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– BASES DA GLICÓLISE E DO DESTINO DO PIRUVATO VISÃO GERAL ● Uma molécula de glicose é degradada em uma série de reações catalisadas por enzimas, gerando duas moléculas do composto de três átomos de carbono, o piruvato. ● Durante as reações sequenciais da glicólise, parte da energia livre da glicose é conservada na forma de ATP e NADH. ● É um processo de catabolismo anaeróbico. ● Ocorre no citosol. ● A glicólise é uma via central quase universal do catabolismo da glicose. ○ A glicólise difere entre as espécies apenas nos detalhes de sua regulação e no destino metabólico subsequente do piruvato formado. ○ Os princípios termodinâmicos e os tipos de mecanismos regulatórios que governam a glicólise são comuns a todas as vias do metabolismo celular. ● A quebra glicolítica da glicose é a única fonte de energia metabólica em alguns tecidos e células de mamíferos (p. ex., eritrócitos, medula renal, cérebro e esperma). ● É composta por 10 reações químicas → 5 reações que produzem e 5 reações que consomem ATPs. ● Glicose + 2 NAD+ + 2 ADP + 2 Pi → 2 Piruvato + 2 NADH + 2 ATP ● Complexos com Mg 2+ - Cofator da maioria as enzimas da glicólise OBS ➢ Fermentação é um termo geral para a degradação anaeróbia da glicose ou de outros nutrientes orgânicos para obtenção de energia, conservada como ATP. A GLICOSE ● Ela é relativamente rica em energia potencial e, por isso, é um bom combustível. ● Por meio do armazenamento da glicose na forma de polímero de alta massa molecular, como o amido e o glicogênio, a célula pode estocar grandes quantidades de unidades de hexose, enquanto mantém a osmolaridade citosólica relativamente baixa. ● Quando a demanda de energia aumenta, a glicose pode ser liberada desses polímeros de armazenamento intracelulares e utilizada para produzir ATP de maneira aeróbia ou anaeróbia. ● Diversas vias de utilização: ○ Armazenada em glicogênio → utilização em demanda maior. – ETAPAS DA REAÇÃO DA VIA ● Para cada molécula de glicose que passa pela fase preparatória, duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato são formadas; as duas passam pela fase de pagamento. ● O piruvato é o produto final da segunda fase da glicólise. ● Para cada molécula de glicose, dois ATP são consumidos na fase preparatória e quatro ATP são produzidos na fase de pagamento, dando um rendimento líquido de dois ATP por molécula de glicose convertida em piruvato. ● A glicólise é divididas em duas fases: ○ Fase preparatória → compreende os dois gastos de ATP ○ Fase de pagamento → ocorre após o Gliceraldeído-3P. – ETAPA 1 - FOSFORILAÇÃO DA GLICOSE ❖ Irreversível. ❖ Fosforilação da glicose em glicose 6-P pela enzima Hexocinase. ❖ Utiliza 1 ATP, onde o fosfato é alocado ao carbono 6 da glicose. ➢ A hexocinase transfere o fosfato do ATP para a glicose. ❖ Por isso, aprisiona a glicose dentro da célula. ➢ Mas, qual é a estratégia desta reação, em gastar ATP sendo que o objetivo final é a produção de ATP? ■ Esta reação ocorre para que a glicose fique “presa” na célula. ■ Isso ocorre porque a célula tem uma bicamada lipídica na membrana plasmática, como o fosfato tem carga negativa, não consegue passar por essa bicamada, uma vez que a camada apolar dessa bicamada lipídica não suporta moléculas carregadas, e o fosfato é carregado negativamente. HEXOQUINASE ➢ Localizada em todos os tecidos. ➢ Atua em baixas [ ] glicose - Baixo Km → Alta afinidade de substrato. ■ Não pode fosforilar rapidamente grandes quantidades de glicose = Vmáx baixa. ➢ Inibida pela glicose 6-P. ➢ Não é induzida pela insulina. ➢ Tem especificidade com os substratos: glicose, frutose e galactose. ➢ Papel fisiológico: fornece células com nível basal de glicose 6-P necessário