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Vila Velha (ES) 
2018 
 
Ambientação em EaD 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
Escola Superior Aberta do Brasil 
Diretor Geral 
Nildo Ferreira 
Coordenador do Curso de Administração EAD 
Almir da Cruz Sousa 
Coordenador do Curso de Administração Pública EAD 
Almir da Cruz Sousa 
Coordenador do Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos EAD 
Almir da Cruz Sousa 
Coordenador do Curso de Pedagogia EAD 
Maria da Ressurreição da Silva Coqueiro - Marizinha 
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação EAD 
Jadson do Prado Rasalfalski 
Coordenador do Curso de Ciências Contábeis EAD 
Fabrício Conceição das Neves 
Secretário Acadêmico 
Aleçandro Moreth 
Produção do Material Didático-Pedagógico 
Escola Superior Aberta do Brasil 
 
Design Gráfico 
Rayron Rickson Cutis Tavares 
Felipe Silva Lopes Caliman 
Diagramação 
Rayron Rickson Cutis Tavares 
Felipe Silva Lopes Caliman 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © Todos os direitos desta obra são da Escola Superior Aberta do Brasil. 
www.esab.edu.br 
http://www.esab.edu.br/
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Apresentação 
 
Caro estudante, 
 
Seja bem vindo à ESAB. A Escola Superior Aberta do Brasil, funda-se no princípio 
básico de atuar com educação a distância, utilizando como meio, tão somente, 
a internet. Em 2004,foi especialmente credenciada para ofertar cursos de pós- 
graduação a distância, via e-learning, utilizando-se de software próprio denominado 
Campus Online. 
 
Em 2009 foi credenciada com Instituição de Ensino Superior – IES, através da 
portaria MEC nº 1242/2009, de 30 de dezembro de 2009, ocasião em que também foi 
autorizada a ofertar o curso de pedagogia – licenciatura, na modalidade presencial, 
conforme portaria MEC nº 14/2010, de 9 de janeiro de 2010. 
 
Em outubro de 2012 recebeu o Prêmio Top Educação 2012, da Editora Segmento, 
sendo reconhecida como a Melhor Instituição de Ensino EAD para Docentes. 
 
Em 2013 é aprovada para a oferta dos cursos de: Administração (Bacharelado); 
Pedagogia (Licenciatura) e Sistemas de Informação (Bacharelado), todos na 
modalidade EAD, com avaliação máxima das comissões avaliadoras. 
 
Seja bem-vindo à disciplina de Organização do Trabalho Acadêmico! Convidamos você 
a seguir conosco uma conversa que é dividida em 24 unidades. 
 
Considerando o número de unidades, não nos ateremos, aqui, a apresentar cada uma 
delas. Todavia, é interessante destacar que os conteúdos da ementa serão abordados 
nas unidades. Tudo certo até aqui? Que bom! Fique tranquilo, estamos seguros de 
que você se sairá bem nesta disciplina, afinal, embora o conteúdo seja longo, ele 
é acessível, além de fundamental para todo o processo de formação acadêmica, e, 
porque não, da atuação profissional. 
 
Então, vamos prosseguir nosso estudo! A disciplina Organização do Trabalho 
Acadêmico parece ter um caráter eminentemente prático, mas, na verdade, 
ela envolve o exercício teórico-prático constante para que você satisfaça seus 
questionamentos e resolva suas dúvidas. 
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Dito isso, queremos deixar claro que esta disciplina não constitui um simples 
conjunto de conteúdos a serem “decorados” por você para verificação em dia de prova. 
Constitui, sim, em um instrumental indispensável para que você seja capaz de atingir 
seus objetivos na caminhada acadêmica. 
 
Para saber mais sobre organização do trabalho acadêmico, você encontrará indicações 
de textos, vídeos e sites para visita e pesquisa, com intuito de ampliar seu repertório 
teórico e cultural. 
 
Ao longo das unidades, as quais são baseadas nas obras de Lakatos (2010), Medeiros 
(2012) e Munhoz (2011), você também encontrará questões a respeito do conteúdo 
na seção Para sua reflexão, assim como o Estudo complementar fará parte de sua 
caminhada na disciplina. Neste espaço, indicaremos uma leitura complementar mais 
densa, por exemplo: um manual, um texto, um artigo científico. 
 
Bom estudo! 
 
Equipe Acadêmica da ESAB 
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Objetivo 
O nosso objetivo é possibilitar ao aluno o conhecimento da metodologia de estudos 
no Ensino Superior, dos estudos em Educação a Distância (EaD), das características 
comuns do ensino presencial e em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), dos 
tipos de trabalhos acadêmicos, das orientações para leitura e escrita, da pesquisa 
bibliográfica e da normatização de trabalhos como conteúdos constituintes da 
organização de trabalhos acadêmicos. 
Competências e habilidades 
• Entender a dinâmica da vida acadêmica. 
• Compreender os princípios das tecnologias de informação e comunicação e suas 
relações com o estudo na modalidade de Educação a Distância (EaD). 
• Adquirir, avaliar e transmitir informações. 
• Desenvolver habilidades necessárias para a organização nos estudos. 
Ementa 
Metodologia de estudos no Ensino Superior. O estudo na EaD. Características 
comuns no ensino presencial e em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Tipos 
de trabalhos acadêmicos. Orientações à leitura e à escrita. Pesquisa bibliográfica e 
normatização de trabalhos. 
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Sumário 
1. A história do Ensino Superior no Brasil ........................................................................ 7 
2. As políticas públicas no Ensino Superior no Brasil ...................................................... 13 
3. O papel do aluno no Ensino Superior ......................................................................... 17 
4. O Estudo na EaD: a história da EaD no mundo e no Brasil ........................................... 22 
5. Legislação de EaD ..................................................................................................... 26 
6. Principais características e conceitos da EaD ..................................................................... 30 
7. As tecnologias de informação e comunicação e a mediação pedagógica em EaD ....... 36 
8. Características comuns no ensino presencial e em Ambiente 
Virtual de Aprendizagem (AVA): relação entre o ensinar e o aprender ........................ 40 
9. Características do ensino presencial .................................................................................. 46 
10. Características do ensino em Ambiente Virtual de Aprendizagem ............................... 49 
11. O aluno da EaD ............................................................................................... 53 
12. As similaridades entre o ensino presencial e em Ambiente 
Virtual de Aprendizagem ........................................................................................... 57 
13. Docente e tutor ...................................................................................................... 61 
14. Potencialidades da internet para organização de trabalho ........................................... 67 
15. Como pesquisar na internet.................................................................................... 73 
16. Normalização para apresentação de trabalho de ensino superior ................................... 78 
17. Como produzir um trabalho acadêmico no Ensino Superior: introdução ......................... 83 
18. Como produzir um trabalho acadêmico no Ensino Superior: desenvolvimento .............. 87 
19. Como produzir um trabalho acadêmico no ensino superior: conclusão ........................... 93 
20. Orientações à leitura e à escrita: ler e escrever é preciso ...........................................101 
21. Orientações sobre o exercício da leitura na formação acadêmica .................................. 106 
22. Linguagem nos textos do Ensino Superior ................................................................111 
23. Linguagem científica ...............................................................................................115 
24. Autoria e Ética na produção de trabalhos do Ensino Superior....................................120Glossário ........................................................................................................................125 
Referências ....................................................................................................................129 
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1 
A história do Ensino Superior no 
Brasil 
 
 
 
Objetivo 
Conhecer a história do Ensino Superior no Brasil. 
 
 
Antes de iniciarmos o estudo da disciplina, é importante você conhecer 
o motivo de ela ser ofertada no curso. Você já parou para pensar sobre 
isso? É porque, com certeza, na trajetória do curso você desenvolverá 
inúmeros trabalhos acadêmicos que exigem rigor metodológico, 
pois agora você é aluno de um curso de graduação. Outro fator a ser 
destacado é que você precisará organizar seus estudos e apresentar 
trabalhos. 
 
Bom, esta disciplina contribuirá com conhecimento e organização de 
sua rotina acadêmica, que, aliás, é fundamental para um estudante, 
especialmente para os que, assim como você, cursam graduação na 
modalidade de EaD. 
Para iniciar, convidamos você a ler a letra da música “Como uma onda”, 
de Lulu Santos. Você pode também ligar o som para escutá-la, será bem 
mais interessante, pois, do nosso ponto de vista, a melodia é linda. 
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http://www.youtube.com/watch?v=OfMDX8zHI7c
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Como uma onda (Lulu Santos) 
 
Nada do que foi será 
De novo do jeito que já foi um dia 
Tudo passa 
Tudo sempre passará 
A vida vem em ondas 
Como um mar 
Num indo e vindo infinito 
Tudo que se vê não é 
Igual ao que a gente 
Viu há um segundo 
Tudo muda o tempo todo 
No mundo 
Não adianta fugir 
Nem mentir 
Pra si mesmo agora 
Há tanta vida lá fora 
Aqui dentro sempre 
Como uma onda no mar 
Nada do que foi será 
De novo do jeito 
Que já foi um dia 
Tudo passa 
Tudo sempre passará 
A vida vem em ondas 
Como um mar 
Num indo e vindo infinito 
Tudo que se vê não é 
Igual ao que a gente 
Viu há um segundo 
Tudo muda o tempo todo 
No mundo 
Não adianta fugir 
Nem mentir pra si mesmo agora 
Há tanta vida lá fora 
Aqui dentro sempre 
Como uma onda no mar 
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Talvez você tenha concluído que não será mais o mesmo. Pois bem, assim 
como você não será mais o mesmo, pois seus horizontes se ampliarão, 
também a história do Ensino Superior no Brasil não foi sempre a mesma. 
Então, vamos conhecê-la? 
 
Nas aulas de história, você ouviu falar nos padres jesuítas que vieram 
inicialmente para catequizar os índios, mas que tiveram uma grande 
participação na história da educação do Brasil. Segundo estudos de 
Cunha (2000), foram eles que fundaram, aproximadamente em 1550, na 
Bahia, onde estava a sede do governo geral, o primeiro estabelecimento 
de Ensino Superior no Brasil. Criaram também 17 colégios, nos quais 
eram oferecidos o ensino das primeiras letras e o ensino secundário, 
destinados a alunos internos e externos, sem a finalidade exclusiva de 
formação de sacerdotes. Em alguns desses colégios, também era oferecido 
o Ensino Superior de Artes e Teologia. 
 
No século XVIII, o Colégio da Bahia desenvolveu os estudos de Matemática a ponto 
de criar uma faculdade específica para seu ensino. Cursos superiores foram também 
oferecidos no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Pernambuco, no Maranhão e no 
Paraná. (CUNHA, 2000, p. 152) 
 
Veja bem, mesmo com a criação desses colégios que ofereciam graduação 
no Brasil, era na Europa que a elite ia estudar ou complementava os 
Para sua reflexão 
A letra da música fala de mudança. Agora, 
considere sua inserção em um curso de graduação, 
situação que você está vivenciando. Você será o 
mesmo nesse processo ou o curso trará mudanças 
para sua vida? E quais mudanças você imagina 
que possam acontecer? Este é o primeiro exercício 
para sua reflexão. 
As respostas a essas reflexões formam parte de sua 
aprendizagem e são individuais, não precisando 
ser comunicadas ou enviadas aos tutores. 
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estudos realizados aqui. Assim, as tentativas de criação de universidades 
no Brasil na época em que era Colônia, em seguida, quando Império, e 
no início da República não tiveram êxito. Mas foram promulgados vários 
dispositivos legais na Primeira República referentes ao Ensino Superior. 
 
A primeira universidade do país foi criada em Manaus, em 1909, 
durante o período áureo da exploração de borracha, por grupos privados. 
Lá se oferecia os cursos de Direito, de Medicina, de Farmácia, de 
Odontologia e de formação de Oficiais da Guarda Nacional. Em 1926, 
com a decadência da exploração da borracha, essa instituição foi extinta, 
restando apenas a Faculdade de Direito. Em 1962, essa faculdade foi 
incorporada quando da criação da Universidade Federal do Amazonas 
(CUNHA, 2000). 
 
Por volta dos anos de 1960 aconteceu a criação de inúmeras 
universidades federais públicas e gratuitas pelo Brasil afora, fruto de 
um movimento da federalização de instituições de Ensino Superior já 
existentes. Até então, o fomento do Ensino Superior no Brasil estava 
nas mãos da iniciativa privada e de algumas mantidas pelos Estados da 
Federação. 
 
Nas décadas de 1950 e 1960, foram criadas universidades federais em 
todo Brasil, sendo ao menos uma em cada Estado, além de estaduais, 
municipais e particulares. Mas foi a partir dos anos de 1970 que ocorreu 
a explosão do Ensino Superior, fazendo com que o número de matrículas 
subisse de 300 mil para um milhão e meio até 1980. Isso aconteceu em 
decorrência da concentração urbana e da exigência de melhor formação 
para a mão de obra industrial e de serviços, que forçaram o aumento do 
número de vagas. O governo, impossibilitado de atender a essa demanda, 
permitiu que o Conselho Federal de Educação aprovasse milhares de 
cursos novos. Além disso, mudanças também aconteceram no exame de 
seleção: as provas, dissertativas e orais, passaram a ser de múltipla escolha. 
 
Se você faz o curso de Pedagogia, estuda as Leis de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (Lei n° 4024/61, Lei n° 5692/71 e a última, Lei 
n° 9394/96). Você já deve ter ouvido falar em avaliação institucional, 
Exame Nacional de Desempenho de Estudante (Enade), eleição para 
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reitor, formação e regime de contratação dos professores. Todas essas 
ações são decorrentes do processo das reformas universitárias. 
 
Os dados apresentados na tabela a seguir demonstram o panorama 
atual das universidades brasileiras no que diz respeito ao número 
de universidades públicas e privadas, de cursos oferecidos nessas 
universidades, de alunos matriculados nela, bem como destaca esses 
mesmos dados na pós-graduação. 
 
Tabela 1 – Estatísticas básicas de graduação (presencial e a distância por categoria administrativa - Brasil - 2010). 
 
 
Estatísticas Básicas 
Categoria Administrativa 
Total Geral 
Pública 
Privada 
Total Federal Estadual Municipal 
Graduação 
Instituições 2.377 278 99 108 71 2.099 
Cursos 29.507 9.245 5.326 3.286 633 20.262 
Matrículas de Graduação 6.379.299 1.643.298 938.656 601.112 103.530 4.736.001 
Ingressos (todas as 
formas) 
2.182.229 475.884 302.359 141.413 32.112 1.706.345 
Concluintes 973.839 190.597 99.945 72.530 18.122 783.242 
Funções Docentes em 
Exercício¹ 
345.335 130.789 78.608 45.069 7.112 214.546 
Pós - Graduação 
Matrículas de Pós- 
Graduação 
173.408 144.911 95.113 48.950 848 28.497 
Graduação e Pós - Graduação 
Matrículas Total² 6.552.707 1.788.209 1.033.769 650.062 104.378 4.764.498 
Razão Matrículas Total²/ 
Funções docentes em 
Exercícios 
 
18,97 
 
13,67 
 
13,15 
 
14,42 
 
14,68 
 
22,21 
Nota 1: corresponde ao número de vínculos de docentesa instituições que oferecem cursos de graduação. 
A atuação docente não se restringe, necessariamente, aos cursos de graduação. 
Nota 2: Inclui matrículas de graduação e pós-graduação. 
Fonte: BRASIL (2011). 
 
Ainda que tenhamos apresentado brevemente a história do Ensino 
Superior no Brasil, faz-se necessário destacar que ela foi e continua 
sendo marcada por determinações sociais de grupos distintos, como os 
empresários, os movimentos sociais, e, principalmente, por professores e 
alunos. 
http://www.esab.edu.br/
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Você deve estar se perguntando: e a Educação a Distância (EaD), quando 
começou? Não se preocupe, trataremos na unidade 4 os detalhes dessa 
modalidade de ensino. 
 
 
Saiba mais 
Para conhecer a história do Ensino Superior no 
Brasil no contexto dos anos de 1990 e os desafios 
dessa década para a formulação de uma política 
voltada a esse complexo sistema, em que já se 
trabalhava com determinadas formas de Educação 
a Distância, mas começava a incorporar os 
computadores e a internet, acesse o artigo “Ensino 
superior brasileiro nos anos 90”, de Carlos Benedito 
Martins, clicando aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392000000100006&lng=en&nrm=iso
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2 
As políticas públicas no Ensino 
Superior no Brasil 
 
 
Objetivo 
Apresentar as principais políticas públicas do Ensino Superior no 
Brasil. 
 
 
 
Continuando nossos estudos, convido você a observar a obra “Os 
operários”, de Tarsila do Amaral. 
 
 
Figura 1 – Obra “Os operários”, de Tarsila do Amaral. 
Fonte: <www.polifoniaperiferica.com.br>. 
 
Você deve estar pensando qual o sentido de trazer essa imagem para fazer 
relação com o conteúdo desta unidade – políticas públicas para o Ensino 
Superior. Bom, se você analisar o conceito de políticas públicas, verá que 
tem tudo a ver. 
 
É importante dizer que esse é um termo polissêmico, pois não existe 
apenas uma, nem uma melhor definição do que seja política pública. 
Entretanto, das definições pesquisadas, a que nos parece mais condizente 
com nosso debate é a apresentada por quem as políticas públicas podem 
ser denominadas como programas de ação governamental que visam 
http://www.esab.edu.br/
http://www.polifoniaperiferica.com.br/
http://www.polifoniaperiferica.com.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 14 
 
 
 
coordenar os meios à disposição do estado e as atividades privadas para a 
realização de objetivos importantes e politicamente determinados. 
 
A obra de arte vista anteriormente nos mostra operários, mulheres e 
homens, brancos, negros e pardos. Assim, se a relacionarmos a esse 
conceito, podemos entender que as políticas públicas só fazem sentido 
quando atendem às necessidades da população em geral, promovendo 
a cidadania. Para que isso ocorra, é necessário que os governos 
disponibilizem meios, ou recursos, para sua efetivação. 
 
A expansão do mercado de trabalho, a necessidade de mão de obra 
qualificada e a democratização da Educação Básica são pontos que 
fazem com que a universidade seja repensada em termos de acesso, 
especialmente do acesso da população menos favorecida, que ficou às 
margens desse nível de ensino. 
 
O Ensino Superior é parte do sistema educacional brasileiro e possui o 
mesmo grau de importância dos demais níveis da Educação Básica, por 
isso é necessário criar políticas que lhe deem sustentação. Para responder 
a essas questões, o governo colocou em pauta os seguintes eixos: 
 
 
 
 
 Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 
 
 
 Universidade aberta do Brasil (UAB) 
Figura 2 – Políticas públicas para sustentação do Ensino Superior no Brasil. 
Fonte: Elaborada pela autora (2012). 
 
Nesta unidade, você vai conhecer cada uma dessas políticas e entender 
qual é o seu objetivo, começando pelo ProUni. Vamos lá? Acompanhe! 
Programa Universidade para Todos (ProUni) (Política de cotas) 
Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) 
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 
http://www.esab.edu.br/
Ellen Terra
Nuvem
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A política de cotas expressa no ProUni tem como finalidade 
 
[...] a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e 
sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. 
Criado pelo Governo Federal em 2004 e institucionalizado pela Lei n° 11.096, em 13 
de janeiro de 2005, oferece, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas 
instituições de ensino que aderem ao Programa. (PROUNI, 2010) 
 
O ProUni vem se constituindo como uma política que alcança números 
expressivos em relação à quantidade de estudantes matriculados no 
ensino privado com bolsas (integral ou parcial). Segundo dados do 
Ministério da Educação (MEC), o número de bolsas ofertado pelo 
ProUni para o segundo semestre de 2011 foi de 92.107. Esse dado 
representa um contingente significativo de estudantes de todo país que 
tiveram acesso ao nível superior em universidades privadas. 
 
Também faz parte desse programa o sistema de cotas para estudantes de 
escolas públicas, pessoas com deficiência, povos indígenas e negros. 
 
O Sinaes foi instituído em abril de 2004, quando foi sancionada a Lei n° 
10.861 (BRASIL, 2004), cujo objetivo é: 
 
[...] assegurar o processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, 
dos cursos de graduação e de desempenho acadêmico de seus estudantes, nos 
termos do art. 9°, VI, VIII e IX, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 
9.394/1996. 
 
O processo de avaliação considera aspectos como o ensino, a pesquisa, 
a extensão, a responsabilidade social, a gestão da instituição e o corpo 
docente. Também reúne informações do Enade, bem como das avaliações 
institucionais e dos cursos. Todas essas informações obtidas são utilizadas 
para orientação das instituições de Ensino Superior e para embasar as 
políticas públicas, além de serem úteis para toda a sociedade, pois sinaliza 
as condições dos cursos e das instituições. 
http://www.esab.edu.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
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Para a coordenação e supervisão dos processos avaliativos do Sinaes, o 
MEC institui a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior 
(Conaes), enquanto a operacionalização é de responsabilidade do 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 
(Inep). 
 
O Sisu é um sistema informatizado, que é gerenciado pelo MEC e no 
qual as instituições públicas de Ensino Superior oferecem vagas para 
estudantes que participaram do Exame Nacional de Ensino Médio 
(Enem). 
 
O Fies é um programa do Ministério da Educação que se destina a 
financiar os cursos de graduação a estudantes de instituições aprovadas. 
Portanto, só podem recorrer a esse programa os estudantes matriculados 
em universidades que tenham avaliação positiva no Sinaes. 
 
A UAB configura-se, desde 2005, como outra política que busca 
expandir o acesso ao Ensino Superior. Assim, a UAB 
 
[...] é um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível 
superior para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação 
universitária, por meio do uso da metodologia da Educação a Distância. O público em 
geral é atendido, mas os professores que atuam na educação básica têm prioridade de 
formação, seguidos dos dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica dos 
estados, municípios e do Distrito Federal. (UAB, 2010) 
 
É importante saber que todas essas políticas não são dadas gratuitamente 
pelos governos. Elas são frutos de movimentos de diferentes categorias, 
que se unem em prol de seus interesses e suas necessidades. 
 
 
Saiba mais 
Para conhecer melhor cada uma dessas políticas e 
entender como elasafetam o Ensino Superior no 
nosso país, acesse o site do MEC clicando aqui. Lá, 
você terá informações sobre cada programa. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.mec.gov.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
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3 
O papel do aluno no Ensino 
Superior 
 
 
 
Objetivo 
Discutir o papel do aluno no Ensino Superior. 
 
 
 
Você já parou para pensar no seu papel como aluno de um curso 
superior? Será que ele difere muito de suas funções como aluno de 
Ensino Médio? 
 
Com certeza, estando no Ensino Superior você necessitará manter-se 
atuante no processo de apropriação dos conhecimentos necessários para 
sua formação humana e profissional. Para que isso aconteça, você deverá, 
em muitos momentos, fazer escolhas. 
 
Mas faça, agora, mais uma pausa para arte, que acalanta a alma. Leia o 
poema de Cecília Meireles (2012), a seguir. 
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Assim como fala o poema, no Ensino Superior nós necessitamos, de uma 
vez por todas, fazer escolhas entre realizar uma formação consistente ou 
levar, como no dito popular, “com a barriga”. Afinal, você agora é um 
estudante universitário! 
 
Mas, afinal, o que é estudo? 
 
Para Medeiros (2012, p. 5), “[...] estudar é realizar experiências 
submetidas à análise crítica e à reflexão com objetivo de apreender 
informações que sejam úteis à resolução de problemas.” 
Ou isto ou aquilo 
Ou se tem chuva e não se tem sol, 
Ou se tem sol e não se tem chuva! 
Ou se calça a luva e não se põe o anel, 
Ou se põe o anel e não se calça a luva! 
Quem sobe nos ares não fica no chão, 
Quem fica no chão não sobe nos ares. 
É uma grande pena que não se possa 
Estar ao mesmo tempo nos dois lugares! 
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, 
Ou compro o doce e gasto o dinheiro. 
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... 
E vivo escolhendo o dia inteiro! 
Não sei se brinco, não sei se estudo, 
Se saio correndo ou fico tranquilo. 
Mas não consegui entender ainda 
Qual é melhor: se é isto ou aquilo. 
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Ainda segundo Medeiros (2012, p. 5), “[...] além da análise do exame 
sistemático, o estudo inclui: a organização de trabalhos, busca de 
informações, anotações, leitura, elaboração de resumos, memorização.” 
 
Para isso, você precisa ter o “espírito universitário”, ou seja, inserir-se na 
vida universitária! O que significa isso? 
 
