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1 
A IMPORTÂNCIA DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA 
MANICURO E PEDICURO 
 
Deborah Bonato Luz1, Mario Rene de Souza2. 
 
1 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do 
Paraná. 
2 Ma Adjunto da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR) 
 
Endereço para correspondência: Deborah Bonato Luz, deborahbonato@hotmail.com 
 
 
RESUMO: o presente estudo tem como objetivo destacar a importância do uso de 
equipamentos de proteção individual para manicuro e pedicuro, além de avaliar o 
grau de conhecimento que os atuantes da área possuem sobre EPI; Realizou-se 
uma revisão bibliográfica para descrever os riscos biológicos que os profissionais da 
estética estão expostos. Por meio de questionário foi avaliado o grau de 
conhecimento sobre a prevenção e risco biológico em EPI entre cem mulheres 
profissionais em salão de beleza. A análise das respostas revelou que a maior parte 
das entrevistadas possui conhecimento sobre EPI’s, porém não utilizam esse meio 
corretamente. 
 
Palavras-chave: patologias manicure, biossegurança, EPI’S. 
_________________________________________________________________________ 
ABSTRACT: The function of the study is to highlight the importance of individual 
protection equipment (EPI) for manicures and pedicures and to evaluate the level of 
knowledge of those working in the area. A literary review was carried out to describe 
the biological risks to which professionals working in the beauty industry are 
exposed. The level of knowledge of 100 beauticians about the prevention of 
biological risks with EPI was tested through a questionnaire. An analyses of the 
responses revealed that most of those interviewed know about EPI, but don't use it 
correctly. 
 
Keywords: Manicure pathologies, biosafety, Individual protection equipment (IPE). 
_________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
INTRODUÇÃO 
A Biossegurança é considerada um conjunto de ações voltadas para a 
prevenção, minimização ou a eliminação de riscos inertes a atividade de 
assistência a saúde. Uma das ações de biossegurança para a proteção da 
saúde humana durante a prestação de serviços é o uso correto dos 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI´S), tais como luvas, máscaras, 
touca, jaleco, óculos de proteção e sapatos fechados (RAMOS, 2009). 
A procura por profissionais da beleza, principalmente na área de 
manicuro e pedicuro vem aumentando. Portanto é muito importante a 
conscientização desses profissionais quanto aos riscos existentes no exercício 
desta profissão, pois podem causar danos a saúde de seus clientes, como por 
exemplo, a contaminação e transmissão de doenças infecciosas através dos 
materiais utilizados no ambiente de trabalho (TEXEIRA; VALE 1996). 
Profissionais de manicuro e pedicuro estão expostos no dia a dia de 
trabalho, as doenças infecciosas virais como hepatites, HIV e outros 
microorganismos, podem ser transmitidas ao profissional quando não há o uso 
de equipamento de proteção individual (RUBIO, 1997). 
É de extrema importância o conhecimento do profissional sobre o modo 
de prevenir situações agravantes, que são transmitidas através da falta ou mau 
uso de EPI’s. Isso se torna necessário para que o mesmo possa vir a cumprir 
suas tarefas de forma correta e segura (NOGUEIRA, 1996). 
O objetivo deste artigo é destacar a importância do uso de 
Equipamentos de Proteção Individual para os profissionais de manicuro, 
pedicuro e avaliar o grau de conhecimentos entre profissionais da área. 
 
