Buscar

RESTRIÇÃO DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO (RCIU)

Prévia do material em texto

1 Ketlin T. Sauer ATM 2024.2 
RESTRIÇÃO DO 
CRESCIMENTO 
INTRAUTERINO 
(RCIU) 
 
FASES DO CRESCIMENTO FETAL: 
• I: hiperplasia até 16 semanas 
• II: hiperplasia e hipertrofia de 16 até 32 
semanas 
• III: hipertrofia: após 32 semanas 
Fetos com percentil maior que 90 são GIG e os 
abaixo de 10 são os PIG (não necessariamente 
com restrição do crescimento fetal). 
DEFINIÇÃO 
Feto que não atinge o potencial esperado de 
crescimento devido à fatores genéticos ou 
ambientais. 
RN de baixo peso, com menos de 2500g ano 
nascer pré-termo ou RCIU; PIG (quando já atingiu 
37 semanas) ou RCIU -dentro do útero pode ser 
essas duas opções-. 
Mais comum: peso abaixo do percentil 10 para a 
idade gestacional. 
OMS→ peso abaixo do percentil 3 para a idade 
gestacional. 
O peso não é o mais importante para avaliar se há 
RCIU → observa-se também as trocas dinâmicas 
fetais e placentárias, circ. abd., circ. cef., femur, 
diâmetro biparietal através do monitoramento do 
doppler. 
PATOGENESE 
Não é uma doença específica, mas é a 
manifestação de muitos distúrbios fetais e 
maternos; 
A clínica do sofrimento fetal crônico é “pobre“. 
A determinação da causa nem sempre é possível 
→ 40% dos casos a etiologia é desconhecida. 
Impostante saber os fatores de risco no início do 
pré-natal (estratificação de risco): lúpus, 
tabagista, drogas... 
ETIOLOGIA-FATORES MATERNOS 
São as causas mais comuns; 
DM com vasculopatia: quando se fala em 
diabetes se pensa em bebes GIG, mas devemos 
entender que com a vasculopatia essas podem 
determinar que a placenta tenha deficiências na 
troca e consequentemente alterações no feto. 
Hipertensão arterial, doenças renais, DCV e 
pulmonares, trombofilias, colagenoses e 
nefropatia hipertensiva. 
Uso de substâncias: cigarros, álcool, drogas: efeito 
citotóxico direto ou indireto. 
Medicações anticonvulsivantes. 
Anemia falciforme e outras alterações. 
Nutrição materna inadequada: ganho de peso 
inadequado ou baixo peso prévio: comum nos 
países subdesenvolvidos. 
Baixa estatura materna, idade avançada, 
gestação em adolescente, estresse, história RCIU 
prévio; 
Atividade física vigorosa. 
ETIOLOGIA- FATORES FETAIS 
Aletações genéticas ou cromossômicas; 
Malforamções estruturais: cardíacas, defeitos do 
tubo neural; 
Gemelaridade: crescimento semelhante ao da 
gestação única até 30-32 semanas; RCIU: 
presente em 20% dos fetos dicoriônicos e 30% dos 
fetos monocoriônicos. 
Infecções congênitas no início da gestação: 
rubéola, sífilis, toxo, CMV, parovírose, hepatite A e 
B, TB, malária. 5-10% dos casos. 
 
2 Ketlin T. Sauer ATM 2024.2 
**O crescimento fetal é determinado 
primariamente pelo potencial genético. 
**Infecções congÊnitas, alterações cromossomais 
ou pequeno tamanho materno tipicamente 
permanecem pequenas ao longo da vida. 
ETIOLOGIA- FATORES UTEROPLACENTÁRIOS 
Infarto placentário, placenta prévia, artéria 
umbilical única, inserção velamentosa do cordão, 
placenta bilobada e DPP crônico. 
RCIU decorrente de insuficiência 
 
CLASSIFICAÇÃO 
I. Simétrica: dimensões pequenas da 
cabeça e do esqueleto e da 
circunferência abdominal fetal. 
10-20% dos casos; 
II. Assimétrica: dimensões músculo-
esqueléticas e a cabeça fetal são 
poupadas; circunferência abdominal é 
diminuída. 
75-80% dos casos; 
2º ou 3º trimestres-hipertrofia; 
Fatores extrínsecos resultam em 
disponibilidade inadequada de substratos 
para o metabolismo fetal. 
Podem apresentar hipóxia. 
DIAGNÓSTICO 
Complexo e deve ser feito com dados clínicos + 
métodos laboratoriais + US; 
Gestação de alto risco: US para confirmar IG (até 
12 sm); com 20 sm para avaliação morfológica e 
com 30-32 sem ou quando houver alterações do 
crescimento fetal; 
Confirmação do diagnóstico apenas após o 
nascimento. 
 
 
 
 
 
 
RASTREAMENTO COM ALTURA UTERINA 
Método fácil e 
prático, mas não tão 
preciso quanto US; 
Pouco valor em 
apresentação 
transversa, gestação 
gemelar, polidrâmnio 
e obesidade materna 
extrema; 
Diagnóstico quando 
medida menor que 
percentil 10; 
Acompanhada com concordância entre 18-30 
sem; 
Medida 3 cm inferior a IG. 
O diagnóstico é baseado na US onde há as 
medidas de DBP, CC, CA, CF, se estima o peso e 
define o percentil. 
A US faz medições volumétricas fetais 
tridimensionais e tem mais capacidade de estimar 
o peso fetal. 
ESTUDO COM DOPPLER 
Exame mais completo e que detecta mais 
precocemente diminuição da perfusão fetal; 
Diferencia o feto pequeno por insuficiência 
placentária do pequeno constitucional; 
Detecta alterações ainda na forma 
compensada; 
Avalia o nível de resistência dos vasos. 
• Doppler umbilical: vaso de baixa 
resistência, na insuficiência há um 
aumento da resistência; Achados normais: 
RI>0,6 em >=28sem 
• .... 
CONDUTA 
Estudo de cariótipo fetal: indicado na RCIU grave 
precoce (<24 sem), diante de volume de ILA 
normal ou de anomalias estruturais. 
RCIU tipo I grave ou USG com indicativos de 
infecção:

Continue navegando