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INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO
 A DISTÂNCIA
PROF. ME. WELINGTON JUNIOR JORGE
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani/
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira/
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/ 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / 
Heber Acuña Berger/ 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes/
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ...................................................................................................................................... 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 15
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
SOBRE O CONCEITO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
PROF. ME. WELINGTON JUNIOR JORGE
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
A Educação a Distância é considerada uma modalidade alternativa e complementar para 
a construção dos indivíduos, em nosso país ou em outros, e tem sido muito potente em seus 
requisitos pedagógicos e para proporcionar um conhecimento mais democrático. A principal 
característica dessa modalidade é a ideia de que ensino e aprendizagem podem existir sem que 
professores e alunos precisem permanecer presentes no mesmo ambiente ao mesmo tempo.
A intenção desta primeira unidade é gerar reflexões importantes para o entendimento 
das características básicas da modalidade de Educação a Distância (EaD), de forma que o aluno 
tenha uma clara compreensão do funcionamento do curso que vai começar. 
Para o aluno que está iniciando seus estudos pela modalidade de ensino EaD, é importante 
entender alguns processos adotados pela instituição que o forma e também as principais 
características dessa forma de ensino.
Nesta primeira parte, o estudante encontrará as principais noções quanto aos conceitos e 
características do Ensino a Distância, objetivando algumas discussões essenciais como: O que é 
o Ensino EaD; Quais suas principais características; O motivo pelo qual as pessoas buscam pela 
Educação à Distância; A metodologia dessa modalidade educacional; entre outros.
 A partir de agora, apresentaremos algumas básicas para a introdução à educação a 
distância. Com o objetivo de estimular os educandos na compreensão sobre as principais 
características da metodologia EaD, os tópicos tratarão de seu conceito, características, sua 
história e da forma com que é vista pela sociedade, da sua abrangência e de sua importância para 
o desenvolvimento educacional do país. 
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ENSINO A DISTÂNCIA
A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
De modo geral, o Ensino a Distância caracteriza-se basicamente pela separação física 
entre espaço e tempo, entre aluno e professor, assim como pelo uso intensivo de Tecnologias 
de Informação e Comunicação, principalmente as tecnologias digitais, como mediadoras no 
processo de ensino-aprendizagem. Para que isso seja possível, diferentes tecnologias e ferramentas 
são utilizadas, como programas de computadores, livros, CD-ROM e recursos da internet, como 
as disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) – que podem ser simultâneas (como 
web- conferências, salas de bate-papo, Skype) ou não simultâneas (como fóruns, ferramentas para 
a edição de textos na web e e-mails). 
A Educação a Distância, também reconhecida pela sigla EaD, tem experimentado 
uma grande expansão ultimamente e recebeu muita atenção de entusiastas, 
investidores e políticos interessados em atender à demanda por cursos de nível 
superior no Brasil (MILL, 2013, p. 220).
A expansão pela qual a Educação a Distância passou nos últimos anos e o interesse 
que tem gerado mudaram a compreensão que tínhamos sobre ensino-aprendizagem. O perfil 
procurado para estudantes e professores sofreu grandes alterações. É essencial que o aluno 
conheça a estrutura e o funcionamento da EaD e a proposta pedagógica do curso que participa. 
Essa forma de ensino passou por grandes transformações desde a publicação da atual Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), que reconheceu, oficialmente, o Ensino 
a Distância como modalidade ao incorporar o texto do seu artigo 80.
No ensino EaD, os papéis de professor e de aluno diferem das funções da modalidade 
presencial. Ao estudante cabe a aprender organizar sua agenda, seus horários e seus locais de 
estudos. Pela natureza da sua participação nessa modalidade de ensino, fica mais clara a atuação 
do estudante como sujeito ativo no processo de construção do conhecimento.
Figura 1 - Organização pessoal. Fonte: Faça Acontecer (2013).
O aluno precisa aprender a interagir, a colaborar e a ser autônomo. O professor, então, 
necessita entender as implicações do redimensionamento espaço-tempo para a sua prática 
pedagógica nessa nova forma de ensino.
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 O trabalho em equipe é fundamental para que os objetivos educacionais sejam atingidos, 
seja para o aluno ou para o professor. É uma parceria direta entre os educadores e os educandos, 
para que esse conhecimento seja construído de forma concreta e objetiva, e principalmente, com 
qualidade.
Em sua totalidade, a EaD é uma modalidade educacional que faz uso de tecnologias 
baseadas nas telecomunicações e na informática. De acordo com Moore e Kearsley (2008), a 
definição da educação a distância abrange também técnicas especiais:
Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre, normalmente, em 
um lugar diferente do local do ensino, exigindo técnicas especiais de criação do 
curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições 
organizacionais e administrativas especiais (MOORE; KEARSLEY, 2008, p. 2).
A interpretação que se tem da sigla EaD tende a influenciar o processode implantação e 
oferta de cursos a distância nas universidades, já que educação, ensino e aprendizagem não tem 
o mesmo significado. 
Geralmente a sigla EaD tem sido tomada, indistintamente, como representação 
dos termos educação a distância, ensino a distância ou ainda como aprendizagem 
a distância (e-learning), tanto na literatura sobre EaD, na prática cotidiana dos 
educadores de EaD, quanto entre os pesquisadores dessa área do conhecimento 
(MILL, 2012, p. 223).
A EaD, portanto, deve ser entendida como uma noção de Educação, e não apenas de 
Ensino.
Figura 2 - Educação à Distância. Fonte: Agência Brasil
“O entendimento da sigla EaD como educação a distância é muito importante” (MILL, 
2012 p.120). Por um lado, a visão de EaD pode estar mais apoiada numa visão tradicional e ser 
concebida como ensino a distância, na qual o foco está na difusão de conteúdos e no educador. 
Nesse caso, o centro do processo está no ensino e no professor, e desconsidera-se a aprendizagem 
e o estudante. 
Entretanto, a sigla EaD pode ser entendida também como educação a distância, onde 
agrega-se a ele uma ideia de maior interação e interação entre professores e alunos, destacando-
se a questão do ensino-aprendizagem, o educando e uma construção compartilhada do 
conhecimento, realizável pelas interações entre os diferentes participantes desse processo. 
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ENSINO A DISTÂNCIA
Assim, podemos dizer que o uso da denominação “ensino a distância” desvaloriza o 
processo de ensino-aprendizagem, desresponsabilizando-se pela aprendizagem do estudante. 
Além disso, a nomenclatura “educação a distância” é mais adequada, pois considera o aluno 
como centro do processo: mesmo havendo docentes e tecnologias compondo o processo de 
ensino-aprendizagem e apoiando o educando, o que importa, antes de tudo, é se o aluno está 
aprendendo. 
Figura 3 - Funcionamento do EaD. Fonte: Tutoria na Educação
A docência compartilhada, isto é, professores, tutores, coordenadores etc., são 
indispensáveis para o auxílio na aprendizagem do aluno e, portanto, é equivocado o uso da 
nomenclatura aprendizagem a distância (e-learning), em que o estudante, geralmente, acaba 
sendo visto como autodidata ou capaz de aprender apenas com o uso de materiais didáticos e 
sem a mediação dos educadores.
 Dessa forma, o ideal é adotar o termo EaD como educação a distância, enfatizando os 
quatro aspectos que os constituem:
1) O estudo da EaD é um estudo de aprendizado e ensino;
2) O estudo da EaD é um estudo de aprendizado que é planejado, e não acidental;
3) O estudo da EaD é um estudo de aprendizado que, normalmente, está em um lugar 
diferente do local de ensino;
4) O estudo da EaD é um estudo de comunicação por meio de diversas tecnologias 
(MOORE; KEARSLEY 2008).
A EaD não é uma modalidade educacional muito recente e somente nos últimos 
anos é que a educação a distância ganhou a atenção e a credibilidade merecidas, 
especialmente no Brasil. Várias experiências significativas de EaD foram 
desenvolvidas ao longo do século XX, e há autores que demonstram indícios 
de que outras possam ter ocorrido antes disso. Em outras palavras, podem 
ser listadas várias experiências relevantes de EaD no Brasil e em outros países 
(MILL, TORRES, 2013, p. 26). 
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Todavia, com todas as controvérsias que caracterizam a história da Educação a Distância, 
é consenso entre os autores da área que, apenas nas duas últimas décadas, a modalidade superou 
o preconceito que carregou ao desde seu início. 
A gradual diminuição do preconceito contra a modalidade deve-se, especialmente, aos 
avanços das telecomunicações e das tecnologias informáticas e ao surgimento da internet, que 
propiciaram excelentes condições de desenvolvimento de experiências mais abrangentes em 
Educação a Distância. 