para a produção de energia. GLICOQUINASE ➢ Encontrada no fígado e células beta pancreáticas ➢ Atua em altas [ ] glicose - alto Km → Baixa afinidade de substrato. ■ Altamente ativa apenas em altas [ ] de glicose ■ Fosforila rapidamente grandes quantidades de glicose = Vmáx alta. ➢ Não é inibida pela glicose 6-P. ➢ É induzida pela insulina. ➢ Tem especificidade apenas com a glicose. – ➢ Papel fisiológico: permite acumulação de glicose intracelular para conversão em glicogênio ou triacilgliceróis. OBS ➢ As etapas reguladas na glicólise ○ As reações irreversíveis são representadas por setas unilaterais (→). ○ As reações reversíveis são representadas por setas bidirecionais (↔). ➢ Toda enzima “cinase” ou “quinase” irá transferir fosfato de uma molécula à outra. ➢ BP: bifosfato. ➢ MT-hb: metemoglobina. ➢ P: fosfato. ➢ PFK: fosfofrutoquinase. ETAPA 2 - CONVERSÃO DA GLICOSE-6P EM FRUTOSE-6P ❖ Reversível. ❖ Conversão de glicose 6-P → Frutose 6-P pela enzima fosfoglicose isomerase. ➢ Portanto, é uma reação de isomerização. ❖ Isso ocorre, porque em reações seguintes uma hexose fosfato deverá ser partida em duas, para formar duas trioses fosfato. ❖ Esta é, então, uma reação de preparação para que ocorra a quebra dessa molécula de seis carbonos em duas moléculas de três carbonos. ➢ Mas, porque não utilizar a Glicose para ser quebrada em duas trioses? ■ Isso ocorre porque a frutose é uma molécula mais simétrica do que a glicose, ou seja, se quebrarmos a frutose em duas trioses, teremos duas moléculas de três carbonos mais parecidas umas com as outras do que se isso ocorresse com a glicose. ETAPA 3 - FOSFORILAÇÃO DA FRUTOSE-6P EM FRUTOSE 1,6 BIFOSFATO ❖ Irreversível. ❖ Utiliza 1 ATP. ❖ Conversão da frutose 6-P → Frutose 1,6 BP pela fosfofrutoquinase 1 (PFK-1) ➢ A fosfofrutoquinase 1 (PFK-1) que irá transferir fosfato do ATP para a Frutose-6P, dando origem a Frutose 1,6 bifosfato. ➢ Essa enzima é limitante da taxa da glicose ■ Ou seja, utiliza consideravelmente os produtos que são gerados baseando-se sua ação sob os substratos. ■ Ela induz maior ou menor rapidez na reação. ❖ A Frutose 1,6 bifosfato tem dois fosfatos, no carbono 1 e no carbono 6. ❖ Esta reação faz com que a molécula esteja pronta para ser quebrada em duas trioses, uma vez que a molécula se tornou mais simétrica ainda, ficando pronta para ser partida ao meio. ETAPA 4 - CLIVAGEM DA FRUTOSE 1,6 BIFOSFATO ❖ Reversível. ❖ Essa é a etapa de “lise” que dá nome à via. ❖ Conversão da Frutose 1,6 bifosfato (hexose) em 2 intermediários de 3 carbonos pela enzima Aldolase A. ➢ Esta reação ocorre com a ação da enzima Aldolase, que quebra a Frutose 1,6 bifosfato em Dihidroxiacetona fosfato(DHAP) e Gliceraldeído 3-P. ➢ As duas são moléculas de 3 carbonos (trioses). ❖ Quem irá seguir nas reações posteriores da glicólise é o Gliceraldeído-3P. – ETAPA 5 - INTERCONVERSÃO DAS TRIOSES FOSFATO (ISOMERASE) ❖ Reversível. ❖ A Di-hidroxiacetona fosfato será convertida (isomerizada) em Gliceraldeído-3P, por uma enzima isomerase, finalizando a primeira fase da glicólise. ❖ DHAP é reversivelmente convertido em glicerol 3-P pela glicerol 3-P desidrogenase com utilização do NADH em NAD+ como cofator. ➢ O glicerol 3-P é o substrato primário para síntese de triacilglicerol, principalmente no fígado durante a alimentação ■ É usada para transportar NADH para cadeia de transporte de elétrons (ETC) na membrana mitocondrial interna. ➢ No estado de jejum, o glicerol 3-P é convertido em DHAP pela triose fosfato isomerase (reversivelmente) que é utilizado, assim, como substrato para a gliconeogênese. IMPORTANTE!!!! Note que duas moléculas de ATP são consumidas antes da clivagem da glicose em duas partes de três carbonos; haverá depois um bom retorno para