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2 ciclo cardíaco O coração, como órgão muscular, realiza movimentos de contração, chamados de sístole, e de relaxamento, chamado de diástole. Durante a diástole, o coração se enche de sangue que é posteriormente ejetado na sístole. O ciclo de sístole e diástole é chamada de ciclo cardíaco. Figura 1- Esquema das 5 fases do ciclo cardíaco; AS fases do cíclo Ao todo, o ciclo cardíaco possui 5 fases: · Contração isovolumétrica; · Ejeção; · Relaxamento isovolumétrico; · Enchimento rápido; · Sístole atrial; A sístole ventricular será referida apenas como sístole, e o relaxamento dos ventrículos apenas como diástole. contração isovolumétricas Ocorre quando os ventrículos estão cheios de sangue, e inicia-se a sístole. Nessa fase, os ventrículos começam a se contrair, aumentando a pressão intraventricular. Esse aumento de pressão faz com que o sangue empurre as valvas atrioventriculares, fechando-as. Esse fechamento causa um som audível na ausculta cardíaca, chamado de primeira bulha ou B1. A B1 é o famoso som de “Tum”. Nessa fase, apesar do aumento da pressão, essa não é o suficiente para ejetar o sangue para fora do coração, mantendo o volume de sangue dentro dos ventrículos. Por isso é chamada de isovolumétrica. Ejeção Na fase de ejeção, a pressão intraventricular finalmente se torna maior que a pressão das grandes artérias. Como consequência, o sangue é ejetado para fora. Com o aumento da pressão as valvas semilunares se abrem, permitindo a saída do sangue. No entanto, nem todo o sangue ventricular é ejetado, sendo que a fração de ejeção é em torno de 60 a 80% do volume diastólico final (volume de sangue no final da diástole). Do volume realmente ejetado cerca de 70% é expulso do coração em apenas 1/3 do tempo da fase de ejeção, sendo por isso chamada de ejeção rápida. Os outros 30% do volume saem do órgão nos últimos 2/3 do tempo da fase, sendo chamada de ejeção lenta. Relaxamento isovolumétrico É o início da diástole. Nessa fase os ventrículos começam a relaxar, e consequentemente reduzir sua pressão interna. Com isso, a pressão dentro dos grandes vasos se trona maior que a dos ventrículos, fazendo com que o sangue tente voltar para o coração. No entanto, em vez de retornar, o sangue empurra as valvas semilunares para que essas se fechem. O fechamento das valvas gera um som audível durante a ausculta, chamado de segunda bulha ou B2. A B2 é o famoso som de “tá”, que junto com a B1 formam o “tum tá”. Apesar de reduzir a pressão intraventricular, essa ainda não reduziu o suficiente para permitir a entrada de sangue no ventrículo, e portanto, não há alteração de volume. Enchimento rápido Nessa fase o coração todo está em diástole. Os átrios que estão relaxados a mais tempo já estão cheios de sangue e sua pressão interna finalmente de torna maior que a dos ventrículos. As valvas atrioventriculares se abrem devido a essa pressão e o sangue sai passivamente dos átrios para os ventrículos. Sabe-se que cerca de 80% do sangue que entra nos ventrículos chega a ele nessa fase. Sistole atrial Nessa fase o nó sinoatrial dispara um novo potencial de ação, que levará a contração (sístole) dos átrios. Quando os átrios se contraem, os 20% de sangue que não foram para os ventrículos na fase anterior são ativamente empurrados para os as câmaras inferiores do coração. Sabe-se que o potencial de ação seguirá para o sistema de condução até as fibras de purkinje, e então provocar o início da fase de contração isovolumétrica, reiniciando o ciclo cardíaco.
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