O professor que trabalha com EAD é chamado de tutor e para atuar nessa 
função tem de ter nível superior e experiência mínima de um ano no magistério 
do ensino básico ou superior ou ter ou estar cursando alguma pós-graduação 
(FERNANDES, 2013, p. 123).
O educador possui o papel de orientar e mediar, devendo acompanhar o desenvolvimento 
dos alunos durante o curso. Por isso, é de sua responsabilidade orientar os estudantes nos estudos, 
explicar questões relativas aos temas abordados, esclarecer dúvidas e avaliar o desempenho dos 
educandos durante o curso. E também deve estar ciente das diversas formações educacionais de 
seus alunos, das adversidades, pessoais e profissionais de cada um deles, da distância geográfica 
existente entre eles, entre outras barreiras que podem comprometer um pleno aproveitamento 
do curso.
Figura 4 - Professor Tutor. Fonte: Edools (2016)
Para que o professor-tutor desempenhe sua função, o mesmo tem de ter conhecimentos 
sobre as tecnologias utilizadas na EaD e estar consciente das mudanças que esse tipo de 
modalidade trouxe para o seu perfil enquanto profissional, pois além do conhecimento técnico 
básico, torna-se necessário que ele seja:
 1) Um professor que motive, estimule e incentive os alunos e, ao mesmo tempo, demonstre 
conhecimento, credibilidade e empatia, criando uma relação de troca saudável e harmoniosa;
2) O elo entre o aluno e a instituição;
3) Um profissional que trabalhe de acordo com os valores morais e éticos, repassando ao 
aluno a importância dessa postura como indivíduo e membro da sociedade (ARRIADA, 2005, 
p. 34).
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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A educação a distância é, muitas vezes, erroneamente identificada como ensino aberto. 
Enquanto a EaD representa uma modalidade de ensino-aprendizagem que permite ao aluno 
não estar fisicamente presente em um ambiente formal, havendo ainda a separação temporal 
e espacial entre professor e aluno, cuja interação ocorre por meio de tecnologias como, por 
exemplo, a internet, CD-ROM, vídeos, correio, rádio, televisão, celular, telefones, entre outros; a 
educação aberta permite à pessoa realizar atividades sem restrições, “tendo liberdade para definir 
início e final de sua aprendizagem e os conteúdos de seu interesse, podendo realizar seu curso via 
educação à distância ou presencial” (TEIXEIRA, 2009).
O termo educação a distância começou a ser usado na década de 1970 e foi 
oficialmente adotado em 1982, quando o Conselho Internacional de Educação 
por Correspondência mudou seu nome para Conselho Internacional de Educação 
a Distância (hoje Conselho Internacional de Educação Aberta e à Distância). 
Na América do Norte, a designação estudo independente era amplamente 
usada para a educação universitária por correspondência. No entanto, muitos 
educadores e instituições que ofertavam cursos à distância não consideravam o 
termo adequado (MARTINS, 2017, p. 28). 
Resumindo, o cenário do nosso país tornou-se mais abrangente à modalidade de educação 
a distância, nos últimos anos. Foram tomadas, várias ações em prol do EaD e isso desencadeou 
um conjunto de atos em prol desse ensino: políticas governamentais voltadas para a formação 
da modalidade, evolução das leis a partir da Educação a Distância na Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (LDB 9.394-96), maior investimento na superação do preconceito da 
EaD como educação inferior à presencial, instituições de EaD melhor estruturadas, entre outras. 
Concluindo, diversos foram os fatos que propiciaram a emergência de um campo favorável à 
Educação a Distância.
Figura 5 - Modalidade EaD. Fonte: CBK Software (2015).
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Dados numéricos revelam com relação à modalidade EaD que a modalidade passou 
por um vertiginoso e visível crescimento nos últimos tempos. Essa expansão e desenvolvimento 
podem ser percebidos através do ponto da visão legal e de regulamentação da educação. É a partir 
de 1996, com a promulgação da LDB 9.394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
que a educação a distância passa a ser citada e reconhecida numa lei educacional do Brasil. 
A crescente demanda por vagas no ensino superior na história recente do Brasil apresenta 
uma grande pressão sobre o poder público para que haja um aumento no número de vagas que 
atenda à demanda a população pelo ensino superior. Tal necessidade social traz como plano de 
fundo a justificativa de uma educação democrática, o que constitui um dos principais objetivos 
da EaD. É nesse contexto que a Educação a Distância surge como alternativa para a deficiência 
de vagas no ensino superior.
Os avanços nas leis e na regulamentação no Brasil para a Educação a Distância e a geração 
de programas de formação superior do nível da Universidade Aberta do Brasil (UAB) também 
apresentam o interesse do governo pela EaD, já existindo a inserção do artigo 80 da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394/96. O artigo 80 da LDB e suas consequências 
legais foram de grande importância para a regulamentação da modalidade EaD no nosso país 
recentemente, quando essa forma de ensino passou por um aumento gigantesco. 
Numa ampla articulação entre instituições públicas de ensino superior (IES), 
os estados/municípios e o MEC-Capes, a UAB constitui-se numa proposta com 
grandes proporções e bastante ousada. Com a instalação de cursos de graduação 
numa universidade parceira da UAB, a instituição aumenta o seu papel no 
processo de democratização do acesso ao ensino superior público, gratuito e de 
qualidade (MILL, TORRES, 2013, p. 27).
Do lado do educador, é necessário que o mesmo compreenda as necessidades do 
redimensionamento do espaço-tempo em sua prática pedagógica, pois se trata de um novo 
complexo de ensino e de aprendizagem. Trata-se de uma pedagogia diferente, que gera praticas 
pedagógicas distintas. A educação a distância exige uma pedagogia apropriada em quase todos os 
aspectos da relação entre docente, aluno e conhecimento. Os estudos na EaD também requerem 
uma postura diferente dos educandos, principalmente no que diz respeito ao planejamento 
dos estudos e organização dos lugares e horários para que suas atividades educacionais sejam 
realizadas. 
A INTERAÇÃO E A COMUNICAÇÃO COMO FATORES 
FUNDAMENTAIS PARA O ALUNO DO EAD
Ao falarmos em Educação a Distância (EaD), logo pensamos em um instrumento de 
educação de tempos recentes, pois para a grande parte da população ela está ligada à tecnologia 
atual, mas, a sua trajetória é longa, mesmo tendo passado por alguns momentos de estagnação, 
causados pela falta de políticas públicas para o ramo.
É crucial ter o entendimento sobre da evolução da EaD, tem consciência que ela se 
modificou ao longo dos anos e que em cada país, e no Brasil, especialmente, ela se revestiu com 
novas características a partir das tecnologias que foram utilizadas em cada fase da história. 
Segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), em 2007, mais de 
dois milhões de estudantes realizaram algum curso à distância em várias áreas do conhecimento. 
A educação a distância é encontrada em todas as regiões do mundo e nos últimos anos ao 
sua abrangência se desenvolveu vertiginosamente e rapidamente. Não apenas tornou-se uma 
disciplina acadêmica por direito, como adentrou concretamente os sistemas de ensino pelo país. 
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ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 6 - Processo EaD (2015). Fonte: Pedagogia Esmac (2017).
O estudo sobre a área gerou um arcabouço de possibilidades que agora está sendo utilizado 
para melhorar a sua práxis. A educação a distância é caracterizada pelo processo de ensinar e 
aprender, ofertados através dos meios de comunicação, visto que, inicialmente, os estudantes e 
seus tutores não se encontram pessoalmente. Geralmente um ou mais meios são utilizados para a 
interação e a comunicação nesse processo, nos trazendo uma concepção de ensino-aprendizagem 
moderadas.
A educação a distância é pautada na comunicação não contínua entre o estudante 
e a instituição. Essa comunicação é de, ao menos, duas formas: de um lado, há o processo de 
aprendizagem sob a forma de materiais didáticos pré-produzidos enviados pela instituição de 
apoio aos alunos; e do outro lado, há a relação nos dois sentidos, portanto, a interação entre os 
educandos e a instituição de ensino. Nos dias atuais, já é possível e praticada em grande escala a 
interação entre os próprios alunos, através de fóruns, entre outros. 
No geral, os alunos a distância estudam o material do curso que é especialmente 
preparado para eles, material que é dividido em unidades consideradas de tamanho adequado, 
com exercícios e com gabarito para as respostas. Depois de concluir o estudo de cada unidade, 
uma tarefa é especificada ao aluno, que será depois será enviada à organização de apoio curricular, 
que faz a correção, comenta e devolve para o aluno.
