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RESUMO CEISC 2021 - PENAL GERAL - @larissa.haguio

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RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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DIREITO PENAL 
EFICÁCIA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO 
TEMPO DO CRIME 
O Código Penal adotou a TEORIA DA ATIVIDADE, portanto, será aplicada a lei que 
estava em vigor no momento da CONDUTA CRIMINOSA e não do resultado. Isso é 
importante principalmente nos casos em que no tempo da conduta o agente era 
menor de idade e, no momento do resultado, já possuía mais de 18 anos. 
LUGAR DO CRIME 
O Código Penal adotou a TEORIA DA UBIQUIDADE, assim, é considerado lugar do 
crime TANTO O LUGAR DA CONDUTA QUANTO O LUGAR DO RESULTADO. É 
importante saber o lugar do crime para saber se haverá incidência da lei penal 
brasileira. 
 
Exemplo: crimes a distância. Estou no Brasil e redijo uma carta tóxica e a envio para 
o meu inimigo na Argentina. No outro país ele abre a carta e morre. Aplica-se a lei 
penal brasileira, pois de acordo com a teoria da ubiquidade, é lugar do crime o 
local da ação e o local do resultado. 
 
LUTA 
 
 
ABOLITIO 
CRIMINIS 
Ocorre quando uma lei nova deixa de considerar uma conduta como crime. 
 
QUAIS SÃO OS SEUS EFEITOS? Cessam todos os efeitos penais, mas ATENÇÃO! 
Cessam apenas os EFEITOS PENAIS, portanto, OS EFEITOS NA ESFERA CÍVEL 
CONTINUAM A EXISTIR. 
 
EXEMPLO: Foi proferida sentença condenatória definitiva em face de João 
condenando-o a dois anos de reclusão pelo crime de SEDUÇÃO (antigo artigo 217 
do CP). No entanto, foi publicada a Lei 11.106/05 que deixou de considerar a 
sedução um fato criminoso. Nesse caso CESSAM TODOS OS EFEITOS PENAIS. 
 
• E se o João foi condenado em 2007 por crime de furto? Ele será reincidente? 
NÃO! Pois cessaram os efeitos penais. 
LUGAR = UBIQUIDADE TEMPO = ATIVIDADE 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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• E se a vítima for pleitear indenização na esfera cível pelo crime de sedução, 
ela pode? SIM! Cessam APENAS OS EFEITOS PENAIS, NÃO CESSAM OS 
EFEITOS NA ESFERA CÍVEL. 
 
CRIME 
PERMANENTE 
Quando o crime é permanente e, no decorrer da sua permanência, entra em 
vigência uma lei nova, APLICA-SE A LEI NOVA, AINDA QUE ELA SEJA MAIS 
GRAVOSA. 
 
EXEMPLO: Marcela sequestra Paulo no dia 11/04/2021. Nesse dia estava em 
vigência a Lei 1234/12 que comina ao crime de sequestro a pena de 3 a 6 anos de 
reclusão. No dia 13/04/2021, enquanto Paulo ainda se encontra no cativeiro, entra 
em vigor a Lei 3421/12 que comina ao crime de sequestros pena de 6 a 12 anos. 
QUAL LEI SE APLICARÁ AO PRESENTE CASO? A nova, pois ela entrou em vigor no 
meio da execução do crime permanente. 
 
SÚMULA 711 → a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da 
permanência. 
 
TEORIA GERAL DO CRIME 
CRIMES 
OMISSIVOS 
CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS → existe um tipo penal descrevendo a conduta 
omissiva e ele se aplica a QUALQUER PESSOA, pois nesses casos TODOS TEM O 
DEVER DE AGIR, como é o caso do crime previsto no art. 135 do CP (omissão de 
socorro). 
 
CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS → ocorre nas situações em que o sujeito tem o 
DEVER DE AGIR + O DEVER DE EVITAR O RESULTADO. São pessoas as quais o 
próprio Código Penal impõe o dever de evitar o resultado. Nesses casos, caso a 
pessoa não evite o resultado, ELA RESPONDERÁ POR ELE. São três hipóteses: 
 
• As pessoas que têm por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. 
Exemplo: uma mãe que tem conhecimento de que seu namorado abusa de 
sua filha de 13 anos e nada faz. Ela também responde pelo crime de estupro 
de vulnerável, pois devia e podia impedir o resultado, mas nada fez. 
 
• Quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. 
Exemplo: um salva-vidas vê uma pessoa se afogando no mar, vira as costas 
e vai embora. A pessoa morre afogada. O salva-vidas responderá pelo 
resultado morte, pois assumiu a responsabilidade de impedir o resultado, 
podia tê-lo feito, mas não o fez. 
 
• Quem, com o seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do 
resultado. Exemplo: Carlos, para sacanear um amigo, joga-o na piscina. Esse 
amigo, que não sabe nadar e tem muito medo de piscina, começa a se 
debater e afundar. Carlos, vendo o amigo se afogar, nada faz. O amigo 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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morre. Carlos responderá pelo resultado morte, pois foi ele que criou o risco 
da ocorrência dessa morte ao empurrar o amigo para dentro da piscina. 
 
NEXO DE 
CAUSALIDADE 
Nexo causal é o vínculo entre a conduta e o resultado. É como se fosse uma linha 
invisível que ligar uma determinada conduta a um determinado resultado. Se seu 
desfiro facadas em Paula e Paula vem a morrer por causa dos ferimentos, existe 
uma linha invisível (o nexo de causalidade) que liga as facadas (minha conduta) à 
morte de Paula (resultado). 
CONCAUSAS 
 
 
 
 
 
Em regra, uma conduta gera um resultado e, como dito, o vínculo entre esses dois 
fatores é o nexo de causalidade. No entanto, imaginemos que no meio desse 
vínculo SURJA UMA NOVA CAUSA que CONTRIBUA PARA O RESULTADO. O nome 
disso é CONCAUSA. 
 
 
 
 
ESPÉCIES E CONSEQUÊNCIAS DAS CONCAUSAS: 
 
1) CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES → são aquelas que por si só 
produzem o resultado e em nada se relacionam com a conduta do agente. Se a 
conduta do agente jamais tivesse ocorrido, o resultado ocorreria do mesmo jeito. 
Nesse caso O AGENTE SÓ RESPONDE PELOS ATOS PRATICADOS E NÃO PELO 
RESULTADO. Exemplo: Paulo coloca veneno no café de sua esposa. Ela o toma e vai 
trabalhar. No entanto, antes que o veneno possa produzir efeito, a esposa de Paula 
é atingida por um ônibus e vem a falecer. Se Paulo jamais tivesse envenenado sua 
esposa, ela teria morrido do mesmo jeito. Nesse caso, o agente responderá apenas 
pela TENTATIVA DE HOMICÍDIO. 
 
2) CONCAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES → são aquelas que surgem em 
razão da conduta, mas que normalmente não seriam um desdobramento direto 
dela. Se a conduta do agente jamais tivesse ocorrido, o resultado também não 
ocorreria. Existem três espécies de concausas relativamente independentes: 
 
• PREEXISTENTE: a concausa já existia antes da conduta. Nesse caso o agente 
RESPONDE PELO RESULTADO. Exemplo: Marcela desfere uma facada na 
coxa de Joana. Ocorre que Joana é hemofílica e começa a sangrar demais, 
perdendo tamanha quantidade de sangue que vem a falecer. Em regra, uma 
facada na coxa não é capaz de matar um ser humano, mas por conta do 
quadro hemofílico que já existia antes da facada, Joana veio a falecer. Assim, 
CONDUTA RESULTADO 
NEXO DE CAUSALIDADE 
OUTRA CAUSA CONTRIBUIU 
PARA ESSE RESULTADO 
= CONCAUSA 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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Marcela responde pelo resultado morte, pois se ela não tivesse desferido a 
facada, Joana não teria morrido. 
 
• CONCOMITANTE: a concausa ocorre no mesmo momento da conduta. Aqui, 
o agente também RESPONDE PELO RESULTADO. Exemplo: Gabriel aponta 
um revólver para Luciana, diz que vai matá-la e atira. Assustada, Luciana 
sofre um infarto fulminante no mesmo momento em que o projétil atinge 
seu corpo. Novamente, se Gabriel jamais tivesse praticado sua conduta, 
Luciana não teria morrido, razão pela qual ele responderá pela morte. 
 
