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MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOS DE DOENÇAS PARASITÁRIAS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA 
PROF. DRA. ANA CAROLINA 
 
BIANCA RODRIGUES DE SOUSA 
 CAROLINE ARAÚJO LOPES 
CAROLINY CRISTINE DOS SANTOS MENDES 
 EMANUELLA COELHO CUNHA 
ISABEL MOREIRA GOMES 
 LÍVIA ELEN SILVA LOPES 
 NINIVI PABLINE OLIVEIRA ABREU 
REBECA OLIVEIRA SILVA 
 
 
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOS DE DOENÇAS 
PARASITÁRIAS 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2019 
 
1 GIARDÍASE 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da giardíase é feito por meio de exames laboratoriais, através 
da identificação dos cistos ou trofozoítos nas fezes, conhecido como método de Faust. É 
indicado que o médico repita o exame pelo menos três vezes antes de encerrar o 
diagnóstico para obter uma boa sensibilidade, através de exames diretos e processos de 
concentração. Também é considerado um importante método a identificação de 
trofozoítos no líquido duodenal, através da aspiração e na mucosa através da biópsia do 
intestino delgado (SANTANA et al., 2014). 
É muito importante que seja feito o diagnóstico diferencial com outros 
patógenos que podem causar um quadro semelhante. A suspeita de casos de Giárdia deve 
ser notificada à vigilância epidemiológica local, regional ou central, para que a 
investigação epidemiológica seja desencadeada na busca dos fatores causadores e 
medidas de controle sejam tomadas. O serviço de saúde deve registrar o quadro clínico 
do paciente e sua história de ingestão de água e alimentos suspeitos nas últimas semanas, 
bem como, solicitar os exames laboratoriais necessários para os casos suspeitos 
(SANTANA et al., 2014). 
TRATAMENTO 
O Ministério da Saúde propõe os seguintes tratamentos para a giardíase: 
Secnidazol, metronidazol ou tinidazol. Apesar de a doença infectar todas as pessoas, 
crianças e mulheres grávidas podem ser mais susceptíveis a desidratação causada pela 
diarreia, portanto, deve-se administrar fluiodoterapia se necessário (SANTANA et al., 
2014). 
2 AMEBÍASE 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico Clínico: 
Na fase aguda da doença, causada pela E. histolytica, há uma certa confusão 
acerca dos sintomas causados. Muitos deles podem ser confundidos com os de outras 
doenças, como a salmonela, síndrome do colon irritado, dentre outros, devido à 
similaridade entre eles. Dessa forma, somente há a confirmação pelo encontro dos 
parasitas nas fezes, utilizando-se o exame de retossigmoidoscopia, que consiste numa 
endoscopia que avalia as regiões do ânus, reto e uma porção do sigmoide (NEVES, 2016). 
Quando há a presença de abscesso hepático, há a necessidade de localizar 
especificamente o local dos abcessos, a quantidade e a sua evolução. Com isso, nesse 
caso, pode-se realizar o diagnóstico utilizando raios X, cintilografia, ultrassonografia e 
tomografia computadorizada (NEVES, 2016). 
Diagnóstico Laboratorial: 
No diagnóstico laboratorial, o exame de fezes, sem dúvidas, é o mais 
utilizado, apesar da sua demora. Ele tem como objetivo localizar e identificar trofozoítos 
ou cistos. Nesse tipo de exame precisa haver um certo cuidado com a coleta e o 
condicionamento das fezes, pois, dependendo disso, o resultado poderá vir alterado 
(NEVES, 2016). 
Diagnóstico Imunológico: 
Atualmente, os métodos imunológicos estão sendo mais utilizados devido a 
sua precisão. Com a obtenção de antígenos mais puros e sensíveis, os exames sorológicos 
possuem uma detecção de cerca de 95%. Entre eles, os mais utilizados são: ELISA, 
imunofluorescência indireta, hemaglutinação indireta, imunodifusão em gel de ágar e 
radioimunoensaio (NEVES, 2016). 
Diagnóstico diferencial entre E. histolytica e E. díspar: 
Como a maioria dos exames são utilizados para a detecção de trofozoítos ou 
cistos, os quais não é possível estabelecer uma diferença morfológica, ainda não é 
possível diferenciar a E. histolytica e a E. dispar. Contudo, há métodos, como a ELISA, 
que conseguem distinguir os dois parasitas por meio do perfil eletroforético de enzimas 
da via glicolítica, sendo necessária a cultivação das mesmas (NEVES, 2016). 
TRATAMENTO 
Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal: 
Esses medicamentos atuam diretamente na E. histolytica que está aderida na 
parede ou na luz do intestino. Entre eles estão: 
 Derivados da quinoleína, diiodo-hidroxiquinoleína, iodocloro-hidroxiquinoleína 
e cloridroxiquinoleína. 
 Antibióticos: paramomicina e eritromicina 
 Outros derivados: furoato de diloxamina, clorobetamida e clorofenoxiamida. 
Além desses medicamento, também são indicados o teclosan e a etofamida, 
que são dicloroacetamídicos usados por via oral. Deve ser tomados 1,5g de teclosan ou 
1g de etofamida ao dia (NEVES, 2016). 