 Essa interatividade não é a única, podendo haver outras formas de interação entre aluno 
e instituição de ensino. Nota-se que a educação a distância pode trazer relações individuais, 
com cada estudante interagindo diretamente com o seu tutor, sendo algo considerado diverso 
no sistema educacional, principalmente nos tradicionais tutoriais de grandes Universidades ao 
redor do mundo.
Sendo o ensino-aprendizagem na educação on-line pautado na qualidade das interações 
e comunicações que realmente ocorrem no ambiente virtual, alunos aspectos importantes são 
destacados por Oliveira e Lima (2013) e que devem ser considerados:
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1) A simples participação em um curso on-line ou o acesso à sala virtual não garante a 
interação necessária ao aprendizado efetivo. Interagir ativamente é contribuir com algo substancial 
para a discussão ou atividade, é agir de forma intencional e diretiva, buscando corresponder ao 
que é esperado naquele momento;
2) De um modo geral, as interações na EaD podem ser divididas em assíncronas (os 
participantes não estão logados ao mesmo tempo) e síncronas (os participantes estão logados ao 
mesmo tempo). Entretanto, a participação síncrona, como aquelas que acontecem via chat ou 
web conferência, exige uma sincronia temporal, que é muito difícil conseguir, principalmente 
referindo-se aos aspectos tecnológicos e de conciliação dos horários pessoais de cada estudante. 
Portanto, as interações assíncronas, nas quais a maioria dos cursos ou programas se baseia, são 
as mais usuais. Elas ocorrem em diferentes ferramentas e com objetivos variados, mas o ritmo 
de acesso e participação deve ser definido pelo moderador, que pode ser tanto o tutor quanto o 
professor;
 3) Contrariamente ao modelo tradicional de educação, a maioria dos modelos adotados 
para EaD assume novas experiências educacionais, em que o professor não é mais o detentor 
de todo o conhecimento. Normalmente, a construção do conhecimento e dos significados em 
uma sala de aula virtual ocorre por meio da participação ativa de todos os estudantes, tutores e 
professores. Destacamos, assim, que o estudante na modalidade a distância precisa ser flexível e 
estar aberto a novas experiências e ideias;
4) É importante que o estudante de EaD compreenda que a aprendizagem on-line não 
ocorresomente pela interação com o professor ou com os tutores, mas nas interações estabelecidas 
com os colegas e com o material didático disponível na comunidade de aprendizagem. O que se 
espera dele, portanto, é que desenvolva a postura de aprender ao longo da vida, sabendo onde 
e como buscar informações e construir conhecimentos, a partir da compreensão dos conceitos 
envolvidos, procedimentos necessários e atitudes desejadas;
5) A presença em um curso on-line é percebida pelas interações e acessos no ambiente 
virtual, por isso, as interações e comunicações são muito valorizadas. As mensagens iniciais de 
apresentação e reconhecimento do estudante com seu grupo e equipe de professores e tutores 
colaboram para um ambiente de confiança, essencial para a participação virtual. Ou seja, estar 
presente na EaD significa participar do processo;
6) A presença em fóruns, tarefas, wikis e demais atividades assíncronas dependerá da 
leitura cuidadosa das mensagens já postadas, do contexto, do que se espera do estudante e, 
sobretudo, dos objetivos da atividade. Assim, o estudante deverá participar contribuindo com sua 
experiência anterior, opiniões, interpretações e pensamentos pessoais perante o grupo. É de suma 
importância a manifestação clara e educada de opiniões, respeitando-se sempre as diferenças, 
que são muito comuns (e ricas) nos grupos de trabalho.
Esses aspectos são essenciais para a construção da comunidade de aprendizagem 
e para a melhor adaptação dos sujeitos envolvidos em ambientes virtuais 
de aprendizagem. Nesse sentido, merece destaque o papel do estudante e a 
importância da atitude colaborativa e cooperativa, que deve ser estimulada 
durante a aprendizagem a distância. A participação em atividades coletivas é um 
dos aspectos mais importantes a serem explorados na educação virtual (MILLS, 
TORRES, 2013, p. 28). 
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ENSINO A DISTÂNCIA
 Tanto em atividades coletivas ou individuais, os alunos devem cuidar todo o tempo do 
planejamento dos estudos e da organização de seu tempo, como organizar o lugar, que horas e 
o como vai estudar. Esse é um dos pontos altos da Educação a Distância, mas também, um dos 
maiores problemas para alguns estudantes, pois devem ser totalmente disciplinados e organizados 
pra que os estudos sejam satisfatórios no seu meio de trabalho e no convívio social e com a 
família. 
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E O PERFIL DO ALUNO EM 
EAD
A modalidade de EaD exige dos estudantes uma disciplina pessoal muito maior do que a 
necessária na educação presencial. Por isso, a organização pessoal é imprescindível para estudar 
em EaD. Cada estudante possui um contexto particular e diferenciado, dispondo de mais ou 
menos tempo para a realização das atividades propostas no curso. “Assim, planejar seus estudos 
e seguir uma agenda pessoal são condições necessárias para que se tenha sucesso nos estudos em 
EaD” (OLIVEIRA; LIMA, 2013, p. 35).
Algumas atitudes dos estudantes são essenciais para o bom andamento dos estudos em 
curso em EaD:
1) Organizar o tempo e espaço pessoal para estudo: é essencial que o aluno da EaD saiba 
administrar bem o seu tempo (momentos de estudo) e espaço (locais de estudo) para se dedicar 
ao curso, seguindo um cronograma de atividades que seja compatível com o tempo que tem 
disponível. Através de algumas pesquisas, podemos dizer que quanto melhor distribuído for 
o tempo de atividades durante a semana, com dedicação, coragem, leituras e tarefas de forma 
organizada, melhor serão aproveitados o tempo disponível pelos alunos.
Figura 7 - Flexibilidade tempo. Fonte: Brasil Escola (2017).
 2) Organizar a agenda de atividades, delimitando prioridades: é importante estabelecer 
metas e objetivos, que podem ser compartilhados com colegas, tutores e educadores, o que dá um 
auxílio para que o aluno verifique se suas opções são realmente relevantes. 
 3) Organizar o material didático e o cronograma das atividades: é extremamente 
necessário o aluno organize seus materiais de estudo (livros, mapa de atividades, textos, tabelas 
etc.) para que não perca prazo e atividades por falta de atenção no momento apropriado ou por 
não prestar atenção ao calendário e às orientações do curso. Não acumular tarefas de uma semana 
para outra ajudará o aluno a não ficar sobrecarregado. O ideal é acessar o ambiente virtual (AVA) 
um pouco todos os dias, por uma hora que seja, pois tentar fazer tudo em um único dia pode ser 
causar cansaço e improdutividade. 
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Figura 8 - Metas e Objetivos. Fonte: Eldes Saullo (2017). 
 Disciplina pessoal e comprometimento: essa é a chave para a finalização de qualquer curso 
em EaD. “Manter-se estimulado a compatibilizar sua agenda de estudos com seus compromissos 
profissionais, familiares e momentos de lazer e descanso possibilita dedicar-se ao curso com 
mais prazer” (MILL; BATISTA, 2013, p. 36). Para que isto seja possível, o aluno precisa de uma 
disciplina própria que consiste desenvolver sua autonomia e se autoconhecer. 
Existem diferentes tipos de alunos que fazem uso da educação à distância, sendo 
em sua maioria adultos. Entre estes, o estudante típico é um indivíduo que está 
na EAD a fim de adquirir competência para pode ter acesso à universidade, para 
ter um curso de licenciatura ou bacharelado, aumentar a sua empregabilidade, 
buscar uma melhor colocação no mercado de trabalho, ter ascensão hierárquica 
na empresa, aprender habilidades específicas (contabilidade, língua estrangeira 
etc.), entre outras (MARTINS, 2017, p. 25). 
Existem também alguns alunos que querem aprender por uma questão de desenvolvimento 
pessoal e educacional, apenas por isso, sem qualquer intenção prática. Complementando, muitos 
educandos de instituições tradicionais fazem uma ou mais matérias em cursos de modalidade 
EAD, na busca de um enriquecimento curricular ou mesmo para diminuir o tempo necessário 
para a sua formação. 
Figura 9 - Aluno do EAD. Fonte: Blog de educação (2017).
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Mais uma categoria de alunos da EAD, são aqueles que participam de estudos em grupos 
ou turmas, interagindo entre eles e com um tutor on-line. Porém, essa modalidade ainda não é 
tão comum, sobrepondo-se o ensino individual, onde o educando maneja seus horários do modo 
que lhe é mais favorável. 
