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Metabolismo - Glicólise

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Correlação com a prática 
Qual a relação do metabolismo da 
glicose em uma situação de corrida 
explosiva e uma maratona ? 
➜ Em uma corrida explosiva o 
competidor gasta fontes energéticas 
que são rápidas de serem adquiridas 
➜ creatina, fosfato ➜ carboidratos 
simples. 
➜ Em uma maratona o indivíduo tem 
tempo de adquirir energia de fontes 
mais duradouras, de forma paulatina ➜ 
carboidratos complexos. 
1º fonte do corpo ➜ humano glicose e 
fontes rápidas de ATP ➜ quando o 
índice glicêmico reduz a níveis críticos 
é utilizada outras fontes de energia 
2º fonte do corpo ➜ glicogênio e 
lipídeos ➜ são fontes com muita 
energia mas adquiridos de forma mais 
lenta 
3º fonte do corpo ➜ proteínas, 
quando a fonte de lipídeos acaba. 
Correlação clínica 
Consumo de glicose em cél 
neoplásicas 
O consumo de glicose em células 
cancerígenas é maior ➜ o tecido 
neoplásico não tem muitos vasos 
sangue ➜ não passa muito O2 ➜ 
ocorre a fermentação anaeróbica (o 
consumo de O2 é maior) para que a 
células continue seu processo de 
metástase. 
Glicose 
Em que a glicose é usada ? 
 
➜ Nos vegetais ela é armazenada na 
forma de amido. 
 
 
➜ As reações anabólicas e catabólicas 
ocorrem simultaneamente nas células 
➜ a glicose atua nas duas vias. 
Anabolismo x catabolismo 
- Reação anabólica ➜ moléculas 
simples + gasto de energia = moléculas 
complexas ➜ reação de síntese 
- Reação catabólica ➜ moléculas 
complexas se quebram = moléculas 
simples + liberação de energia ➜ 
reação de quebra. 
 
Correlação clínica 
Anabolizantes ➜ visam fazer reações 
anabólicas (crescimento muscular) por 
meio do hormônio testosterona ➜ o 
anabolismo > catabolismo = balanço 
nitrogenado positivo ➜ retém mais N2 
➜ maior síntese proteica no corpo ➜ 
hipertrofia. 
 
 
Relação da glicose com outros 
metabolismos 
 
Metabolismo da glicólise e mecanismo 
enzimático 
A glicose pode ter diversos caminhos 
no corpo: 
1º) Pode ser armazenada como 
glicogênio (processo de glicogênese) 
➜ para quando a glicose diminuir e 
tiver baixos índices glicêmicos ocorrer 
a liberação desse glicogênio 
armazenado. 
2º) Pode ir para a via das pentoses ➜ 
importante na síntese dos nucleotídeos 
e NADph (transportador de H para a 
biossíntese) 
3º) Pode ser degradada em 
piruvato/ácido pirúvico (via da glicólise) 
➜ a partir desse piruvato pode ser 
 
sintetizado mais glicose (processo de 
gliconeogênese/neogliconeogênese). 
 
O que é glicólise ? 
➜ É a quebra de compostos glicídicos 
(de carboidrato) ➜ produto dessa 
quebra: 2 piruvatos. 
Glicose: 6C ➜ produto: 2 moléculas de 
piruvato: cada uma com 3C 
Onde ocorre ? 
➜ As reações de glicólise ocorrem no 
citosol/citoplasma 
Funções da glicólise 
- Transformar glicose em piruvato 
- Sintetizar ATP ➜ com ou sem O2 
- Preparar a glicose para ser degradada 
totalmente em CO2 e H2O ➜ ocorre 
no Ciclo de Krebs 
- Permitir a degradação parcial da 
glicose em anaerobiose ➜ ausência de 
O2. 
- Produzir alguns intermediários que 
serão utilizados em diversos outros 
processos biossintéticos. 
Como ocorre ? 
Visão geral 
A glicólise é dividida em 2 fases: 
1º fase = fase preparatória 
 
Haverá gasto de energia em 2 
momentos ➜ 1º) na conversão de 
glicose em glicose-6-fosfato (gasta 
ATP) ➜ 2º) frutose-6-fosfato em 
frutose-1,6-difosfato (gasta ATP) 
Saldo final: é produzido o gliceraldeído-
3-fosfato e é gasto 4 moléculas de 
ATP. 
 
