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PORTFÓLIO PARTE IV Tecido nervoso: • Tecido nervoso x Sistema nervoso ◦ Tecido nervoso é o neurônio e as células da glia. ◦ Onde acontece as transmissões dos impulsos nervosos e percebe as sinapses. • Qual é o papel do tecido nervoso no nosso corpo? ◦ Receber e transmitir o impulso nervoso. • Neurônio: ◦ Estão presentes na maioria do corpo. ◦ Plasticidade neuronal: ▪ A neuroplasticidade (também conhecida como plasticidade neuronal) refere-se à capacidade do sistema nervoso de sofrer modifcaaões e adaptaaões quando exposto a novas experiências. ▪ Uma vez estimulados, os neurônios geram impulsos de natureza elétrica e liberam íons e substâncias químicas que lanaadas nas sinapses (espaaos vazios entre um neurônio e outro) estabelecem ligaaões entre eles. A cada novo estímulo, a rede de neurônios se recompõe e reorganiza, o que possibilita uma diversidade enorme de respostas. Plasticidade neuronal é o nome dado a essa capacidade que os neurônios têm de formar novas conexões a cada momento. Por isso, crianaas que sofreram acidentes, às vezes gravíssimos, com perda de massa encefálica, défcits motores, visuais, de fala e audiaão, vão se recuperando gradativamente e podem chegar à idade adulta sem sequelas, iguais às crianaas que nenhum dano sofreram. ◦ Morfologia: Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ▪ Dendritos prolongamentos numerosos, especializados na funaão de receber → os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios; A maioria das células nervosas tem numerosos dendritos, que aumentam consideravelmente a superfície celular, tornando possível receber e integrar impulsos trazidos por numerosos terminais axônicos de outros neurônios. A grande maioria dos impulsos que chegam a um neurônio é recebida por pequenas projeaões dos dendritos, as espinhas ou gêmulas. Essas gêmulas, que medem de 1 a 3 m de comprimento e menos de 1 m de diâmetro, μ μ geralmente são formadas por uma parte alongada presa ao dendrito e terminam por uma pequena dilataaão. Essas gêmulas existem em grande quantidade e desempenham importantes funaões. Elas são o primeiro local de processamento dos sinais (impulsos nervosos) que chegam ao neurônio. Esse mecanismo de processamento localiza-se em um complexo de diversas proteínas presas à superfície interna da membrana pós-sináptica, que é visível ao microscópio eletrônico e recebeu o nome de membrana pós- sináptica, muito antes do descobrimento de suas funaões. As gêmulas dendríticas participam da plasticidade dos neurônios relacionada com a adaptaaão, a memória e o aprendizado. Essas gêmulas são estruturas dinâmicas, com plasticidade morfológica baseada na proteína actina, um componente do citoesqueleto que está relacionado com a formaaão das sinapses e com a sua adaptaaão funcional, mesmo em adultos. ▪ Corpo celular é o centro trófco da célula e também capaz de receber → estímulos; O corpo celular dos neurônios é rico em retículo endoplasmático granuloso, que forma agregados de cisternas paralelas, entre as quais ocorrem numerosos polirribossomos livres. Esses conjuntos de cisternas e ribossomos se apresentam ao microscópio óptico como manchas basóflas espalhadas pelo citoplasma, os corpúsculos de Nissl. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ▪ Axônio prolongamento único, especializado na conduaão de impulsos que → transmitem informaaões do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares). Cada neurônio contém apenas um único axônio, que é um cilindro de comprimento e diâmetro variáveis conforme o tipo de neurônio. Alguns axônios são curtos, mas, na maioria dos casos, o axônio é mais longo do que os dendrites da mesma célula. Os axônios das células motoras da medula espinal que inervam os músculos do pé, por exemplo, têm cerca de 1 m de comprimento. Existe um movimento muito ativo de moléculas e organelas ao longo dos axônios. O centro de produaão de proteínas é o pericário, e as moléculas proteicas sintetizadas migram pelos axônios (fuxo anterógrado) em diversas velocidades, mas há duas correntes principais: uma rápida (centenas de milímetros por dia) e outra lenta (poucos milímetros por Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas dia). Além do fuxo anterógrado existe também um transporte de substâncias em sentido contrário. Este fuxo retrógrado leva moléculas diversas para serem reutilizadas no corpo celular. O fuxo retrógrado é utilizado em neurofsiologia para estudar o trajeto das fbras nervosas. Atenaão: Os anestésicos de aaão local atuam sobre os axônios. São moléculas que se ligam aoscanais de sódio, inibindo o transporte desse íon e, consequentemente, inibindo também o potencial de aaão responsável pelo impulso nervoso. Assim, tornam-se bloqueados os impulsos que seriam interpretados no cérebro como sensaaão de dor. ◦ Variedades: ◦ Atenaão: Neurônios bipolares são encontrados nos gânglios coclear e vestibular, na retina e na mucosa olfatória. Neurônios pseudounipolares são encontrados nos gânglios espinais, que são gânglios sensoriais situados nas raízes dorsais dos nervos espinais, e também nos gânglios cranianos. • Os neurônios podem ainda ser classifcados segundo sua funaão. Os neurônios motores controlam órgãos efetores, tais como glândulas exócrinas e endócrinas e fbras musculares. Os neurônios sensoriais recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo. Os interneurônios estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas • Células da glia: ◦ Sistema nervoso central (encéfalo e medula): ▪ Astrócitos • Possui o maior núcleo e é frouxo • Possuem prolongamentos que abraaam vasos sanguíneos • São chamados de pés vasculares esses prolongamentos transferem → moléculas e íons do sangue para os neurônios. Prolongamentos com dilataaões semelhantes aos pés vasculares são encontrados também na superfície do sistema nervoso central, formando uma camada contínua. • Controlam parcialmente o ambiente onde o neurônio está localizado • Existem dois tipos de astrócitos morfologicamente: ◦ Astrócitos protoplasmáticos:Prolongamentos mais curtos, mais ramifcados e mais espessos ◦ Astrócitos fbrosos: Prolongamentos mais fnos, mais longos e menos ramifcados ▪ Oligodendrócitos : • Emite prolongamentos que abraaam os axônios dos neurônios e dão origem à bainha de mielina. • Como o oligodendrócito forma a bainha de mielina? O prolongamento abraaa o axônio de um outro neurônio e esse prolongamento comeaa a enrolar em torno desse neurônio. • A bainha de mielina é formada predominantemente por lipídeos. Isso ocorre, pois a membrana do oligodendrócito é constituída basicamente por lipideos. O papel da bainha de mielina, além de proteger o axônio, • Núcleo esférico e denso ▪ Microgliócitos: • Célula de defesa fagocítica • Possuem um padrão diferente das outras células da glia. O núcleo do microgliócito é alongado. • As células da micróglia são pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares. Essas células podem ser identifcadas nas lâminas histológicas coradas pela hematoxilina·eosina