Há também a categoria dos alunos que aprendem sendo supervisionados por outra pessoa. 
É o caso de crianças e adolescentes que são apoiados por adultos tutores, que podem não ser 
academicamente competentes para exercer a prática do ensino, mas que atuam como organizam 
e prestam consultoria em instituições ou classes em que cada estudante esteja matriculado em 
cursos de educação a distância. Esses tipos de escolaridade são exercidos em regiões pouco 
habitadas ou em situações onde não existem educadores suficientes e capacitados para serem 
responsáveis pelas disciplinas que a serem ofertadas. 
Figura 10 - Ead ou Presencial? Fonte: Literis (2017).
Portanto, por essas razões, este tipo de Educação a Distância é mais comum na África, 
por exemplo, do que em países europeus. Há também a utilização da EaD em treinamentos de 
pessoal e em determinados tipos de aprendizagem em grupo ou sob a supervisão de um tutor 
especialista em dada área, como na área do trabalha, na administração, em processamento de 
dados, entre muitas outras. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Educação a Distância (EaD), desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB 9.394/96), que reconheceu legalmente a EaD como modalidadeeducacional, ao implementar o texto do seu artigo 80, tem passado por grandes transformações e 
garantindo cada dia mais espaço na sociedade brasileira. Sua grande demanda causou interesses 
nos mais variados setores do país, como políticos, investidores e estudantes. 
O crescimento pelo qual a Educação a Distância passou nos anos recentes e o interesse que 
tem gerado proporcionaram uma mudança na concepção clássica que tínhamos sobre ensino-
aprendizagem. O perfil esperado tanto dos estudantes, quanto dos educadores, sofreu intensas 
alterações. Por esse motivo, é extremamente importante que o aluno conheça como se estrutura 
e como funciona a EaD, e sua proposta pedagógica. 
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O espaço e o tempo da relação de ensino-aprendizagem foram os principais responsáveis 
pelas alterações no ensinar e aprender da EaD. A realocação dos espaços da escola, da universidade 
e da instituição de ensino, como salas de aula e biblioteca, e dos tempos de discussão pedagógica 
(como duração da aula, hora de intervalo, aula prática, entre outras) mudou a ideia de que 
professores e alunos deveriam obrigatoriamente estar no mesmo lugar e no mesmo horário para 
que houvesse uma construção do conhecimento. 
A expansão da EaD, gerada por ambientes virtuais, gerou novos modos de construção 
do conhecimento. Portanto, é necessário que o aluno dessa modalidade entenda bem as suas 
características. Este foi o objetivo dessa unidade apresentada. 
Com os conteúdos apresentados nesta primeira unidade, esperamos ter proporcionado 
aos estudantes os argumentos e informações necessárias para um bom entendimento do conceito 
de Educação a Distância. Nas unidades seguintes abordaremos com mais especificidade o tema. 
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 18
SITUAÇÃO ATUAL DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ................................................................................................... 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 30
A LEGISLAÇÃO EM EAD
PROF. ME. WELINGTON JUNIOR JORGE
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INTRODUÇÃO
Os estudos sobre as questões que envolvem temas contemporâneos como Educação a 
Distância e, consequentemente, a Legislação em EaD, é uma tarefa interessante. Uma vez que são 
temas importantes e urgentes para atender à exigência de um novo mercado e também de um 
novo modelo educacional. 
Hoje, os profissionais de educação se baseiam na era da informação digital e das mudanças 
estruturais e teóricas da educação têm como principal função a qualificação profissional, sendo 
que essa qualificação requer a uma nova forma do saber e das práticas tradicionais de educação. 
É nesse contexto e com o objetivo de preparar, trazendo discussões e argumentações 
a respeito do ensino a distância, mais especificamente do da Legislação dessa modalidade no 
Brasil, é que preparamos a você este material, a fim de oportunizar um crescimento profissional 
transformador, conhecendo as leis e regularização pertinentes do tipo de curso que estão 
estudando. 
Desde o seu reconhecimento no artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação, isto 
é, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a EAD vem sendo alvo de várias regulamentações 
legais. São resoluções, portarias e decretos que indicam os caminhos permitidos e normativos 
para o reconhecimento de suas ações.
Temos a intenção também de que seja pioneiro no modo de entender esse processo como a 
democratização do saber, o espaço ilimitado do conhecimento e da informação. Para alcançarmos 
os objetivos descritos acima dividimos esse estudo em quatro importantes momentos, a saber: a 
situação atual da Educação a Distância, a legislação em EaD, a LDB e o Decreto 5.622 de 19 de 
dezembro de 2005. 
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SITUAÇÃO ATUAL DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
 É muito significativo discutir temas relacionados à Educação a Distância no Brasil, em 
função a crescente procura por essa modalidade em educação atualmente. Se fizermos uma 
retrospectiva história, veremos que essa modalidade não é tão recente assim, já que nasceu na 
Alemanha, no século XV, logo quando surgiu a imprensa. 
Figura 1 - Educação a Distância. Fonte: CMN (2017)
No Brasil, não há registros precisos acerca do surgimento da educação a distância, porém, 
em 1891, o jornal do Brasil anuncia curso de datilógrafo por correspondência. Logo após, tivemos 
vários movimentos como: fundação da rádio sociedade do Rio de Janeiro; em 1941, o instituto 
Universal Brasileiro já oferecia o ensino profissional, fundamental e médio; o SENAC - Serviço 
Nacional de Aprendizagem Comercial; dentre outras. Em meados dos anos 70, o Ministério da 
Educação apontava cerca de 30 estabelecimentos de ensino, grande parte no Rio de Janeiro e São 
Paulo.
Nesse contexto, a modalidade de ensino a distância tem sido um meio de acesso à 
democratização e facilitação da aprendizagem e, consequentemente, possibilita adquirir novos 
aprendizados. Com esse crescimento, fez-se necessário que as instituições ao ofertarem cursos 
a distância ampliassem também seus recursos, implantando várias mídias a fim de atender sua 
demanda.
Figura 2 – Mídias. Fonte: CCEAD PUC (2014).
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A criação de cursos em EaD requer o cumprimento e a implementação de uma estrutura 
que possibilite atender aos alunos dos mais variados tipos. É importante que o material impresso 
e online seja de boa qualidade, que haja linha telefônica a disposição, CDs, internet, bons 
computadores e, principalmente uma equipe de professores altamente competente e capacitada 
para esse novo tipo de ensino. De acordo com Corrêa (2004, p. 6):
A sociedade atual vive uma crise civilizatória, uma mudança de paradigma 
decorrente da internacionalização do mercado, do processo de globalização e 
do avanço das tecnologias de informação e comunicação. Essas transformações 
acarretam uma série de dilemas para os modelos educativos existentes. Devemos 
repensar o novo paradigma educacional e profissional, ou seja, falar de Educação 
a Distância não perpassa apenas numa nova modalidade, uma nova estrutura, 
mas num jeito de ser professor, mais especificamente, ser um tutor em Educação 
a Distância.
 
A Educação a Distância é responsável por uma maior democratização do saber. Um dos 
seus grandes desafios é superar os limites da socialização desse saber, uma vez que para alcançar a 
maioria, faz-se necessário repensar as mídias dentro da Educação a Distância. Gutierrez e Prieto 
(1994) explicitam algumas vantagens da Educação a Distância:
1) massividade espacial;
2) menor custo por estudante;
3) diversificação da população;
4) individualização da aprendizagem;
5) quantidade sem perda da qualidade;
6) autodisciplina de estudo.
Desse modo, o processo de ensino-aprendizagem têm suas próprias dimensões, 
pressupondo reciprocidade. A aprendizagem envolve satisfação de necessidades, podendo gerar 
frustrações. O ensinar faz parte de um contexto de aprendizagem, existindo a intenção no ato do 
professor que, ao avaliar, deverá considerar todo esse processo.
Quando falamosem Mídia e Tecnologia na Educação, estamos retratando a educação no 
sentido atual, dentro de uma visão de totalidade, ou seja, o conhecimento integrado, pelo qual 
para conhecer precisamos estar inseridos em um novo paradigma, que segundo Moran (2007), 
“educar pessoas inteiras, que integrem todas as dimensões: corpo, mente, sentimentos, espírito, 
psiquismo, pessoal, grupal e social”. 
Portanto, o conhecimento não é fragmentado, mas interdependente, interligado, onde 
conhecer significa entender todas as dimensões da realidade, captar e expressar essa totalidade 
cada vez mais ampla integralmente. Cada um de nós tem uma estratégia para chegar ao 
conhecimento. 