esse investimento. Resumindo: na fase preparatória da glicólise, a energia do ATP é consumida, aumentando o conteúdo de energia livre dos intermediários, e as cadeias de carbono de todas as hexoses metabolizadas são convertidas a um produtocomum, o gliceraldeído-3- fosfato. O ganho de energia provém da fase de pagamento da glicólise. OBS A fase de pagamento da glicólise produz ATP e NADH. A fase de pagamento da glicólise inclui as etapas de fosforilação que conservam energia, nas quais parte da energia química da molécula da glicose é conservada na forma de ATP e NADH. ETAPA 6 - OXIDAÇÃO DO GLICERALDEÍDO-3P EM 1,3 BIFOSFOGLICERATO ❖ Cada molécula de Gliceradeído-3 P é oxidada pela enzima Gliceraldeído-3 P desidrogenase, esta enzima utiliza o NAD + como cofator. ➢ Esse NAD + deve ser reposto para que a reação continue; Sem ele a reação para!!! ➢ O NADH é transportado para a cadeia de transporte de elétrons pelo transportador de fosfatodiglicerol ou pelo transportador malato aspartato. ❖ Nesta reação, cada Gliceraldeído-3P é convertido em 1,3 bifosfoglicerato pela entrada de um fosfato inorgânico (não por ATP). ➢ Então, agora a molécula tem um fosfato no carbono 1 e um fosfato no carbono 3. – ❖ Durante a etapa, a energia libertada pela oxidação é transferida para a formação de uma nova ligação fosfato, rica em energia. ❖ No sistema de metemoglobina redutase e a via de síntese de 2,3-bifosfoglicerato são vias auxiliares que ajudam a própria etapa. ❖ Esta reação ocorre em dois passos com adição de água. No entanto, pode ser descrita de maneira reduzida, como vemos na figura abaixo. ETAPA 7 - TRANSFERÊNCIA DO FOSFATO DO 1,3 BIFOSFOGLICERATO AO ADP ❖ Utiliza a enzima Fosfoglicerato cinase. ❖ Um fosfato é transferido da molécula de 1,3 bifosfoglicerato ao ADP, dando origem a molécula de 3-fosfoglicerato. ➢ Os fosfatos recém-incorporados pelas moléculas de difosfoglicerato são liberados para formação de 2 ATPs (ADP + Pi → ATP). ❖ Produção de 2 ATPs somando as duas moléculas. ❖ A partir de agora, com a retirada do fosfato no carbono 1 do 1,3 bifosfoglicerato, ainda há a presença de um fosfato no carbono 3 na molécula de 3-fosfoglicerato. ❖ O objetivo das reações seguintes é retirar o fosfato do carbono 3 para formar um outro ATP. ETAPA 8 - CONVERSÃO DO 3-FOSFOGLICERATO EM 2-FOSFOGLICERATO ❖ Ocorre a mudança na posição do fosfato e a 3- fosfoglicerato é transformada em 2-fosfoglicerato pela ação da enzima fosfoglicerato mutase. ❖ Esta reação faz com que o fosfato que estava no carbono 3 passe para o carbono 2. ➢ No que isto ajuda na retirada do fosfato para produção de ATP? ■ Nesta reação o fosfato, que tem carga negativa, se aproxima do oxigênio do carbono 1, que também tem carga negativa. ■ Isso faz com que a presença do fosfato na molécula se torne mais instável e menos favorável. ■ A partir deste momento, há aumento na tendência do fosfato de sair desta molécula. ETAPA 9 - DESIDRATAÇÃO DO 2- FOSFOGLICERATO EM FOSFOENOLPIRUVATO ❖ A enzima Enolase faz a retirada de uma molécula de água da molécula de 2-fosfoglicerato, dando origem a molécula de Fosfoenolpiruvato. ❖ Esta reação faz com que a presença do fosfato na molécula se torne altamente desfavorável. ➢ Se torna importante essas instabilidades e a desfavorável presença do fosfato nas moléculas porque o objetivo disso tudo é formar ATP. ETAPA 10 - TRANSFERÊNCIA DO GRUPO FOSFATO DO FOSFOENOLPIRUVATO AO ADP ❖ O último passo da glicólise é transformar o fosfoenolpiruvato em piruvato, com a transferência do grupo fosfato do fosfoenolpiruvato ao ADP. ❖ Pela ação da enzima piruvato cinase, ocorre a produção do segundo ATP da glicólise. ❖ Como sabemos que a partir do Gliceraldeído-3P as reações ocorrem em dobro, quatro ATPs foram