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PRINCÍPIOS BÁSICOS 
DE ORATÓRIA
R
eg
in
al
d
o
 A
p
ar
ec
id
o
 C
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n
ei
ro
2017
SUMÁRIO
04 Introdução
07 Capítulo I
Compreendendo o mundo da comunicação
19 Capítulo II
Superando-se para vencer o medo de falar em público
22 Capítulo III
Qualidades do bom orador
27 Capítulo IV
Voz: um instrumento poderoso
33 Capítulo V
Como preparar um discurso
40 Capítulo VI
Postura e gesticulação adequadas do orador
43 Capítulo VII
Como conhecer o público que irá ouvi-lo (a)
47 Capítulo VIII
Como usar adequadamente o microfone
49 Capítulo IX
Leitura em Público
50 Capítulo IX
Como participar de reuniões
56 Bibliografia
SOBRE O AUTOR
Graduado em Administração pela Universidade Estadual 
de Maringá (UEM - 1996). Mestrado em Engenharia de 
Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina 
(UFSC - 2000). Especialização no curso de EAD e as 
Tecnologias Educacionais pelo Centro Universitário 
Cesumar (UNICESUMAR - 2014). Doutorando pelo 
Programa de Engenharia de Produção da Universidade 
Metodista de Piracicaba (UNIMEP). Atuou como Head 
de Polos de Apoio Presencial pelo NEaD (Núcleo de 
Educação a Distância) da UNICESUMAR (2013-2015). 
Coordenou os cursos de Bacharelado em Administração, 
Tecnologia em Processos Gerenciais e Tecnologia em 
Gestão de Recursos Humanos pelo NEaD UNICESUMAR 
(2010-2012). Atualmente é coordenador dos cursos de 
Bacharelado em Administração e Gestões (modalidade 
presencial). Atua como professor titular de graduação e 
pós-graduação do Centro Universitário Cesumar. 
Consultor empresarial junto ao SEBRAE-PR. Tem 
experiência em gestão, atuando principalmente nas 
áreas de administração da produção, planejamento 
estratégico, pesquisa de mercado, marketing de serviços 
e gestão de projetos.
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no
todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por
quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação,
fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão
expressa do autor.
Imagens utilizadas: https://pixabay.com
Parceria:
Unicesumar – Centro Universitário de Maringá
www.unicesumar.edu.br
Introdução
O avanço da sociedade atual tem 
demonstrado a importância capital da 
comunicação. Por sua vez, falar em 
público adequadamente tem-se 
configurado num fator distintivo entre 
os profissionais capacitados. Falar em 
público, neste contexto, é instrumento 
imprescindível para se expressar em 
grupos pequenos ou grandes ou em 
liderar pessoas ou ainda presidir 
reuniões. O avanço da sociedade atual 
tem demonstrado a importância 
capital da comunicação. Por sua vez, 
falar em público adequadamente tem-
se configurado num fator distintivo 
entre os profissionais capacitados. 
Falar em público, neste contexto, é 
instrumento imprescindível para se 
expressar em grupos pequenos ou 
grandes ou em liderar pessoas ou 
ainda presidir reuniões. 
04
Introdução
Geral:
• Possibilitar ao iniciante na arte da 
oratória, os conhecimentos sobre as 
condições de falar, gesticular e 
apresentar-se corretamente e sem 
inibições em público.
Específicos:
• Identificar os fundamentos da 
comunicação;
• Controlar o medo de falar;
• Conhecer o público que irá ouvi-lo 
(a);
• Usar a voz adequadamente;
• Desenvolver a melhor postura e 
gesticulação;
• Preparar discurso elaborado e de 
improviso;
• Usar adequadamente o microfone;
• Apontar os fundamentos da 
participação em reunião;
• Assinalar as dicas de uma boa leitura 
em público.
05
Introdução
A seguir vamos estudar os seguintes 
assuntos para alcançar os nossos 
objetivos, são eles:
• Compreendendo o mundo da 
comunicação;
• Superando-se para vencer o medo de 
falar em público;
• Qualidades do bom orador;
• Voz: um instrumento poderoso;
• Como preparar um discurso;
• Postura e gesticulação;
• Como conhecer o público que irá 
ouvi-lo;
• Como usar adequadamente o 
microfone;
• Leitura em Público;
• Como participar de reuniões. 
06
Compreendendo 
o mundo da 
comunicação
I
1. Os fundamentos da comunicação
Para falar em público sempre é bom à 
gente ter conhecimento sobre o assunto, 
no caso os fundamentos da 
comunicação. Um estudioso do assunto, 
SANTOS (2008) em seu livro “Teorias da 
Comunicação – Da fala à Internet”, no 
primeiro capítulo, enfatiza que total e 
qualquer definição ou conceito estão 
marcados por seus limites ou visão 
parcial da comunicação, por fatores 
ideológico, históricos e de natureza 
acadêmica. Inicialmente, uma definição 
básica de comunicação é “transmissão 
de informações”; Segundo ele essa 
definição é correta, mas é superficial. 
Ainda deve ser considerado sobre a 
definição comunicação, o seguinte: 
07
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
a) Comunicação envolve simbolismo –
manipular o imaginário, mexer com a 
fantasia, estimular ou influenciar de 
modo positivo ou negativo o receptor;
b) Comunicação envolve uma relação 
interacional – implica necessariamente 
numa relação entre os participantes do 
processo comunicativo quer por um 
dado meio (carta, telefone, rádio, e-
mail, etc.) entre emissor e receptor;
c) Comunicação envolve hermenêutica –
ao captar a mensagem e ao transmitir, o 
receptor recria a partir do seu universo 
conceitual e preconceitos –
decodificando e codificando de acordo 
com sua visão de mundo.
