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CONCEITO É a representação cartográfica que traz uma obrigação e substitui papel moeda. No título deve estar expressa a obrigação, que pode ser de pagar, entregar coisa, fazer. O que importa é o seu conteúdo, que demonstra qual obrigação ele implica, observando as formalidades necessárias (cada título tem uma formalidade específica). T Í T U LO E X E C U T I V O J U DI C I A L Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; VII - a sentença arbitral; VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; REGRA GERAL = decisões condenatórias. Mas há divergência na doutrina e na jurisprudência se as sentenças declaratórias e constitutivas também poderiam ser consideradas títulos executivos judiciais. Isto porque, as tutelas declaratória e constitutiva se caracterizam pela a desnecessidade de qualquer complemento. Basta apenas a declaração, não há necessidade de execução. Mas existem casos em a sentença declaratória também constitui título executivo, pois, se uma decisão judicial declara a existência de direito a prestação já exercitável, é possível execução direta. "A sentença declaratória que, para fins de compensação tributária, certifica o direito de crédito do contribuinte que recolheu indevidamente o tributo, contém juízo de certeza e de definição exaustiva a respeito de todos os elementos da relação jurídica questionada e, como tal, é título executivo para a ação visando à satisfação, em dinheiro, do valor devido" (REsp n. 614.577/SC, Ministro Teori Albino Zavascki). Para Didier Júnior também é possível a execução dos efeitos decorrentes da sentença constitutiva. Ex: ação de despejo, pois, desconstituído o contrato de locação, tem que se retirar o ex-inquilino à força, caso este insista na permanência no imóvel – execução lato sensu. RECURSO ESPECIAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO REVISIONAL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. AÇÃO DECLARATÓRIA. FORÇA EXECUTIVA. FORMAÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EM FAVOR DO RÉU. POSSIBILIDADE. PRECEDENTE DA TERCEIRA TURMA DESTA CORTE. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. IMPROVIMENTO. 1.- As sentenças de cunho declaratório podem ter força executiva, se presentes os elementos necessários à execução, como exigibilidade e certeza da relação. Precedentes. 2.- A sentença declaratória em ação de revisão de contrato pode ser executada pelo réu, mesmo sem ter havido reconvenção, tendo em vista a presença dos elementos suficientes à execução, o caráter de "duplicidade" dessas ações, e os princípios da economia, da efetividade e da duração razoável do processo (REsp nº 1.309.090/AL). 3.- O Agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar o decidido, que se mantém por seus próprios fundamentos. 4.- Agravo Regimental improvido. (STJ, AgRg no REsp 1446433/SC, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/05/2014, DJe 09/06/2014) PROCESSUAL CIVIL. MULTAS DE TRÂNSITO. AÇÃO DESCONSTITUTIVA. RECUPERAÇÃO DOS VALORES PAGOS A TÍTULO DE MULTA. TÍTULO EXECUTIVO E COISA JULGADA. EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DE SENTENÇA EMINENTEMENTE DESCONSTITUTIVA. (...) 3. Decorrência disso é a alteração do CPC, que previu como título executivo não mais a sentença exclusivamente condenatória, e sim aquela que "reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia" (art. 475-N, I, do CPC), possibilitando a execução de sentenças formalmente declaratórias. Nessas situações, "não há razão alguma, lógica ou jurídica, para submeter tal sentença, antes da sua execução, a um segundo juízo de certificação, cujo resultado seria necessariamente o mesmo, sob pena de ofensa à coisa julgada" (REsp 1300213/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe 18.4.2012). 4. Tal posição reforça o entendimento de que o "pagamento de multa de infração de trânsito não exprime convalidação de vício, porquanto se julga da improcedente a penalidade imposta, será devolvida, a importância paga, atualizada em UFIR, ou por índice legal de correção dos débitos fiscais, conforme o art. 286, § 2º, do Código de Trânsito Brasileiro". 