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O papel da auditoria tributária no combate a fraude e evasão fiscal

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17
Índice 
Lista de Siglas	iii
Resumo	iv
1.	Introdução	1
1.1.	Contextualização do Tema	2
1.2.	Problema de pesquisa	3
1.3.	Objectivos	4
1.3.1.	Objectivo Geral	4
1.3.2.	Objectivos Específicos	4
1.4.	Hipóteses	4
1.4.1.	Hipótese Primária	4
1.4.2.	Hipótese Secundária	4
1.5.	Justificativa do Tema	5
2.	Revisão de Literatura	6
2.1.	Auditoria	6
2.2.	Evolução Histórica da Auditoria	7
2.3.	Objectivos da Auditoria	7
2.4.	Tipos de Auditoria	8
2.5.	Contextualização da Auditoria Tributária	10
2.5.1.	Âmbitos e objectivos da Auditoria Tributária	10
2.5.2.	Âmbito dos procedimentos	11
2.5.3.	Características peculiares da Auditoria Tributária	11
2.6.	A Revelação da Auditoria Tributária	12
2.6.1.	Competências da Auditoria Tributária	12
2.6.2.	Competências do risco em Auditoria Tributária	13
2.7.	Objectivos da Fiscalização Tributária	14
2.8.	Evasão e Fraude Fiscal	15
2.8.1.	Fraude Fiscal	15
2.8.2.	Causas da Fraude e Evasão Fiscais	15
3.	Metodologia	16
3.1.	Tipo de pesquisa	16
3.2.	Método de Abordagem	17
3.3.	Métodos de Procedimentos	17
3.4.	Técnicas e instrumentos de investigação	18
3.5.	Área (geográfica) da investigação	19
3.6.	Métodos de colecta de dados	19
3.7.	Procedimentos para a tabulação de dados	19
3.8.	Procedimentos para a análise de dados	20
4.	Conclusão	20
5.	Cronograma	21
6.	Cronologia	22
7.	Bibliografia	22
Lista de Siglas
AF – Auditoria Financeira 
AT – Auditoria Tributária 
ATM – Autoridade Tributária de Moçambique 
DAF – Direcção da Área Fiscal 
AI – Auditoria Interna 
AG – Auditoria de Gestão 
IIA – Institute of Internal Auditors
DF – Demonstrações Financeiras 
Resumo
O presente trabalho tem como objectivo analisar os processos de contas das PME’s elaboradas durante um período económico, com vista a verificar se na sua elaboração foram tomadas em consideração os princípios contabilísticos geralmente aceites e a legislação fiscal. É responsabilidade dos técnicos tributários analisar se os rendimentos apresentados nas demonstrações financeiras condizem com a realidade da actividade da empresa. Com base no estudo de caso de três empresas a pesquisa concluiu que os rendimentos declarados são inferiores, porque algumas empresas não prestam a devida atenção as despesas não aceites fiscalmente. As despesas não aceites fiscalmente devem ser adicionadas na matéria colectável e dela se apurar o imposto devido. O imposto incide sobre o rendimento declarado pelos contribuintes, se as empresas declararem rendimentos inferiores, estão omissas as vendas, ou empolados os custos e reduz o imposto a pagar, que tem em vista fazer face às despesas públicas, para o desenvolvimento do País. Em caso do contribuinte declarar menos rendimentos, estará a criar um défice na receita do Estado prejudicando a economia do País. Com isso a pesquisa pretende mudar o comportamento dos técnicos de contas bem como de todos os interessados pela matéria de tributação, destacando as principais normas tributárias que se deve ter em conta na elaboração dos processos de contas. 
Palavras – Chave: Auditoria, Auditoria tributaria; Evasão e Fraude Fiscal 
i
1. Introdução
Como é sabido, a “tributação visa a satisfação das necessidades financeiras do Estado e de outras entidades públicas e privadas, promove a justiça social, a igualdade de oportunidades e a necessária redistribuição da riqueza e do rendimento”. Com vista a alcançar este objectivo, são lançados impostos sujeitos ao princípio da legalidade tributária.
O conceito do imposto advém da própria lei, tal como se pode constatar do nº 1 da lei nº 15/2002, de 26 de Junho o qual o “imposto é um pagamento para o Orçamento Geral do Estado, com natureza unilateral e obrigatória, incluindo encargos legais e juros previstos em normas tributárias” ou ainda do Artigo nº 3, nº 2 da lei nº 2/2006, de 22 de Março, que define que “o imposto são prestações obrigatórias, avaliáveis em dinheiro, exigidas por uma entidade pública, para a prossecução de fins públicos, sem contraprestação individualizada, e cujo facto tributário assenta em manifestação de capacidade contributiva, devendo estar prevista na lei”. Por outro lado, o contribuinte tem como garantias gerais não pagar impostos que não tenham sido estabelecidos de harmonia com a Constituição e como obrigação principal efectuar no prazo legalmente estabelecido o pagamento da dívida tributária. A fiscalização das obrigações fiscais é efectuada pela Autoridade Tributária. 