Para a sua reflexão:
Qual o profissional que não precisa 
saber falar em público? Você conhece 
alguém?
08
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
Por fim, nosso autor apresenta uma 
classificação dos atos comunicativos, 
de forma resumida são os seguintes: 
Para realizar um ato comunicativo, o 
ser humano emprega duas formas:
VERBAL (ou digital): que pode ser 
oral (palestra) ou escrita (carta);
NÃO-VERBAL (ou analógica) que 
compreende a comunicação gestual 
(movimentos e posicionamentos do 
corpo) e pictórica (desenho, 
fotografia, etc);
Do ponto de vista da amplitude, a 
comunicação pode ser:
SUBJETIVA – pensar, meditar e 
refletir sobre a vida, sobre o mundo;
INTERPESSOAL/GRUPAL – envolve 
grupo de pessoas;
MASSIVA – meios de comunicação 
como jornal e televisão que têm 
maior alcance e atingem um grande 
número de receptores;
09
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
c) Em todo o processo de comunicação 
há presente os seguintes elementos:
• INTERLOCUTORES – emissor e 
receptor;
• MENSAGENS – sequências de sinais 
transmitidos, que formam signos a 
serem organizados por meio de código 
compreendidos pelo receptor;
• MEIOS;
• CONTEXTO – onde o ato comunicativo 
se realiza; do ponto de vista histórico, 
social, cultural etc.
Nesse sentido pode-se afirmar que 
“comunicação é um processo de 
transmitir e receber ideias, impressões 
ou imagens com o propósito específico 
de ser compreendido”.
Pelo menos temos seis mensagens 
presentes no processo de comunicação:
• O que você quer dizer;
• O que você realmente diz;
• O que a outra pessoa ouve;
• O que a outra pessoa pensa que ouve;
• O que a outra pessoa diz acerca do 
que você disse;
• O que você acha que a outra pessoa 
disse acerca do que você disse.
10
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
2. A comunicação de qualidade possui:
• Objetividade – é direto no 
ponto. Ninguém gosta de ouvir 
pessoas que enrolam ou são 
prolixas, por isso vá direto ao 
assunto: “Boa noite, meu nome 
é Pedro, agradeço o convite e a 
oportunidade para falar sobre 
esse tema tão necessário em 
nossos dias, vamos ao 
trabalho”;
• Clareza – Falar em público de 
forma bem sucedida não é falar 
difícil ou ficar usado palavras 
rebuscadas; o importante é ser 
entendido, portanto seja o 
mais claro possível; use 
palavras que as pessoas 
conhecem; você verá como 
elas vão gostar emelhor vão 
entender você;
11
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
• Firmeza – ser firme não é falar de 
forma rígida, mas cuidar desde o 
primeiro momento que você pisar 
no palco ou caminha na direção da 
tribuna ou púlpito, pois guarde bem 
a sua ansiedade, respire e procure 
relaxar; 
• Simplicidade – como é gostoso 
participar de uma palestra quando a 
pessoa que fala consegue atingir do 
mais entendido ao mais simples. 
Simplicidade não é feio, feio é usar 
de palavra que ninguém entende 
para dizer que sabe alguma coisa. A 
boa tradição da linguística observa 
que o importante é se comunicar, 
por isso seja simples em suas 
apresentações. 
12
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
3. O que é oratória? 
É a Arte de Falar em Público 
articulando a capacidade de exposição 
de ideias com expressão corporal 
adequados onde as pessoas que ouvem 
se sentem bem, pois compreende o 
que o orador quer lhes comunica.
13
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
4. Quais são os tipos de oradores?
• Natos – São aquelas pessoas que 
nasceram com um “vitrola na 
garganta”, fala bem por natureza, são 
comunicativo e simpático, são aquelas 
que conseguem ser entendida 
naturalmente como se soubesse usar 
recursos técnicos ou habilidades para 
tal;
Para a sua reflexão:
“Falar bem em público não é falar 
bonito, mas falar o que as pessoas 
entendam”
14
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
5. Quais são os obstáculos de uma boa 
comunicação?
a) Timidez – esse ganha disparado de 
todos os outros. É considerado o 
primeiríssimo pela maioria das pessoas 
que tem dificuldades de falar em 
público. Elas afirmam que são tímidas.
b) Medo ou desconforto – é quando a 
pessoa não se sente bem num local ou 
que se sente constrangida em se 
pronunciar. Essa questão aponta para 
questões de autoestima baixa; 
15
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
c) Insegurança – essa é outra questão 
que está relacionada diretamente a 
própria percepção da pessoa sobre si 
mesmo, quem sabe a insegurança 
possa está relacionada ao autoconceito 
baixo; 
d) Voz hipercrítica – é quando a pessoa 
dá ouvido ás exigências demasiadas do 
ambiente, como: “naquele lugar só tem 
pessoa rica; ou, hoje eu vou falar para 
pessoas muito entendidas do assunto”, 
quando na realidade eu sou a pessoa 
que mais conhece sobre o assunto. 