Iniciou-se a EAD com o uso do material impresso, programas radiofônicos, televisivos, 
transmissão via satélite e uso da informática. Ao falarmos da linguagem televisiva, estamos 
atingindo o sensorial, o afetivo e o racional, isso quer dizer que a televisão trabalha com o real e 
o imaginário, cabendo aos professores desenvolverem o seu trabalho nessa perspectiva integral.
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Figura 3 -Tecnologia na Educação. Fonte: SITETI (2017).
Podemos considerar que a EAD deve se adequar ao regionalismo, ao perfil do grupo, a 
escolha da mídia (ou das mídias) e das tecnologias de informação e comunicação. Para Correia 
(2004, p. 25):
A EAD aparece nas sociedades contemporâneas, como uma modalidade de 
educação bastante adequada às novas demandas educacionais e profissionais. 
No entanto, muitas vezes encontramos dificuldades quanto à sua conceituação, 
pois não existe um único conceito em EAD. Isso ocorre devido à ênfase que é 
dada a cada um dos componentes do processo ensino-aprendizagem.
Holmberg apud Correia (2004) considera a comunicação não diretiva como a característica 
mais importante no estudo a distância e destaca:
1) Pré-produção – curso realizado, principalmente com material impresso, auto 
instrutivo, que pode incluir o conteúdo ou apenas apresentar um guia de estudo;
2) Estudo individual – inclusive nos casos em que o ensino implica formação de grupos;
3) Método de trabalho – implica planejamento, procedimentos racionalizados, 
mecanização, automatização, controle, verificação e divisão do trabalho;
4) Comunicação bidirecional – na maioria das vezes, baseada em tarefas avaliadas e 
devolvidas com comentários;
5) Comunicação maciça – atendimento a um grande número de alunos devido à 
necessidade de redução de custos;
6) Comunicação mediatizada – a conversação didática passa a ser informatizada, tendo 
o diálogo como ponto central dos estudos a distância.
A respeito do desenvolvimento das metodologias o autor explicita que a educação a 
distância é uma inovação dentro da educação formal, pois: 
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a) Desenvolve-se a partir de um serviço de apoio, de modo que a aprendizagem possa 
ocorrer sem a presença do professor;
b) Possibilita uma conversação didática mediante a adoção de meios não diretos de 
apresentação e comunicação;
c) Possibilita a instrução personalizada e métodos de trabalho industrializados;
d) Favorece, através de sua organização e métodos de estudos para o adulto,
orientando sua formação de acordo com mercado de trabalho.
Figura 4 - EAD. Fonte: SINTETUFU (2017).
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Atualizada legislação que regulamenta Educação a Distância no país
O Ministério da Educação regulamentou a Educação a Distância (EaD) em todo território 
nacional. A partir de agora, as instituições de ensino superior podem ampliar a oferta de cursos 
superiores de graduação e pós-graduação a distância. Entre as principais mudanças, estão a criação 
de polos de EaD pelas próprias instituições e o credenciamento de instituições na modalidade EaD 
sem exigir o credenciamento prévio para a oferta presencial.
Com a regulamentação, as instituições poderão oferecer, exclusivamente, cursos a distância, 
sem a oferta simultânea de cursos presenciais. A estratégia do MEC é ampliar a oferta de ensino 
superior no país para atingir a Meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), que exige elevar a 
taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida em 33% da população de 
18 e 24 anos.
O Decreto Nº 9.057/2017, publicado na edição do Diário Oficial da União desta sexta, 26, 
que atualiza a legislação sobre o tema e regulamenta a Educação à Distância no país, define, ainda, 
que a oferta de pós-graduação lato sensu EaD fica autorizada para as instituições de ensino superior 
que obtêm o credenciamento EaD, sem necessidade de credenciamento específico, tal como a 
modalidade presencial. A nova regra também estabelece que o credenciamento exclusivo para 
cursos de pós-graduação latu sensu EaD fique restrito às escolas de governo. Todas as mudanças 
tiveram como objetivo, além de ampliar a oferta e o acesso aos cursos superiores, garantir a 
qualidade do ensino. Os polos de EaD, por exemplo, passam a ser criados pelas instituições, que 
deverão informá-los ao MEC, respeitados os limites quantitativos definidos pelo ministério com 
base em avaliações institucionais baseadas na qualidade e infraestrutura.
Oferta – O ministro da Educação, Mendonça Filho, justifica a atualização da legislação ao 
comparar o percentual de jovens entre 18 e 24 anos matriculados no ensino superior em diferentes 
países. Enquanto Argentina e o Chile têm cerca de 30% de seus jovens na educação superior – 
percentual que ultrapassa os 60% nos Estados Unidos e no Canadá –, o Brasil amarga um índice 
inferior aos 20%. “Essa realidade é resultado tanto do fato de que se trata de uma modalidade ainda 
muito recente na educação superior brasileira quanto da constatação de que a regulamentação atual 
data de 2005 e não incorpora as atualizações nas tecnologias de comunicação e informação, nem os 
modelos didáticos, pedagógicos e tecnológicos consolidados no momento presente”, explica.
A oferta de cursos a distância já estava prevista no Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação (LDB), nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e passou pela última atualização pelo 
Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Nesse período, a modalidade EaD tem crescido 
fortemente no país, acompanhando o progresso dos meios tecnológicos e de comunicação. De 
acordo com o Censo da Educação Superior realizado em 2015 pelo Instituto Nacional de Estudos 
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), há no país 1.473 mil cursos superiores a distância 
ofertados, cujo crescimento é de 10% ao ano, desde 2010. Atualmente, são mais de 1,3 milhão de 
estudantes matriculados, com crescimento de 50% entre os anos de 2010 e 2015.
Outras modalidades – O Decreto Nº 9.057/2017 também regulamenta a oferta de cursos 
a distância para o ensino médio e para a educação profissional técnica de nível médio. Nessas 
modalidades, as mudanças devem atender ao Novo Ensino Médio e ainda terão seus critérios 
definidos pelo MEC em conjunto com sistemas de ensino, Conselho Nacional de Educação (CNE), 
conselhos estaduais e distrital de educação e secretarias de educação estaduais e distrital, para 
aprovação de instituições que desejam ofertar educação a distância.
Assessoria de Comunicação Social 
Retirado do Portal do Ministério da Educação - http://portal.mec.gov.br/busca-geral/212-
noticias/educacao-superior-1690610854/49321-mec-atualiza-legislacao-que-regulamenta-
educacao-a-distancia-no-pais 
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A LEGISLAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A hierarquia e a amplitude de cada procedimento legal, de acordo com o Decreto nº 
4.176, de 28.03.02, publicado no Boletim de Direito Educacional 04/02, página 02, por Francisco 
Aparecido Cordão:
1) Constituição – Conjunto das leis fundamentais que rege a vida de um país, geralmente, 
elaborado e votado por um congresso de parlamentares e que regula as relações de Estado, 
definindo limites entre os poderes e declarando os direitos e deveres individuais. É a lei maior, 
pela qual todas as outras leis devem ajustar-se.
Figura 5 - Constituição Federal. Fonte: Iob Concursos (2017).
2) Constituições Estaduais – Conjunto de leis fundamentais que regem a vida e os direitos 
e deveres de cada Unidade da Federação, elaborada e aprovada pela Assembleia Legislativa da 
mesma. Seguindo o caminho, cada Município tem sua Lei Orgânica Municipal: leis fundamentais 
que regem a vida e os direitos pelo qual todas as outras leis devem ajustar-se. 
Hierarquia e definições dos atos normativos, normais e procedimentos legais:
3) Emendas Constitucionais – Alterações que são aprovadas nas Constituições.
4) Lei – Regra escrita que provém da autoridade soberana de uma determinada sociedade 
e impõe a todos os indivíduos a obrigação de submeter-se a ela sob pena de coerções. 
5) Medida Provisória – É o ato normativo com força da lei que pode ser editado pelo 
Presidente da República em caso de relevância e urgência. 
6) Decretos – São atos administrativos de competência apenas do Chefe do Executivo, 
destinados a prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas na lei.
7) Decretos Legislativos – São atos destinados a regular assuntos de competência 
exclusiva do Congresso Nacional.
8) Portaria – Documento emitido por autoridade administrativa contendo ordens, 
instruções sobre aplicação de leis etc.
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9) Resolução – Texto pelo qual uma organização define a solução proposta para uma 
questão que lhe é submetida.
