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Estudo das Células e Células Tronco

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IntroduçãoCitologia
Definição: estudo das células (menor unidade morfofisiológica - funcional e estrutural - de um ser vivo).
 - Cada célula possui seu próprio material genético (DNA), mas este é igual em todas as células somáticas do indivíduo.
 - A célula transforma alguns metabólitos em nutrientes pare serem reaproveitados.
 - A célula é pequena para manter um volume reduzido, porém com alta área superficial, proporcionando maior absorção de nutrientes. 
 - Caso o organismo precise de mais produtos celulares, elas se duplicam ao invés de aumentar seu tamanho, formando novas células.
• Aumento do volume celular → divisão celular
Teoria Celular: 
- todo ser vivo é formado por células;
- toda célula resulta de outra preexistente;
- a maioria das reações metabólicas vitais ocorrem dentro das células.
Organização celular: existem dois tipos básicos de células, sendo elas:
- Procariontes: 
• não possuem organização nuclear e o material genético fica disperso no citoplasma;
• não possuem um sistema de endo-membranas, tendo como única organela o ribossomo.
- Eucariontes: 
• possuem núcleo organizado que abriga o material genético (carioteca);
• possuem um complexo sistema de endo-membranas. 
Diferenciação Celular
Definição: processo controlado pelo DNA, tornando as células diferentes em estrutura e função. Todas as células do organismo possuem o mesmo genoma e se diferenciam umas das outras a depender do conjunto de genes que estão ativos e inativos, portanto desempenham funções e sintetizam proteínas distintas de acordo com o tipo celular.
• Grau de diferenciação: quanto a célula é especializada.
• Potencialidade da célula: capacidade da célula de originar outros tipos celulares.
PS: quanto maior a potencialidade da célula, menor será seu grau de diferenciação. 
Tipos Celulares: 
- Células indiferenciadas: não apresentam função definida, podendo se transformar em qualquer tipo de célula. Ex: células tronco*.
- Células diferenciadas ou especializadas: apresentam função definida no organismo e quanto mais diferenciada for, menor seu poder de reprodução e regeneração. Ex: neurônios. 
- Células desdiferenciadas: eram células diferenciadas, mas devido a fatores genéticos ou ambientais tornaram-se indiferenciadas, readquirindo alto poder mitótico. 
PS: podem causar câncer quando houver: 
• mudanças na superfície; 
• alteração da interação com o meio;
• ativação da mitose;
• inibição da apoptose. 
Composição Celular
As células apresentam três partes fundamentais: a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo. Os diversos componentes do citoplasma geralmente não são vistos nos preparados comuns, corados pela hematoxilina-eosina. Nesses preparados, o citoplasma aparece róseo e o núcleo fortemente tingido em azul escuro.
CaracterísticasCélulas Tronco
• alto poder de divisão mitótica;
• células indiferenciadas;
• respondem a estímulos intrínsecos e extrínsecos para se dividirem.
Classificação
· Quanto à sua potencialidade: 
→ Totipotentes: podem originar todos os tipos de células e, se separadas, podem originar até um organismo inteiro;
 → Pluripotentes: conseguem se diferenciar em quase todos os tecidos, com exceção dos anexos embrionários;
→ Multipotentes: originam apenas alguns tipos celulares. 
PS: Células Tronco de Pluripotência Induzida: reprogramação genética de células adultas pela adição de 4 genes através do uso de vetores virais (células da pele), apresentando as mesmas características das células tronco embrionárias.
· Quanto à sua origem: 
→ Embrionárias: obtidas a partir de um embrião nos estágios iniciais de desenvolvimento, localizadas no interior do blastocisto;
→ Adultas: possuem menor potencialidade de diferenciação em relação as embrionárias e são encontradas na medula óssea, no sangue do cordão umbilical e na placenta dos recém nascidos. São raras e difíceis de serem obtidas nos tecidos, sua multiplicação é mais lenta que as embrionárias, além de possuírem uma potencialidade de diferenciação reduzida. Por isso, após seu estabelecimento no laboratório, perdem sua capacidade de se diferenciar.
PS: acreditava-se que as células tronco adultas estivessem relacionadas apenas a reposição de células dento dos tecidos de origem, mas descobertas recentes mostram que elas podem transformar-se em outros tipos celulares e reparar tecidos danificados.
FunçõesMembrana Plasmática 
• proteger a célula de agentes estranhos;
• permitir o intercâmbio de substâncias entre a célula e o meio;
 → Permeabilidade Seletiva: controla o que entra e o que sai da célula.
• manutenção do conteúdo celular;
• promove a adesão entre as células vizinhas, formando os tecidos;
• transporte de informações devido a presença de receptores que permitem a ação de certas substâncias sobre a célula;
• autosselagem (ao quebrar-se em fragmentos, a membrana consegue se reajustar, voltando a se reajustar).
Organização e Composição
Modelo Mosaico Fluido: bicamada fosfolipídica (7,5/10 nm de espessura) com proteínas incrustadas. No microscópio eletrônico, aparece como uma estrutura trilaminar, devido a procedimentos de corte para observação. Como a maior parte da MP é composta por lipídios, ela é considerada apolar. A composição lipídica de cada metade da bicamada é diferente, criando uma assimetria entre as partes.
Composição: lipoproteínas, colesterol, proteínas e carboidratos.
• Lipoproteínas:
 - fosfolipídios: molécula anfipática.
Fosfato -> polar (extremidades da MP);
Lipídio -> apolar (centro da MP).
 - proteínas: permitem a passagem de substâncias através da membrana. 
→ integrais: diretamente incorporadas na estrutura da membrana (transporte).
→ periféricas: localizadas na periferia da membrana, fracamente associadas a ela (captação de estímulos).
• Colesterol: 
- presente apenas em células animais;
- relacionado com a fluidez e integridade da membrana (faz a troca da insaturação nos ácidos graxos da MP, deixando-a mais rígida ou mais fluída); 
PS: ácidos graxos:
*saturados: gordura (alto ponto de fusão);
*insaturados: óleo (baixo ponto de fusão).
 → muito colesterol = mais rígida 
 → pouco colesterol = mais fluida 
PS: se a MP não tiver colesterol, todos os ácidos graxos serão insaturados.
- confere estabilidade térmica.
• Proteínas: 
 - canais: permitem que certas moléculas e íons atravessem a MP livremente.
 - carregadoras: interagem especificamente com certas moléculas e íons, carregando-os através da MP.
 - receptoras: permitem a ligação com certas moléculas sinalizadoras, desencadeando processos celulares.
 - de reconhecimento: permitem que uma célula reconheça a outra e interaja com ela.
• Carboidratos: 
- localizados na superfície externa da MP; 
- servem como sítios de reconhecimento para outras células e moléculas.
→ livres; 
→ glicolipídios: reconhecimento celular e papel sinalizador;
→ glicoproteínas: identificação celular.
 • Glicocálix: glicoproteína mais complexa nos vertebrados
- reconhecimento celular: células iguais possuem glicídios iguais;
- retenção de nutrientes: mantém um meio externo adequado;
- reconhecimento de substâncias: atua como receptor de hormônios, determinando a comunicação intercelular;
- reconhecimento dos tipos sanguíneos: cada tipo sanguíneo possui um glicocálix que o identifica no sistema ABO;
- reconhecimento de vírus: cada tipo de vírus atua especificamente em um tipo celular;
- reconhecimento de células vizinhas: reconhece as células do mesmo tecido e atua como inibidor de crescimento na divisão celular, parando-a quando as células de um tecido entram em contato com células de tecidos diferentes.
PS: quando a célula se torna cancerígena, perde seu glicocálix, e por isso ocorre um crescimento celular desordenado.
