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AULA 01 - EPIDEMIOLOGIA

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Professor(a): Enfª. Jéssica Kari
EPIDEMIOLOGIA
Etimologicamente, o termo epidemiologia deriva do grego (PEREIRA, 2013):
EPI
DEMO
LOGOS
sobre
população
estudo
Assim, “epidemiologia” significa estudo sobre a população. No campo de atuação da saúde, pode ser entendido 
como estudo sobre o que afeta a população.
EPIDEMIOLOGIA
Conceito antigo: Estudo de epidemias de doenças transmissíveis. 
Conceito atual: Todos os eventos relacionados com a saúde da população.
Os conceitos da epidemiologia passaram a ser aplicados a qualquer evento relacionado à saúde da população (hábito de fumar, peso ao nascer, alcoolismo, violência urbana, consumo de drogas...)
 
EPIDEMIOLOGIA
É a ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas e analisa a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, os danos à saúde e os eventos associados à saúde coletiva;
Propõe medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças;
Fornece indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, à administração e à avaliação de saúde.
EPIDEMIOLOGIA
Resumindo: a epidemiologia é o estudo de fatores que determinam a frequência das doenças nas coletividades humanas.
Principais objetivos da Epidemiologia:
I - Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações humanas;
II – Proporcionar dados essenciais para o planejamento, a execução e a avaliação das ações de prevenção, de controle e do tratamento das doenças e para o estabelecimento de prioridades;
III – Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
(ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE EPIDEMIOLOGIA, 1973)
EPIDEMIOLOGIA
HISTÓRICO
 O  médico grego Hipócrates, conhecido como o pai da medicina, buscou uma lógica para a doença. Ele é a primeira pessoa conhecida por examinar as relações entre a ocorrência de doenças e influências ambientais.
Em meados do século XVI, já na era moderna, o médico de Verona Girolamo Fracastoro foi o primeiro a propor uma teoria de partículas muito pequenas e invisíveis causam doenças e estavam vivas.
EPIDEMIOLOGIA
HISTÓRICO
 1790
Observou-se que as pessoas contaminadas pela Varíola bovina não eram contaminadas com a varíola humana. 
Porém, somente 200 anos depois, observou-se a importância dessa descoberta. 
A epidemiologia forneceu informações dos casos e foi possível fazer o mapeamento de epidemias da doença e avaliar as medidas de controle.
EPIDEMIOLOGIA
HISTÓRICO
 1848-1849 e 1853-1854
John Snow identificou o local de moradia de cada pessoa que morreu por cólera em Londres. 
Observou a relação entre a origem da água utilizada para beber e as mortes ocorridas. 
Melhorias no abastecimento de água foram realizadas, pois Snow construiu a teoria sobre a transmissão das doenças infecciosas em geral e sugeriu que a cólera era disseminada através da água contaminada.
EPIDEMIOLOGIA
HISTÓRICO
1956
Doença de Minamata foi uma das primeiras epidemias causadas pela poluição ambiental. 
Inicialmente foi confundida com a meningite infecciosa. 
Porém, o destaque é que a maioria dos pacientes morava próximo à baía de Minamata, no Japão. 
Com base em uma pesquisa epidemiológica, observou-se que os doentes pertenciam a famílias que trabalhavam com a pesca e que tinham como alimento principal o peixe. 
EPIDEMIOLOGIA
OS AGRAVOS À SAÚDE NÃO OCORREM AO ACASO 
A distribuição de agravos à saúde é produto de fatores que se distribuem desigualmente na população; 
 O conhecimento desses fatores permitem a aplicação de medidas preventivas e curativas direcionadas.
	Pode-se afirmar que a distribuição das doenças na população é influenciada pelos aspectos biológicos dos indivíduos, pelos aspectos socioculturais e econômicos de sua comunidade e pelos aspectos ambientais do seu entorno, fazendo com que o processo saúde-doença se manifeste de forma diferenciada entre as populações.
Aplicações da epidemiologia: 
 Visam a redução dos problemas de saúde da população 
 Utilizam: a observação, a investigação e a avaliação dos impactos 
Preocupa-se com a compreensão + organização da informação = prevenção e controle dos acontecimentos.