• SUPERVENIENTE: a concausa ocorre depois do momento da conduta. 
Novamente, nós temos dois possíveis desdobramentos: 
 
o SE A CONCAUSA CONTRIBUIU COM O RESULTADO: nesse caso o 
agente responde pelo resultado produzido. Exemplo: Júlia faz 
disparos de arma de fogo contra Katarina, no entanto, acerta lugares 
não-vitais e a vítima acaba não morrendo. Apesar disso, no hospital, 
Katarina precisa passar por uma cirurgia e, no decorrer desta, acaba 
vindo a falecer em razão de um erro médico. Diante de tal exemplo 
temos que a concausa: 1) é relativamente independente porque foi 
a facada que levou àcirurgia; 2) é superveniente porque ocorreu 
depois da facada; 3) contribuiu para o resultado, pois a o erro médico 
só ocorreu em razão da cirurgia necessária por causa dos ferimentos 
produzidos pela facada. JÚLIA RESPONDE PELO RESULTADO MORTE. 
 
o SE A CONCAUSA PRODUZIU O RESULTADO SOZINHA: nesse caso o 
agente só responde pelos atos por ele praticados. Exemplo: Júlia faz 
disparos de arma de fogo contra Katarina. A vítima desvia e sai 
correndo, mas no meio da fuga é atropelada por um carro. 
 
 
ESQUEMA PARA ENTENDER AS ESPÉCIES DE CONCAUSAS: 
CONCAUSAS
ABSOLUTAMENTE 
INDEPENDENTE
RELATIVAMENTE 
INDEPENDENTE
Preexistente
Concomitante
Superveniente
Por si só produziu 
o resultado
Contribuiu com o 
resultado
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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TENTATIVA 
Ocorre quando o agente dá início à execução do delito, mas, por circunstâncias 
alheias à sua vontade, ele não consegue finalizar a conduta. Trata-se de uma causa 
de diminuição da pena. Havendo a tentativa, a pena será diminuída de 1/3 a 2/3. 
Quando mais próximo de consumar o delito o agente estiver, menor é a sua 
diminuição. A diminuição corresponde ao avanço do iter criminis. 
 
ALGUNS CRIMES NÃO ADMITEM TENTATIVA! FICAR ATENTO! São eles: 
 
• Crime culposo (o resultado é involuntário, o agente não quer o resultado!) 
• Crime preterdoloso (mesma coisa, o agente não quer o resultado mais 
grave) 
• Contravenção penal (APOSTA DO PROFESSOR NIDAL PARA A OAB! 
ATENÇÃO!) 
• Crimes omissivos próprios (ATENÇÃO! Nos impróprios é possível!) 
• Crimes unissubsistentes (praticados com um ato só) 
DESISTÊNCIA 
VOLUNTÁRIA 
O sujeito dá início à execução do delito, mas antes de consumar o delito, ele DESISTE 
DE PRATICAR A CONDUTA. ATENÇÃO! Aqui o agente para de praticar a conduta 
POR VONTADE DE PRÓPRIA e o delito NÃO CHEGA A SE CONSUMAR. 
 
• SÓ RESPONDE PELOS ATOS ATÉ ENTÃO PRATICADOS. Exemplo: Joana dá 
um tiro em Carla, mas acaba acertando seu braço. Joana tem outras 
munições e poderia efetuar outros disparos, mas decide que não quer mais 
matar Carla, razão pela qual vira as costas e vai embora. Nesse caso Joana 
responderá apenas por LESÃO CORPORAL, pois desistiu de matar a vítima. 
ARREPENDIMENTO 
EFICAZ 
O sujeito dá início à execução do delito, ESGOTA OS ATOS EXECUTÓRIOS, mas antes 
do resultado ser produzido, ele toma uma atitude e IMPEDE O RESULTADO DE 
ACONTECER. ATENÇÃO! O arrependimento precisa ser EFICAZ, se o agente não 
conseguir o evitar o resultado, ele responderá normalmente pelo crime. 
ARREPENDIMENTO 
POSTERIOR 
Ocorre APÓS A CONSUMAÇÃO DO DELITO e aplica-se apenas aos CRIMES 
PATRIMONIAIS PRATICADOS SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA. Nesses casos o 
agente se arrepende do delito e decide REPARAR O DANO ou RESTITUIR A COISA 
ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA. Presentes os requisitos, o 
agente faz jus à diminuição de pena de 1/3 a 2/3. 
LINHA DO TEMPO PARA ENTENDER O MOMENTO NO QUE CADA INSTITUTO É CABÍVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INÍCIO DOS ATOS 
EXECUTÓRIOS 
FIM DOS ATOS 
EXECUTÓRIOS 
CONSUMAÇÃO 
RECEBIMENTO DA 
DENÚNCIA OU 
QUEIXA 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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CRIME IMPOSSÍVEL 
O sujeito dá início à execução do delito, mas esse delito JAMAIS SE CONSUMARÁ 
por um dos seguintes motivos: 
 