Amebicidas de ação tissular: 
Esses medicamentos agem na submucosa intestinal e no fígado. São 
compostos de cloridrato de emetina, cloridrato de diidroemetina e a cloroquina, que atua 
somente no fígado. A emetina e a diidroemetina são muito tóxicas, utilizadas somente 
quando os outros medicamentos não funcionarem direto e são administradas via 
intramuscular. A emetina é usada na dose de 1mg/kg de peso por 7 dias e a diidroemetina 
na dose de 1,5mg/kg de peso por 7 dias (NEVES, 2016). 
Amebicidas que atuam tanto na luz intestinal quanto nos tecidos: 
Para tratar a amebíase, utiliza-se antibióticos isolados ou juntamente com 
amebicidas, como antibióticos usa-se: tetraciclinas, clorotetraciclina e oxitetraciclinas. 
Como amebicidas usa-se: eritromicina, espiramicina e paramomicina (NEVES, 2016). 
Além desses medicamentos, existe uma classe, os imidazólicos, que são mais 
eficazes e mais usados na clínica, como: metronidazol, ornidazol, secnidazol e tinidazol. 
Eles podem ser utilizados por via oral ou injeção, em casos mais graves. O metronidazol, 
hoje em dia, é o medicamento mais usado e mais bem tolerado, sendo utilizado nas doses 
de 500 a 800mg, 3 vezes ao dia por 7 a 10 dias. Caso haja alguma falha terapêutica, pode 
associá-lo à emetina ou diidroemetina e antibióticos (NEVES, 2016). 
3 TOXOPLASMOSE 
DIAGNÓSTICO 
Em 1960, foram desenvolvidos mais estudos afim de aprofundarem os 
métodos para diagnóstico já existentes. O diagnóstico da toxoplasmose pode ser clinico 
ou laboratorial. No clinico, os casos agudos podem apresentar apenas febre, cansaço e 
linfadenopatia, evoluindo para a forma crônica. Geralmente se manifesta 
assintomaticamente ou então se assemelha a outras doenças (mononucleose, por 
exemplo). 
Portanto, a suspeita clinica deverá ser confirmada por meio de diagnostico 
laboratorial. O diagnóstico é realizado rotineiramente com base em testes sorológicos, 
que indicam a presença e a concentração de anticorpos específicos circulantes, expressado 
por títulos ou por unidades (UI), que são calculados a partir da diluição do soro sanguíneo. 
Esses testes sorológicos também tornam possível caracterizar a fase da doença pela 
detecção de diferentes classes de anticorpos. Os testes mais usados atualmente são os 
testes enzimáticos (ELISA). 
Teste do corante ou reação de Sabin Feldman (RSF): 
É um método para diagnostico individual na fase aguda ou crônica da doença. 
É muito sensível, detectando anticorpos no soro com diluições de até 1:16.000. É um teste 
especifico e não cruza com outras doenças. Atualmente, esse método está em desuso, por 
causa do tempo elevado para a obtenção do resultado, bem como pela sua sensibilidade e 
pela existência de outros testes sorológicos de mais fácil execução, em especial os testes 
imunoenzimaticos (NEVES, 2016). 
Reação de imunofluorescencia indireta (R1FI): 
É um dos testes de referência para toxoplasmose, sensível e seguro para o 
diagnóstico da infecção, podendo ser usado tanto na fase aguda (pesquisa de anticorpos 
da classe IgM), quanto na fase cronica (pesquisa de IgG). Taquizoitos fixados em laminas 
de vidro de microscopia são utilizados como antígeno. Oito a 10 dias após o início da 
infecçãohumana, os anticorpos específicos já podem ser detectados e, dependendo das 
suas características imunoquimicas, pode indicar toxoplasmose aguda (NEVES, 2016). 
Hemaglutinação indireta (FIAI): 
Método de diagnostico excelente, devido a sua alta sensibilidade e 
simplicidade de execução. Entretanto, e inadequado para o diagnóstico precoce e 
frequentemente não detecta toxoplasmose congênita em recém-nascidos. É um método 
adequado para triagens e levantamentos epidemiológicos (NEVES, 2016). 
Imunoensaio enzimático ou teste ELISA: 
Têm se tornado um dos testes mais utilizados atualmente em seres humanos, 
por permitir desde uma simples triagem inicial de toxoplasmose até a determinação da 
fase da infecção com alta eficiência. A utilização deste imunoensaio tem a vantagem 
sobre RIFI pela objetividade, automação e quantificação. Apresenta maior sensibilidade 
sobre os testes RIFI e RSF, porem pode apresentar resultados falso-positivos. É capaz de 
detectar anticorpos das classes IgM, IgG e IgA, além de permitir a análise da avidez de 
IgG. Em gestante com suspeita de toxoplasmose aguda (IgM positiva), o uso do teste de 
avidez de IgG por ELISA tem se mostrado útil como exame confirmatório para 
caracterizar a fase aguda da infecção. Outros testes com capacidade para diferenciar IgM, 
IgG e IgA são ISAGA (immunosorbent-agglutination assay) e ELFA (enzyme-
linkedfluorescence assay) (NEVES, 2016). 