 
 
 
2º fase = fase de pagamento 
A energia gastada na fase de 
preparação será recuperada ➜ 
produto final: piruvato. 
 
O gliceraldeído-3-fosfato vai ser usado 
para reduzir o NAD ➜ o NAD será 
fosforilado ➜ vai produzir 1,3-
bifosfoglicerato (possui ligação de alta 
energia) ➜ o 1,3-bifosfoglicerato 
fosforila o ATP (2 fosfatos fosforilando 
2 moléculas de ATP) e produz o 3-
fosfoglicerato ➜ o fosfato que estava 
no carbono 3 será transferido para o 
carbono 2, forma o 2-fosfoglicerato ➜ 
ocorre uma desidratação (perda de 
água) ➜ produz o fosfoenolpiruvato 
(um composto instável) ➜ o fosfato do 
C2 será liberado para fosforilar mais 2 
ATPs ➜ forma o piruvato. 
Saldo final: é produzido o piruvato, 4 
moléculas de ATP e o NADH. 
 
OBS geral: As reações que acontecem 
espontaneamente possuem um delta G 
positivo ➜ as reações que não 
acontecem espontaneamente possuem 
um delta G negativo. 
 
➜ As reações que possuem delta G 
negativo são as reações 
reguladas/regulatórias. 
OBS geral: São 10 reações totais que 
caracterizam o processo de glicólise. 
 
 
Visão detalhada da 1º fase (fase 
preparatória) 
1º reação ➜ glicose em glicose-6-
fosfato ➜ reação não espontânea. 
(gasta ATP) 
Ocorre por meio da Hexoquinase 
(enzima) ➜ fosforila a glicose e produz 
glicose-6-fosfato ➜ a hidroxila (OH) do 
C6 da glicose é fosforilada (Acrescida 
de fosfato, P) ➜ vira glicose-6-fosfato 
➜ para que ocorra essa fosforilação o 
ATP doa seu fosfato e vira ADP (é 
gasta uma molécula de ATP). 
 
Essa 1º reação ocorre para que 
aumente a eletricidade da molécula de 
glicose ➜ o que dificulta sua saída da 
célula ➜ a célula possui membrana 
plasmática lipoproteíca (isolante elétrico) 
➜ ao evitar que a glicose saia da célula 
a célula poupa de gastar ATP. 
2º reação ➜ glicose-6-fosfato vira 
frutose-6-fosfato ➜ é espontânea. 
(não gasta ATP). 
 
A glicose-6-fosfato usa da enzima 
fosfoglicose isomerase para virar 
frutose-6-fosfato ➜ essa 
transformação ocorre com o objetivo 
de tornar a molécula mais simétrica 
(para formar 2 moléculas iguais no 
produto final) ➜ frutose-6-fosfato é 
mais simétrica que a glicose-6-fosfato. 
 
3º reação ➜ frutose-6-fosfato vira 
frutose-1,6-difosfato ➜ reação não 
espontânea (gasta ATP). 
 
 
Haverá outra fosforilação (adição de P) 
no carbono 1 ➜ ATP doa P e vira ADP 
(gasta ATP) ➜ a enzima 
fosfofrutocinase realiza essa reação ➜ 
a molécula fica ainda mais simétrica 
com fosfato dos dois lados. 
4º reação ➜ frutose-1,6-bifosfato vira 
di-hidroxiacetonafosfato e gliceraldeído-
3-fosfato. 
Ocorre a quebra da molécula frutose-
1,6-bifosfato (relativamente simétrica) ➜ 
produz o di-hidroxiacetonafosfato e o 
gliceraldeído-3-fosfato (são semelhantes 
mas não são iguais/simétricas) ➜ a 
enzima aldolase realiza essa quebra. 
 
5º reação ➜ Di-hidroacetonafosfato 
vira gliceraldeído-3-fosfato. 
A di-hidroxiacetonafosfato é convertida 
pela enzima triose fosfato isomerase 
➜ vira outra molécula de gliceraldeído-
3-fosfato ➜ o resultado final da etapa 
de preparação são 2 moléculas de 
gliceraldeído-3-fosfato. 
 
 
Para que ocorra a formação do 
gliceraldeído-3-fosfato são necessárias 
9 moléc de DHAP(di-
hidroxiacetonafosfato) para formar 1 de 
GAP (gliceraldeído-3-fosfato) ➜ na 
célula há um consumo de GAP para 
que o DHAP comece a ser convertido 
em mais GAP. 
Visão detalhada da 2º fase (fase de 
pagamento) ➜ o que ocorrer nessa 
fase ocorrerá em dobro ➜ são 2 
moléculas de gliceraldeído-3-fosfato. 
6º reação ➜ gliceraldeído-3-fosfato 
vira 1,3-bifosfoglicerato. 
 