• INEFICÁCIA ABSOLUTA DO MEIO: é impossível praticar o crime do modo 
que o agente escolheu. O meio empregado por ele jamais produzirá aquele 
resultado. Exemplo: tentar abortar com chá de boldo ou tentar matar 
alguém com uma arma de brinquedo. 
 
• IMPROPRIEDADE ABSOLUTA DO OBJETO: aqui a coisa ou pessoa sobre 
quem/o que recai a conduta impede que o resultado seja praticado. 
Exemplo: tentar matar alguém que já estar morto ou tentar realizar um 
aborto sem estar grávida. 
 
É um fato ATÍPICO, NÃO RESPONDE POR NADA. 
ERRO 
Erro é a falsa percepção da realidade. No direito penal existem diversas espécies 
de erro. Vejamos: 
 
• ERRO DE TIPO: é a falsa percepção quanto a um dos elementos constitutivos 
do tipo penal. “O que é elemento constitutivo do tipo?” São as expressões 
utilizadas pelo tipo penal, cada palavra empregada para descrever a conduta 
típica é um elemento que constitui o tipo penal. Dito isso, devemos entender 
que para que alguém responda por um crime, é necessário que a pessoa haja 
com consciência de vontade de praticar um delito. Se a pessoa age em erro, 
ela não tem consciência da realidade e nem vontade de praticar aquela 
conduta. EXEMPLO: Jorge está em uma biblioteca ao lado de Luana e ambos 
possuem celulares iguais que estão sobre a mesa que dividem. Ao deixar o 
local, sem prestar atenção, Jorge pega o celular e leva embora achando que 
era seu. 
 
o INEVITÁVEL/INVENCÍVEL: exclui-se o dolo e a culpa, o agente não 
responde por NADA. 
 
o VENCÍVEL/EVITÁVEL: situações em que, caso o agente fosse mais 
cuidadoso, o erro não teria sido cometido. Nesses casos exclui-se o 
dolo, mas não a culpa. O AGENTE RESPONDERÁ PELA FORMA 
CULPOSA DO CRIME, se não existir ele NÃO RESPONDE POR NADA. 
 
• ERRO DE PROIBIÇÃO: o sujeito desenvolve a conduta de forma consciente, 
mas ele erra quanto à ilicitude do fato. Basicamente, o sujeito supõe que a 
conduta é permitida, mas ela é proibida. EXEMPLO: o holandês está 
acostumado a fumar maconha na Holanda, onde é permitido. Ao chegar no 
Brasil ele acredita que também é permitido e decide fumar. Ele sabia que 
estava fumando maconha, mas não sabia que era crime. 
 
o INEVITÁVEL: o agente se torna isento de pena, exclui a culpabilidade. 
 
o EVITÁVEL: causa de diminuição da pena (1/6 a 1/3) 
 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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• ERRO QUANTO A PESSOA: o sujeito pretende atingir uma pessoa e, por 
erro na identificação, acaba atingindo pessoa diversa. Exemplo: Márcia, 
sob influência do estado puerperal, dirige-se até o berçário da maternidade 
e, buscando matar o seu filho, acaba se enganando e matando o bebê de 
outro casal. 
 
o Responde como se ativesse atingindo a vítima pretendida, 
considerando as suas condições e características (aumento de pena 
se queria atingir o pai e atingiu desconhecido, por exemplo). 
 