PS: Transplante de Órgãos: como o glicocálix varia nos organismos, pode ocorrer rejeição devido a não histocompatibilidade. 
Especializações
• Microvilosidades: aumenta a superfície de contato com o meio externo, ampliando a absorção de nutrientes (tec. epitelial do intestino);
• Interdigitações:projeções da MP que se entrelaçam, aumentando a adesão entre as células (tec. epitelial);
• Desmossomos: promovem uma maior adesão entre as células e o espaço entre as membranas das células vizinhas é preenchido por glicoproteínas (tec. epitelial e ligação de células musculares);
• Junções Aderentes ou Zônula de Oclusão: aderem células vizinhas e impedem a passagem de substâncias pelo espaço intercelular, controlando tudo que atravessa a membrana (tec. epitelial do intestino);
• Junções Comunicantes ou GAP: canais que permitem a comunicação e troca de substâncias - micromoléculas - entre as células animais (tec. epitelial, muscular e nervoso);
Transportes
→ Uniporte: uma única substância num único sentido;
→ Simporte: dois tipos de substância no mesmo sentido;
→ Antiporte: duas substâncias distintas em sentidos opostos.
• Passivo: 
- sem gasto de ATP;
- a favor do gradiente de concentração;
- mais lento que o transporte ativo.
· Difusão: passagem de soluto do meio mais para o menos concentrado.
*simples: passagem direta de gases e solutos pequenos e apolares através da bicamada fosfolipídica. Ex: hematose nos alvéolos pulmonares;
*facilitada: íons e solutos polares atravessam a MP com o auxílio de proteínas (permeases).
· Osmose: passagem de solvente do meio hipotônico (menos soluto) para o meio hipertônico (mais soluto).
“Onde o sal vai, a água vai atrás.”
(1ª lei de Marconi)
PS: Eritrócito em meio:
- hipertônico: perde água, sofrendo crenação (murcha/desidrata);
- isotônico: fica normal em equilíbrio; 
- hipotônico: ganha água, sofrendo lise celular (incha/explode);
• Ativo: 
- com gasto de ATP;
- contra o gradiente de concentração;
- mais rápido que o transporte passivo.
PS: certas substâncias podem bloquear a respiração celular, trazendo danos ao transporte ativo devido à falta de ATP.
· Bomba de Sódio e Potássio (Na+/K+): transportadores acoplados.
*Na+: retém líquido (maior quantidade fora da célula -> 3 saem);
*K+: síntese proteíca e fornece energia para a célula (maior quantidade dentro da célula -> 2 entram).
 • transporte de nutrientes: em casos de hipoglicemia, a célula não pode perder mais glicose, então a bomba de Na+/K+ é ativada, pois quando o K+ entra na célula, empurra a glicose que está no plasma para dentro dela;
 • controle osmótico: quando a célula está em meio hipotônico, a bomba de Na+/K+ é ativada, pois quando o Na+ sai da célula, o meio torna-se isotônico e a água para de entrar na célula, impedindo a lise celular;
 • transmissão do impulso nervoso: a diferença de concentração do Na+ e K+ dentro e fora da célula cria uma ddp, permitindo a passagem do impulso nervoso.
· Bomba de Cálcio (Ca+²): o Cálcio atua como sinalizador celular e fica mais concentrado fora da célula para impedir que a todo momento ocorram reações químicas na célula. 
· Bomba de Hidrogênio (H+) ou Bomba de Prótons: 
 • transporte de nutrientes: quando o H+ entra na célula, traz junto nutrientes;
 • potencial de membrana: carrega eletricamente a membrana;
 • controle do pH: quanto mais H+ no meio, mais ácido ele fica.
• Em bloco ou massa: englobamento de macromoléculas e fluídos. 
· Endocitose:
*fagocitose: partículas sólidas e substâncias sólidas (macromoléculas ou microrganismos). A célula emite pseudópodes, que englobam a partícula e formam vesículas (fagossomos), que irão interagir com lisossomos primários para digeri-la no interior da célula.
*pinocitose: partículas líquidas -fluidos- e substâncias pequenas. A célula invagina-se, formando vesículas (pinossomos), que irão interagir com lisossomos primários para fazer a digestão no interior da célula. 
· Exocitose: secreção de moléculas pela fusão de vesículas na MP.
*clasmocitose: secreção de materiais que não são mais úteis para a célula.
Citoplasma 
Organização
→ células procarióticas: 
 • composição simples, formado por água, íons e moléculas dissolvidas;
 • compreende toda a região interna da célula, delimitada pela MP;
 • não possui organelas membranosas;
 • longa molécula de DNA circular (nucleóide);
 • ribossomo como única organela;
 • plasmídeos (pedaço de DNA que oferece resistência a antibióticos);
 • mesossomos (respiração aeróbica).
→ células eucarióticas: 
 • região compreendida entre a membrana plasmática e a carioteca;
 • composto pelo hialoplasma, citoesqueleto, organelas membranosas e microtubulares e núcleo.
Composição
• Hialoplasma: 
 - também chamado de matriz citoplasmática, citoplasma ou citosol;
 - presente em todos os tipos de célula;
 - líquido gelatinoso, viscoso e semitransparente; 
 - formado por água, proteínas, enzimas, aminoácidos, açúcares, ácidos nucleicos e íons minerais;
 - apresenta-se num sistema coloidal que apresenta duas formas:
· Ectoplasma (plasma gel): coloide mais denso na periferia da célula;
· Endoplasma (plasma sol): coloide mais fluido próximo ao núcleo celular;
PS: alterações de pH e movimentos citoplasmáticos (tixotropismo ou movimento ameboide -> ocorre na célula animal, principalmente em protozoários, alterando o plasma gel em sol e vice-versa) podem modificar a consistência do coloide. 
• Citoesqueleto: rede citoplasmática presente nas células eucariotas, formada por proteínas especiais que se arrumam para desempenhar determinadas funções:
 - sustentação celular; 
 - manutenção da forma celular;
 - ancoragem;
 - mobilidade (movimentos ameboides);
 - deslocamento de substâncias no interior da célula (vesículas e organelas);
 - formação de cílios e flagelos;
 - formação de vesículas de fagocitose;
 - transmissão de sinais;
 - contração muscular;
 - divisão celular (forma o fuso mitótico).
→ Microtúbulos: 
 • bastões ocos e maiores formados por tubulina (dímero com arranjo helicoidal -> duas cadeias polipeptídicas: α e β);
 • filamentos dinâmicos (constante rearranjos de encaixe e desencaixe); 
 • sustentação e modelagem da célula, impedindo sua compressão;
 • movimento de organelas e transporte de substâncias;
 • projeções celulares;
 • moldura na qual proteínas motoras movem estruturas celulares;
 • forma cílios e flagelos;
*cílios: dupla de microtúbulos presentes no trato respiratório e tuba uterina;
PS: síndrome dos cílios imóveis.
*flagelos: presentes na cauda dos espermatozoides. 
· Centrossomo: região formadora e centro organizador de microtúbulos (MTCD) próximo ao núcleo da célula.
· Centríolos: 9 trincas de microtúbulos que formam as fibras do fuso mitótico, orientando o movimento dos cromossomos na divisão celular.
PS: drogas antitumorais atuam na desmontagem ou na incapacidade de polimerização dos microtúbulos, impedindo a multiplicação de células cancerígenas.
→ Microfilamentos: 
 • bastões sólidos e menores formados por actina globular (dímero com arranjo filamentar);
 • uma das redes localiza-se abaixo da membrana plasmática (consistência firme da camada periférica da célula, dando sustentação), enquanto a outra forma uma teia tridimensional no interior celular (consistência fluida);
 • estrutura dinâmica;
*lado a lado: feixes;
*entrelaçados: redes.