A Administração Tributária pauta a sua conduta no cumprimento estrito da lei e segue o que está estabelecido na lei de modo a não transgredir as normas legais e violar o direito dos contribuintes, mas sim, procura agir de acordo com a “Justiça”. A captação do imposto advém de várias fontes, mas uma delas é o imposto adicional que é cobrado através das correcções adicionais a posterior à matéria colectável liquidada pelo contribuinte nas suas Declarações Modelos 20 e 22. No que concerne à análise dos processos de contas, dos contribuintes com contabilidade organizada, Modelo 20 e 22 e outros documentos de suporte, que são recebidos pelas DAF’s (Direcções das Áreas Fiscais), a responsabilidade é grande, contribuindo deste modo, com a sua análise e correcções legalmente estabelecidas, para a arrecadação de receitas adicionas e solidez do Orçamento Geral de Estado. É pensando nos profissionais da área de contabilidade e outros interessados que a pesquisadora decidiu falar deste tema e expressar a sua experiência na área de correcções fiscais.
1.1. Contextualização do Tema 
Nos tempos que correm tem havido um crescente interesse pela fiscalidade, tanto dos agentes económicos, como dos seus representantes legais. O interesse estende-se igualmente aos diferentes profissionais de auditoria, nomeadamente auditores internos e externos, os quais, através dos órgãos que os representam têm investido muito dinheiro para a sua capacitação técnico-profissional. Essa mestria chega a desafiar as capacidades técnicas dos funcionários da Administração Tributária, facto que põe em causa o nobre interesse do Estado que é a colecta de receitas para a satisfação das necessidades colectivas, pois com os traquejos que eles executam dá poucas probabilidades de se cobrar o que efectivamente deveria ser pago num determinado exercício económico.
Deste modo, o pesquisador considerou pertinente aprofundar a questão relativa ao processo que envolve a realização de uma auditoria tributária, com particular destaque para a aplicação eficiente e eficaz dos critérios de identificação, selecção e escolha das empresas a serem auditadas num determinado exercício económico. Sendo que a finalidade é de que o seu trabalho produza resultados que satisfaçam as expectativas da Administração Tributária, com enfoque para o combate à fraude e evasão fiscal.
1.2. Problema de pesquisa
O combate à fraude e evasão fiscal pode ser uma alternativa segura para o aumento dos níveis de cobrança das receitas fiscais e consequentemente, uma alavanca rumo à eliminação da dependência externa. As Direcções de Áreas Fiscais, Unidades de Grandes Contribuintes, bem como a Direcção de Auditoria e Investigação, com recurso ao seu pessoal especializado, são as que devem desencadear as acções de fiscalização e auditoria. Ora, para auditar uma entidade exige-se uma série de conhecimentos, nomeadamente de auditoria, contabilidade e fiscalidade. Aos auditores da Administração Tributária é recomendado que possuam o domínio destas técnicas pois diariamente, são confrontados com o desafio de auditar empresas cuja complexidade das operações é cada vez mais acentuada.
Por outro, sabe-se que as administrações das empresas, motivadas pela política de planeamento fiscal, têm pautado por condutas pouco recomendáveis pelo fisco, manipulando as demonstrações financeiras, com o intuito de reduzir a matéria colectável. E como forma de colmatar tais condutas recorrentes dos ilícitos fiscais por parte dos agentes económicos, a Administração Fiscal vem levando acabo acções de examinar as contas por estes(contribuintes) apresentados. Foi nesta perspectiva e mediante os factos acima arrolados que se colocou a seguinte pergunta de pesquisa:
De que forma a auditoria tributária pode ajudar a Administração Fiscal no combate a fraude e evasão fiscal?
1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo Geral
· Analisar a forma como a auditoria tributária pode ajudar a Direcção da Área Fiscal no combate a fraude e evasão fiscal. 
1.3.2. Objectivos Específicos
· Identificar o cumprimento ou incumprimento das obrigações fiscais por parte dos sujeitos passivos;
· Comparar o resultado contabilístico do fiscal; e
· Efectuar as correcções dos impostos apurados com vista a ter o valor real a pagar.
1.4. Hipóteses
1.4.1. Hipótese Primária
A Auditoria Tributária é uma fermenta útil e preponderante para o combate a fraude e evasão fiscal nas Direcções de Áreas Fiscais (DAF).
1.4.2. Hipótese Secundária
A Auditoria Tributária não constitui uma fermenta útil para o combate a fraude e evasão fiscal uma vez que a informação ilustrada nos processos de conta pressupõe-se que espelha a verdadeira imagem da situação fiscal e tributária do agente económico.