Imunoblot (ou Western blot): 
Consiste no uso de anticorpos específicos para identificar proteínas de T. 
gondii previamente separadas por eletroforese em gel de poliacrilamida. Este teste 
imunoenzimatico usa uma membrana de nitrocelulose ou PVDF (fluoreto de 
polivinilidene) como suporte das proteínas do parasito. A membrana é processada com 
anticorpos específicos para os antígenos-alvo de interesse, e visualizados usando 
anticorpos secundários. Este teste ainda não é utilizado rotineiramente, embora apresente 
potencial para o diagnóstico de infecções agudas, inclusive em recém-nascidos, quando 
realizado em paralelo ao soro da mãe (NEVES, 2016). 
TRATAMENTO 
É uma doença sem cura, devido a persistência dos cistos nos tecidos do 
hospedeiro. Para que ocorra uma cura, os bradizoitos deveriam ser removidos e os 
medicamentos utilizados atuam apenas contra as formas proliferativas (taquizoitos). 
Como a maioria das pessoas com sorologia positiva nao apresenta sinais clínicos, e pelo 
fato de as drogas empregadas serem toxicas em uso prolongado, recomenda-se o 
tratamento apenas de casos agudos sintomáticos, de gestantes em fase aguda, de 
toxoplasmose ocular ativa e de indivíduos imunodeficientes com toxoplasmose 
sintomática. 
Toxoplasmose aguda sintomática: associação de pirimetamina com a sulfadiazina ou a 
sulfadoxina (Fansidar). 
Toxoplasmose aguda em gestantes: No primeiro trimestre da gestação deve ser usada 
espiramicina e deve ser mantida até o final da gestação gestação, se o feto nao estiver 
infectado. No caso de confirmação infecção fetal, intercalar espiramicina e sulfadiazina 
até o final da gestação. Infecção adquirida pela gestante no terceiro trimestre de gestação 
deve ser tratada com o esquema sulfadiazina + pirimetamina + ácido folinico. 
Pirimetamina nao deve ser usada no início da gravidez, pois e teratogênica gravidez, pois 
é teratogênica. 
Toxoplasmose ocular ativa: a terapêutica é baseada principalmente na administração oral 
de anti-inflamatório (prednisona) e antiparasitários. 
Encefalite em imunodeficientes: associação de pirimetamina e sulfadiazina ou 
pirimetamina e clindamicina. 
4 DOENÇA DE CHAGAS 
DIAGNÓSTICO 
A doença de Chagas tem uma fase aguda e uma crônica, sendo elas 
diagnosticadas da seguinte forma: na primeira fase citada, observa-se a ocorrência de 
febre de longa duração, de mais de 7 dias, de fraqueza, de inchaço, entre outros e pode 
ser detectado o parasita por meio de testes parasitológicos. Já na outra fase, o diagnóstico 
é obtido por testes sorológicos. Exames parasitológicos diretos: utilizado na fase aguda. 
 Pesquisa a fresco de tripanossomatídeos: Geralmente a primeira forma de diagnóstico a 
ser usada, por ser simples. A melhor situação para ser feito o exame é durante um período 
febril do paciente. 
Métodos de concentração: Indicado quando o paciente apresenta os sintomas há mais de 
30 dias e se o resultado da pesquisa a fresco for negativo. 
Lâmina corada de gota espessa ou esfregaço: Utilizado também para diagnosticar a 
Malária e o menos utilizado dos métodos diretos. 
 Exames parasitológicos indiretos: pelo nível de parasitemia ser baixo, na fase 
crônica da doença de Chagas, os exames diretos se tornam inviáveis. Sendo mais 
confiável o uso de exames diretos. 
Exames sorológicos: Duas coletas feitas com espaçamento de 21 dias entre elas e objetiva 
detectar anticorpos anti-T. cruzi da classe IgG. 
Detecção de anticorpos anti-T. cruzi da classe IgM: Indicado na fase aguda tardia, em 
virtude dos resultados negativos para os exames diretos e o paciente deve ter uma história 
epidemiológica. 
Xenodiagnóstico: O inseto é colocado sobre a pele do paciente para que possa se 
alimentar com o sangue e, após um período específico, são examinadas as fezes do inseto 
vetor, tanto na fase aguda quanto crônica. 
Hemocultura: Meios de cultura em que o parasita consegue se multiplicar, como ágar 
sangue, BHI (barin heart infusion), entre outros. 
Imunofluorescência indireta: Uso eficiente, pois é prático e permite o diagnóstico 
padronizado de muitas lâminas. Consiste na revelação dos anticorpos anti-T. cruzi com 
a utilização de Ig associados a fluoresceína. 
Hemaglutinação: Muito utilizado por ter baixo custo, apresentar bons resultados e ter 
processos simples. É baseado nos anticorpos anti-T. cruzi detectados no soro do paciente 
infectado. 
ELISA: Assim como a hemaglutinação, um exame de baixo custo e apresenta bons 
resultados. Revela anticorpos contra do T. cruzi utilizando outro anticorpo. 
Reação em cadeia da Polimerase ou PCR: Utilizado somente em pesquisa, em virtude 
do alto custo. Fundamenta-se no aumento de sequências específicas do DNA do patógeno 
por meio de reação com oligonucleotídeos não naturais. 