Essa voz cobra muito e demais;
16
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
e) Supervalorização do indivíduo –
essa situação é uma daquelas que você 
vai bem até que entra no ambiente 
uma pessoa que você a considera 
superior a si. Sabe aquela situação que 
você está falando sobre um assunto, 
por exemplo, sobre celular, sua origem 
e história, e, ai entra naquele exato 
momento, nada mais nada menos do 
que o inventor do celular, o americano 
Motorola. Você só fica olhando para ele 
e tenta agradá-lo como afirmações e 
exemplo. Isso não dá certo e as pessoas 
notam que você mudou por causa 
daquela pessoa; 
17
I Compreendendo o mundo 
da comunicação
f) Falta de prática ou experiência –
querer se sair bem sem praticar, na 
primeira vez é sorte; mas, querer se 
sair bem todas as vezes, sem ter 
praticado ou desenvolvido 
adequadamente o que tinha que falar é 
procurar situação para pagar “mico”; 
g) Falta de preparo – não adianta 
pensar que as coisas vão dar sem 
preparo; às vezes por uma questão de 
sorte dá certo, mas a segundo pode 
esperar você vai se enrolar e perder 
todo o rebolado, como se diz na gíria 
popular, portanto, não dê sorte para o 
azar se cuide estudando e se 
preparando, certamente, você só tem a 
ganhar sempre.
18
Superando-se 
para vencer o 
medo de falar 
em público
II
1. Timidez 
Como dissemos acima, a timidez é a 
primeira. Esta é a resposta da maioria 
daqueles que não consegue falar em 
público. É importante observar que uma 
pessoa tímida é acima de tudo, um 
egoísta, pois pensa que todos estão 
olhando para ela. A timidez é o maior 
obstáculo que se antepõe ao exercício de 
qualquer profissão.
19
II Superando-se para vencer o
medo de falar em público
2. As causas da timidez:
a) Educação castradora ou protetora 
em demasia;
b) Ausência de força de vontade;
c) O excessivo amor próprio;
d) Baixa auto-estima;
e) O temor de desgostar;
f) O receio de não sobressair;
g) A inércia;
h) A preguiça;
i) Experiências mal sucedidas;
j) Desconhecimento de suas 
próprias habilidades.
3. Recomendações para vencer a 
timidez:
a) Medo só se vence com coragem;
b) Ponha-se sem saída (arrisque-se);
c) Seja mais natural possível;
d) Fale de assuntos que você 
conhece;
e) Pratique muitas vezes;
f) Seja você mesmo;
g) Sorria;
h) Reflita e medite sobre as ações 
que o levou a não se superar.
20
II Superando-se para vencer o
medo de falar em público
4. Quatro regras de ouro para falar em 
público
a) Regra – Subir ao palco – vestindo o 
hábito do sucesso, afinal você se 
preparou;
b) Regra – Antes de começar a falar –
olhe o público e sinta-o receptivo a 
sua mensagem assim você não criará 
fantasias em sua cabeça;
c) Regra – Respirar fundo – não tente 
controlar eventual tremor (ignore-
o). Isso é sinal que o momento é 
importante, pois ninguém que tem 
responsabilidade de falar em publico 
já mais falou totalmente relaxado, 
“largado”; 
d) Regra – Começar a falar –
pausadamente, não corra mesmo 
que tenham vontade; todos estão 
começando a se aquecer, pois é 
fundamental que você vá aos pouco 
passando as suas ideias sem pressa. 
Boa sorte!
21
Qualidades do 
bom oradorIII
São necessárias, inúmeras qualidades 
para que um orador possa desempenhar 
bem suas apresentações. Nesta parte, 
estaremos apresentando e 
desenvolvendo dez qualidades, contudo 
há outras. Vejamos a seguir as dez 
qualidades:
1. A Memória – Ela é sempre de grande 
utilidade. O orador precisa recorrer a ela 
a fim de recordar as ideias e ordená-las 
enquanto fala.
22
III Qualidades do bom 
orador
2. A Habilidade – O orador deve ter 
sensibilidade aguçada para entender as 
intenções dos ouvintes e ter a habilidade 
de adaptar o conteúdo da mensagem ao 
interesse da plateia.
3. A Inspiração – Ela é a forma como o 
orador cria e produz seus discursos. A 
soma das energias para encontrar as 
melhores ideias, modificando e 
substituindo a mensagem preparada 
com antecedência, pelas circunstâncias 
que o cercam, ao sabor das emoções 
emanadas do ambiente.
23
III Qualidades do bom 
orador
4. O Entusiasmo – Podemos dizer que o 
entusiasmo é o combustível da 
expressão verbal. Quem se apresenta 
com o comportamento frio, insensível, 
apático, inalterado, provocará o 
desinteresse dos ouvintes.
5. A Determinação – O orador ao 
procurar aperfeiçoar-se deparará com 
situações algumas vezes desanimadoras 
que provocarão dúvidas e incertezas 
quanto as suas possibilidades de sucesso 
na arte de falar. É fundamental 
determinação para vencer.
24
III Qualidades do bom 
orador
6. A Observação – Todos os assuntos, 
indistintamente, desde os mais simples e 
aparentemente sem interesse para um 
auditório até os mais complexos, são 
importantes para expressão verbal. Para 
isto, o orador deverá estar atento a todas 
as coisas que o cercam; deverá observar 
o comportamento das pessoas, a beleza 
da paisagem, etc.