A princípio, significa que você deve ter autonomia no estudo e não se 
limitar somente ao que os professores propõem, pois nenhum curso dará 
a qualquer pessoa a abrangência de uma formação, é necessário ampliar 
os conhecimentos. 
 
Em segundo lugar, você precisa se organizar! Organizar seu espaço, seu 
material e seu tempo para que você tenha sucesso em seus estudos sem 
gasto desnecessário de energia. 
 
Em relação ao espaço para realizar seus estudos, procure, se possível, um 
lugar aconchegante, bem iluminado e bem ventilado. Com certeza isso 
contribuirá para seu aprendizado! 
 
Quanto ao material de estudos, ele pode ter diversas fontes: você pode 
estudar em livros, revistas, filmes e o material pode ser impresso ou 
virtual, afinal, hoje contamos com um vasto acervo virtual. Mas é muito 
importante que seu material também seja bem organizado e esteja 
facilmente acessível. 
 
Entretanto, o mais importante é organizar o seu tempo, estabelecendo 
horas de estudo semanais. Faça um cronograma, dividindo seus estudos 
em períodos de no máximo duas horas por disciplina e deixando um 
tempo para descanso. Além disso, Medeiros (2012, p. 7) alerta que: 
 
[...] estabelecer um cronograma de estudos, reservando determinadas horas do dia 
para o estudo e revisar a matéria, é passo relevante para a prática do estudo eficaz. 
E, ao realizar um cronograma de estudos, evidentemente não se reservam os piores 
horários do dia para tal. [...] É possível encontrar tempo, se formos organizados, se 
estabelecermos horário para iniciar e concluir determinadas tarefas. 
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Portanto, em época de maior demanda de trabalhos e provas, você 
precisa fazer escolhas: sair ou não no final de semana? Se você estuda e 
também trabalha, possivelmente não terá saída: terá de sacrificar algumas 
horas do descanso e do lazer. 
 
Ainda segundo Medeiros (2012, p. 6), 
 
[...] o estudo é fruto da experiência direta ou indireta. É direta a experiência da qual 
o indivíduo participa. Indireta, se o exame é feito pela observação de filmes, mapas, 
leitura de relatórios, fotografias, participação em conferências, congressos, colóquios, 
conversas. 
 
Dessa forma, é fundamental que você amplie seu repertório cultural, 
assistindo a bons filmes e ouvindo boas músicas, por exemplo. Mas é 
interessante que você faça isso, principalmente, participando de eventos 
relacionados a seu curso, pois eles darão um diferencial em sua formação. 
 
Bom, sabendo de tudo isso, podemos sintetizar que o papel do aluno 
do Ensino Superior é estudar, ter autonomia no processo de estudos e 
organizar-se, certo? 
 
No entanto, queremos destacar que, além disso, o papel do aluno 
também está vinculado ao papel da instituição de Ensino Superior e dos 
seus professores! 
 
Cabe à instituição de Ensino Superior formar cidadãos críticos e 
participativos para que estes sejam capazes de pensar com autonomia. 
Assim, o compromisso das universidades é com o desenvolvimento de 
uma sociedade mais justa e democrática. 
 
Entretanto, nem sempre as universidades atendem a essas características. 
Por isso, você, aluno, deve ser questionador, reflexivo, crítico em seus 
estudos, lendo nas entrelinhas tudo o que é apresentado, seja pela 
instituição de Ensino Superior, seja pela mídia. 
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É papel do aluno, também, comprometer-se com uma sociedade mais 
justa, mais igualitária. Portanto, lembre-se de que seus estudos devem ser 
desenvolvidos com compromisso, verdade e afinco. 
 
 
Fórum 
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de 
Aprendizagem da instituição e participe do nosso 
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com 
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar, 
por meio da interação, a construção do seu 
conhecimento. Vamos lá? 
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4 
O Estudo na EaD: a história da EaD 
no mundo e no Brasil 
 
 
 
Objetivo 
Conhecer a história da EaD no mundo e no Brasil. 
 
 
 
Muito bem, vamos para mais uma unidade de nosso caderno, seguindo o 
estudo da disciplina. Desta vez, vamos tratar da história da EaD no Brasil 
e no mundo. Acompanhe! 
 
A EaD, tão criticada por uns como o jeito mais fácil e aligeirado de se 
formar e a forma mais barata de fazer educação, por outro lado, também 
é elogiada por outros como um espaço de democratização do ensino, um 
espaço de inovação. 
 
Com críticas e elogios, essa modalidade vem sendo cada vez mais 
utilizada nas universidades. Sua expansão está associada a dois motivos: 
primeiro pelas crescentes necessidades educacionais que não seriam 
satisfeitas pelos sistemas tradicionais; e segundo, pelo desenvolvimento 
das tecnologias de informação e comunicação. Mas de onde vem essa 
modalidade de educação? Qual é a sua história? 
 
Pois bem! Vamos conhecer um pouco da história dessa modalidade de 
ensino no mundo e no Brasil a partir de agora. 
 
A EaD não é muito nova, tem uma longa história de experimentação, de 
fracassos e sucessos. 
 
Apesar de muitos defenderem que se trata de uma nova ideia, a Educação a Distância 
já possui uma longa trajetória. Retomando vários séculos na história da humanidade, 
pode-se dizer que a Educação a Distância tem a idade da escrita. (MAIA; MATTAR, 
2007,p. 21) 
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Nas sociedades de tradição oral, a comunicação era necessariamente 
feita por meio da fala, todavia, com a invenção da escrita não é mais 
necessário que as pessoas estejam presentes no mesmo ambiente para que 
haja comunicação. 
 
Maia e Mattar (2007) apresentam três gerações da EaD: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – As três gerações da EaD. 
Fonte: Adaptada de Maia e Mattar (2007). 
 
A história da EaD no Brasil, comparando com a experiência mundial, 
apresenta muitas diferenças. No primeiro momento, ela seguiu o 
movimento internacional, todavia, a experiência de universidade aberta 
foi atrasada até os dias de hoje, quando ocorreu a recente criação da 
Universidade Aberta do Brasil (UAB). 
Cursos de correspondência que datam de 1720. Cursos de taquigrafia. 
Entretando, a EaD efetivamente surge por volta do século XIX com o 
desenvolvimento dos meios de transporte (trens) e correspondência 
(correios). 
Decorrente das novas mídias: televisão, rádio, fitas de áudio e vídeo e 
telefone. Momento em que foram criadas as universidades abertas de 
ensino a distância, influenciadas pelo modelo de Open University na 
Inglaterra, fundada em 1969, que utilizava o rádio, a tevê, os vídeos, 
as fitas cassete e os centros de estudos. Esse modelo faz crescer o 
interesse pela EaD por diversos países do mundo. 
Trata-se da EaD on-line, essa que você conhece, que começou a se 
expandir em 1995 com o desenvolvimento explosivo da internet. 
3ª Geração 
2ª Geração 
1ª Geração 
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Maia e Mattar (2007) apresentam algumas referências da EaD em nosso 
país. Veja a seguir cada uma delas. 
 
• Escolas internacionais e cursos por correspondência (1904): 
instituições privadas que ofereciam, em jornais, cursos pagos por 
correspondência. 
• Rádio-escola (1923): um grupo liderado por Henrique Morize 
(engenheiro industrial e civil, geógrafo e professor de física francês 
que foi naturalizado brasileiro e criou a Academia Brasileira de 
Ciências) e Edgard Roquette–Pinto (antropólogo e entusiasta da 
utilização do rádio como forma de educar, pois esse poderia alcançar 
até mesmo as pessoas mais pobres e geograficamente distantes), 
pioneiros da radiodifusão no Brasil, criou a rádio Sociedade do Rio 
de Janeiro, que foi ao ar em 20 de abril de 1923 e ofereceu cursos 
de português, francês, silvicultura, literatura francesa, esperanto, 
radiotelegrafia e telefonia. Em 1936, essa rádio foi doada ao 
Ministério da Educação e no ano seguinte foi criado o Serviço de 
Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. 
• Rádio Monitor (1939): os primeiros institutos brasileiros a 
oferecerem sistematicamente cursos profissionalizantes a distância 
por correspondência. 
• Instituto Universal Brasileiro (IUB) (1941): outro pioneiro de 
EaD no Brasil, fundado por um ex-sócio do Instituto Monitor, que 
oferece cursos profissionalizantes em diferentes áreas e também curso 
supletivo. 
• Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço 
Social do Comércio (Sesc) e emissoras associadas: fundaram 
a Universidade do Ar em 1947. Esta durou dois anos e tinha o 
objetivo de oferecer cursos comerciais radiofônicos. Os alunos 
estudavam por meio das apostilas e corrigiam os exercícios com o 
auxílio dos monitores. 
• Movimento de Educação de Base MEB (1961): a Diocese de 
Natal, no Rio Grande do Norte, criou algumas escolas radiofônicas, 
dando origem ao Movimento de Educação de Base, que promoveu o 
letramento de jovens e adultos. 
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• Projeto Minerva (1970): convênio entre o Ministério da Educação, 
a Fundação Padre Landell e a Fundação Padre Anchieta, cuja meta 
era utilizar o rádio para a educação de adultos. Foi mantido até 
1980. 
• Senac: a experiência do Senac com EaD continua até hoje. Em 
1976, foi criado o Sistema Nacional de Telecomunicações, centrado 
no ensino por correspondência, com algumas experiências com rádio 
e tevê. A partir de 1988, esse sistema foi informatizado, e, em 1995, 
foi criado o Centro Nacional de Educação a Distância (CEaD). 
• Telecurso (1977): oferecia cursos supletivos a distância. Hoje é 
denominado Telecurso 2000 e utiliza livros, vídeos e transmissão por 
tevê. 
• Salto para o Futuro (1991): promovido pela TV Escola, canal 
educativo da Secretaria da Educação a Distância, do Ministério 
da Educação, tornou-se um marco na EaD nacional. Trata-se de 
um programa de formação continuada de professores que utiliza 
diferentes mídias: material impresso, tevê, fax, telefone e internet, 
além de promover encontros presenciais nas telessalas, que contam 
com as mediações de um orientador da aprendizagem. 
 
Além de todos esses programas, no início dos anos 1990 houve um 
grande avanço da EaD no Ensino Superior brasileiro em decorrência dos 
projetos de informatização, que continua até os dias de hoje. 
 
 
Estudo complementar 
Para aprofundar seu conhecimento sobre 
a evolução da EaD brasileira em relação ao 
paradigma da educação presencial, acesse o 
trabalho “EaD – sua origem histórica, evolução 
e atualidade brasileira face ao paradigma da 
educação presencial” realizado por Karla da 
Silva Costa e Geniana Guimarães Faria, que está 
disponível clicando aqui. 
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http://www.abed.org.br/congresso2008/tc/552008104927AM.pdf
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5 Legislação de EaD 
 
 
 
Objetivo 
Conhecer a legislação de EaD. 
 
 
 
Na unidade anterior, você viu a história da Educação a Distância. 
No Brasil, ela surgiu oficialmente pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) e foi 
regulamentada pelo Decreto nº 5.622, de dezembro de 2005, e pela 
Portaria Ministerial nº 4.361/2004. Nessa lei, foi reservado um artigo 
para a EaD. Vejamos o que ele nos apresenta: 
 
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas 
de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação 
continuada. (Regulamento) 
 
§ 1° A Educação a Distância, organizada com abertura e regime especiais, será 
oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. 
 
§ 2° A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de 
diploma relativos a cursos de Educação a Distância. 
 
§ 3° As normas para produção, controle e avaliação de programas de Educação 
a Distância e a autorização para sua implementação caberão aos respectivos 
sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes 
sistemas. (Regulamento) 
 
§ 4° A Educação a Distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: 
 
I – custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de 
sons e imagens e em outros meios de comunicação que sejam explorados mediante 
autorização, concessão ou permissão do poder público; (Redação dada pela Lei nº 
12.603, de 2012) 
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II – concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; 
 
III – reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários 
de canais comerciais. (BRASIL, 1996) 
 
Optamos por transcrever o texto na íntegra, pois desse modo você já 
sabe o que diz exatamente esse artigo. Além disso, assim você pode 
entender que uma lei instituída, até que outra seja aprovada, vai sofrendo 
alterações regulamentadas por decretos e portarias. Foi o que aconteceu 
com a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, referência 
legal para todos os níveis e modalidades de ensino! 
 
Você já deve ter se deparado ou ouvido falar de muitas mudanças que 
acontecem na Educação, sendo a maisrecente o Ensino Fundamental de 
nove anos. Essas mudanças são decorrentes dessa lei. Assim, é importante 
você saber que sempre que tiver alguma dúvida ou problemas na área da 
educação, antes de tomar qualquer atitude, deve consultar a LDBEN. 
 
Voltando à EaD, temos sobre a sua expansão: 
 
[...] final dos anos 1990 não nos trouxe apenas a Internet e a possibilidade 
do trabalho em redes de colaboração, mas também reflexões sobre práticas e 
metodologia pedagógicas que permitissem o uso de ferramentas interativas para 
melhorar a qualidade de ensino-aprendizagem, o que coincidiu, não por acaso, com a 
necessidade de se reformar o Ensino Superior [...]. (MAIA; MATTAR, 2007, p. 29) 
 
O advento das multimídias e da internet e a consequente possibilidade 
da interatividade trouxeram novo entusiasmo aos pensadores e 
pesquisadores da Educação a Distância. Isso foi tão evidente que o 
próprio Ministério da Educação publicou, em dezembro de 2004, a 
Portaria n° 4.059, que regulamenta, no Ensino Superior, a oferta de 
disciplinas a distância para atender até 20 por cento da carga horária de 
cursos presenciais reconhecidos pelo Ministério da Educação. 
 
E, veja, o movimento continua! O Ministério da Educação criou, em 
2002, a Comissão Assessora de especialistas em Educação a Distância, 
que produziu um relatório esclarecendo às instituições de Ensino 
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Superior e ao próprio Ministério de Educação as principais diretrizes para 
o desenvolvimento da EaD no Brasil. 
 
Mas a EaD não se limita aos cursos de graduação; a legislação também 
ampara a pós-graduação. A Resolução CNE/CES n° 1, de 3 de abril de 
2001 resolve: 
 
Art. 1º Os cursos de pós-graduação stricto sensu, compreendendo programas de 
mestrado e doutorado, são sujeitos às exigências de autorização, reconhecimento e 
renovação de reconhecimento previstas na legislação. 
 
Art. 3º Os cursos de pós-graduação stricto sensu a distância serão oferecidos 
exclusivamente por instituições credenciadas para tal fim pela União, conforme 
o disposto no § 1º do artigo 80 da Lei 9.394, de 1996, obedecendo às mesmas 
exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento 
estabelecidas por esta Resolução. 
 
§ 1º Os cursos de pós-graduação stricto sensu oferecidos a distância devem, 
necessariamente, incluir provas e atividades presenciais. 
 
§ 2º Os exames de qualificação e as defesas de dissertação ou tese dos cursos de 
pós-graduação stricto sensu oferecidos a distância devem ser presenciais, diante de 
banca examinadora que inclua pelo menos um professor não pertencente ao quadro 
docente da instituição responsável pelo programa. 
 
§ 3º Os cursos de pós-graduação stricto sensu oferecidos a distância obedecerão às 
mesmas exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento 
estabelecidas por esta Resolução. (BRASIL, 2001) 
 
Com relação aos cursos de especialização, a Resolução n° 1 de 8 de junho 
de 2007 resolve: 
 
Art. 6º Os cursos de pós-graduação lato sensu a distância somente poderão ser 
oferecidos por instituições credenciadas pela União, conforme o disposto no § 1° do 
art. 80 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 
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Parágrafo único. Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos a distância 
deverão incluir, necessariamente, provas presenciais e defesa presencial individual de 
monografia ou trabalho de conclusão de curso. (BRASIL, 2007). 
 
É importante ressaltar que o mercado, hoje, impõe-nos a continuidade 
dos estudos, portanto, ao realizar o curso de graduação, você já deve ir 
planejando-se para fazer, por exemplo, um curso de pós-graduação. 
 
Quando falamos em planejar-se, é no sentido de pensar em algum tema 
em que você queira aprofundar-se em seus estudos, e a pós-graduação é 
uma possibilidade. 
 
 
Estudo complementar 
Conheça também a Portaria Normativa nº 40, de 
dezembro de 2007, que foi reeditada em 2010 
e institui sistema eletrônico do Ministério da 
Educação, clicando aqui. 
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6 
Principais características e 
conceitos da EaD 
 
 
 
Objetivo 
Analisar as principais características e conceitos da EaD. 
 
 
 
Nas unidades anteriores, você estudou a história da EaD no mundo e no 
Brasil e a Legislação da EaD no Brasil. Esse foi o início! 
 
Nesta unidade, vamos aprofundar a nossa reflexão sobre as questões da 
EaD, seus conceitos e suas características. A escolha desses conteúdos na 
disciplina se dá porque você precisa, além de vivenciar, saber os aspectos 
envolvidos nessa modalidade de educação. 
 
Antes de conceituarmos a Educação a Distância, é interessante 
refletirmos sobre o que é educação. Para Maia e Mattar (2007, p. 4), o 
conceito de educação: 
 
[...] pode ser desmembrado nas ideias de ensino e aprendizagem. A educação se 
realizaria quando um projeto de ensino gerasse aprendizagem: sem aprendizagem, o 
projeto teria fracassado; sem projeto, haveria aprendizado espontâneo [...] 
 
Veja bem, a educação pode ser considerada como parte do processo 
ensino e aprendizagem, no qual um depende do outro, pois não existe 
aprendizagem sem ensino nem ensino sem aprendizagem. Todavia, tanto 
um como outro precisa ser bem planejado, projetado, caso contrário, o 
aprendizado seria espontâneo, mas não haveria educação, pois esta requer 
uma intencionalidade. 
 
A Educação a Distância, como uma forma de fazer educação de maneira 
mais atual, ou contemporânea, também faz parte desse processo. 
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A música a seguir, de Gilberto Gil, ilustra um pouco de como vamos 
nos inserindo nesse novo modo de relação social. Você pode escutá-la 
clicando aqui. 
 
 
 
Tanto o conceito de educação como a música de Gil levam-nos a refletir 
sobre a educação como um processo amplo, que na atualidade tem uma 
característica peculiar, pois pode ser mediada pelas novas tecnologias de 
Pela internet 
 
Criar meu web site 
Fazer minha homepage 
Com quantos gigabytes 
Se faz uma jangada 
Um barco que veleja 
Que veleje nesse informar 
Que aproveite a vazante da infomar é 
Que leve um oriki do meu orixá 
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé 
Um barco que veleje nesse infomar 
Que aproveite a vazante da infomaré 
Que leve meu e-mail até Calcutá 
Depois de um hot-link 
Num site de Helsinque 
Para abastecer 
Eu quero entrar na rede 
Promover um debate 
Juntar via internet 
Um grupo de tietes de Connecticut 
De Connecticut de acessar 
O chefe da Mac Milícia de Milão 
Um hacker mafioso acaba de soltar 
Um vírus para atacar os programas no Japão 
Eu quero entrar na rede para contatar 
Os lares do Nepal, os bares do Gabão 
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular 
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar 
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informação e comunicação. Você, neste curso, aprenderá sobre os valores 
da vida acadêmica em EaD e também da futura profissão. 
 
Vamos ver agora um conceito de EaD? Maia e Mattar (2007, p. 6) 
nos dizem que “[...] a EaD é uma modalidade de educação em que 
professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que 
utiliza diversas tecnologias de comunicação”. 
 
Nesse sentido, a EaD apresenta algumas características. Vejamos as 
principais, destacadas por Maia e Mattar (2007). 
 
Separação do espaço 
 
A EaD ocorre com a separação geográfica entre o aluno e o professor, 
isto é, prescinde a presença física. Todavia, essa relação é mediada pelas 
tecnologias e, em alguns casos, é diversificada com encontros presenciais. 
No casodeste curso, por exemplo, você terá encontros presenciais sob 
orientação de um professor tutor. 
 
Separação de tempo 
 
Uma característica marcante da EaD é a separação temporal, ou seja, 
os alunos e os professores não precisam estar realizando atividades ao 
mesmo tempo. Porém, existem alguns cursos de EaD que propõem 
atividades em que professores e alunos devem estar conectados na mesma 
hora, interagindo, por exemplo, via chat, videoconferência ou web 
conferência. 
 
Planejamento 
 
A EaD é um modalidade de ensino e aprendizagem que necessita ser bem 
planejada por uma instituição. Esse planejamento prevê a organização 
do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, além de acompanhar o 
processo de aprendizagem dos alunos, deve-se incluir o acompanhamento 
e a supervisão dos professores e tutores. No caso do Ensino Superior, a 
instituição deve estar credenciada pelo Ministério da Educação. 
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Tecnologias de comunicação 
 
Para superar obstáculos entre os alunos e os professores que possam ser 
impostos tanto pela distância como pelo tempo, a EaD utiliza-se de 
diversas ferramentas de comunicação. Assim, a relação entre os alunos e 
os professores passa a ser mediada pela tecnologia. 
 
Autonomia e interação 
 
As novas tecnologias geram mais interação entre os professores e os 
alunos, e ao mesmo tempo possibilitam o estudo independente, ou seja, 
permite a autonomia do aluno no processo de aprendizagem. 
 
Você deve ter observado que em diversos momentos falamos de processo 
de ensino e aprendizagem. Fazemos isso porque entendemos que tanto 
o ensino (função pontual do professor) como a aprendizagem (função 
pontual do aluno) acontecem paralelamente. 
 
Público 
 
A princípio, o público da EaD é ilimitado. Do nosso ponto de vista, 
a EaD é uma educação inclusiva, pois possibilita que as pessoas que 
não teriam acesso à educação – seja porque moram em lugares isolados 
ou por não terem tempo regular para frequentar um curso presencial, 
impedindo de frequentarem instituições convencionais – encontram 
nessa modalidade a realização de satisfazer uma necessidade ou sonho de 
se emanciparem intelectualmente. 
 
Você viverá, nestes três anos de graduação, a modalidade de EaD. 
Nesse contexto, os homens e as mulheres que nasceram depois da 
década de 1990 contam com uma facilidade, pois nasceram com 
as novas tecnologias. Para os que nasceram antes, terão o desafio de 
familiarizarem-se com elas, perdendo o medo de utilizá-las. Isso é 
interessante, pois vencer desafios é sempre gratificante! 
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Saiba mais 
Nesta unidade, discutimos brevemente sobre 
os conceitos e as características da EaD. Para 
entender um pouco mais sobre essa modalidade 
de ensino, assista ao vídeo “O que é EaD”, clicando 
aqui. 
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http://youtu.be/pH1tsr069MM
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Resumo 
 
 
 
Sabemos que você deve ter se empenhado, de fato, para estudar estas seis 
unidades, afinal elas tratam de questões pertinentes a sua formação. 
 
Na unidade 1, você conheceu a história da educação superior no Brasil, 
como essa proposta educacional foi se constituindo em cada época da 
realidade brasileira. Iniciamos a viagem do Brasil-Colônia aos dias atuais. 
 
Na unidade 2, apresentamos as principais políticas públicas do Ensino 
Superior no Brasil, que são apresentadas nos seguintes eixos: ProUni, 
Sinaes, Sisu, Fies, UAB. 
 
Na unidade 3, discutimos o papel do aluno no Ensino Superior, 
destacando a importância do protagonismo, do comprometimento e do 
planejamento do acadêmico no processo de aprendizagem. 
 
Na unidade 4, você conheceu a EaD, sua história no mundo e no Brasil. 
Aprendeu que, apesar de parecer nova, ela já acontece há muitos séculos. 
No Brasil, essa modalidade aconteceu mais tarde, todavia, atualmente 
vem acompanhando sua evolução mundial. 
 
Na unidade 5, você conheceu as leis que regem a EaD. No Brasil, 
podemos considerar como marco a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional 9394/1996. 
 
Finalmente, na unidade 6, analisamos os principais conceitos e as 
características da EaD, quais sejam: separação no tempo e no espaço, 
como ela é planejada, as tecnologias de comunicação como ferramentas, 
a autonomia do aluno, as interações estabelecidas e o público a que 
atende. 
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7 
As tecnologias de informação 
e comunicação e a mediação 
pedagógica em EaD 
 
 
Objetivo 
Identificar as tecnologias de informação e comunicação e sua relação 
com a EaD. 
 
 
 
Vamos dar sequência a nossa interlocução sobre a EaD? Nesta unidade, 
trataremos de ferramentas indispensáveis para a EaD acontecer: as 
tecnologias de informação e comunicação! 
 