TRATAMENTO 
Após o diagnóstico confirmado, o paciente precisa de acompanhamento 
médico. O Ministério da Saúde oferece o medicamento benznidazol, utilizado no 
tratamento, de forma gratuita. Além do benznidazol, pode ser utilizado o nifurtimox, mas 
as taxas de efeitos adversos são maiores que as do primeiro. 
O que se espera de resultado é a diminuição da parasitemia, melhora dos 
sintomas e, consequentemente, melhora na qualidade de vida e aumento da expectativa 
de vida desse indivíduo. Na fase aguda, utiliza-se o benznidazol imediatamente para que 
a doença não evolua. Já na fase crônica, o tratamento depende do paciente e do estado 
dele, como a doença está. 
5 MALÁRIA 
DIAGNÓSTICO 
Microscópia do sangue: 
É utilizado um esfregaço (grosso ou fino) de sangue em uma lâmina de 
microscópio para a identificação de parasitas. Em caso de suspeita de malária e primeira 
amostra negativa, a amostra de sangue deve ser repetida a cada 4 ou 6 horas. 
Testes rápidos: 
Os testes rápidos identificam a presença de antígeno do plasmodium e a 
presença de atividades enzimáticas. 
TRATAMENTO 
Tratamento de infecções mistas: 
Para pacientes com infecção mista por P. falciparum e P. vivax (ou P. ovale), 
o tratamento deve ter a inclusão da droga esquizonticida sanguínea, que é eficaz para o 
P. falciparum, associada à primaquina (esquizonticida tecidual). Se a infecção mista for 
pelo P. falciparum e P. malariae, o tratamento deve ser feito apenas para o P. falciparum. 
Tratamento de malária na gravidez ou em crianças menores de 6 meses: 
Já nos casos de malária por P. falciparum durante o primeiro trimestre de 
gravidez e em crianças menores de 6 meses apenas a quinina associada à clindamicina 
deve ser utilizada.Já no segundo e terceiro trimestres da gestação a combinação de 
artemeter e lumefantrina, ou artesunato e mefloquina podem ser utilizadas com 
segurança, assim como a clindamicina em associação com quinina. Os derivados da 
artemisinina podem ser usados no primeiro trimestre de gestação em casos de malária 
grave, caso seja iminente o risco de vida da mãe. 
Gestantes e crianças menores de 6 meses com malária pelo P. vivax ou P. 
ovale devem receber apenas cloroquina para o seu tratamento, uma vez que a primaquina 
é contra-indicada nessas situações pelo alto risco de hemólise. Após um segundo episódio 
de malária por P. vivax ou P. ovale, toda gestante deverá receber o tratamento 
convencional com cloroquina e, em seguida, iniciar o esquema de cloroquina semanal 
profilática, durante 12 semanas, para prevenção de novas recaídas. O mesmo se aplica 
para crianças menores de 6 meses. A primaquina deverá ser iniciada após o parto (se 
gestante) ou após a criança completar 6 meses de vida. Gestantes e crianças menores de 
6 meses com malária pelo P. malariae devem receber tratamento com cloroquina 
normalmente. 
Tratamento da malária grave e complicada, causada pelo P. falciparum: 
Antimaláricos potentes e de ação rápida devem ser administrados, juntamente 
com todas as medidas de suporte à vida do paciente. Após evidência de melhora das 
complicações da malária grave, deve-se ter a preocupação com a prevenção de 
recrudescência, da transmissão ou da emergência de resistência. Portanto, a 
permeabilidade das vias aéreas deve estar garantida e os parâmetros da respiração e 
circulação avaliados. Se possível, o peso do paciente deve ser aferido ou estimado, para 
facilitar os cálculos dos medicamentos a serem administrados. Um acesso venoso 
adequado deve ser providenciado e as seguintes determinações laboratoriais solicitadas: 
glicemia, hemograma, determinação da parasitemia, gasometria arterial e parâmetros de 
função renal e hepática. Exame clínico-neurológico minucioso deve ser realizado, com 
uma maior atenção para o estado de consciência do paciente, registrando-se o escore da 
escala de coma. 
6 LEISHMANIOSE 
LEISHMANIOSE CUTÂNEA 
DIAGNÓSTICO 
Pesquisa do parasito: 
 Para a pesquisa da Leishmania braziliensis, deve ser realizada uma biópsia ou 
raspagem das lesões cutâneas ulceradas, devendo ser realizada na borda da úlcera, depois 
de uma limpeza completa da lesão. Sendo ainda possível realizar uma punção da borda 
inflamada e das lesões não ulceradas, com o auxílio de uma agulha fina, pois a úlceras 
novas são ricas em parasitos. No tecido lesado são encontradas a forma amastigota no 
interior de macrófagos. (REY, 2008) 
 Por meio do material de biópsia é possível fazer a impressão sobre as lâminas e 
corá-las pelo Giemsa, para a realização do exame microscópico. (REY, 2008) 
 A punção dos gânglios regionais, quando estão com seus volumes aumentados, 
também pode ser positiva para o parasito. Em todos os casos o material coletado para a 
pesquisa pode ser semeado em meios de cultura, como o de NNN. Existem hoje no 
mercado, tubos selados contendo um meio de cultura adequado para semear o material 
coletado da punção. (REY,2008) 
 Para fazer a identificação das espécies ou subespécies, seja para o complexo 
braziliense como para o complexo mexicana, utiliza-se a caracterização feita por 
eletroforética das isoenzimas em celulose acetato, fazendo a identificação por meio da 
cepa de comparação com o material de referência. (REY, 2008) 
 
Diagnóstico imunológico: 
 A reação intradérmica é a mais usada para esse diagnóstico. Sendo ela também 
conhecida como reação de Montenegro ou como teste da leishmanina, onde sua 
realização acontece através do antígeno preparado a partir de culturas. O antígeno é a 
forma promastigota de L. brasilienses, mortos e suspensos em uma solução fenolada, 
contendo 40 mm de N/ml. 