Biossegurança 
O termo biossegurança vem sofrendo alterações ao longo do tempo, 
sendo que, na norma específica do Ministério da Saúde, a biossegurança está 
destinada a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações que 
visam controlar, prevenir, reduzir ou eliminar riscos ligados as atividades que 
possam vir a comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o meio ambiente 
(BRASIL, 2010). 
A biossegurança deve ser melhorada através de estratégias 
comunicacionais adotadas pelos membros constituintes de um estabelecimento 
 3 
assim sistematizando normas de boas práticas, renovando a instituição e 
obtendo a gestão de qualidade na empresa. Essa comunicação pode ser 
aplicada através de informativos, como folders e cartazes, destacando a 
importância do uso de EPI’S dentro da empresa, mantendo assim, a segurança 
dos funcionários e clientes. 
É ampla a visão da biossegurança, sendo ela um conjunto de regras e 
procedimentos estipulados através de Normas Regulamentadoras (NR´s) e 
legislações orientadas pela ANVISA, Ministério da Saúde e do Trabalho, 
Fundação Oswaldo Cruz, entre outras instituições. Essas regras são aplicadas 
a todas as profissões, entretanto, nesse contexto, a ênfase se aplica aos 
profissionais manicuros e pedicuros. 
Segundo o Instituto Nacional de Salões de Beleza e Estética e Similares 
(INBES, 2011), o manicuro e pedicuro são profissionais que cuidam da saúde e 
embelezamento das unhas das mãos e dos pés, por meio de técnicas de uso 
de instrumentos específicos do seu trabalho, como alicates, cortadores e lixas, 
a fim de cortar, aparar e lixar as unhas, remover cutículas, os quais devem ser 
higienizados após o uso e esterilizados corretamente, por fim a aplicação de 
esmalte. A reutilização de materiais descartáveis, como palitos e lixas também 
e fonte de preocupação, pois um corte causado por um material reutilizado 
transmite infecções (JOHNSON, 2001, FOCACCIA, 2010). Para o profissional 
ter condições mínimas de trabalho é indispensável o uso dos Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI). 
 
Equipamentos de Proteção Individual 
Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo ou produto, de uso 
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis 
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, ou seja, os equipamentos de 
proteção individual atuam como barreiras protetoras, a fim evitar o contato do 
profissional com o material biológico (Brasil,1978). 
Para o trabalho de manicuro e pedicuro recomenda a utilização dos 
seguintes EPI´S pelos profissionais, conforme quadro abaixo: 
 
 
 
 4 
QUADRO 01 
Jalecos Aventais Os jalecos e aventais têm como função prevenir contra a exposição de pele e 
das roupas do profissional a fluidos como secreções orgânicas, exsudatos, 
que e um fluido inflamatório extravascular, e sangue, além de prevenir 
também contra a contaminação por produtos químicos. 
Luvas São indicadas sempre que houver contato com mucosas, secreções e sangue 
durante a manipulação de substancias química e de artigos contaminados, 
servindo também pra proteção da mão contra qualquer tipo de sujidades. 
Mascara São responsáveis pela proteção das mucosas da boca e do nariz contra a 
ingestão ou ilação de partículas e aerossóis contendo microorganismo, 
especialmente durante o espiro, a tosse ate mesmo a fala. Porem não é 
eficazes para a filtração de vapores, gases e substancias. 
Gorro Evita a queda dos cabelos na área do procedimento, além de oferecer barreira 
mecânica contra as possibilidades de contaminação, pois os cabelos podem 
servir como via de contaminação, contendo diversos microorganismo. 
Óculos de proteção É importante, pois a mucosa ocular apresenta menor barreira de proteção que 
a pele, sendo assim, os óculos oferece proteção contra infecções, privado os 
profissionais do risco de contato com fluidos contaminados, como sangue, 
exsudatos, substâncias química e ate mesmo pequenas partículas de unha 
que podem atingir os olhos quando cortadas. 
Sapatos fechados A utilização de sapatos fechados impede acidentes com materiais pontiagudos 
e perfuro cortantes durante o trabalho. 
RAMOS, 2009 
 
O mal uso desses equipamentos pode ocasionar a transmissão de 
agentes infecciosos que causam patologias. A exposição a micro-organismos 
(bactérias, fungos, leveduras e parasitas),denomina-se risco biológico, que 
segundo a NR 32 é o contato do profissional com agentes biológicos durante a 
sua rotina de trabalho (BRASIL, 2008). 
A transmissão desses agentes pode ocorrer de maneira direta ou 
indireta, sendo a maneira direta aquela resultante de contato físico entre 
transmissor e receptor por via cutânea ou secreções, já a maneira indireta, é 
através de instrumentos contaminados ou pela infecção cruzada, que e a 
transferência de micro-organismos de uma pessoa ou objeto para outra, 
resultando em uma infecção. (AMATO NETO; BALDY, 1991). Por meio dessa 
contaminação são desencadeadas algumas doenças. 
 