Quando você começou a aprofundar seus estudos sobre a EaD na 
unidade 4, que tratou da história da EaD no mundo e no Brasil, em 
certa medida já refletiu sobre as tecnologias utilizadas em cada momento 
histórico. 
 
Você, no processo do curso, deverá saber comunicar-se e buscar 
informações e selecionar as ferramentas para melhor realizar essas tarefas. 
Pensando nisso, voltamos à história de como os homens informaram-se e 
comunicaram-se ao longo dos tempos. 
 
Em relação ao uso da tecnologia da informação na educação, 
inicialmente havia os cursos por correspondência, que utilizavam o 
material impresso, entregue pelo correio. Com o surgimento do cinema, 
foram produzidos filmes instrucionais com objetivo educacional. Já 
o rádio, a primeira tecnologia eletrônica de massa, foi utilizado para 
transmitir muitas aulas em diversos países. 
 
Em seguida, no meio educativo, a tevê tomou o lugar do rádio, sendo 
ainda muito utilizada para a formação inicial (isto é, relacionada ao 
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos) 
bem como profissionalizante, como é o caso do Telecurso 2000, que 
é transmitido por muitos canais de tevê aberta. Esse projeto é muito 
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conhecido e prepara estudantes para prestarem os exames supletivos 
oferecidos pelas Secretarias Estaduais de Educação. 
 
Apesar da grande abrangência da tevê, a grande revolução da EaD foi 
consolidada mundo afora com o advento do computador e da internet. 
São as ferramentas tecnológicas, cada uma a sua época, que diferenciam a 
EaD atual da que já foi realizada em cada época desde o seu surgimento, 
como vimos na unidade 4. Hoje, o computador e a internet contribuem 
para aumentar as possibilidades de comunicação entre os estudantes, os 
professores e os tutores com o uso do correio eletrônico, dos fóruns, das 
listas de discussões e dos ambientes virtuais de aprendizagem. 
 
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) favorecem os 
processos de ensino e a aprendizagem porque transformam a prática 
pedagógica (professor como mediador e orientador), possibilitam a 
aprendizagem significativa e contextualizada e favorecem a pesquisa e a 
maior interação entre os estudantes. 
 
Portanto, as novas tecnologias, o uso de teleconferências, as 
videoconferências, o correio eletrônico, as ferramentas de buscas na 
internet, as listas de discussão, os fóruns de discussão e diversas outras 
ferramentas potencializam a EaD na atualidade, pois ela pode utilizar 
toda e qualquer mídia que sirva de agente mediador, que possibilite o 
processo de ensino e aprendizagem e a comunicação entre os estudantes, 
o corpo docente e os gestores das instituições de ensino. 
 
Na relação estabelecida entre as tecnologias de informação e 
comunicação e a educação, em especial a EaD pela internet, configura-se 
a oportunidade para promover a construçãocoletiva do conhecimento, 
já que a internet possui uma elevada capacidade de conectar, integrar, 
localizar, armazenar e gerenciar informações. 
 
No computador, você pode escrever textos, fazer cálculos, construir 
planilhas e banco de dados; desenhar, manipular imagens, fazer e tocar 
músicas; jogar, gravar sons e vídeos, assistir a filmes, enfim, pode fazer 
muitas coisas para enriquecer o seu processo de aprendizagem e auxiliar 
na construção do conhecimento. 
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Você, que acompanha a evolução dessa ferramenta, sabe que rapidamente 
passamos do microcomputador para o laptop, depois para o netbook. E 
mais recentemente temos o tablet, como este que você tem em mãos para 
acessar o conteúdo do seu curso. Este dispositivo que você utiliza para 
realizar seu curso é inovador em termos de tecnologias aliadas à educação! 
 
Por meio da internet, podemos conectar inúmeros computadores 
espalhados pelo mundo, gerando uma poderosa rede de recursos e 
serviços. Atualmente, esse é um meio de informação e comunicação que 
permite o transporte, em forma digital, de documentos escritos, sons e 
imagens, além de possibilitar a comunicação entre pessoas e instituições 
do mundo inteiro. 
 
É dessa forma que você vai realizar a sua formação! Na EaD, sua 
aprendizagem será mediada por essas tecnologias. No Ambiente Virtual 
de Aprendizagem você estudará os conteúdos, realizará as atividades, 
poderá interagir com os tutores e professores e com os colegas de curso. 
 
Por isso, é necessário que você se organize, dedique um tempo específico 
para seus estudos e acesse o ambiente virtual sistematicamente; faça as 
atividades, leia, pesquise. 
 
 
 
A internet disponibiliza uma grande variedade de conteúdos para fazer 
trabalhos, realizar as pesquisas, aprofundar os conhecimentos. De 
trabalhos acadêmicos a livros, está tudo disponível, basta saber e querer 
buscar. Por isso, ao longo deste material, você verá como realizar suas 
pesquisas e qual a relação das tecnologias de informação com o processo 
de elaboração de pesquisas, trabalhos e do seu conhecimento. 
Dica 
Você pode acessar livros, arquivos de áudio e de 
imagem que estão em domínio público por meio da 
biblioteca digital do governo brasileiro. Clique aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.dominiopublico.gov.br/
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Um ponto importante para isso é a mediação pedagógica, que na EaD 
é realizada por meio das tecnologias de informação e comunicação. 
Você sabe o que isso significa? Por mediação entendemos que há uma 
intervenção, o que no contexto pedagógico refere-se a intermediar o 
processo de ensino e aprendizagem. Tradicionalmente, a relação entre 
o aluno e o conhecimento acontecia exclusivamente pelo professor. Na 
EaD, isso muda um pouco, pois a distância separa esses dois sujeitos. 
Mas isso não quer dizer que o professor é completamente dispensável, 
pois continua sendo necessário planejar as aulas e os conteúdos. 
 
Por isso, os materiais, como este que você está utilizando, são frutos de 
muitas pesquisas e de planejamento para que você possa ampliar seus 
conhecimentos e horizontes com uma base bem fundamentada. 
 
Além disso, o material e as aulas são organizados de maneira que a 
mediação pedagógica seja feita por intermédio das tecnologias de 
informação e comunicação. Ou seja, ainda que separados fisicamente, 
conseguimos desenvolver o processo de ensino e aprendizagem de forma 
planejada e responsável e viabilizá-lo por meio do uso das TICs. 
 
Assim, o papel do tutor torna-se essencial, pois é ele que atende o 
estudante de modo direto e frequente, garantindo que o processo de 
ensino e aprendizagem se realize com sucesso. Para isso, ele atua como 
um intermediário entre professor, conteúdo e aluno no momento de tirar 
dúvidas e ajudar o aluno a estudar ou até mesmo a organizar-se. 
 
 
Saiba mais 
Para compreender melhor os conceitos de 
comunicação e informação, assista ao vídeo 
“Processo de comunicação”, disponível clicando 
aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.youtube.com/watch?v=8Beo1AUBlZg
http://www.youtube.com/watch?v=8Beo1AUBlZg
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8 
Características comuns no ensino 
presencial e em Ambiente Virtual 
de Aprendizagem (AVA): relação 
entre o ensinar e o aprender 
 
 
 
Objetivo 
Compreender a relação entre o ensinar e o aprender. 
 
 
 
Dando sequência a nossos estudos, vamos refletir sobre o processo de 
ensino e aprendizagem. Quando falamos em ensino e em aprendizagem, 
logo pensamos em aluno, professor, escola, educação, não é mesmo? 
 
O ensinar e o aprender têm relação com a educação. Os índios ensinam 
suas gerações pelas vivências e pela palavra. A sociedade moderna, 
industrial, criou a escola como um espaço para educação formal e, nesse 
modelo, o ensinar e o aprender estão geralmente ligados ao professor e ao 
aluno. 
 
Você já deve ter visto na mídia, ou em bate-papos em diferentes espaços, 
a crítica feita a alguns modelos de educação mais rígidos ou mais soltos. 
Mas, veja bem, o que determina o modo de ensinar e aprender é a 
concepção de educação, ou seja, que tipo de homem a sociedade quer 
formar. 
 
Por exemplo, no Brasil, na época da ditadura, tivemos uma educação 
mais rígida porque se precisava de homens que aceitassem aquele modo 
de governar. Com a abertura política, a educação passou a ser mais crítica 
e o professor e o aluno passaram a ter mais liberdade e até mesmo mais 
contato. 
 
Temos algumas teorias de educação que defendem que o papel de ensinar 
é do professor e do aluno, aprender. Outras defendem que o professor só 
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orienta aquilo que o aluno quer aprender, e essas são as que dizem que 
professor e aluno aprendem juntos. Nesse caso, “educar (e ser educado) 
é um ato de ‘co-laborar’: trabalhar em conjunto” (MAIA; MATTAR, 
2007, p. 4) 
 
A ideia de que o aluno e o professor são ativos no processo de ensinar e 
aprender nos parece muito interessante e sensata, porém é importante 
entendermos que cada um tem funções distintas. O professor, como 
alguém mais experiente e com formação para a ação docente, organiza 
e conduz o ensino para que o aluno aprenda de modo ativo, ou seja, o 
processo de ensino é realizado por meio da mediação do professor, que 
dá aos alunos as condições para que eles assimilem, de forma ativa e 
independente, os conhecimentos. 
 
O processo de ensino e aprendizagem, nesse sentido, deve ser de 
participação, isto é, os sujeitos envolvidos – alunos e professores – são 
responsáveis diretos por promover a assimilação do conhecimento. E 
esse modo de fazer educação, atualmente, faz parte da proposta tanto 
da educação presencial como da Educação a Distância, sendo a segunda 
ainda mais fortemente marcada pela autonomia, pois é definida como 
uma 
 
[...] forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos 
sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, 
utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de 
comunicação. (BRASIL, 1998) 
 
Esse novo modo de fazer educação em Ambiente Virtual de 
Aprendizagem, seja presencial ou a distância, possibilita a ruptura da 
grande crise da sociedade atual: a crise de participação, da autonomia. A 
presença das novas tecnologias de informação e de comunicação muda 
significativamente nossas relações sociais, uma vez que amplia nossos 
conhecimentos e as informações, além de estar disponível na hora real. 
 
Contamos com documentos oficiais, legislação e muitos pesquisadores 
que se debruçam sobre o ensino em AVA, dentre eles destacamos: Belloni 
(2001); Maia; Mattar (2007); Palloff; Pratt (2004), todavia Munhoz 
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(2011, p. 31 a 32 ) nos apresenta pontualmente 10 características 
comuns entre o ensino presencial e em AVA. Para ele a vivência em AVA: 
 
• engloba todas as atividades que você iria desenvolver em um campus 
presencial; 
• apresenta para seu uso uma infraestrutura altamente coordenada; 
• proporciona uma estratégia de suprimento de informações 
(metadados) que você necessita para desenvolver as propostas; 
• dá privilégio a uma estratégia de incentivo a sua comunicação, 
dialogo e interatividade com os demais participantes, como 
diferencial; 
• oferece uma interoperabilidade entre tecnologias e sistemas 
pedagógicos que convivem no interior de equipes multidisciplinares, 
montadas para o desenvolvimento de programas de cursos para lhe 
dar maior qualidade possível, no mínimo similar aquela que você 
poderia obter no ensino presencial; 
• inclui a presença de informações administrativas em profusão, que 
orientam você na comunicação com todos os demais participantes 
da estrutura, com destaque para o acesso às suas atividades 
acadêmicas; 
• incentiva você a utilizar uma vasta gama de recursos tecnológicos 
distribuídos, síncronos ou assíncronos, com precisão, inclusive, de 
encontros presenciais (e-mail, fórum, chat, vídeo, áudio, rádio). 
• propõe que você tenha suporte e seja direcionado de forma 
diferenciada de condutismo, que, como novo enfoque, você 
será orientado a desenvolver a solução de problemas, trabalho 
colaborativo e aprendizagem independente; 
• proporciona a você acesso livre a todo o conteúdo colocado à 
disposição nos repositórios de dados internos e externos (bibliotecas 
digitais). Na atualidade, é dado preferência ao conceito de que esses 
recursos educacionais adotem os pressupostos da teoria dos objetos 
de aprendizagem; 
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• permite que orientadores e acadêmicos monitorem suas atividades 
de aprendizagem de maneira frequente com retorno de suas 
comunicações nunca deixando-o sozinho. 
Essas são condições necessárias que direcionam a qualidade da educação 
em AVA, todavia não são suficientes para que a aprendizagem ocorra. 
 
Por isso, já não é viável olhar a sociedade e a educação com nostalgia, 
com saudades do que passou, pois os tempos são outros e não podemos 
retroceder. Além disso, voltar para um tempo em que havia palmatória, 
castigo e o conteúdo na educação exclusivamente presencial era decorado 
em vez de assimilado pode não ser muito bom, não é mesmo? Mas 
muitas pessoas sentem saudades do que passou! E para ilustrar essa 
nostalgia, que ainda aflige muitas pessoas, convidamos você a ler a letra 
de música a seguir. 
 
 
 
Bela essa letra de música, você não acha? Realmente, é muito comum 
termos muitas saudades de experiências e vivências de nossas vidas. 
Meus tempos de criança 
Eu daria tudo que eu tivesse 
Pra voltar aos dias de criança 
Eu não sei pra quê que a gente cresce 
Se não sai da gente essa lembrança 
Aos domingos, missa na matriz 
Da cidadezinha onde eu nasci 
Ai, meu Deus, eu era tão feliz 
No meu pequenino Miraí 
Que saudade da professorinha 
Que me ensinou o beabá 
Onde andará Mariazinha 
Meu primeiro amor, onde andará? 
Eu igual a toda meninada 
Quanta travessura que eu fazia 
Jogo de botões sobre a calçada 
Eu era feliz e não sabia 
(Ataulfo Alves, 2012) 
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http://letras.mus.br/ataulfo-alves/
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Saudades da infância, da escola, dos professores. E podemos ter saudades! 
Mas é ingênuo achar que podemos voltar ao que era, concorda? 
 
Todavia, não queremos dizer, com isso, que tudo vale nos dias de hoje. 
Precisamos ter valores éticos em nossas ações e precisamos participar 
da educação e da sociedade com responsabilidade, a fim de termos 
instrumentos para desenvolvermos o pensamento crítico em relação ao 
que vivemos, vemos e ouvimos. Desse modo, podemos lutar por nossos 
direitos e cumprir eticamente nossos deveres, praticando a cidadania. 
 
Acreditamos que a aprendizagem se dá a partir da ação do aluno 
quando ele se apropria das significações dos conteúdos explicitados 
pelo professor, que pauta sua prática na reflexão, na descoberta, no 
questionamento. Por isso, é importante você estudar e procurar aprender 
mais e fazer seus cursos em uma instituição que tem seriedade no trato 
com você e com o professor e compreenda essa nossa relação com o 
conhecimento. 
 
Como aluno, você deve ser orientado e ter seu estudo mediado por 
professores com boa experiência e formação condizente com o nível 
de ensino em que está. Para ser professor do Ensino Superior, por 
exemplo, a exigência hoje é que se tenha no mínimo especialização, mas, 
preferencialmente, que se tenha mestrado e doutorado. 
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Em síntese, podemos dizer que o processo de ensinar e aprender, na atual 
conjuntura, não deve banalizar o conhecimento, pois ele é instrumento 
de ação, de participação. Todavia, os sujeitos desse processo precisam 
ter autonomia, precisam ser ativos na assimilação e na construção do 
conhecimento, isto é, tanto o aluno como o professor precisam se 
comprometer, caso contrário, a aprendizagem dificilmente será efetiva. 
Portanto, o professor precisa organizar o processo e o aluno participar 
ativamente das demandas acadêmicas! 
Para sua reflexão 
Estamos estudando sobre a educação, o ensino e 
a aprendizagem no atual modelo participativo de 
ensino e aprendizagem. Como você viu, é função 
do professor auxiliar o aluno a ser ativo e proativo 
em seus estudos e na apreensão do conhecimento. 
A proatividade na busca por conhecimento e 
assimilação do conteúdo, portanto, também faz 
parte do papel do aluno e é um ponto crucial tanto 
para nossos estudos na modalidade de Educação a 
Distância como para a vida profissional. Sabendo 
disso, como você acredita que desenvolver essa 
proatividade ajudará você como profissional? 
Como ser ativo, autônomo e crítico na educação 
desenvolverá você ainda mais como profissional e 
cidadão? 
As respostas a essas reflexões formam parte de sua 
aprendizagem e são individuais, não precisando 
ser comunicadas ou enviadas aos tutores. 
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9 
Características do ensino 
presencial 
 
 
 
Objetivo 
Analisar as características do ensino presencial. 
 
 
 
Podemos iniciar esta unidade dizendo que já conhecemos muito do 
ensino presencial, pois todos nós o vivenciamos em algum momento 
de nossas vidas. Ou seja, em alguma fase de nossas vidas, já sentamos 
nos bancos escolares com um grupo de colegas e com um professor 
ministrando a aula. 
 
Agora, é hora de analisarmos as características desse tipo de ensino que 
já conhecemos na prática! No ensino presencial, as interações dos alunos 
com seus colegas e com os professores acontecem face a face. Além disso, 
o espaço e o tempo são determinados, pois tanto os alunos como os 
professores precisam ir à escola diariamente por determinado período, 
sendo que os horários, a quantidade de dias letivos, o número de alunos 
por sala são definidos por lei. 
 
Tradicionalmente, nesse processo de ensino e aprendizagem, o que 
prevalece são os conhecimentos científicos, que são apresentados pela 
escola aos alunos de maneira gradativa. Outra característica é que na 
educação presencial as dúvidas são respondidas imediatamente e, além 
disso, a interação e a mediação entre os alunos e o professor acontecem 
de forma mais direta. Os trabalhos em grupo também são facilmente 
promovidos no ensino presencial. 
 
Também podemos destacar que possibilitam relações sociais de gênero, 
de etnia, de religião, de classe social e de poder. A heterogeneidade entre 
os alunos se faz presente em sala de aula, pois conta com pessoascom 
diferentes modos de ser, de agir, de aprender e de pensar. 
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Desse modo, podemos perceber que a escola tem também um forte 
aspecto social e cultural. Especialmente a partir do vigor do Estatuto 
da Criança e do Adolescente, a escola visa transformar-se num espaço 
democrático da sociedade. Em 1990, esse estatuto determinou que todas 
as crianças e os adolescentes de sete a quatorze anos, obrigatoriamente, 
devem estar na escola. Recentemente, com a Lei n° 11.114, de 16 de 
maio de 2005, tornou-se obrigatória a matrícula das crianças de seis anos 
de idade no Ensino Fundamental, e a Lei n° 11.274, de 6 de fevereiro de 
2006, ampliou período de duração do Ensino Fundamental de oito para 
nove anos. 
 
 
 
Bom, podemos sintetizar que as características do ensino presencial, 
também chamada por Munhoz (2011, p. 32) de “educação formal 
tradicional” só faz sentido na atualidade a partir da implementação da 
EaD. Por muito tempo o ensino presencial foi o modelo de educação 
destinado a pessoas de todas as idades, composto por um prédio, com 
a presença física de um professor, contato direto com outros alunos da 
turma e da escola e aula com um tempo definido, entre outros aspectos. 
 
Por fim, fechamos esta unidade, cujo foco foram as características 
do ensino presencial, com um texto do escritor mineiro Bartolomeu 
Campos de Queiroz (2009). Escolhemos este texto por dois motivos: em 
primeiro lugar para agraciá-lo com um pouco de arte; e, em segundo, 
porque em certa medida, ele reflete as questões da escola. Vamos à 
leitura? 
Estudo complementar 
O pesquisador brasileiro Juarez Tarcisio Dayrell 
analisa a escola como um espaço sociocultural. 
Em seus estudos, Dayrell apresenta a realidade do 
cotidiano da escola, especialmente da que atende 
a juventude. Para saber mais sobre esse assunto, 
leia o artigo “A escola como espaço sociocultural”, 
disponível clicando aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://ensinosociologia.pimentalab.net/files/2010/09/Dayrell-1996-Escola-espa%C3%A7o-socio-cultural.pdf
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Um pensar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era 
abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo 
da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa 
buscando novas surpresas e outros convites. 
Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em 
acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria 
da professora; diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, 
destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava. 
Escrever, eu já andava rabiscando mesmo antes de entrar para a escola. Escrevia nas 
paredes do galinheiro, no cimento do tanque ou no passeio da rua. Arranjava um 
pedaço de carvão, de tijolo, de caco de telha, pedra de cal. Minhas irmãs me pediam 
para traçar amarelinha no quintal. 
Eu caprichava. Usava uma vareta de bambu sobre a terra batida. Além de fazer as casas 
bem quadradas e certas, ainda escrevia os números e as palavras céu e inferno. De tanto 
as meninas pularem em cima, as palavras se apagavam aos poucos, mas escrever de 
novo não era sacrifício para mim. 
Comecei a escrever um nome feio e pequeno, por onde passava. Descontava minha raiva 
na parede da igreja ou nos muros do cemitério. Escrevia na maior rapidez. Meu irmão, 
José, ia atrás arrumando minha indecência e desrespeito. Crescia em mim uma inveja 
grande de sua inteligência. Ele puxava mais uma perninha no u e fazia uma voltinha em 
outra perna e virava e. Então ele botava um acento, e pronto! A palavra feia e imoral se 
transformava na palavra ‘céu’. 
Como havia a palavra céu por todo lado, minha mãe começou a suspeitar de minha 
vocação religiosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
Características do ensino em 
Ambiente Virtual de Aprendizagem 
 
 
Objetivo 
Analisar as características do ensino em Ambiente Virtual de 
Aprendizagem. 
 
 
 
Falar das características do ensino em Ambiente Virtual de Aprendizagem 
torna-se fácil, pois contamos com muitas pesquisas sobre a área, já que é 
algo não tão novo, embora ainda precise ser aprofundado. 
 
A Educação a Distância pela internet é geralmente realizada em um Ambiente 
Virtual de Aprendizagem. O que isso significa? Um Ambiente Virtual de 
Aprendizagem (AVA) é um ambiente educacional que pode ser acessado via 
internet e conta com diversos recursos tecnológicos de modo que possibilita 
interações a distância entre o aluno, o professor, o tutor e o conteúdo. 
 
Você consegue pensar, nos dias atuais, em um curso que se diz a 
distância, mas que não utiliza computadores e internet? No início, 
tivemos cursos que diziam ser da modalidade EaD, todavia, limitavam- 
se ao estudo de cadernos ou apostilas, aos encontros presenciais com 
os tutores para estudo e avaliações, à disponibilização de vídeos com as 
teleaulas e às webconferências, em que os sinais via satélite quase nunca 
chegavam ou até mesmo aconteciam sem computador e internet. 
 
 
Dica 
A Associação Brasileira de Educação a Distância 
(ABED) produz uma revista eletrônica com foco 
em pesquisa, desenvolvimento e prática de 
educação a distância chamada Revista Brasileira 
de Aprendizagem Aberta a Distância. Você pode 
acessar os volumes por meio do site clicando aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.abed.org.br/revistacientifica/_brazilian
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Pode parecer história contada, mas foi real – vivenciamos esse tipo de 
proposta! Mas é importante destacar que foi com base nessas experiências 
que os estudos foram realizados e aprimorados nessa modalidade de 
educação. 
 
Já a nova maneira de fazer educação apresenta características peculiares 
que definem a sua realização. Assim, podemos dizer que o ensino em 
ambientes virtuais de aprendizagem e, nesse caso, também da educação 
a distância, apresentam uma série de aspectos que o caracterizam. Esses 
aspectos são destacados por diversos autores (BELLONI, 2001; MAIA; 
MATTAR, 2007; PALOFF; PRATT, 2004): 
 
• separação geográfica: impossibilita o contato direto entre professor e 
aluno; 
• separação temporal: assim como a separação geográfica, não permite 
o contato ao vivo entre professor e aluno, porém permite encontros 
mesmo que não seja ao mesmo tempo; 
• aprendizagem independente: aprender por meio da EaD exige de 
nós a capacidade de aprender a aprender e aprender a fazer; 
• tempo e aprendizagem flexível: o estudo em EaD, como você tem 
visto em seus estudos, é flexível, uma vez que temos autonomia 
para realizar nossos horários e plano de estudo. Por isso, exige que 
tenhamos responsabilidade e desenvolvamos consciência sobre nossas 
capacidades; 
• organização educacional: cada modalidade de educação influencia 
de determinada forma o planejamento e a sistematização necessários 
para apoiar o estudante, sendo que, na EaD, esses aspectos 
dependem também do próprio estudante; 
• utilização de ferramentas e técnicas de comunicação: problemas 
criados por preconceitos ou barreiras impostas por localização 
geográfica ou situação familiar, econômica ou social que dificultam 
o acesso à educação podem ser quebrados ou reduzidos por meio 
do uso de materiais impressos, áudio, vídeo, troca de mensagens, 
videoconferência etc.; 
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• novo modelo de comunicação entre professor e estudante: o aluno já 
não é apenas um mero ouvinte, mas tem a possibilidade de tornar-se 
um debatedor capaz de questionar e criticar os assuntos em vez de 
apenas receber o conhecimento;• comunicação de massa: com o desenvolvimento tecnológico e dos 
meios de comunicação, aumentou-se a capacidade de gerar e manter 
uma comunicação envolvendo um grande número de pessoas, que 
podem estar distantes tanto temporalmente como geograficamente; 
• aprendizagem coletiva: todos os envolvidos devem participar 
do processo de ensino e aprendizagem apoiando uns aos outros, 
de forma que se pode chegar à construção de comunidades de 
aprendizagem. 
 
