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SUJEITOS DO CONTRATO DE EMPREGO EMPREGADO -Conceito – art. 3, CLT Empregado urbano -Características/requisitos – art. 3 CLT 1- pessoa física (não pode ser pessoa jurídica) 2- pessoalidade: significa que é o próprio empregado que deve, pessoalmente, realizar o serviço. Não se confunde com exclusividade, já que esta não é obrigatória, pois o empregado pode ou não ter exclusividade, mas deve sempre ter pessoalidade. 3- não eventualidade: é a necessidade da permanência do empregado em jornada estabelecida para prestação de serviço, independente da quantidade de dias por semana. 4- dependência: muito se discutiu na doutrina se essa dependência seria econômica, social ou técnica. A discussão foi superada no sentido de que esta dependência é hierárquica, que significa subordinação jurídica do empregado em relação ao empregador. Por outro lado, o empregador detem os poderes de direção, fiscalização e disciplina. · Direção: dizer como, onde e quando o empregado vai trabalhar. · Fiscalização: observar se o empregado esta cumprindo as diretrizes dadas. · Disciplinar: possibilidade de aplicação de sanção ao empregado (advertência na forma escrita, suspensão ou demissão por justa causa). 5- salário (onerosidade): o contrato de emprego é contrato oneroso, diferindo-se assim, do trabalho voluntario. EMPREGADO DOMESTICO Lei complementar nº 150/2015, não é abarcado pela CLT. Essa lei estabeleceu jornada máxima, direito a hora extra e adicional noturno, seguro desemprego, FGTS, etc. Conceito: art. 1º da Lei 150/15 Características da relação de emprego domestica: 1- Prestação de serviço de forma continua: é continua regra geral, a prestação de serviços sem interrupção temporal que não seja a destinada ao repouso semanal, concedido preferencialmente aos domingos. Obs.: continua é a prestação de serviço por mais de 2 dias. 2- Finalidade não lucrativa dos serviços: segundo a lei dos domésticos o serviço prestado pelo empregado não pode gerar lucros para o empregador. 3- Prestação à pessoa ou família: o empregador domestico não pode ser pessoa jurídica. O empregado domestico presta serviço para uma ou mais pessoas físicas. Obs.: um grupo de pessoas físicas, morando na mesma casa, mesmo não tendo laços parentais, pode ser considerado família. 4- Âmbito residencial da prestação: entende-se por residência, domicilio, casa de praia e também o motorista particular é enquadrado como empregado domestico. 5- Subordinação 6- Onerosidade 7- Pessoalidade EMPREGADO RURAL LEI 5.889/73 Conceito: é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviço de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. PECULIARIDADES · Local de trabalho: zona rural ou prédio rústico: (uma propriedade da zona urbana que explora atividade econômica da agricultura ou pecuária). · O empregador deve ser rural (a atividade econômica é agricultura e/ou rural). A importância de compreender as diferenças entre empregados urbano, rural e domestico é que cada um tem aplicação legal distinta, embora a CF tenha equiparado os direitos trabalhistas do urbano e do rural, na forma do art. 7. A lei 150/15 estendeu para o domestico diversos direitos trabalhistas, ate então não previstos, modificando o parágrafo único através de emenda constitucional. Ocorre que, ainda que tenha havido essas alterações na CF e na lei, necessário é que se observe as peculiaridades da lei do empregado domestico e da lei do empregado rural, ate porque o art. 7, CLT não mencionam esses dois trabalhadores na aplicação dessa consolidação. SERVIDOR PÚBLICO O art. 7, CLT exclui do regime celetista o servidor publico da ADM direta, que são regidos por regime estatutário. Os servidores públicos da ADM indireta, porem, serão regidos pela CLT. ESTAGIÁRIO Conceito: Lei nº 11.788/08, art. 1, requisito material: 1- ato educativo escolar supervisionado. Não se trata de emprego. 2- é realizado termo de compromisso e não contrato. 3- desenvolvido em ambiente de trabalho 4- preparo para o trabalho produtivo, ensino regular em instituições de educação profissional, de ensino médio, de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental na modalidade profissional da educação de jovens adultos. Para que não se configure como relação de emprego é preciso que sejam cumpridos os requisitos materiais e formais, conforme o art. 3, lei 11.788/08. Requisito material (art. 1): finalidade e definição de estagio. (art. 3 e incisos): inciso III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas e as previstas no termo de compromisso. Se este requisito não estiver presente, esta relação será configurada como relação de emprego. Requisito formal (art. 3, I e II): inciso I – dever de estar matriculado, frequentando regularmente a instituição de ensino. inciso II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente e a instituição de ensino. Obs: em estagio de direito é necessário haver autorização da OAB para que a unidade seja concedente de estagio profissional. O advogado superior não deve ter menos de 5 anos de advocacia (previsto no regulamento da OAB). Leitura: arts. 9, 10 a 18. VOLUNTÁRIO Conceito: lei 9.608/98, art. 1, requisitos materiais: 1- atividade não remunerada 2- prestado por pessoa física 3- prestações a entidade publica de qualquer natureza 3.1- prestação à instituição privada, desde que não tenha fins lucrativos, que tenham objetivos: a) cívicos; b) culturais; c) educacionais; d) científicos; e) recreativos; f) de assistência à pessoa. Parágrafo único: o serviço voluntario não gera vinculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciário ou afim. Requisito formal: (art. 2) Deverá haver termo de adesão, onde deverá constar o objeto e as condições de seu exercício. Art. 3 – o voluntario poderá ser ressarcido das despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntarias. TRABALHADOR AUTÔNOMO NÃO TEM VINCULO EMPREGATICIO · É dotado de independência. Tem autonomia quanto à condição do seu trabalho; · Assume os riscos de suas atividades; · Poderá ter pessoalidade no contrato de trabalhador autônomo.
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