5. Agravo Regimental não provido. (STJ, AgRg no REsp 1018250/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/08/2014, DJe 25/09/2014) II e III - decisão homologatória de autocomposição judicial ou extrajudicial; Um acordo pode ser feito dentro ou fora de um processo, ou seja, judicial ou extrajudicialmente. Tanto o acordo judicial, quanto o extrajudicial levado à homologação do Poder Judiciário são considerados títulos executivos judiciais. *o acordo extrajudicial não submetido à homologação do Judiciário é um título executivo extrajudicial (art. 784, IV, CPC). IV - formal e certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; O formal de partilha (art. 655, CPC) tem força executiva apenas para o inventariante e entre os herdeiros. Caso tenha que executar obrigação contra terceiro que não esteja contemplado no formal, deverá o herdeiro propor ação de conhecimento. V - crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial. Trata-se de dispositivo de pouca aplicação prática. Custas judiciais e emolumentos geralmente não são objeto de decisão judicial, já vindo previstas em leis de organização judiciária. Por outro lado, os honorários dos auxiliares eventuais do Juízo geralmente são depositados a priori, não se realizando o trabalho (perícia, tradução etc.) sem o devido depósito prévio do valor acertado pelo juiz. *no CPC/73, era título executivo extrajudicial. VI - sentença penal condenatória transitada em julgado; • A sentença penal condenatória torna certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime (art. 91, I, do Código Penal). • Um dos efeitos secundários da sentença penal condenatória transitada em julgado é a criação de um título executivo na esfera civil, ainda que nenhuma referência tenha sido feita a esse respeito pelo juízo penal. • O valor da indenização pode já vir estabelecido na sentença penal (art. 387, IV, CPP), senão, será apurado por meio de liquidação de sentença. VII - sentença arbitral (art. 31, da Lei n. 9.307/96) A Lei de Arbitragem (Lei 9.307/1996) conferiu eficácia executiva, sem a necessidade de homologação pelo Poder Judiciário, à sentença arbitral, entendida como o provimento final do árbitro que resolve um conflito de interesses entre particulares que optaram pela resolução extrajudicial do conflito em que se viram envolvidos. O art. 31 da lei equipara a sentença arbitral à sentença judicial, constituindo-se em título executivo judicial sempre que tiver natureza condenatória. Se a sentença arbitral, embora condenatória, não tenha fixado o quantum debeatur, o interessado deverá promover a liquidação de sentença antes de ingressar com o processo executivo. VIII e IX - sentença estrangeira homologada pelo STJ e a decisão interlocutória estrangeira • Por se tratarem deatos de império de outro país soberano, as decisões judiciais estrangeiras só terão validade e eficácia no território nacional após submeterem ao procedimento de homologação perante o STJ, se sentenças, ou da concessão do exequatur (“cumpra-se”), também pelo STJ, à carta rogatória do juízo estrangeiro, se decisões interlocutórias. • Em ambos os casos a respectiva execução far-se-á perante a Justiça Federal (art. 109, X, CF). *Títulos executivos extrajudiciais celebrados no estrangeiro não necessitam de homologação no Brasil para terem eficácia executiva (§§2º e 3º do art. 784, CPC). T Í T U LO E X E C U T I V O E X T R A J U D I C I A L Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. I - títulos de crédito: são os mais conhecidos dentre os títulos extrajudiciais. São eles: cheque, nota promissória, debênture, letra de câmbio e duplicata. Não há necessidade de protesto, salvo se desejar executar os responsáveis indiretos que não o emitente-devedor (como os endossantes e os avalistas dos endossantes). É obrigatória a instrução da inicial com o título original, não se admitindo a instrução da petição com fotocópias, ainda que autenticadas, sob pena de nulidade da execução. Tal exigência se justifica pois, em virtude da possibilidade da alta circulação dos títulos de crédito por meio de endosso, evita-se a circulação irregular e a multiplicidade de ações fundadas no mesmo título. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O CHEQUE: • Apesar de o cheque ser legalmente considerado ordem de pagamento à vista, a súmula 370 do STJ entende que importa em dano moral a apresentação antecipada de cheque pós-datado. • Por outro lado, o prazo prescricional do cheque, que é de 6 meses, período em que o mesmo terá força executiva, é contado a partir do fim do prazo para a sua apresentação ao sacado (banco), que, por sua vez, contar-se-á em 30 dias, se cheque da mesma praça, ou em 60 dias, se de praça distinta, a partir da emissão (e não do pós-datamento). • Passados os 6 meses + 30 dias, ou os 6 meses + 60 dias, o cheque deixa de ser um título executivo, não podendo mais ser executado, ocasião em que a força executiva deverá ser resgatada pela ação monitória, que é uma ação de conhecimento de rito especial (arts. 700, CPC). • Quanto aos demais títulos, os prazos prescricionais são variáveis, a depender do executado. II - escritura pública ou qualquer documento público assinado