1.5. Justificativa do Tema
A cada fim do exercício económico é obrigação das empresas apresentarem os processos de contas do ano findo às Direcções das Áreas fiscais a que pertencem. Nestes processos de contas consta o proveito, custo e resultados obtidos pela empresa durante o exercício da sua actividade. A empresa ao elaborar o processo de contas é obrigada a respeitar os princípios contabilísticos subjamente conhecidos e a legislação fiscal em vigor. Após a finalização dos processos de contas a empresa deve entregar duas cópias à Direcção da Área Fiscal (DAF) a que pertence. Uma das razões do estudo deste tema é entender como o resultado apresentado pelas empresas pode influenciar no desenvolvimento do País, como os técnicos tributários devem analisar os processos de contas para apurar a matéria colectável adicional. Se a empresa tiver prejuízo, para as DAF’s não é uma situação confortável, pois não há cobrança de imposto, porém, se esta apresentar lucro, haverá pagamento de imposto, situação que beneficia o Estado, pois o governo precisa deste imposto para financiar as suas despesas correntes.
2. Revisão de Literatura
Neste capítulo, far-se-á uma abordagem teórica do tema, desde a evolução histórica da Auditoria, bem como os conceitos, tipos de Auditorias existentes de acordo com a sua finalidade, falar-se-á também da Fraude e Evasão Fiscal de forma a nos familiarizarmos com o tema central.
2.1. Auditoria
Etimologicamente a palavra “auditoria” tem a sua origem no verbo latino “audire”, que significa “ouvir”, e que conduziu à criação da palavra “auditor” (do latim “auditore”) como sendo aquele que ouve. Isto pelo facto de nos primórdios da auditoria, os auditores tirarem as suas conclusões fundamentalmente com base nas informações verbais que lhes eram transmitidas. (Correia, 2004, p.15)
Efectivamente, uma das particularidades essenciais do auditor é a de “saber ouvir”, isto é, o auditor deve dar prioridade à utilização do sentido da audição. Um dos procedimentos gerais de auditoria em que tal se concretiza é o das “perguntas” que, por vezes, assumem a forma de “entrevista”. O auditor deve questionar permanentemente os trabalhadores e o órgão de gestão da empresa auditada e deve registar os respectivos resultados em papéis de trabalho adequados, a fim de constituir prova ou evidência do seu trabalho. (Guimarães, 1998, p. 3)
Na prática, outros termos têm sido utilizados como sinónimos ou equivalentes ao de “auditoria”, como “inspecção”, “fiscalização” e “verificação”.
Para Stamp e Monitz (2010, p 37) "A auditoria, é um exame independente, objectivo e competente de um conjunto de Demonstrações financeiras de uma entidade, juntamente com toda prova de suporte necessário, sendo conduzida com a intenção de exprimir uma opinião informada e fidedigna, através de um relatório escrito, sobre se as demonstrações financeiras apresentam apropriadamente a posição financeira e o progresso da entidade, de acordo com as normas de contabilidade geralmente aceites.
2.2. Evolução Histórica da Auditoria
Segundo Costa (2010, p.55) a auditoria surgiu na Grã-Bretanha no século XIX (como consequência da revolução industrial) onde publicaram as primeiras normas de relato financeiro e de auditoria. Em 1854 foi criada The Society of Accountants in Edinburgh que em 1951 deu origem ao actual The Institute of Chartered Accountants of Scotland, primeiro organismo profissional de contabilistas e auditores a nível mundial. 
Lourenço (2000, p 43) fundamenta que, com o desenvolvimento das trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente na idade moderna, o desenvolvimento comercial das Repúblicas Italianas e a criação das primeiras sociedades comerciais, apareceram os primeiros registos contabilísticos, executados segundo o sistema de partidas dobradas, e consequentemente o aparecimento dos primeiros revisores contabilísticos. A profissão passou também a ser exercida de forma organizada, sendo criada em Veneza, em 1581, a primeira associação de revisores de contas.
Foi, porém, já na idade contemporânea, com o aparecimento da revolução industrial e o desenvolvimento do capitalismo industrial e financeiro e com eles o sistema de mercado baseado na propriedade privada, no princípio do "laissez faire laissez passer" e na evolução dos métodos de organização e gestão de empresas, que a actividade de auditor independente se desenvolveu, com o objectivo de verificar e determinar a razoabilidade das contas, organizando-se em associações profissionais para regulamentar a profissão assim como o acesso a mesma, sendo o "the institut of Chartered Accounting of Scotland", em 1854, o primeiro a obter a carta real de reconhecimento legal de corporação de direito público. (Lourenço, 2000, p.44)
2.3. Objectivos da Auditoria
Segundo Guimarães (1998, p 3) A Auditoria tem como objectivo:
· Emitir uma opinião sobre as demonstrações financeiras que devem traduzir de uma forma verdadeira e apropriada a situação financeira e os resultados das operações de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites;
· Proporcionar à direcção demonstrações financeiras credíveis e certificadas por uma autoridade independente e imparcial;
· Proporcionar informações financeiras e contabilísticas à direcção e aos responsáveis das diferentes áreas;
· Reduzir e controlar factos e situações de erro, fraudes e outras actuações anormais; e
· Servir de base para determinar o rendimento colectável.