 • contração intracelular mais pontual (ciclose -> movimentação do citoplasma para melhor distribuição de nutrientes na célula);
· Microfilamentos Corticais:
- próximos a membrana plasmática;
- formação das microvilosidades.
→Filamentos Intermediários: 
 • cordas trançadas com estrutura fixa;
 • composição depende do tipo celular;
*citoplasmático: 
 - tecido epitelial: queratina;
 - tecido conjuntivo, células musculares e neurogliais: vimentina e relacionados;
 - células nervosas: neurofilamentos.
*nuclear: 
 - membrana interna do núcleo: lâminas nucleares dando suporte aos cromossomos.
 • forma e sustentação celular;
 • suporte estrutural para a célula;
 • posicionamento do núcleo;
 • formação do axônio em neurônios.
• Organelas:
· Ribossomos:
- organela universal e não membranosa;
PS: os ribossomos de céls. eucarióticassão maiores que os das céls. procarióticas e por serem diferentes, os antibióticos conseguem ser mais específicos.
- local de síntese proteica;
PS: quanto maior a taxa de produção de proteínas, mais ribossomos a célula terá.
PS: durante a síntese proteica para exportação, os ribossomos migram para o R.E.R.
- formados por duas subunidades (só se unem quando o ribossomo está acoplado ao RNA-m);
- constituídos por RNA-r e proteínas;
- são formados pelo DNA (procariontes) ou pelo nucléolo (eucariontes);
- podem ser encontrados em três locais distintos na célula:
*livres no citoplasma: sintetizam proteínas intercelulares;
*acoplados no R.E.R: sintetizam proteínas de exportação;
*no interior de organelas simbióticas: sintetizam proteínas de uso dessas organelas (mitocôndria ou cloroplasto) e são comandados pelo material genético das próprias organelas;
PS: poliribossomos -> fita de RNA-m constituída a partir de um gene do DNA, na qual ribossomos começam a se fixar, iniciando a síntese proteica (produz a mesma proteína).
· Retículo Endoplasmático:
- sistema de túbulos (canalículos) e cisternas de paredes membranosas e intercomunicantes;
- composição lipoproteica;
- o compartimento interno (lúmen) é separado e diferente do citoplasma que o cerca;
- em certos locais, os sacos achatados são ligados à carioteca.
· Granuloso/Rugoso/Ergastoplasma
- possui ribossomos acoplados (ligados às faces externas dos sacos achatados);
- possui uma série de membranas pregueadas e encurvadas que delimitam os canais do R.E.R;
- responsável pela síntese proteica para exportação (fora da célula ou componentes da MP);
- modifica quimicamente algumas proteínas, alterando suas funções ou o destino intracelular.
· Agranuloso/Liso:
- aspecto tubular
- não apresentam ribossomos;
- transporte e armazenamento de algumas substâncias 
- metabolização de substâncias (faz a oxidação e formação de moléculas conjugadas);
- síntese de gorduras e lipídios (hormônios nas gônadas => testículos e ovários);
- desintoxicação celular (o R.E.L é mais desenvolvido nos hepatócitos => céls do fígado);
- armazena Ca+² para contração muscular (retículo sarcoplasmático nas céls musculares);
- modifica quimicamente pequenas moléculas;
- sítio de hidrólise do glicogênio.
PS: Retículo Endoplasmático de Transição: forma uma vesícula que carregará a proteína até o Complexo Golgiense para ser secretada. 
· Complexo Golgiense:
- região modificada do R.E.L;
- constituído de sáculos lameliformes e pequenas vesículas limitadas por membrana;
- mais desenvolvido em céls secretoras (glândulas);
- é difuso (em céls animais, encontra-se próximo ao R.E e a um par de centríolos);
- é dividido em três partes:
 *face cis (formativa): voltada para o R.E e recebe as proteínas vindas dele;
 *cisternas: subdivisões do complexo, onde as proteínas provenientes do R.E.R são modificadas e empacotadas;
 *face trans (maturação): voltada para a MP e dela se desprendem vesículas de secreção contendo proteínas.
- armazena, modifica, processa, empacota e secreta substâncias;
- síntese de mucopolissacarídeos (proteínas + polissacarídeos) em células caliciformes (produz muco nas vias respiratórias);
- formação de lisossomos;
- origina o acrossomo dos espermatozoides (perfura a membrana do óvulo na fecundação);
- síntese de lipídios (estrógeno, testosterona, corticosteroides).
· Lisossomos:
- bolsas com membrana lipoproteica originadas no Complexo Golgiense;
- contém enzimas digestivas (hidrolíticas => atividade máxima em meio ácido);
- promove a digestão intracelular (digere substâncias orgânicas para reaproveitamento e síntese de outras moléculas/destruição de elementos estranhos ou com função inadequada);
 *lisossomo primário: “vadio” => logo quando é formado, não desempenha funções;
 *lisossomo secundário: “trabalhador” => quando se junta com alguma substância para digeri-la. 
PS: a mistura de enzimas hidrolíticas não digere a membrana dos lisossomos.
PS: o pH ácido no interior dos lisossomos é mantido através da bomba de H+ e Cl-, que ocorre na membrana desses (Transporte Ativo com gasto de ATP).
· Tipos de digestão intracelular:
• Heterofagia:
 - digestão de materiais exógenos que penetram na célula por endocitose;
 - o fagossomo/pinossomo junta-se ao lisossomo primário, dando origem ao lisossomo secundário ou vacúolo digestivo; 
 - a partícula englobada é quebrada por hidrólise e digerida;
 - o material que for útil para a célula vai para o citoplasma e o que não servir mais forma vesículas residuais (se fundem à MP e são eliminadas por clasmocitose);
• Autofagia:
 - digestão de materiais endógenos, como organelas inativas;
 - o material junta-se ao lisossomo primário, dando origem ao lisossomo secundário, autofagossomo ou vacúolo autofágico;
 - os nutrientes vão para o hialoplasma, enquanto as sobras formam vesículas residuais que se fundem à MP e são eliminadas por clasmocitose;
• Autólise:
 - processo de autodestruição celular;
 - ocorre a ruptura da membrana de vários lisossomos, com liberação das enzimas digestivas no hialoplasma, digerindo toda a célula;
 - ocorre geralmente após a morte do organismo, dando início à degeneração cadavérica simultânea a ação de microrganismos decompositores.
PS: o resfriamento inibe a ação das enzimas lisossômicas (conservação de cadáveres por mais tempo).
• Apoptose:
 - morte celular geneticamente programada como parte de um processo natural;
 - ocorre no desenvolvimento de alguns organismos, quando ocorre alguma lesão no DNA das células ou em alguns ciclos celulares;
 - a célula fragmenta-se em vesículas revestidas por membranas (corpos apoptóticos) que são fagocitadas por macrófagos ou células vizinhas sem que haja o extravasamento do conteúdo (evita a ocorrência do processo inflamatório).
· Relação entre lisossomos e doenças:
• Silicose:
 - doença comum a mineradores e pedreiros que inalam o pó de sílica constantemente;
 - as partículas de sílica perfuram a membrana lisossômica das células pulmonares, extravasando as enzimas digestivas para o hialoplasma, dando início ao processo de autólise dessas células e posteriormente a morte, causando dificuldades respiratórias.
• Artrite Reumática:
 - as enzimas lisossômicas destroem o material orgânico (cartilagem) presente nas articulações, aumentando o atrito entre os ossos e causando desgaste.
