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Resumo Hemodiálise O tratamento hemodialítico acontece quando o paciente evolui para a doença renal em estágio terminal, conhecida como estágio 5 dialítico da doença renal crônica, ou seja, o paciente passou por todas as fases da doença (fase 1, 2, 3ª. 3b, 4, 5 não dialítico, quando a taxa glomerular dele fica menor do que 15 ou 10%) e então o paciente é encaminhado para alguma terapia renal substitutiva. A hipertensão arterial não controlada é a principal causa de hemodiálise no Brasil, em segundo lugar, a diabetes; Hemodiálise é uma terapia renal substitutiva (hemodiálise convencional) quando o paciente tem menos de 15 a 10% da taxa de filtração glomerular; mais comum. Também existe a opção de diálise peritoneal. Hemodiálise convencional ocorre três vezes por semana e dura 4h, correspondendo 12h semanais, em média.; Para iniciar a diálise é preciso que o paciente chega ao estágio 5-dialítico com algum acesso venoso; Antes e depois de fazer a hemodiálise é preciso fazer os exames de cálcio, magnésio, sódio, potássio, creatinina, ureia. O acesso ideal é o acesso de fístula arteriovenosa (FAV), pois esse acesso oferece menos risco de infecção e trombose, é mais duradouro, facilmente omitido. Além disso, os pacientes que possuem FAV tem uma sobrevida maior, quando comparados a paciente que possuem cateter; Muitas vezes os pacientes descobrem que tem a doença renal crônica quando estão chegando no nível dialítico, isso não permite que eles tenham um acesso com antecedência, sendo necessário fazer um acesso de urgência que é com cateter duplo lúmen; O cateter de duplo lúmen é inserido nas veias jugulares, femorais ou na subclávia; A fistula arteriovenosa é uma ligação que faz anastomose entre uma veia e uma artéria; A maioria das fistulas são feitas no membro superior do paciente, e depois de confeccionada precisa amadurecer, ou seja, não se pode puncionar logo após a confecção; Essa confecção da fístula é feita em centro cirúrgico, sob anestesia local, onde é feita a anastomose entre uma artéria e uma veia; Pode ter fístula no punho (radio-cefálica), fistula braquio-braquial e fistula braquio- cefálica; O tempo de maturação da fístula é de aproximadamente 3 meses; O que indica que pode começar a puncionar? Ver que o conduto da fistula está visível sobre a pele, ao palpar a fistula sente-se um bom frêmito, e é facilmente puncionável; Quando uma fistula excelente para ser puncionada? Ao se fazer um ultrassom doppler dessa fistula, é possível identificar um conduto de no mínimo 4 mm, em que passa 400 ml/min de sangue por ela; Em relação aos cateteres para diálise, podem ser de dois tipos: - Curta permanência ou Shilley duplo lúmen: inseridos com urgência; quando se descobre que o paciente já está em um estágio avançada da doença renal crônica ou estágio terminal; Esses cateteres têm grande chance de gerar infecções ou parar de funcionar; - Longa permanência ou Permcath: para pacientes que não têm condições de ter acesso com fistula; Esse cateter é mais maleável, com menos chance de infecção; Para fazer hemodiálise, o paciente precisa ser conveniado a uma clínica de diálise, ou estar em um hospital que oferece o serviço de hemodiálise. É necessário uma máquina de hemodiálise; Mecanismo da máquina de hemodiálise: Sangue puxado da fistula pela bomba de sangue; o sangue passa pelo dialisador ou capilar. No dialisador vai entrar o sangue + o banho (dialisato), vai ter um gradiente de concentração que vai equilibrar os eletrólitos e filtrar partículas, vai passar no catabolha e em seguida, o sangue será devolvido ao paciente. 1° É preciso ter um acesso (FAV ou cateter); 2° A fistula será puncionada ou o cateter será ligado diretamente na máquina pelas linhas de sangue; 3º O sangue é puxado por uma linha (linha arterial) e é puxado por uma bomba de sangue, a bomba puxa o sangue direto do acesso; 4° O sangue passa pela linha e entra no dialisador, que é um capilar; nesse capilar entra também o dialisato; o sangue entra por cima e o dialisato entra lateralmente; Esse dialisato é uma concentração, um banho de dialise, em que vai promover o equilíbrio hidroeletrolítico, equilíbrio acidobásico do sangue do paciente, filtra partículas tóxicas como ureia, ácido úrico, filtra também a creatinina; Dentro do dialisador (capilar), entra o dialisato (banho) + sangue do paciente, vão entrar em contato por meio de membranas micro porosas e vai ter um gradiente de concentração; 5° O sangue vai para a linha venosa e passa pelo catabolha, se tiver alguma partícula de ar, o catabolha retém, e depois o sangue é devolvido ao paciente; Essa circulação extracorpórea que acontece vai precisar de um anticoagulante, uma heparina, para o sangue não coagular fora da máquina. A dose de heparina é calculada de acordo com o peso do paciente; Avaliação de enfermagem: Desenvolver o processo de enfermagem; Em toda sessão de diálise vai avaliar o paciente, fazer uma anamnese direcionada, fazer exame físico, verificar se o peso seco do paciente está ideal (peso ideal do paciente, sem edemas, com pressão arterial normal antes e depois do procedimento, o pulmão e o coração devem estar adaptados ao volume de liquido circulante, ou seja, ele não vai apresentar dispneia, taquipneia, taquicardia); Olhar sinais e sintomas, se teve sangramento, traumatismo. Ajuda na avaliação da ultra filtração (U.F), que acontece dentro da máquina de diálise, quanto de líquido que esse paciente vai perder durante a sessão de hemodiálise; Avaliar exames laboratoriais do paciente e correlacionar com as configurações e parâmetros da máquina de diálise; Toda sessão tem que avaliar o acesso pra dialise; se não tem presença de sinais flogísticos, se for fístula avaliar o frêmito, se for cateter avaliar a permeabilidade; Atender prontamente as intercorrências da hemodiálise. Na punção da FAV, deve ser duas punções, uma voltada para a face arterial, voltada para a anastomose e outra punção voltada com 5 cm de distância pro lado contrário, que é a punção venosa. É preciso que as posições das agulhas sejam contrárias, para evitar o recirculamento de sangue; Principais complicações com a fistula: hematoma (o enfermeiro precisa interromper a dialise, aplicar gelo no local nas próximas 12h, fazer compressão); colabar (quando a bomba puxa o sangue e vem pouco ou nenhum sangue, é preciso reposicionar a agulha ou diminuir o fluxo de sangue que será puxado por minuto); pressão venosa alta (pode ser devido aos deslocamento da agulha dentro da fístula, pode estar encostada na parede, é preciso manipular essa agulha, tracionar e testar com uma seringa para ver se melhorou); ausência de frêmito (quando a fistula para de funcionar, devido a uma estenose, trombose, e ai o paciente precisa ser encaminhado a um centro cirúrgico o mais rápido possível); Principais complicações na hemodiálise: hipotensão (devido a perca de volume sanguíneo, em caso de hipotensão severa, deve-se aplicar soro fisiológico para repor o volume, deitar o paciente e devolver o sangue para o paciente para limpar o sistema); câimbras; vômitos; cefaleia; prurido; (devido à perda de eletrólitos associada a perda de volume sanguíneo);
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