos os domínios o servirão e lhe 
obedecerão.” (Daniel 7.27). 
“9 e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és 
de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque 
foste morto e com o teu sangue compraste para 
Deus os que procedem de toda tribo, língua, 
povo e nação 
10 e para o nosso Deus os constituíste reino e 
sacerdotes; e reinarão sobre a terra.” 
(Apocalipse 5.9,10). 
25 
 
“Então, já não haverá noite, nem precisam eles 
de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o 
Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão 
pelos séculos dos séculos.” (Apocalipse 22.5) 
“11 Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, 
também viveremos com ele; 
12 se perseveramos, também com ele 
reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos 
negará;” (II Timóteo 2.11,12). 
Tão profunda, rica e extensa como o universo é 
a graça, e ainda mais do que tudo o que foi criado 
de maneira quase infinita, porque a graça tem a 
ver com a pessoa infinita, eterna, onipotente, 
onisciente do próprio Deus. 
Ele tudo cria e governa. Nada é comparável à Sua 
sabedoria, amor e poder. Nada Lhe é impossível. 
Temos ouvido falar da existência de um quasar 
numa galáxia muito distante da Via Láctea, que 
contém água em forma gasosa que é trilhões de 
vezes maior do que a quantidade de água de 
todos os oceanos da Terra. 
Quantas maravilhas insondáveis existem no 
Universo, e lá estão, criadas e fixadas pelo 
próprio Deus. Todavia, tudo o que existe no 
mundo material foi criado a partir de uma 
26 
 
estrutura invisível chamada átomo, que se une 
para formar moléculas, e estas se unem como as 
estruturas mínimas das quais todos os corpos na 
Terra e no Universo são formados. Nosso corpo 
é formado por células de diâmetro menor do 
que a poeira. Então tudo é feito de partes 
minúsculas, que a grosso modo nos leva a 
afirmar que tudo foi feito a partir da estrutura do 
pó. Somente Deus é uno, indivisível, sem partes. 
Ele tudo ocupa sem ser ocupado por nada. Não 
se pode diminuir ou aumentar aquilo que Ele é. 
Está perfeito em todos os Seus atributos que 
coexistem nele em perfeita unidade, sendo 
emanações do Seu próprio Ser. 
O erro essencial de Tomé foi o de tentar associar 
a fé à visão natural. E este é o erro de muitos que 
pretendem chegar ao conhecimento de Deus 
pela vista. Como Seus atributos e caráter seriam 
conhecidos por uma visão externa? Podemos 
conhecer o caráter de uma pessoa por 
simplesmente olhar para ela? Isto não somente 
não é um conhecimento real pessoal, como 
também não há o mínimo interesse do Deus 
verdadeiro nisto. 
Além de tudo, deve ser considerado que é 
totalmente impossível uma observação 
completa da Pessoa de Deus em Sua essência, 
uma vez que Ele é maior do que o próprio 
27 
 
universo que criou, que chega às raias do 
infinito, e Ele excede o céu dos céus, ou seja, o 
terceiro céu, lugar da sua habitação, que é tão 
extenso ou ainda maior do que o universo 
visível. 
Importa portanto, conhecer a Deus somente em 
espírito, e pela iluminação do entendimento 
segundo a revelação que Ele faz de Si mesmo a 
nós, através da instrução do Espírito Santo. 
Acrescente-se que em decorrência disto, que 
aquele que não nascer de novo do Espírito, não 
pode ver o Reino de Deus. Ele jamais poderá 
chegar ao conhecimento das coisas relativas a 
Deus, que são celestiais e espirituais. 
Então, sabemos que Deus existe, porque no novo 
nascimento, não está envolvido nada que seja 
natural, deste mundo, pois tudo que é gerado 
nos vem pelo agir sobrenatural do Espírito 
Santo, que implanta em nós, uma nova natureza 
espiritual, pela qual possamos viver de modo 
agradável a Deus. 
“10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito 
por intermédio dele, mas o mundo não o 
conheceu. 
28 
 