2.4. Tipos de Auditoria
A auditoria pode ser desenvolvida sob diversas perspectivas. Assim, há diversos tipos de auditoria de acordo com as suas finalidades:
A auditoria interna é uma actividade independente, de garantia e consultoria, destinada a acrescentar valor e a melhorar as operações de uma organização. Ajuda a organização a alcançar os seus objectivos, através de uma abordagem sistemática e disciplinada, na avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gestão de risco, de controlo e de governação. (Institute of Internal Auditors, 2009, p.10)
Segundo ATTIE (2007, p 07), o objectivo da auditoria interna é examinar e avaliar as actividades da empresa, auxiliando a administração no desempenho de suas responsabilidades, fornecendo-lhes análises, avaliações, recomendações, assessoria e informações relativas às actividades examinadas.
A auditoria interna é uma actividade de avaliação que, de forma independente dentro de uma empresa, tem por objecto a revisão das operações contabilísticas, financeiras e de todo o tipo, com o fim de prestar um serviço à direcção. É um controlo administrativo, cuja função é medir e avaliar a eficácia de outros controlos. (Morais e Martins, 2003, p.61)
A auditoria operacional, na concepção de Araújo (2006, p 20), é a auditoria que tem como objectivo, avaliar o desempenho e a eficácia das operações, os sistemas de informação e de organização, e os métodos de administração; a propriedade e ocumprimento das políticas administrativas; e a adequação e a oportunidade das decisões estratégicas. 
Este tipo de auditoria, que se socorre do conjunto das técnicas de julgamento e de apreciação das operações da empresa utilizadas na auditoria financeira tem como objectivo:
· Auditar os controlos operacionais,
· Auditar a gestão,
· Auditar a estratégia.
Auditoria de Gestão
De acordo com Costa (2010, p 96), a auditoria de gestão é uma técnica relativamente recente podendo ser entendida como um dos segmentos ou extensão de auditoria operacional.
As técnicas de auditoria de gestão cobrem um aspecto bastante amplo de procedimentos, métodos de avaliação, políticas e tarefas, sendo concebidas para analisar, avaliar e rever o desempenho da empresa ou entidade a um conjunto predeterminando de padrões. 
A auditoria informática tem fundamentalmente como objectivo verificar se existem controlos apropriados, certificar que os mesmos estão implementados e proceder a avaliação da sua eficácia de forma a poder tirar-se conclusões sobre todo o sistema informático. Visa avaliar a existência de sistemas de controlo nos programas informáticos, a sua implementação e sua eficiência e não aplicação das técnicas de auditoria desenvolvidas em ambiente informático, tendo em vista um processamento mais rápido e mais seguro da informação (Lourenço, 2000, p. 51).
Auditoria externa pode ser definida como aquela realizada por profissionais qualificados que não são empregados da administração auditada, com o objectivo precípuo de emitir uma opinião independente, com base em normas técnicas, sobre a adequação ou não das demonstrações contabilísticas. Também conhecida como auditoria independente, é a auditória contabilística realizada por especialistas não vinculados à organização examinada. Araújo (2006, p 20)
Auditoria Financeira
Auditoria Financeira ou Contabilística visa essencialmente dar credibilidade à informação financeira que compreende as chamadas “demonstrações financeiras”. 
Como salienta Baptista da Costa não existe uma definição rígida do que é a auditoria financeira se bem que determinados termos ou expressões sejam utilizados nas definições dadas por diversos autores e organismos profissionais.
O mesmo autor, citando Manuel Soto Serrano, refere que a auditoria é o exame das demonstrações financeiras de uma empresa ou entidade, realizada em conformidade com determinadas normas por um profissional qualificado e independente, com o fim de expressar a sua opinião sobre a regularidade com que essas demonstrações apresentam as informações nela contida de acordo com certas regras e princípios.
A auditoria fiscal visa essencialmente à verificação do cumprimento da legislação fiscal por parte do sujeito passivo do imposto e do seu correspondente relato nas demonstrações financeiras. A auditoria fiscal tem por objectivo fazer um exame à situação fiscal da empresa, tendo em vista o controlo da sua regularidade fiscal. Esta regularidade ou legalidade fiscal é norteada pelos princípios definidos pelas normas e doutrinas fiscais, a valorimetria, as normas de incidência, liquidação e cobrança, as regras de retenção na fonte e as obrigações contabilísticas e declarativas (Lourenço, 2000, p.59).
2.5. Contextualização da Auditoria Tributária
Existem certas abordagens conceptuais que consideram a Auditoria Fiscal e a Tributária como sendo totalmente independentes, constituindo dois conjuntos distintos. Outros ainda consideram que a Auditoria Fiscal e a Tributária possuem campos que se intersectam, sem que uma esteja necessariamente integrada na outra.