7. A Teatralização – Não se pode 
confundir esta ação do orador com a 
demagogia; esta tem como objetivo 
ludibriar a opinião alheia com falsidades, 
mentiras e omissões.A teatralização é 
um meio de transmitir a mensagem, a 
qual deve está resguardada pelo 
raciocínio e pelo discernimento.
25
III Qualidades do bom 
orador
8. A Síntese – dizer tudo o que for 
preciso, somente o que for preciso, nada 
mais do que for preciso é uma tarefa 
difícil que precisa ser perseguida com 
obstinação. A síntese não está ligada 
somente ao tempo de fala, mas 
principalmente dos aspectos 
desenvolvidos em cada assunto e com o 
objetivo a ser atingido.
9. A Naturalidade – Ser natural é o 
“tchan” da comunicação verbal. 
Ninguém desenvolve as técnicas de 
oratória para parecer um robô fabricado 
para falar em público.
10. O Conhecimento – O orador deve 
conhecer um pouco e cada matéria, 
interessar-se pelas artes, pela História, 
pela Geografia, pela Leitura e, 
principalmente, pelos fatos de seu 
tempo.
26
Voz: um instrumento 
poderoso)IV
A voz revela quem somos como orador. 
Não é um exagero esta expressão? 
Guardadas as devidas proporções, a voz 
revela o orador e tem a capacidade de 
seduzir a plateia. Vejamos a seguir 
alguns pontos importantes para usar 
bem a voz:
1. Que é voz?
É um elemento da linguagem; é a 
produção que o ser humano faz de sons, 
através das cordas vocais; é o elemento 
sonoro da comunicação.
2. A voz exerce três funções:
• De representação – conta alguma 
coisa: tristeza, alegria, serenidade, 
companheirismo; 
• De expressão – revela algo a respeito 
do orador extrovertido ou 
introvertido; 
• De apelo – deseja e provoca a reação 
da plateia, pois interage com ela.
27
IV Voz: um instrumento 
poderoso
3. Os defeitos da Voz
• Voz fraca – é aquela que ninguém ouve e 
não consegue sequer chegar ao fundo de 
uma sala;
• Voz monótona – usa o mesmo tom de voz 
o tempo todo. Esse tipo de voz dá sono, 
bota sono nisso;
• Voz nasal – o jato de voz tem que sair da 
boca e não do nariz. Esse tipo de voz 
nasalada conforme algumas palavras não 
dão para ser entendidas, pois não tem 
como compreender as terminações. Fica 
tudo misturado;
• Voz estridente – é aquela voz clara demais 
e exageradamente brilhante, que provoca 
desconforto e irritabilidade no público.
28
IV Voz: um instrumento 
poderoso
4. As qualidades de uma boa voz
• Ritmo – É a musicalidade da fala, é a 
colocação mais ou menos prolongada das 
vogais, a pronúncia correta da palavras, 
levando em conta, a alternância da altura 
da voz e da velocidade que imprimimos as 
frases, ora normal, ora baixa, rápidas em 
certos momento, lenta em outros, fazendo 
com que este conjunto melodioso influa 
no espírito e na vontade da plateia.
• Dicção – Quanto a pronúncia dos sons das 
palavras, o que ocorre é negligência. É 
costume quase generalizado omitir os “r” 
e os “s” finais, por exemplo: “levá”, no 
lugar de levar, “trazê”, no lugar de trazer, 
“fizemo”, no lugar de fizemos. Bem como 
a omissão dos “is” intermediários: 
“janero” em lugar de janeiro, “tercero”, no 
lugar de terceiro. E ainda, a troca do “u” 
pelo “l”, “Brasiu”, no lugar de Brasil.
29
IV Voz: um instrumento 
poderoso
Ainda quanto à dicção, notamos os seguintes 
problemas:
• Hipertese- transposição de som de uma 
sílaba para outra da mesma palavra: trigue 
(tigre), drento (dentro).
• Metáfase- transposição de som dentro de 
uma mesma sílaba: troce (torce), proque
(porque).
• Rotacismo- é troca do l por r: crássico
(clássico), Cráudia (Cláudia), bicicreta
(bicicleta), Arri (Ari).
• Lambdacismo- é troca do r pelo l: talde
(tarde), folte (forte).
• Expressividade da fala – O orador deve 
atentar para a expressividade das palavras 
e das frases. Cada palavra ou frase possui 
suas sílabas ou palavras mais importantes, 
exemplo: sabiá, sabia, sábia ou “ontem eu 
fui a escola de automóvel, com meu 
irmão”.
• Intensidade da voz – É o volume da voz. 
Não podemos falar aos berros para um 
pequeno auditório, bem como não 
podemos falar aos sussurros para uma 
multidão.
30
IV Voz: um instrumento 
poderoso
5. Exercícios para a voz
• Respiração: inspirar profundamente, 
sempre pelo nariz, retendo o ar no 
diafragma por 5 segundos, depois soprar. 
Depois repetir mantendo o ar por 10, 20 e 
30 segundos, até aproximadamente 1 
minuto.
• De língua – movimentar a língua, nos mais 
diversos sentidos.
• De palato – tossir, bocejar, gargarejar
• De mandíbula – abrir e fechar 
rapidamente movimentar da direita para 
esquerda e vice-versa a mandíbula; 
mastigar o ar; vibração da língua e dos 
lábios.
