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INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA

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INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA 
 
PARASITOLOGIA 
A parasitologia é uma ciência que 
estuda os organismos que vivem no 
interior ou exterior de outo 
hospedeiro, obtendo alimentos às 
expensas de seu hospedeiro, 
consumindo-lhe os tecidos e/ou 
conteúdo intestinal. 
Estuda ainda os organismos que 
vivem em intima e estreita 
dependência de outros seres vivos, 
e que quando tenham o homem por 
hospedeiro, podem causar doenças 
muitas vezes graves, teve o seu 
começo no século XIX. 
O grau de intensidade da doença 
parasitaria depende de vários 
fatores, entre eles, podemos 
destacar: 
• O numero de formas infectantes 
presentes; 
• A virulência da cepa; 
• A idade e o estado nutricional do 
hospedeiro; 
• Os órgãos atingidos; 
• A associação de um parasita 
com outra espécie; e 
• O grau da resposta imune ou 
inflamatória desencadeada. 
 O relacionamento do parasita com 
seu hospedeiro tem base nutricional, 
não podendo lesar drasticamente o 
hospedeiro, evitando alterações 
comprometedoras, o que faria perder 
seu hospedeiro. Contudo, essa 
conveniência nem sempre é nociva 
ao hospedeiro. 
O parasito é capaz de se reproduzir 
disseminando seus ovos, e este, 
costumam infecta outros 
hospedeiros, do qual retiram sua 
sobrevivência. Eles podem ser 
transmitidos entre os seres humanos 
através do contato pessoal ou do uso 
de objetos pessoais. 
FORMAS DE TRANSMISSAO 
DOS PARASITOS 
Podem ser transmitidos pela agua, 
alimentos, mãos sem as devidas 
higienização, poeira, através do solo 
contaminado por larvas, por 
hospedeiros intermediários 
(moluscos) e por muitos outros 
meios. 
EXAME PARASITOLÓGICO 
O exame parasitológico é um 
procedimento de análise laboratorial, 
através de uma amostra de fezes do 
paciente, para identificar a presença 
de vermes no intestino. 
EXAME DE FEZES 
É um exame de fácil execução e de 
grande aplicabilidade clínica. 
Através da análise de amostra fecal, 
pode-se também detectar deficiência 
na alimentação, devido a cor e à 
consistência das fezes. 
Além disso, esse exame pode 
identificar a presença de sangue 
oculto na amostra, que pode 
decorrer de algum problema mais 
grave no aparelho intestinal ou anal. 
Tipos de exames de fezes: 
• Parasitológico de fezes; 
• Cultura de fezes; 
• Pesquisa de sangue oculto; 
Pesquisa de rotavírus. 
POR QUE AS DOENÇAS 
PARASITÁRIAS ESTÃO 
ASSOCIADAS À POBREZA, À 
FOME, AO ANALFABETISMO 
E A INJUSTIÇA SOCIAL? 
 
A transmissão dos 
enteroparasitarios está diretamente 
relacionada com as condições de 
vida e higiene das comunidades 
urbanas e rurais. 
A alta prevalência de parasitose 
entre as populações de baixo nível 
socioeconômicos é resultante do 
padrão de vida, de higiene e de 
educação, os quais, são 
inadequados e deficientes. 
A erradicação de parasitose 
intestinais requer melhorias das 
condições socioeconômicos, no 
saneamento básico e na educação 
sanitários, além de mudanças de 
certos hábitos. 
CAUSAS QUE CONTRIBUEM 
PARA AS DOENÇAS 
PARASITÁRIAS 
• Moradia inadequada 
• Salários insuficientes 
• Nutrição deficiente 
• Educação insuficiente 
• Crescimento desordenado das 
cidades criando os chamados 
cinturões de pobreza com elevada 
densidade populacional em 
estado de confinamento 
• Condições de vida e higiene das 
comunidades 
• Hábitos e costumes das pessoas 
 
MECANISMOS DE 
TRANSMISSÃO CONFORME 
PORTA DE ENTRADA 
• Boca 
• Contato direto (congênito; sexual) 
• Pele (penetração ativa das 
larvas) 
• Vetorial 
 
VEÍCULOS DE TRANSMISSÃO 
DO PARASITO 
 
• Contaminação direta no ambiente 
• Inoculação por insetos 
transmissores 
• Inoculação por objetos 
• Contato com outras pessoas 
• Alimentação 
CONSEQUÊNCIAS 
• O parasito pode causar 
incapacidade funcional 
• A doença parasitaria pode levar à 
morte 
• As doenças parasitarias são 
frequentes na população mundial 
• Alguns parasitos representam 
grave problema de saúde púbica. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
PARASITOS DO HOMEM 
SEGUNDO SEU MECANISMO 
DE TRANSMISSÃO 
 
• Parasitos transmitidos entre 
pessoas devido ao contato 
pessoal ou objetos de uso pessoal 
ou objetos de uso pessoal 
(fômites). EX: Sarcoptes scabiei; 
Phthirus púbis; Pediculus 
humanus; Trichomonas vaginalis. 
 