11 Veio para o que era seu, e os seus não o 
receberam. 
12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o 
poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, 
aos que creem no seu nome; 
13 os quais não nasceram do sangue, nem da 
vontade da carne, nem da vontade do homem, 
mas de Deus.” (João 1.10-13). 
A velha criação, não no sentido de que se tornou 
decrépita, mas no de ter sido a inicial, está 
destinada nos conselhos eternos de Deus a se 
tornar completamente nova na sua maneira de 
existência, pois, Deus está providenciando que 
todas as coisas sejam novas, como Ele mesmo 
afirma: “Eis que faço novas todas as coisas”, e a 
isto o apóstolo acrescenta o seu testemunho 
dizendo que em Cristo há uma nova criação que 
faz com que as coisas antigas sejam passadas, e 
que tudo se faça novo. 
Jesus disse de um vinho novo sendo colocado 
em odres novos. E que Ele está realizando este 
trabalho para a glória de Deus. 
Ora, não é difícil entender isto, quando vemos o 
método geral de Deus para criar as coisas. Ele 
29 
 
começa com o que é pequeno. Ele usa um, para 
dele trazer muitos à existência. 
A humanidade foi formada a partir de um 
primeiro homem que Deus criou, a saber, Adão. 
Para abençoar todas as nações, começou com 
uma nação, a saber, Israel. (“Dias virão em que 
Jacó lançará raízes, florescerá e brotará Israel, e 
encherãode fruto o mundo.” – Isaías 27.6). 
De uma semente germinada surge uma árvore 
que pode dar muitos frutos por um longo tempo. 
Um ser humano completamente maduro é no 
início de sua existência apenas uma célula, que 
formará um embrião do qual tudo mais se 
seguirá. 
A nova criação espiritual possui apenas uma 
cabeça, um Salvador, um Senhor, um Redentor, 
um Rei, a saber, nosso Senhor Jesus Cristo. A 
partir dEle muitos têm sido tornados filhos de 
Deus. 
O evangelho é um só e começou pequeno com 
Jesus, um grupo de apóstolos, e está destinado a 
ser como a semente de mostarda que gerou uma 
grande árvore espiritual. 
30 
 
Tudo isto nos leva à fé em um só Deus e Criador. 
Sendo somente Ele digno da nossa adoração. 
Pois dá a conhecer-se a nós falando através da 
criação, e de que tudo aponta para uma causa 
inicial e comum única, a saber, Ele mesmo, o 
único Deus verdadeiro. 
“Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua 
plenitude, tu os fundaste.” (Salmo 89.11). 
“O SENHOR fez a terra pelo seu poder; 
estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a 
sua inteligência estendeu os céus.” (Jeremias 
10.12). 
Este imenso universo, com trilhões de estrelas, 
planetas, cometas etc, possui apenas um 
planeta habitado com vida – a Terra. Este nosso 
planeta, comparado em dimensões com a Via 
Láctea, galáxia na qual se encontra, não passa, 
comparativamente falando, menos do que a 
cabeça de um alfinete. Todavia, é a partir dele 
que Deus povoará os mundos no porvir. É nEle 
que se encontram as esperanças de serem 
povoadas as galáxias do universo, pelas novas 
condições geradas por Deus, pelo Seu poder, 
propícias à vida, onde e quando Ele desejar. O 
que determinou que o universo manifeste a Sua 
glória e poder, pode fazer o que for do Seu 
agrado, pois nada lhe é impossível, como bem já 
31 
 
demonstrou trazendo todos estes corpos 
celestiais à existência, e fazendo habitar na terra 
uma multiplicidade de vida, em plantas, animais 
e minerais, como não encontradas em nenhum 
outro ponto do universo. 
Além disso, deve ser considerado que Ele fez 
também o céu dos céus, ou seja, o lugar da Sua 
habitação eterna com os anjos e santos 
aperfeiçoados. 
Temos aprendido na prática histórica, que Deus 
conduz os Seus planos à realização, através de 
dispensações, as quais duram, em geral, por 
séculos seguidos, demonstrando que Seu 
Conselho eterno opera a longo prazo. 
Então, não estamos falando de coisas de pouca 
monta quando nos referimos ao Criador. 
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são 
todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. 
Amém!” (Romanos 11.36). 
“Pois nele vivemos, e nos movemos, e 
existimos.” (Atos 17.28). 
“2 O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a 
visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler 
até quem passa correndo. 
32 
 