porque seus núcleos são escuros e alongados, contrastando com os núcleos esféricos das outras células da glia. As células da micróglia são fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue, representando o sistema mononuclear fagocitário no sistema nervoso central. Elas participam da infamaaão e da reparaaão do sistema nervoso central. Quando ativadas, as células da micróglia retraem seus prolongamentos, assumem a forma dos macrófagos e tornam -se fagocitárias e apresentadoras de antígenos. A micróglia secreta diversas citocinas Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas reguladoras do processo imunitário e remove os restos celulares que surgem nas lesões do sistema nervoso central. ▪ Células ependimárias:• As células ependimárias são células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal. Em alguns locais as células ependimárias são ciliadas, o que facilita a movimentaaão do líquido cefalorraquidiano (LCR). ◦ Sistema nervoso periférico ▪ Anfícitos • Satélites • Sustentaaão ▪ Células de Schwann: • As células de Schwann têm a mesma funaão dos oligodendrócitos, porém se localizam em volta dos axônios do sistema nervoso periférico. Cada célula de Schwann forma mielina em torno de um segmento de um único axônio. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas SISTEMAS REPRODUTORES Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas • Gametogênese: ◦ Os espermatozoides e os oócitos são gametas altamente especializados – células germinativas. Cada uma dessas células contém metade do número de cromossomos presentes nas células somáticas (23 em vez de 46). O número de cromossomos se reduz durante um tipo especial de divisão celular, a meiose, que ocorre somente durante a gametogênese (formaaão das células germinativas). Nos homens, esse processo recebe o nome de espermatogênese, nas mulheres, de oogênese. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Gametas masculino e feminino (células germinativas). A, Partes do espermatozoide humano (1.250 ×). A cabeaa, composta em sua maior parte pelo núcleo, é parcialmente coberta pelo acrossomo, uma organela que contém enzimas. B, Desenho do espermatozoide em escala aproximada à do oócito. C, O oócito secundário humano (200 ×) é envolvido pela zona pelúcida e pela coroa radiada. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas • Meiose: ◦ É um tipo de divisão em que a célula dá origem à 4 células-flhas com a metade do número de cromossomos da célula inicial. A meiose é importantíssima para a manutenaão do número de cromossomos das espécies e para promover variabilidade genética. ▪ Meiose I: é reducional! Uma célula diplóide origina duas células haploides (com reduaão do número de cromossomos) e separaaão dos cromossomos homólogos. ▪ Meiose II: é equacional (semelhante à mitose)! Em que, cada uma das células haploides, resultantes da primeira divisão, origina duas outras, porém com o mesmo número de cromossomos e com a separaaão das cromátides-irmãs. ◦ “Durante a primeira divisão meiótica, o número de cromossomos se reduz de diploide para haploide. Os cromossomos homólogos (um do pai e outro da mãe) formam pares durante a prófase, separando-se durante a anáfase, quando um representante de cada par segue aleatoriamente para polos diferentes do fuso meiótico. O fuso se conecta com o cromossomo no centrômero. Nesse estágio, os cromossomos têm duas cromátides. Embora os cromossomos X e Y não sejam homólogos, têm segmentos homólogos na extremidade de seus braaos curtos. Eles se emparelham apenas nessa região. Ao fnal da primeira divisão meiótica, cada nova célula formada (espermatócito ou oócito secundário) tem o número haploide de cromossomos, cada um com duas cromátides. Cada célula contém, portanto, metade do número de cromossomos da célula que a precedeu (espermatócito ou oócito primário). Essa separaaão, ou disjunaão, dos pares de cromossomos homólogos é a base física da segregaaão, ou separaaão, dos alelos gênicos durante a meiose. Logo após a primeira, há a segunda divisão meiótica, sem uma interfase normal (i.e., sem a ocorrência de uma etapa de replicaaão do DNA). Os cromossomos contendo as duas cromátides se dividem e cada metade, ou cromátide, encaminha-se aleatoriamente para um polo diferente do fuso meiótico. Desse modo, o número haploide de cromossomos (23) se mantém. As células-flhas formadas por meiose são haploides, tendo um representante de cada par de cromossomos (agora cromossomos com uma cromátide)”. ◦ Garante a constância do número de cromossomos de uma geraaão para outra, ao reduzir o número cromossômico de diploide para haploide e, dessa forma, produzindo gametas haploides. ◦ Permite a distribuiaão aleatória dos cromossomos maternos e paternos entre os gametas. ◦ Propicia a troca de segmentos dos cromossomos maternos e paternos, por meio do cruzamento de segmentos cromossômicos (crossing over), o que “embaralha” os genes e produz a recombinaaão do material genético. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas • Espermatogênese: ◦ Entre o período fnal de desenvolvimento do feto e a puberdade, as espermatogônias (precursores dos espermatozoides) permanecem latentes nos túbulos seminíferos dos testículos. Seu número comeaa a aumentar na puberdade (após os 12 anos de idade). Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ◦ Processo que ocorre nos testículos que além da espermatogênese também secretam testosterona, hormônio sexual responsável pelo aparecimento das características sexuais masculinas. ◦ As células dos testículos estão organizadas ao redor dos túbulos seminíferos, nos quais os espermatozoides são produzidos. A testosterona é secretada pelas células intersticiais ou células de Leydig, localizadas entre os túbulos seminíferos. Ao redor dos túbulos seminíferos, estão as células de Sertoli, responsáveis pela nutriaão e pela sustentaaão das células da linhagem germinativa, ou seja, as que irão gerar os espermatozoides. ◦ Depois de diversas divisões mitóticas, os espermatozoides crescem e passam por mudanaas que os transformam em espermatócitos primários– as maiores células germinativas nos túbulos seminíferos. ◦ Em seguida, cada espermatócito primário sofre uma divisão redutiva, a primeira divisão meiótica, e dá origem a dois espermatócitos secundários, que são haploides e têm aproximadamente a metade do tamanho dos espermatócitos primários. Os espermatócitos secundários passam, então, pela segunda divisão meiótica, dando origem a quatro espermátides haploides, que têm aproximadamente a metade do tamanho dos espermatócitos secundários. As espermátides se transformam gradualmente em quatro espermatozoides maduros, ao longo de um processo conhecido como espermiogênese. ◦ Durante essa mudanaa de forma, o núcleo se condensa e o acrossomo se forma. O acrossomo contém enzimas que provavelmente facilitam a penetraaão do espermatozoide na zona pelúcida. Quando a espermiogênese se conclui, os espermatozoides entram no lúmen (cavidade) dos túbulos seminíferos. Os espermatozoides, então, deslocam-se para o epidídimo, onde são armazenados e se tornam funcionalmente maduros. A espermatogênese necessita de cerca de dois meses para ser concluída. Normalmente, a maturaaão dos espermatozoides – espermatogênese– continua a ocorrer ao longo de toda a vida reprodutiva. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ◦ Quando ejaculados, os espermatozoides maduros têm grande mobilidade e são capazes de nadar livremente. Eles são compostos de cabeaa e cauda, e seu colo do útero é a junaão entre essas duas partes. A cabeaa, com a maior parte da massa do espermatozoide, contém o núcleo. Os dois teraos anteriores da cabeaa são cobertos pelo acrossomo, organela semelhante a um gorro que contém enzimas que facilitam a penetraaão do espermatozoide no momento da fertilizaaão. A cauda é responsável pela motilidade do espermatozoide, auxiliando na locomoaão até o sítio de fertilizaaão, na ampola da tuba uterina. A cauda do espermatozoide se divide em três partes: peaa intermediária, peaa principal e peaa terminal. Na peaa intermediária estão localizadas as mitocôndrias, que produzem a energia usada nos movimentos em chicote da cauda. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas • Oogênese: ◦ As células precursoras dos gametas, os ovócitos primários, estão envolvidas por diversas camadas de células foliculares, constituindo os folículos ovarianos. Nas mulheres, alguns folículos ovarianos entram em maturaaão a cada ciclo menstrual, mas apenas um, em geral, completao desenvolvimento, os demais regridem após alguns dias. ◦ O termo oogênese se refere à sequência de eventos por meio da qual as oogonias (oócitos primordiais) se transformam em oócitos primários. ◦ O processo de maturaaão comeaa ainda no período fetal, mas só se conclui após a puberdade – 16 anos. No início da vida fetal, as oogonias se multiplicam por mitose e crescem para formar os oócitos primários. ◦ Quando do nascimento, todos os oócitos primários já concluíram a prófase (primeira fase da meiose) da primeira divisão meiótica. Os oócitos permanecem na prófase até a puberdade. Um pouco antes da ovulaaão, um oócito primário conclui a primeira divisão meiótica. Diferentemente do que ocorre no estágio correspondente da espermatogênese, a divisão do citoplasma é desigual. O oócito secundário recebe quase todo o citoplasma, enquanto o primeiro corpúsculo polar recebe uma quantidade muito pequena, o que faz com que ele se degenere em pouco tempo. Na ovulaaão (liberaaão do oócito), o núcleo do oócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, que progride somente até a metáfase. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Eletromicrografa de um oócito primário ◦ Se o oócito secundário é fertilizado por um espermatozoide, a segunda divisão meiótica se completa e o segundo corpúsculo polar se forma. O oócito secundário liberado na ovulaaão é envolvido por uma capa de material amorfo, a zona pelúcida, e por uma camada de células foliculares, a coroa radiada. O oócito secundário é grande o sufciente para ser visível a olho nu. ◦ Normalmente, os ovários de uma recém-nascida contêm até 2 milhões de oócitos primários. A maioria deles regride durante a infância, de modo que, na puberdade, não restam mais que 40 mil. Desses, somente cerca de 400 passam pelo processo de maturaaão, transformando-se em oócitos secundários e sendo liberados na ovulaaão. • Ciclos reprodutivos femininos: ◦ Os ciclos reprodutivos das mulheres são regulados pelo hipotálamo, hipófse e ovários. ◦ O hormônio liberador de gonadotropina é sintetizado por células neurossecretoras no hipotálamo. Ele estimula a liberaaão de dois hormônios (gonadotropinas), que são produzidos pela adeno-hipófse e agem nos ovários: Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ◦ O hormônio foliculoestimulante (FSH) estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produaão de estrógeno pelas células foliculares. ◦ O hormônio luteinizante (LH) funciona como um “gatilho” para a ovulaaão e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona. • Ciclo ovariano: ◦ O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas nos ovários (desenvolvimento dos folículos ovarianos, ovulaaão e formaaão do corpo lúteo),conhecidas em conjunto como ciclo ovariano. ◦ Durante cada ciclo, o FSH promove o crescimento de diversos folículos primários, mas, normalmente, apenas um deles se desenvolve até se tornar um folículo maduro e se romper, expelindo seu oócito. ◦ Ovulaaão: ▪ As células foliculares se dividem intensamente, produzindo uma camada estratifcada em torno do oócito. Subsequentemente, surgem espaaos preenchidos por fuido ao redor das células foliculares. Esses espaaos coalescem, formando uma cavidade única, o antro, que contém o fuido folicular. Quando o antro se forma, o folículo ovariano passa a ser chamado de folículo secundário. O oócito primário é envolvido por células foliculares – o cúmulo oóforo –, que se projeta para o interior do antro aumentado. O Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Fotomicrografas de secaões de ovários de mulheres adultas. A, Micrografa de luz do córtex ovariano mostrando folículos primordiais (P), que são oócitos primários envolvidos por células foliculares (270 ×). B, Micrografa de luz de um folículo secundário. Observe o oócito primário e o antro com o fuido folicular em seu interior folículo continua a crescer, logo formando uma protuberância na superfície do ovário. Um ponto pequeno, oval e avascular, o estigma, logo surge nessa protuberância. Antes da ovulaaão, o oócito secundário e algumas células do cúmulo oóforo se desprendem do interior do folículo dilatado. ▪ A ovulaaão ocorre nas 24 horas seguintes ao pico de produaão do LH, que parece ser desencadeado por moléculas sinalizadoras nas células granulosas. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Esse pico, ocasionado pelos níveis elevados de estrógeno no sangue, parece ser responsável pelo rompimento do estigma, que expulsa o oócito secundário junto com o fuido folicular. Plasminas e metaloproteinases da matriz também parecem ter alguma infuência no rompimento do estigma. ▪ Depois de expulso, o oócito secundário é envolvido pela zona pelúcida, uma capa acelular de glicoproteína, e por uma ou mais camadas de células foliculares, que se distribuem radialmente para formar a coroa radiada e o cúmulo oóforo Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Níveis sanguíneos de diversos hormônios durante o ciclo menstrual. O hormônio foliculoestimulante (FSH) estimula os folículos ovarianos a se desenvolver e a produzir estrogênios. Os níveis de estrogênios atingem o máximo imediatamente antes do pico de o hormônio luteinizante (LH) induzir a ovulaaão – que normalmente acontece nas 24 horas seguintes ao pico de LH. Se não ocorrer a fertilizaaão, os níveis de estrogênios e progesterona circulando no sangue caem. Essa queda hormonal provoca a regressão do endométrio e o início de uma nova menstruaaão. ◦ Corpo lúteo: ▪ Logo após a ovulaaão, o folículo ovariano sofre colapso. Sob a infuência