 
• Parasitos transmitidos pela água, 
alimentos, mãos, sujas ou poeira. 
EX: Giardia lamblia, Toxoplasma 
gondii, Hymenolepis nana, 
Cisticercose, Ascaris 
lumbricoides, Trichuris trichiura, 
Enterobios vermiculares. 
 
 
• Parasitos transmitidos pelo solo 
contaminado por larvas (geo-
helmintoses): Ancylostoma 
duodenale; Necator americanos, 
Strongyloides stercoralis. 
 
 
 
 
• Parasitos transmitidos por vetores 
ou hospedeiros intermediários: 
Leishmania sp, T. cruzi, 
Plasmodium sp; S. mansoni; T 
solium, T saginata, W. brancrofti 
 
 
 
• Parasitos transmitidos por 
mecanismos de defesa diversos: 
larvas, moscas (miíases), Tunga 
penetrans. 
 
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA 
PARASITOLOGIA NA SAÚDE 
Sua importância se dá pelo 
conhecimento fundamentais para o 
diagnóstico, a compreensão da 
patologia, da epidemiologia, da 
terapêutica e profilaxia das doenças 
parasitárias. 
 
→Brasil: 55,3% crianças parasitadas 
→51% poliparasitadas. 
 
As infecções parasitarias são 
doenças causadas por seres vivos 
que possuem a capacidade de retirar 
de outros organismos os recursos 
necessários para a sua 
sobrevivência. Esses patógenos 
podem ser encontrados tanto na 
zona rural, quanto na urbana. 
 
São três, os elementos necessários 
para a infecção, sendo eles, o 
hospedeiro, o parasito e as 
condições ambientais, que 
compõem a tríade epidemiológica 
clássica de doenças parasitarias. 
As infecções por parasitos podem 
ser sintomáticas ou assintomáticas. 
Sendo assim, quando os sintomas 
estão presentes, normalmente se 
observa diarreia, dores abdominais, 
febre, obstrução intestinal e retal. 
Além desses sintomas, os parasitos 
podem afetar a parte nutricional do 
individuo, causando, assim, 
pequenas hemorragias, e por 
consequência anemia, e em 
crianças, podem levar a um prejuízo 
da função cognitiva. 
 
→ apesar dos avanços 
tecnológicos e científicos, 
doenças parasitarias ainda é um 
problema significativo na saúde 
da população. 
 