2.5.1. Âmbitos e objectivos da Auditoria Tributária
Para percebermos as características intrínsecas da auditoria tributária e avaliar os seus processos, metodologias e procedimentos, teremos de delinear o seu campo de actuação.
A auditoria tributária possui como escopo fundamental o de minimizar a diferença existente entre o imposto declarado pelos contribuintes e o imposto potencialmente definido pela Lei, com o objectivo amplo de combate à fuga e evasão fiscal.
Neste sentido, o auditor tributário não se limita a efectuar um relatório sobre a existência, sendo caso disso, de créditos contingentes, mas a propor liquidações tributárias (que poderão ser liquidações adicionais ou oficiosas), que se irão constituir em dívidas tributárias originando, eventualmente, as respectivas penalidades.
No entanto, como já verificámos, a auditoria tributária deriva da auditoria fiscal, sendo assim, há um tronco comum de objectivos que poderão ser sintetizados no exame fiscal da empresa, tendo em vista o controlo da regularidade, (Chedefaux, 1987), assim como o conhecimento de erros e riscos.
2.5.2. Âmbito dos procedimentos
O âmbito dos procedimentos de Inspecção Tributária é classificado em:
a) Geral ou polivalente, quando tiver por objectivo a situação tributária global ou conjunto dos deveres tributários dos sujeitos passivos ou dos demais obrigados tributários;
b) Parcial ou univalente, quando abranja apenas algum ou alguns impostos, deveres dos sujeitos passivos ou dos demais obrigados tributários.
A actuação da Inspecção Tributária no processo de Auditoria tributária deverá no princípio da iniciativa, divergindo a sua missão em duas componentes distintas:
· Preventiva, acompanhando a actividade e o cumprimento das obrigações fiscais por parte dos contribuintes, procurando com a sua existência e, sobretudo visibilidade, levar os contribuintes ao cumprimento voluntário das suas obrigações fiscais.
· Repressiva, quando identifica situações de negligência, de evasão ou fraude fiscal, apurando o imposto em falta e agindo punitivamente e criminalmente, quando tal se justifique.
2.5.3. Características peculiares da Auditoria Tributária
O nível de profundidade de análise da Auditoria Fiscal e Tributária é em relação à Auditoria Financeira, superior e em contrapartida, mais limitada no seu âmbito. A imagem verdadeira e apropriada da posição financeira e do património é na auditoria tributária complementar a menos que possua transcendência tributária.
O nosso sistema fiscal assenta no regime declarativo, ou seja, na vontade declarativa dos contribuintes, que se fundamenta pelo princípio da boa-fé na relação obrigacional-fiscal. Desta forma, as declarações fiscais dos contribuintes representam, ao contrário da Auditoria Financeira, o ponto de partida da Auditoria Tributária. 
A sua recolha e tratamento estatístico irá permitir a evidenciação de dados que, comparados com valores associados a índices de rentabilidade fiscal, entre outros, do sector a que pertencem, facultam uma visão sobre o risco de evasão fiscal em causa.
2.6. A Revelação da Auditoria Tributária
Pela análise da evolução da auditoria tributária conclui-se que a institucionalização do princípio declarativo e a consagração da tributação do rendimento real, em substituição do conceito de rendimento normal e da utilização de presunções na tributação dos contribuintes, constituíram, associados à consequente escalada da evasão e fraude fiscal, elementos de alavancagem no reforço dos seus poderes e competências.
2.6.1. Competências da Auditoria Tributária
A auditoria tributária compete no âmbito da Direcção Geral de Impostos, (Alves, 2002)
· A observação das realidades tributárias;
· A verificação do cumprimento das obrigações fiscais e verificar a veracidade declarativa; e
· A acção preventiva, porquanto se pretende evitar situações de incumprimento fiscal.
· Examinar e visar os seus livros e registos da contabilidade ou escrituração, bem como todos os elementos susceptíveis de esclarecer a sua situação tributária.
· Aceder, consultar e testar o seu sistema informático, incluindo a documentação sobre a sua analise, programação e execução.
· Solicitar a colaboração de quaisquer entidades públicas necessária ao apuramento da sua situação tributária ou de terceiros com quem mantenham relações económicas.
2.6.2. Competências do risco em Auditoria Tributária
Ao nível da Auditoria Tributária, o risco concretiza-se na possibilidade do técnico emomitir, aquando das propostas de correcção contidas no relatório de auditoria, transacções sujeitas a imposto, prejudicando assim a obtenção da matéria colectável. (Canedo, 2003, p.7)
Risco inerente
O risco inerente consiste na componente de auditoria que se traduz na susceptibilidade de ocorrência de erros materialmente relevantes independentemente do sistema do controlo interno implementado pelo contribuinte (IFAC, 2002a). Se o auditor concluir que existe uma alta probabilidade de erro nas asserções incluídas nas demonstrações financeiras, ignorando os controlos internos, o auditor deverá concluir que o risco inerente é elevado. (Arens et al, 2002)
Ao nível da Auditoria Tributária, podemos equiparar o risco inerente ao próprio risco de evasão fiscal. O risco inerente está essencialmente relacionado com questões como:
· Características intrínsecas dos sectores de actividade económica. Necessariamente, os sectores de actividade tais como a construção civil ou a restauração, em que o registo de operações simuladas tendentes a inflacionar os custos ou a subfacturação, entre outras, constituem práticas correntes.