• Doença de Tay Sachs:
 - as enzimas lisossômicas deixam de digerir certas gorduras, que acabam tornando-se toxinas para as células do sistema nervoso, matando o portador da doença.
· Peroxissomos:
- organela simbiótica (se autoduplica em células animais);
- produz enzimas antioxidantes que protegem a célula contra o efeito do O2;
- na quebra de moléculas orgânicas, transfere H de diversas substâncias para o O, formando H2O2 (peróxido de hidrogênio ou água oxigenada => nocivo ao organismo);
- produz a enzima catalase, que converte o H2O2 em H2O e O2;
- catalisa a degradação de ácidos graxos, produzindo acetil-CoA (penetra na mitocôndria para participar do ciclo do ácido cítrico);
- auxilia na formação do colesterol e na produção de sais biliares;
- oxida substâncias tóxicas (encontrado em grande quantidade nas células hepáticas).
· Vacúolos:
- organelas membranosas de diferentes tamanhos e com funções distintas: 
· digestão: 
- alimentar ou lisossomo primário: vesícula digestiva;
- digestivo ou lisossomo secundário: fagossomo/pinossomo + lisossomo primário;
- residual ou lisossomo terciário: resíduos que serão eliminados por exocitose;
- autofágico: contém estruturas da própria célula que serão digeridas.
· excreção: 
- contrátil ou pulsátil: comum em seres unicelulares dulcícolas (protozoários de água doce), cuja finalidade é bombear água por transporte ativo, impedindo que esta acumule e ocorra lise celular.
· reserva: 
- armazena substâncias de reserva (gordura e glicogênio).
· Centríolos:
- pequeno cilindro oco constituído por 9 conjuntos de 3 microtúbulos, mantidos juntos por proteínas adesivas;
- os eucariontes, exceto fungos e plantas, possuem um par de centríolos(diplossomo) orientados perpendicularmente um ao outro e localizados no centrossomo; 
- duplicam-se por montagem molecular na primeira fase da divisão celular para que haja a ligação com os cromossomos e posteriormente a separação destes;
- quando estão envolvidos na formação de cílios e flagelos (estruturas filamentosas móveis que se projetam na superfície celular com mesma origem e mesma estrutura interna) são denominados corpúsculo basal ou cinetossomo.
 *cílios: curtos e numerosos, com movimento em forma de remo (vai e vem);
PS: em células animais, os cílios funcionam como antena, recebendo estímulos do meio e transmitindo o sinal para dentro da célula para que ela possa responder.
 *flagelos: longos e pouco numerosos, com movimento serpenteante (ondulações).
· Mitocôndrias:
- organela alongada em forma de bastão com dupla membrana lipoproteica; 
- origem simbiótica;
- o conjunto de mitocôndrias é denominado condrioma;
- possuem grau de dependência com o núcleo celular;
- todas as mitocôndrias são de origem materna (o DNA mitocondrial é idêntico ao da mãe, enquanto o DNA nuclear é a junção dos materiais genéticos do pai e da mãe);
- fornecimento de energia por meio da respiração celular com a quebra de compostos orgânicos; 
- a quantidade varia de acordo com a atividade celular (grande quantidade em células do tecido muscular);
- possuem DNA, RNA e proteínas próprias, podendo se auto duplicar (condriocinese) ou replicar-se;
- apresentam um duplo sistema de membranas:
 *externa: interage com o citoplasma e é lisa;
 *interna: possui invaginações que formam as cristas mitocondriais (possui proteínas que atuam na produção de ATP => cadeia transportadora de e-) para aumentar a superfície de liberação de energia.
- dentro da mitocôndria existe a matriz mitocondrial (liquido viscoso onde encontra-se o DNA mitocondrial, RNA, enzimas, ribossomos e proteínas e onde ocorre o Ciclo do Ácido Cítrico);
• Núcleo ou Carioteca: possui forma variável e característica de cada tipo celular, mas, geralmente, apresenta-se como uma estrutura arredondada ou alongada, com 5 a 10 mm, corado pelos corantes básicos e pela hematoxilina.
· Classificação das células:
- mononucleadas: um único núcleo (maioria das células);
- binucleadas: dois núcleos, geralmente de tamanhos distintos => micronúcleo e macronúcleo (protozoários ciliados -> Paramecium);
- polinucleadas: vários núcleos que, conforme sua origem ou modo de formação, podem ser:
*sincícios: massas citoplasmáticas multinucleadas formadas a partir da união de várias células mononucleadas justapostas que perderam suas membranas laterais (células da placenta humana);
*plasmódios: massas citoplasmáticas multinucleadas formadas a partir de uma única célula mononucleada que cresce e sofre várias divisões nucleares sem que haja divisão do citoplasma. 
- anucleadas: não possuem núcleo (hemácias humanas).
· Funções:
- abriga o material genético da célula;
- centro de controle das atividades celulares (duplicação do DNA, síntese e processamento de todos os tipos de RNA);
- reprodução e regeneração.
· Componentes: quando a célula não está em divisão, seu núcleo é constituído pela carioteca, retículo nucleoplasmático, nucleoplasma, nucléolo e cromatina.
→ Membrana Nuclear, Carioteca, Cariomembrana ou Envelope Nuclear: 
• membrana lipoproteica constituída por duas lamelas (interna -> ancora os cromossomos e externa -> ancora o R.E.R e o R.E.L) entre as quais existe o espaço perinuclear;
• abriga o material genético da célula, evitando que este fique disperso no hialoplasma;
• dificulta a comunicação transmembrana como forma de proteção;
• possui poros nucleares (anulli) que permitem o fluxo de informações entre o material genético e o citoplasma através do sinal de reconhecimento nuclear que permite o intercâmbio de inúmeras substâncias.
→ Retículo Nucleoplasmático: 
• estrutura contínua e semelhante ao R.E;
• formado por rede de tubos ramificados;
• está relacionado com o armazenamento e controle de Ca+² intracelular.
→ Nucleoplasma, Carioplasma, Cariolinfa ou Suco Celular: 
• material semelhante ao citoplasma, incolor e basicamente constituído por água e proteínas;
• é nele onde mantém-se suspensos os elementos figurados nucleares (nucléolo e cromatina).
→ Nucléolo ou Plasmossomo: 
• corpúsculo denso e esponjoso, desprovido de membranas;
• constituído pelo acúmulo de RNA-r a algumas proteínas;
• ligado a produção de ribossomos (a célula pode ter mais de um nucléolo caso seja grande produtora de proteínas);
PS: na fase inicial da divisão celular, as moléculas de RNA-r do nucléolo espalham-se e migram para o citoplasma, onde se combinam com proteínas, formando novos ribossomos. Já na fase final da divisão, novas moléculas de RNA-r são sintetizadas e se unem, dando origem a novos nucléolos. 
→ Cromatina: 
• material genético contido no núcleo (DNA) associado a histonas (proteínas globulares que compactam o DNA em células eucarióticas);
PS: DNA = Cromatina = Cromossomos (muda apenas o aspecto visual).
PS: o conjunto de 8 histonas + DNA é denominado nucleossoma. 
PS: genes metilados => genes inativos que possuem metil para ligar-se com as histonas. 
PS: RNA-silenciador => inibe alguns genes e permite que outros sejam ativados.
• quando a célula está em interfase, a cromatina organiza-se formando uma rede de finíssimos filamentos (cromonemas) que se entrelaçam;
PS: esses filamentos apresentam duas regiões:
 - distendidas: eucromatina;
A eucromatina corresponde a parte do DNA que fica ativo e não está associado às histonas.
 - condensadas: heterocromatina.