 Para a realização desse diagnóstico, é injetado 0,1 a 0,2 ml do antígeno, 
geralmente na face anterior do antebraço. A leitura será realizada no terceiro dia, pois a 
sua positividade é caracterizada pelo aparecimento de uma pápula eritematosa, com uma 
base dura, que alcança o seu máximo dentro de 48 horas, persistindo de 4 a 5 dias. A 
resposta positiva é obtida em 95% dos casos comprovados de leishmaníase, sendo 
possível que a prova seja negativa no caso de infecção recente. 
 Existem outros métodos de diagnósticos baseados em técnicas imunológicas, 
como a imunofluorescência e imunoperoxidase) ou ainda na biologia molecular 
(hibridação de DNA e PCR), são mais sensíveis que as técnicas mais tradicionais, porém 
possuem um alto custo. (REY, 2008) 
TRATAMENTO 
 Atualmente o tratamento é realizado por meio do uso de antimônio, bem como 
das diaminas aromáticas e anfotericina B. (REY, 2008) 
Antimoniais pentavalentes: 
 São os mais recomendados, em virtude da rápida eliminação renal do Sb 
pentavalente e sua limitada acumulação tecidual, o que torna dispensáveis as interrupções 
do tratamento no tratamento após curtos períodos de cura. Os mais aceitos na prática são: 
Antimoniato de meglumine e Estibogluconato de sódio. (REY, 2008) 
Pentamidinas: 
 Possuem poder curativo inferior ao Glucantime e toxicidade maior. As mais 
usadas são: Pentamidina-isotionato, hidroxiestilbamidina e estilbamidina. (REY, 2008) 
 
 
Antibióticos: 
 São usados como medicação alternativa, na falência dos antimoniais e 
pentamidinas. Os mais conhecidos e usados para o tratamento são: Anfotericina B e 
Rifampicina. (REY, 2008) 
LEISHMANIOSE VISCERAL 
 O diagnóstico para essa infecção deve ser feito quando o paciente apresentar: febre 
e esplenomegalia associado ou não à hepatomegalia. (BRASIL, 2006) 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico imunológico: 
 O exame mais usado no Brasil é a imunofluorescência indireta (RIFI) e os ensaios 
imunoenzimáticos. Os resultados da RIFI são normalmente expressos em diluições. 
Aceita-se como diluições positivas a partir de 1:80. O teste Elisa tem o seu resultado 
expresso em unidades de absorvância a um raio de luz, sendo em uma reação de diluições 
fixas ou mais comumente, apenas como um reagente ou não. (BRASIL, 2006) 
 O teste sorológico reagente pode reforçar o diagnóstico de leishmaniose visceral, 
de acordo com a presença de dados clínicos e laboratoriais. Porém, um teste reagente, 
sem manifestações clínicas sugestivas, não autoriza o início do tratamento. (BRASIL, 
2006) 
 A intradermorreação de Montenegro, ou teste leishmanina, ao contrário do que 
ocorre na leishmaniose tegumentar, apresenta um resultado negativo durante o estado da 
doença, não sendo usado para o diagnóstico. Ele apresenta um resultado positivo após a 
cura clínica na maioria dos pacientes em um período de seis meses a três anos depois de 
terminado o tratamento. (BRASIL,2006) 
Diagnóstico parasitológico: 
 Usada a punção aspirativa esplênica, sendo o método que oferece maior 
sensibilidade para a demonstração do parasita, sendo representada pelo aspirado de 
medula óssea, biópsia hepática e a aspiração dos linfonodos. O mais seguro e mais 
recomendado é a punção aspirativa da medula óssea. (BRASIL, 2006) 
 
Exame direto: 
 Uma gota do material que foi aspirado é colocada em uma das extremidades de 
uma lâmina previamente limpa, sendo o material firmemente dispersado na outra direção. 