• ERRO NA EXECUÇÃO: o sujeito atinge pessoa diversa, não porque ele 
cometeu um erro na identificação, mas sim porque, ao utilizar-se do meio 
escolhido para cometer o crime, ele errou e, por acidente atingiu pessoa 
diversa. Exemplo: Carlos quer matar Roberta. Ele está vendo a Roberta na 
frente dele e sabe que é ela, mas ele acaba errando a pontaria e atinge Jorge, 
que passava atrás de Roberta. Foi um erro na execução da ação (atirar). 
 
o Responde como se ativesse atingindo a vítima pretendida, 
considerando as suas condições e características (aumento de pena 
se queria atingir o pai e atingiu desconhecido, por exemplo). 
 
EXCLUDENTES DE 
ILICITUDE 
Nesses casos o fato é típico, mas em razão da incidência de um desses quatro 
institutos, ele deixará de ser ilícito e, por isso, o agente não responderá por crime 
algum. Lembrar que CRIME = FATO TÍPICO + ILÍCITO + CULPÁVEL. Sem um desses 
três elementos não haverá crime. Vejamos: 
ESTADO DE NECESSIDADE: 
 
Ocorre quando o agente para salvar-se de PERIGO ATUAL, que NÃO PROVOCOU 
por sua vontade e NEM PODIA EVITAR, sacrifica direito próprio ou alheio. Nesses 
casos o sujeito fica dividido entre deixar que um direito pereça ou sacrificar outro 
para salvar aquele direito que iria perecer. Parece abstrato, mas é possível entender 
com um exemplo: Camila está passeando com seu cachorro quando avista Mariana 
e decide parar para conversar. O cachorro, sentindo o cheiro dos gatos de Mariana, 
decide atacá-la. Para se defender, Mariana empurra o cachorro com muita força e 
ele vem a óbito. Nesse caso Mariana sacrificou o cachorro para zelar pela sua 
integridade corporal. 
 
Importante lembrar que o estado de necessidade pode ser provocado por outroser 
humano, pela natureza ou de animal. 
 
 
 
ATENÇÃO AOS ANIMAIS! 
 
 
 
 
ATAQUE ESPONTÂNEO = ESTADO DE 
NECESSIDADE 
A PESSOA USA O CACHORRO COMO 
ARMA, INSTIGA A ATACAR = LEGÍTIMA 
DEFESA 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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LEGÍTIMA DEFESA: 
 
Ocorre quando o agente, para repelir uma INJUSTA AGRESSÃO a direito SEU OU 
DE OUTREM, acaba praticando um fato típico. Comete um crime para defender a 
si mesmo ou a outrem. O pacote anticrime inseriu a legítima defesa específica para 
agentes de segurança pública (importante saber disso, mas no fundo não produz 
qualquer mudança, pois a legítima defesa já se aplicava a eles. Apenas deixaram isso 
de forma expressa na lei). 
 
Importante lembrar que, para a conduta estar amparada pela legítima defesa, o 
agente deve fazer o USO MODERADO DOS MEIOS NECESSÁRIOS. O excesso 
constitui crime. 
ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL: 
 
No cumprimento de um dever legal a pessoa acaba praticando um fato típico. Para 
a grande maioria da doutrina, limita-se aos agentes públicos. Exemplo: um oficial 
de justiça que ingressa na residência de uma pessoa sem que ela permita para 
executar um mandado de busca e apreensão. 
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO: 
 
Ocorre quando, ao exercer um direito que lhe foi conferido por lei, o agente acaba 
praticando um fato típico. Aplica-se aos cidadãos comuns. É o caso do cidadão que, 
investido do direito conferido pelo art. 301 do CPP, efetua a prisão em flagrante de 
uma pessoa. Exemplo: Luís está batendo em Ana quando Maurício entra em casa e 
vê o ocorrido. Na hora, ele utiliza-se da força para conter Luís e chama a polícia. Ele 
pode até lesionar Luís, mas estava no seu regular exercício do direito de prender 
alguém em flagrante. 
CULPABILIDADE 
Culpabilidade é o juízo de reprovação que recai na conduta típica e ilícita que o 
agente se propõe a realizar (conceito de Rogério Sanches). São elementos da 
culpabilidade: 
 
• Imputabilidade 
• Potencial consciência da ilicitude 
• Exigibilidade de conduza diversa 
 
Havendo esses três elementos, há culpabilidade e o agente poderá sofrer um juízo 
de reprovação (a aplicação de uma pena). 
 