A heterocromatina corresponde a parte do DNA inativo e está associado às histonas. Por estar mais condensada, a heterocromatina cora-se em presença de corantes básicos, podendo ser confundida com os nucléolos. Essas regiões mais escuras do DNA são denominadas cariossomo ou cromocentro. 
• durante a divisão celular, as regiões da eucromatina, que se encontravam distendidas, sofrem uma intensa espiralização, enquanto as regiões da heterocromatina permanecem praticamente inalteradas.
PS: com esse processo, os filamentos ficam mais curtos, grossos e visíveis, sendo chamados de cromossomos.
· Cromossomo: cromatina condensada e é formado por uma única e longa molécula de DNA de dupla fita;
→ Componentes do Cromossomo: 
• Constricções Cromossômicas: regiões de estreitamento na espessura dos cromossomos. As constricções primárias e secundárias presentes nos cromossomos equivalem as regiões de heterocromatina que praticamente mantiveram a mesma forma na condensação da cromatina, enquanto as regiões de eucromatina são as que mais se condensam para formar o cromossomo.
 - Constricção Primária ou Centrômero: é aquela que, durante a divisão celular, liga-se ao cinetócoro (corpúsculo discoide e proteico, originado no núcleo celular, onde se prendem microtúbulos do fuso mitótico);
 - Constricção Secundária, Zona SAT ou Constricção Nucleolar: precede uma extremidade globosa do cromossomo (satélite)
• Telômeros: extremidades dos cromossomos. Durante as divisões celulares, ocorre perda de nucleotídeos do telômero, que diminui após cada mitose. Entretanto, com a ação da telomerase, o telômero recupera seu tamanho e propriedades originais; o telômero, portanto, relaciona-se ao tempo de vida, funcionando como um relógio molecular.
PS: em células cuja ação da telomerase é alterada ou inibida, os telômeros encurtam cada vez mais após cada mitose, e quando chegam a um tamanho mínimo, as células entram em processo de senescência (envelhecimento) e começam a morrer.
→ Classificação dos Cromossomos quanto à posição dos Centrômeros*: 
*Centrômeros => local de estrangulamento dos cromossomos. Além de unir as cromátides irmãs, prende os cromossomos no fuso mitótico na divisão celular. 
• Metacêntrico: centrômeros localizados na região mediana e apresentam os dois braços do mesmo tamanho;
• Submetacêntrico: centrômeros localizados um pouco deslocados da região mediana e apresentam os dois braços de tamanhos diferentes (um é um pouco maiorque o outro);
• Acrocêntrico: centrômeros localizados bem próximos a extremidade e apresentam dois braços de tamanhos diferentes (um é bem maior que o outro);
• Telocêntrico: centrômeros localizados na extremidade e possuem um único braço (não existe na espécie humana). 
→ Organização do Cromossomo: 
• Nas células, os cromossomos podem ser simples (interfase) ou duplos (período de divisão celular), se organizando geralmente em pares. Cada par é formado por um cromossomo de origem materna e outro de origem paterna, contendo genes relacionados com as mesmas características (cromossomos homólogos). As células que possuem pares de cromossomos homólogos são diploides (2n), como o zigoto, enquanto as que não possuem pares de cromossomos homólogos são haploides (n), como os gametas.
PS: não confundir cromossomos duplos com número diploide de cromossomos.
PS: existem 4 tipos básicos de células:
 - diploide com cromossomos simples;
 - diploide com cromossomos duplos;
 - haploide com cromossomos simples;
 - haploide com cromossomos duplos;
→ Relação entre Gene e Cromossomo: 
• Os cromossomos são constituídos de DNA e proteínas, enquanto os genes são fragmentos do DNA, localizam-se ao longo dos cromossomos e são responsáveis pela síntese proteica. Os genes alelos determinam as mesmas características, podendo ser iguais ou diferentes entre si e ocupam o mesmo locus gênico (posição) nos cromossomos homólogos.
PS: procariontes -> todos os genes e informações em uma única molécula de material genético;
 eucariontes -> genes e informações espalhadas em todos os cromossomos.
→ Cariótipo: 
• é o conjunto de todos os cromossomos presentes no núcleo celular de um organismo;
• o número de cromossomos no cariótipo varia de acordo com a espécie, sendo constante para todos os indivíduos normais daquela espécie;
• não é critério de identificação de espécies (espécies distintas podem apresentar o mesmo número de cromossomos) nem determina o grau evolutivo delas;
• o estudo do cariótipo pode ajudar no diagnóstico pré ou pós natal de alterações genéticas.
→ Cromossomos Humanos: 
• nas células humanas, n=23 e 2n=46;
• os cromossomos podem ser subdivididos em:
 - autossomos;
 - sexuais, heterossomos ou halossomos, que podem ser X ou Y.
• dos 23 pares de cromossomos, 22 são autossômicos e 1 sexual (XX para mulheres e XY para homens).
PS: as mulheres formam apenas um tipo de gameta (óvulo), no que diz respeito ao tipo de cromossomo sexual, ou seja, todos os óvulos possuem o cromossomo sexual X e por isso ele é dito homogamético. Já os homens formam dois tipos de gametas (espermatozoides), um com o cromossomo sexual X e o outro com o cromossomo sexual Y e por isso ele é dito heterogamético.
→ Mutações Cromossômicas: 
• Numéricas: alterações no número normal de cromossomos do cariótipo. Quando a alteração é de apenas um ou dois cromossomos, trata-se de uma aneuploidia, e quando há alteração de todo um conjunto n de cromossomos, trata-se de uma euploidia. 
· Aneuploidias: mutações cromossômicas nas quais há perdas ou acréscimo de um ou dois cromossomos em relação ao cariótipo normal. Podem ser subdivididas em trissomias (2n+1), tetrassomias (2n+2), monossomias (2n-1) e nulissomias (2n-2).
PS: na nulissomia, os dois cromossomos que faltam são homólogos, causando ausência total de um par de cromossomos, possuindo, assim, efeito letal no indivíduo.
- Síndrome de Down: trata-se de uma trissomia do par 21 (autossômico) e o cariótipo do portador é 45 CA + XX ou XY, com 47 cromossomos. Os indivíduos apresentam rosto em forma de lua cheia, inchaço nas pálpebras, olhos separados mais que o normal, achatamento da raiz nasal, baixa estatura, falta e coordenação motora, baixo quociente intelectual, além de geralmente serem estéreis. Estatisticamente, a incidência dessa síndrome é maior em filhos de mulheres com idades mais avançadas.
- Síndrome de Klinerfelter: trata-se de uma trissomia do par 23 (sexual) que ocorre nos homens e o cariótipo do portador é 44 CA + XXY, com 47 cromossomos. Os indivíduos são estéreis devido a atrofia dos testículos e apresentam deficiência mental, podendo desenvolver características sexuais secundarias femininas como a ginecomastia (desenvolvimento das mamas).
- Síndrome de Turner: trata-se de uma monossomia do par 23 (sexual) que ocorre em mulheres, cujo cariótipo é 44 CA + X0, com 45 cromossomos. As portadoras são estéreis devido a atrofia dos ovários, apresentam baixa estatura, pescoço alado (largo), ombros longos e ausência de mamas. Como não há desenvolvimento do útero nem dos ovários, não há menstruação nem caracteres sexuais secundários.
- Síndrome do Triplo X (super fêmea): trata-se de uma trissomia do par 23 (sexual) que ocorre em mulheres, cujo cariótipo é 44 CA + XXX, com 47 cromossomos. As portadoras são férteis, porém com alguns distúrbios sexuais e, às vezes, retardamento mental. Seus caracteres sexuais femininos são normais a não ser pela amenorreia (não menstruam).