31
IV Voz: um instrumento 
poderoso
• Orientações para a saúde e higiene vocal
• Dicção – 1) repetir 3 vezes os seguintes 
encontros vocálicos: AE, EA, IA, AO, UA; AI, 
EI, IE, OE, EU; AO, EO, IO, OI, UI; AU, EU, 
IU, OU, UO; 
• Leitura com sons específicos; 
• Falar sem titubear até 10: “um prato de 
trigo para um tigre, dois pratos de trigo 
para dois tigres, três pratos de trigo para 
três tigres, etc...
32
Como preparar um 
discursoV
1. Esquema de um discurso
Introdução:
• Fazer o vocativo.
• Captar a atenção.
• Preparar o assunto central.
• Tempo: 20% da fala.
Assunto central:
• Confirmar.
• Refutar.
• Palavra Chave: aspecto, área, 
dimensões, etc.
• Tempo: 70% do discurso.
Conclusão
• Recapitular
• Fazer uma afirmação de impacto final
• Tempo 10% da apresentação
V Como preparar um 
discurso33
V Como preparar um 
discurso
Mais detalhes:
Introdução
• Tempo da introdução. Não há regras 
preestabelecidas. Contudo, é bom que se observe 
20% do tempo despendido do discurso.
• Fazer o vocativo. É importante marcar o início 
de sua fala fazendo o vocativo. O vocativo é um 
termo usado para chamar a atenção do seu 
ouvinte. Exemplo: Caros amigos, senhoras e 
senhores, Digníssimo senhor, etc...
• Captar a atenção. Para você passar suas ideias é 
fundamental haver interesse por parte do público. 
O orador deve proceder despertando a atenção 
do seu ouvinte, por exemplo: cite um fato 
surpreendente que cause impacto, pergunte algo 
ao auditório, mostre que assunto beneficiará o 
ouvinte, refira-se a ocasião ou circunstância, faça 
uma ilustração, comece com humor, encene algo 
engenhoso.
34
V Como preparar um 
discurso
• Preparar o assunto central. Significa 
comunicar ao público qual será o assunto 
de sua palestra. Você pode usar os 
seguintes recursos: expressar-se em uma 
ou duas orações curtas e precisar o 
conteúdo do tema a ser desenvolvido; 
fornecer ao auditório a informação de 
que o assunto central será dividido em 
partes esclarecendo quais são essas 
partes.
35
V Como preparar um 
discurso
Assunto central
• Tempo. Deverá ocupar 70% do tempo 
de um discurso, contudo não se deve 
ser rigoroso nesta questão. 
• Confirmar. A confirmação é o ato de 
argumentar para o público o assunto 
que você trouxe, de forma envolvente.
• Refutar. É argumentar fortemente 
contra as dúvidas do público.
Conclusão 
• Tempo. 10% da fala, mas sempre se 
lembre: nada de rigor
• Recapitular. É fundamental para 
finalizar um discurso fazer uma boa 
recapitulação. Ou mais precisamente 
apresentar os principais itens do 
discurso.
• Fazer uma afirmação de impacto final 
(clímax final). Que leve o público à 
reflexão, mobilização, etc...
36
V Como preparar um 
discurso
Tempo recomendado para se falar em:
Festas, despedidas, apresentação 05 min.
Abertura de seminários, congressos, 
palestras e aulas 
10 min.
Discursos formais, políticos, sermões 
(assuntos mais profundos)
20 min.
Palestras, encontros, seminários 40 min.
Exemplo de um discurso:
Primeiramente escolha um tema;delimite-o a 
ponto de ser de imediato entendido.
Exemplo: Tema: “a Fome no nordeste brasileiro”.
Em segundo lugar, divida a sua comunicação em 
momentos. Utilize palavras 
Chaves para ser claro e didático em sua fala, por 
exemplo: 
1. Parte – Fome como problema mundial;
2. Parte – A fome no nordeste: questões políticas 
e econômicas;
3. Parte – A questão social da fome no nordeste;
4. Parte – Perspectivas de solidariedade por parte 
das ONGs.
37
V Como preparar um 
discurso
É importante você analisar a ideia escolhida 
através de semelhanças e contrastes, espaço, 
tempo e enfoque posicional, por exemplo, sobre 
a fome no nordeste brasileiro. Cada parte pode 
ser apresentada considerando os itens deste 
respectivamente, vejamos:
Semelhanças e contrastes. Exemplo: a conduta 
de dois povos pelo desenvolvimento de seus 
países, análise da qualidade de vida entre 
pessoas de regiões diferentes do mesmo país;
Espaço. Localizar a pessoa ou objeto em espaços 
geográficos diferentes e analisá-los isolada e 
relacionamento. Exemplo: o profissional do 
nordeste, do centro e do sul; o povo nordestino; 
o transporte no interior;
38
V Como preparar um 
discurso
3. Tempo. Traçar paralelos ou comentar o 
desenvolvimento de atividades ou situações ao 
longo do tempo passado e futuro. Ex. Como era 
a vida no nordeste na década de 20, 30 e hoje ? 
como será no ano 2000 ?
4. Enfoque posicional. Determinar, através da 
análise das causas e efeitos, as alterações nas 
esferas econômicas, políticas, sociais, culturais, 
etc. Ex. Análise das causas e consequências da 
fome no nordeste brasileiro, nas áreas políticas, 
social, econômica, cultural, psicológica, etc...