· Perfil tributário dos próprios contribuintes inspeccionados. Entende-se por perfil tributário os antecedentes fiscais do contribuinte, tais como dívidas em execução fiscal, infracções cometidas, relações com empresas, assiduidade no cumprimento das obrigações fiscais.
· Relação com empresas subsidiaria. O exemplo mais marcante a este nível é a prática de preços de transferências (preços praticados em operações efectuadas entre entidades que se encontram em situação de relações especiais).
Risco de Controlo
Por sua vez, o risco de controlo está directamente associado aos mecanismos de controlo do contribuinte. Consiste no risco de um erro material, que poderá ocorrer numa asserção, não ser prevenido, detectado ou corrigido, numa base temporal pelo controlo de uma entidade (IFAC 2002a).
Risco de Detenção
Traduz-se no risco de o auditor não detectar erros materialmente relevantes. Este risco consiste numa variável dependente, na medida em que é determinado pelos outros factores de risco e, por outro lado, irá determinar o montante de evidências substantivas que o auditor planeia acumular. Este é um risco controlável na medida em que a sua minimização depende da extensão e aprofundamento dos procedimentos de auditoria que sejam implementados.
2.7. Objectivos da Fiscalização Tributária
Do ponto de vista prático, os principais objectivos da fiscalização tributária são:
· A detecção de erros aritméticos nas declarações periódicas de rendimentos,
· A detecção de erros contabilísticos,
· A detecção de operações marginais à contabilidade ou operações simuladas dolosamente na mesma, e
· Detecção de erros de procedimentos contabilísticos e fiscais
2.8. Evasão e Fraude Fiscal
A Evasão Fiscal é um fenómeno que se traduz num conflito de interesses entre o contribuinte e a Administração Fiscal, contrariando o próprio sistema e o fisco, preocupado em prosseguir uma política de justiça fiscal para melhor satisfazer as necessidades financeiras do Estado e manter o controlo da economia. A evasão fiscal é o acto ilegítimo que consiste na simulação de operações, com a finalidade enganosa ou dolosa de evitar o pagamento do imposto.
A evasão fiscal consiste na dissimulação do pagamento do imposto após o facto gerador. O obrigado tributário, sabendo que tem que pagar determinado imposto, encontra uma forma de dissimulá-lo, com o intuito de não pagá-lo ou minimizar de forma indevida a sua carga fiscal. (Gutierez, 2006,p. 65).
O termo Fraude refere-se a um acto intencional praticado por um ou mais indivíduos entre os quais, a gerência, os empregados ou terceiros, que resulta num erro de apresentação nas DF's da organização (IFAC- International Federation of Accountats).
2.8.1. Fraude Fiscal
Consideram-se as condutas ilegítimas tipificadas na legislação fiscal que visem a não liquidação, entrega ou pagamento do imposto ou a obtenção indevida de benefícios fiscais, reembolsos ou outras vantagens patrimoniais susceptíveis de causarem diminuição das receitas tributárias.
 Esta pode ter lugar nos seguintes casos:
· Ocultação ou alteração de factos ou valores que devam constar das declarações apresentadas a fim de que a Administração Fiscal especificamente fiscalize, determine ou controle a matéria colectável,
· Ocultação de factos ou valores não declarados e que devam ser revelados a Administração Fiscal; e
· Celebração de negócios simulados, quer quanto ao valor, quer quanto a natureza, quer por interposição, omissão ou substituição de pessoas.
2.8.2. Causas da Fraude e Evasão Fiscais
· As causas políticas relacionam-se com a política económica e social prosseguida pelo governo, certas pessoas estão em desacordo com as políticas, adoptadas pelo governo, com os impostos e falta de capacidade de transparência na gestão das finanças públicas.
· As causas económicas estão relacionadas com o custo do incumprimento na medida em que os inconvenientes do risco compensarem os benefícios do Sujeito Passivo (S.P), a propensão para fraude e evasão fiscal tende a aumentar significativamente (redução dos proveitos, aumento dos custos e por conseguinte, diminuição do resultado, o que implica redução da capacidade contributiva.
· As causas Psicológicas têm sido relacionadas com tolerância social, comportamentos não repudiados, podem traduzir-se num clima psicológico favorável a fuga aos impostos. A fragilidade e a inoperância da Autoridade Tributária são factores que contribuem para os sujeitos passivos optarem pela fraude e evasão fiscal.