3 Porque a visão ainda está para cumprir-se no 
tempo determinado, mas se apressa para o fim e 
não falhará; se tardar, espera-o, porque, 
certamente, virá, não tardará.” (Habacuque 
2.2,3). 
“3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos 
últimos dias, virão escarnecedores com os seus 
escárnios, andando segundo as próprias paixões 
4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? 
Porque, desde que os pais dormiram, todas as 
coisas permanecem como desde o princípio da 
criação. 
5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de 
longo tempo, houve céus bem como terra, a qual 
surgiu da água e através da água pela palavra de 
Deus, 
6 pela qual veio a perecer o mundo daquele 
tempo, afogado em água. 
7 Ora, os céus que agora existem e a terra, pela 
mesma palavra, têm sido entesourados para 
fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e 
destruição dos homens ímpios. 
8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não 
deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é 
como mil anos, e mil anos, como um dia. 
33 
 
9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como 
alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é 
longânimo para convosco, não querendo que 
nenhum pereça, senão que todos cheguem ao 
arrependimento. 
10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do 
Senhor, no qual os céus passarão com 
estrepitoso estrondo, e os elementos se 
desfarão abrasados; também a terra e as obras 
que nela existem serão atingidas. 
11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim 
desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em 
santo procedimento e piedade, 
12 esperando e apressando a vinda do Dia de 
Deus, por causa do qual os céus, incendiados, 
serão desfeitos, e os elementos abrasados se 
derreterão. 
13 Nós, porém, segundo a sua promessa, 
esperamos novos céus e nova terra, nos quais 
habita justiça.” (II Pedro 2.3-13). 
Agora, a grandeza e majestade de Deus deve ser 
medida por Seu amor, Sua justiça e bondade, e 
não pela régua da soberba do ímpio, uma vez 
que o Seu Reino não é como os reinos deste 
mundo, cujo príncipe é Satanás. 
34 
 
Na busca de grandeza, o homem sempre segue 
o atalho da cobiça, que o conduz à soberba, e 
desta à dissensão e disputa uns com os outros, 
na busca de se subjugar o suposto ou real 
oponente. Observe o mundo e você verá isto em 
todos os escalões, a partir dos próprios políticos 
e magistrados, que quando não se devoram 
mutuamente, este desejo permanece incontido 
dentro deles pela busca de uma supremacia, da 
qual eles não podem se livrar, porque é gerada 
pelo pecado e insuflada e ampliada pelo diabo, 
assim como ele agiu em relação ao primeiro 
homem criado, desde o princípio, levando-o a 
tentar entrar em competição com o próprio 
Deus, para igualar-se a Ele em conhecimento e 
poder. 
Este sentimento de vanglória é o que antecede a 
própria corrupção, porque esta é praticada para 
dar sustentação à vanglória que está arraigada 
no coração. 
Associado a tudo isto há ainda fetiches, volúpias, 
desejos carnais incontidos, e um sentimento de 
ostentação sem limites que conduz à 
necessidade de obtenção de riquezas ainda que 
seja por meios ilícitos, e tudo para alimentar o 
sentimento ilusório e enganoso de grandeza e 
poder que habitou primeiro no diabo, quando 
35 
 
Ele foi expulso do céu, e que agora, ele busca 
multiplicar e disseminar entre os homens. 
Esta é a razão de aos crentes ser ordenado em 
não raras passagens bíblicas, que sejam 
símplices como as pombas, que se amoldem às 
coisas humildes e que se contentem com o 
pouco que eles tiverem, não andando ansiosos 
por coisa alguma. Que fujam do orgulho, porque 
Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos 
humildes. Que sejam submissos uns aos outros, 
assim como há submissão na própria trindade 
divina. Uma vez que estas ordenanças sejam 
negligenciadas, é possível tornar-se facilmente 
presa do diabo. 
“1 Se há, pois, alguma exortação em Cristo, 
alguma consolação de amor, alguma comunhão 
do Espírito, se há entranhados afetos e 
misericórdias, 
2 completai a minha alegria, de modo que 
penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, 
sejais unidos de alma, tendo o mesmo 
sentimento. 
3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, 
mas por humildade, considerando cada um os 
outros superiores a si mesmo. 
36 
 