Para a sua reflexão:
As partes de um discurso, seja ele de 
improviso ou elaborado, devem ser 
desenvolvidas logicamente através do 
uso de palavras chaves, exemplo: 
estratégias, características, questões, 
princípios, passos, áreas, visões, 
comportamentos, problemas, etc...
39
Postura e 
gesticulação 
adequadas do 
orador
VI
Apresentação do orador
• As situações determinam a roupa a ser 
usada;
• Busque a posição mais confortável para se 
sentar, com elegância. Aos homens, nunca 
cruzar as pernas, em baixo da cadeira ou 
com as pernas esticadas;
• Caminhe natural e firme para a tribuna;
• Ao falar, deixe seu corpo cair sobre as 
duas pernas. Os braços levemente 
afastados com movimentos na altura do 
tórax;
• Ao falar, mantenha seu olhar no público 
nos
• seguintes sentidos: caracol, quadrado, 
• central, da frente para trás. Evite 
• olhar para cima ou para baixo.
40
Postura e gesticulação 
adequadas do orador
Alguns dos principais gestos
• Ideia de enumeração: usar os dedos das 
mãos.
• Separação: uma mão atravessada na 
outra.
• União: engachamento dos dedos das 
mãos.
• Força: punho cerrado um pouco acima 
da cintura.
• Negação: indicador em movimento 
paralelo.
• Afirmação: lado externo da mão batendo 
na outra.
• Dimensão: pequena (aproximar 
levemente aponta dos dedos, no alto do 
centro da mão) e grande (abertura das 
mãos e braços laterais).
• Tempo: polegar para trás (passado), 
indicador para baixo (presente), 
indicador para frente (futuro).
• Pensar: Indicador apontado para a 
cabeça.
• Ouvir: mão próxima ao ouvido.
• Dinheiro: esfregar as pontas dos dedos 
polegar e indicador.
Atenção: 
“Evite sempre fazer bicos, 
morder lábios, balançar a cabeça 
exageradamente, piscar os olhos 
em demasia.”
41
Postura e gesticulação 
adequadas do orador
Atenção: 
“Evite sempre fazer bicos, 
morder lábios, balançar a cabeça 
exageradamente, piscar os olhos 
em demasia.”
Expressão facial
Malícia – desprezo: olhos semicerrados
Vergonha – respeito: olhos baixos
Surpresa: boca aberta
Raiva – dureza – força: sobrancelhas 
aproximadas
Desprezo: lábio inferior para frente
Alegria: sorriso
Reflexão - concentração: olhar para 
cima, para o nada.
42
Como 
Conhecer o 
público que irá 
ouvi-lo (a) 
VII
Todo orador tem de considerar o 
público que irá ouvi-lo. Se um orador 
desconsidera tal questão, ele estará 
comprometendo sua fala totalmente. 
O público determina a fala, em vários 
sentidos. Vejamos a seguir sete itens 
que identificam o público que irá 
ouvi-lo (a).
Idade – A idade do auditório constitui 
um dos elementos de maior 
importância para a escolha do tipo de 
enfoque que se dará ao assunto 
tratado, do vocabulário a ser utilizado 
e até mesmo da postura do orador.
43
VII Como Conhecer o 
público que irá ouvi-lo (a) 
Gênero – É importante considerarmos 
que há mudanças entre homens e 
mulheres. As mulheres se agradam da 
poesia, dos tópicos românticos, dos 
enfoques emocionais, o estilo da 
composição, o adorno do vocábulo, a 
musicalidade. Da mesma forma, os 
homens se agradam. Contudo é bom 
que se observe (também diante do 
público feminino) os gestos exagerados, 
de atitudes efeminadas e o emprego 
constante de palavras no diminutivo, 
etc...
Nível sociocultural – Este item é muito 
importante para o orador, pois uma vez 
detectado o nível sociocultural de seu 
público isso possibilita uma melhor 
apresentação e apreensão da 
mensagem por parte do público. O 
orador pode colher informações 
antecipadamente ou “tirando” um 
visual de seu auditório para definir seu 
nível sociocultural. Básica e 
genericamente, há dois auditórios: o 
que não domina o vocabulário e acrítico 
e o outro que é conhecedor e 
intelectual.
44
Ambiente, acomodação e tamanho –
Como estão acomodados os seus 
ouvintes? Num grande auditório, com 
bastante espaço, cadeiras confortáveis e 
boa iluminação ? Ou será que estão 
numa sala apertada, quase sem ar, 
sentados em cadeiras desconfortáveis ? 
Busque possibilitar aos seus ouvintes o 
melhor conforto (iluminação, som, 
cadeira, acústica, melhor posição para a 
tribuna, os ruídos externos). De 
preferência, o público deve ficar numa 
distância de três a quatro metros e 
quando houver poucos presentes, 
convidá-los a assentares nas primeiras 
fileiras.
VII Como Conhecer o 
público que irá ouvi-lo (a) 45
Expectativa – É importante saber que tipo 
de comunicar o auditório espera. Uma vez 
de posse desta informação, o orador terá 
melhores condições para desenvolver sua 
fala. É bom que o orador saiba ou tenha 
noção dos anseios de seu público, a fim de 
que possa afagá-los no momento 
oportuno. É indesculpável a um orador 
esquecer de fatos significativos de seu 
público.
Linha de pensamento – Este é outro item 
importante na vida de um orador. 