- Síndrome do Duplo Y: trata-se de uma trissomia do par 23 (sexual) que ocorre em homens, cujo cariótipo é 44 CA + XYY, com 47 cromossomos. Os portadores são férteis, geralmente altos, às vezes com retardamento mental e muito agressivos, apresentando uma tendência maior à delinquência e são irresponsáveis e imaturos, evidenciando um comportamento antissocial.
· Euploidias: mutações cromossômicas nas quais há alteração de todo um conjunto haploide de cromossomos. Normalmente utiliza-se o termo poliploide para indicar os organismos com mais de dois conjuntos cromossômicos. 
• Estruturais: modificações na estrutura normal dos cromossomos. 
· Deleção ou Deficiência: ausência de um segmento no cromossomo. Deficiências muito acentuadas podem ser letais, pois implicam a perda de muitos genes;
· Inversão: quando o cromossomo possui um pedaço invertido. Um segmento quebra-se, sofre uma rotação de 1800 e se solda novamente, alterando a sequência ou a ordem dos genes ao longo do cromossomo;
· Duplicação: quando o cromossomo possui um pedaço repetido, tendo também uma série de genes repetidos;
· Translocação: quando um cromossomo recebe um pedaço proveniente de outro cromossomo que não seja o seu homólogo ou quando há trocas de pedaços entre cromossomos não homólogos. 
→ Cromatina Sexual ou Corpúsculo de Barr: 
• corpúsculo pequeno, corável pelos corantes básicos;
• está presente no núcleo de células femininas;
• corresponde a um dos cromossomos X que, na interfase, encontra-se espiralado (isso ocorre para compensar a dose dupla de genes do cromossomo X através da inativação de um deles - que ocorre nas fases iniciais do desenvolvimento embrionário -, de modo a ficar igual às células masculinas que possuem apenas uma cópia funcionante dos genes ligados ao X);
• o número de cromatinas sexuais corresponde ao número de cromossomos X-1.
PS: o teste da cromatina sexual serve para diagnosticar o sexo e para detectar se é portador de alterações numéricas.
	Indivíduo
	Nº crom. X
	Nº cromatinas sexuais
	homem normal
	1
	0
	mulher normal
	2
	1
	Sind. de Turner
	1
	0
	Sind. de Klinefelter
	2
	1
	Sind. do Triplo X
	3
	2
PS: em caso de anomalias cromossômicas nas quais a pessoa possui mais de dois cromossomos X, existe mais de uma cromatina sexual, pois o mecanismo de compensação inativa todos os cromossomos X, deixando apenas um funcional. 
• a cromatina sexual pode ser encontrada:
 - próxima ao nucléolo (certas céls. nervosas);
 - na face interna da carioteca (céls. da mucosa bucal);
 - livre no suco nuclear (maioria dos neurônios);
 - como uma expansão nuclear (neutrófilos, nos quais ela aparece como um bastãozinho, denominado baqueta de tambor ou drum-stick).
Divisão Celular
Ciclo Celular
 É o período compreendido entre a origem de uma célula, por divisão de outra preexistente, e sua subsequente divisão em duas células filhas que repetirão o ciclo. No entanto, há células que nunca se dividem e outras que podem morrer antes de se dividirem. O ciclo celular divide-se em interfase e mitose.Interfase
Definição: corresponde ao período de preparação para a divisão celular, sendo um período de intensa atividade metabólica durante o qual as células fabricam todas as substâncias que necessitam e duplicam seus cromossomos, preparando-se para a divisão celular. 
Características: 
 • carioteca íntegra;
 • nucléolo visíveis;
 • cromatina organizada, formando finíssimos filamentos;
 • intensa atividade metabólica.
PS: cito fotômetro -> aparelho que permite a medição da quantidade de DNA presente no núcleo das células.
Subfases:
 • G0: células em repouso (sem divisão), podendo ser aquelas que nunca se dividem e permanecem estacionadas nessa fase (neurônios) ou aquelas que ainda não estão preparadas para se dividir;
 • G1: antecede a duplicação do material genético (a célula ainda possui cromossomos simples) e tem papel importante no controle da divisão celular;
- síntese de RNA para tradução (forma enzimas para o metabolismo celular e nuclear);
- síntese de fatores de crescimento;
- crescimento celular.
 • S: período no qual ocorre a duplicação do material genético (formação das cromátides irmãs) e dos centríolos;
 • G2: período em que todo o material genético já se encontra duplicado (a célula possui cromossomos duplos) e após esse período inicia-se a mitose;
- aumento do volume celular;
- aumento da síntese proteica;
- início da migração dos centríolos para os polos da célula.
PS: nas células embrionárias iniciais, a interfase se resume à fase S para o processo ser mais rápido, não havendo a preparação completa da célula. 
Mitose
Definição: corresponde a uma divisão equacional na qual ocorre a separação equitativa das cromátides, resultando na formação de duas células filhas geneticamente idênticas e com o mesmo número de cromossomos da célula mãe.
Objetivos: 
 • reprodução de seres unicelulares;
 • crescimento de seres pluricelulares (o crescimento de tecidos e estruturas deve-se ao aumento do número e não ao aumento do tamanho das células);
 • renovação, regeneração, reposição e cicatrização de tecidos.
Subfases:
 • Prófase: fase inicial da mitose.
- início da espiralização (condensação) dos cromossomos com auxílio da condensina (cromátides irmãs unidas pelo centrômero), os quais tornam-se mais curtos, grossos e visíveis;
- desaparecimento dos nucléolos;
- continuação da migração dos centríolos;
- início da formação do fuso mitótico (conjunto de fibras proteicas formados por microtúbulos da polimerização de proteínas citoplasmáticas - tubulina);
- desparecimento da carioteca (no final da prófase, a membrana nuclear fragmenta-se e o material citoplasmático mistura-se com o nuclear).
PS: quando a célula possui diplossomo, na interfase, dá-se a duplicação dessa organela e na prófase, as fibras do fuso organizam-se entre os pares de centríolos. Os diplossomos vão sendo empurrados para os polos celulares à medida que as fibras do fuso vão se alongando e ao redor de cada par de diplossomos, surge também fibras proteicas que, dispostas radialmente, formam o áster (microtúbulo que sustenta o centríolo no polo). Por isso, a mitose é dita cêntrica e astral.
*Prometáfase: momento de degradação da carioteca, na prófase, até a formação da placa equatorial, na metáfase.
 • Metáfase: os cromossomos arranjam-se na região equatorial (mediana) da célula.
- total degradação do núcleo celular;
- máximo desenvolvimento do fuso mitótico (consegue distinguir os microtúbulos polares ou fibras contínuas, que se dispõe de um polo celular, e os microtúbulos cinetocóricos ou fibras cromossômicas, que se se ligam aos cinetócoros de cada cromátide irmã);
- máxima espiralização dos cromossomos (os cromossomos são mais facilmente visualizados e ligam-se às fibras do fuso por meio dos centrômeros);
- ordenação dos cromossomos no plano equatorial (os cromossomos se alinham na região mediana da célula, formando a placa equatorial ou metafásica). A ligação dos cromossomos ao fuso permite que as cromátides irmãs fiquem corretamente direcionadas, cada uma voltada para um dos polos da célula.
PS: metacinese -> movimento dos cromossomos em busca da sua ordenação na região mediana da célula.
PS: algumas substancias como a colchicina podem ser utilizadas experimentalmente para interromper a divisão celular na metáfase, possibilitando o estudo do cariótipo (número, forma e tamanho dos cromossomos). A colchicina age impedindo a formação do fuso e consequentemente impede também a ligação da tubulina nos cromossomos; no entanto, não impede a condensação dos cromossomos.