EPIDEMIOLOGIA
Aplicações da epidemiologia: 
Descrever o aspecto clínico das doenças e sua história natural.
Identificar fatores de risco e grupos de risco.
Prever tendências.
Avaliar os serviços de saúde.
Testar a eficácia e o impacto de estratégias de intervenção.
EPIDEMIOLOGIA
A Epidemiologia avalia...
A SITUAÇÃO SANITÁRIA E SÓCIOECONÔMICA
PASSADO
PRESENTE 
TENDÊNCIAS FUTURAS
EPIDEMIOLOGIA
ESPECIFICIDADE DA EPIDEMIOLOGIA:
Fornecer os conceitos, o raciocínio e as técnicas para estudos populacionais, no campo da saúde .
Como a doença se distribui segundo as características das pessoas, lugares e épocas consideradas?
 Que fatores estão relacionados à ocorrência da doença e sua distribuição na população?
Que medidas devem ser tomadas afim de prevenir e controlar a doença? 
Qual o impacto das ações de prevenção e controle sobre a distribuição da doença?
EPIDEMIOLOGIA
A Epidemiologia é interdisciplinar, envolvendo vários outros saberes, destacando-se três eixos básicos:
AS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – contribuem para melhor descrever e classificar as doenças (a Clínica, a Patologia, Microbiologia, Imunologia);
AS CIÊNCIAS SOCIAIS – para compreensão da determinação social da doença (Sociologia, Antropologia, Demografia, Psicologia, Economia);
A ESTATÍSTICA – fornece o instrumental necessário à quantificação das informações de saúde e sua interpretação. Em associação com a Informática.
EPIDEMIOLOGIA
Na área da Epidemiologia, é importante conhecer alguns conceitos, como o de doença transmissível:
DOENÇA TRANSMISSÍVEL: é qualquer doença causada por agente infeccioso específico ou produtos tóxicos, que se manifesta por meio da transmissão desse agente ou de seus produtos, de um reservatório a um hospedeiro suscetível , seja diretamente de uma pessoa ou animal infectado, ou indiretamente, por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado (OPAS, 2010).
EPIDEMIOLOGIA
Nos últimos anos, têm surgido doenças transmissíveis novas e desconhecidas e ressurgido outras que já estavam ou que se acreditava que estivessem controladas. Assim, a OPASS (2010), conceitua aas doenças emergentes e reemergentes da seguinte forma:
DOENÇA EMERGENTE: é uma doença, cuja incidência em humanos vem aumentando nos últimos 25 anos do século XX ou que ameaça aumentar em um futuro próximo.
DOENÇA REEMERGENTE: é uma doença transmissível previamente conhecida, que reaparece como problema de saúde pública depois de uma etapa de significativo declínio de sua incidência e aparente controle.
EPIDEMIOLOGIA
 Alguns fatores contribuem para a emergência e a reemergência de doenças transmissíveis:
FATORES SOCIAIS (empobrecimento econômico, crescimento populacional e migração);
ATENÇÃO A SAÚDE (uso massivo de antibióticos).
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS;
CONDUTA HUMANA (comportamento sexual, uso de drogas, viagens, atividades ao ar livre);
MUDANÇAS AMBIENTAIS; 
INFRAESTRUTURA DE SAÚDE PÚBLICA (restrição ou redução de programas preventivos, inadequada vigilância de doenças transmissíveis, escassez de pessoal preparado)
ADAPTAÇÃO E MUDANÇAS MICROBIANAS (mudança na virulência e produção de toxinas; favorecimento da resistência a drogas).
EPIDEMIOLOGIA
 Outros conceitos importantes relativos ao comportamento episódico das doenças transmissíveis são:
EPIDEMIA;
ENDEMIA;
PANDEMIA; e 
SURTO.
EPIDEMIOLOGIA
Epidemia: é a elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em determinado lugar e período de tempo, que caracteriza, de forma clara, um excesso em relação à frequência (BRASIL, 2017).
Endemia: é a presença constante de determinada doença dentro dos limites esperados, em determinada área geográfica, por um período de tempo ilimitado (MEDRONHO, et al., 2009).