Veja você, dentre as inúmeras características do processo de aprendizagem 
no AVA, também é possível a comunicação em comunidades de 
aprendizagem com o uso de diversos recursos tecnológicos de forma 
simultânea ou em horários que forem considerados mais convenientes. 
Ao estudar em AVA você faz parte de uma comunidade virtual de 
aprendizagem. 
 
Segundo Munhoz (2011, p. 29) a comunicação dos estudantes com 
a Comunidade de Aprendizagem Virtual (conjunto de pessoas que 
trabalham de forma colaborativa, que desenvolvem uma intensa 
comunicação ente si) “[...] será sempre ou na maior parte das vezes no 
AVA, de forma síncrona ou assíncrona, textual ou em vídeos, com o uso 
de todos os recursos tecnológicos existentes”. 
 
Munhoz (2011) destaca a importância da participação em AVA, 
pois considera que a qualidade da aprendizagem está diretamente 
relacionada a esse aspecto. A atuação participativa, ativa, efetiva 
colaborativa aproxima os participantes, diminuindo assim a distância, 
consequentemente contribuindo com o processo de aprendizagem. 
 
Portanto, é papel fundamental do aluno a participação em AVA, pois é 
fundamental para o processo de aprendizagem na EaD. 
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Elencamos as características dos ambientes virtuais de aprendizagem, 
mas é importante destacar que, ao escolhermos um determinado 
ambiente para a Educação a Distância, devemos ter conhecimento 
sobre as implicações dessa escolha e ter objetivos claros para que o 
processo de ensino e aprendizagem seja de qualidade e, em decorrência, a 
credibilidade e a seriedade dos cursos oferecidos sejam preservadas. 
 
 
Estudo complementar 
Nesta unidade, vimos uma breve descrição do 
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Para 
aprofundar seus estudos sobre essa ferramenta 
de EaD disponibilizada pelo desenvolvimento da 
tecnologia da informação e comunicação, faça 
uma leitura do texto “Tecnologias da informação 
e comunicação e protagonismo juvenil: o projeto 
jovens navegando pela cidade”, de Lígia Silva Leite 
e Rosilãna Aparecida Dias, que apresenta esse 
recurso voltado para o protagonismo juvenil. Esse 
texto está disponível clicando aqui. 
 Tarefa dissertativa 
Caro estudante, convidamos você a acessar o 
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a 
tarefa dissertativa. 
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http://www.abt-br.org.br/revistas/188.pdf
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11 O aluno da EaD 
 
 
 
Objetivo 
Descrever as características necessárias para o aluno de EaD. 
 
 
 
Você é um aluno de EaD, certo? Este material e as atividades do 
Ambiente Virtual de Aprendizagem são todos pensados para que 
você possa estudar de forma autônoma, pois você é um aluno virtual, 
considerando que nossa atuação não acontece ao mesmo tempo. 
 
Portanto, todo o material que você estuda ou estudará é escrito pensando 
que você organiza seu tempo e seu espaço de maneira autônoma. Você 
imagina ou sabe o que é o estudo autônomo? 
 
Estudantes jovens e adultos têm maturidade suficiente para autogerir seus 
estudos, ter autonomia. Além disso, geralmente a maior parte dos alunos 
de EaD são trabalhadores, são homens e mulheres que buscam melhorar 
sua formação por motivos diversos: subir na carreira, mudar de vida, 
realizar um sonho, melhorar o desempenho na atividade profissional, ter 
um diploma universitário, ter uma profissão. 
 
Segundo Peters (2001, apud MUNHOZ, 2011, p. 39-40) as 
características básicas dos alunos de EaD são: 
 
• pessoas adultas que dispõem de uma experiência de vida maior e, 
dessa forma, encaram os estudos de uma forma diversa daqueles que 
iniciaram a vida acadêmica; 
• pessoas que trazem experiências profissionais que influenciam no modo 
como eles irão estudar. Uma parte é formada por profissionais que 
somente podem desenvolver os estudos de forma concomitante com 
suas atividades. Outra parte é formada por pessoas que têm os mais 
diversos impedimentos para frequentar a educação acadêmica formal. 
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Essas características demandam uma organização, pois a experiência de 
vida dos estudantes aliada às atividades diárias precisam ser organizadas 
para que obtenham sucesso em seus estudos. 
 
Neste sentido, Munhoz (2011) propõe que o estudante de EaD faça um 
planejamento de estudo cuidadoso. 
 
Em qualquer circunstância da vida é preciso planejar, todavia em EaD é 
um requisito imprescindível para obter sucesso nos estudo, e você precisa 
saber de antemão que terá de se organizar para poder aprender. 
 
Mas sejam quais forem os motivos pela busca dessa modalidade de 
ensino e o seu perfil, segundo os autores Maia e Mattar, (2007); Palloff e 
Pratt (2004), você precisa: 
 
• conectar-se: é indispensável que você acesse a internet; 
• estudar de modo autônomo: você é o maior responsável pela sua 
aprendizagem, por isso é necessário que desenvolva a capacidade de 
solucionar possíveis problemas e questões que podem surgir durante 
o estudo; 
• planejar e organizar seus estudos: desenvolver a capacidade de 
planejar-se, organizando seus estudos, é o que vai garantir a sua 
aprendizagem; 
• desenvolver o hábito de leitura: você terá contato com diversos 
materiais, como os livros didáticos, os textos complementares etc. e, 
por estudar de modo autônomo, precisará ter uma boa capacidade 
de interpretação, que é adquirida com a leitura; 
• desenvolver a escrita: você necessitará fazer trabalhos e avaliações, 
bem como participar de discussões on-line, portanto, é importante 
que tenha uma boa escrita. E nós aprendemos a ler, lendo, e a 
escrever, escrevendo. Fazer bem tanto um quanto o outro é fruto de 
exercício; 
• interagir: relacionar-se virtualmente com os colegas pode ser um 
meio de sanar suas dúvidas, além de auxiliar na ampliação de seus 
conhecimentos; 
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• buscar orientação: o professor tutor está disponível para ajudar 
você a sanar as dúvidas relacionadas aos seus estudos, mas, para isso, 
você precisa tomar iniciativa, entrando em contato por meio do 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, por exemplo. 
 
Sabendo de tudo isso, é comum refletirmos que a maior parte das pessoas 
que optam por estudar por meio da modalidade de educação a distância 
é de adultos, uma vez que estudar on-line facilita a continuidade do 
trabalho em turno integral e o cumprimento de outras atividades, pois 
permite a programação dos horários de estudo e o acesso ao conteúdo 
pode ser feito de qualquer lugar, desde que se tenha internet e um 
computador ou tablet. 
 
Portanto, nessa modalidade de ensino, você pode continuar trabalhando, 
dar atenção à família e aos amigos, porém não deve perder de vista que 
precisa organizar o seu tempo para estudar, afinal você é um estudante 
universitário e, como tal, é importante que se comprometa com seu 
curso, pois com o estudo você poderá melhorar a sua vida sendo um 
profissional de nível superior. Analise a responsabilidade! 
 
Munhoz (2011) adverte que existe um grande índice de evasão em EaD, 
por isso é necessário que o aluno, ao fazer escolha por essa modalidade de 
ensino, precisa analisar sua capacidade de estudo independente. 
 
O aluno de cursos na modalidade EaD possui algumas vantagens, como 
apontam Maia e Mattar (2007) e Palloff e Pratt (2004).São elas: 
 
• poder acessar o conteúdo dos cursos a qualquer momento; 
• contatar estudantes de outros cursos que estejam distantes 
geograficamente; 
• passar por uma nova experiência de estudo e aprendizagem; 
• entender a aula tradicional ao tirar o melhor proveito da interação 
para a orientação de trabalhos e estudos; 
• conhecer o conteúdo desenvolvido em aula no caso do não 
comparecimento em aula presencial; 
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• tirar dúvidas com o professor, o tutor e outros alunos por meio de 
recursos tecnológicos a qualquer hora e de qualquer lugar; 
• desenvolver-se por meio da organização do autoestudo, obtendo um 
novo senso de responsabilidade; 
• revisar a matéria em qualquer local por meio do acesso ao Ambiente 
Virtual de Aprendizagem; 
• formar comunidades virtuais e novos grupos de interesse. 
 
Ao observar esses tópicos, note que, para que as vantagens apresentadas se 
concretizem, há uma grande necessidade de mudança de comportamento 
tanto dos professores como dos alunos. Na EaD, podemos estudar 
autonomamente, mas também precisamos nos organizar e participar de 
todas as atividades. 
 
 
Saiba mais 
Veja mais sobre como o estudo por meio da 
modalidade EaD pode ser uma boa alternativa, 
e dicas de como ser um bom aluno acessando a 
matéria “Tão longe, tão perto”, disponível clicando 
aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/tao-longe-tao-perto-425857.shtml
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12 
As similaridades entre o ensino 
presencial e em Ambiente Virtual 
de Aprendizagem 
 
 
Objetivo 
Relacionar as similaridades entre o ensino presencial e em Ambiente 
Virtual de Aprendizagem. 
 
 
 
Nas unidades anteriores, você estudou sobre duas modalidades de ensino: 
presencial e a distância, sendo a segunda por meio de Ambiente Virtual 
de Aprendizagem. Agora você tem uma ideia das características de cada 
uma, certo? 
 
O ensino presencial é marcante em nossas vidas. Por muito tempo, 
todas as publicações estavam relacionadas a essa modalidade de ensino 
e somente com a expansão da Educação a Distância passou a ser 
possível fazer essa relação entre as duas modalidades e a nossa realidade 
educacional. 
 
A intenção nesta unidade não é de traçar um paralelo entre as duas, mas 
de apresentar aspectos comuns que precisam ser pensados ao se realizar 
tanto o ensino presencial como o a distância. 
 
Muitas organizações que oferecem EaD ainda estão muito ligadas 
ao ensino presencial, que tem como características o espaço e o 
tempo determinados, isto é, você deve ir a determinado ambiente e 
lá permanecer por certo tempo; e a presença física de professores e 
alunos. Entretanto, é necessário que haja mudanças visando ao ensino 
a distância que, potencializadas pelas novas tecnologias de informação 
e comunicação, possibilitam a criação de ambiente virtuais de 
aprendizagem. 
 
É quase impossível dissociar a EaD e as tecnologias da comunicação, 
pois elas são os meios indispensáveis ao funcionamento de um sistema 
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EaD. As tecnologias de informação e comunicação trazem para o cenário 
educativo, tanto à distância como presencial, a necessidade de traçar 
estratégias pedagógicas que possibilitem o trabalho colaborativo, criativo 
e autônomo que se deseja para a educação atual, independentemente da 
modalidade oferecida. 
 
Segundo Carvalho e Ivanoff (2010), três práticas estão sempre presentes 
nos processos de ensinar e aprender com TICs: 
 
• a utilização de bases de dados e informações; 
• comunicação e interação; 
• construção de conteúdo. 
 
Na prática docente, professores atualizados estão atentos aos estilos 
de aprendizagem dos alunos e utilizam as TICs em benefício desse 
processo em suas salas de aula, mesmo na modalidade presencial ou 
semipresencial. 
 
 
 
Assim, concluímos o assunto destacando que tanto no ensino presencial 
como na EaD o foco deve ser sempre o resultado da aprendizagem, e não 
apenas os recursos utilizados. 
 
Ambos modelos de educação devem ter como objetivo o crescimento 
profissional e pessoal do aluno. Além disso, ao refletirmos sobre o papel 
de cada uma dessas modalidades, veremos que cada vez mais a separação 
Para sua reflexão 
Diante dos estudos sobre as modalidades de 
ensino presencial e a distância, você percebe 
semelhanças entre elas? Há algumas décadas 
falava-se em ensino presencial e a distância? Ou é 
um fenômeno novo na educação? 
As respostas a essas reflexões formam parte de sua 
aprendizagem e são individuais, não precisando 
ser comunicadas ou enviadas aos tutores. 
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entre elas é apagada. É comum que cursos de EaD realizem encontros e 
atividades presenciais a fim de melhorar o desempenho dos estudantes e 
fazê-los sentirem-se parte de um grupo. 
 
Já no ensino presencial, é tendência utilizar recursos de Educação a 
Distância, como ambientes virtuais de aprendizagem e atividades on-line, 
estratégias que vêm se tornando cada vez mais corriqueiras. 
 
Não podemos estabelecer relação entre ensino presencial e EaD, como 
fizemos em outras situações, nem enaltecer uma e diminuir a outra, 
pois ambas podem convergir em muitos aspectos, por exemplo, na 
aprendizagem autônoma como princípio. Todavia, são modelos de 
educação que atendem a necessidades diferentes. Se formos analisar, 
descobriremos que a EaD só existe porque o homem produziu os 
instrumentos que a fomentam e a necessidade premente das pessoas 
estudarem. 
 
 
Saiba mais 
Nesta unidade, discutimos brevemente sobre 
os conceitos e as características da EaD. Para 
entender um pouco mais sobre essa modalidade 
de ensino, assista ao vídeo “O que é EaD?”, 
disponível clicando aqui. 
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http://www.youtube.com/watch?v=IRSb1DBKvPI
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Resumo 
 
 
 
Na unidade 7, você identificou a relação das tecnologias de informação 
e comunicação com a EaD, percebendo que na EaD tecnologias 
de comunicação, especialmente o computador e a internet, são 
imprescindíveis. 
 
Na unidade 8, você viu que a relação entre o ensinar e o aprender 
acontece na atuação do professor e do aluno como sujeitos ativos na 
construção do conhecimento. 
 
Na unidade 9, analisamos que as principais características do ensino 
presencial são: comunicação face a face, espaço/tempo determinados. 
Já na unidade 10, analisamos as principais características do ensino 
em Ambiente Virtual de Aprendizagem, que se relaciona à separação 
física dos sujeitos envolvidos, ao espaço e ao tempo de estudo, que são 
definidos pelos alunos, tornando-os sujeitos autônomos no processo de 
aprender. 
 
Na unidade 11, descrevemos as características necessárias para o aluno 
de EaD. São elas: planejar seu tempo e espaço para estudar, ter uma 
organização e ter autonomia. 
 
Por fim, na unidade 12, você acompanhou as similaridades entre o 
ensino presencial e em Ambiente Virtual de Aprendizagem, modelos 
de educação não antagônicos. Como você viu, esses modelos possuem 
suas singularidades, mas precisam de um objetivo comum: promover a 
aprendizagem de qualidade. 
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13 Docente e tutor 
 
 
 
Objetivo 
Comparar o papel do docente com o papel do tutor. 
 
 
 
Você sabe ou imagina o que é tutoria? O que é um tutor? E qual 
é a diferença entre um docente e um tutor? A tutoria é uma 
organização institucional de apoio, acompanhamento e orientação 
ao estudante muito utilizada para realizara interação e a mediação 
pedagógica em cursos realizados na modalidade à distância. 
 
Além disso, segundo a ESAB (2010, p. 6), “[...] a EAD transcende os 
vínculos lineares entre Tutor-Aluno para restabelecer um vínculo de 
forma que privilegia a autonomia, a participação e a pluralidade das 
aprendizagens.” 
 
Somente no século XIX, devido à eficácia desse modelo, o tutor passou 
a fazer parte do quadro docente das universidades, de modo que sua 
função foi institucionalizada. 
 
Ao longo dos últimos anos, a EaD sofreu várias transformações até 
chegar à educação on-line. Concomitantemente, a função do tutor 
também passou de esclarecedor de dúvidas a mediador. 
 
A função do tutor é também acompanhar o aprendizado dos estudantes e coordenar 
o tempo para o acesso ao material e a realização de atividades, quanto a prazos para 
que eles sejam realizados. O tutor desempenharia, portanto, um papel administrativo 
e organizacional. (MAIA; MATTAR, 2007, p. 91) 
 
Para isso, o tutor precisa expressar uma atitude de receptividade e 
assegurar um clima motivacional na interação com o aluno. 
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Os modelos de tutoria oferecidos pelas universidades podem ser 
classificados como: 
 
• presencial: o atendimento é feito exclusivamente por atendimento 
pessoal, isto é, com o aluno e o tutor em uma sala, ao mesmo tempo; 
• semipresencial: é realizada a distância, mas periodicamente há 
sessões presenciais para esclarecimentos sobre o conteúdo ou sobre 
uso das tecnologias; 
• bimodal: ocorre principalmente a distância, porém, também 
acontecem encontros presenciais, marcados nos momentos 
considerados coerentes; 
• on-line: tutoria exclusivamente a distância. 
 
Hoje, esses modelos também são oferecidos nas escolas de ensino 
fundamental e médio. Você já passou pela experiência de ter algum 
tipo de tutoria? Identifica algum desses modelos com a sua vida escolar? 
Para entendermos melhor esses modelos, vamos ver alguns exemplos de 
como pode ser a tutoria presencial e a on-line. Em tutoria presencial, 
podem acontecer encontros, por exemplo, semanalmente, para estudo 
do material impresso e um encontro mensal para o acompanhamento e 
correções de trabalhos e avaliações. 
 
Já a tutoria totalmente virtual pode envolver a elaboração de fóruns, 
atividades para portfólio, tirar dúvidas, responder e-mails e incentivar 
o estudo da disciplina, ou seja, mediar o processo de ensino e 
aprendizagem via Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). 
 
Geralmente, podemos nos comunicar com a tutoria do curso de várias 
maneiras, como por e-mail, por chat ou por outro ambiente específico, 
escolhendo a que for mais conveniente e confortável. A que melhor 
se adapta aos dias atuais e às características de um curso on-line é a 
comunicação por Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), seja por 
chat ou por mensagens, como acontece no seu curso. 
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Além de o curso da ESAB ter uma forma de comunicação própria, o 
seu tutor também tem funções específicas que convergem com as que 
já estudamos até aqui. Você sabia? Seu tutor deve mediar o processo 
de ensino e aprendizagem mantendo contato com você e seus colegas 
e também com os docentes de seu curso. Para isso, utiliza-se o AVA 
como meio para esclarecer as dúvidas, que você pode enviar utilizando 
a ferramenta Dúvida acadêmica, disponível no Ambiente. E seu tutor 
também participa dos fóruns e agenda e participa das discussões 
realizadas via chat, registrando o resultado e a participação dos alunos nas 
atividades e avaliações. 
 
Esta unidade não pretende tratar apenas da tutoria, mas também propõe 
falar sobre o professor/docente, esse profissional que você conhece bem e 
teve contato direto com sua função e atuação, pois é figura marcante em 
nossa vida estudantil. 
 
Você sabia que, com o advento da EaD, chegou-se a cogitar a extinção 
da figura do professor/docente? Todavia, como apontam Maia e Mattar 
(2007, p. 90), as “[...] modificações [...] não decretaram o fim da 
função do professor e tampouco a perda do emprego, mas, ao contrário, 
apresentam novos desafios e novas funções a serem desempenhadas [...], 
novas possibilidades de trabalho abrem-se para o professor em EaD [...].” 
 
As funções do docente de EaD têm especificidades que diferem das do 
professor presencial, pois pode produzir diversos materiais didáticos 
pedagógicos, como cadernos ou livros didáticos, vídeos, páginas na 
internet, guias para estudo e elaborar avaliações on-line, por exemplo. 
 
Os docentes envolvidos na elaboração do curso da ESAB, assim como os 
tutores, têm determinadas funções que vão ao encontro das atividades 
gerais reconhecidas para os professores de EaD. Eles devem acompanhar 
os tutores on-line e presenciais, orientando-os e, se necessário, atender 
os alunos de suas disciplinas. Também é responsabilidade do docente a 
produção, revisão e atualização do material didático, bem como elaborar 
provas, atividades e estudos complementares; produzir pesquisas sobre 
sua área e sobre educação a distância; coordenar e supervisionar estágios e 
atividades complementares; e implementar projetos de extensão. 
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É importante atentarmos que as funções do docente são atribuídas pela 
instituição e definidas conforme as especificidades do curso. Assim, 
como dizem Maia e Mattar (2007, p. 90), o docente não é mais uma 
figura individual, como ocorre no ensino exclusivamente presencial, 
em que ele planeja e ministra suas aulas sozinho. Na EaD, o que existe 
é um coletivo fazendo o papel de professor. Portanto, “[...] o professor 
de cursos a distância pode ser considerado uma equipe, que incluiria o 
autor, um técnico, um artista gráfico, o tutor, o monitor etc. Muito mais 
do que professor, é uma instituição que ensina à distância [...].” (MAIA; 
MATTAR, 2007, p. 90). 
 
Já o tutor, em suas funções, buscará construir caminhos para facilitar o 
processo de ensino e aprendizagem. Portanto, não cabe a ele ministrar 
aulas, mas criar condições para que o estudante perceba que, a partir dos 
materiais, poderá construir sua aprendizagem com autonomia. 
 
 
 
Vimos até aqui principalmente as funções do tutor on-line. Mas e 
quanto ao tutor presencial? Você sabe quais são as funções dele? O tutor 
presencial deve atender aos estudantes durante os encontros presenciais 
nos polos da instituição, auxiliando-os a elaborar suas atividades 
e instigando o aluno a pesquisar. Ele também corrige exercícios e 
atividades, registrando os resultados alcançados e faz observações sobre o 
desempenho dos alunos. Além disso, pode aplicar provas presenciais e 
acompanhar os estágios e as atividades complementares, supervisionados 
por um docente, e pelo Coordenador de Polo. 
Dica 
Lembre-se de que é muito importante que você 
tenha autonomia e organização nos seus estudos 
para realizar com sucesso a sua graduação 
na modalidade a distância. Para ver outras 
características fundamentais para estudar em um 
curso EaD, clique aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://astecnologiasnaeducacao.blogspot.com/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
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As funções do docente na modalidade presencial e do docente e 
tutor na modalidade a distância não se excluem, cada uma possui 
suas especificidades e todas têm um papel fundamental no processo 
educacional. 
 
Para fechar esta unidade, nos agraciemos com a música Novo Tempo, de 
Ivan Lins (2012), que sintetiza as novas possibilidades trazidas pela EaD 
para o docente e o aluno. Confira! 
 
 
 
 
É um novo tempo para você, aluno, e para os docentes e tutores, 
que aprendem a lidar com a EaD ou a enriquecer as aulas presenciais 
utilizando as tecnologias e técnicas trazidas por essa modalidade por meio 
de vivências,de leituras, de trocas, “quebrando as algemas” do ensino 
presencial. 
Novo Tempo 
No novo tempo, apesar dos castigos 
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos 
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer 
No novo tempo, apesar dos perigos 
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta 
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver 
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança 
Seja sempre um caminho que se deixa de herança 
No novo tempo, apesar dos castigos 
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga 
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer 
No novo tempo, apesar dos perigos 
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados 
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver 
No novo tempo, apesar dos castigos 
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas 
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer 
No novo tempo, apesar dos perigos 
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça 
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Saiba mais 
Para ver mais sobre a importância dos tutores no 
processo de ensino e aprendizagem, a formação 
e um pouco da história dessa profissão, leia a 
matéria de Paula de Camargo intitulada “Tutor: o 
elo que faltava”, que está disponível clicando aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12889
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
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14 
Potencialidades da internet para 
organização de trabalho 
 
 
Objetivo 
Conhecer a potencialidade da internet para organização de trabalho 
acadêmico. 
 
 
 
Falar das potencialidades da internet para quem vive no mundo digital 
pode parecer óbvio. Poderíamos elencar as inúmeras potencialidades da 
internet em nossa vida cotidiana, desde pesquisar uma receita de comida, 
algo sobre determinada doença ou acessar resultados de exames médicos, 
notícias sobre o mundo, sobre esportes etc. 
 
Todavia, nem sempre pode ser tão clara a gama de possibilidades que 
temos para nos organizar e apoiar durante nossa vida acadêmica, não é 
mesmo? Por isso, vamos destacar aqui as potencialidades da internet para 
organização do trabalho acadêmico. 
 
