Coleta, conservação e remessa de amostras biológicas

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MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
A coleta de material para 
hemograma deve ser 
armazenada em um tubo 
de ensaio de plástico a 
vácuo.  Deve-se evitar 
os frascos com a ponta aguda, pois as células 
do fundo são difíceis de homogeneizar. 
Também evitar tubos de vidro, pois as 
plaquetas aderem ao vidro e a contagem no 
sangue pode ter o resultado alterado. 
O anticoagulante utilizado é o EDTA a 10% em 
cães e gatos, mas para outras espécies como 
répteis e anfíbios a concentração deve ser 
menor como a 3% – 5%, a amostra a 10% 
causa hemólise (importante lembrar da 
quantidade de EDTA para a quantidade de 
sangue). 
Depois de colhida a amostra é necessário 
homogeneizar de forma suave para não 
ocorrer hemólise. O EDTA é um sal e pode 
evaporar e ficam apenas pontinhos brancos 
(sal) no frasco, quando isso ocorre deve-se 
homogeneizar mais vezes. 
Caso seja necessário o transporte da 
amostra, ela deve ser refrigerada., mas 
nunca congelada para que não ocorra a 
formação de cristais de gelo. O sangue só é 
congelado quando não se precisa das células 
íntegras (PCR, diagnóstico molecular, 
necessidade da amostra do sangue e não do 
soro).  Amostra no gelo seco congela. 
Pra enviar o soro para fazer análise 
bioquímica a coleta deve ser feita no tudo de 
ensaio de vidro (tampa vermelha). Não se 
deve homogeneizar a amostra, pois pode 
haver hemólise. Para o armazenamento e 
conservação deve ser feita a refrigeração 
por no máximo 24 horas em amostras 
bioquímicas. Mas se passar desse tempo, 
deve-se congelar em congeladores normais 
(não é ideal, pois o congelamento pode diminuir 
atividades de enzimas como a ALT – alanina 
amino transferase, uma enzima de 
extravasamento utilizada para saber se há 
lesão hepática). Quanto maior o tempo de 
intervalo para a análise, maior o 
congelamento. Então se armazenada por 
muito tempo, deve-se congelar em 
congeladores ultra. 
 Dosagem de bilirrubina deve ser feita em 
frascos cobertos, pois ela é tem degradação 
luminosa. 
Na amostra bioquímica para colheita de 
plasma, é necessário utilizar anticoagulante. 
Na amostra para hemostasia é utilizado um 
tubo de ensaio de plástico maior e graduado. 
Para avaliar os fatores de coagulação é 
utilizado o citrato de sódio a 3,8% como 
anticoagulante. A relação é: 1 parte de 
anticoagulante para 9 partes de sangue, por 
isso o frasco é graduado. É necessário 
homogeneizar a amostra por inversão de 
forma suave. 
 SEMPRE QUE HOUVER ANTICOAGULANTE 
É NECESSÁRIO HOMOGENEIZAR. 
Os fatores de coagulação na hemostasia são 
muito instáveis, então depois de 
homogeneizar se leva imediatamente ao 
laboratório para separar o plasma e 
refrigerá-lo. Isso deve ser feito idealmente 
em até 30 minutos.  Há risco de 
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degradação da amostra. O ideal é não congelar 
a amostra, se não houver possibilidade de 
analisar imediatamente, pode congelar, mas 
ainda há risco de perde-la. 
A dosagem de glicose para avaliar glicemia 
sem o glicosímetro é feita em um 
equipamento de espectrofotometria. Colhe-se 
em um frasco de plástico utilizando um 
fluoreto de sódio associado com algum 
anticoagulante. O fluoreto impede que as 
células consumam a glicose.  Se não houver 
fluoreto disponível, colhe a amostra, 
centrifuga, separa o plasma, analisa ou 
congela a amostra. 
 
 
 
 
 
 
AMOSTRA FRASCO ANTICOAGULANTE ARMAZENAMENTO HOMOGENEIZAR 
Hemograma Tubo de plástico EDTA 10% Refrigerada. Sim 
Soro Tudo de vidro Não utiliza. 
Refrigeração em até 24 horas. 
Para agilizar coagulação, banho 
maria a 37°C. 
Não 
Hemostasia 
Tubo de plástico 
graduado 
Citrato de sódio 
3,8% 
Ideal não armazenar, mas se não 
for possível, congelar. 
Sim 
Glicose Tubo de plástico 
Fluoreto de sódio 
associado a algum 
anticoagulante. 
Congelamento. Sim 
 
Sempre que se leva uma amostra para o laboratório e 
se quer o SORO, para agilizar a coagulação a amostra vai 
para um banho maria a 37°C. A coagulação é um 
processo enzimático e ocorre melhor à temperatura 
corporal. Mas ao aumentar a temperatura, o 
metabolismo das células irá aumentar, consumindo mais 
glicose, assim se ao dosar glicose em uma amostra de 
soro, não se deve colocar a amostra em banho maria.