 
O GAP é fosforilado (adição de P) pela 
enzima Gliceraldeído-3-fosfato 
desidrogenase ➜ a fosforilação não 
será doada pelo ATP, será adicionado 
um fosfato inorgânico (Pi) ➜ de baixa 
quantidade de energia ➜ esse 
processo é um processo de 
fosforilação ao nível do substrato ➜ 
haverá também a redução do NAD 
para produzir NADH + H+. 
 
Duas partes da reação: 
1º parte) oxidação do GAP e redução 
do NAD 
GAP é oxidado (acrescido de O2) e vira 
ácido carboxílico ➜ ao ser oxidado 
reduz o NAD em NADH + H+ ➜ por 
produzir o NADH (que é muito 
energético) é uma reação favorável ➜ 
delta G é negativo (acumula energia) 
2º parte) fosforilação do ácido 
carboxílico 
O composto do ácido carboxílico se 
fosforila (adição de fosfato) a nível do 
substrato (adição de fosfato inorgânico 
– Pi) ➜ fosforilação desfavorável ➜ 
delta G é positivo.As 2 partes da reação juntas = reação 
favorável ➜ pois o favorecimento da 1º 
parte compensa o desfavorecimento 
da 2º parte ➜ devido à alta energia 
produzida do NADH. 
 
2 partes da 6º reação graficamente: 
 
 
 
 
Gráfico da esquerda: 
A curva de oxidação é uma reação 
favorável (produz energia) ➜ a energia 
é dissipada (redução da curva) até o 
ponto mínimo ➜ a formação do 
acilfosfato (ácido carboxílico fosforilado) 
requer muita energia (reação 
desfavorável), o que aumenta a curva 
novamente ➜ produto final: 1,3-
bifosfoglicerato. 
Gráfico da direita: 
Oxidação (produz energia) ➜ tioéster 
intermediário (produto da oxidação que 
e rico em energia) ➜ esse produto 
rico em energia foi o que favoreceu a 
ocorrência da reação de fosforilação 
(que requer energia) e formação do 
acilfosfato ➜ produto final: 1,3-
fosfoglicerato. 
Resultado final: o acoplamento das 2 
reações torna a reação total favorável. 
7º reação ➜ 1,3-bifosfglicerato vira 3-
fosfoglicerato. 
O 1,3-bifosfoglicerato irá fosforilar o 
ATP (transferir o P para o ATP) ➜ 2 
moléculas de 1,3-bifosfoglicerato vai 
formar 2 moléculas de ATP ➜ esse 
processo é realizado pela enzima 
Fosfoglicerato cinase ➜ o fosfato (P) 
não teria condição energética de 
fosforilar diretamente o ATP, por isso 
houve a produção do 1,3-
bifosfoglicerato (composto altamente 
energético) ➜ produto: 3-
fosfoglicerato. 
 
Representação gráfica: 
 
Ocorre a reação 6 com a oxidação do 
GAP e formação do 1,3 bifosfoglicerato 
➜ o composto 1,3-bifosfoglicerato é 
altamente energético ➜ doa o P para 
o ADP que vira ATP ➜ o ATP possui 
um nível energético alto mas menor 
que o composto 1,3-bifosfoglicerato. 
 
 
8º reação ➜ 3-fosfoglicerato vira 2-
fosfoglicerato. 
 
O fosfato do C 3 do 3-fosfoglicerato é 
transferido para o C 2, virando 2-
fosfoglicerato ➜ quem realiza esse 
processo é o fosfoglicerato mutase. 
O P no 2º C gera uma instabilidade 
eletrônica desfavorável com o O do C 
1º ➜ ambos tem carga negativa ➜ 
isso facilita a saída mais facilmente do P 
do C 2 na reação posterior. 
9º reação ➜ 2-fosfoglicerato é 
desidratado (perde água) e vira 
fosfoenolpiruvato. 
 
A ligação dupla estabelecida com a 
desidratação do 2-fosfoglicerato virando 
fosfoenolpiruvato torna a nuvem 
eletrônica da ligação mais instável ➜ 
favorece mais ainda a retirada do P. 
10º reação ➜ fosfoenolpiruvato vira 
piruvato. 
 