Sabemos muitas coisas que antes eram feitas à mão e utilizando papéis, 
e que atualmente são feitas por computadores. Hoje, nossas vidas 
dependem dos computadores e do mundo virtual, desde o pagamento 
de contas, da realização de compras até a nossa comunicação; todas 
as coisas estão conectadas e precisam dessas tecnologias. E isso não é 
diferente nas bibliotecas, em que encontramos sistemas capazes de achar 
em pouquíssimo tempo a localização, no acervo, do livro que estamos 
procurando. 
 
Conforme aponta Medeiros (2012, p. 50), hoje “[...] já não há que se 
manipular fichários de autores, títulos de obras ou assunto, mas arquivos 
eletrônicos que apresentam com muito maior rapidez e precisão a 
informação de que necessita.” Para isso, basta que indiquemos alguma 
informação ou mesmo parte dela para que o sistema inicie a busca e nos 
apresente o resultado. 
http://www.esab.edu.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 68 
 
 
 
Portanto, podemos dizer que a internet apresenta um grande potencial 
tanto para os docentes como para os alunos, pois nos permite encontrar 
possibilidades de utilização educacional da tecnologia, por exemplo, 
divulgando trabalhos e pesquisas desenvolvidos pela instituição; 
apoiando o ensino por meio de utilização de textos, imagens, vídeos, 
músicas, livros, revistas; estimulando a comunicação, seja a interação 
individual ou em grupo, com pessoas próximas ou distantes, conhecidas 
ou não, entre alunos e alunos ou entre docentes e alunos. 
 
Como você pode perceber, encontramos uma vastidão de aplicações 
de tecnologias na área educacional. A internet apresenta inúmeras 
possibilidades e potencialidades para que você possa conduzir sua 
vida acadêmica, tirando o maior proveito possível da oportunidade de 
crescimento cultural e intelectual que ela nos proporciona. 
 
Porém, como alertam Maia e Mattar (2007, p. 77), “[...] não é preciso 
dizer que a oferta de textos na internet é infinita. Neste sentido, é 
importante que os alunos sejam direcionados a sites importantes para 
pesquisa [...]”. Podemos citar como sites interessantes para pesquisa a 
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP e o Domínio Público, 
biblioteca digital do Ministério de Educação (MEC). 
 
Em sua vida acadêmica, você precisará elaborar diversos trabalhos que 
demandam pesquisa, e nesses momentos a internet pode tornar-se uma 
grande aliada, pois apresenta potencialidades inúmeras de pesquisas, de 
comunicação e de interação. 
 
Não é novidade que somos bastante dependentes das tecnologias 
de informação e da internet, que se tornou também uma fonte para 
realizarmos pesquisas por reunir uma grande quantidade de informação. 
 
Todavia, a pesquisa na internet requer habilidades e cuidados, pois 
ela nos deu uma grande liberdade para a publicação e atualização de 
conteúdo. Por conta dessa facilidade e da rapidez com que as informações 
são modificadas nas páginas da web e da diversidade de pessoas e pontos 
de vista envolvidos, é necessário estar muito atento à validade dos 
conteúdos apresentados e ter bom-senso na hora de escolher a fonte de 
informação. 
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www.esab.edu.br 69 
 
 
 
Conforme nos mostra o Manual de monografia da ESAB (2012), é 
necessário sermos criteriosos em nossas pesquisas, dando preferência para 
sites, revistas e periódicos que apontem um corpo editorial, que sejam de 
instituições governamentais, de institutos de pesquisa, de universidades 
ou de bibliotecas virtuais, pois dessa forma podemos ter certeza da 
validade da informação, uma vez que a fonte e os autores são garantidos. 
 
 
 
Outro ponto importante em relação ao uso de textos disponíveis para 
pesquisa na internet é que, na maioria, eles são de domínio público. 
Porém, ao utilizar as ideias dos autores, estes devem ser citados, conforme 
a Norma Brasileira (NBR) 10520 da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), caso contrário, você estará fazendo plágio. Veremos 
essa questão mais profundamente na unidade 24. 
 
Portanto, cabe a você aproveitar essa valiosa ferramenta nas pesquisas 
que você realizará ao longo do curso e nos contatos com o tutor e com 
pessoas que possam contribuir com sua formação. 
 
Agora que vimos as inúmeras potencialidades da internet e os cuidados 
que devemos ter ao utilizá-la nas pesquisas, sabemos que ela possibilita 
que você realize suas pesquisas para elaboração dos trabalhos, bem como 
a complementação dos estudos nas diferentes disciplinas. Mas a seguinte 
pergunta pode estar lhe inquietando: afinal, o que vem a ser um trabalho 
acadêmico? 
 
O trabalho acadêmico caracteriza-se como um texto dissertativo que 
relata os resultados de uma pesquisa em uma determinada área. Portanto, 
pressupõe normas, que são definidas pela ABNT, o órgão responsável 
Dica 
Este é um aspecto importante de ser levado 
em conta quando você realiza suas pesquisas: a 
internet é uma excelente ferramenta, mas tem 
um excessivo volume de informações, por isso, é 
necessário ter cautela. 
http://www.esab.edu.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 70 
 
 
 
pela normalização técnica brasileira que estabelece a conduta nos 
processos de pesquisa. 
 
Na graduação, você realizará principalmente trabalhos acadêmicos 
curtos, como artigos, relatórios, fichamentos, resenhas e papers. Os 
considerados longos, você realizará ao final da graduação e na pós- 
graduação, como é o caso do trabalho de conclusão de curso (TCC) 
(graduação), da monografia (especialização), da dissertação (mestrado) e 
da tese (doutorado). 
 
Agora, leia a história em quadrinhos a seguir e pense na relaçãoque ela 
tem com o que vimos até agora sobre alcançarmos nossos objetivos de 
pesquisa ou elaboração de um trabalho acadêmico. Acompanhe! 
http://www.esab.edu.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
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Figura 4 – A fina arte da pesquisa acadêmica. 
Fonte: <http://nebulosabar.com/tirinhas/a-fina-arte-da-pesquisa-academica/>. 
 
Essa tirinha sintetiza um pouco do que abordamos a respeito da pesquisa 
para elaboração e organização do trabalho acadêmico. Precisamos ter 
um foco, ter objetivos claros para não nos perdermos na imensidão de 
http://www.esab.edu.br/
http://nebulosabar.com/tirinhas/a-fina-arte-da-pesquisa-academica/
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www.esab.edu.br 72 
 
 
 
informações durante a pesquisa, o que pode ocorrer quando realizamos 
pesquisa por meio da internet, e muitas vezes leva o pesquisador a 
“forçar” os resultados da pesquisa. 
 
Aliás, é importante sabermos também que uma pesquisa não precisa ter, 
obrigatoriamente, um resultado positivo. Quando chegamos à conclusão 
de que o trabalho desenvolvido não teve um fim considerado positivo, 
devemos entender que os resultados negativos podem trazer muitos 
aprendizados para as futuras tentativas de resolução do problema ou 
desenvolvimento do objeto de estudo. 
 
 
Fórum 
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de 
Aprendizagem da instituição e participe do nosso 
Fórum de discussões. Lá você poderá interagir com 
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar, 
por meio da interação, a construção do seu 
conhecimento. Vamos lá? 
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http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 73 
 
 
 
 
15 Como pesquisar na internet 
 
 
 
Objetivo 
Conhecer ferramentas de pesquisa na internet e sites acadêmicos. 
 
 
 
A internet é, na atualidade, o maior depósito de informações de acesso 
instantâneo do mundo, apesar de que nem tudo o que é impresso 
encontra-se nela e vice versa. Por isso, nesta unidade, você verá como 
funciona o sistema de localização de sites na internet. 
 
O endereço em que está armazenada a informação que você acessa na 
web (“rede”), chama-se Uniform Resource Locator (URL), que podemos 
traduzir para o português como Localizador-padrão de recurso. É esse o 
endereço que digitamos no navegador para acessar alguns sites. 
 
Quando digitamos um URL, é comum utilizarmos “http://” e o “www”, 
correto? Você sabe o que são esses elementos? As letras HTTP referem- 
se a um protocolo chamado, em inglês, de Hypertext Transfer Protocol e, 
em português, de Protocolo de Transferência de Hipertexto. Ele é um 
dos responsáveis pela comunicação do nosso computador com o servidor 
para que possamos acessar hipermídias, que incluem os sites. 
 
O uso desse protocolo estabeleceu a World Wide Web (WWW) – termo 
do inglês que podemos traduzir como Rede de alcance mundial –, 
também conhecida apenas como web. 
 
O nome que segue o “www.” é chamado de domínio. Ele possui uma 
extensão que geralmente refere-se ao tipo ou fim da organização, empresa 
ou indivíduo que o utiliza, podendo identificar também o seu país. 
Vamos ver alguns exemplos? 
http://www.esab.edu.br/
http://www/
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www.esab.edu.br 74 
 
 
 
• .org: organização sem fins lucrativos ou sem fins econômicos; 
• .gov: governamental; 
• .com: comercial; 
• .jus: órgão do Poder Judiciário; 
 
A extensão pode também indicar o país da organização ou do indivíduo. 
Por exemplo: 
 
• .br: Brasil; 
• .ar: Argentina; 
• .ch: Suíça; 
• .at: Áustria; 
• .de: Alemanha; 
 
Você imagina por que o domínio foi inventado? Para facilitar a 
memorização dos endereços da web. Sem o domínio, precisaríamos 
decorar uma grande sequência de números para acessar determinado site, 
por exemplo. 
 
Assim, basta que você digite um endereço – que, em geral, é diretamente 
ligado ao nome da instituição ou do indivíduo – para requisitar a 
informação e ter como resposta o site correspondente ao endereço. 
 
Bom, agora que você viu um pouco sobre o acesso a conteúdos da 
internet, é o momento de vermos como utilizá-la para fazer pesquisa. 
Vamos lá? 
 
Em primeiro lugar, seja qual for a sua pesquisa, você precisa escolher e 
delimitar o tema. Marconi e Lakatos (2010, p. 27) advertem que 
 
[...] após a escolha de um assunto, o passo seguinte é a sua delimitação. É necessário 
evitar a eleição de temas muito amplos que ou são inviáveis como objeto de pesquisa 
aprofundada ou conduzem a divagações, discussões intermináveis [...]. 
 
Para isso, uma boa estratégia é definir palavras-chave que retratem e 
delimitem o seu objeto de pesquisa e tê-las em mente ao realizar a busca 
por conteúdo, garantindo a eficiência da pesquisa na internet. 
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http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
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Outro passo importante é planejar a pesquisa, ou seja, estabelecer um 
cronograma com os dias e as horas em que você irá pesquisar e definir 
os sites de busca, que podem ser tanto buscadores como sites específicos, 
a exemplo de sites de jornais ou revistas, do governo etc. Muitos sites 
podem ser utilizados, mas estando na Academia, é importante que você 
conheça as bases de dados e as bibliotecas on-line, que disponibilizam 
muitos trabalhos científicos e são bastante confiáveis. 
 
Desse modo, pesquisar na internet demanda algumas técnicas e 
alguns cuidados que contribuem para termos êxito e, além disso, não 
desperdiçarmos tempo. Acompanhe algumas informações importantes 
para realizar buscas de modo otimizado! 
 
Conforme o que estamos vendo nesta disciplina, podemos perceber 
que as pesquisas na web podem ser feitas principalmente por meio dos 
próprios sites que contêm os documentos procurados; por sites de busca; 
e em bases de dados de trabalhos e pesquisas científicas. 
 
Por exemplo, se a busca envolve informações sobre EaD, você pode 
acessar o site da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), 
pois certamente será uma fonte interessante. Mas se você vai pesquisar 
sobre aquisição da linguagem por crianças de zero a dois anos, por 
exemplo, pode acessar os buscadores, como o Google™ ou acessar as bases 
de dados que possuem trabalhos de graduação e pós-graduação, como 
o site do Domínio Público, do Governo Federal, ou então a biblioteca 
digital Scielo. 
 
É importante lembrarmos, principalmente ao realizar o cronograma, 
que pesquisar na internet exige paciência e prudência! Devemos analisar 
muito bem o conteúdo antes de o utilizarmos, pois a internet possibilita 
que qualquer pessoa disponha para o mundo informações, por isso 
muito conteúdo pode não ter referência, ser plágio ou até mesmo uma 
inverdade. Portanto, é importante que você certifique-se de que o site do 
qual você coleta informação seja confiável. 
 
Outro ponto bastante interessante é incluir os endereços do que vai ser 
e do que já foi utilizado na lista dos favoritos do navegador. Essa atitude 
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www.esab.edu.br 76 
 
 
 
economizará tempo e garantirá que você tenha pronto acesso na hora de 
referenciar a fonte do conteúdo. 
 
Para otimizar a localização do conteúdo, é interessante saber que 
os mecanismos de buscas possibilitam a utilização de determinados 
caracteres para encontrarmos mais facilmente frases inteiras, variações 
de termos ou expressões com ou sem determinado termo. Por exemplo, 
coloque a expressão ou a sentença a ser pesquisada entre aspas para que 
a busca apresente menor quantidade e maior qualidade de informações, 
priorizando os sites que possuem a expressão ou a sentença escrita da 
mesma forma que você digitou. 
 
Caso você não saiba a grafia correta no nome ou da palavra pesquisada, 
use asterisco (*). 
 
Mas fique atento, existem buscas que são construídas de modos 
diferentes, por isso essas técnicasou os caracteres podem variar conforme 
o site em que você pesquisa. Em geral, os sites apresentam dicas de como 
proceder a pesquisa de forma mais eficiente. 
 
Até agora você viu técnicas e estratégias para uma pesquisa produtiva. 
A seguir, vamos abordar um assunto delicado que veio à tona com o 
mundo virtual: o livre acesso a materiais. 
 
O acesso livre a publicações científicas, literárias ou artísticas passa por 
questões éticas e científicas, pois gera polêmica em relação aos direitos 
autorais, que é o conjunto de direitos dos autores sobre suas obras. Ao 
realizar sua pesquisa, você precisa levar em conta, como apontam Maia e 
Mattar (2007, p. 112), que 
 
[...] ao contrário do que muita gente pensa, em princípio tudo o que está disponível 
na Internet está protegido por direitos autorais, a menos que já tenha caído em 
domínio público. Alguns autores, entretanto, têm liberado suas criações para 
exploração sem fins lucrativos. 
 
Essa é uma preocupação que deve estar presente entre todas as pessoas 
envolvidas na academia no momento em que usamos ideias alheias ou 
http://www.esab.edu.br/
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www.esab.edu.br 77 
 
 
 
conteúdo de obras em trabalhos acadêmicos. Quando usamos qualquer 
conteúdo disposto em outra obra, seja de forma literal ou por paráfrase, 
devemos citar os autores ou quem organizou a obra, conforme as normas 
da ABNT, que você estudará na próxima unidade. 
 
Por fim, lembre-se de que nem tudo que está disponível pode ser usado, 
pois precisamos analisar se apresentam rigor acadêmico. Além disso, para 
realizar sua pesquisa com segurança, não se esqueça de manter o antivírus 
atualizado e evite abrir documentos de origem suspeita ou em formatos 
pouco convencionais. 
 
 
Saiba mais 
Nesta unidade, apresentamos técnicas produtivas 
para realizar pesquisas na internet. Para ver mais 
sobre como pesquisar na internet, assista ao vídeo 
“Dicas de pesquisa na internet” disponível clicando 
aqui. Aproveite e tire um tempo também para 
conhecer mecanismos de busca, como Google 
acadêmico e bibliotecas on-line, como Domínio 
público e SciELO. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.youtube.com/watch?v=-AgTZ-5Zfj4
http://www.youtube.com/watch?v=-AgTZ-5Zfj4
http://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-BR
http://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-BR
http://www.dominiopublico.gov.br/
http://www.dominiopublico.gov.br/
http://www.scielo.org/php/index.php?lang=pt
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 78 
 
 
 
 
16 
Normalização para apresentação 
de trabalho de ensino superior 
 
 
 
Objetivo 
Conhecer a normalização segundo a ABNT. 
 
 
 
Você viu em unidades anteriores o papel do aluno no Ensino Superior, 
quais as características do aluno de EaD, as potencialidades da internet 
como apoio à elaboração de trabalhos e como fazer pesquisa na internet. 
Em todas elas, pontuamos a importância do estudo, da disciplina, 
do planejamento e dos cuidados ao fazer pesquisa na internet. Todo 
esse debate também serve como base para que você possa realizar seus 
trabalhos acadêmicos com eficiência, pois, em síntese, você aprendeu a 
fazer pesquisa. 
 
Também vimos anteriormente que existem vários tipos de trabalhos 
acadêmicos, alguns longos e outros curtos, cada um com suas 
especificidades, todavia, com algumas regras em comum. Nosso foco 
agora é estudarmos como devemos fazer o trabalho acadêmico no Ensino 
Superior, utilizando as normas para elaboração e apresentação da ABNT. 
 
Mas antes de partirmos para as regras, uma questão é crucial: você terá 
de pesquisar e escrever. Portanto, vai ter de ler muito, pois a escrita 
acadêmica demanda leitura e possui um caráter científico. Desse modo, 
você precisará desenvolver sua interpretação de textos, além de realizar 
conexões entre ideias e conceitos de diferentes autores. E, para isso, nada 
melhor que ler! 
http://www.esab.edu.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 79 
 
 
 
 
 
 
 
A leitura também auxiliará você a desenvolver a linguagem de caráter 
científico. Agora, no Ensino Superior, é importante não se pautar no 
senso comum, em opiniões pessoais ou incertezas, portanto, deve-se 
evitar o uso de frases como “eu acho”, “disseram que é assim”. Em vez 
disso, precisamos escrever tentando responder perguntas como “qual é 
o conhecimento que dá base ao que estou escrevendo?” e “quem falou 
sobre esta ideia sobre a qual escrevo?”. Isso significa que, ao se posicionar, 
você precisará estar amparado no conhecimento científico. 
 
A qualidade da comunicação também depende da objetividade e 
da clareza do que escrevermos, pois elas garantem o acesso eficiente 
à informação. Portanto, saber usar bem a Língua Portuguesa, seja 
oralmente ou por escrito, é essencial para a expressão de pensamentos 
e ideias, que é a base para o desempenho profissional e o exercício da 
cidadania. 
 
Outro aspecto a que devemos dar atenção em qualquer trabalho 
acadêmico são as normas de apresentação padronizadas pela ABNT. As 
que você mais utilizará serão: 
 
• NBR 10520 – Citações; 
• NBR 14724 – Trabalhos acadêmicos; 
• NBR 6023 – Referências; 
• NBR 6027 – Sumário; 
• NBR 6028 – Resumo; e 
• NBR 6034 – Índice. 
 
Até você dominar as regras dispostas nessas normas e, posteriormente, 
quando tiver dúvidas, precisará recorrer a elas, entrando em contato com 
a biblioteca da instituição em que estuda. 
Dica 
Leia com atenção as unidades iniciais da disciplina 
de Análise e Produção Textual. Esta disciplina 
auxiliará você a desenvolver a escrita para 
elaboração de trabalhos acadêmicos. 
http://www.esab.edu.br/
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Como você estudou anteriormente, ao produzimos conhecimentos em 
nossos trabalhos acadêmicos, devemos levar em conta os aspectos éticos 
(como os direitos autorais), científicos (validade das informações) e 
metodológicos (forma de realizar a pesquisa). Além desses, também é 
importante considerarmos as normas de padronização para a produção, 
o registro e a divulgação desses conhecimentos, que são reconhecidas e 
aceitas pela comunidade acadêmica. 
 
Assim, a ABNT tem por finalidade: 
 
• elaborar normas técnicas e fomentar seu uso nos diversos campos, 
mantendo-as atualizadas; 
• incentivar e promover a participação das comunidades na pesquisa, 
no desenvolvimento e na difusão da normalização técnica no país; 
• representar o país nas entidades internacionais de normalização; 
• colaborar com organizações similares estrangeiras fazendo o 
intercâmbio de normas e informes técnicos (ABNT, 2007). 
 
É comum que, sem ferir as normas da ABNT, cada instituição de 
ensino selecione uma forma de apresentação para os seus trabalhos e 
disponibilize as orientações desse formato para os alunos em seu site 
institucional e na sua biblioteca, seja para a elaboração de resumos, 
monografias, relatórios, projetos de pesquisa, ensaio, paper, artigo, 
sinopse ou trabalho didático, que são algumas das formas de construir 
conhecimento. 
Estudo complementar 
Para estudar e tirar suas dúvidas sobre as regras 
dispostas pela ABNT utilizadas para a elaboração 
e a organização de trabalhos acadêmicos, acesse 
o Manual de Monografia da ESAB, disponível 
clicando aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.esab.edu.br/arquivos/pdf/manual_monografia_esab_2011_2012.pdf
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 81 
 
 
 
Em geral, a elaboração de um trabalho acadêmico exige a realização de 
uma pesquisa bibliográfica, que, segundo Medeiros (2012), significa o 
levantamento da bibliografia (de obras e outros trabalhos) referente ao 
assunto que se deseja estudar. 
 
A pesquisa bibliográfica apresenta quatro etapas: a identificação, a 
localização e a compilação de fontes de conteúdo constituem as três fases 
de busca, enquanto a quarta fase trata do fichamento, que compreende 
o estudo propriamente dito, a transcriçãoe as anotações em fichas dos 
dados mais significativos. 
 
Portanto, a pesquisa bibliográfica exige a leitura, a interpretação e a 
análise de textos, livros, gráficos e demais materiais produzidos a respeito 
do assunto que se quer pesquisar. Aliás, a diversidade dos materiais 
analisados proporciona ao estudante o conhecimento de diferentes 
pontos de vista, possibilitando o confronto dos dados e a construção de 
suas conclusões. 
 
Para uma pesquisa ser bem elaborada, deve-se iniciar por um bom 
levantamento bibliográfico e pela consulta às diversas fontes de 
informação existentes – livros, revistas, dicionários, enciclopédias, CD- 
ROM, sites, bases de dados. Essas fontes podem ser consultadas em 
bibliotecas ou em casa, pela internet. 
 
Mas, afinal, qual é a estrutura de um trabalho acadêmico? Isso pode 
variar conforme o tipo de trabalho, entretanto, temos como estrutura 
geral os elementos pré-textuais, os textuais e os pós-textuais. 
 
Entre os elementos pré-textuais, temos a capa, a folha de rosto, a errata, 
a folha de aprovação, a dedicatória, os agradecimentos, a epígrafe, o 
resumo na língua vernácula, o resumo em língua estrangeira, o sumário e 
as listas de ilustrações, de abreviatura e siglas e de símbolos. 
 
Já os textuais, que são obrigatórios e você estudará mais profundamente 
nas próximas unidades, compreendem a introdução do trabalho, o 
desenvolvimento e a conclusão. E os elementos pós-textuais, que são as 
referências bibliográficas, os apêndices, os anexos e o glossário. 
http://www.esab.edu.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 82 
 
 
 
No entanto, alguns elementos podem ser opcionais, como é o caso da 
errata, da dedicatória e da epígrafe, por exemplo, nos elementos pré- 
textuais. Isso é uma decisão a ser disponibilizada pela instituição, tendo 
como base as normas da ABNT, logo, os trabalhos a serem produzidos 
deverão atender a esses elementos. 
 
 
Para sua reflexão 
Até o momento, vimos várias orientações para 
a elaboração e a organização dos seus trabalhos 
acadêmicos, sejam projetos, relatórios, papers, 
resenhas, teses, monografias etc. Agora, 
acesse o texto da ABNT sobre a importância 
da normalização disponível clicando aqui e 
reflita: como você acha que essas orientações 
e a normalização contribuem para a sua vida 
acadêmica? Você acha que isso auxiliará você 
durante a sua vida profissional? De que modo? 
As respostas a essas reflexões formam parte de sua 
aprendizagem e são individuais, não precisando 
ser comunicadas ou enviadas aos tutores. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.abnt.org.br/cb24/importancia.htm
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
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17 
Como produzir um trabalho 
acadêmico no Ensino Superior: 
introdução 
 
 
Objetivo 
Conhecer os elementos da introdução de um trabalho do Ensino 
Superior. 
 
 
 
Antes de vermos os elementos da introdução de um trabalho 
acadêmico, lembre-se de que devemos seguir as normas da ABNT 
para a apresentação gráfica, isto é, para a formatação de trabalhos. 
Nelas, encontramos, por exemplo, que é a partir da primeira página da 
introdução que se inicia a numeração das páginas do trabalho. 
 