produzidos por uma molécula de glicose quebrada. – RESULTADO FINAL ● Os ATPs produzidos pela glicólise são ditos de produção a nível de substrato, pois se trata da produção de ATP pela transferência direta de um fosfato para o ADP. ● Produção de dois piruvatos (ácido pirúvico). ● Produção de 4 ATPs e gasto de 2 ATPs ● Produção de 2 NADH, que serão utilizados para a produção de ATP na cadeia mitocondrial transportadora de elétrons. ● A equação para o processo global é: Glicose + 2 NAD+ + 2ADP + 2Pi → 2 piruvato + 2 NADH + 2 H+ + 2 ATP + 2 H2O OXIDAÇÃO ➢ Libera CO2 e forma Acetil CoA = Para o Ciclo de Krebs ➢ Elétrons são transferidos ao O2 (cadeia transportadora de e- → H20); ➢ Impulsiona a síntese de ATP. FERMENTAÇÃO LÁTICA ➢ Em condições de hipóxia, ou condições anaeróbias, será utilizada na respiração anaeróbica. ■ No entanto, para que a glicólise seja a principal fonte de energia em situações de anaerobismo, o NADH produzido pela glicólise precisa ser reciclado (retornar ao seu estado oxidado: NAD+). Esta reciclagem é feita pelas rotas anaeróbicas. ➢ NADH não se converte em NAD+ → piruvato convertido a lactato. ➢ Eritrócitos ➢ Músculo em contração vigorosa ➢ Microrganismos: Lactobacilos (abaixamento de pH: iogurte) ➢ O lactato pode ser exportado da célula ou convertido (novamente) a piruvato. ➢ Grande parte do lactato é transportado pelo sangue até o fígado, onde é usado na síntese de glicose. OBS ● Alguns tecidos (eritrócitos, retina) produzem lactato mesmo em condições aeróbicas. FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA ➢ Produção de etanol e CO2. ➢ Vegetais, invertebrados, protistas, leveduras. DESTINOS ANABÓLICOS ➢ Alanina ou ácidos graxos (esqueleto carbônico). – REAÇÕES ACOPLADAS DA GLICÓLISE ❖ Glicose → Piruvato (exergônica): ❖ ADP + Pi → ATP (endergônica): ❖ Glicólise = processo IRREVERSÍVEL ❖ Velocidade e quantidade total - maior em condições anaeróbias ➢ Condições anaeróbias 2 ATPs ➢ Condições aeróbias 30 - 32 ATPs (rendimento = 15x) ❖ Extremamente precisa. ❖ Baseia se em uma interação muito complexa entre: ➢ Consumo de ATP; ➢ Regeneração de NADH/NAD+; ➢ Regulação de enzimas; ➢ Concentração de metabólitos - equilíbrio celular; ➢ Hormônios. ❖ Regulação anormal da glicólise pode ser vista no CÂNCER : ➢ A velocidade da glicólise é muito maior. ➢ Base para métodos de detecção e tratamento do câncer REGULAÇÃO DA GLICÓLISE ➢ Em 3 pontos: ■ Hexoquinase ■ Fosfofrutoquinase ou PFK ■ Piruvatoquinase ❖ Pontos potenciais de controle: ➢ Alostérica - milissegundos ➢ Modificação covalente (hormonal) - minutos ➢ Controle da expressão de proteínas - Horas ❖ Regulação diferencial para o Músculo e Fígado. FOSFOFRUTOQUINASE ◆ Principal Ponto de Controle ◆ Enzima comprometida com a via glicolítica. ◆ É inibida por ATP e por citrato, o qual sinaliza a abundância de intermediários do ciclo de Krebs. ◆ É também inibida por H +, o que é importante em situações de anaerobiose, na qual a fermentação produz ácido láctico, o que faz baixar o pH. ◆ É estimulada pelo substrato frutose-6-fosfato, AMP e ADP que sinalizam falta de energia disponível. ◆ Essa etapa é regulada negativamente pela Fosfrutoquinase II através do glucagon. HEXOQUINASE E PIRUVATO QUINASE ◆ Atuam sobre metabólitos de outras vias. NO FÍGADO ◆ Função de “tamponar” glicose para o cérebro e rins. ◆ Também fornece blocos para construção diversos a partir de carboidratos. GLICOQUINASE ◆ Isoenzima da hexoquinase hepática ◆ Menos ativa sobre a glicose → Afinidade 50 x menor do que a Hexoquinase ◆ Fosforila glicose somente quando esta é farta no fígado ◆ Não é inibida pela Glicose 6-fosfato –Sem retroalimentação negativa ◆ Fornece Glicose 6-fosfato para síntese de glicogênio. PIRUVATO QUINASE ◆ Sujeita à