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327_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
313
12.2 - Brisas do vale e da montanha.
Durante a noite, o ar em contacto com o solo arrefecido aumenta de densidade e tende a
escoar pelas encostas, acumulando-se nos vales e, não raramente, fluindo acima dos rios. Tal
fenômeno é a brisa da montanha, que pode tomar diversos nomes locais. No Nordeste do Brasil,
por exemplo, o vento Aracati e a "cruviana", bastante conhecidos das populações ribeirinhas das
correspondentes áreas de atuação, são ventos noturnos que sopram vale abaixo, acompanhando
o curso dos rios Aracati e São Francisco, respectivamente.
O ar frio que desce as encostas e se acumula nos vales pode, sob intenso resfriamento
noturno, atingir a saturação, iniciando-se a condensação. É comum, então, a formação de orvalho
ou de nevoeiros cerrados. Vistos da montanha esses nevoeiros são muito curiosos, pois o vale
fica completamente coberto por uma camada nebulosa que recebe o nome de mar de nuvens.
Caso a temperatura se torne negativa durante à noite, certamente haverá a formação de geada.
Durante o dia, acontece o inverso: em contacto com as encostas aquecidas pelo Sol, o ar adquire
calor e se expande (tornando-se menos denso), movimentando-se no sentido ascendente das
encostas: é a brisa do vale. Pode ser suficiente para originar nuvens convectivas acima das mon-
tanhas. 
As brisas do vale e da montanha são também chamadas ventos anabáticos e catabáticos,
respectivamente. 
12.3 - Monções.
Em certas regiões da Terra, particularmente ao sul do continente asiático (Fig. VII.29) e no
norte Austrália, há uma inversão sazonal da direção do vento à superfície. 
OCEANO ÍNDICO
ÍNDIA
VERÃO
OCEANO ÍNDICO
INVERNO
ÍNDIA
Fig. VII.29 - Monções asiáticas de verão (esquerda) e de inverno (direita).

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