pelo devedor Trata-se, na verdade, de confissão de dívida em que o devedor reconhece expressamente obrigação certa, líquida e exigível perante o tabelião de notas (escritura pública), que é o mais comum e não depende da assinatura do devedor; ou perante qualquer agente público no exercício de suas funções (documento público), ocasião em que dependerá da assinatura do devedor para ser título executivo. Não há nenhuma limitação no que tange à natureza da obrigação assumida pelo devedor, podendo indistintamente tratar-se de pagar quantia certa, fazer, não fazer ou entregar coisa III - documento particular assinado pelo devedor com duas testemunhas Segundo o STJ, para que os contratos sejam considerados títulos executivos não é necessário que as 2 testemunhas sejam presenciais, bastando ser pessoas capazes, isentas, idôneas e identificadas no título, sendo dispensada a autenticação de suas assinaturas. Elas devem estar preparadas para confirmar que o devedor assumiu responsabilidade de forma livre e consciente. Caso não conste tais formalidades, o contrato não será título hábil para ser executado, devendo a obrigação nele consubstanciada ser pleiteada apenas por ação de conhecimento. IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; • Exemplo clássico são os TAC’s (termos de ajustamento de conduta) perante o MP. • Dispensam-se testemunhas, pois há o reconhecimento da idoneidade desses sujeitos em atestar o acordo de dívida ou da obrigação. • Se porventura, o ato depender de homologação judicial, o título será considerado judicial, nos termos do art. 515, II. • Dessa forma, conclui-se que, no caso da atuação do conciliador ou do mediador, nesse caso, para se considerar a sua homologação um título extrajudicial, é necessário que seja fora do juízo. V - contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução. • Tratam-se todos de direitos reais de garantia, sendo a hipoteca a garantia dada por meio de bem imóvel; o penhor, por bens móveis. • A anticrese é instituto de direito real em que o credor retém imóvel do devedor percebendo seus frutos até o pagamento total do crédito. A caução pode ser real (quando se confunde com a hipoteca, penhor e anticrese em alguns casos), ou fidejussória (quando houver fiança). • Vale lembrar que esses contratos de garantia podem ser celebrados por terceiros, não devedores, que a partir de então passam a ter responsabilidade patrimonial. • Dessa forma, o exequente poderá executar exclusivamente o devedor, ou apenas o garante, ou ambos, em litisconsórcio. VI - contratos de seguro de vida em caso de morte Importante destacar que será considerado título extrajudicial o contrato de seguro de vida e não o contrato de acidentes pessoais e o contrato de seguro de automóvel, ainda que destes resultar morte. Assim, nestes últimos casos, o recebimento do crédito (prêmio) dependerá de prévio processo de conhecimento. VII - créditos decorrentes de foro e laudêmio. Decorrem do antigo instituto da enfiteuse. Na enfiteuse, o proprietário ou senhorio transfere o bem para o enfiteuta que passa a ter todos os poderes referentes ao domínio. Assim, pode o enfiteuta usufruir, gozar, dispor do bem, alienando-o, transferindo-o e oferecendo à penhora. Em contrapartida, o enfiteuta deve pagar ao senhorio o foro anual ou, em caso de transferência do bem para outrem, pagar o laudêmio. Florianópolis Beira Mar. VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente do aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio. Não há necessidade de contrato escrito de locação, bastando a existência de uma prova documental que ateste a existência da locação e dos encargos. A expressa menção a taxas e despesas de condomínio como encargos da locação é meramente exemplificativa, como demonstra a utilização da locução “tais”,admitindo-se a execução de outras espécies de encargos da locação, como as despesas de telefone e de consumo de força, luz, água e esgoto. IX - certidão de dívida ativa da Fazenda Pública • Trata-se do título apto a desencadear a execução fiscal, prevista na Lei n. 6.830/80. • Considera-se Fazenda Pública apenas os entes federados e suas respetivas autarquias e fundações públicas. • A inscrição de contrato ou de dívida é feita por meio de procedimento administrativo regular, com os requisitos formais previstos pelo CTN e Lei 6.830/1980. • Por fim, nota-se que a respectiva certidão diz respeito apenas a obrigações de pagar, não podendo ser inscritas em dívida ativa as demais obrigações. X - crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas em convenção de condomínio ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas. Tal previsão alinha-se ao já estabelecido