 5 
Doenças 
HIV; o Vírus da Imunodeficiência Humana Adquirida (HIV) e um 
retrovírus que ataca os linfócitos, que são células de defesa cuja principal 
função e ativar outros linfócitos para proteção do corpo humano (CANINI; et at , 
2011). A Síndrome Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e um conjunto de 
sintomas e sinais caracterizado por transtorno do sistema imunológico, 
adquirido por uma infecção viral, sendo HIV o vírus causador (RUBIO, 1997). A 
transmissão ocorre durante o ato sexual, por meio de inoculação do sangue e 
derivado, da mãe para o filho durante a gestão, no momento do parto e durante 
a amamentação (RACHID; SCHECHTER, 2003). Em sua fase mais avançada 
o sistema imunológico torna-se incapaz de produzir anticorpos em resposta aos 
antígenos mais comum que nele penetram assim o sistema imune começa a 
entrar em colapso, e o organismo começa a ficar susceptível a infecções 
oportunista (SOARES, 2011). 
Hepatites Virais; Provocadas por diferentes agentes etiológicos, com 
preferência pelos tecidos hepáticos, apresentam característica 
epidemiológicas, laboratórios e clinica semelhantes, porem há algumas 
peculiaridades que as diferem uma das outras (BRASIL, 2003). Hepatite por 
vírus é uma doença infecciosa que afeta o fígado, causada por agentes 
denominados vírus da hepatite A, B, delta, Não A-não B. Sendo nomeada a 
hepatite Não A-não B por hepatite C, e a hepatite delta classificada como D. 
Hepatite B; VHB é o vírus DNA causador da hepatite B, seu principal 
veiculo de transmissão é o sangue, a contaminação pode ser no ato de 
transfusões através de materiais não esterilizado, relação sexual, após o parto, 
instrumentos cirúrgicos, perfuro cortantes entre outros (STÉFANO, 2011). 
Alicates de unhas infectados podem ser transmissores de vírus VHB, o vírus da 
hepatite B é muito resistente e potencialmente infectante, podendo permanecer 
nesse tipo de instrumento por mais de uma semana (TURCATO, 2011). O risco 
da hepatite B evoluir crônica aumenta com a idade do portador, considerando 
que muitos indivíduos infectados são assintomáticos e que as infecções 
sintomáticas são insuficientemente notificadas. A frequência da hepatite B é, 
certamente, ainda subestimada (FERRERA; SILVEIRA, 2004). Existem vacinas 
para a prevenção da Hepatite B, já para os portadores há tratamentos com 
 6 
medicamentos e acompanhamento médico, no caso de crônicos agudos há o 
recurso de transplantes de fígado (RAMOS, 2009). 
Hepatites C; é uma doença do fígado adquirida pelo contato do sangue 
ou outros fluidos corporais infectados, sendo uma doença assintomática na 
maioria dos casos, podem levar de 20 a 30 anos para ser diagnosticada, 
depende de como reage cada organismo (VARALDO, 2000). As formas de 
contaminação pelo vírus HCV pode ocorrer através de transfusão de sangue, 
relações sexuais, instrumentos mal esterilizados, ferimentos recentes, e 
durante a gravidez da mãe para o filho (JENKINS, 2001). O portador deve ser 
acompanhado pelo seu medico periodicamente sendo o tratamento através de 
medicamentos que podem gerar alguns efeitos colaterais como náusea e 
anemia (BRASIL, 2003). 
A onicomicose é a doença mais transmitida através dos procedimentos 
de manicuro e pedicuro, pois seu contagio ocorre de maneira imediata, através 
do contato com materiais infectados. E uma infecção ungueal causada por 
dermatofitos, leveduras e fungos filamentosos não dermatofitos (CHIACCHIO, 
2005). 
 