 • Anáfase: ocorre a separação das cromátides de cada cromossomo para os polos opostos da célula.
- encurtamento das fibras do fuso (as fibras sofrem retração, puxando as cromátides, agora cromossomos simples, para os polos celulares);
- ascensão polar dos cromossomos ou migração dos cromossomos irmãos - resultante da separação das cromátides irmãs - para os polos (cada polo da célula recebe o mesmo material cromossômico);
- a anáfase termina quando os cromossomos chegam aos polos.
 • Telófase: fase final da mitose.
- descondensação dos cromossomos;
- desaparecimento das fibras do fuso;
- reaparecimento da carioteca (cariocinese, dando origem a um núcleo em cada polo celular formados a partir das membranas do retículo endoplasmático);
- constituição dos nucléolos (formados a partir da zona SAT existentes em certos cromossomos);
- citocinese (divisão da célula em duas metades iguais - contração do anel de actina e miosina); 
- distribuição equitativa das organelas citoplasmáticas entre as células filhas).
PS: muitas vezes a citocinese tem início na anáfase e termina no final da telófase.
Considerações sobre a Mitose: 
 • é cêntrica, devido a presença de centríolos, astral, devido a presença do áster, e centrípeta, ocorrendo de fora para dentro com a invaginação da MP que divide a célula em duas outras;
 • é o processo de divisão celular mais frequente encontrado nos seres vivos;
 • algumas linhagens de células apresentam um ciclo vital curto e são continuamente produzidas por mitoses, que permitem a renovação constante dos tecidos em que ocorrem;
 • outras têm ciclo vital médio que pode durar meses ou anos e são produzidas durante o período de crescimento do organismo, cessando sua capacidade de divisão na idade adulta (tais células podem voltar a realizar mitoses em algumas condições excepcionais, como na regeneração de tecidos);
 • algumas outras células são dotadas de ciclo vital longo, que são produzidas apenas durante o período embrionário (na eventual morte dessas células, não há reposição, uma vez que o indivíduo já nasce com um número definido das mesmas).
Pontos de Checagem da Mitose: promovem a regulação do ciclo, garantindo que as células não se dividam sob condições desfavoráveis. O ponto de checagem é um estágio no ciclo celular em que a célula checa sinais internos e externos para decidir se irá continuar ou não a divisão celular.
 • Ponto de Checagem G1: é o principal ponto de decisão para uma célula, ou seja, o primeiro ponto em que se deve escolher entre dividir ou não. Uma vez que a célula passa o ponto de checagem G1 e entra na fase S, ela se torna irreversivelmente comprometida com a divisão. 
 Excetuando-se problemas inesperados, tais como dano no DNA ou erros de replicação, uma célula que passa pelo ponto de checagem G1 continuará pelo resto do caminho através do ciclo celular e produzirá duas células filhas. 
 Localiza-se ao final da fase G1, antes da transição para a fase S. Se as células não passarem pelo ponto de checagem G1, elas podem sair do ciclo celular e entrar em um estado de repouso chamado G0, a partir do qual poderão posteriormente entrar novamente em G1 sob condições adequadas. 
 No ponto de checagem G1, as células decidem se vão ou não continuar com a divisão, checando se as condições internas e externas são favoráveis para a divisão com base em fatores como:
- tamanho da célula (se é suficiente para que haja a divisão);
- nutrientes (se a reserva de energia e a quantidade de nutrientesdisponíveis são suficientes para a divisão); 
- fatores de crescimento (se a célula está recebendo sinais positivos das suas vizinhas);
- integridade do DNA (se há algum DNA danificado).;
- presença de sinais mecânicos (se a célula está anexada a uma rede de suporte).
PS: esses não são os únicos fatores que podem afetar a progressão através do ponto de checagem G1 e a importância dos fatores depende do tipo da célula. 
 Se uma célula não obtém os sinais para seguir em frente que ela precisa no ponto de checagem G1, ela sai do ciclo celular e entra em um estado de repouso (fase G0). Algumas células permanecem em G0, enquanto outras voltam à divisão se as condições melhorarem.
 • Ponto de Checagem G2: nesta fase, a célula irá checar:
- integridade do DNA (se há a presença de DNA lesado); 
- replicação do DNA (se o DNA foi completamente copiado durante a fase S e se há ainda DNA não duplicado.
 Se erros ou danos são detectados, a célula irá pausar no ponto de checagem G2 para permitir reparos. Caso os mecanismos do ponto de checagem detectarem problemas com o DNA, o ciclo celular é interrompido e a célula tenta completar a sua replicação de DNA ou reparar o DNA danificado. Contudo, se o dano é irreparável, a célula pode sofrer apoptose (morte celular programada), mecanismo de autodestruição que assegura que o DNA danificado não seja repassado para as células filhas, sendo de extrema importância para a prevenção do câncer.
 • Ponto de Checagem M ou Ponto de Checagem do Fuso: nesse ponto, a célula examina se todas as cromátides irmãs estão corretamente ligadas aos microtúbulos do fuso e se realmente houve a formação da placa equatorial. Como a separação das cromátides irmãs durante a anáfase é um passo irreversível, o ciclo não irá continuar até que todos os cromossomos estejam firmemente ligados a pelo menos dois filamentos do fuso em lados opostos da célula.
As células procuram por cromossomos retardatários que estão no lugar errado; se encontrar algum, a célula irá pausar a mitose, permitindo que o fuso capture o cromossomo perdido.
→ Funcionamento dos pontos de checagem: os sinais internos e externos acionam vias de sinalização dentro da célula que podem ativar ou desativar um conjunto de proteínas essenciais que movem o ciclo celular para frente. 
Meiose
Definição: é a divisão responsável pela produção de gametas (células haploides - n -, geneticamente diferentes entre si) e processa-se em duas divisões celulares consecutivas, a meiose I e a meiose II. A meiose I é reducional, uma vez que reduz o número de cromossomos, enquanto a meiose II é equacional, visto que mantém o mesmo número de cromossomos das células que se dividiram. 
PS: enquanto na mitose ocorre uma duplicação do DNA para uma divisão, na meiose a duplicação é única para as duas divisões. 
PS: erros no processo meiótico resultam em aberrações ou mutações cromossômicas. 
Objetivos: 
 • formação de gametas;
 • aumento da variabilidade genética entre os indivíduos de reprodução sexuada;
 • manutenção do número de cromossomos da espécie (se não fosse a meiose, esse número dobraria a cada geração). 
Subfases:
· Meiose I:
 • Prófase I: possui algumas características exclusivas, enquanto outras são idênticas às da prófase mitótica. Subdivide-se em: 
· Leptóteno: os cromossomos, apesar de duplicados, não mostram suas cromátides individualizadas devido à pouca espiralização cromossômica. 
· Zigóteno: ocorre o pareamento ou sinapse dos cromossomos homólogos. Os cromosso-mos já estão mais espiralizados, porém ainda não é possível distinguir as duas cromátides;
· Paquíteno: nessa fase, já é possível visualizar as cromátides irmãs de cada cromossomo, em que cada par de cromossomos homólogos duplos emparelhados recebe a denominação tétrade ou bivalente. Nesse período também tem início o crossing over ou permutação;
PS: crossing over -> troca de segmentos entre cromátides homólogas, permitindo uma recombinação gênica entre os cromossomos homólogos e, consequentemente, um aumento da variabilidade genética dentro da espécie e inicia-se no paquíteno e termina no diplóteno. após a troca de segmentos, os homólogos começam a se afastar um dos outros, sendo que o último ponto de separação é exatamente aquele no qual ocorre a permutação. 