Após a secagem o esfregaço é fixado com álcool metílico e corado. As formas amastigotas 
do parasita podem ser visualizadas pelas colorações de Giemsa ou Wright, Lishman, 
Panóptico. O encontro de parasitas no material analisado depende do número de campos 
que são observados. (BRASIL, 2006) 
Isolamento em meio de cultura (in vitro): 
 Formas amastigotas do parasita, inoculadas em meios de cultura especiais, 
contendo agar e sangue de coelho, transformam-se em formas promastigotas. O clássico 
meio empregado mais comumente é o NNN, sendo um meio líquido, que aumenta e 
acelera a positividade da cultura.Uma gota de material aspirado deve ser diluída em 0,5 
ml de solução salina na própria seringa, sendo inoculadas e mantidas sob as condições 
estéreis. Os resultados positivos são encaminhados para laboratórios de referência para 
que seja feita a identificação da espécie. (BRASIL, 2006) 
TRATAMENTO 
 São usados os antimoniais, que são compostos de sais trivalentes, primeiramente 
presente no tratamento de leishmaniose tegumentar. Os derivados pentavalentes, foram 
introduzidos na década de 40 e desde então, eles são considerados como drogas de 
primeira escolha no tratamento dessa protozoose. No Brasil a forma disponível é o 
antimoniato N-metil glucamina. (BRASIL, 2006) 
7 FASCIOLOSE 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico clínico: 
Difícil de ser realizado. 
Diagnóstico laboratorial: 
Nesse caso pode ser realizada a pesquisa de ovos nas fezes ou na bile 
(tubagem). Contudo, como a produção de ovos é baixa, há chances do exame dar 
negativo, mesmo com a presença do parasita (NEVES, 2016). 
Há os diagnósticos sorológicos que podem oferecer mais segurança, apesar 
da baixa sensibilidade, podendo haver a confusão de diagnósticos com esquistossomose 
ou hidatidose. Os exames sorológicos mais indicados são: intradermorreação, 
imunofluorescência, reação de fixação do complemento e ELISA (NEVES, 2016). 
TRATAMENTO 
Os medicamentos utilizados para o tratamento da fasciolose devem ser 
utilizados com cautela, devido a toxicidade e possíveis complicações. Os medicamentos 
utilizados são: bithionol, na dosagem de 50mg/kg/dia, durante 10 dias, deidroemetina, 
podendo ser utilizada via oral (10mg) ou injetável (30 e 60mg), na dose diária de 1mg/kg 
por 10 dias. Pode-se utilizar também o albendazol na dose de 10mg/kg (NEVES, 2016). 
8 ESQUISTOSSOMOSE 
DIAGNÓSTICO 
Existem diversos métodos para diagnósticas uma pessoa que está sendo parasitada 
pelo Shistossoma mansoni, tanto diretos (detectam formas do parasito ou parte dele, como 
substâncias antigênicas) como indiretos (dependem de evidências clínicas, imunológicas 
e bioquímicas). 
Nos métodos diretos existem os coproscópicos, que consiste em identificar os 
ovos do parasito presente nas fezes do indivíduo, sendo divididos em qualitativos 
(presença ou não de ovos) e quantitativos (identificar se existem ou não ovos e quantifica-
los). 
Os principais métodos qualitativos são o de Lutz (método de sedimentação e 
espontânea ou HPJ), que consiste em diluir e filtrar as fezes em tela metálica, para reter 
as partículas maiores. Esse método é utilizado em clínicas devido a sua boa sensibilidade, 
baixo custo e fácil execução, além de exigir aparato técnico relativamente simples. O 
outro método é a técnica de formol-éter, sendo altamente sensível, porém tem o risco do 
manuseio dos reagentes químicos utilizados além de ser bastante trabalhoso. 
Os principais métodos quantitativos são o de Kato-Katz, que consiste na contagem 
de ovos do parasito por grama de fezes, sendo recomendado pela OMS, pelo seu baixo 
custo e as laminas poderem ser armazenadas em temperatura ambiente durante meses, 
porém essa técnica possui limitações, visto que nos casos de baixa carga parasitária a 
quantidade de ovos diminui, e apenas 42g de fezes são examinadas por vez. A outra 
técnica denominada Bell e se baseia na filtração de uma quantidade conhecida de fezes 
emulsionadas através de telas finas e por papel de filtro, respectivamente, havendo 
retenção dos ovos. É então adicionada uma solução de ninidrina, a qual cora os ovos, 
podendo ser contados, porém essa técnica não é muito prática. A última técnica é a de 
Barbosa, que consiste na filtração das fezes emulsionadas com água e sedimentação e 
logo depois medir o volume de sedimento, feito isso se recolhe uma amostra e é 
examinada sob microscópio e os ovos presentes são contados, porém essa técnica possui 
baixa sensibilidade e o volume do sedimento apresenta grande variação, não sendo 
indicado para utilização em pesquisas epidemiológicas. 
Outro método utilizado é a biópsia da mucosa retal, também para verificar a 
presença dos ovos do parasita, porém a dificuldade desse método é o desconforto causado 
no paciente. 
Os métodos de diagnóstico indireto podem ser por meio da entrevista realizada 
com o paciente (anamnese), para avaliar os sinais e sintomas relatados pelo paciente ou 
técnicas laboratoriais imunológicas e moleculares. A reação intradérmica consiste na 
inoculação de antígenos do parasito (forma adulta que desperta reações mais sensíveis), 
porém essa técnica possui limitações como alto custo, persistência do resultado positivo 
mesmo após o tratamento. 