regulação hormonal via modificação covalente. ◆ Inibida por ATP e por acetil-CoA e também pelo glucagon. CONTROLE HORMONAL ◆ É efetuado principalmente por dois hormônios sintetizados pelo pâncreas: a insulina e o glucagon. INSULINA: ● É libertada pelo pâncreas quando a concentração de glicose no sangue é elevada, ou seja, sinaliza a abundância de glicose. ● Estimula a entrada de glicose no músculo, a síntese de glicogênio e a síntese de– triacilglicerídeos pelo tecido adiposo inibem a degradação do glicogênio e a gliconeogênese. GLUCAGON: ● É produzido pelo pâncreas quando os níveis de glicose no sangue baixam muito, e tem efeitos contrários aos da insulina. ● No fígado, o glucagon vai estimular a degradação do glicogênio e a absorção de aminoácidos gliconeogênicos, também inibe a síntese do glicogênio e promove a libertação de ácidos graxos (em nível do tecido adiposo). ALTA TAXA DE GLICÓLISE EM TUMORES ➢ Células tumorais 10x mais glicólise ○ Hipóxia ausência de capilares próximos às células tumorais ○ Maior captação de glicose ➢ Quanto mais agressivo é o tumor Maior é a taxa de glicólise ○ Aumento das enzimas glicolíticas ○ Aumento de transportadores da membrana plasmática para a glicose (GLUT1 e GLUT3). ➢ Tratamento ○ Inibidores da glicólise (inibidores da hexocinase ) - esgotar suprimento de ATP das células tumorais ○ Impedem a formação da Glicose 6 fosfato - impede a via das pentoses fosfato: sem DNA e RNA as células tumorais não conseguem se dividir. ➢ Diagnóstico: ○ Análogo da glicose marcado ○ Cérebro - alta taxa de utilização de glicose. ○ Bexiga - eliminação do composto. ➢ Intensidade: ○ Verde < Amarelo < Vermelho. ➢ Locais do câncer nessas imagens: ○ Coluna vertebral superior; Fígado; Músculos. CAPTAÇÃO DE GLICOSE - FAMÍLIA GLUT ❖ A captação da glicose do sangue é mediada pela família GLUT de transportadores de glicose. ❖ O metabolismo de glicose em mamíferos é limitado pela taxa de captação da glicose pelas células e sua fosforilação pela hexocinase. ❖ Os transportadores nos hepatócitos (GLUT1, GLUT2) e nos neurônios cerebrais (GLUT3) estão sempre presentes nas membranas plasmáticas. ❖ Por outro lado, o principal transportador de glicose nas células do músculo esquelético, músculo cardíaco e tecido adiposo (GLUT4) está armazenado em pequenas vesículas intracelulares e se desloca para a membrana plasmática apenas em resposta a um sinal de insulina. ❖ Portanto, em músculo esquelético, coração e tecido adiposo, a captação e o metabolismo da glicose dependem da liberação normal de insulina pelas células b pancreáticas em resposta à quantidade elevada de glicose no sangue. A CAPTAÇÃO DA GLICOSE É DEFICIENTE NO DIABETES MELITO TIPO 1 ❖ Os indivíduos com diabetes melito tipo 1 têm pouquíssimas células b e são incapazes de liberar insulina suficiente para desencadear a captação de glicose pelas células do músculo esquelético, do coração ou do tecido adiposo. ❖ Assim, após uma refeição contendo carboidratos, a glicose se acumula a níveis anormalmente altos no sangue, condição conhecida como hiperglicemia. ❖ Incapazes de captar glicose, os músculos e os tecidos adiposos utilizam os ácidos graxos armazenados nos triacilgliceróis como seu principal combustível. ❖ No fígado, a acetil-CoA derivada da degradação desses ácidos graxos é convertida a corpos cetônicos (acetoacetato e b-hidroxibutirato) que são exportados e levados a outros tecidos para serem utilizados como combustível. ➢ Os ácidos graxos não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica e, por isso, não servem de combustível para os neurônios do cérebro. ❖ A superprodução de acetoacetato e b-hidroxibutirato leva a seu acúmulo no sangue, e a consequente redução do pH sanguíneo leva à cetoacidose, uma