4 Não tenha cada um em vista o que é 
propriamente seu, senão também cada qual o 
que é dos outros. 
5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve 
também em Cristo Jesus, 
6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não 
julgou como usurpação o ser igual a Deus; 
7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a 
forma de servo, tornando-se em semelhança de 
homens; e, reconhecido em figura humana, 
8 a si mesmo se humilhou, tornando-se 
obediente até à morte e morte de cruz. 
9 Pelo que também Deus o exaltou 
sobremaneira e lhe deu o nome que está acima 
de todo nome, 
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo 
joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é 
Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.1-
11). 
“1 De onde procedemguerras e contendas que 
há entre vós? De onde, senão dos prazeres que 
militam na vossa carne? 
37 
 
2 Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e 
nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer 
guerras. Nada tendes, porque não pedis; 
3 pedis e não recebeis, porque pedis mal, para 
esbanjardes em vossos prazeres. 
4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do 
mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que 
quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo 
de Deus. 
5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É 
com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele 
fez habitar em nós? 
6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus 
resiste aos soberbos, mas dá graça aos 
humildes. 
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao 
diabo, e ele fugirá de vós. 
8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós 
outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que 
sois de ânimo dobre, limpai o coração. 
9 Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o 
vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em 
tristeza. 
38 
 
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele 
vos exaltará.” (Tiago 4.1-10). 
Se para o crente é difícil alcançar e manter um 
viver em paz uns com os outros, pelo cultivo das 
virtudes cristãs que promovem a paz; para os 
ímpios isto é totalmente impossível, como o 
próprio Deus o declara que para os ímpios não 
há paz, pois são como o mar bravio que não pode 
ser aquietado. 
E não somente na questão relativa à paz, mas a 
tudo o que se refira à santidade e piedade, 
nenhum ímpio pode ter participação nisto, caso 
não se converta, pois os que são santos tendem 
a se santificarem ainda mais, assim como os 
ímpios tendem a aumentar em impiedade. 
“10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da 
profecia deste livro, porque o tempo está 
próximo. 
11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue 
o imundo ainda sendo imundo; o justo continue 
na prática da justiça, e o santo continue a 
santificar-se. 
12 E eis que venho sem demora, e comigo está o 
galardão que tenho para retribuir a cada um 
segundo as suas obras. 
39 
 
13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o 
Último, o Princípio e o Fim. 
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas 
vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que 
lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem 
na cidade pelas portas. 
15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, 
os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama 
e pratica a mentira. 
16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar 
estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração 
de Davi, a brilhante Estrela da manhã. 
17 O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que 
ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e 
quem quiser receba de graça a água da vida.” 
(Apocalipse 22.10-17). 
“Quanto ao mais, irmãos, adeus! Aperfeiçoai-
vos, consolai-vos, sede do mesmo parecer, vivei 
em paz; e o Deus de amor e de paz estará 
convosco.” (II Coríntios 13.11). 
Se não fosse pela existência de Deus, como 
poderiam viver alguns em paz e em amor, em 
meio a um mundo pecador, sujeito ao diabo? 
40 
 
Como a criação seguiria o seu curso normal, e 
tendo as profecias bíblicas se cumprindo, caso 
não houvesse o poder divino por detrás de tudo 
isso, garantindo a sua continuidade? 
Como se explica a existência de todos os 
recursos necessários, renováveis e não 
renováveis, em nosso planeta, de modo a 
sustentar a vida de bilhões de pessoas ao longo 
de uma história de mais de seis mil anos, a não 
ser por terem sido criados por um Deus sábio, 
onipotente e onisciente? 
Como explicar a transformação instantânea, 
operada pela conversão a Cristo, senão por um 
poder divino operante, quando pessoas que 
mais parecem demônios, passam a ser santas? 
E milhões de outras questões não podem ser 
respondidas senão apenas pela existência de 
Deus, que sendo espírito e invisível, não nos 
deixou sem testemunho de Si, tendo se revelado 
de diversas formas, até mesmo na forma de 
homem como apareceu a Adão e a Abraão, e na 
de um anjo, de uma pomba, e na melhor de 
todas elas na pessoa de Jesus Cristo, por quem 
tem operado a nossa salvação.

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