do LH, as paredes do folículo se transformam em uma estrutura glandular, o corpo lúteo,que secreta principalmente progesterona – e um pouco de estrógeno. Se o oócito é fertilizado, o corpo lúteo cresce, dando origem ao corpo lúteo da gravidez, aumentando sua produaão hormonal. A degeneraaão do corpo lúteo é evitada pela gonadotropina coriônica humana (hCG). ▪ Se o oócito não for fertilizado, o corpo lúteo se degenera de 10 a 12 dias após a ovulaaão, sendo chamado, então, de corpo lúteo da menstruaaão. Em seguida, o corpo lúteo degenerado se transforma em tecido cicatricial branco no ovário, dando origem ao corpo albicans. • Ciclo menstrual: ◦ Menstruaaão é a eliminaaão de resíduos da mucosa uterina (endométrio) e sangue através da vagina e ocorre, em média, a cada 28 dias, durante a vida fértil da mulher. O período entre o início de uma menstruaaão e outra é chamado ciclo menstrual. ◦ A menstruaaão ocorre quando a taxa de TODOS os hormônios sexuais (estrógeno e progesterona) se torna baixa no sangue. Durante o período menstrual que pode durar de 3 a 7 dias, a hipófse reinicia a produaão de FSH (hormônio foliculo estimulante). A presenaa de FSH no sangue induz o desenvolvimento dos folículos ovarianos, que passam a produzir estrógeno, cuja taxa no sangue aumenta progressivamente. ◦ O estrógeno inicia o espessamento do endométrio, que se torna rico em vasos sanguíneos e em glândulas. Quando a taxa de estrógeno no sangue atinge determinado nível, a adeno-hipófse é estimulada a liberar grande quantidade de LH (hormônio luteinizante) e FSH. Juntos esses dois hormônios induzem a ovulaaão (principalmente o LH), que ocorre por volta do 14o dia a partir do início do ciclo menstrual. ◦ O LH induz as células do folículo ovariano rompido a se transformarem no corpo lúteo, que produz estrógeno e muita progesterona. O corpo lúteo atinge seu desenvolvimento máximo entre 8 a 10 dias após a ovulaaão. ◦ O estrógeno e a progesterona atuam em conjunto sobre o útero, continuando sua preparaaão para uma eventual gravidez. Esses hormônios, no entanto, exercem efeito inibidor na adeno-hipófse, que Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas diminui a produaão de LH e FSH. A queda na taxa de LH tem como consequência a regressãodo corpo lúteo, que deixa de produzir estrógeno e progesterona. A queda brusca nas taxas desses dois hormônios ovarianos faz com que a mucosa uterina sofra descamaaão – menstruaaão (a progesterona em queda é o responsável direto pela descamaaão do endométrio). Com a degeneraaão do corpo lúteo, a adeno-hipófse, que estava sendo inibida por aaão do estrógeno e da progesterona ovarianos, volta a produzir FSH, reiniciando um novo ciclo. • Transporte dos gametas: ◦ Transporte de espermatozoides : ▪ Na ejaculaaão, os espermatozoides são rapidamente transportados do epidídimo, onde fcam armazenados, para a uretra, por meio das contraaões peristálticas do ducto deferente. O sêmen é composto pelos espermatozoides e por secreaões das glândulas seminais, da próstata e das glândulas bulbouretrais. Os espermatozoides, que variam de 200 a 600 milhões no ejaculado, atravessam o canal cervical lentamente, movendo sua cauda. A vesiculase, enzima produzida pelas glândulas seminais, coagula parte do sêmen e cria, no óstio externo, uma obturaaão cervical que pode evitar o retorno do sêmen à vagina. Na ovulaaão, a quantidade de muco cervical aumenta, e ele se torna menos viscoso (pegajoso), o que facilita o transporte dos espermatozoides. As prostaglandinas do sêmen estimulam a motilidade uterina e ajudam a levar os espermatozoides, através do útero, até o sítio de fertilizaaão, na ampola da tuba uterina. Os espermatozoides avanaam entre 2 e 3 mm por minuto. Eles se movem lentamente no meio ácido da vagina, mas sua velocidade aumenta no meio alcalino do útero. Cerca de 200 espermatozoides chegam à ampola para a fertilizaaão. ▪ Nos testículos, os espermatozoides não possuem mobilidade ou exibem um fraco movimento vibratório da cauda. Eles são conduzidos pelas contraaões das células mioides peritubulares, pela correnteza do fuido testicular e por gradiente de concentraaão Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ▪ Os túbulos seminíferos têm a forma de U, e as extremidades abrem- se na rede testicular, localizada no mediastino, o espessamento da túnica albugínea na borda posterior dos testículos. Há uma região transitória entre os túbulos seminíferos e a rede testicular: são os túbulos retos. Próximo aos túbulos seminíferos, em virtude da depleaão de células germinativas, eles são constituídos somente por células de Sertoli. Posteriormente, assim como a rede testicular, com quem se continuam, são revestidos por epitélio simples pavimentoso a colunar. Atenaão: O segmento com a presenaa de células de Sertoli evita o refuxo do fuido da rede testicular para os túbulos seminíferos. ▪ Os canais da rede testicular fazem comunicaaão com 8 a 15 dúctulos eferentes, de epitélio pseudoestratifcado colunar. As células colunares possuem cílios, mas há células cúbicas com estereocílios, que reabsorvem a maior parte do fuido testicular. • Os cílios e as contraaões da musculatura lisa permitem o transporte dos espermatozoides para os epidídimos. O epitélio é pseudoestratifcado colunar com estereocílios, o que aumenta a superfície absortiva. Nesse órgão, ocorre a absoraão do fuido testicular restante, da gota citoplasmática perdida pelos espermatozoides e de espermatozoides velhos. Dentre as organelas da célula epitelial, o Golgi é proeminente, porque está envolvido na síntese de glicoproteínas que serão inseridas à superfície dos espermatozoides. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ▪ A modifcaaão de glicoproteínas na superfície celular e a perda da gota citoplasmática fazem parte da maturaaão dos espermatozoides e torna-os móveis (motilidade progressiva e direcional) e aptos a fertilizarem o oócito. Devido à maior atividade absortiva e secretora, o epitélio é mais alto nas regiões da cabeaa e do corpo do que na cauda. A luz do ducto, por sua vez, é mais ampla e preenchida de espermatozoides na cauda,onde eles são armazenados até a ejaculaaão. ▪ Além das células principais (colunares com estereocílios) e das células basais do epitélio pseudoestratifcado, é comum a presenaa de linfócitos intraepiteliais, identifcados pelo núcleo esférico, escuro, com um halo não corado ao redor. Eles participam da barreira imunológica do epidídimo. O epitélio do epidídimo é dependente de andrógeno para sua atividade funcional. O ambiente rico desse hormônio é proporcionado pelo complexo ABP-testosterona proveniente dos testículos. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Dúctos eferentes, de epitélio pseudoestratifcado colunar, cujas células colunares possuem cílios e as células cúbicas, estereocílios. A musculatura lisa (M) contribui para o transporte dos espermatozoides. ▪ Subjacente ao epitélio, unindo as alaas do ducto entre si, há tecido conjuntivo frouxo, com vasos sanguíneos e nervos. O transporte dos espermatozoides é garantido pelas contraaões de miofbroblastos dispostos em torno do ducto e da musculatura lisa, especialmente desenvolvida na região da cauda. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Ducto da região da cabeaa do epidídimo, de epitélio pseudoestratifcado colunar com estereocílios. A poraão supranuclear das células é menos corada, de aspecto foculento, por causa do Golgi bem desenvolvido. Na luz do ducto, há espermatozoides. As células alongadas sob o epitélio são miofbroblastos. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ◦ Maturaaão dos espermatozoides : ▪ Os espermatozoides recém-ejaculados não são capazes de fertilizar os oócitos. Eles precisam passar por um período de condicionamento – capacitaaão– que dura cerca de sete horas. Nesse período, uma capa de glicoproteína e proteínas seminais são removidas da membrana que recobre o acrossomo, que, por sua vez, cobre parcialmente o núcleo do espermatozoide. ▪ A capacitaaão e a reaaão do acrossomo são reguladas pela src quinase, uma tirosina quinase. Os espermatozoides capacitados não apresentam alteraaões morfológicas, mas têm atividade aumentada. Os espermatozoides, normalmente, são capacitados no útero ou nas tubas uterinas por substâncias (incluindo a interleucina-6) secretadas por esses órgãos. ◦ Transporte de oócitos : ▪ Durante a ovulaaão, a extremidade com fímbrias (franjada) da tuba uterina se aproxima do ovário. Os processos semelhantes a dedos –fímbrias– da tuba se movem para a frente e para trás sobre o ovário. A aaão de varredura das fímbrias e as correntes de fuido produzidas por elas “arrastam” o oócito secundário para o infundíbulo – estrutura em formato de funil – da tuba uterina. O oócito passa, então, à ampola da tuba, principalmente por causa das ondas de peristaltismo – movimentos da parede da tuba caracterizados pela alternância entre contraaão e relaxamento. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas • Fertilizaaão: ◦ A fertilizaaão não se restringe ao encontro dos gametas masculino e feminino. Ela envolve processos anteriores e posteriores a esse momento, importantes para o sucesso do evento. Em humanos, leva em torno de 24h. ◦ Durante a passagem dos espermatozoides pelo trato reprodutor feminino, ocorre a capacitaaão. Ao migrar pelas secreaões femininas, como o muco cervical e o fuido folicular, há o desprendimento de uma cobertura superfcial de glicoproteínas e proteínas oriundas do líquido seminal e a alteraaão dos componentes da membrana plasmática do espermatozoide. → Atenaão: Em muitas espécies, foi verifcada a diminuiaão na quantidade de colesterol e a perda de proteínas e carboidratos da membrana plasmática. É possível que essas mudanaas aumentem a atividade respiratória e a motilidade do espermatozoide e desbloqueiem as proteínas que se ligam à zona pelúcida. ◦ Uma vez capacitado, o espermatozoide sofre a reaaão acrossômica nas vizinhanaas do oócito. Um infuxo de Ca 2+ provoca a fusão da membrana externa do acrossomo com a membrana plasmática do espermatozoide em vários pontos. Nesses locais, as membranasrompem- se, liberando as enzimas do acrossomo. A hialuronidase, por exemplo, degrada o ácido hialurônico, um glicosaminoglicano da matriz extracelular da corona radiata. A protease acrosina, situada na membrana acrossômica interna, fca exposta e digere as glicoproteínas da zona pelúcida. Os movimentos da cauda também contribuem para a passagem dos espermatozoides pela corona radiata e pela zona pelúcida. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ◦ Há a interaaão entre os gametas. A zona pelúcida é constituída por quatro glicoproteínas sulfatadas e secretadas pelo oócito: a ZP1, a ZP2, a ZP3 e a ZP4. A ZP2 e a ZP3 interagem para formar complexos flamentosos longos, interconectados por dímeros de ZP1 e de ZP4. Uma glicoproteína presente na membrana do espermatozoide, a -1,4-β galactosil- transferase, liga-se aos resíduos oligossacarídicos da ZP3 em uma ligaaão específca da espécie. A ZP2 mantém o espermatozoide ligado ao ovo. ◦ Os núcleos dos gametas são denominados pronúcleos. Com a substituiaão das protaminas pelas histonas acumuladas no citoplasma do oócito, o material genético do espermatozoide descondensa-se. Os envoltórios nucleares desintegram-se, e os cromossomos pareiam-se. Tem-se uma célula diploide, o zigoto. ◦ A etapa fnal da fertilizaaão é a ativaaão do metabolismo do zigoto. O aumento intracelular de Ca 2+ e do pH ativam a NADquinase e o transporte de K + e aminoácidos, respectivamente. A síntese de DNA, RNA e proteínas, as reaaões metabólicas e a divisão celular são retomadas. • Fecundaaão: ◦ A ampola, uma dilataaão sacular da tuba uterina, é usualmente o local da fecundaaão. Se o oócito não for fecundado, ele passa lentamente ao longo da tuba para dentro da cavidade uterina, onde se degenera e é reabsorvido. A fecundaaão é uma complexa sequência de eventos moleculares coordenados que comeaa com o contato entre um espermatozoide e um oócito. A fecundaaão termina com a mistura de cromossomos maternos e paternos na metáfase (uma fase da mitose) da primeira divisão mitótica do zigoto. Moléculas de ligaaão a carboidratos e proteína presentes na superfície dos gametas (oócito ou espermatozoide) estão envolvidas na quimiotaxia dos espermatozoides (movimento de células) e no reconhecimento dos gametas, assim como no processo de fecundaaão. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ◦ Fases da fecundaaão: Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Reaaão acrossômica e penetraaão do espermatozoide em um oócito. 1, Espermatozoide durante a capacitaaão. 2, Espermatozoide sofrendo a reaaão acrossômica. 3, Espermatozoide formando um caminho pela zona pelúcida. 4, Espermatozoide entrando no citoplasma do oócito. Esquema do processo de fecundaaão. A, Um espermatozoide entrou no oócito e ocorreu a segunda divisão meiótica, resultando na formaaão de um oócito maduro. O núcleo do oócito é agora o pronúcleo feminino. B, A cabeaa do espermatozoide aumentou para formar o pronúcleo masculino. C, Fusão dos pronúcleos. D, O zigoto foi formado e contém 46 cromossomos. • Clivagem do zigoto: ◦ A clivagem consiste em repetidas divisões mitóticas do zigoto, resultando em rápido aumento do número de células – blastômeros. A divisão do zigoto tem início aproximadamente 30 horas após a fecundaaão. Esses blastômeros tornam-se menores a cada divisão por clivagem. Durante a clivagem, o zigoto ainda se encontra envolto pela zona pelúcida. ◦ Após o estágio de oito células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam frmemente uns com os outros – a compactaaão. Esse fenômeno pode ser mediado pelas glicoproteínas de adesão da superfície celular. A compactaaão possibilita maior interaaão célula a célula e é um pré-requisito para a segregaaão das células internas que formam a massa celular interna. Quando já existem 12 a 32 blastômeros, o concepto é chamado de mórula. ◦ As células internas da mórula – o embrioblasto ou massa celular interna– estão circundadas por uma camada de blastômeros