condição potencialmente letal. ❖ A administração de insulina reverte esta sequência de eventos: ➢ GLUT4 se desloca para a membrana plasmática dos hepatócitos e adipócitos; – ➢ A glicose é captada e fosforilada por essas células, e o nível de glicose no sangue decresce, reduzindo potencialmente a produção de corpos cetônicos. RESUMÃO DA GLICÓLISE ❖ A glicólise é uma via quase universal pela qual uma molécula de glicose é oxidada a duas moléculas de piruvato, com energia conservada na forma de ATP e NADH. ❖ As 10 enzimas glicolíticas estão no citosol, e os 10 intermediários são compostos fosforilados de três ou seis carbonos. ❖ Na fase preparatória da glicólise, ATP é consumido para a conversão de glicose em frutose-1,6-bifosfato. A ligação entre C-3 e C-4 é então clivada para gerar duas moléculas de triose-fosfato. ❖ Na fase de pagamento, cada uma das duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato derivada da glicose sofre oxidação em C-1; a energia dessa reação de oxidação é conservada na forma de um NADH e dois ATP, por triose-fosfato oxidada. ❖ A glicólise é rigidamente regulada de forma coordenada com outras vias geradoras de energia para garantir um suprimento constante de ATP. ❖ No diabetes tipo 1, a captação deficiente de glicose pelo músculo e tecido adiposo tem efeitos profundos sobre o metabolismo de carboidratos e gorduras. VIAS ALIMENTADORAS DA GLICÓLISE ● Muitos carboidratos, além da glicose, encontram seus destinos catabólicos na glicólise, após serem transformados em um dos intermediários glicolíticos. ● Os mais significativos são ○ Polissacarídeos de armazenamento → glicogênio e amido, contidos nas células (endógenos) ou obtidos da dieta; ○ Dissacarídeos → maltose, lactose, trealose e sacarose; ○ Monossacarídeos → frutose, manose e galactose. ❖ Os polissacarídeos e os dissacarídeos da dieta sofrem hidrólise a monossacarídeos. – RELEMBRANDO: ● O piruvato pode seguir 3 caminhos, como já foi dito: ● Fermentação alcoólica = Ser reduzido a Etanol. ● Fermentação Lática = Ser reduzido a Lactato. ● Ciclo do ácido cítrico = Ser completamente oxidado a CO2 e H2O. ○ Será abordado posteriormente. VIA ANAERÓBICA ➔ O piruvato originado da glicólise não entra na mitocôndria e, portanto, não é transformado em Acetil- CoA. ➔ No citosol das células musculares, o piruvato é transformado em lactato, e em etanol, nas leveduras. METABOLISMO DO ETANOL – F. ALCÓOLICA ● Todo NADH+ H + que é produzido no citosol é gasto nesse mesmo compartimento, logo, o saldo energético é também de 2 ATP. ● No fígado, os níveis altos de NADH e Acetil-CoA, que são resultados do metabolismo de etanol, inibem a atividade do ciclo do ácido cítrico e da cetogênese. ● Ocorre então, um armazenamento de lipídios no fígado. METABOLISMO DO LACTATO - CICLO DE CORI – F. LÁTICA ● O ciclo de Cori é uma cooperação metabólica entre músculos e fígado. ● Com um trabalho muscular intenso, o músculo usa o glicogênio de reserva como fonte de energia, via glicólise. ● Não é o acúmulo de lactato no músculo que causa dor e fadiga muscular, mas o acúmulo do acetato gerado glicolidicamente. ● Para obtenção de energia sob a forma de adenosina trifosfato (ATP), a glicose é convertida a piruvato através da glicólise. ● Durante o metabolismo aeróbico normal, o piruvato é então oxidado pelo oxigênio, onde o produto gerado é CO2 e H2O. ● Durante um curto período de intenso esforço físico, a distribuição de oxigênio aos tecidos musculares pode não ser suficiente para oxidar totalmente o piruvato. ● Nestes casos, a glicose é convertida a piruvato e depois a lactato, através da via da fermentação láctica, onde os músculos obtêm ATP sem recorrer ao oxigênio.
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