Existem ainda, causas de exclusão da culpabilidade. Vejamos: 
 EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE: 
 
• DOENÇA MENTAL OU DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO OU 
RETARDADO: no entanto, devemos ficar atentos, pois não basta que o 
sujeito seja doente mental. Para ser considerado inimputável o sujeito deve 
ser doente mental ou ter desenvolvimento mental incompleto ou retardado 
E SER INTEIRAMENTE INCAPAZ DE COMPREENDER O CARÁTER DE SUA 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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CONDUTA. A doença mental deve ter lhe tirado a capacidade de 
compreensão. Assim, o critério adotado para a aferição da inimputabilidade 
é o BIOPSICOLÓGICO. Além disso, por tratar-se de uma pessoa doente, as 
sentenças serão ABSOLUTÓRIAS IMPRÓPRIAS, pois, em regra, será 
aplicada uma medida de segurança. 
 
• EMBRIAGUEZ ACIDENTAL COMPLETA POR CASO FORTUITO OU FORÇA 
MAIOR: ocorre nos casos em que a pessoa é obrigada, forçada a beber. Ele 
não queria, mas o obrigaram. Ocorre, ainda, nos casos em que a pessoa bebe 
sem entender o caráter alcóolico da bebida e sem perceber que aquilo pode 
lhe tirar toda a capacidade de compreensão. 
 
• COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL: um coator faz uma grave ameaça dirigida ao 
coagido e exige que ele cometa um crime. Exemplo: um traficante manda 
uma senhora guardar drogas dentro de sua casa e diz que, caso ela se negue, 
ele matará os filhos daquela senhora. Não é razoável exigir conduta diversa, 
uma vez que qualquer pessoa tentaria proteger os seus filhos. ATENÇÃO! 
Não confundir com a coação física irresistível, esta exclui a tipicidade. 
 
TEORIA GERAL DA PENA 
CONCURSO DE 
PESSOAS 
Quando duas ou mais pessoas praticam juntas um crime. São requisitos do concurso 
de pessoas: 
 
• PLURALIDADE DE CONDUTAS 
 
• RELEVÂNCIA CAUSAL DAS CONDUTAS: a conduta precisa ser minimamente 
relevante para a prática do crime. Se a pessoa oferecer uma ajuda inútil, ela 
não será considerada partícipe. Exemplo: Paula, empregada doméstica 
revoltada com os patrões, deixa a porta da frente da casa aberta para que 
Márcio invada a casa e furte diversos pertences. No entanto, no dia do furto, 
Márcio acaba entrando na casa pela porta dos fundos. Analisando o caso, 
percebemos que a conduta de Paula foi inútil para a execução do crime, se 
a porta estivesse trancada, Márcio teria entrado do mesmo jeito. Por isso ela 
não responderá pelo crime de furto. Se Márcio tivesse entrado pela porte da 
frente, aí sim a conduta de Paula teria sido relevante. 
 
• LIAME SUBJETIVO: é o vínculo que liga todos os agentes, a vontade de 
agirem juntos e de praticarem um delito juntos. É a identidade de desígnios. 
Não exige ajuste prévio, não precisa estar combinado, basta que todos os 
agentes busquem o mesmo objetivo (é possível, inclusive, que uma das 
pessoas não saiba que está sendo auxiliada). 
 
• IDENTIDADE DE INFRAÇÕES: aplica-se a teoria unitária. Aqueles que 
concorrem para um crime respondem pela pena a este cominadas. Em regra, 
todos respondem pelo mesmo crime. Isso não significa que as penas serão 
iguais, pois a pena deve ser aplicada de forma individualizada, levando em 
consideração as particularidades de cada agente. 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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IMPORTANTE! Dois pontos que devem ser lembrados: 
 
1) PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA → pena reduzida de 1/6 a 1/3. 
 
2) SE UM DOS AGENTES QUERIA PRATICAR CRIME MENOS GRAVE → ele 
responderá pelo crime menos grave que desejava praticar. No entanto, se o 
resultado mais grave já era previsível, a pena deste crime menos grave será 
aumentada até a metade. 
REGIME INICIAL DE 
CUMPRIMENTO DE 
PENA 
Primeira coisa que devemos lembrar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRITÉRIOS PARA A APLICAÇÃO DO REGIME INICIAL: 
 
• FECHADO: pena de reclusão superior a 8 anos, não importando se o agente 
é reincidente ou não. Se é superior a 8 anos, começa no fechado. Simples. 
 