10) Parecer – Opinião manifestada por conselho consultivo sobre questão que lhe 
seja afeta ou apresentada. No caso do Conselho Nacional de Educação, alguns Pareceres são 
normativos e orientam a edição de Deliberações.
11) Acórdão dos Tribunais – Decisão final proferida sobre um processo, pelo tribunal 
superior. 
A Lei nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, por exemplo, regulamenta o artigo 80 da 
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Um outro exemplo desse constante ajuste legal, é a 
Portaria nº 301, de 07 de abril de 1998, que normatizava os procedimentos de credenciamento de 
instituições para a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância, 
e foi revogada pela Portaria nº 4.361/2004. As leis nº 10.861, de 14 de abril de 2004 e 10.870, de 
19 de maio de 2004 e o Decreto nº 5.773, de 09 de maio de 2006 se dedicam especificamente ao 
ensino superior. No entanto, vamos nos ater, nesta Unidade de Estudo, àquelas que, até o presente 
momento, são reguladoras da EAD como um todo.
ARTIGO 80 DA LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
Desde o seu reconhecimento no artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação, isto 
é, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a EAD vem sendo alvo de várias regulamentações 
legais. São resoluções, portarias e decretos que indicam os caminhos permitidos e normativos 
para o reconhecimento de suas ações:
Art. 80 – O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de 
ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada.
§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida 
por instituições especificamente credenciadas pela União.
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de 
diploma relativo a cursos de educação a distância.
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância 
e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo 
haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:
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I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de 
sons e imagens;
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de 
canais comerciais.
Figura 6 - LDB. Fonte: Pedagogia ao pé da Letra (2013).
Primeiramente, depreende-se da leitura do caput1 do artigo que a legislação 
permitiu avanços, admitindo a EaD em todos os níveis. Percebe-se na leitura 
e interpretação do art. 80 da LDB/96 que há uma considerável participação do 
poder público no que diz respeito à regulamentação da modalidade de EaD no 
Brasil e os Sistemas de Ensino, a que se refere o §3º, são os órgãos de educação 
dos Estados e do Distrito Federal (LESSA, 2011, p. 23).
Para entendermos como funciona a organização do Estado brasileiro em termos de leis, 
é importante conhecermos alguns termos que são utilizados para definir os atos normativos no 
nosso país: para a formação de uma lei atuam em conjunto o Poder Legislativo, que representado 
pelos parlamentares, elabora e aprova o projeto de lei, e o Poder Executivo, que formado pelo 
Presidente da República, Governador ou Prefeito, dependendo da situação, sanciona o projeto 
aprovado, transformando-o em lei.
DECRETO 5.622 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005
O Decreto 5.622 de 19 de dezembro de 2005 é um marco fundamental na regulação da 
EaD no Brasil. O decreto é dividido em 6 capítulos, com 37 artigos e subdivisões em parágrafos 
e incisos. Nessa oportunidade, analisaremos os 8 artigos que compõem o 1º capítulo, para que 
você, aluno, tenha uma noção da legislação por trás da Educação a Distância. 
Segundo o 1º capítulo apresentado no Decreto 5.622/05, que trata sobre os cursos de 
graduação a distância:
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Figura 7 - Ensino a Distância. Fonte: SOCIESC (2016).
§1º A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação 
peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos 
presenciais para:
I – avaliações de estudantes;
II – estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente;
III – defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação 
pertinente; e
IV – atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso.
Este é um dos pontos mais debatidos pelos críticos da legislação de Educação a Distância:
Embora o Ministério da Educação e Cultura (MEC) reforce em suas avaliações 
e comunicados a importância, em todos os níveis, de diversos momentos 
presenciais, muitos são os que não concordam com tais exigências, sob o 
argumento de que a EaD possui meios altamente confiáveis, operacionalizados 
pela tecnologia disponível, para avaliação e controle e que tal obrigação engessa 
e inviabiliza projetos inovadores (LESSA, 2011, p.13).
A intenção do legislador é demonstrar a dúvida sobre o Brasil estar preparado para 
uma educação totalmente EaD, exigindo que para sua credibilidade, seja necessário garantir 
que o estudante seja inserido em um meio educacional presencial, com um processo de ensino-
aprendizagem comum. 
Art. 2º A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e 
modalidades educacionais:
I – educação básica, nos termosdo art. 30 deste Decreto:
II – educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei nº. 9.394, de 20 
de dezembro de 1996;
III – educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes;
IV – educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas:
a) técnicos, de nível médio; e
b) tecnológicos, de nível superior;
V – educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas:
a) sequenciais;
b) de graduação;
c) de especialização;
d) de mestrado; e
e) de doutorado.
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ENSINO A DISTÂNCIA
O artigo 2º permite a educação a distância em todos os níveis e modalidades educacionais, 
classificando-a em educação básica, de jovens e adultos, especial, profissional e superior, onde se 
adequam os cursos de graduação.
Art. 3º A criação, organização, oferta e desenvolvimento de cursos e programas 
a distância deverão observar ao estabelecido na legislação e em regulamentações 
em vigor, para os respectivos níveis e modalidades da educação nacional.
§1º Os cursos e programas a distância deverão ser projetados com a mesma 
duração definida para os respectivos cursos na modalidade presencial.
§2º Os cursos e programas a distância poderão aceitar transferência e aproveitar 
estudos realizados pelos estudantes em cursos e programas presenciais, da mesma 
forma que as certificações totais ou parciais obtidas nos cursos e programas a 
distância poderão ser aceitas em outros cursos e programas a distância e em 
cursos e programas presenciais, conforme a legislação em vigor.
Neste ponto, o legislador determina que os cursos em EaD devam ter o mesmo tempo de 
duração que o seu equivalente presencial. Com o objetivo de coibir abusos na oferta de cursos de 
Educação a Distância.
Art. 4º A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, 
conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no 
processo, mediante:
I – cumprimento das atividades programadas; e
II – realização de exames presenciais.
§1º Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria instituição de 
ensino credenciada, segundo procedimentos e critérios definidos no projeto 
pedagógico do curso ou programa. 
§2º Os resultados dos exames citados no inciso II deverão prevalecer sobre os 
demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliação a distância.
Segundo Lessa (2011),
Cabe a todos, inseridos de qualquer forma na EaD, seja como professores 
conteudistas, tutores, alunos, coordenadores ou gestores, mostrar, por meio da 
implementação de programas sérios, de qualidade e com os processos claramente 
controlados, que essa posição legal já pode ser modificada ou pelo menos 
questionada com experiências concretas de sucesso, uma vez que é garantido 
que, desde que expedidos por instituições credenciadas e registradas na forma 
da lei, não pode haver qualquer distinção entre diplomas de cursos superiores 
presenciais e a distância (LESSA, 2011, p.14).
Art. 5º Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, expedidos por 
instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão validade nacional. (...)
Da mesma forma que ocorre nos cursos presenciais, os diplomas e certificados expedidos 
por instituições credenciadas na modalidade EaD serão válidos em todo o território nacional. 
Sendo assim, é injustificada a discriminação que existe no mercado de trabalho quando a 
Educação a Distância, visto que legalmente ambas as formas de ensino são legais. 
Art. 6º Os convênios e os acordos de cooperação celebrados para fins de oferta 
de cursos ou programas a distância entre instituições de ensino brasileiras, 
devidamente credenciadas, e suas similares estrangeiras, deverão ser previamente 
submetidos à análise e homologação pelo órgão normativo do respectivo 
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ENSINO A DISTÂNCIA
sistema de ensino, para que os diplomas e certificados emitidos tenham validade 
nacional.
Art. 7º Compete ao Ministério da Educação, mediante articulação entre seus 
órgãos, organizar, em regime de colaboração, nos termos dos arts. 8º, 9º, 10 e 11 
da Lei nº. 9.394, de 1996, a cooperação e integração entre os sistemas de ensino, 
objetivando a padronização de normas e procedimentos para, em atendimento 
ao disposto no art. 80 daquela Lei:
I – credenciamento e renovação de credenciamento de instituições para oferta 
de educação a distância; e
II – autorização, renovação de autorização, reconhecimento e renovação de 
reconhecimento dos cursos ou programas a distância. (...)
Figura 8 - EAD. Fonte: EAD (2013).
Cabe ao Poder Executivo Federal os atos de credenciamento, autorização, reconhecimento 
e respectivas renovações dos cursos e instituições de Educação a Distância. 