3. Metodologia
Texeira (1999:31) defende que metodologia é uma disciplina normativa definida como estudo sistemático e lógico dos princípios que dirigem a pesquisa científica, desde suposições básicas até técnicas de indagações. É o estudo dos instrumentos de montagem de uma teoria para atender a certas necessidades.
Gil (1999:27) defende que a pesquisa proporciona as bases lógicas da investigação esclarecem acerca dos procedimentos lógicos que deverão ser seguidos no processo de investigação científica dos factos da natureza e da sociedade. 
A Pesquisa é um processo que, utilizando metodologia científica, permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social. Uma pesquisa visa, fundamentalmente, a descoberta de respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. As pesquisas desdobram-se sob ponto de vista de finalidades, de abordagens e de níveis (Gil, 2008, p.26).
3.1. Tipo de pesquisa 
Quanto a pesquisa a ser usada no presente trabalho será uma pesquisa quantitativa e qualitativa. 
Segundo ANDRADE (2007); Pesquisa Qualitativa esta relacionada no levantamento de dados sobre motivação de um grupo, em compreender e interpretar determinados comportamentos, a opinião e as expectativas dos indivíduos de uma população.
Pesquisa bibliográfica, Segundo MARTINS (1990:23), é a que se efectua para se resolver problema ou adquirir conhecimentos a partir de consultas a livros, artigos, jornais, entre outros. 
3.2. Método de Abordagem 
A abordagem a ser feita no presente trabalho será através de método dedutivo.
Segundo Lakatos e Marconi (1999:67), Método dedutivo é o método que parte do geral para o particular, partindo de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal. 
Segundo Lakatos e Marconi (1999:67), Método Indutivo é o processo pelo qual, partindo de dados ou observações particulares constatadas pode se chegar a proposições gerais.
3.3. Métodos de Procedimentos 
O apuramento da informação e analise dos respectivos procedimentos será feita de acordo os trabalhos existentes e que dizem respeito ao tema em causa, depois será feita uma comparação dessas informações colectadas para se apurar um resultado através dos métodos comparativos, monográficos e tipológicos.
Segundo Gil (1999:33) os métodos específicos mais adoptados nas ciências sociais são: 
· Método experimental: a pesquisa consisteem submeter os objectos de estudo a influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no objecto.
· Método observacional é um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos curiosos. Segundo o autor pode-se afirmar com muita segurança que qualquer investigação em ciências sociais deve valer-se, em mais de um momento, de procedimentos observacionais pois todo fenómeno social e captado com recurso inevitável a observação.
· Método Comparativo procede pela investigação de indivíduos, classes, fenómenos ou factos, com vista a ressaltar as diferenças a similaridades entre eles. É usado nas ciências sociais, pois possibilita o estudo comparativo de grandes agrupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tempo (Gil 1999:34). 
· Método estatístico fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade e constitui importante auxílio para a investigação em ciências sociais, mediante a utilização de teste estatístico torna-se possível determinar, em termos numéricos, a probabilidade de acerto de determinada conclusão, bem como a margem de erro de um valor obtido. 
· Método monográfico parte do princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo de todos os casos semelhantes: esses casos podem ser indivíduos, instituições, grupos, comunidades, dentre outras.
3.4. Técnicas e instrumentos de investigação
Na consecução desse trabalho vai se recorrer a livros, monografias, outras informações serão encontradas através de uma pesquisa de campo e serão usados documentos digitais. Os questionários serão elaborados pelo grupo, e nós faremos de tudo para ir de acordo com aquilo que o leitor gostaria de saber sobre o trabalho. 
As técnicas para colecta de dados do presente trabalho giram em torno de:
· Colecta documental 
· Observação Directa
· Entrevista
· Questionário
Para Marconi e Lakatos ﴾2006, p. 88), a observação directa é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. 
De acordo com Marconi e Lakatos (2006, p.92), a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional
. 
Conforme ANDRADE (2007, p. 245), o questionário consiste em colocar a um conjunto de inquiridos, geralmente, representativo de uma população, uma série de perguntas relativas a sua situação social, profissional ou familiar, as suas opiniões, a sua atitude em relação a opções ou a questões humanas e sociais, às suas expectativas, ao seu nível de conhecimento ou de consciência de um acontecimento ou de um problema, ou ainda sobre qualquer outro ponto que interesse aos investigadores.
3.5. Área (geográfica) da investigação
As nossas investigações serão feitas na província de Maputo na Autoridade Tributária de Moçambique.
3.6. Métodos de colecta de dados
Para se efectuar a colecta de dados recorreu-se à amostra.
Para Castro e Dias (1999:32) população é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica comum. 
Segundo Lakatos e Marconi (1999:67) Amostra é um subconjunto, representativo ou não, de uma população. A amostra deve ser suficientemente grande para evitar erros e a sua selecção deve ser feita ao acaso para que ela se torne representativa da população de que foi extraída.