A introdução é a parte inicial do texto e contém informações objetivas 
para situar o leitor sobre tema do trabalho e seu escopo, ou seja, a 
delimitação do assunto e os objetivos da pesquisa. Portanto, há nela um 
caráter de certa forma didático, visando a apresentar e contextualizar o 
leitor. 
 
Segundo Medeiros (2012, p. 227), com a introdução: 
 
[...] prepara-se o leitor, elucidando uma série de questões que, se desconsideradas, 
poderiam obscurecer as ideias expostas. Na introdução, coloca-se a proposição 
do tema, desconsiderando-se o objeto de trabalho. Em seguida, por motivo de 
aprofundamento do estudo, delimita-se o tema, ou seja, explica-se ao leitor que 
aspectos serão tratados. Justifica-se por que tais aspectos foram escolhidos. 
 
Assim, a introdução deve abordar os seguintes pontos: 
http://www.esab.edu.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 84 
 
 
 
• o problema ou tema que gerou o trabalho acadêmico ou a pesquisa; 
• a justificativa para a elaboração do trabalho; 
• os objetivos (geral e específicos) do trabalho; 
• a metodologia utilizada;. 
• as definições empregadas; 
• a estrutura do trabalho, em que se apresenta a forma como está 
estruturado o trabalho e o que contém cada uma de suas partes. 
 
Portanto, podemos iniciar a introdução apresentando a natureza do 
problema que motivou a pesquisa ou do tema a ser abordado no trabalho 
e o problema em si, que deve ser colocado de forma clara e objetiva. A 
partir disso, justificamos o desenvolvimento da pesquisa apontando a 
importância do desenvolvimento de um trabalho sobre o assunto e da 
busca pela resolução do problema. 
 
Os objetivos são divididos em objetivo geral e objetivos específicos 
e, assim como o problema, todos devem ser claramente escritos. O 
objetivo geral delimita o propósito do trabalho, enquanto os específicos 
estabelecem os aspectos analisados. 
 
Para elaborar os objetivos, devemos utilizar verbos no infinitivo, como: 
analisar, elaborar, desenvolver, estudar, investigar, examinar, avaliar, 
descrever. A escolha desse verbo, seja para redigir o objetivo geral 
ou os objetivos específicos é de extrema importância para mostrar a 
intenção que se teve ao elaborar o trabalho. Por esse mesmo motivo, nos 
objetivos específicos devemos optar por verbos que não permitam muitas 
interpretações. 
 
Vamos ver um exemplo de objetivos para melhor compreender como 
deve ser a redação desse item. Veja a seguir! 
http://www.esab.edu.br/
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 85 
 
 
 
Objetivo Geral 
 
Descrever os vários métodos de pesquisa. 
 
Objetivos Específicos 
 
a. discutir sobre a metodologia de pesquisa; 
b. pesquisar métodos de pesquisa; 
c. identificar o uso dos métodos no ensino superior. 
 
Nesse exemplo, falamos da metodologia de pesquisa. Qual é a 
importância dela? A metodologia é essencial para a compreensão 
dos resultados e de como chegamos a eles, pois é por meio dela que 
esclarecemos a forma utilizada para a análise do problema. E para que 
o leitor entenda o tema e o desenvolvimento do trabalho, devemos 
também abordar as definições e os conceitos técnicos utilizados ao longo 
do texto. 
 
Por fim, apresentar a forma como o trabalho está estruturado e o que 
contém cada uma das partes é importante para dar uma visão geral sobre 
o trabalho, situando o leitor por completo. 
 
Além desses pontos, podemos apresentar na introdução as limitações 
encontradas durante a pesquisa ou para atingir os resultados, bem como 
a relação que se efetuou com outros estudos ou ideias de outros autores. 
 
Desse modo, é um momento em que podemos mostrar a essência 
do nosso pensamento desenvolvido sobre o assunto que estudamos, 
colocando de modo abrangente e sintetizado o início, o meio e o fim da 
proposta de pesquisa e as razões para o estudo. 
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Medeiros (2012, p. 227) aponta que “[...] a introdução evita o 
tratamento abrupto do tema de trabalho. Prepara-se o leitor, elucidando 
uma série de questões que, se desconsideradas, poderiam obscurecer as 
ideias expostas.” 
 
Embora se deva ter noção do que vai ser escrito na introdução desde 
o começo do trabalho, sua redação final geralmente só se faz após a 
conclusão do trabalho. É essencial que a redação introduza o leitor ao 
texto de maneira clara e objetiva a fim de atingir com sucesso a função da 
introdução, que é esclarecer ao leitor o que será tratado no texto. 
 
Você pode saber mais sobre o assunto na unidade 21 da disciplina 
Metodologia do Trabalho Científico. 
 
 
Dica 
Na disciplina de Metodologia do Trabalho 
Científico, você encontra mais informações sobre 
como realizara introdução, o desenvolvimento 
e a conclusão de trabalhos acadêmicos, além de 
outros pontos importantes. 
Para sua reflexão 
Você viu, até agora, muitas coisas sobre como 
organizar um trabalho acadêmico. Agora, 
considere o seu processo de escolaridade e 
reflita: esta é a primeira vez que você tem acesso 
a essas informações? Já realizou trabalhos com 
essas características? Você acha que deveríamos 
aprender a realizar trabalhos assim desde o Ensino 
Fundamental ou Médio? 
As respostas a essas reflexões formam parte de sua 
aprendizagem e são individuais, não precisando 
ser comunicadas ou enviadas aos tutores. 
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18 
Como produzir um trabalho 
acadêmico no Ensino Superior: 
desenvolvimento 
 
 
Objetivo 
Conhecer os elementos necessários para produzir o desenvolvimento 
de um trabalho do Ensino Superior. 
 
 
 
O desenvolvimento é um elemento que podemos descrever como a parte 
principal do trabalho acadêmico, ou seja, é a parte mais importante. É 
nesse momento que fazemos a demonstração lógica de todo trabalho, 
detalhando a pesquisa ou o estudo realizado. 
 
Ao realizar o trabalho, você precisará explicar, discutir e demonstrar a 
atribuição das teorias utilizadas na exposição e resolução do problema. 
É nesse espaço que você fará as ligações entre as ideias dos autores que 
pesquisou para elaborar seu trabalho e apresentará as suas interpretações. 
 
A ABNT (2005) aponta que “[...] o desenvolvimento textual do 
trabalho contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto e 
deve ser dividido em seções e subseções para melhor detalhamento e 
entendimento do conteúdo.” 
 
O desenvolvimento do trabalho exigirá de você uma extensa busca de 
referenciais teóricos em livros, revistas e documentos tanto impressos 
como virtuais, desta forma, você poderá conhecer contribuições 
relevantes de pesquisas já realizadas para melhor análise. 
 
É na elaboração do desenvolvimento que você fará uso intenso das 
leituras realizadas sobre o tema do trabalho, e consequentemente 
precisará usar as normas de citação e das bibliografias pesquisadas, pois 
desenvolver o trabalho compreende registrar todas as ideias consideradas 
relevantes que foram encontradas na pesquisa, com o cuidado de anotar 
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dados bibliográficos completos e apontá-los, conforme descreve a NBR 
10520, quando houver o uso de citações. 
 
Você sabe o que é uma citação? Fazemos uma citação quando extraímos 
uma informação de outra fonte e a introduzimos em nosso texto com 
o propósito de esclarecer ou complementar nossas ideias. Segundo 
Medeiros (2012, p. 173), “[...] um pesquisador descuidado em suas 
citações não consegue bom êxito no final do trabalho.” 
 
Todas as informações extraídas de uma publicação e colocadas em nosso 
trabalho devem ser obrigatoriamente citadas e, além disso, as fontes de 
informação utilizadas devem constar no item referências, elemento pós- 
textual obrigatório. Vejamos, então, as regras e os tipos de citação! 
 
Elas podem ser diretas, indiretas ou citações das citações, e cada uma 
delas obedece a uma regra em particular. Vamos conhecê-las? 
 
As citações diretas “[...] consistem na transcrição literal das palavras 
do autor, respeitando todas as suas características [...]” (MARCONI; 
LAKATOS, 2010, p. 270). Devemos inserir no início ou no final desse 
tipo de citação o nome do(s) autor(es), o ano da obra e a(s) página(s) 
usada(s). Se a referência ocorrer no início, escrevesse o nome do autor 
normalmente, e entre parênteses coloca-se o ano e a(s) página(s) em que 
se encontra a informação utilizada e, em seguida, escreve-se o texto literal 
entre aspas caso tenha até três linhas ou, se tiver mais de três linhas, com 
recuo à esquerda de 4 centímetros, espaçamento entrelinhas simples e 
tamanho de fonte menor. Para facilitar o entendimento, veja um exemplo: 
 
 
 
Se optarmos por apontar a referência no final da citação, inserimos o 
texto literal seguindo a mesma regra do uso de aspas ou de recuo que 
vimos no parágrafo anterior e, ao final, colocamos entre parênteses 
Segundo Medeiros (2012, p. 172), “[...] citação é a menção em uma obra de informação 
colhida de outra fonte para esclarecer, comentar, ou dar como prova uma autoridade no 
assunto.” 
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o nome do autor em letras maiúsculas, o ano e o número da página. 
Acompanhe o exemplo! 
 
 
 
Vamos retomar o que vimos sobre a apresentação de citações de tamanhos 
diferentes? A citação com até três linhas deve ser inserida no parágrafo, 
entre aspas, indicando dados completos (autor, ano de publicação, página 
de onde foi extraído). Se o texto original já contiver aspas, estas serão 
substituídas pelo apóstrofo ou aspas simples. Por exemplo: 
 
 
 
Já a citação direta com mais de três linhas deve aparecer em parágrafo 
distinto, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, terminando 
na margem direita. Deve ser apresentada sem aspas, porém com tamanho 
de letras menores (recomenda-se fonte 10 ou 11). Também deve ter 
espaço simples entrelinhas e espaço de 1,5 centímetros entre a citação e 
os parágrafos anterior e posterior. Veja o exemplo a seguir: 
 
Parafrasear é, pois, traduzir as palavras de um texto por outras de sentido equivalente, 
mantendo, porém, as ideias originais. A paráfrase inclui o desenvolvimento de um texto, 
o comentário, a explicação. A substituição de uma palavra por outra é a paráfrase que 
mais se aproxima do original. (MEDEIROS, 2012, p. 169) 
 
Outro tipo de citação que podemos utilizar é a citação indireta, que é 
feita por meio de paráfrase: é quando se comenta o conteúdo e as ideias 
de um texto de outro autor. Medeiros (2012, p. 169) indica que: 
 
[...] o estudioso e o pesquisador, frequentemente, buscam o aprimoramento da 
paráfrase. Através dela, paulatinamente melhoram seu desempenho redacional, 
“Obras didáticas não são adequadas para apoiar um argumento e, portanto, não servem 
para citações” (MEDEIROS, 2012, p. 172). 
“A maior parte daquilo que o homem tem de pouco usual pode ser resumida numa 
palavra: ‘cultura’” (DAWKINS, R., 2007, p. 325). 
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aprendem a fixar conteúdo, resumir, resenhar. Um trabalho monográfico, um artigo 
científico, um paper são produtos, em grande parte, de paráfrases. 
 
Nesse caso, não é necessário o uso de aspas nem do número da página em 
que a citação foi retirada, já que se trata de uma ideia sobre um trecho do 
texto e não de uma citação direta, que é literal. Veja os exemplos a seguir: 
o primeiro trata de uma citação com a referência ao autor colocada no 
final da paráfrase, e no segundo, a referência é feita no corpo do texto. 
 
 
 
Outro recurso que temos é a citação da citação. Trata-se da informação 
colhida de um autor que mencionou outro, cujo documento não pôde 
ser acessado. A indicação é feita pelo nome do autor e o ano do texto 
original seguido da expressão “apud” (citado por) e do nome do autor da 
obra lida, do ano da obra e da página em que se encontra a citação. 
 
Vamos ver um exemplo para visualizar melhor essa regra? 
 
 
 
Nesse caso, a indicação foi feita no final do trecho. Mas se fosse feita no 
corpo do texto do trabalho faríamos a referência da seguinte forma: 
 
 
O trabalho científico não pode ser uma amontoado de citações. Também é um erro grave 
transcrever as ideias do autor sem citar a fonte, isso representa apropriação indevida, 
caracterizado como plágio (MEDEIROS, 2012). 
 
Medeiros (2012) não indica que se construa citações de assuntos amplamente 
divulgados, de domínio público. 
“A elaboração de fichas de leitura relativas às obras lidas é o meio mais tradicional de 
organização de textosselecionados” (NUNES, 1977 apud MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 
270). 
Afirma Koch (2002 apud MEDEIROS, 2012, p. 174): “[...] que o sentido de um texto é 
construído na interação texto-sujeitos; não é algo que preexista a essa interação”. 
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Em casos de citação da citação, na lista de referências apresentada no 
final do trabalho insere-se o documento consultado. Portanto, no caso, 
colocaríamos o autor Medeiros. 
 
Note que algumas das citações apresentadas como exemplo possuem 
reticências entre colchetes ([...]). Você imagina por quê? O que houve foi 
uma supressão do texto original nesse ponto! Desse modo, a supressão de 
parte da citação deve ser indicada por reticências entre colchetes. 
 
 
 
Como você viu, a introdução é o momento em que devemos apresentar 
o trabalho para contextualizar o leitor sobre o tema pesquisado. Já o 
desenvolvimento é a parte mais importante do trabalho acadêmico, pois 
é nele que apresentamos todo nosso estudo, e também é nele que você 
fará uso das citações. Por isso, é importante estar atento às principais 
regras de citações e sempre utilizá-las. 
 
 
Dica 
Para saber mais sobre como fazer e formatar 
citações, você deve ler a NBR 10520, da ABNT. 
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Resumo 
 
 
 
Ao estudar estas unidades, você pôde compreender um pouco mais sobre 
a organização de trabalhos acadêmicos. Vimos a diferença entre a função 
do tutor e a do docente e, como estudamos, dentre as inúmeras funções 
do tutor a principal é incentivar o processo de ensino e aprendizagem, 
enquanto cabe ao docente organizar esse processo. São funções que não 
se excluem, mas se complementam, especialmente na EaD. 
 
Também conhecemos a potencialidade da internet para a organização e o 
apoio à pesquisa de trabalhos acadêmicos. As possibilidades apresentadas 
pelo mundo digital são inúmeras, todavia, pelo excesso de informação é 
necessário ter cautela no momento de realizar as pesquisas. 
 
Além disso, vimos as ferramentas de pesquisa na internet e sites 
acadêmicos que podem auxiliar você na elaboração de seus trabalhos 
como fontes de informação. Para facilitar, também destacamos a forma 
de organizar uma pesquisa, que possui quatro etapas: a identificação, a 
localização e a compilação de fontes de conteúdo constituem as três fases 
de busca, enquanto a quarta fase trata do fichamento, que compreende o 
estudo propriamente dito. 
 
Estudamos as normas para elaboração de trabalho acadêmico, elementos 
que os compõem e as normas de apresentação gráfica. Em seguida, 
aprofundamos o estudo da introdução do trabalho acadêmico de Ensino 
Superior conhecendo seus elementos e as normas de formatação. 
 
Por fim, vimos os elementos necessários para produzir o desenvolvimento 
de um trabalho, que é a parte considerada mais importante. É nesse 
item que você, como autor, dialoga com os autores que fundamentam 
seu trabalho, por isso, apresentamos também as normas de citação, que 
podem ser diretas, indiretas ou citação da citação. 
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19 
Como produzir um trabalho 
acadêmico no ensino superior: 
conclusão 
 
 
Objetivo 
Conhecer os elementos necessários para produzir a conclusão de um 
trabalho do ensino superior. 
 
 
 
Na unidade 17, você aprendeu a elaborar a introdução de um trabalho 
acadêmico, seus elementos e as regras de formatação. Em seguida, 
na unidade 18, focamos na parte principal do trabalho acadêmico: o 
desenvolvimento. Vimos, além de seus elementos textuais, que essa é a 
parte do trabalho em que estabelecemos o diálogo com os autores cujas 
obras fundamentam nosso trabalho, portanto é fundamental saber fazer 
citações, que devem seguir as normas da ABNT. 
 
Agora veremos como elaborar a conclusão, também chamada de 
considerações finais. Trata-se da parte final do trabalho, na qual 
apresentamos as ideias finais, os resultados, isto é, as conclusões a 
que chegamos em relação aos objetivos ou às hipóteses apresentadas e 
discutidas. Segundo Medeiros (2012), na conclusão retomamos as pré- 
conclusões que estão espalhadas pelo texto e as desenvolvemos. 
 
A parte de conclusão de um trabalho acadêmico apresenta como 
características a brevidade, a espontaneidade, a reafirmação das ideias 
principais e a restrição ao esclarecimento de ideias do desenvolvimento. 
Desse modo, retomamos as principais ideias desenvolvidas, reafirmando- 
as, e podemos nos posicionar em relação a elas sem a necessidade de 
ficarmos presos à teoria. Portanto, nesse item apresentamos a síntese 
interpretativa do estudo desenvolvido ou, no caso de uma pesquisa, 
destaca se os objetivos foram alcançados e se as questões ou as hipóteses 
foram resolvidas, confirmadas ou rejeitadas. 
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Ainda conforme Medeiros (2012, p. 228), na conclusão “[...] podem- 
se apontar perspectivas futuras abertas pela análise do tema”. Assim, 
nessa parte do trabalho você tem a liberdade de propor outros estudos, 
demonstrando aqui a limitação ou abrangência do trabalho realizado 
e as perspectivas de outros olhares do fenômeno estudado a partir de 
outros aspectos que não foram abordados na pesquisa e, portanto, a 
possibilidade de novos estudos além do que já foi desenvolvido até aqui. 
 
No entanto, devemos evitar reflexões extensas e prolongadas 
apresentações de ideias. O texto de conclusão deve apresentar de 
modo objetivo e coerente as análises e reflexões de questões que foram 
desenvolvidas ao longo do trabalho, bem como as suas impressões sobre 
o desenvolvimento do trabalho que acabou de elaborar. 
 
Perceba que é fácil confundirmos a conclusão, ou as considerações finais, 
com um resumo das informações trabalhadas. Mas não estamos falando 
aqui de resumir o conteúdo de que tratamos no desenvolvimento, e sim de 
retomar brevemente as ideias, elaborando o ponto de vista que é descrito a 
partir das observações, do raciocínio e da discussão desenvolvida. 
 
Mas por que propor novos temas de estudo que possam surgir quando 
pensamos nas conclusões? Dificilmente conseguimos tratar de um 
assunto sozinhos, pois quando elaboramos um conhecimento acontece 
um encadeamento de ideias já existentes e a geração de novos pontos 
que precisam ser estudados para contribuir com a evolução desse 
conhecimento. 
 
Dessa forma, quando apontamos caminhos para novos estudos a partir 
do trabalho elaborado, estamos expondo uma nova necessidade de 
pesquisa e geração de conhecimento que pode trazer muitos benefícios à 
sociedade. E é esse o objetivo de estudarmos, não é mesmo? 
 
Se repararmos bem, é isso que fazemos toda vez que pensamos 
em desenvolver um trabalho: tomamos todo o conhecimento e as 
experiências que agregamos durante a vida, todas as nossas leituras, a base 
que temos em ideias de outros autores, além de nossa leitura do mundo, 
e pensamos sobre o que podem ser desenvolvidas ou melhoradas. 
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Mas lembre-se de que tudo isso deve ser colocado em uma redação 
concisa e objetiva, sem muito prolongamento, e que tenha um bom 
encadeamento de ideias, isto é, que seja também coerente e coeso, de 
modo que o leitor possa entender adequadamente as propostas de seu 
trabalho e, quem sabe, utilizá-lo como fonte de informação e ideias. 
 
Por fim, é importante ressaltar que as considerações finais (conclusão) 
devem ser apresentadas de maneira lógica, clara e objetiva, 
fundamentadas nos resultados e na discussão. Portanto, não se permite a 
inclusão de dados novos neste item. 
 
 
 
Bom, você viu até aqui os elementos de um trabalho acadêmico, bem 
como as regras de formatação e de citação. Para vermostodas as partes 
essenciais de um trabalho acadêmico, ainda falta conhecer as regras de 
referências que utilizamos para indicar quais obras utilizamos como 
base para o desenvolvimento do trabalho. Fazemos isso elaborando uma 
listagem de obras, que fica na parte final do trabalho, após a conclusão. 
Assim, por ser um item que, na organização do trabalho acadêmico, 
aparece na sequência da conclusão, optamos por falar sobre as regras de 
referência neste momento. 
 
Antes vamos apresentar o conceito de referência definido por Santos e 
Molina (2007, p. 70): 
 
[...] a própria palavra já mostra o seu significado: refere-se a algo que foi estudado 
e utilizado no texto. Dependendo do tipo de material há uma forma de se fazer 
referência, e são essas características que vão distingui-los na lista de referência , 
utilizada ao final de cada trabalho científico. 
Saiba mais 
Para aprofundar seus estudos assista ao vídeo. 
Nele são abordados aspectos da conclusão/ 
considerações finais. 
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http://www.youtube.com/watch?v=Xpx7f77AJrI
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Segundo Medeiros (2012), do mesmo modo que ocorre com as citações, 
as referências bibliográficas, no Brasil, são normalizadas pela ABNT. 
Neste caso, trabalhamos com a NBR 6023:2002, que estabelece as 
normas pelas quais devem ser referenciadas as publicações de livros, 
artigos científicos, monografias, resenhas e outros. 
 
Essas normas são alvo de muitas críticas, todavia, elas servem para a 
padronização de publicações e de elaboração de trabalhos acadêmicos e 
você fará uso delas durante toda sua vida acadêmica. Por isso, procure 
internalizá-las e sempre que tiver alguma dúvida a esse respeito procure 
saná-las com seu tutor ou pesquise no material desta disciplina e no da 
Metodologia Científica. 
 
Um exemplo bem simples que acontece normalmente no momento de 
fazermos as referências bibliográficas é esquecermos a ordem fixa dos 
elementos, por exemplo, não sabemos se primeiro vai o ano ou a editora. 
 
Vejamos algumas regras e alguns exemplos de referências que podem 
ajudar você no momento de elaboração de seus trabalhos. 
 
Elementos essenciais 
 
Devem seguir a determinada ordem – SOBRENOME DO AUTOR 
(com letras maiúsculas), Nome do(a) autor(a) (só com a primeira letra 
maiúscula). Título do livro, artigo (negrito ou itálico). Cidade onde 
o livro foi editado: Editora, ano da edição. Importante seguir sempre a 
mesma padronização. 
 
 
Exemplo: 
SANTOS, O. Pedagogia dos conflitos sociais. Campinas, SP: Papirus, 1992. 
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Elementos complementares 
 
São informações opcionais que permitem melhor caracterização dos 
documentos referenciados: revisor, tradutor, ilustrador, número de 
páginas e/ou volumes, séries e notas. 
 
 
 
Disposição 
 
As referências devem estar dispostas em ordem alfabética seguindo o 
sobrenome dos autores. 
 
 
 
Referenciar mais de uma obra de um mesmo autor 
 
Nesse caso segue-se a ordem alfabética dos títulos dessas obras ou então, 
se for o caso, a ordem cronológica da publicação; em ambos os casos, 
substitui-se o nome do autor por um traço (seis espaços). 
Exemplo: 
MOISÉS, M. A criação literária: prosa. São Paulo: Cultrix, 1994. v. 2. 
Exemplo: 
CARVALHO, C. H. A de. Reforma universitária e os mecanismos de incentivo à 
expansão do ensino superior privado no Brasil. (1964-1984). 2002. Dissertação 
(mestrado em Economia). Instituto de Economia – UNICAMP. Campinas. 
 
CUNHA, L. A. O ensino superior no octênio FHC. Educação e Sociedade, v. 24, n. 82, 
abr. 2003. 
 
GISI, M. de L. Políticas públicas, educação e cidadania. In: ZAINKO, M. A. S, GISI, 
M.de L. (Orgs.) Políticas e gestão da educação superior. Curitiba: Champagnat: 
Florianópolis: Insular, 2003. 
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Referências de sites 
 
As referências de site devem seguir a esta ordem - SOBRENOME DO 
AUTOR (com letras maiúsculas), Nome do/a autor/a (só com a primeira 
letra maiúscula). Título do artigo (negrito ou itálico). Disponível em: 
<site>. Acesso em: dia mês ano. 
 