O fosfoenolpiruvato (composto 
bastante energético) doa seu P para o 
ADP ➜ vira ATP ➜ a perca do P do 
fosfoenolpiruvato transforma o 
composto em piruvato. 
Saldo final: 2 ác pirúvico + 4 moléc de 
ATP. 
Resumo da glicólise 
 
 
 
 
 
 
 
Regulação da glicólise 
Outros açúcares entrando na via 
glicolítica 
 
Regulação hormonal 
Insulina e glucagon ➜ atuam em 
mecanismo de feedback negativo. 
Insulina ➜ estimula a glicólise (quebra 
da molécula de glicose para produzir 
ATP) e a glicogênese (síntese de 
glicogênio) ➜ atua quando a glicose 
está elevada no sangue ➜ a insulina 
joga a glicose para dentro da célula 
para iniciar a glicólise ➜ atua na inibição 
de glicogenólise e gliconeogênese (para 
não liberar mais glicose para o sangue) 
Glucagon ➜ estimula a glicogenólise 
(catabolismo do glicogênio – quebra do 
glicogênio para produzir energia) e a 
gliconeogênese (síntese de glicose) ➜ 
atua quando a glicose no sangue está 
baixa ➜ estimula o fígado a 
metabolizar e liberar glicose no sangue 
➜ atua em feedback negativo da 
glicólise e glicogênese. 
Visão detalhada da ação hormonal 
Glucagon ➜ secretado pelo pâncreas 
➜ se liga a um receptor na membrana 
➜ ativa a enzima adenilato ciclase ➜ 
produz o AMP ➜ que ativa a proteína 
quinase A ➜ fosforila seus substratos, 
um deles é a fosfofrutoquinase 2 
(enzima que transforma frutose-5-
fosfato em frutose-2,6-bifosfato) ➜ a 
fosforilação dessa enzima vai inativa-la, 
desfosforilada ela é ativa ➜ o que 
impede a enzima de converter o 
composto frutose-5-fosfato em 
frutose-2,6-bifosfato ➜ haverá uma 
diminuição dos níveis de frutose-2,6-
fosfato ➜ haverá um freio na via 
 
glicolítica devido ao aumento do 
glucagon. 
Insulina ➜ aumenta a transcrição 
genética (produção de enzimas) ➜ 
isso aumenta a quantidade de enzimas 
que atuam na glicólise (principalmente a 
glicoquinase, fosfofrutoquinase e 
piruvatoquinase) ➜ aumenta o 
processo de glicólise. 
Fim do processo de glicólise 
 
O piruvato pode seguir 2 vias: 
Com presença de O2 (aeróbica) ➜ 
ciclo de Krebs 
Sem presença de O2 (anaeróbica) ➜ 
fermentação. 
Fermentação ➜ produz compostos 
alcóolicos (fermentação alcóolica) ou 
compostos ácidos (fermentação láctica). 
 
 
Fermentação láctica 
Ocorre na corrida explosiva ➜ não dá 
tempo de ocorrer o processo aeróbico 
e quebra total da glicose ➜ ocorre a 
fermentação e produção de lactato no 
músculo ➜ resulta em câimbras e 
diminuição do PH, intoxicação das fibras 
musculares. 
 
No processo de glicólise o gliceraldeído-
3-fosfato é convertido em 1,3-
bifosfoglicerato ➜ nesse processo o 
NAD+ reduz em NADH+ + H+ ➜ como 
é um processo que requer glicose 
rapidamente, o NADH+ não consegue ir 
para a cadeia respiratória para produzir 
energia (processo mais demorado) ➜ 
o NADH+ fica sendo acumulado e o 
NAD+ fica sendo gasto/oxidado até não 
ter mais NAD+ para oxidar (não há 
como a glicólise ser realizada) ➜ a 
célula passa então a transformar o 
piruvato em lactato por meio da 
 
enzima lactate desidrogenase ➜ para 
isso é utilizado o NADH+, que doa seu 
H para o piruvato e volta a ser o NAD+ 
, enquanto o piruvato se transforma 
em lactato (a carbonila do piruvato vira 
hidroxila, virando lactato) ➜ tendo 
novamente o NAD+ o processo 
recomeça. 
O lactato vai se acumulando ➜ para 
que isso não ocorra existe o Ciclo de 
Cori ➜ o lactato produzido cai no 
sangue ➜ vai para o fígado ➜ o 
fígado utiliza a enzima lactate 
desidrogenase e converte NAD+ em 
NADH+ e produz o piruvato ➜ entra 
na via de gliconeogênese ➜ produz 
mais glicose ➜ a glicose volta para o 
músculo para ser utilizada na produção 
de ATP. 
 