ASSOCIAÇÃO ENTRE OS 
SERES VIVOS 
Forésia: quando, na associação 
entre dois organismos diferentes, 
uma delas busca apenas abrigo e/ou 
transporte. Ex: veiculação dos ovos 
de Dermatobia hominis por moscas 
ou mosquitos. 
Mutualismo: quando organismos de 
espécies diferentes vivem em intima 
associação, havendo beneficio 
mutuo. Ex: associação de 
protozoários e bactérias ao rúmen de 
bovinos. 
Comensalismo: uma espécie obém 
vantagem sem promover prejuízos 
para a outra (hospedeiro). Ex: 
Entamoeba coli vivendo no intestino 
grosso humano. 
Parasitismo: unilateralidade de 
benefícios (hospedeiro fornece 
nutrientes e abrigo para o parasito, 
mas promove danos a ele). Ex: 
Entamoeba histolytica no intestino 
grosso humano. 
→ para que haja doença 
parasitaria, existem alguns 
fatores: 
Inerentes ao parasito: numero de 
exemplares que atingiram o 
hospedeiro, virulência de cepa do 
parasito. 
Inerente ao hospedeiro: idade, 
nutrição, tipo de resposta imune 
desenvolvida. 
AÇÃO DO PARASITO SOBRE 
O HOSPEDEIRO 
A ação do parasito sobre o 
hospedeiro é de extrema importância 
para a parasitologia, pois é por 
intermédio dela que poderá ocorrer 
doenças no hospedeiro. 
Deve-se ressaltar, entretanto, que a 
patogenicidade dos parasitos é o 
resultado de uma coadaptação entre 
as espécies, podendo chegar a um 
equilíbrio dinâmico entre a 
patogenicidade do parasito e a 
resistência do hospedeiro. 
Mecânica: ação exercida pela 
presença do parasito em 
determinado órgão, podendo ser 
uma ação obstrutiva ou destrutiva 
durante sua migração.Ex: 
enovelamento do Ascaris 
lumbricoides no intestino delgado 
humano (provoca necrose de 
segmento das alças do intestino 
delgado atingida). 
Espoliativa: quando o parasito retira 
nutrientes do hospedeiro. Ex: 
competição alimentar entre o Ascaris 
lumbricoides, as tênias e 
hospedeiros. 
Traumática: quando o parasito 
promove traumas no hospedeiro, 
tanto na forma adulta, quanto na fase 
larvária. 
Tóxica: quando produtos do 
metabolismo do parasito são tóxicos 
para o hospedeiro. Ex: formação de 
granulomas pelos ovos de 
Schistosoma mansoni. 
Imunogênica: quando partículas 
antigênicas de parasitos 
sensibilizam tecidos do hospedeiro, 
aumentando a resposta imunitária, a 
qual agrava a parasitose. Ex: 
malária, agravada pelo sistema 
imune. 
Irritativa: presença constante do 
parasito, que, sem produzir lesões 
traumáticas, irrita o local parasitado. 
Ex: ação das ventosas dos Cestoda 
na mucosa intestinal. 
Inflamatória: próprio parasito ou 
produtos de seu metabolismo 
estimulam o afluxo de células 
inflamatórias locais. Ex: formação de 
granulomas em torno de ovos de S. 
mansoni. 
Enzimática: ocorre na penetração 
da pele por cercarias de S. mansoni 
na mucosa do intestino grosso 
humano. 
Anóxia: quando ocorre grande 
consumo de oxigênio pelo parasito 
nas hemácias, podendo provocar 
anóxia generalizada. Ex: parasitismo 
de hemácias pelos plasmódios. 
CICLO BIOLOGICO, 
HOSPEDEIRO E VETOR 
Denomina-se ciclo biológico ou ciclo 
vital às diversas fases e etapas que 
um parasito passa durante sua vida. 
Em alguns ciclos, a passagem de um 
hospedeiro para o outro é direta e 
em outros ciclos o parasito utiliza um 
hospedeiro intermediário para 
alcançar o hospedeiro definitivo. 
Tipos básicos de ciclo biológico: 
Ciclo monoxênico: quando no ciclo 
biológico só há participação de um 
hospedeiro, ou seja, o definitivo. 
Também é chamado de ciclo direto. 
Ciclo heteroxênico: quando o ciclo 
biológico há participação de um 
hospedeiro intermediário, no qual se 
desenvolve parte do ciclo. Nesse 
hospedeiro intermediário é que se 
desenvolvem as formas infectantes 
do parasito. Também chamado de 
ciclo direto. 
VETOR 
Biológico: quando o parasito se 
reproduz ou se desenvolve no 
molusco ou no artrópode. 
Mecânico: quando o parasito não se 
reproduz e nem se desenvolve no 
vetor, pois esse apenas o transporta. 
Inanimado ou fômite: quando o 
parasito é transportado por objetos, 
tais como seringa, especulo, talher, 
copo. 
FASES BIOLÓGICOS 
Fases biológicas ou “estágios”, são 
as fases pelas quais os parasitos 
passam durante seu ciclo biológico. 
Exemplo: os Díptera (moscas e 
mosquitos) passam pelos estágios 
de ovo, larva, pupa e adultos. 
Quando uma larva passa por fases 
diversas, sofrendo mudas, o 
intervalo entre essas mudas é 
denominado de “estádio”, ou seja, 
teremos larva de estádio I, larva de 
estádio II, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
Bibliografia Básica: 
•CIMERMAN, B. Atlas de parasitologia humana. Rio de Janeiro: Atheneu, 2012. 
•NEVES, D. P. Parasitologia humana. 13. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2016. 
•REY, L. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2009. 
Bibliografia Complementar: 
•CIMERMAN, Benjamin; CIMERMAN, Sérgio. Parasitologia humana e seus 
fundamentos gerais. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 
•MORAES, R. G. de. Parasitologia e micologia humana. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2009. 
•ROCHA, Arnaldo. Parasitologia. São Paulo: Ridell, 2013.

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