achatados que formam o trofoblasto. A sinalizaaão via hippo é um fator essencial na segregaaão da massa celular interna do trofoblasto. Uma proteína imunossupressora – o fator inicial de gravidez – é secretada pelas células trofoblásticas e surge no soro materno dentro de 24 a 48 horas após a fecundaaão. O fator inicial de gravidez forma a base para o teste de gravidez aplicável durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Esquema da clivagem do zigoto e formaaão de blastocisto. A-D mostram vários estágios da clivagem. O período de mórula se inicia no estágio de 12 a 32 células, e termina quando se forma o blastocisto. E e F mostram cortes de blastocistos. A zona pelúcida desaparece no estágio de blastocisto tardio (5 dias). Embora a clivagem aumente o número de blastômeros, observe que cada uma das células-flhas é menor do que as células parentais. Como resultado, não há aumento no tamanho do embrião em desenvolvimento até que a zona pelúcida se degenere. O blastocisto, em seguida, aumenta consideravelmente (D). • Formaaão dos Blastocistos: ◦ Logo depois de a mórula ter alcanaado o útero (cerca de 4 dias após a fecundaaão), o fuido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar um espaao preenchido por fuido – a cavidade blastocística – no interior da mórula. À medida que o fuido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes: ▪ O trofoblasto, uma delgada camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta. ▪ O embrioblasto, um grupo discreto de blastômeros que é o primórdio do embrião ◦ Durante esta fase do desenvolvimento – blastogênese –, o concepto é chamado de blastocisto. O embrioblasto agora se projeta para dentro da cavidade blastocística, e o trofoblasto forma a parede do blastocisto. Após o blastocisto permanecer suspenso no fuido da cavidade uterina por cerca de 2 dias, a zona pelúcida se degenera e desaparece. A degeneraaão da zona pelúcida foi observada in vitro. A degeneraaão permite ao blastocisto aumentar rapidamente de tamanho. Enquanto está futuando livremente na cavidade uterina, o blastocisto obtém nutriaão das secreaões das glândulas uterinas. ◦ Aproximadamente 6 dias depois da fecundaaão, o blastocisto adere ao epitélio endometrial. Tão logo se inicie o processo de adesão ao epitélio endometrial, o trofoblasto inicia rapidamente a proliferaaão e se diferencia em duas camadas. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ◦ O citotrofoblasto, uma camada interna de células mononucleadas que são mitoticamente ativas. Forma novas células trofoblásticas que migram para a massa crescente de sinciciotrofoblasto, onde se fusionam e perdem suas membranas celulares. O sinciciotrofoblasto, a camada externa, que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada formado por fusão de células . ◦ Os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto se estendem para o epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo endometrial. No fnal da primeira semana, o blastocisto está superfcialmente implantado na camada compacta do endométrio e obtém sua nutriaão dos tecidos maternos erodidos. O sinciciotrofoblasto altamente invasivo rapidamente se expande na região adjacente ao embrioblasto – o polo embrionário. ◦ O sinciciotrofoblasto produz enzimas proteolíticas que erodem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto “implantar-se” dentro do endométrio. No fm da primeira semana, uma camada de células cuboides, denominada hipoblasto, surge na superfície do embrioblasto, voltada para a cavidade blastocística. Células deciduais também ajudam a controlar a profundidade de penetraaão do trofoblasto. Atenaão: Fertilizaaão in vitro Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ◦ A implantaaão do blastocisto é concluída durante a segunda semana do desenvolvimento.Enquanto esse processo ocorre, há mudanaas, produzindo um disco embrionário bilaminar composto por duas camadas, o epiblasto e o hipoblasto. O disco embrionário dá origem às camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião. As estruturas extraembrionárias que se formam durante a segunda semana incluem a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino(vesícula umbilical), pedúnculo e saco coriônico. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Implantaaão do blastocisto. O tamanho real do concepto é de aproximadamente 0,1 mm. A, Esquema de uma secaão de um blastocisto parcialmente implantado (aproximadamente 8 dias após a fecundaaão). Observe a cavidade amniótica em forma de fenda. B, Esquema de uma secaão através de um blastocisto de aproximadamente 9 dias. ◦ A implantaaão do blastocisto é concluída durante a segunda semana e normalmente ocorre no endométrio, geralmente na parte superior do corpo do útero e ligeiramente mais comumente na parede posterior em vez da anterior. ▪ O sinciciotrofoblasto, erosivo, invade ativamente o tecido conjuntivo endometrial que contém capilares e glândulas uterinas. Enquanto isso ocorre, o blastocisto se aprofunda vagarosamente no endométrio. As células sinciciotrofoblásticas dessa região deslocam as células endometriais da parte central do local da implantaaão. As células endometriais sofrem apoptose (morte celular programada), o que facilita a implantaaão. ▪ Enzimas proteolíticas produzidas pelo sinciciotrofoblasto estão envolvidas neste processo. As células do tecido conjuntivo uterino ao redor do local da implantaaão fcam carregadas de glicogênio e lipídios. Algumas dessas células – células deciduais – degeneram-se adjacentes ao sinciciotrofoblasto que está se aprofundando. O sinciciotrofoblasto fagocita essas células em degeneraaão, o que fornece uma fonte rica de nutrição para o embrião. À medida que o blastocisto se implanta, mais o trofoblasto entra em contato com o endométrio e continua a diferenciar-se em duas camadas ◦ O sinciciotrofoblasto produz um hormônio,gonadotrofna coriônica humana(hCG), que entra no sangue materno presente nas lacunas do sinciciotrofoblasto. O hCG mantém o desenvolvimento das artérias espiraladas no miométrio e a formaaão do sinciciotrofoblasto. Ele também forma a base para os testes de gravidez. Testes altamente sensíveis estão disponíveis para detectar o hCG ao fnal da segunda semana mesmo que a mulher provavelmente não saiba que está grávida. • Formaaão da cavidade aminiótica, disco embrionário e saco vitelino ◦ À medida que a implantaaão do blastocisto progride, as mudanaas que ocorrem no embrioblasto resultam na formaaão de uma placa achatada e quase circular de células – o disco embrionário– consistindo em duas camadas: Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas ◦ O epiblasto, a camada mais espessa, consiste em células colunares altas e mantém relaaão com a cavidade amniótica. ◦ O hipoblasto, a camada mais fna, consiste em células cuboides pequenas adjacentes a cavidade exocelômica. ◦ Ao mesmo tempo, uma pequena cavidade aparece no embrioblasto, o qual é o primórdio da cavidade amniótica. Logo depois, as células amniogênicas (formadoras do âmnio) – amnioblastos – separam-se do