• SEMIABERTO: pena de reclusão superior a 4 anos e inferior a 8 anos nos 
casos em que o agente não for reincidente OU pena de detenção superior a 
4 anos. 
 
• ABERTO: pena de reclusão inferior de até 4 anos nos casos em que o agente 
não for reincidente. O mesmo vale para detenção. 
• 
 
Se o sujeito for reincidente depende da pena. Vejamos: 
 
Reincidente + pena maior de 4 anos = FECHADO 
Reincidente + pena menor de 4 anos = SEMIABERTO ou FECHADO 
 
RECLUSÃO
Fechado
Semiaberto
Aberto
DETENÇÃO
Semiaberto
Aberto
NÃO PODE HAVER REGIME 
INICIAL FECHADO NOS 
CRIMES APENADOS COM 
DETENÇÃO 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE O TEMA: 
 
• SÚMULA 269 STJ: É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos 
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis 
as circunstâncias judiciais. 
 
• SÚMULA 440 STJ: Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o 
estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão 
da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito. 
 
• SÚMULA 718 STF: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do 
crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais 
severo do que o permitido segundo a pena aplicada. 
 
• SÚMULA 719 STF: a imposição do regime de cumprimento mais severo do 
que a pena aplicada permitir exige motivação idônea. 
PENA RESTRITIVA 
DE DIREITOS 
O juiz fixa a pena privativa de liberdade e, caso presentes os requisitos, ele substitui 
essa PPL por uma pena restritiva de direitos. Vejamos os requisitos de forma 
simplificada: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENA DE MULTA 
Com as mudanças do pacote anticrime, apena de multa agora é executada 
perante o juízo da execução penal e a legitimidade para a execução é do 
MINISTÉRIO PÚBLICO. 
 
A pena de multa não cumprida JAMAIS SERÁ CONVERTIDA EM PPL. 
REINCIDENTE 
É necessário que no momento da prática de um crime o agente JÁ TENHA CONTRA 
SI UMA SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO. Lembrar que 
REQUISITOS PRD
Crime
Doloso
Pena aplicada de 
até 4 anos
Sem violênciaa ou 
grave ameaça
Culposo Qualquer pessoaNão reincidente 
em CRIME 
DOLOSO
Circunstâncias 
judiciais 
favoráveis
EXCEÇÃO: Se o sujeito for 
reincidente por crimes dolosos 
diferentes e for socialmente 
recomendável, é possível que seja 
substituída a pena 
RESUMO – REVISÃO TURBO CEISC 2021 
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decorridos 5 anos desde o cumprimento da pena o agente torna-se tecnicamente 
primário. 
CONCURSO 
MATERIAL 
O sujeito com MAIS DE UMA AÇÃO pratica DOIS OU MAIS CRIMES. A consequência 
é a SOMA DAS PENAS. 
CONCURSO 
FORMAL 
O sujeito com UMA ÚNICA CONDUTA pratica DOIS OU MAIS CRIMES. O concurso 
formal de divide em perfeito e imperfeito: 
 
• CONCURSO FORMAL PERFEITO → o sujeito não tem desígnios autônomos 
em relação a cada um dos resultados. Ele não quer praticar os dois 
resultados. Nesse caso há apenas o AUMENTO DA PENA (pena mais grave 
+ 1/6 até 1/2) 
 
• CONCURSO FORMAL IMPERFEITO → o sujeito tem desígnios autônomos em 
relação a cada um dos resultados. Ele quer produzir todos aqueles 
resultados e age pensando nisso. Nesse caso SOMAM-SE AS PENAS. 
CRIME 
CONTINUADO 
Ocorre quando o agente comete vários crimes da mesma espécie em condições 
aproximadas e tempo e lugar, com o mesmo modo de execução. Exemplo: o 
sujeito pratica um roubo no banco A, pega o dinheiro e foge para o banco B, pega o 
dinheiro e foge para o banco C... existe uma sequência e uma semelhança entre os 
crimes. 
 
TEMPO: 30 dias 
LOCAL: mesma cidade ou cidades próximas 
 
Aplica-se a pena do crime mais grave ou de qualquer um deles se forem iguais + 
aumento de 1/6 a 2/3.

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