Metabolismo da frutose e mecanismo 
enzimático 
OBS geral: O mecanismo enzimático é 
utilizado para regular a quantidade de 
energia da célula ➜ responsável pela 
realização dos processos. 
 
Como a frutose é absorvida ? 
A frutose passa da luz do intestino para 
os enterócitos (cél do intestino) por 
meio do GLUT 5 ➜ dos enterócitos 
para o sistema porta por meio do 
GLUT 2 (localizado na membrana basal) 
➜ a frutose não atinge diretamente a 
circulação sistêmica, vai para o fígado 
primeiro ➜ no fígado é metabolizada. 
 
 
 
No fígado 
A frutose é fosforilada (adição de P) 
pela enzima frutoquinase ➜ transfere 
o P de um ATP, resultando no ADP ➜ 
a molécula formada será frutose-1-
fosfato ➜ a frutose-1-fosfato é 
convertida/quebrada em 2 moléculas 
(trioses = molécula com 3C) pela 
enzima aldolase ➜ di-
hidroxiacetonafosfato e gliceraldeído ➜ 
gliceraldeído vira gliceraldeído-3-fosfato 
pela ação da enzima 
gliceraldeídoquinase ➜ o ATP doa seu 
P e vira ADP. 
Di-hidroxiacetonafosfato e gliceraldeído-
3-fosfato vão para o metabolismo 
humano ➜ quando esses dois 
compostos vão para o metabolismo 
humano, eles pulam 2 reações 
regulatórias da via da glicólise (o da 
regulação pela enzima glicoquinase e 
da PFK-1) ➜ ao se ingerir muita 
frutose, o fluxo desses compostos é 
intenso ➜ gera lipogênese. 
OBS: A enzima PFK-1 
(fosfofrutoquinase) é o que regula o 
quanto de glicólise irá ocorrer no corpo 
humano → ao pular essa etapa ou 
essa enzima ser inibida pelo ATP 
(quanto mais energia haverá inibição da 
fosfofrutoquinase – feedback negativo), 
não há a regulação dessa enzima 
encima do processo de frutólise 
(diminuição da quebra da molécula 
transformando em glicose) ➜ ou seja, 
quanto mais frutose ingerida mais 
frutólise feita e maistrioses e piruvatos 
formados ➜ haverá um fluxo 
descontrolado de C para a síntese de 
ácidos graxos nos hepatócitos ➜ 
lipogênese (lipídeos são a reserva de 
energia). 
 
O consumo excessivo de frutose gera 
a síntese de lipídeos (lipogênese) no 
fígado ➜ quadro de Esteatose 
hepática não alcóolica 
Possíveis caminhos da frutose depois 
que é metabolizada no fígado 
 
 
- 50% das trioses são convertidas em 
glicose ➜ vai para o sangue para ir 
para os outros tec., forma glicogênio, 
- Pode ser convertida em lactato ➜ vai 
para o sangue para ir para os outros 
tecido ou pode ser utilizada pelo 
próprio fígado 
- Pode ser convertido em piruvato e 
gerar energia no próprio fígado 
- Pode formar triglicerídeos e ser 
exportado via VLDL ➜ leva esses 
triglicerídeos para os órgãos e tecidos 
• Se um indivíduo tem uma 
alimentação hipercalórica, ele já possui 
muita energia ➜ a glicose não 
exercerá as funções energéticas dela, 
pois a célula já possui energia ➜ a 
função que resta para ela exercer é a 
produção de triglicerídeos para o 
fígado. 
Metabolização da frutose em tecidos 
extra hepáticos 
Frutose é metabolizada em frutose-6-
fosfato pela ação da enzima 
hexoquinase ➜ o ATP doa o P e vira 
ADP. 
Erros no metabolismo de frutose 
Frutosúria essencial ➜ é uma 
deficiência na enzima frutoquinase ➜ 
não há a conversão em frutose-1-
fosfato ➜ há um aumento da 
concentração de frutose no sg. 
 