epiblasto e se organizam para formar uma membrana fna, o âmnio, que reveste a cavidade amniótica. ◦ O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e se continua perifericamente com o âmnio. O hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica e se continua com as células que migraram do hipoblasto para formar a membrana exocelômica. Esta Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas membrana circunda a cavidade blastocística e reveste a superfície interna do citotrofoblasto. ◦ A membrana e a cavidade exocelômica se modifcam e formam o saco vitelino primário. O disco embrionário, em seguida, repousa entre a cavidade amniótica e o saco vitelino primário. A camada mais externa de células do saco vitelino forma uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o mesoderma extraembrionário. ◦ Quando o âmnio, o disco embrionário e o saco vitelino primário se formam, aparecem lacunas (pequenos espaaos) no sinciciotrofoblastos. As lacunas são rapidamente preenchidas com uma mistura de sangue materno derivado dos capilares endometriais rompidos e restos celulares das glândulas uterinas erodidas. O líquido nas lacunas – embriótrofo – passa por difusão para o disco embrionário. A comunicaaão dos vasos uterinos erodidos com as lacunas representa o início da circulaaão uteroplacentária. Quando o sangue materno fui para o interior das lacunas, o oxigênio e as substâncias nutritivas tornam-se disponíveis para os tecidos extraembrionários ao longo da grande superfície do sinciciotrofoblasto. O sangue oxigenado das artérias espiraladas no endométrio passa para as lacunas e o sangue pobremente oxigenado é removido das lacunas através das veias endometriais. ◦ No embrião de 10o dia (embrião e membranas extraembrionárias), o concepto está completamente implantado no endométrio. Por aproximadamente mais 2 dias, há uma pequena área de descontinuidade no epitélio endometrial que é preenchida por um tampão, um coágulo sanguíneo fbrinoso. Por volta do 12o dia, o epitélio uterino está quase completamente regenerado e substitui este tampão. Com a implantaaão do concepto, as células do tecido conjuntivo endometrial sofrem uma transformaaão – a reaaão decidual – resultante da sinalizaaão por meio da adenosina monofosfato cíclica e da progesterona. Com o acúmulo de glicogênio e lipídios, as células fcam com seu citoplasma intumescido e são, então, chamadas de células deciduais secretoras. A funaão primária da reaaão decidual é fornecer um local imunologicamente privilegiado para o concepto. ◦ No embrião de 12 dias, as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes se anastomosaram para formar redes lacunares, o início do espaao interviloso da placenta. Os capilares endometriais ao redor do embrião implantado se tornam congestionados e dilatados para formar sinusoides, que são vasos terminais de paredes fnas maiores que os capilares comuns. O sinciciotrofoblasto, em seguida, Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas erode os sinusoides, e o sangue materno fui para as redes lacunares. As células do estroma endometrial e glândulas degeneradas, junto com o sangue materno, fornecem uma rica fonte de material para a nutriaão embrionária. O crescimento do disco embrionário bilaminar é lento comparado com o crescimento do trofoblasto. ◦ Conforme as mudanaas ocorrem no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário aumenta e dentro deste aparecem espaaos celômicos extraembrionários. Esses espaaos rapidamente se fusionam para formar uma cavidade grande e isolada, o celoma extraembrionário. Essa cavidade cheia de líquido circunda o âmnio e o saco vitelino, exceto onde eles estão ligados ao cório pelo pedúnculo. À medida que o celoma extraembrionário se forma, o saco vitelino primário diminui de tamanho e se forma o saco vitelino secundário, menor. Durante a formaaão do saco vitelino secundário, uma grande parte do saco vitelino primário é removido. O saco vitelino não contém vitelo; no entanto, pode ter um papel na transferência seletiva de materiais nutritivos para o disco embrionário. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas • Desenvolvimento do saco coriônico: ◦ O fnal da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias . A proliferaaão das células citotrofoblásticas produz extensões celulares que crescem no interior do sinciciotrofoblasto. As projeaões celulares formam as vilosidades coriônicas primárias, o primeiro estágio no desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta. O celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas: ◦ Acredita-seque o crescimento dessas extensões citotrofoblásticas seja induzido pelo mesoderma somático extraembrionário adjacente. O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o cório. O cório forma a parede do saco coriônico. O embrião, o saco amniótico e o saco vitelino estão suspensos na cavidade coriônica pelo pedúnculo de conexão. A ultrassonografa transvaginal (ultrassonografa intravaginal) é usada para medir o diâmetro do saco coriônico−importante para a avaliaaãodo desenvolvimento embrionário inicial e da progressão da gravidez. Atenaão: Locais de implantaaão extrauterinos → Às vezes, o blastocisto se implanta fora do útero. Essas implantaaões resultam em gravidezes ectópicas; 95% a 98% das Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas implantaaões ectópicas ocorrem nas tubas uterinas, mais frequentemente na ampola e no istmo. • Locais de implantaaão dos blastocistos: ◦ Os blastocistos geralmente se implantam no endométrio uterino na parte superior do corpo do útero, um pouco mais frequentemente na parede posterior que na anterior do útero. A implantaaão do blastocisto pode ser detectada pela ultrassonografa ao fnal da segunda semana. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Locais de implantaaão dos blastocistos. O local mais comum na parede posterior do corpo do útero está indicado com um X. A ordem aproximada de frequência de implantaaões ectópicas é indicada utilizando letras (A, mais comum, H, menos comum). A a F, gravidezes tubárias; G, gravidez abdominal; H, gravidez ovariana. A gravidez tubária é o tipo mais comum de gravidez ectópica. Embora apropriadamente incluída nos locais de gravidezes uterinas, uma gravidez cervical é frequentemente considerada uma gravidez ectópica. A, Secaão coronal do útero e da tuba uterina ilustrando uma gravidez ectópica na ampola da tuba uterina. B, Ultrassonografa de varredura axial endovaginal do fundo do útero e da poraão do istmo da tuba uterina direita. A massa em forma de anel é um saco coriônico ectópico de 4 semanas (gestacional) na tuba (seta). • Gastrulaaão: ◦ A gastrulaaão é o processo em que o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar. Cada uma das três camadas germinativas (ectoderma, endoderma e mesoderma) do disco embrionário dá origem a tecidos e órgãos específcos. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Formaaão do disco embrionário trilaminar (15º ao 16º dia). As setas indicam a invaginaaão e migraaão das células mesenquimais entre o ectoderma e o endoderma. C, E e G, Vistas dorsais do disco embrionário no início da terceira semana, exposto pela remoaão do âmnio. A, B, D, F e H, Secaões transversais do disco embrionário nos níveis indicados. ◦ A gastrulaaão é o início da morfogênese – o desenvolvimento da forma do corpo e da estrutura de vários órgãos e partes do corpo. Ela comeaa com a formaaão da linha primitiva. ▪ Linha primitiva: No início da terceira semana, a linha primitiva aparece na região dorsal do disco embrionário. Essa banda linear espessada resulta da proliferaaão e migraaão de células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Assim que a linha primitiva aparece, é possível identifcar o eixo craniocaudal do embrião (extremidades craniais e caudais), superfícies dorsais e ventrais, lados direito e esquerdo. À medida que a linha primitiva se alonga através da adiaão de células à sua extremidade caudal, sua extremidade craniana prolifera e forma o nódulo primitivo. Ao mesmo tempo, um sulco primitivo estreito se desenvolve na linha primitiva, que termina em uma pequena depressão no nódulo primitivo, a fosseta primitiva. Pouco tempo depois de a linha primitiva aparecer, as células deixam sua superfície profunda e formam o mesoderma, uma rede frouxa de tecido conjuntivo embrionário, conhecido como mesênquima, que forma os tecidos de suporte do embrião. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas A, Visão dorsal de um embrião de 16 dias. O âmnio foi removido para mostrar o disco embrionário. B, Esquema da metade cranial do disco embrionário durante a terceira semana. O disco foi cortado transversalmente para mostrar a migraaão das células mesenquimais da linha primitiva para formar o mesoblasto, que logo se organiza para formar o mesoderma intraembrionário. C, Secaão sagital de um embrião trilaminar mostrando o ectoderma (Ec), o mesoderma (M) e o endoderma (En). Estão visíveis também o saco amniótico (A), a vesícula umbilical (U) e a vilosidade coriônica (VC). Sob a infuência de vários fatores de crescimento embrionário, incluindo a proteína sinalizadora morfogenética óssea, as células do epiblasto migram através do sulco primitivo, formando o endoderma e o mesoderma. Células mesenquimais têm potencial para proliferar e se diferenciar em diversos tipos de células, como fbroblastos, condroblastos e osteoblastos.Estudos recentes indicam que as moléculas de sinalizaaão (fatores nodais) da superfamília do fator de crescimento transformante- induzem à formaaão do mesoderma. β A linha primitiva forma ativamente o mesoderma até o comeao da quarta semana. Em seguida, a sua produaão desacelera, a linha diminui relativamente e torna-se uma estrutura insignifcante da região sacrococcígea do embrião. • Processo notocordal e notocorda: ◦ Algumas células mesenquimais migram pela região cranial, do nó e da fosseta primitivos, formando um cordão celular na região mediana, o processo notocordal. Este processo logo adquire um lúmen, o canal notocordal. O processo notocordal cresce cranialmente entre o ectoderma e o endoderma, até atingir a placa pré- cordal, uma área pequena e circular de células, que é um organizador importante da região cefálica. O processo notocordal em forma de bastonete não pode se estender muito, uma vez que a placa pré-cordal está frmemente aderida ao Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas A a D, Visões dorsais mostrando como o disco embrionário se alonga e altera sua forma durante a terceira semana. A linha primitiva se alonga por meio da adiaão de células na sua extremidade caudal. O processo notocordal se alonga pela migraaão de células do nó primitivo. Ao fm da terceira semana, o processo notocordal se transforma na notocorda. ectoderma subjacente. As camadas fusionadas do ectoderma e do endoderma formam a membrana orofaríngea, situada na futura região da cavidade oral (boca). ◦ Células mesenquimais da linha primitiva e do processo notocordal migram, lateral e cranialmente, entre o ectoderma e o endoderma, até atingirem as margens do disco embrionário. Estas células mesenquimais são contínuas com o mesoderma extraembrionário, que cobre o âmnio e a vesícula umbilical. Algumas células da linha primitiva migram cranialmente em cada lado do processo notocordal e em torno da placa precordal. Elas se encontram para formar o mesoderma cardiogênico, na área cardiogênica, onde o primórdio cardíaco comeaa a se desenvolver no fnal da terceira semana. Caudalmente à linha primitiva, há uma área circular – a membrana cloacal – que indica o futuro local do ânus. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Esquema do desenvolvimento do processo notocordal. Há um pequeno esquema no canto superior esquerdo para orientaaão. A, Visão dorsal do disco embrionário (em torno de 16 dias), exposto pela remoaão do âmnio. O processo notocordal é apresentado como se estivesse sendo observado através do ectoderma embrionário. B, C e D, Secaões medianas, no mesmo plano mostrado em A ilustrando estágios sucessivos no desenvolvimento do processo e do canal notocordal. Os estágios em C e D ocorrem em torno do 18º dia. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas Desenvolvimento da notocorda pela transformaaão do processo notocordal. A, Visão dorsal do disco embrionário (em torno de 18 dias), exposto pelaremoaão do âmnio. B, Secaão mediana tridimensional do embrião. C e E, Secaões similares de embriões um pouco mais velhos. D, F, e G, Secaões transversas de um disco trilaminar embrionário mostrado em C e E. ◦ A notocorda é uma haste celular que: ▪ Defne o eixo do embrião e lhe dá alguma rigidez ▪ Serve como base para o desenvolvimento axial do esqueleto (como os ossos da cabeaa e da coluna vertebral) ▪ Indica o futuro local dos corpos vertebrais ◦ A coluna vertebral se forma em torno da notocorda, que se estende da membrana orofaríngea até o nó primitivo. A notocorda se degenera e desaparece como parte do corpo das vértebras, mas partes dela persistem como o núcleo pulposo de cada disco intervertebral. A notocorda funciona como indutor primário no embrião precoce, induzindo o ectoderma embrionário sobreposto a engrossar e formar a placa neural, o primórdio do sistema nervoso central. Atenaão: Alantoide O → alantoide aparece, aproximadamente, no 16º dia, como um pequeno divertículo em forma de salsicha da parede caudal do saco vitelino, no pedúnculo. O alantoide está envolvido com a formaaão precoce do sangue e também está associado à bexiga urinária. Os vasos sanguíneos do alantoide tornam-se as artérias e veias umbilicais. Referências Bibliográfcas: • JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. • Histologia : texto, atlas e roteiro de aulas práticas [recurso eletrônico] / Tatiana Montanari. – 3. ed. – Porto Alegre: Ediaão do Autor, 2016 • MOORE, K.L; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Básica. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Isabela Cornélio de Freitas Rodrigues Medicina – PUC Minas
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