Art. 8º Os sistemas de ensino, em regime de colaboração, organizarão e manterão 
sistemas de informação abertos ao público com os dados de:
I – credenciamento e renovação de credenciamento institucional;
II – autorização e renovação de autorização de cursos ou programas a distância;
III – reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos ou programas 
a distância; e
IV – resultados dos processos de supervisão e de avaliação.
Sabemos que a educação brasileira é bastante complexa: algumas instituições privadas e 
públicas, sendo ou não com fins lucrativos, decepcionam tanto em estética quanto em capacidade 
e qualidade, independente se os cursos são ofertados na modalidade à distância ou em sua forma 
presencial. 
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ENSINO A DISTÂNCIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização da tecnologia como mais uma ferramenta pedagógica, visa a formação de 
profissionais como agente em mudança e, dessa forma, alcança-se mudanças significativas no 
currículo escolar; uma vez que o grande desafio é lidar com a falta de informação. Nesse sentido, a 
criatividade e individualidade andam de mãos dadas, pois o uso das tecnologias de comunicação 
na formação de educadores é mais uma ferramenta.
É importante compreender que a Educação a Distância é uma modalidade de educação 
e que deve ser realizada com qualidade e organização legal e institucional. Um dos principais 
pontos de nossa análise procurou esclarecer que a legislação educacional vigente tenta garantir a 
não diferenciação entre educação presencial e a distância. Através do Decreto 5.622/05 procura-
se e garantir a responsabilidade, a confiança, à abrangência, a boa qualidade e a certificação dos 
cursos aplicados na modalidade Ead.
Com a intenção de regulamentar o Ensino a Distância, o Executivo Federal baixou 
vários decretos: primeiramente em 1998, e devido à dinâmica do processo na educação nos anos 
recentes, uns foram revogados e substituídos; e em 19 de dezembro de 2005, o Decreto nº. 5.622, 
com sua forma inovadora, permitiu que fosse desenvolvida uma política nacional em EaD e que 
se fixassem diretrizes norteadoras para os sistemas educacionais no Brasil. 
Hoje, percebemos uma grande procura de cursos de graduação e pós-graduação na 
modalidade a distância, principalmente, por uma clientela que não conseguiu concluir seus 
estudos e possuem faixa etária acima de 30 anos, vendo assim a possibilidade de concluírem seus 
estudos, capacitarem para entrar em novo trabalho ou até mesmo para manterem neste mercado, 
que como já sabemos, a cada dia requer pessoas bem formadas, capacitadas e informadas.
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 32A TUTORIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ............................................................................................................. 33
TIPOS DE CURSOS A DISTÂNCIA .......................................................................................................................... 34
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 44
A TUTORIA EM EDUCAÇÃO 
A DISTÂNCIA
PROF. ME. WELINGTON JUNIOR JORGE
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
É possível identificar diferentes modelos de EAD no ensino a distância, o que implica em 
diferentes usos de tecnologias e meios de comunicação no processo de ensino-aprendizagem dos 
indivíduos. 
No modelo didático da educação a distância, nas graduações e nas pós-graduações, são 
utilizados como tecnologias e meios de comunicação o computador e a internet, através de chats, 
fóruns, e-mails, biblioteca online, atendimento feito por tutores pelo telefone e presencialmente, na 
própria instituição ou em polo correspondente, materiais impressos e em CD-ROM, em conjunto 
com os encontros presenciais, pelos quais são realizadas as atividades práticas presenciais nas 
unidades de estudo.
O que se percebe é uma variedade de sujeitos, de concepções e de linguagens envolvidas 
em um processo educativo, o que possibilita a construção de diversos sentidos e significados 
sobre a prática pedagógica e sua efetiva ocorrência.
A linguagem se faz fundamental como instrumento mediador das relações homem-
mundo e ao mesmo tempo de comunicação, para a formação de consciências, que ocorre por 
meio do diálogo e da interação verbal entre os sujeitos, principalmente entre tutor e aluno.
A maioria dos professores dessa modalidade considera a educação a distância uma 
educação inovadora, apesar de terem se formado na educação presencial. Analisam eles, ser a 
EAD caracterizada como um processo pelo qual existem conflitos, opiniões diversas, modelos de 
educação distintos e possibilidades de experimentar. 
Nesta unidade, nosso objetivo é apresentar a importância e o desenvolvimento do trabalho 
do tutor em Educação a Distância, tanto para a instituição quanto para o aluno. Bons estudos!
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A TUTORIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A educação apresenta novas formas de organização e produção, sugerindo novos métodos 
de ensino-aprendizagem, como a inserção de novas tecnologias nas escolas. Os filmes podem ser 
utilizados como um estímulo à investigação sociológica, já que fazem com que o aluno permaneça 
atento, interessado e estimulado à nova experiência, que foge da mesmice das aulas cotidianas.
Embora não nos demos conta de que estamos imersos num mundo em que 
somos seduzidos e constituídos também por signos, num mundo em que a 
imagem nos provoca a assumir uma atitude interpretativa, somos estimulados 
pela cultura midiática a sensibilizar os nossos olhares. E quando o fazemos de 
modo intencional e crítico, podemos dialogar com as imagens, enxergando o seu 
conteúdo e sua forma enquanto signo social (FAHEINA; ELOY; RODRIGUES; 
CARLOS, SOARES, 2009, p. 02).
A escola não pode focar apenas nela mesma e esquecer tudo o que o mundo traz ao seu 
redor, ela precisa entender que a sociedade passa por mudanças, e que é necessário acompanhá-las. 
Em nossa sociedade, a mídia ocupa espaço bastante significativo na vida dos indivíduos. Assim, a 
escola não pode ficar alheia a esses acontecimentos, mas sim acompanhar essas mudanças e fazer 
parte delas. 
Os educadores precisam estabelecer uma relação positiva da mídia com o espaço 
educativo buscando, através dos meios de comunicação, novas dinâmicas que 
possibilitem formar cidadãos capazes de entender, discutir e agir nesse mundo 
imerso na mídia, pessoas que não sejam vulneráveis as informações da televisão, 
que consigam fazer uma leitura daquilo que assistem. Pessoas que saibam filtrar 
as informações nos telejornais e, mesmo analisar a produção cinematográfica 
(VIGLUS, 2008, p. 04). 
Para tratarmos especificamente da Tutoria em educação a distância, não podemos deixar 
de mencionar a obra de Mathias Gonzales, Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância. 
Trata-se de uma referência muito importante para as nossas discussões, uma vez que o autor 
conseguiu de uma maneira prática e didática, teorizar proporcionando entendimentos nos 
aspectos relacionados à relevância e a função da tutoria.
Assim, no início da obra, Gonzales (2005) afirma não oferecer uma fórmula, mas um 
ponto de partida baseado em reflexões para aqueles que desejam se aprofundar no tema. Para 
ele, cada instituição deve se adequar a um modelo de EAD, para tanto, de uma maneira básica e 
genérica apresenta:
Figura 1 - Educação a distância. Fonte: EAD SENAC (2017).
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ENSINO A DISTÂNCIA
1) Coordenador da Aprendizagem – o coordenador da aprendizagem é um professor 
com amplos conhecimentos nas disciplinas que compõe determinado curso. Ele pode ou não ser 
autor do curso. O coordenador de aprendizagem pode ser, ao mesmo tempo, autor do conteúdo 
e coordenador do processo de aprendizagem dos estudantes virtuais.
2) Professor Tutor – o professor tutor media todo o desenvolvimento do curso. É ele que 
responde a todas as dúvidas apresentadas pelos estudantes, no que diz respeito ao conteúdo da 
disciplina oferecida. A ele cabe também mediar a participação dos estudantes nos chats, estimulá-
los a participarem, cumprirem suas tarefas e avaliarem a participação de cada um.
3) Orientador do ambiente – o orientador do ambiente é o especialista em computação. 
Ele deve ter amplo conhecimento da plataforma virtual que os
cursos utilizarão, pois uma de suas funções é orientar os estudantes a utilizarem o ambiente 
virtual do curso. Problemas de acesso, impressão de documentos, recebimento e envio de e-mails 
(tudo que diz respeito à máquina) estão relacionados ao orientador de ambiente. Nos casos em 
que não se utilizam o computador, o professor tutor é o elo entre o professor coordenador e a 
instituição. 
TIPOS DE CURSOS A DISTÂNCIA
Ainda Segundo Gonzales (2005), os cursos EaD são classificados em:
1) Cursos abertos – esses cursos, dirigidos à comunidade em geral, a universitários, à 
terceira idade etc., oferecem conteúdos ligados a diversas áreas do conhecimento. Normalmente, 
os pré-requisitos para cursá-los são mínimos e dependem do conteúdo.