· Diplóteno: nessa etapa é possível a visualização de pontos de contato entre as cromátides homólogas, os quiasmas, que indicam os locais de ocorrência do crossing over;
· Diacinese: ocorre a terminalização dos quiasmas, ou seja, eles “escorregam” para as extremidades das cromátides. 
- desparecimento dos nucléolos;
- início da formação do fuso mitótico;
- início da espiralização dos cromossomos;
- pareamento dos cromossomos homólogos;
- aparecimento das tétrades;
- ocorrência do crossing over;
- visualização e terminalização dos quiasmas;
- desaparecimento da carioteca.
 • Metáfase I: é semelhante à da mitose. 
- máximo desenvolvimento do fuso (as fibras do fuso se dispõe de um polo a outro);
- cromossomos homólogos emparelhados e dispostos no plano equatorial (cada par de cromossomos homólogos encontra-se ligado a uma mesma fibra do fuso por meio dos centrômeros);
- máxima espiralização dos cromossomos.
 • Anáfase I: possui semelhanças e diferenças com a anáfase mitótica.
- encurtamento das fibras do fuso (puxa os cromossomos para os polos celulares);
- separação dos cromossomos homólogos, ainda duplos (não há separação das cromátides irmãs).
 • Telófase I: última fase da meiose I.
- despiralização dos cromossomos;
- reaparecimento dos nucléolos e da carioteca;
- desaparecimento do fuso;
- citocinese;
- formação de duas células filhas haploides com cromossomos duplos. 
	Diferenças entre as fases
	Fases 
	Divisão
	Meiose I
	Mitose
	Prófase
	pareamento dos cromossomos homólogos (sinapse)
	não ocorre pareamento dos cromossomos
	Metáfase
	cromossomos pareados na região mediana da célula
	cromossomos não pareados na região mediana da célula
	Anáfase
	separação dos cromossomos homólogos e não ocorre divisão do centrômero
	ocorre divisão do centrômero com separação das cromátides irmãs
	Telófase
	em cada célula formada encontra-se n cromossomos duplicados
	em cada célula formada encontram-se 2n cromossomos não duplicados, devido à divisão do centrômero
PS: entre o término da meiose I e o início da meiose II, pode ou não existir um intervalo de tempo, denominado intercinese.
· Meiose II: possui características idênticas à mitose e é realizada pelas células filhas (haploides - n) resultantes da meiose I.
Regulação do Crescimento Celular: quando uma célula precisa se dividir, ela libera fatores de crescimento que se ligam aos receptores do crescimento existentes na superfície celular, desencadeando uma série de reações bioquímicas que estimulam as células a entrar em mitose ou diferenciação. 
PS: inibição por contato -> garante que a mitose e a diferenciação não continuem sem controle. Ao fazer contato com outras células, as células em crescimento param a divisão, uma vez que os inibidores também se ligam a receptores da superfície celular, impedindo a proliferação celular para além das necessidades do organismo.
· Tumor: massa de células anormais.
• Benigno (não canceroso):
- crescimento lento;
- capsulados;
- não invadem tecidos;
- relativamente fáceis de remover com cirurgias (a depender da localização).
• Maligno (canceroso):
- crescimento rápido;
- não capsulados;
- invadem tecidos e metastizam (disseminam para diferentes partes do organismo);
- difíceis de remover cirurgicamente. 
PS: geralmente as células cancerosas possuem núcleos de diversos tamanhos, citoplasma basófilo (rico em ribossomos), R.E.R e Complexo Golgiense pouco desenvolvidos e lisossomos e mitocôndrias pouco numerosos.
· Anomalias Estruturais: as células cancerosas podem ter 2 ou 3 núcleos, número anormal de cromossomos (aneuploidia ou poliploidia) e membrana/citoesqueleto pouco definidos (polimorfismo celular);
· Invasão de Tecidos: as células cancerosas não são inibidas por contato, continuando a sua proliferação indefinidamente,inva-dindo e destruindo tecidos. 
· Tumor Primitivo: tumor onde as metáteses se originam, liberando células cancerosas na corrente sanguínea. As poucas que sobrevivem se alojam em outros tecidos, segregando enzimas que os enfraquecem e permitindo que as células cancerosa penetrem e se proliferem, criando um novo tumor.
PS: nem todas as células que vão para a corrente sanguínea conseguem estabelecer uma metástase, pois podem ser destruídas no processo devido a rupturas durante a travessia na parede dos vasos sanguíneos, ataque sofrido pelas moléculas de defesa do sistema imunológico ou fagocitose por macrófagos.
IntroduçãoCâncer
• neoplasia maligna relacionada a alterações do DNA da célula;
• todos os agentes mutagênicos podem levar ao aparecimento de células cancerosas;
• as mutações ocorrem em linhagem de células somáticas (não são hereditárias);
• o tumor se forma a partir de uma única célula cujo DNA foi danificado e através da mitose, a mutação é transmitida e acumulada;
• as células cancerosas possuem grande capacidade de proliferação por meio de mitoses sucessivas (neoplasia), uma vez que a célula cancerosa perde o controle sobre a divisão;
• muitas células cancerosas ativam o gene para a produção de telomerase (enzima que reconstitui os telômeros), impedindo que os telômeros encurtem e a célula morra, passando a multiplicar-se desordenadamente;
• a neoplasia leva à formação de uma grande massa de células (neoplasma ou tumor), que pode ser benigno ou maligno;
• quase todos os tipos celulares podem gerar tumores, que diferem-se acentuadamente quanto ao grau de malignidade e à resposta ao tratamento;
• certas células originam tumores com mais frequência que outras, como aquelas com grande capacidade de proliferação (quanto mais a célula se multiplica, maior a possibilidade de mutações do DNA, pois podem haver falhas na síntese e na separação do DNA, uma vez que há menos tempo para que os mecanismos de reparo funcionem antes que a replicação ocorra novamente);
• o câncer se assemelha ao zigoto na fase de mórula, ficando nesse estágio o tempo inteiro;
• quando uma célula se desprende do tumor primário e vai se reproduzindo, forma o tumor secundário ou metástase;
• nos tumores malignos, as células deixam de fabricar suas proteínas típicas, perdem sua capacidade de aderência, secretam enzimas que atacam a MEC e secretam moléculas que estimulam a angiogênese.
PS: angiogênese -> formação de novos vasos sanguíneos, necessários para garantir o adequado suprimento de nutrientes e de oxigênio, bem como para servir de via de eliminação de seus catabólitos. No caso de células cancerígenas, deve ser inibido.
PS: oncogênese -> processo de formação do câncer. 
Classificação
 O câncer pode ser classificado de acordo com o tipo de célula normal que o origina:
→ Carcinoma: origina-se de células epiteliais (tipo mais comum);
→ Adenocarcinoma: originado de células epiteliais secretoras;
→ Sarcoma: origina-se de tecidos de suporte (ósseo, muscular ou conjuntivo fibroso);
PS: osteossarcoma -> originado do osteoblasto 
→ Melanoma: câncer de pele originário dos melanócitos (células da pele produtoras de melanina);
→ Leucemia: origina-se de células da medula óssea que produzem os leucócitos.
Tratamento
→ Quimioterapia: inibe a formação do fuso mitótico, impedindo a separação das cromátides irmãs. A célula fica estacionada na metáfase com o cromossomo condensado e como o DNA está inativo, a célula não consegue produzir proteínas e morre;
→ Radioterapia: possui efeito mecânico, pois a radiação quebra as fibras do fuso de células que estão em metáfase ou anáfase, mas não atingem células que estão em prófase ou telófase.
Leandra Bitencourt – 1º ANO (TURMA XVI)

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