 
 
Documentos oficias 
 
Para esse tipo de referência siga as instruções – Jurisdição ou cabeçalho da 
entidade (quando se tratar de normas). Título, numeração e data. Caso 
seja necessário, ao final, deve-se acrescentar notas relativas ou outros dados. 
 
 
Exemplo: 
AMARAL, N.C. Financiamento da educação superior. Estado x Mercado. São Paulo: 
Cortez; Piracicaba: Editora UNIMEP, 2003. 
 
 . A vinculação avaliação/financiamento na educação superior brasileira. 
Impulso, v. 16, n. 40, maio-ago. 2005. 
Exemplo: 
DUARTE, V. M. N. A produção textual: uma análise discursiva. Disponível em: <http:// 
www.portugues.com.br/redacao/a-producao-textual---uma-analise-discursiva-. 
html>. Acesso em: 16 out. 2012. 
Exemplo: 
BRASIL. Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei 
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Brasília, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/ 
portarias/dec5.622.pdf>. Acesso em: 24 set. 2007. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.portugues.com.br/redacao/a-producao-textual---uma-analise-discursiva-
http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/
http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/
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Obra com mais de um autor 
 
Nesse caso a ordem da referência ser – SOBRENOME primeiro autor 
(letra maiúscula), Nome primeiro autor (primeira letra maiúscula); 
SOBRENOME segundo autor (letra maiúscula), Nome segundo autor 
(primeira letra maiúscula). Título da obra (negrito ou itálico). Local de 
publicação: Editora, ano de publicação. 
 
 
 
Jornais 
 
Devemos seguir os seguintes passos – SOBRENOME do autor (letra 
maiúscula), Nome do autor (primeira letra maiúscula). Nome do 
periódico, local de publicação: mês e ano de publicação. Número do 
periódico, páginas compreendidas. 
 
 
 
Revistas 
 
É muito parecido com a referência dos jornais, observe – SOBRENOME 
do autor (letra maiúscula), Nome do autor (primeira letra maiúscula). 
Nome do artigo. Nome da revista (negrito ou itálico), local de 
publicação, número da revista, páginas compreendidas – ano publicação. 
 
 
Exemplo: 
MEDINA, M.; FERTIG, C. Algoritimos e programação: teoria e prática. São Paulo: 
Novatec, 2005. 
Exemplo: 
MARINHO, L. Folha de S. Paulo, São Paulo: 28 fev. 2005. Caderno A, seção Opinião, p. 3. 
Exemplo: 
NUNES, I. B. Noções de educação a distância. Revista Educação a Distância, Brasília, 
v.3, n. 4 e 5, p. 7-25, dez./93 – abr./94. 
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Importante você saber que: 
 
Podemos encontrar as referências em vários lugares do trabalho científico, como em 
notas de rodapé, lista de referências, fim de um texto ou capítulo, ou encabeçando 
resumos, sínteses e resenhas. (SANTOS e MOLINA, 2007, p. 71). 
 
Com relação a normas de formatação: as referências devem ser alinhadas 
somente a margem esquerda identificando individualmente cada 
documento, formatadas com espaço simples e separadas entre si com 
espaço duplo. O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) com que se 
destaca o título da obra deve ser uniforme em todas as referências de um 
mesmo documento. 
 
Lembre-se também de que é muito importante, ao buscar conteúdo na 
internet para utilizar como base do seu trabalho, consultar sempre sites 
confiáveis de conteúdo científico. Como por exemplo: 
 
• Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, disponível 
clicando aqui. 
• Presidência da República, disponível clicando aqui. 
• Programa Biblioteca Eletrônica, disponível clicando aqui. 
• Portal Domínio Público, disponível clicandoaqui. 
• Anped – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em 
Educação, disponível clicando aqui. 
• Portal Brasileiro da Informação Científica, disponível clicando aqui. 
 
 
Saiba mais 
Na disciplina de Metodologia do Trabalho 
Científico você também tem disponível conteúdo 
tanto sobre as regras de referência e citação como 
sobre a elaboração geral do trabalho acadêmico. 
Consulte as unidades da disciplina para melhorar 
a sua redação. E para facilitar seu aprendizado das 
regras de citação e referência, acesse o manual de 
monografia da Esab disponível aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.teses.usp.br/
http://www.presidencia.gov.br/
http://www.probe.br/
http://www.dominiopublico.gov.br/
http://www.anpad.org.br/
http://www.periodicos.capes.gov.br/
http://www.esab.edu.br/arquivos/pdf/manual_monografia_esab_2011_2012.pdf
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5292&m=db
www.esab.edu.br 101 
 
 
 
 
20 
Orientações à leitura e à escrita: ler 
e escrever é preciso 
 
 
Objetivo 
Analisar a importância da leitura e da escrita na formação acadêmica 
e profissional. 
 
 
 
Você já deve ter percebido que ler e escrever exige disciplina, não é 
mesmo? Somente quando lemos é que aprendemos a ler e quando 
escrevemos é que aprendemos a escrever. O que isso quer dizer? Que não 
nascemos sabendo ler nem escrever e só conseguimos melhorar nossa 
leitura como a escrita quando praticamos essas atividades. 
 
Portanto, como indicam Marcone e Lakatos (2010, p. 1) “[...] é 
necessário ler muito, continuada e constantemente, pois a maior parte 
dos conhecimentos é obtida por intermédio da leitura: ler significa 
conhecer, interpretar, decifrar, distinguir os elementos mais importantes 
dos secundários.” 
 
Em um primeiro momento, precisamos de que alguém nos ensine a ler 
e a escrever, e depois devemos continuar exercitando para desenvolver 
nossas habilidades, o que exige hábito e disciplina. 
 
As experiências com a leitura e a escrita estão, em certa medida, ligadas 
ao contexto em que vivemos. Podemos começar a ter contato com 
a leitura de maneira prazerosa desde crianças, quando ouvimos os 
adultos lendo histórias e ao termos contato com livros coloridos, com 
figuras ou cenários que nos levam a desenvolvermos o aspecto mental 
do imaginário, o mágico, a fantasia e a criatividade imaginativa. Isto 
é, concepções e estruturas internas que nos ajudam a conceber uma 
visão ou cosmovisão de mundo e de vida. Aquilo que é bom, prazeroso 
e emocionante. O que gostamos ou não. O que nos toca. O mesmo 
acontece com a escrita: ver alguém escrever, ter contato com papéis, lápis, 
caneta e computador estimula a formação de bons escritores. 
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Você já parou para pensar sobre o que é realmente ler e como podemos 
nos tornar bons leitores? Um fator fundamental são as experiências que 
vivemos e o que conhecemos do mundo, pois é isso que nos ensina 
a fazer a leitura da realidade, aprendendo o sentido das palavras no 
contexto em que vivemos. 
 
Paulo Freire (1985, p. 22), um dos grandes pensadores e educadores 
brasileiros, nos ensina que “[...] a leitura do mundo precede a leitura da 
palavra”. Isso significa que temos um repertório de conhecimentos que 
acumulamos ao longo da vida e influenciam em nossa formação como 
leitores. Portanto, nossa competência para a leitura é fruto de vivências e 
relações sociais. 
 
Nossas escolhas pela leitura são feitas com diferentes objetivos. Podemos 
ler como passatempo, por exemplo, romances e poesias, que nos dão 
momentos de diversão, imaginação, fantasia. Os jornais e as revistas nos 
trazem informações sobre atualidades, sobre o mundo em que vivemos 
e suas especificidades, problemas e progressos, bem como informações 
técnicas e de lazer, dependendo da escolha feita. E podemos ler para 
estudar determinados assuntos em que temos interesse. 
 
No processo de escolaridade, durante o Ensino Fundamental e o Ensino 
Médio, é comum que algumas pessoas sintam-se obrigadas a ler diversos 
materiais. Você já passou por isso? A leitura obrigatória é a que mais nos 
incomoda, não é mesmo? Ler um romance, uma poesia, um poema, um 
conto, enfim, qualquer coisa com tempo determinado e que outra pessoa 
escolheu, realmente pode não parecer muito convidativo. Nesse processo 
muitas vezes fizemos leituras fragmentadas, lemos apenas partes de um 
texto, o que mais nos interessa no momento. 
 
Mas existe um motivo para precisarmos ler até mesmo coisas que não 
sejam de nosso interesse! É necessário que o leitor seja “[...] capaz de 
reconhecer os tipos de discurso e estabelecer a relevância de certos fatores 
para significação do texto-objeto de suas leituras.” (MEDEIROS, 2012, 
p. 60). 
 
O que isso quer dizer? Que precisamos reconhecer os tipos de discursos 
com o qual temos contato e saber o que é importante para formular 
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o significado desses discursos, o que contribuirá também para leituras 
posteriores. Saber identificar o que é relevante em cada texto, seja escrito 
ou falado, é de grande importância para desenvolvermos nossas ideias 
e nosso senso crítico, pois todo texto possui uma ideologia e estabelece 
relações de poder, isto é, mostra qual é a posição social ou econômica, 
por exemplo, do falante ou do escritor e do ouvinte ou leitor. 
 
É normal que tendo um cotidiano cada vez mais corrido, alguns fatores 
como a falta de tempo e de incentivo interfiram nas leituras. No entanto, 
precisamos ter cuidado para que a alegação de falta de tempo para leitura, 
embora possa ser real, não se torne uma desculpa para nos esquivarmos 
de nossos compromissos. Para isso, é importante, em alguns momentos 
de nossas vidas, priorizarmos o que vamos fazer. 
 
No processo de formação acadêmica, algumas leituras são desafiadoras, 
pois não ter contato com determinado tipo de conteúdo dificulta a 
compreensão do texto e, além disso, cada área apresenta uma linguagem 
particular, que chamamos de linguagem técnica. Por exemplo, se você faz 
o curso de Sistemas de Informação ou de Administração, provavelmente 
não está familiarizado com a linguagem dos textos da Pedagogia, e 
vice-versa. Portanto, a leitura da área de formação é importante tanto 
por causa da aprendizagem do conteúdo como para a apropriação da 
linguagem específica da área. Para esses textos mais desafiadores, é 
necessário que tenhamos clara qual é a prioridade de direcionar e focar 
nossa leitura. 
 
Medeiros (2012, p. 60) aponta que temos tipos diversos de leitor e eles 
podem ser caracterizados por determinados elementos. Segundo esse 
autor “[...] em primeiro lugar, um elemento que pode caracterizar o 
tipo de leitor é a sua experiência com a linguagem: grau de escolaridade, 
conhecimento gramatical, capacidade de análise linguística, capacidade 
de distinguir forma-padrão”. 
 
As pessoas que leem com frequência, que são disciplinadas na leitura, 
escrevem e falam com proficiência, pois a leitura promove a ampliação 
do vocabulário tanto da escrita como da oralidade. 
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Campanaro (2007 apud MUNHOZ, 2011) apresenta aspectos 
fundamentais para que haja sucesso na interpretação de textos. 
Destacamos alguns deles: 
 
• ler todo o texto e procurar ter uma visão geral do assunto; 
• se encontrar palavras desconhecidas, não interromper e leitura, 
prosseguir até o fim; 
• ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas 
três vezes ou mais; 
• voltar ao texto quantas vezes precisar; 
• esclarecer e entender o vocabulário; 
• sentir e perceber as ideias do autor. 
 
E quanto à escrita? Ela não é muito diferente da leitura, exigindo 
exercício constante. Ou seja, quanto mais escrevemos, melhor 
escreveremos. 
 
Quando escrevemos, precisamos levar em conta que o princípiofundamental da escrita é a comunicação. Isso quer dizer que somos bons 
escritores quando conseguimos passar de forma clara a nossa ideia para a 
pessoa que está lendo nosso texto. 
 
Todavia, ler, interpretar, argumentar e produzir textos constituem 
desafios para muitos estudantes por causa de fatores como a falta de 
incentivo, de cobrança ou de uma didática adequada no processo ensino 
e aprendizagem. Produzir um texto com coerência e coesão exige, sim, 
que tenhamos conhecimento da língua, mas, assim como na leitura, 
exige acima de tudo o exercício. 
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Neves et al. (1998 apud MUNHOZ, 2011) apresenta algumas 
recomendações que você pode seguir para desempenhar a função de 
escrever bem: 
 
• usar a escrita não apenas para fazer cópia, mas para dizer as suas 
palavras, contar histórias, as necessidades, os projetos; 
• discutir e pedir opiniões dos colegas sobre o conteúdo da sua escrita; 
• reconhecer a importância das críticas, que buscam auxiliar na 
construção de textos bem estruturados; 
• procure ser claro e preciso naquilo que vai dizer; 
• ter em mente que a escrita se firma com a prática e que ela deve ser 
desenvolvida sem medo de errar, mas com aceitação da crítica e da 
necessidade de reescrever o que não ficou claramente especificado. 
 
Neste sentido, o fato de termos sido alfabetizados em algum momento 
de nossas vidas não nos garante a leitura e a escrita com proficiência, 
precisamos continuar exercitando, caso contrário, acabamos perdendo 
aos poucos a capacidade de utilizar a linguagem escrita. Portanto, para 
escrever bem, é necessário escrever muito; e para ler bem, temos de ler 
muito! 
 
 
 Tarefa dissertativa 
Caro estudante, convidamos você a acessar o 
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a 
tarefa dissertativa. 
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21 
Orientações sobre o exercício da 
leitura na formação acadêmica 
 
 
Objetivo 
Compreender os princípios do exercício da leitura na formação 
acadêmica. 
 
 
 
Você já parou para pensar em como todo o aprendizado que temos 
durante a vida, não apenas aquele relacionado ao conhecimento técnico, 
pode nos auxiliar? Isso também envolve as leituras que fazemos, desde as 
escolares até as propagandas televisivas, 
 
[...] leitura que provoca a ação de pensar e sentir criticamente as coisas da vida e da 
morte, os afetos e suas dificuldades, os medos, sabores e dissabores; que permite 
conhecer questões relativas ao mundo social e às tantas e tão diversas lutas por 
justiça. (KRAMER, 2000, p. 21) 
 
Com base nessas ideias, podemos dizer que só é possível lutar por 
justiça quando temos conhecimento da causa, e no mundo atual 
isso é imprescindível, portanto, é necessário continuar estudando e 
aprendendo. Para isso, a leitura é um fator determinante, pois possibilita 
sentir emoções, conhecer lugares e obter informações diversas. Assim, 
como estudantes, precisamos ler muito. 
 
Conforme Marconi e Lakatos (2010, p. 1), a leitura é decisiva para os 
estudos. Ela 
 
[...] propicia a ampliação de conhecimentos, a obtenção de informações básicas 
ou específicas, a abertura de novos horizontes para a mente, a sistematização do 
pensamento, o enriquecimento de vocabulário e o melhor entendimento do conteúdo 
das obras. 
 
As pessoas que têm o hábito da leitura possuem um conhecimento 
mais amplo de determinados temas, apresentam um vocabulário rico e 
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a mente aberta para viver novos desafios e aprender coisas novas. Desse 
modo, fica claro que você deverá realizar muitas leituras que exigem, 
além da disciplina, organização, correto? Por isso, nossa proposta nesta 
unidade é contribuir com orientações sobre o exercício da leitura na sua 
formação acadêmica. 
 
Vamos começar vendo o que diferencia a leitura que realizamos na 
academia. A leitura acadêmica geralmente é direcionada por um tema, 
portanto, é necessário fazermos uma seleção das fontes que são mais 
importantes para o estudo. Para a seleção do texto a ser estudado, 
segundo Marconi e Lakatos (2010), você pode se apoiar nos seguintes 
elementos: 
 
• título: estabelece o assunto e algumas vezes a intenção do autor; 
• data de publicação: certifica a atualidade e a aceitação (números de 
edições) do texto; 
• “orelha” ou a contracapa: permite verificar as credenciais ou as 
qualificações do autor, bem como o público a que se destina; 
• índice ou sumário: apresenta os tópicos e as divisões do assunto 
abordado; 
• introdução, prefácio ou nota do autor: geralmente apresenta os 
objetivos do ator e a metodologia empregada; 
• bibliografia: permite saber as obras consultadas. 
 
Selecionados os textos e livros, é importante você organizá-los de 
maneira que facilite o acesso posterior. O material acessado por meio 
do computador deve ser arquivado em uma pasta, que pode conter 
subpastas para assuntos mais específicos ou para diferentes autores, por 
exemplo. Quanto ao material impresso, sejam livros ou textos, o ideal é 
você montar uma biblioteca ou um arquivo. 
 
Uma vez feita a seleção e a organização dos textos a serem estudados, 
no processo da leitura é importante levar em conta alguns aspectos, 
apontados por Marconi e Lakatos (2010): 
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• objetivo determinado: ter um objetivo quando se realiza uma 
leitura envolve manter a unidade de pensamento para avaliar o texto 
de forma adequada; 
• vocabulário abrangente: devemos nos preocupar em saber o 
significado dos termos, das expressões e das palavras utilizadas no 
texto, para isso, podemos utilizar glossários e dicionários, sejam estes 
especializados ou não; 
• interrupção da leitura: nos casos em que notamos que as 
informações já não são relevantes ou que o texto não traz o conteúdo 
esperado, é importante interromper a leitura por um período ou até 
mesmo definitivamente, conforme o caso; 
• discussão: realizar frequentemente uma discussão sobre o assunto 
tanto com colegas como com professores ou outras pessoas é um 
ponto importante para ajudar a desenvolver o pensamento e a 
avaliação crítica sobre o assunto, formando uma opinião. 
 
Dos aspectos elencados, chamamos a atenção para um especial: o uso do 
dicionário. Ele é imprescindível no processo de leitura e da escrita, pois 
auxilia a elaboração de um texto preciso e não repetitivo e, no caso da 
leitura, possibilita o bom entendimento do texto. Além disso, também é 
importante compreendermos que determinados tipos de leitura exigem 
a discussão frequente com outras pessoas para ampliar o entendimento 
do texto. 
 
Toda leitura precisa ser proveitosa, especialmente as relacionadas a 
estudos, pois objetivam à pesquisa, à busca de conteúdos. E para 
realizarmos uma leitura proveitosa, Marconi e Lakatos (2010) 
apresentam alguns aspectos fundamentais: 
 
• atenção: o leitor deve buscar o entendimento, a assimilação e a 
apreensão dos conteúdos do texto e, para isso, deve estar focado no 
objeto estudado; 
• intenção: o leitor deve ter o propósito de tirar proveito intelectual 
da leitura; 
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• reflexão: ler observando todos os aspectos apresentados pelo autor, 
descobrindo novos pontos de vista, novas perspectivas e relações que 
possam ser estabelecidas, dessa forma contribui para aprofundar os 
conhecimentos; 
• espírito crítico: significa avaliar o texto, ler com reflexão, não 
aceitar ideias sem analisá-las e ponderá-las, emitir um juízo de valor 
ao texto lido; 
• análise: divisão do texto em partes e compreensão de sua 
organização; 
• síntese: fazer um resumo dos aspectos essenciais do texto. 
 
A leitura de um materiala ser estudado deve sempre ter um propósito, ou 
um objetivo, isto é, um objeto a ser aprofundado, compreendido e analisado. 
Para isso, é importante entendermos completamente o que foi lido. 
 
A leitura informativa é também chamada de leitura de estudo e requer 
técnicas específicas. Marconi e Lakatos (2010) destacam as técnicas de 
sublinhar e resumir partes importantes do texto. Mas das técnicas básicas 
por eles apresentadas, destacamos duas que consideramos importantes: 
a primeira é não assinalar qualquer parte do texto antes ou durante a 
primeira leitura, exceto as palavras que não são compreendidas. Isso 
nos leva a segunda técnica, que trata da consulta ao dicionário, que é 
indispensável, pois toda palavra deve ser entendida para que tenhamos 
a noção real do texto. Após esses cuidados, você deve continuar fazendo 
uma nova leitura, sublinhando e resumindo as ideias principais. 
 
Ler e estudar é necessário tanto na vida acadêmica como na social e 
profissional. E vivendo em um mundo letrado, como é o seu caso como 
acadêmico, é imprescindível que saibamos ler nas entrelinhas, escrever 
com coerência e dominar os conhecimentos de nossa área de atuação 
profissional. 
 
Falamos muito de leitura de texto, mas será que esse é o único tipo de 
objeto que pode ser lido? Também podemos fazer leituras de imagens, 
como gráficos, tabelas, fotografias, obras de arte e filmes. Todos esses 
materiais trazem um conteúdo, portanto, precisam ser lidos e analisados. 
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Para ampliar seu repertório cultural e ilustrar o conteúdo desta unidade 
com um pouco de arte trazemos como exemplo um filme que também 
possibilita conhecer um pouco mais sobre a Idade Média, o Feudalismo 
como modo de produção. O filme “O Nome da Rosa”, baseado no 
romance de Umberto Eco, apresenta em seu enredo o controle do 
conhecimento feito pela igreja dentro de um mosteiro italiano. 
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22 
Linguagem nos textos do Ensino 
Superior 
 
 
 
Objetivo 
Conhecer a linguagem utilizada nos trabalhos do Ensino Superior. 
 
 
 
Para iniciar esta unidade, optamos por destacar alguns pontos que 
consideramos fundamentais quando falamos em compreender e 
internalizar uma linguagem. Acompanhe! 
 
• A língua, seja falada, escrita ou gesticulada, só tem sentido se 
conseguirmos nos comunicar com o outro estabelecendo uma 
interlocução. 
• A leitura e a escrita exigem exercício constante. 
• Ao ler um texto, especialmente de sua área, analise como o autor 
escreve e quais terminologias ele utiliza. 
• Leia bons textos e inspire-se na linguagem de seus autores. 
• Ao escrever, dê o texto para que outras pessoas leiam, pois isso 
contribui para ver se sua escrita está clara. 
 
Muito bem! Agora que você sabe os primeiros passos, o básico para 
desenvolver a linguagem escrita, vamos seguir nos aprofundando no tema 
desta unidade: a linguagem de textos voltados para o Ensino Superior. 
 
Como você pode imaginar, nosso foco é a linguagem utilizada nos 
trabalhos acadêmicos. Assim, vamos começar distinguindo a linguagem 
usual e a linguagem acadêmica. É certo que ambas têm uma característica 
comum, afinal, foram construídas nas relações sociais devido à 
necessidade de registrar e ampliar o conhecimento. No entanto, na 
linguagem comum, ou usual, predominam a narrativa e o coloquialismo, 
enquanto na linguagem acadêmica temos uma estrutura, uma lógica a ser 
obedecida, tornando-a uma linguagem formal. 
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Para atingirmos a formalidade exigida para os trabalhos acadêmicos, 
Medeiros (2012, p. 218) diz que devemos ter uma preocupação gramatical, 
pois assim podemos evitar uma “[...] afronta ao padrão linguístico 
estabelecido”. Portanto, na escrita de um trabalho acadêmico é interessante 
seguir algumas normas gramaticais. Vamos ver umas dicas? Observe o 
quadro a seguir para conhecer alguns padrões de linguagem formal. 
 
 
Evite usar Como substituir 
Gerúndio. 
Ex.: está acontecendo; estaremos 
encaminhando. 
Prefira usar o verbo conjugado no tempo 
adequado para o texto. 
Ex.: acontece; encaminharemos. 
Locuções verbais. 
Ex.: tenta buscar; terá de responder; vai 
acontecer; isso ajuda a aumentar; 
Dê preferência ao verbo conjugado no 
tempo adequado. 
Ex.: busca; responderá; acontecerá; isso 
aumenta/auxilia o aumento. 
Palavras coloquiais, gírias e vícios de 
linguagem. 
Ex.: tipo; tá ligado; ficar na mão; fazer a 
caveira; tá certo; 
 
Utilize palavras técnicas e formais. 
Repetições de termos e palavras. 
Ex.: evitar a repetição de palavras, termos 
sons é evitar que o trabalho torne-se 
cansativo, evitando que o leitor evite o 
texto. 
Substitua as palavras por sinônimos (a qual, 
o qual) ou reformule a frase. 
Ex.: a não repetição de palavras, termos 
e sons impede que o trabalho torne-se 
cansativo, evitando que o leitor desvie-se 
do texto. 
Excesso de “que”. 
Ex.: Considero que isso é o melhor que se 
tem a pensar daquilo que define o jovem 
agricultor. 
Substitua a palavra por um sinônimo (a 
qual, o qual) ou reformule a frase. 
Ex.: Considero que essa é a melhor definição 
do jovem agricultor. 
Pleonasmo ou redundância. 
Ex.: sair para fora; público em geral; encarar 
de frente; adiar para depois. 
Em geral, as expressões redundantes 
podem ser identificadas por meio da lógica, 
mas caso você tenha alguma dúvida, 
consulte um dicionário. 
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Falta de objetividade. 
Ex.: gostaria de falar; queríamos começar 
dizendo que; 
Utilize linguagem clara e direta. 
Ex.: falarei; discutiremos; trataremos de; 
defenderemos. 
Transpor o oral de modo literal na forma 
escrita. 
Ex.: quero tentar ver se consigo entender 
como é que fica a questão ambiental. 
Busque desenvolver a linguagem formal. 
Ex.: pretendemos compreender como se 
apresenta a questão ambiental. 
 