Os testes sorológicos são a imunoflorescência indireta (RIFI), que consiste na 
ligação de anticorpos na superfície do parasito, e posterior ligação de anti-
imunoglobulinas humanas marcadas com fluoresceína. A fluorescência é então 
visualizada em microscópio e a técnica de ELISA, que é o método sorológico mais 
utilizado, que consiste na utilização de enzimas associadas a antígenos para a detecção de 
anticorpos presentes, ou enzimas ligadas a anticorpos para a identificação de antígenos. 
Como antígeno pode ser utilizado uma preparação de antígenos solúveis de ovos (SEA), 
o qual apresenta quantidades limitadas de antígenos solúveis, e a preparação de antígenos 
solúveis de vermes adultos (SWAP), que contém maior quantidade de antígenos, também 
solúveis. Além destes, existem ainda os antígenos de preparações de cercárias, contudo 
estes apresentam baixa sensibilidade e especificidade. 
Além dessas técnicas também existem diagnóstico por imagem que detectam 
lesões no fígado principalmente e no sistema porta hepático. Os mais utilizados são o 
USG, ressonância magnética e tomográfica computadorizada. É mais utilizada pelo baixo 
custo e por ser a técnica menos invasiva para os pacientes. 
Recentemente se descobriu um método que consiste na pesquisa de antígenos 
catódicos circulantes (CCA) e antígenosanódicos circulantes (CAA), que são 
glicoproteínas, carregadas eletronicamente em pH neutro, liberadas pelo intestino dos 
vermes adultos na corrente sanguínea do paciente. Estes antígenos são bastante 
imunogênicos, formando imunocomplexos com anticorpos da classe IgG e IgM, sendo 
possível sua detecção em amostras sanguíneas de pacientes infectados. 
TRATAMENTO 
O tratamento consiste no uso de medicamentos esquistossomicidas, caracterizados 
pela grande eficácia e baixa toxicidade, podendo ser utilizado em tratamentos em massa, 
desde que respeite a posologia em função do peso e as contra-indicações que limitam o 
uso de cada droga. 
Os medicamentos utilizados são Ptaziquantel (é eficaz em todas as 
esquistossomoses humanas ou de origem animal, administrada por via oral em dose 
única ou dupla, com taxa de cura de 70-100%), Oxamnique (também utilizado oralmente, 
em dose única ou duas doses para crianças, os resultados são bons mesmo em formas 
avançadas da doença, nos pacientes não curados, há redução da ordem de 80 a 90%, na 
eliminação de ovos, nas fezes), Metrifonato (é um composto organofosforado indicado 
apenas no tratamento da esquistossomose hematóbica, por via oral,deve-se repetir a 
medicação duas vezes e as taxas de cura são de 60-90%) e Nirizadol (seu uso se restringe, 
também, às infecções por S. haematobium, visto serem pronunciados os efeitos colaterais 
sempre que hajam lesões importantes do fígado e circulação colateral, via oral, 
diariamente durante 5-7 dias. A quimioterapia é, no entanto, a arma mais eficaz no 
controle da endemia, tanto no caso da esquistossomose intestinal como da geniturinária. 
A escolha do tratamento depende não só do parasito em causa como de fatores 
como o preço da droga (alto no caso do praziquantel), ou das condições requeridas para 
sua administração (duas doses diárias durante uma semana, para o niridazol; e três visitas 
aos pacientes durante um mês, para o metrifonato), que tornam mais complicadas e maiscaras as operações logísticas para o tratamento simultâneo de grande número de casos. 
9 TENÍASE 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da teníase é, muitas vezes, difícil já que a maioria das pessoas 
infectadas por não apresentam sintomas, e quando aparecem, são semelhantes aos de 
outras doenças infecciosas gastrointestinais. Para confirmar o diagnóstico, o médico 
normalmente avalia os sintomas apresentados e solicita a realização de exame de fezes 
para verificar a presença de ovos de Taenia sp., sendo possível confirmar o diagnóstico 
(MAGALHÃES et al., 2017). 
Assim, em pessoas com cisticercose, os cistos no cérebro ou em outros 
tecidos podem ser observados em uma tomografia computadorizada (TC) ou em uma 
imagem por ressonância magnética (RM). Os exames de sangue para detectar anticorpos 
contra a tênia do porco também são úteis. (Anticorpos são proteínas produzidas pelo 
sistema imunológico para ajudar a defender o corpo contra ataques, incluindo os de 
parasitas). Às vezes, os cistos endurecidos podem ser sentidos sob a pele 
(MAGALHÃES et al., 2017). 
TRATAMENTO 
O tratamento para teníase geralmente é iniciado com o uso de remédios 
antiparasitários, administrados sob a forma de comprimidos, que podem ser feitos em 
casa, mas que devem ser prescritos por um profissional médico. Estes remédios são: 
Niclosamida, Praziquantel e Albendazol. O tratamento com estes remédios elimina 
apenas a versão adulta da tênia que está no intestino através das fezes, não eliminando os 
seus ovos. Por esse motivo, a pessoa que está fazendo o tratamento pode continuar 
infectando outras pessoas até que todos os ovos sejam eliminados do intestino, assim 
como também pode ser novamente infectado se ingerir ovos e larvas de tênia em 
alimentos contaminados (MAGALHÃES et al., 2017). 