METODOLOGIA 
O presente artigo é de natureza descritiva, exploratória e foi 
desenvolvido em duas etapas. Na primeira etapa foi realizada uma revisão 
bibliográfica a partir de artigos e literaturas científicas relacionadas ao tema. 
Utilizou-se banco de dados como Scielo, Pubmed, Medline, e Science Direct. 
Os artigos selecionados foram publicados entre os anos de 1997 a 2010. Como 
referências foram utilizadas as seguintes palavras-chave em algumas 
combinações: EPI, doenças, biosseguranca, importância jaleco, importância 
luvas, materiais descartáveis, manicure pedicure, equipamentos de proteção 
individual, mascaras descartáveis, luvas descartáveis manicure. 
Na segunda etapa foi realizada uma pesquisa quantitativa, utilizando-se 
como instrumento de coleta de dados cem questionários com cinco perguntas 
semiestruturadas. Para chegar aos resultados, os questionários foram 
tabulados no programa Microsoft Excel 2010. Como critério de inclusão na 
pesquisa, as voluntárias são profissionais de manicuro e pedicuro do sexo 
feminino, residentes nas cidades de Curitiba e Campo Largo, no estado do 
 7 
Paraná, no mês de março. A garantia do sigilo de todas as informações foi um 
ponto que motivou as respondentes no preenchimento dos questionários. Esta 
pesquisa está em conformidade com a Resolução 466 de 12 de dezembro de 
2012, do Conselho Nacional da Saúde, que estabelece as normas para 
pesquisas envolvendo seres humanos. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Foram questionados cem profissionais manicuros e pedicuros das 
cidades de Campo Largo e Curitiba, as quais responderam a cinco perguntas 
sobre o tema de abordagem do artigo. Obteve-se como resultado: 
 
Figura I: Idade das entrevistadas 
 
 
 Fonte: A autora (2015) 
 
A figura I mostra a distribuição dos entrevistados por faixa etária. Sendo 
que 40% estão entre 16 e 25 anos; entre 25 e 35 anos encontra-se 29%; e 31% 
acima dos 35. A maior parte está entre os 16 a 25 anos que se soma a 40% do 
total. 
 
 
 
40%
31%
29%
Idade
16 a 25 anos
25 a 35 anos
mais de 35 anos
 8 
Figura II: Nível de conhecimento sobre EPI’S 
 
 
 Fonte: A autora (2015) 
 
A figura II expressa dados referentes ao conhecimento das profissionais 
quanto a concepção sobre EPI’S. Destas respondentes, 61% disseram que 
sabem o que é, enquanto 39% não tem conhecimento. Desse modo, observa-
se que a maior parte tem informação sobre o uso desses equipamentos. Para 
RAMOS (2009), o uso desses materiais irão reduzir as chances de expor a pele 
e das mucosas por objetos infectados. Segundo Garbaccio (2012), o uso de 
EPI protege profissionais e clientes da exposição à sangue, outros fluidos 
corpóreos e fragmentos de unha que podem carrear micro-organismos 
transmissíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61%
39%
Você sabe o que são EPI`S?
SIM
NÃO
 9 
 Figura III: Utilização de materiais 
 
 
 Fonte: A autora (2015) 
 
 Quando questionadas sobre quais equipamentos utilizavam, 29% das 
profissionais asseguraram fazer uso de Aventais e Jalecos, 26% utilizam 
sapato Fechado, 20% são adeptas às Luvas, 19% fazem uso de Máscara, 3% 
responderam que utilizam óculos, 2% Gorro e 1% não fazem uso dos 
equipamentos citados. Levando-se em consideração que a maioria das 
manicuros e pedicuros responderam que utilizam jalecos ou aventais, sapato 
fechado e luvas, determina-se que deveria ser padrão o uso dos outros 
materiais sugeridos, pois a uniformização é obrigatória pela empresa. Para 
Brasil (1978), os equipamentos de proteção individual atuam como barreiras 
protetoras, a fim de evitar o contato do profissional com o material biológico. 
 
 
 
 
 
 
20%
3%
29%
2%
19%
26%
1%
Você faz o uso de algum item abaixo?
LUVAS
ÓCULOS
AVENTAIS/JALECO
GORRO
MÁSCARA
SAPATO FECHADO
NENHUM
 10 
Figura IV: Utilizaçãode luvas descartáveis 
 
 
 Fonte: A autora (2015) 
 
A figura IV mostra que a maior parte das questionadas, sendo elas 41% 
responderam que sim, pois são frágeis e rasgam com facilidade, 33% 
responderam que não há interferência, enquanto o restante com 26% alegaram 
que não conseguem trabalhar utilizando. Segundo Bárbara Eufrásio (2011), 
recomenda-se a utilização de luvas descartáveis sempre que houver contato 
com mucosas, secreções, sangue durante manipulação de substâncias e 
artigos contaminados, servindo também para proteção das mãos contra 
qualquer tipo de sujidades. Conforme relatado no desenvolvimento do estudo, 
as manicures e suas respectivas clientes estão suscetíveis à diversas doenças 
se não houver uso correto de EPI’S. 
 