 
Fique atento também para não cometer erros de concordância, 
especialmente com algumas palavras que geralmente confundimos, como 
“houve” e “existe”. Além disso, há também outras dúvidas de escrita, 
por exemplo, a utilização de “mas” e “mais”, “onde” e “aonde”. Por isso, 
temos para você algumas dicas de como utilizar essas palavras. 
 
No caso de “mas” e “mais”, a primeira palavra trata-se de uma conjunção 
que indica, basicamente, uma oposição ou uma restrição, enquanto a 
segunda é um advérbio de intensidade. Por exemplo: 
 
 
 
Em relação ao uso de “onde” e “aonde” é um pouco mais sutil. A palavra 
“onde” é um advérbio de lugar, lugar físico. E a palavra “aonde” indica 
destino, portanto podemos usá-la com verbos em movimento: ir levar, 
dirigir, chegar. Portanto, se queremos saber o lugar em que uma pessoa 
vive, devemos perguntar “onde moras?”, e não “aonde”. Já se você 
marcou de sair com um amigo, deve perguntar a que lugar vocês irão, 
por exemplo: “aonde iremos no sábado?”. Note que o verbo ir pede a 
preposição a, e se onde indica lugar, para ir a algum lugar, falamos 
a+onde, ou seja, aonde. 
 
Como já vimos, ao redigir um texto acadêmico a linguagem utilizada 
deve ser clara, concisa, precisa, correta, coerente e simples. Mas de 
que modo fazemos isso? Uma boa forma é escrever parágrafos não 
Ex.: Fui ao cinema, mas não gostei do filme. 
De tanto caminhar fiquei com meus músculos mais fortes. 
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muito longos. Além disso, o texto deve ser coeso, ou seja, as palavras 
e os parágrafos devem ter sentido nas relações que estabelecem entre 
si. Para isso, utilizamos os elementos de coesão: entretanto, portanto, 
igualmente, assim, também, todavia. 
 
Talvez você tenha notado que no nosso quadro de situaçõesa serem 
evitadas, colocamos muitas coisas escritas na primeira pessoa do plural 
(nós). Essa também é uma característica da linguagem do trabalho 
acadêmico. Devemos usar “nós” ou a terceira pessoa do singular (ele/ 
ela) mais a partícula “se”, de modo a tornar o texto mais impessoal. 
Por exemplo, devemos usar “percebe-se”, “destina-se”, “percebemos”, 
“pesquisamos”. No entanto, fique atento para não misturar pessoas 
gramaticais diferentes, pois também é importante manter um padrão! 
 
É normal utilizarmos siglas em nossos trabalhos. Nesse caso, na primeira 
vez em que aparecerem no texto, as siglas devem ser escritas por extenso 
com a forma abreviada aparecendo na sequência entre parênteses. Nas 
outras utilizações ao longo do trabalho, podemos usar somente a sigla. 
 
Quando uma sigla tem apenas até quatro letras ou quando a 
pronunciamos letra por letra, ela é escrita em maiúsculo. É o caso da sigla 
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Já as com mais de 
quatro letras ou que formam uma palavra, utilizamos somente a primeira 
letra em maiúscula, como Embratel. 
 
Procure levar em conta esses aspectos no momento de redigir seus 
trabalhos, são dicas que podem contribuir no seu processo de escrita! 
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23 Linguagem científica 
 
 
 
Objetivo 
Identificar a linguagem científica dos trabalhos acadêmicos. 
 
 
 
Você já reparou na quantidade de linguagens com que convivemos e 
que utilizamos? Cada círculo social de que participamos, conforme o 
ambiente em que estamos, utilizamos uma forma de falar. O mesmo 
ocorre com a escrita: quando escrevemos um e-mail para um amigo, 
usamos um tipo de linguagem diferente daquele que utilizamos na 
redação de um trabalho acadêmico. 
 
Mas você sabe que temos diferentes tipos de linguagem para escrever um 
trabalho acadêmico? Existe a linguagem-padrão, que você vem estudando 
ao longo desta disciplina, mas também temos a linguagem técnica, ou 
científica. 
 
Com tudo o que vimos até então, talvez você esteja se perguntado: 
que relações estabelecer entre a linguagem dos trabalhos acadêmicos 
e a linguagem científica? Podemos iniciar dizendo que, em geral, os 
trabalhos acadêmicos precisam ser escritos em linguagem científica, salvo 
exceções em que o professor encaminhe o uso de outras linguagens. 
De qualquer modo o que costuma nortear a produção textual de um 
trabalho do ensino superior é a linguagem científica. 
 
Essa linguagem surgiu e se desenvolveu com a ciência, possuindo 
determinadas características que podem até mesmo tornar o texto mais 
complicado para o leitor. Ela é uma linguagem denotativa, ou seja, 
representa, remete ou caracteriza conceitos específicos de uma área. Por 
isso, é inevitável que ao evoluirmos nossos conhecimentos na área em 
que estudamos, desenvolvamos nossa linguagem científica. 
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Todavia, esse é um aspecto que pode causar estranheza e a falta de 
inteligibilidade ao texto. Para minimizar esse fato, alcançando um texto 
preciso e claro, devemos sempre tentar contextualizar ao máximo o que 
estamos apresentando e evitar a ambiguidade. 
 
Também devemos ter pleno domínio técnico, isto é, precisamos ter 
clareza sobre o conteúdo que estamos tratando, de modo a evitar que 
escrevamos um texto confuso, e utilizar adequadamente a terminologia 
científica. E para isso precisamos de muita leitura! 
 
Além disso, é importante dominarmos também as regras da língua 
culta, as regras gramaticais da língua. Nesse sentido, você estudou 
anteriormente algumas regras e dicas que são importantes na 
elaboração de trabalhos. Vimos, por exemplo, que a escrita de um 
trabalho acadêmico exige muita leitura, o que faz com que a escrita 
flua, pois possibilita a apropriação do tema e do “vocabulário técnico” 
(MEDEIROS, 2012, p. 196). Portanto, a leitura é também essencial 
para a compreensão e internalização tanto da linguagem formal como da 
científica. 
 
Porém, conforme adverte Medeiros (2012, p. 196-197), ao redigirmos 
o trabalho, é importante estarmos atentos para não exagerarmos no uso 
de palavras complicadas e pouco usuais sem haver necessidade. O texto 
do trabalho acadêmico deve ser simples. “Todavia, não caia no extremo 
oposto que é a vulgarização, ou o uso de coloquialidade indevida do tipo 
pega ele, para mim examinar, fazem dez dias, haviam muitos cientistas.” 
(MEDEIROS, 2012, p. 196-197). 
 
Atente também para o fato de que conhecer a terminologia científica da 
sua área e ter conhecimento das regras gramaticais da língua culta não 
garantem que exposição inteligível das ideias que se quer desenvolver. 
Para isso, precisamos ter o domínio técnico! Portanto, mais uma vez, 
precisamos ler muito, estudar muito. 
 
Perceba que escrever exige atenção, e um dos caminhos que contribuem 
nesse processo é ler textos que utilizam devidamente a linguagem 
científica. Neste sentido, nossa proposta é identificar a linguagem 
científica nos textos acadêmicos por meio de exemplos. 
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A coesão e a coerência são aspectos de grande importância da linguagem. 
Você já deve ter visto sobre essas características durante o ensino médio. 
Segundo Medeiros (2012, p. 197), a coesão “[...] cuida particularmente 
de aspectos como a gramaticalidade, combinação de palavras, sintaxe, 
concordância nominal e verbal.” Já a coerência “[...] ocupa-se das ideias, 
da lógica da argumentação, da ordem do texto.” 
 
Neste ponto, nos perguntamos: mas, afinal, como fazer um texto coeso e 
coerente? Para isso, como vimos anteriormente, precisamos antes de tudo 
dominar o assunto sobre o qual nos propomos discutir, além de conhecer 
as regras da gramática. Mas, é claro, vale também nos apropriarmos de 
algumas dicas. 
 
Por exemplo, antes de iniciar a redação, procure fazer um esquema com 
os pontos que você vai trabalhar. Lembre-se de que você precisará fazer 
um resumo, a introdução, o desenvolvimento e a conclusão conforme 
estudou nas unidades anteriores. Faça um bom esquema principalmente 
para o desenvolvimento e, a partir dele, organize a estrutura do seu 
trabalho da forma que seja mais fácil para o leitor entender o que você 
quer falar. 
 
Além disso, o estudo de textos científicos permite que você se aproprie 
não só dos conhecimentos e vocabulários da sua área, mas também 
possibilita identificar um modo de organizar as ideias para elaborar o 
texto, ou seja, uma forma de como tornar o texto coerente e coeso. 
 
Munhoz (2011, p. 128-129), a esse respeito, nos dá algumas dicas. 
 
• Aprender a ‘falar’ a língua que se ‘lê’, o que cria o costume de falar e 
ler corretamente e também influencia a compreensão do texto. 
• Adquirir familiaridade com a leitura e aproveitar para ler revistas, 
jornais e outros textos. Ter em mente buscar aumentar ou corrigir 
seu vocabulário, o que ajuda. 
 
Por fim, nossa última dica é revisar seu texto! Leia seu texto mais uma ou 
duas vezes para verificar se você está se fazendo entender. É interessante 
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também pedir para que outras pessoas, da área ou não, leiam o que você 
escreveu, assim saberá com certeza se o seu texto atingiu o objetivo. 
 
Das qualidades da linguagem científica, uma delas é contestável: a 
impessoalidade. Você encontrará textos em que os autores se colocam na 
primeira pessoa, geralmente na introdução. Conforme Medeiros (2012, 
p. 196) utilizar ou não a impessoalidade “é uma questão, no entanto, 
que deve ser considerada quanto à uniformidade de tratamento. Não 
misturar um parágrafo com o uso de primeira pessoa e terminá-lo com o 
uso da terceira pessoa já denota asseio, preocupação com a linguagem.” 
 
 
 
Agora você já conta com conhecimentospara identificar se os textos 
estudados apresentam as características da linguagem científica e 
também com subsídios para elaborar seus textos com qualidades da 
linguagem científica. Assim, terminamos nossa conversa com o seguinte 
pensamento: 
 
No ato inaugural do escrever o escrevente não se contenta em ser recipiente 
meramente passivo de experiências de mundo, mas quer concebê-las, recriá-las, 
preservá-las a fim de pensar sobre elas, tal como o discurso de Adão antes da queda, 
conferindo existência às coisas através da nomeação delas. (MARQUES, 2003, p. 55) 
Estudo complementar 
Que tal ver um exemplo de texto a fim de 
identificar a linguagem científica? Leia 
atentamente o artigo “A violência na mídia 
como tema da área da saúde pública: revisão da 
literatura” de Kathie Njaine e Maria Cecília de 
Souza Minayo. Disponível aqui. 
Note que esse texto possui características de 
um texto científico, pois a escrita tem caráter 
impessoal, a linguagem é objetiva, formando um 
texto coerente e coeso. 
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Para sua reflexão 
Até aqui, você viu como organizar um trabalho 
acadêmico e as normas para isso. Agora, considere 
seu processo de escolaridade e reflita: é a primeira 
vez que você tem acesso a essas informações? 
Já realizou trabalhos com essas características? 
Como esse conhecimento ajudará você na sua vida 
profissional? Por que, segundo a sua opinião, a 
utilização das normas da ABNT e dos padrões de 
escrita de trabalho acadêmico são importantes 
para a produção de conhecimentos? 
As respostas a essas reflexões formam parte de sua 
aprendizagem e são individuais, não precisando 
ser comunicadas ou enviadas aos tutores. 
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24 
Autoria e Ética na produção de 
trabalhos do Ensino Superior 
 
 
Objetivo 
Refletir sobre as condutas não desejadas (plágio, fraude, apropriação 
indevida etc.). 
 
 
 
Chegamos à última unidade do nosso estudo! Para iniciar nossa conversa, 
vamos conceituar duas palavras que consideramos importante serem 
elucidadas. A primeira é autoria, que está ligada ao autor, aquele que 
cria uma obra. A segunda é ética, palavra de origem grega e diretamente 
relacionada com a filosofia que é definida como um conjunto de regras 
que guiam os seres humanos para agir moralmente. 
 
Muito bem, mas que relações podemos ver entre autoria, ética e trabalho 
acadêmico? Quando alguém copia e cola (ou, popularmente falando, faz 
um Ctrl C + Ctrl V) em um texto ou parte dele e não cita a fonte, está 
tendo uma atitude que fere a ética, pois está enganando a si, o professor e 
o leitor, pois está usando indevidamente as ideias de outra pessoa. 
 
Essa prática do “copia e cola” é muito debatida e combatida, 
especialmente após o advento da internet, conforme apontam Maia 
e Mattar (2007, p. 103) ao dizer que “o desenvolvimento da Internet 
trouxe várias complicações metodológicas, éticas e legais para o terreno 
da propriedade intelectual.” 
 
As questões relativas à propriedade intelectual e aos direitos autorais 
levou a sociedade a imprimir uma legislação própria para o assunto. 
É a Lei n° 9. 610, de 19 de fevereiro de 1998. Por ser uma lei extensa, 
contando com três capítulos e 115 artigos, destacamos aqui somente as 
ideias básicas que ela dispõe. 
 
Essa lei protege obras literárias, artísticas ou científicas, afirmando que 
obras intelectuais são criações do espírito exteriorizadas pelo autor. 
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Dispõe que os direitos morais são inalienáveis e intransferíveis, portanto, 
estes e os direitos patrimoniais da obra criada pertencem ao autor. 
 
Assim, a utilização da obra é direito exclusivo do autor, portanto, este 
pode colocar sua obra à disposição do público pelo tempo que desejar, de 
modo gratuito ou não. E qualquer uso que outra pessoa possa vir a fazer 
da obra depende da autorização de seu autor. 
 
Em relação aos trechos sobre copiar, colar, citar e indicar a fonte de 
passagens de textos disponíveis em meio eletrônicos ou impressos, o 
artigo 46, incisos III e VIII da Lei n° 9.610, define que: 
 
 
 
Podemos notar que qualquer pessoa que produz conhecimentos 
por meio de trabalhos, de pesquisa ou não, devem conhecer essa lei, 
concorda? Além disso, Maia e Mattar (2007) advertem que ela precisa ser 
interpretada com cautela, pois algumas expressões são vagas, deixando 
margens a visões diferentes. 
 
 
Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos de autoria: 
[...] 
III – A citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, 
de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida 
justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; 
[...] 
VIII – A reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes 
de qualquer natureza, ou de obra integral quando de artes plásticas, sempre que a 
reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique 
a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos 
legítimos interesses dos autores. (BRASIL, 1998) 
Saiba mais 
Para saber mais sobre direitos autorias, assista 
ao vídeo “Direitos Autorais ou a Lei 9610/98 sem 
pânico.” Disponível aqui. 
http://www.esab.edu.br/
http://www.youtube.com/watch?v=CORG5aJRI_w&amp;feature=related
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Contudo, o que devemos lembrar sempre é: citar a fonte é garantia 
contra acusação de plágio! Mas, afinal, o que é plágio? Segundo o 
dicionário eletrônico Houaiss (2009), plágio é a “apresentação feita por 
alguém, como de sua própria autoria, de trabalho, obra intelectual etc. 
produzido por outrem”. 
 
E por que se fala com tanta incidência de que plágio é crime? Como 
vimos anteriormente, copiar a obra de alguém e apresentá-la como se 
fosse de autoria própria, sem citar a fonte, é uma atitude contra a lei! Veja 
o que diz o Código Penal Brasileiro por meio da Lei n° 10.695, de 1o de 
julho 2003: 
 
 
 
Portanto, plágio é crime e, além de prejudicar o autor original roubando- 
lhe as ideias, pode prejudicar quem plagiou. Por isso, é importante 
termos em mente os aspectos que você viu nesta disciplina para a 
elaboração de um trabalho acadêmico, especialmente as normas da 
ABNT para citação e referência. 
 
No decorrer desta disciplina, você aprendeu a ser um autor! Para isso, 
precisamos nos comprometer a desenvolver as habilidades necessárias 
para nosso futuro profissional, portanto, agora cabe a você empenhar-se 
nessa caminhada a partir dos conceitos básicos apresentados. 
Art. 1° O art. 184 e seus §§ 1º, 2º e 3º do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940, passam a vigorar com a seguinte redação, acrescentando-se um § 4º: 
“Art. 187 . Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
§ 1º Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto 
ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução 
ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, 
do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (BRASIL, 2003) 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art184
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Orlandi (2001, p. 82) destaca que “[...] a relação com o fora da escola 
também constitui a experiência com a autoria. Desta forma,a escola, 
enquanto lugar de reflexão, é um lugar fundamental para elaboração 
dessa experiência, da autoria, na relação com a linguagem.” 
 
Por isso, aproveite e exercite a linguagem, escreva e leia muito. 
Precisamos abandonar os temores de escrever, superando os entraves que 
não nos permitem movimentar os braços e os olhos na direção da leitura 
e da escrita. O Ensino Superior é parte de sua formação, assim aproveite 
a sua condição de estudante para superar os medos e as lacunas que 
podem ter marcado sua relação com a escrita e a leitura. 
 
Esta disciplina e a de Metodologia de Trabalhos Científicos acontecem 
no início de seu curso não por acaso. Elas dão a você subsídios para que 
possa fazer bons trabalhos no decorrer do curso, assim você pode recorrer 
aos materiais didáticos sempre que as dúvidas aparecerem. 
 
Muito bem, chegamos ao final desta disciplina, em que uma relação 
foi iniciada e um caminhar, construído. Busque na sua graduação não 
apenas uma titulação, mas queira muito, muito mais conhecimento. 
 
 
Estudo complementar 
Nesta unidade, refletimos sobre as condutas não 
desejadas no ensino superior (plágio, fraude, 
apropriação indevida etc.). Para aprofundar seus 
estudos sobre o assunto, faça uma leitura da Lei n° 
9.610, disponível aqui. 
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Resumo 
 
 
 
Na unidade 19, vimos como produzir a conclusão de um trabalho 
acadêmico. Destacamos que essa é a parte do trabalho em que você 
precisa elaborar um texto objetivo, coerente e coeso no qual são feitas 
análises e reflexões de questões que foram desenvolvidas ao longo do 
trabalho. É também nesse item que você fará a exposição das suas 
impressões sobre o trabalho que acabou de elaborar. 
 
Na unidade 20, destacamos a importância da leitura e da escrita na 
formação acadêmica e profissional, uma vez que essas são atividades 
características da trajetória do estudante. E é por isso que elas devem 
ser exercitadas, vivenciadas, pois só se aprende a ler lendo e a escrever 
escrevendo. 
 
Na unidade 21, você compreendeu que a leitura de um material a ser 
estudado deve sempre ter um propósito, um objetivo, um objeto a ser 
aprofundado, compreendido, analisado, e para isso é importante ter 
organização, disciplina e entender o que foi lido. 
 
Na unidade 22, conhecemos a linguagem utilizada na redação dos 
trabalhos do ensino superior, que deve ser clara, concisa, precisa, 
correta, coerente, simples e, embora haja contestação, é interessante 
que seja impessoal. Já na unidade 23, identificamos as características da 
linguagem científica, a qual indica a qualidade de um texto acadêmico. 
Ela pauta-se na coesão, na coerência, na objetividade, na impessoalidade 
e no vocabulário técnico. 
 
Por fim, na unidade 24, refletimos sobre as condutas não desejadas 
de plágio, fraude e apropriação indevida, compreendendo que copiar 
uma ideia sem citar seu autor é crime, conforme disposto nas leis que 
amparam os direitos autorais, também estudadas nessa unidade. 
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Academia 
Escola de ensino superior (faculdade ou universidade). R 
 
Aflige 
Preocupa, angustia. R 
 
Banalizar 
Tornar banal, vulgarizar. R 
 
Conjuntura 
Conjunto de determinados acontecimentos em um dado momento. R 
 
Corpo editorial 
Conjunto de pessoas responsáveis pela edição e publicação de revistas ou 
livros. R 
 
Desempenho redacional 
Competência para produzir textos adequados ao gênero textual utilizado 
ou exigido. R 
 
Elucidar 
Esclarecer, explicar, tornar claro. R 
 
Glossário 
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Enade 
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes. Por meio dele, avalia-se 
o rendimento dos alunos que ingressaram e que estão concluindo cursos 
de graduação em relação aos conteúdos programáticos de seus cursos. R 
 
Esperanto 
Língua criada com a intenção de facilitar a comunicação entre os povos 
do mundo inteiro. R 
 
Federalização 
Ato de converter algo em um bem ou serviço do Estado, isto é, de tornar 
federal. R 
 
Heterogeneidade 
Refere-se a o que é heterogêneo, ou seja, que possui diferença ou que não 
é uniforme. R 
 
Hipermídia 
Documentos, textos, imagens, sons ou softwares, informatizados e 
ligados por meio de links que dão acesso a outros documentos e assim 
sucessivamente. R 
 
Inteligibilidade 
Capacidade de perceber e compreender bem as coisas. R 
 
Interlocução 
Conversa, diálogo. R 
 
Lato sensu 
É uma expressão em latim que significa "em sentido amplo". No Brasil, 
a expressão foi introduzida para distinguir os cursos de pós-graduação de 
menor duração daqueles de maior duração. R 
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Língua vernácula 
É a língua própria do país, a língua nacional. R 
 
Mediada 
Que está entre, em interação. No caso da EaD, o processo de ensino e 
aprendizagem é mediado por tutores, que ficam disponíveis para interagir 
com os alunos, auxiliando-os na aprendizagem, pelas tecnologias de 
comunicação e informação. R 
 
Nostalgia 
Saudade do passado. R 
 
Otimizado 
Da melhor forma possível, com o máximo de proveito. R 
 
Palmatória 
Espécie de régua de madeira, com uma das extremidades em forma 
circular, geralmente marcada por cinco furos em cruz, com a qual 
antigamente pais e professores castigavam as crianças, batendo-lhes com 
ela na palma da mão. R 
 
Paper 
Pequeno artigo científico a respeito de um tema pesquisado. R 
 
Paráfrase 
Forma diferente de dizer algo já dito ou um texto escrito. Acontece 
quando lemos um texto e o comentamos com nossas próprias palavras.R 
 
Pedagógica 
Relativa à educação, ao processo ensino e aprendizagem. R 
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Plágio 
Cópia de uma obra ou parte de uma obra sem a devida citação, ou seja, é 
a apresentação de uma obra alheia feita por alguém como se fosse de sua 
autoria. R 
 
Polissêmico 
Que tem muitos significados. R 
 
Proficiência 
Competência, capacidade. R 
 
Ruptura 
Quebra, rompimento. R 
 
Senso comum 
Conhecimento vulgar, cotidiano, baseado na crenças. R 
 
Silvicultura 
Estudo e aplicação deste estudo para a manutenção, o aproveitamento e 
o uso racional das florestas, ligada à cultura madeireira. R 
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Referências 
 
 
 
Bibliografia Básica: 
 
LAKATOS, E M. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
 
MEDEIROS, J. B. Redação cientifica. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
 
MUNHOZ, A. S. O estudo em ambiente virtual de aprendizagem: um guia 
prático. Curitiba: Ibpex, 2013. 
 
 
Bibliografía Complementar: 
 
CARVALHO, F. C. A.; IVANOFF, G. B. Tecnologias que educam: ensinar 
e aprender com tecnologias da informação e comunicação. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2010. 
 
MAIA, C.; MATTAR, J. ABC da EAD. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
 
PALLOFF, R. M.; PRATT, K. O aluno virtual: um guia para trabalhar com 
estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
 
SANTOS, Selma Cristina dos; CARVALHO, Márcia Alves Faleiro de. Normas e 
técnicas para elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos. Petrópolis, 
RJ: Vozes, 2015. 
 
SANTOS, G. R. C. M.; MOLINA, N., L.; DIAS, V. D. Orientações e dicas 
práticas para trabalhos acadêmicos. Curitiba: Ibpex, 2007. 
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	• Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social do Comércio (Sesc) e emissoras associadas: fundaram
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	PlanejamentoTecnologias de comunicação
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	Corpo editorial
	Desempenho redacional
	Elucidar
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	Pedagógica
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