Análise das Demonstrações Financeiras - aULA 10

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Análise das Demonstrações
Financeiras
Aula 10 - Relatórios de Análise
INTRODUÇÃO
A Análise das Demonstrações Contábeis pode ser elaborada por diversas demandas, no entanto, seu propósito básico é identi�car a situação
econômico-�nanceira. Desse modo, não há uma estrutura rígida predeterminada para a confecção do parecer.
Geralmente, o analista destaca algumas características operacionais da empresa, as fontes da coleta de informações, os ajustes e as
reclassi�cações efetuados, os cálculos realizados, assim como, o parâmetro de comparação seguido e, por �m, as conclusões sobre a situação
econômico-�nanceira da empresa analisada.
Nesta aula, você irá reconhecer os respectivos pareceres da posição econômica e �nanceira da empresa objeto da análise.
OBJETIVOS
Analisar o conceito de Relatório de Análise.
Elaborar um Relatório de Análise.
CONCEITO DE RELATÓRIO DE ANÁLISE
O Relatório de Análise refere-se a um documento elaborado pelo analista de Balanços com a �nalidade de apresentar as conclusões do
desenvolvimento do processo de análise.
Alexzel / Shutterstock
A Análise de Balanços possui diversos usuários e com as demandas informacionais especí�cas em que o analista deverá manter seu
direcionamento das informações apresentadas no parecer e que favorecem o processo decisório.
Normalmente, o Relatório de Análise apresenta as informações da situação econômico-�nanceira da empresa, como também do seu desempenho
no decorrer dos períodos em análise e perspectivas futuras.
O Relatório deve conter informações sobre o grau de endividamento, liquidez e rentabilidade obtidos, mesmo que os resultados sejam
negativos devem ser apresentados e preferencialmente, justi�cados.
Iconic Bestiary / Shutterstock
Ademais, o analista de Balanços deve elaborar um relatório com uma linguagem compreensível para todos os tipos de usuários e que seja útil na
tomada de decisões e podendo conter muitos quocientes calculados, comparação com a concorrência e informações complementares.
Outro tipo de parecer da Análise das Demonstrações Contábeis pode destacar poucas informações, ou seja, pode-se apresentar um Relatório Breve
baseando-se apenas os aspectos mais importantes da situação patrimonial e �nanceira.
Geralmente, se o relatório for completo, inicia-se com a contextualização da empresa, em seguida o propósito da análise, a fonte dos dados, os
ajustes e as reclassi�cações, os índices de correção utilizados, os parâmetros de comparação e por �m os dados econômico-�nanceiros, tais como:
COMO ELABORAR UM RELATÓRIO DE ANÁLISE
Vejamos a seguir, por meio de um Relatório Breve, as conclusões obtidas a partir da análise da situação econômico-�nanceira da companhia
analisada ao longo das aulas, pois preferencialmente bancos, clientes, fornecedores e demais usuários se satisfazem com poucas informações.
Fonte da Imagem:
Parecer da Análise horizontal BP
Droga Raia em 2011
LEIA SOBRE
O Patrimônio sofreu um aumento de 20,40%, em 2016 (comparado com 2015), sendo que o Ativo Circulante aumento
27,6%, Realizável a Longo Prazo aumentou 14,3% e os Ativos Investimentos, Imobilizado e Intangível juntos
aumentaram 26,1%.
Por outro lado, o Passivo Circulante aumentou 32,5%, o Passivo não Circulante aumento 36,8% e o Patrimônio Líquido
teve aumento de 10,5%.
Trata-se de uma Variação Nominal que desconsidera os efeitos da in�ação. Recomenda-se que a in�ação seja
corrigida de acordo com índice determinado pela empresa e seu segmento de atuação.
Fonte da Imagem:
Parecer da Análise horizontal DRE
Droga Raia em 2016
LEIA SOBRE
Percebe-se que a Receita teve aumento real de 26,5%. Esse aumento, associado ao aumento do CVM, em 25,4%,
provocou o aumento real do Lucro Bruto em 29,1%. As Despesas com Vendas e Gerais e administrativas totalizaram
um crescimento de 51,0%, o que contribui para um aumento do Lucro antes do Resultado Financeiro e dos Tributos de
40,9% e o Lucro Líquido com um crescimento de 32,8%, em 2016 (comparado com 2015).
Trata-se de uma Variação Nominal que desconsidera os efeitos da in�ação. Recomenda-se que a in�ação seja
corrigida de acordo com índice determinado pela empresa e seu segmento de atuação.
Fonte da Imagem:
Parecer da Análise vertical do BP
Droga Raia em 2011
LEIA SOBRE
Identi�camos que, em 2016, 60,6% do patrimônio são aplicados em ativos realizáveis no curto prazo, 0,9% em ativos
realizáveis no longo prazo e 38,5% em ativos que não se tem por expectativa transformar em dinheiro (Ativo
Investimento, Imobilizado e Intangível, somados). Em 2015, essas proporções eram 57,2% (AC), 0,9% (RLP) e 41,9%, o
que nos permite identi�car que a Droga Raia priorizou, nos últimos dois anos, aplicações em Ativos Circulantes.
Fonte da Imagem:
Parecer da Análise vertical do BP
Droga Raia em 2011
LEIA SOBRE
Esse mesmo patrimônio, em 2016, é �nanciado 38,6% com dívidas que vencem no curto prazo, 9,5% por dívidas que
vencem no longo prazo e 51,9% por capitais próprios da entidade. Em 2015, essas proporções eram 35,1% (PC), 8,4%
(PÑC) e 56,5% (PL) sugerindo que a Droga Raia priorizou a obtenção de recursos próprios nos anos de 2016 e 2015.