Descobrir qual a linha de pensamento, a 
ideologia, as aspirações do público ajuda o 
orador a construir seu discurso, munindo-
se de argumentos precisos e ricos, caso o 
auditório seja contrário a sua fala, por 
exemplo.
Conhecimento do assunto – Quando o 
público conhece o assunto fica fácil a 
explanação. Quando não há conhecimento 
prévio, por parte do auditório, faz-se 
necessário retomar conceitos básicos e 
chaves para haver compreensão e melhor 
aproveitamento do assunto tratado.
VII Como Conhecer o 
público que irá ouvi-lo (a) 46
Como usar 
adequada-
mente o 
microfone
VIII
De lapela – é muito sensível. Tem 
um ótimo alcance. Deve ser preso 
na parte superior da roupa que 
estivermos usando
De pedestal – são vários os 
modelos e tamanhos; 
Pedestal - As partes de ajusta 
de um microfone de pedestal:
Altura
Direção
Alcance
Pedestal ou suporte 
de tribuna -
Geralmente são fixos 
na mesa ou tribuna. 
Têm um corpo curto. 
Algumas vezes têm 
uma base.
47
VIII Como usar adequada-
mente o microfone
Como usar o microfone
Evite:• Gritar;
• Falar ao lado do microfone;
• Falar com o microfone fora do jato da 
voz;
• Fazer ruídos estranhos 
(principalmente quando a falar 
estiver sendo gravada);
• Falar distante do microfone.
Que se deve fazer:
• Falar a um palmo médio do 
microfone, direcionando o jato da 
voz;
• Ajustar o microfone e pedestal à sua 
altura; quando houver alguém 
responsável pelo som, deixemos que 
ele faça o ajuste;
• Quando falar com o microfone na 
mão siga as observações do item 
“evitem fazer”;
• Verifique antes de falar a situação do 
microfone e da aparelhagem.
48
ANÁLISE DO
Leitura em 
PúblicoIX
Observe algumas dicas básicas:
1. Atentar para a situação em que se 
está vivendo (aula, funeral, missa, culto, 
aniversário, casamento, comício, etc...);
2. Encarne o momento. As palavras e os 
princípios têm uma dinâmica própria. 
Leitura teatralizada;
3. Procure, se for um texto produzido 
por você, estreitá-lo e usar uma boa 
fonte e estilo (tamanho de letra e tipo) 
que possa possibilitar uma leitura 
agradável;
4. Mantenha sempre o contato visual 
com o público;
5. Antes de ler em público, leia 
suficientemente bem (várias vezes) o 
texto para dominá-lo (conhecer o seu 
ritmo e ênfase).
49
Como participar 
de reuniõesX
Os homens perceberam, ao longo dos tempos, que é 
fundamental a comunicação para resolver 
problemas. A reunião é um dos meios mais usados 
para possibilitar o êxito na comunicação, por sua vez, 
na resolução de problemas e criação de alternativas.
Podemos definir reunião, em termos gerais, como 
sendo “um agrupamento de pessoas com a 
finalidade de analisar e debater determinado 
assunto, em direção a um consenso no 
encaminhamento da solução do problema em foco” 
(ANDRADE, 2006).
1. Quais os objetivos de uma reunião?
• Resolver os problemas em comum acordo;
• Permitir o confronto de ideias, interesses, 
tendências e diretrizes, no sentido de 
aperfeiçoamento e divulgação das informações, 
em todos os níveis, ainda que interpretação de 
seu significado esteja sujeita a toda ordem de 
distorções, intencionalmente ou não;
• Coletar ideia de sugestões e de manifestações 
favoráveis ou não às propostas apresentadas;
• Criar possibilidade de respostas a problemas, 
num clima de aceitação e de segurança;
• Organizar e planejar a caminhada da empresa, do 
grupo, etc...
50
X Como 
participar 
de reuniões
2. Como preparar uma reunião?
• Criar um clima favorável antes de acontecer a 
reunião;
• Pensar sobre o tipo de reunião que se quer 
ter, segundo as necessidades do momento;
• Dar temas as reuniões de forma 
controvertida;
• O número de participantes entre três e vinte 
pessoas;
• Observar a agenda favoravelmente à reunião: 
data, horário, etc.;
• Levar em conta o ambiente físico;
• Providenciar material necessário para 
execução da reunião;
• Cumprimento dos horários estabelecido: 
início, tempo para debate de cada 
participante, intervalo, término.
51
X Como 
participar 
de reuniões
3. Quando reunir?
Decálogo para as reuniões:
• Não organize reunião senão quando as 
decisões não possam ser tomadas sem ela;
• As pessoas interessadas devem estar cientes, 
individualmente, do assunto;
• Jamais convoque para reunião aqueles cuja 
opinião não seja indispensável;
• Comece as reuniões na hora fixada;
• Não fuja dos problemas da ordem do dia, 
tenha-os constantemente presente;
• Redija uma ordem do dia, subdividindo, 
detidamente, todos os pontos a considerar;
• Antes de aprovar a ordem do dia releia-a 
atentamente, a fim de se certificar de que 
nenhum dos pontos possa ser inexatamente 
interpreto;
• Distribua a ordem do dia com tempo suficiente 
para que cada um possa encontrar tempo para 
refletir sobre o assunto, não tão cedo que 
corra o risco de ser esquecido;
• Fixe antecipadamente o tempo a ser 
consagrado à discussão de cada um dos pontos 
da ordem do dia;
• Saiba o presidente apresentar, corretamente, 
os problemas, facilitar a cada qual a expressão 
de ideia, impedir que se fuja do assunto e 
resumir a opinião de todos.