 
 
 
 
 
41%
26%
33%
Há interferência no uso de luvas 
descartáveis?
SIM
NÃO
NÃO HÁ
INTERFERÊNCIA
 11 
Figura V: Informação sobre transmissão da Hepatite 
 
 
 Fonte: A autora (2015) 
 
A figura V mostra que 70% das profissionais tem conhecimento sobre a 
Hepatite e conhece suas formas de transmissão, enquanto 30% não tem 
consciência sobre a mesma. O fato de que algumas pessoas continuam tendo 
comportamentos de risco, sendo que o número de casos de hepatites e outras 
doenças transmitidas pelo trabalho de manicuro e pedicuro tendem a crescer, 
pode-se concluir que a informação social não é suficiente para combater esse 
crescimento (RUBIO, 1999). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70%
30%
Você sabe o que é Hepatite e quais 
tipos são transmissíveis no 
trabalho de Manicuro/Pedicuro?
SIM
NÃO
 12 
Figura VI: Nível de conhecimento sobre patologias transmitidas por falta de 
EPI’S. 
 
 
 Fonte: A autora (2015) 
 
Os dados da figura VI apontam que 77% dos profissionais possuem 
conhecimento quanto a transmissão de doenças através da falta de 
equipamento de proteção individual, entretanto, 23% das respondentes 
assinalaram que não sabem que existe o risco da transmissão. Através desses 
dados, aponta-se que a informação sobre essas doenças não está sendo 
fornecida corretamente, caso contrário, a maior parte das profissionais teriam 
conhecimento sobre isso. Embora as hepatites sejam transmitidas 
principalmente pela via sexual e pelo uso de agulhas contaminadas, há, 
entretanto, a notificação de casos sem qualquer associação com tais vias, 
inferindo que outras formas de transmissão sejam relevantes (Oliveira, 2012). 
 
CONCLUSÃO 
Com base nas literaturas citadas e preenchimento do questionário para 
quantificar o grau de conhecimento das profissionais sobre o uso de EPI’S, 
conclui-se que grande parte possui conhecimento sobre eles, porém, não 
fazem uso adequado desses materiais. Considera-se importante destacar que 
77%
23%
Conhecimento sobre as doenças 
que podem ser transmitidas pela 
falta de EPI`S
SIM
NÃO
 13 
a adoção da biossegurança aplicada à profissão de manicuro e pedicuro tem 
grande importância para minimizar doenças que possam ser desencadeadas 
por falta de cuidados por parte dos especialistas da área. Por serem opcionais 
e não impostos como normas das empresas, algumas profissionais escolhem 
não fazer uso de equipamentos de proteção individual. Tal realidade gera 
preocupação, pois o crescente número de doenças transmitidas por falta 
desses equipamentos continuará crescendo. Os objetivos foram atingidos, pois 
se destacou a importância do uso de EPI’S, além de verificar o grau de 
conhecimento dos profissionais da área. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Sarvier, 1991. Cap. 38, p. 467- 507. 
 
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biológicos. 2. Ed. Brasília,DF: Ministério da Saúde, 2010. (Série A. Normas e 
Manuais Técnicos). 
 
QUALIDADE. ENG.BR. Qualidade, meio ambiente e normas. Disponível em: 
<http://www.qualidade.eng.br/>. Acesso em 10 de março de 2015 
 
CANINI, Silvia Rita Marin da Silva et al. Qualidade de vida de indivíduos com 
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Preto, v.12, n. 6, p.940-945, nov./dec. 2004. Disponível em: 
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aspectos da epidemiologia e da prevenção. Rev. Bras. Epidemiol. São 
Paulo, v.7, n.4, p.473-487, 2004. Disponível em: < 
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JENKIS, Mark. Hepatite C: guia prático para o convívio diário com a 
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VARALDO, Carlos. Convivendo com a hepatite C: experiências e 
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