Fonte da Imagem:
Parecer da Análise vertical da DRE
Droga Raia em 2016
LEIA SOBRE
O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) corresponde, em 2016, a 68,9% da Receita; o Resultado Antes do Resultado
Financeiro e dos Tributos corresponde a 6,3%, isto é, a empresa tem uma lucratividade líquida de 4,0% da Receita. Em
2015, o CMV correspondia a 69,5% da Receita, o Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos corresponde
a 5,6% da Receita e a lucratividade líquida era 3,8%.
Fonte da Imagem:
Parecer da situação econômico-�nanceira
Endividamento
LEIA SOBRE
A Raia Drogasil é mais �nanciada pelos acionistas que por terceiros (Endividamento Geral = 0,93) e 80% de suas
dívidas vencem no curto prazo. A empresa não precisa utilizar recursos de terceiros para �nanciar seu Imobilizado,
pois o Patrimônio Líquido é su�ciente para aplicar no Imobilizado (IPL=0,74). Em 2015, os indicadores de
endividamento foram maiores que em 2015, demonstrando a Raia Drogasil estar melhor em 2016 que em 2015.
Fonte da Imagem:
Parecer da situação econômico-�nanceira
Liquidez
LEIA SOBRE
A Raia Drogasil apresenta boa liquidez, tanto de longo prazo (Liquidez Geral = 2,08), quanto de curto prazo (Liquidez
Corrente = 1,57), entretanto, essa �gura se inverte, se não conseguir transformar em dinheiro os seus Estoques e
outros Ativos Circulantes de difícil realização, como Despesas Antecipadas e Outros (Liquidez Seca = 0,53), e as
Disponibilidades só cobrem 13% das dívidas de curto prazo (Liquidez Imediata = 0,13). Em 2015, os indicadores de
liquidez foram maiores aos de 2016.
Fonte da Imagem:
Parecer da situação econômico-�nanceira
Rentabilidade
LEIA SOBRE
A Raia Drogasil remunerou seus acionistas a 0,15% ao ano (Retorno do Patrimônio Líquido, RPL = 0,15%) e todos os
recursos que �nanciaram o Patrimônio Total (Passivo e Patrimônio Líquido) a 0,08% (Retorno do Ativo = 0,08%). Em
2015, o RPL e o RA foram menores que em 2015.
Fonte da Imagem:
Parecer dos Prazos Médios
LEIA SOBRE
Em 2016, a Raia Drogasil operou com signi�cativa Necessidade de Capital de Giro, pois apresentou um Ciclo
Financeiro desfavorável em 49 dias. A�nal, seu Ciclo Operacional foi de 110 dias (Prazo Médio de Estocagem, PME =
88, mais Prazo Médio de Recebimento de Vendas, PMRV = 22 dias) e seu Prazo de Pagamento a Fornecedores, PMPF,
foi de 61 dias. Em 2015, o Ciclo Financeiro (58 dias) foi melhor que o de 2016.
ATIVIDADES
Questão 1 - Quanto ao Relatório de Análise marque a resposta correta:
Trata-se de um documento que contém as conclusões resultantes do desenvolvimento do Processo de Análise.
É uma técnica utilizada para a comprovação e exatidão dos dados evidenciados nas demonstrações contábeis.
A técnica da análise das demonstrações contábeis permite a comparação e interpretação dos dados demonstrados em relatórios contábeis.
Essa técnica consolida as demonstrações contábeis e corresponde à uni�cação dasdemonstrações contábeis da empresa controladora e de suas controladas.
Justi�cativa
Questão 2 - As principais informações que devem constar, em um Relatório de Análise, são:
Balanço Patrimonial (BP) e Demonstração do Resultado (DRE).
DVA — Demonstração do Valor Adicionado e DFC Demonstração do Fluxo de Caixa.
Situação econômico-�nanceira, desempenho ao longo dos exercícios e tendências para o futuro.
DRA, Demonstração do Resultado Abrangente e DMPL, Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido.
Justi�cativa
Questão 3 - Para o banco interessa saber:
Como a análise das demonstrações contábeis auxilia no processo decisório e na formulação da estratégia.
Na análise das demonstrações contábeis, busca-se obter informações acerca da estabilidade e lucratividade de seus empregadores.
A preocupação basicamente é com a rentabilidade da empresa, além da análise �nanceira, consideram os fatores de preço e a valorização das ações.
Entre as análises utilizadas destacam-se a veri�cação da Liquidez, do Grau e Qualidade de Endividamento, como também a análise de rentabilidade e lucrativa
na concessão de �nanciamentos a longo prazo.
Justi�cativa
Questão 4 - Um Relatório Breve de Análise de Balanços deve conter:
Os aspectos mais importantes do contexto operacional da entidade.
Os aspectos mais importantes da situação econômico-�nanceira.
Os aspectos mais importantes da análise da concorrência.
Os aspectos mais importantes da análise dos últimos 5 anos da entidade.
Justi�cativa
Questão 5 - Sobre o Relatório de Análise, todas as alternativas estão corretas, exceto:
Existe um modelo padronizado de Relatório de Análise em qualquer tipo de entidade.
Poderão conter uma quantidade maior ou menor de informações dependendo da profundidade do exame aplicado.
Bancos e fornecedores podem utilizar os Relatórios Breves.
Para ser e�ciente deve conter linguagem compreensível a todos os usuários.
Justi�cativa
Glossário