52
X Como 
participar 
de reuniões
4. Tipos de reunião
• Informativa – Esta reunião objetiva expor e 
colher informações, numa fertilização cruzada 
de conhecimentos e experiências, que criará 
condições para a ampliação de nosso universo 
intelectual;
• Questionadora – objetiva-se, nesta reunião, o 
diálogo caracterizado pela informação e a 
discussão;
• Dialética – através de raciocínio, que procura a 
verdade por meio de oposição e reconciliação 
de contradições;
• Deliberativa – Esta reunião caracteriza-se pela 
discussão e deliberação. É fundamental 
espaço para fala e propostas;
• Instrutiva – a informação e o aprendizado são 
os fins últimos desta reunião, capacitação do 
grupo.
53
X Como 
participar 
de reuniões
5. Tipos de participantes em reunião
Quem dirige reuniões não pode desconhecer os tipos 
de pessoas que encontrará pela frente, tal falta de 
conhecimento implicará no insucesso da reunião:
• O cavalheiro – Fala bem, bem trajado. Como 
proceder? Estimule-o e quebre sua “pose”.
• O “liberal” – É critico e liberador. Como proceder? 
Busque seu dia-a-dia e mostre a ele seu 
“autoritarismo”.
• O presunçoso – Tudo conhece, sente-se o maioral, 
na maioria do tempo fica calado. Como proceder? 
Leve-o a falar.
• O falador – Ele adora falar mais do que ouvir. Como 
proceder? Confronte-o com sua fala e interrompa-o 
quando for necessário para o bom andamento da 
reunião.
• O tímido – Acanhado, procura passar despercebido 
numa reunião. Como proceder? Nunca faça 
perguntas diretamente, sem de certa maneira avisá-
lo.
• O pessimista – Para ele tudo caminha mal. Como 
proceder? Aceite inicialmente sua posição, contudo 
depois lhe pergunte se não há um lado positivo.
• O otimista – É aquele que tudo sorri e gosta de dar 
gargalhadas. Como proceder? Traga-o para a 
realidade, para o centro da discussão.
• O desafiador – É aquele que só pensa em desafios. 
Como proceder ? Busque confortá-lo questionando 
suas proposições.
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X Como 
participar 
de reuniões
• O divagador – São as pessoas que adoram reuniões 
longas, falam muito sem objetividade. Como 
proceder? Após agradecer pelo seu amplo 
conhecimento, peça-lhe, de forma objetiva, seu 
parecer sobre a questão em foco.
• O conversador – Gosta de conversar paralelamente, 
de forma negativa. Como proceder? É fundamental 
observar o silêncio ou então pergunte ao 
conservador sua opinião diante do público.
• O teimoso – Defende suas ideias e não concorda 
com as ideias dos demais. Como proceder? Busque 
lhe demonstrar que é necessário termos várias 
ideias para o bem do grupo.
• O desconfiado – É o tipo de pessoa que desconfia 
até da própria alma. Como proceder? Demonstre 
sinceridade e valorize sua opinião a respeito da 
imperfeição humana. Questione, indiretamente, 
sua autoconfiança.
• O político – É aquele que quer ter o poder, poder e 
mais poder. Como proceder? Valorize-o dizendo sua 
importância, mas chame a atenção dos demais para 
sua responsabilidade como grupo, numa reunião.
• O esperto – É o tipo sabe tudo e tem pouco trato 
pessoal. Como proceder? Procure levantar outras 
ideias diante das do esperto, não chegue e 
confrontá-lo diretamente, mas através do grupo.
• O ponderado – São aqueles que pensam e 
ponderam antes de falar, querem o bem do grupo e 
são grandes ajustadores dos dirigentes. Como 
proceder? Conte com eles em toda reunião
55
Bibliografia:
ALKINDAR & TATI. Curso de Expressão Verbal. Apostila, 
Maringá, 1996.
ANDRADE. C. T. de S. Como Administrar Reuniões: Dirigir, 
Organizar, Planejar, coordenar e Controlar. São Paulo: Loyola, 
2006.
DAVID, Cristiane M. Curso de Expressão Verbal.(Apostila), 
Maringá: Centro de Comunicações e Artes Fonográficas, 1998.
FRITZEN, Silvino José. Exercícios Práticos de Dinâmicas de 
Grupo. Petrópolis: Vozes, 1997.
KEATING, Kathleen. A Terapia do Abraço. Pensamento: São 
Paulo, 1983.
MORAES, Eber Freitas. Técnicas de comunicação e expressão 
em público. (apostila). Volta Redonda; não publicado, 1995.
PASSADORI, Reinaldo. Comunicações Verbais. (apostila).
POLITO, Reinaldo. Gestos e Postura: para falar melhor. São 
Paulo: Saraiva, 1993.
_______. Como Falar. São Paulo: Saraiva, 1995.
_______. www.polito.com.br
PEASE, A. e B. Desvendando os Segredos da Linguagem 
Corporal. Rio de Janeiro e Sextante, 2005.
SANTOS, R. E. As teorias da Comunicação – Da fala à Internet. 
São Paulo: Paulinas, 2008. 
WEILL, Pierre e TAMPARKOW, Roland. O Corpo Fala. 
Petrópolis: Vozes, 1983.
56

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