Assim, é aconselhado que durante o tratamento se mantenha os cuidados que 
evitam a transmissão da doença, como cozinhar bem os alimentos, evitar beber água não 
engarrafada e lavar bem as mãos depois de ir no banheiro, assim como antes de cozinhar 
(MAGALHÃES et al., 2017). 
10 CISTICERCOSE 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da cisticercose humana tem como base aspectos clínicos, 
epidemiológicos e laboratoriais. O diagnóstico laboratorial consiste em vários testes: 
Exame de fezes: o exame coproparasitológico tem por objetivo demonstrar a presença da 
Taenia adulta no intestino do paciente, a pesquisa de ovos nas fezes. Apesar da grande 
longevidade das tênias, a forma adulta, eventualmente responsável pela autoinfecção, 
pode já não existir quando a sintomatologia clínica da cisticercose levar o paciente ao 
serviço médico. (REY, 2008) 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida#v778784_pt
Exame do líquido cefalorraquidiano: é o exame que fornece maior número de evidências 
para o diagnóstico de neurocisticercose. Geralmente a cisticercose altera o líquor, com 
características que aparentam processo de tipo inflamatório crônico. As alterações que o 
vai líquor vai apresentar dependerão de vários fatores, entre os quais a situação do 
cisticerco, seu estado de desenvolvimento e vitalidade, a reação e organismo do 
hospedeiro, entre outros. É possível encontrar um quadro liquórico normal quando os 
cisticercos já estejam calcificados ou reabsorvidos, ou quando por sua localização não 
podem exercer influência sobre a constituição do liquido cefalorraquidiano. (REY, 2008) 
Exames de imagens: Ultrassonografia é usada para detectar cistos oculares. 
Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética, utilizadas para diagnosticar 
neurocisticercose, identificando nódulos calcificados. 
Método Imunoenzimático: método ELISA é o mais indicado, determina anticorpos IgG 
para cisticercose. O teste dá resultados objetivos, extremamente sensíveis, e é adaptável 
tanto ao simples exame visual como a diversos sistemas de detecção fotométrica. (REY, 
2008) 
Método de Graham: faz o contato de um pedaço de fita adesiva à região anal, logo após 
é analisado na intenção de que se encontre ovos ou proglotes. 
TRATAMENTO 
Cirurgia: a neurocirurgia, outrora a única disponível, encontra indicações quando o 
número de parasitos é pequeno e a localização dos cisticercos é favorável para a 
intervenção. Já na cisticercose ocular, a cirurgia não oferece dificuldades quando o 
parasito se encontra na câmara anterior do olho, ou em situação subconjuntival ou 
subcutânea. (REY, 2008) 
Terapia Medicamentosa: o Praziquantel foi o primeiro fármaco a ser utilizado no 
tratamento; é de amplo espectro; pode durar de 6 a 21 dias; a droga é boa em cerca de 
80% dos casos; apresenta como efeitos colaterais: cefaleia, náuseas, tontura e dor de 
estômago; afeta a homeostase do cálcio. 
Posteriormente, surgiu o Niclosamida com taxa mínima de efeitos colaterais; imobiliza e 
elimina a tênia inteira pelas fezes; afeta a produção energética; a ingestão é de 4 
comprimidos + 2 colheres de leite de magnésio. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ALVES, D. et al. Métodos de diagnóstico para a doença de Chagas: uma atualização. 
Rev. Bras. An. Clin. Vol. 50. No. 4. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Doença de 
Chagas: o que é, causas, sintomas, tratamento e prevenção. Brasília, 2019. BRASIL. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia prático de tratamento da malária no Brasil. Série A. 
Normas e Manuais Técnicos. Brasília, 2010. 
BRASIL. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral. 1.ed. Brasil: 
Ministério da Saúde, 2006. 
Diagnóstico da esquistossomose. Disponível 
em:<http://www.ufjf.br/labproteinas/material-de-
apoio/esquistossomose/diagnostico/>Acesso em: 17 de Set. 2019. 
 
MAGALHÃES, C.F. et al. Diagnóstico e fatores de risco do complexo teníase-
cisticercose bovina no município de Salinas, Minas Gerais. Rev Pesq. Vet. Bras. V. 3. 
N.37. Pag.205-209, 2017. 
Ministério da Saúde. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. 
Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas: Doença de Chagas. Brasília: CONITEC, 2018. 
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. 
PEARSON, R. D. Malária. EUA: Manual MSD, 2019. Disponível em: 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-
infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/mal%C3%A1ria. Acesso em: 17 set. 
2019. 
REY, L. Estratégias e métodos de controle da esquistossomose. Cad. Saúde 
Pública vol.3 no.1 Rio de Janeiro Jan./Mar. Disponível em:< 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X1987000100005>Acesso em: 17 de Set. 2019 
REY, L. Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias do homem nos trópicos 
ocidentais. 4e.d. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
 
SANTANA, L.A. et al. Atualidades sobre Giardiase. Rev JBM. Vol.102. N1, 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ufjf.br/labproteinas/material-de-apoio/esquistossomose/diagnostico/
http://www.ufjf.br/labproteinas/material-de-apoio/esquistossomose/diagnostico/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1987000100005
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1987000100005

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