A amostragem Aleatória Simples trata-se de plano muito utilizado em auditoria para a obtenção de estimativas para a população.
Amostragem Exploratória é o plano que se aplica quando a evidência de um caso simples de divergência ou irregularidade parece exigir uma investigação mais profunda. Seria indicado, por exemplo, nos casos de: pesquisa de fraudes; quebras relevantes de controle; e burlas deliberadas de normas estabelecidas (Castro e Dias, 1999:30).
3.7. Procedimentos para a tabulação de dados
Para a tabulação de dados do projecto, vai se recorrer o uso de questões fechadas com respostas simples, tabulação de dados com questões fechadas com respostas de escolha múltipla e questões abertas com respostas simples e respostas de escolha múltipla. 
Para ANDRADE (2007); a Tabulação é a padronização e codificação das respostas obtidas através dos instrumentos de colecta de dados. É a maneira ordenada de dispor os resultados numéricos para facilitar a leitura e análise.
Tabulação de questões fechadas com respostas simples, o pesquisado só pode dar uma resposta. Assim, o número de respostas é igual ao número de pesquisados. Tabulação de questões fechadas com respostas múltiplas, o pesquisado pode indicar mais de uma alternativa como resposta. 
3.8. Procedimentos para a análise de dados
A análise de dados da seguinte pesquisa foi feita através de observação. Para Marconi e Lakatos ﴾2006:88﴿ a observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver ou sentir, mas também em examinar os factos ou fenómenos que se deseja estudar.
4. Conclusão
Do estudo feito, aliado aos objectivos que se pretendiam alcançar e ao problema inicialmente colocado bem como as hipóteses avançadas, foi possível concluir que a auditoria tributária é realizada pela Administração Fiscal através dos seus técnicos com o objectivo de confirmar o conteúdo das declarações fiscais, procurando verificar se o resultado tributável apurado pelo contribuinte corresponde à sua situação tributária real e se os impostos devidos foram efectivamente entregues. 
Concluiu ainda que a evasão e a fraude fiscais constituem um dos mais graves problemas da ordem tributária, pois na realização dos exames e verificações necessários para controlar a veracidade e conformidade das declarações apresentadas pelos contribuintes foi constatado divergências entre as compras apuradas das compras declaradas.
Considerando a situação real dos níveis crescentes de fraude e evasão fiscais em Moçambique, há muito trabalho ainda por se fazer com vista a colmatar esses actos.
5. Cronograma 
	Planos
	Data
	
	Início
	Fim
	Planificação
	10 de Dezembro
	20 de Dezembro
	Recolha de dados
	20 de Dezembro 
	05 de Janeiro 
	Análise de dados
	05 de Janeiro 
	30 de Janeiro 
	Redacção do relatório
	30 de Janeiro 
	20 de Marco 
6. Cronologia
	Bens e/ou serviços
	Quantidade
	Valor
	Total
	Transporte semi colectivo
	1 Pessoa
	120,00 X 20 dias
	2400, 00
	Internet
	
	1.000,00
	1.000,00
	Alimentação
	1 Pessoa
	100 mt X 30 dias
	3.000, 00
	Material didáctico (lápis, canetas, folhas A4, borrachas, correctores)
	
	
	2000, 00
	Impressão
	
	
	500,00
	Digitação
	
	
	
	Livros
	1
	
	500,00
	Total
	
	
	9.400,00
7. Bibliografia 
ANDRADE, Maria Margarida. (2007). Introdução à Metodologia do Trabalho Científico, 8ª Edição, São Paulo, Editora Atlas. 
Costa, C.B &Alves G.C, (2001) “Contabilidade Financeira” 4ͣ Edição, Lisboa, Rei dos Livros;
Costa, C.B (2000), “Auditoria Financeira: Teoria e Pratica” 7ͣ Edição, Lisboa, Rei dos Livros;
GALLIANO, Alfredo Guilherme. (1986). O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra. 
Gil, A.C (1991)“ Como Elaborar Projectos de Pesquisa”; Edição Atlas São Paulo
Gutierez, M.D (2006), "Planeamento Tributário, Elisão e Evasão Fiscal"
Ibraimo, I, (2000)" O direito e a Fiscalidade em Moçambique"
LAKATOS, Maria eva, MARCONI, Andrade da Marina. (2006). Técnicas de Pesquisa, Edição, São Paulo.
Lourenço, J.C (2000), “ Auditoria Fiscal” 2ͣ Edição, Lisboa, Vislis Editores;
MARTINS, Gilberto de Andrade. (1990). Manual para elaboração de monografias: trabalhos académicos, projectos de pesquisa, relatórios de pesquisa, dissertações, São Paulo, Editora Atlas.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. (2011). Auditoria Contábil, 8ª edição, Teoria e Prática, Editora: Atlas, SA, São Paulo.

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