2) Cursos de atualização – dirigidos a profissionais em geral, a estudantes do ensino 
superior e aos já graduados, o conteúdo desses cursos procura atender ao desenvolvimento 
profissional, ao treinamento corporativo, a sindicatos e associações etc.
3) Cursos de Aperfeiçoamento – voltados para áreas específicas do conhecimento, 
permite que, posteriormente, o estudante valide créditos em cursos de especialização lato sensu 
ou habilite-se profissionalmente em áreas específicas, de acordo com dispositivos legais.
4) Cursos de Graduação – esses cursos cujo pré-requisitos é a conclusão do Ensino Médio, 
destinam-se a todos os que desejam obter formação em Educação Superior com habilitação.
5) Cursos de Especialização – dirigidos a profissionais de nível superior, com ênfase em 
áreas específicas do conhecimento, os cursos de especialização são organizados de forma que 
cumpram uma carga horária mínima de 360 horas.
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ENSINO ADISTÂNCIA
Figura 2 - Especialização EAD. Fonte: ADVOCEF (2017).
Podemos perceber que nos cursos de educação a distância, é necessário que a motivação 
esteja sempre presente, uma vez que o aluno da EAD, pode desistir do curso, principalmente, se 
sentir sozinho sem alguém para orientá-lo. E nesse sentido, a figura do tutor é essencial, dando 
sustentação tanto teórico-metodológica quanto psicológica. Para Gonzáles, existem algumas 
causas da evasão em EAD:
1) Conteúdos confusos, com linguagem inadequada ao nível do aluno (muito pobre ou 
extremamente sofisticada);
2) Interface com poucos recursos ou extremamente complexa;
3) Falta de acompanhamento sistemático dos professores-tutores;
4) Pouco tempo para cumprimento das tarefas propostas;
5) Excesso de atividades solicitadas;
6) Falta de condições financeiras para prosseguir o curso;
7) Mudança de foco pessoal ou profissional por parte do aluno.
O professor-tutor deve observar todos esses itens, para que não haja desistência nos 
cursos. Além do mais, é importante que o tutor conheça a política da instituição em que trabalha 
e, também, os conteúdos das disciplinas. Gonzales afirma:
A capacidade para atuar como mediador e conhecer a realidade de seus alunos 
em todas as dimensões (pessoal, social, familiar e escolar) é de fundamental 
importância para que, de algum modo, ofereça possibilidades permanentes de 
diálogo, sabendo ouvir, sendo empático e mantendo uma atitude de cooperação, 
e possa proporcionar experiências de melhoria de qualidade de vida, de 
participação, d tomada de consciência e de elaboração dos próprios projetos de 
vida (GONZALES, 2005, p. 81).
Podemos notar, com as afirmações acima, o quanto é essencial o trabalho do tutor, pois 
ele é alguém que está sempre na linha de frente do processo político, metodológico e pedagógico. 
De acordo com Waisros:
Na realidade, a educação a distância não prescinde de forma nenhuma do 
professor. O que ela propõe é a transformação da função docente. Na percepção 
de Lobo (2000, p.9), não se trata mais da presença do professor como indivíduo 
isolado, mas concebido como integrante do trabalho de uma equipe dentro 
da instituição, que desempenha múltiplas funções: produção e distribuição 
de cursos e materiais; acompanhamento do processo de aprendizagem, o que 
envolve tutoria, aconselhamento, monitoria de centros de apoio e recursos; e 
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atividades relacionadas à avaliação. Como lembra Belloni (1999, p. 81), a maioria 
dessas funções faz parte do trabalho cotidiano do professor do ensino presencial, 
que a realiza de forma artesanal e intuitiva, trabalhando com grupos pequenos 
(WAISROS, 2003, p.197). 
Figura 3 - Curso EAD. Fonte: Hipolabor (2017).
A AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Sabemos que um professor na modalidade a distância não pode avaliar o aluno apenas 
através de testes e trabalhos. Assim, a avaliação na EaD deve empregar diversos meios, estar 
à disposição do aluno, orientar o aluno e, certamente, não deve medir apenas quantidades ou 
refletir apenas em um momento pontual. 
Para se entender o processo de avaliação, especificamente a avaliação na modalidade de 
ensino a distância, torna-se necessário compreender como a educação utiliza-se da avaliação, e 
frente às especificidades e singularidades do ensino a distância, faz-se necessário repensar nos 
modelos de avaliação para se adequar a esse novo sistema. 
Em relação a problemática da avaliação, torna-se imprescindível a busca por 
novos conhecimentos, novas maneiras de entender o processo de ensino-
aprendizagem assim como o ensino-aprendizagem online, por ser pouco 
conhecido e explorado ainda. Os problemas da avaliação da aprendizagem têm 
uma íntima relação com a má formação dos professores e estão associados aos 
aspectos ideológicos presentes nas concepções de educação elitista (ROMÃO, 
1998, p. 24). 
Na avaliação em EaD o professor utiliza a observação diária, multidimensional com 
instrumentos variados, propostos de acordo com cada objetivo. E, para que o diagnóstico sirva à 
aprendizagem, é fundamental reconhecer cada educando e suas necessidades, assim o educador 
será capaz de refletir para que todos alcancem os objetivos.
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ENSINO A DISTÂNCIA
BOX 2
“Sucesso no EAD depende do perfil do aluno”, diz especialista.
Para professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), esse 
tipo de ensino democratiza o acesso à educação.
Entrevista com
Maria da Graça Moreira da Silva
Há 25 anos trabalhando com desenvolvimento de projetos educacionais em EAD, 
Maria da Graça Moreira da Silva, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
(PUC-SP), defende que esse tipo de ensino democratiza o acesso à educação. Segundo ela, 
para ter sucesso, basta escolher bem o curso e querer aprender.
Todo mundo é capaz de aprender adequadamente com o EAD?
Temos vários formatos de EAD, o que faz a modalidade abranger um amplo perfil 
de pessoas. Nos cursos auto instrucionais, o aluno segue de acordo com seu desejo e ritmo. 
Nesses, depende muito da adesão pessoal. Os semipresenciais beneficiam o aluno que gosta 
de ter mais contato com pessoas, sente necessidade de criar vínculos. Há certos cursos a 
distância que até simulam o encontro presencial: eles vão para polos, todos no mesmo dia e 
horário, e há uma tela em vez do professor na sua frente.
Existe algum tipo de curso que não possa ser feito a distância?
Cursos na área de Biologia que exigem diploma (como a graduação em Medicina 
ou Odontologia) não são oferecidos nessa modalidade. No entanto, hoje existe muito 
aprendizado virtual. Os simuladores, por exemplo, são usados até em escolas médicas para o 
aluno praticar. Tem programas que reproduzem o tecido humano no microscópio, mas que 
se vê na tela em vez de olhar no aparelho - a imagem é igual. Há também simuladores de 
experiências químicas que os alunos do ensino médio adoram, porque testam os limites sem 
riscos. 
Mas há conteúdo ou habilidade que só se aprende presencialmente?
A capacidade de leitura do outro ser humano, de entender o outro pelas suas 
expressões, só existe no contato presencial. Porém, mesmo a distância, você pode ter empatia. 
As tecnologias substituem a forma de estar presente, trazem a comodidade de evitar o 
deslocamento, de articular sua vida profissional e pessoal com o estudo.
Existe um perfil específico de quem costuma optar pelo EAD?
Muitas pessoas optam pelo EAD por não terem a possibilidade de frequentar um 
curso presencial. Pode ser alguém que tenha horários de trabalho incomuns, quem viaja 
com frequência, mães com filhos pequenos, pessoas com dificuldades de locomoção. O EAD 
também ajuda quem mora em regiões isoladas e não tem o curso que deseja por perto, ou 
mesmo quem mora em grandes cidades com muito trânsito. Eles não conseguem estudar de 
forma presencial. O ensino a distância democratiza o acesso.
O que todo aluno deveria saber antes de começar um curso desses?
Primeiro, precisa conhecer a instituição, principalmente se for um curso que exige 
certificação, como graduação ou pós. Depois, tem de saber o método, para entender se ele está 
adequado ao seu perfil. Então, o interessado deve determinar onde serão os locais de acesso, 
quais equipamentos são necessários e se ele tem tempo para estudar - alguns confundem 
flexibilidade com não ter tempo disponível. 
A nova geração tem mais facilidade em usar as tecnologias para o EAD?
O próprio celular possibilita a participação de muitas formas, por mensagens e 
conferências. Ter facilidade com tecnologia não é questão de idade, é mais de perfil. 
Entrevista disponível

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