no art. 12, § 2º, da Lei 4.591/1964, que prevê que cabe ao síndico arrecadar as contribuições competindo-lhe promover, por via executiva, a cobrança judicial das quotas atrasadas. A formação do título executivo não dependerá da participação do devedor em sua elaboração e muito menos de sua assinatura; bastando ao condomínio edilício ingressar com processo de execução contra o condomínio devedor instruindo sua petição inicial com cópia da convenção condominial e da ata da assembleia que estabeleceu o valor das cotas condominiais, ordinárias ou extraordinárias. XI - certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei. Também emitida unilateralmente pelo credor, considera-se a presunção de legalidade do ato praticado pela serventia notarial ou de registro (art. 3º da Lei 8.935/1994). O título ora comentado pode ser formado pelo Tabelionato de Notas, pelo Tabelionato de Protesto de Títulos, pelo Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e de Tutela, pelo Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas e pelo Cartório de Registro de Imóveis. XII - todos os demais títulos, aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. O rol do art. 784 é exemplificativo, outros títulos criados por lei: - créditos da OAB contra os inscritos (Lei 8.906/1994, art. 46); - cédulas de crédito rural (Decreto-lei 167/1967, art. 41); - cédulas de exportação (Lei 6.313/1975); - cédulas de crédito comercial (Lei 6.840/1980); - cédula hipotecária (Decreto-lei 70/1966, art. 29); - cédula de produto rural (Lei 8.929/1990, art. 211); - decisão do plenário do CADE impondo multa ou obrigação de fazer ou não fazer (Lei 8.884/1994, art. 60; ver Lei 12.529/2011, art.93); Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. AJUIZAMENTO DE AÇÃO MONITÓRIA EM VEZ DE AÇÃO DE EXECUÇÃO. FACULDADE DO CREDOR, DESDE QUE A OPÇÃO NÃO IMPLIQUE PREJUÍZO À DEFESA DO DEVEDOR. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. 1.- Embora disponha de título executivo extrajudicial, o credor tem a faculdade de levar a lide ao conhecimento do Judiciário da forma que lhe aprouver, desde que a escolha por um ou por outro meio processual não venha a prejudicar do direito de defesa do devedor. Não é vedado pelo ordenamento jurídico o ajuizamento de Ação Monitória por quem dispõe de título executivo extrajudicial. (...) (AgRg no AREsp 148.484/SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/05/2012, DJe 28/05/2012) Não é título executivo extrajudicial: a) o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial. b) o contrato de seguro de vida em caso de morte. c) o documento particular, assinado pelo devedor e por duas testemunhas. d) o crédito referente às contribuições de condomínio edilício, desde que documentalmente comprovadas. É título executivo extrajudicial: a) a sentença arbitral. b) o formal e a certidão de partilha. c) a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza. d) o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal. O Supermercado “X” firmou contrato com a pessoa jurídica “Excelência” – sociedade empresária de renome - para que esta lhe prestasse assessoria estratégica e planejamento empresarial no processo de expansão de suas unidades por todo o país. Diante da discussão quanto ao cumprimento da prestação acordada, uma vez que o supermercado entendeu que o serviço fora prestado de forma deficiente, as partes se socorreram da arbitragem, em razão de expressa previsão do meio de solução de conflitos trazida no contrato. Na arbitragem, restou decidido que assistia razão ao supermercado, sendo a sociedade empresária “Excelência” condenada ao pagamento de indenização, além de multa de 30%. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta. a) Por se tratar de um título executivo extrajudicial, deve ser instaurado um processo de execução. b) Por se tratar de um título executivo judicial, será promovido segundo as regras do cumprimento de sentença. c) A sentença arbitral só poderá ser executada junto ao Poder Judiciário após ser confirmada em processo de conhecimento, quando adquire força de título executivo judicial. d) A sentença arbitral será executada segundo as regras do cumprimento de sentença, tendo em vista seu caráter de título executivo extrajudicial. A execução é provisória: a) quando o devedor não é localizado. b) quando fundada em título executivo extrajudicial. c) quando fundada em sentença impugnada mediante recurso recebido só no efeito devolutivo. d) quando fundada em sentença impugnada mediante recurso recebido em ambos os efeitos. Quais são os requisitos indispensáveis para a promoção de qualquer execução?
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