Intolerância hereditária à frutose ➜ é 
uma deficiência de aldolase ➜ sem a 
aldolase não há a conversão de 
frutose-1-fosfato em di-
hidroxiacetonafosfato e posteriormente 
em gliceraldeído ➜ haverá uma 
concentração de fosfato no composto 
frutose-1-fosfato ➜ os ATPs utilizados 
para formar esse composto não serão 
repostos ➜ haverá uma baixa 
concetração de ATP ➜ causa lesão 
hepática e hipoglicemia severa ➜ sem 
ATP não é realizada a gliconeogênese, 
que produz glicose durante o jejum ➜ 
hipoglicemia. 
 
 
Regulação hormonal 
➜ Ocorre por meio dos hormônios 
insulina e glucagon. 
Frutose e pico glicêmico associado à 
resistência à insulina 
O excesso de frutose causa pico de 
glicemia no sangue ➜ a hiperglicemia 
dificulta a ação da insulina (que é 
colocar a glicose no sangue para fazer 
a glicólise e gerar energia) ➜ isso gera 
resistência à insulina. 
Qual a relação da frutose com a 
obesidade ? 
• O consumo excessivo de frutose 
leva à lipogênese (produção de 
lipídeos) ➜ o fígado produz 
triglicerídeos a partir do carboidrato 
frutose, havendo uma frutólise 
descontrolada ➜ aumenta a produção 
de VLDL pelo fígado, que leva os 
triglicerídeos aos órgãos e tecidos do 
corpo ➜ aumenta o acúmulo de 
gordura visceral, no fígado, nos 
músculos. 
•A frutose é o açúcar das frutas ➜ é 
muito usado na indústria alimentícia 
para adoçar os “sucos naturais” e 
alguns alimentos industrializados ➜ 
esse excesso de frutose (aumentado 
exacerbadamente nesses alimentos 
industriais para garantir o sabor doce) 
tem sido consumido demasiadamente 
nos dias de hoje e se tornado comum 
➜ esses alimentos a base de muita 
fruose são prejudicais à saúde ➜ pois 
estimulam a lipogênese no fígado. 
• Síndrome metabólica ➜ é uma 
condição de alterações no metabolismo 
e estímulo a lipogênese ➜ pode 
causar esteatose hepática (acúmulo de 
gordura no fígado). 
• Resistência à insulina ➜ é uma 
condição que, devido às altas 
concentrações de glicose no sangue, 
há uma dificuldade desse hormônio de 
colocar esse excesso de glicose para 
dentro da célula e reduzir as 
concentrações no sangue ➜ pode 
gerar um quadro de diabetes, devido à 
hiperglicemia constante. 
 
 
 
O processo é chamado de 
acetilação/descarboxilação oxidativa 
(transformação do piruvato em acetil 
CoA) ➜ ocorre na matriz mitocondrial 
➜ é uma reação de oxidação e 
descarboxilação ➜ os 2 piruvatos 
resultantes da glicólise (contém 3C 
cada um) se unem a 2 enzimas 
Coenzima A (CoA) e os 2 piruvatos 
perdem 1 H+ cada um (oxida), que vai 
para o NADH+ + H+ (reduz) ➜ então 
NAD+ vira NADH+ + H+ ➜ essa 
primeira reação é uma reação de 
oxirredução ➜ ocorre também a saída 
de 2 CO2 (descarboxilação do piruvato) 
➜ forma a Acetil-coenzima A (Acetil 
CoA) (contém 2C) como produto final 
➜ todo esse processo é realizado por 
um complexo enzimático chamado de 
complexo piruvato desidrogenase (C. P. 
D.) ➜ esse complexo é constituído de 
3 enzimas (piruvato desidrogenase, 
diidrolipoil desidrogenase e diidrolipoil 
transacetilase) e 5 coenzimas (NAD, 
FAD, CoA, TPP (tiamina pirofosfato) e 
o lipoato) ➜ a maioria dessas 
coenzimas são vitaminas no complexo 
B ➜ importância das vitaminas no 
auxílio a produção de energia. 
Nesse processo são formados 6 ATPs, 
mas como são 2 moléculas de piruvato 
o saldo final é 12 ATPs ➜ o processo 
de glicólise produz 2 ATPs + 12 ATPs 
da conversão dos 2 piruvatos em 2 
Acetil CoA = 14 ATPs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Correlação clínica 
 
Resultado: diminuição de ATP ➜ a falta 
de energia atinge mais as células em 
divisão celular e as células nervosas 
(que são as que usam mais ATP no 
corpo) ➜ problemas dermatológicos e 
neurológicos.

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