Pandemia: é a ocorrência epidêmica caracterizada por larga distribuição espacial que atinge várias nações. É uma série de epidemiaslocalizadas em diferentes regiões que ocorrem em vários países ao mesmo tempo (ROUQUAYROL; GURGEL, 2013).
Surto: é um tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica geralmente pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, entre outros) (BRASIL, 2017).
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIA POR FONTE COMUM:
É a epidemia em que aparecem muitos casos clínicos dentro de um intervalo de tempo igual ao período de incubação clínica da doença, o que sugere a exposição simultânea (ou quase simultânea) de muitas pessoas ao agente etiológico (BRASIL, 2009).
EPIDEMIA PROGRESSIVA:
É a epidemia em que as infecções são transmitidas de pessoa para pessoa ou de animal para animal, de modo que casos identificados não podem ser atribuídos a agentes transmitidos a partir de uma única fonte (BRASIL, 2009).
EPIDEMIOLOGIA
CASO AUTÓCTONE:
É o caso oriundo do mesmo local onde ocorreu a doença (GOMES, 2015).
CASO ALÓCTONE:
É o caso de uma doença importada de outra localidade (GOMES,2015).
EPIDEMIOLOGIA
Como já referido, a epidemiologia estuda a frequência, a distribuição e os determinantes dos eventos de saúde nas populações humanas.
Quando falamos sobre princípios para o estudo da distribuição dos eventos de saúde, três variáveis clássicas da epidemiologia são utilizadas: tempo, lugar e pessoa.
 Para isso, fazem-se três perguntas básicas: Quando?, Onde? E Quem?
 A partir dessas perguntas, pode-se sistematiza a organização das características e dos comportamentos das doenças e outros eventos de saúde em função das dimensões temporal, espacial e populacional, que orientam o enfoque epidemiológico.
EPIDEMIOLOGIA
TEMPO
Quando?
LUGAR
Onde?
PESSOA
Quem?
Sazonalidade - um padrão regular de variação entre estações do ano;
Ciclos - um padrão regular de variação em períodos de mais de uma ano;
Tendência - padrão de variação ou comportamento no tempo. (Possibilita que se antecipe a ocorrência e se adotem medidas preventivas).
Localização geográfica/ unidade geográfica – extensão e velocidade de dessiminação. (Possibilita que se conheçam a extensão e a velocidade de disseminação).
Características das pessoas – idade, sexo, estado nutricional, hábitos, condutas e condição social. (Possibilita que se identifiquem e se distribuam possíveis grupos e fatores de risco.
EPIDEMIOLOGIA
Para a epidemiologia, não basta descrever os eventos em saúde e quem é atingido por eles, onde e quando. É preciso explicar o motivo dos acontecimentos dos eventos. O processo de busca da causalidade possibilita essas aproximações, com a finalidade de orientar as medidas de intervenção adequadas e a posterior avaliação de sua efetividade.
O enfoque epidemiológico considera que a doença na população é um fenômeno dinâmico, cuja propagação depende da interação entre a exposição e a suscetibilidade dos indivíduos e dos grupos da população aos fatores determinantes da presença da doença.
Nessa perspectiva, temos a tríade epidemiológica como modelo tradicional das doenças transmissíveis (OPAS, 2010).
EPIDEMIOLOGIA
TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA :
 A doença como resultado da interação entre agente, o hospedeiro suscetível e o ambiente (OPAS, 2010).
AMBIENTE
AGENTE
HOSPEDEIRO
VETOR
ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE
Consiste na identificação, descrição, priorização e explicação dos problemas de saúde da população, com o objetivo de:
Identificar necessidades sociais de saúde;
Determinar prioridade de ações.
 IDENTIFICAÇÃO:
a) Variáveis demográficas: número de habitantes com distribuição por sexo, idade e local de residência (urbano/rural), fluxos de migração...
b) Socioeconômicas: renda, inserção no mercado de trabalho, ocupação, condições de vida...
Cultural: grau de instrução, hábitos, comportamento...
Políticas: desejos, interesses necessidades e demandas.
ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE
CARCTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA:
CONDIÇÕES AMBIENTAIS: abastecimento de água, coleta de lixo e dejetos, esgotamento sanitário, condições de habitação, acesso a transporte, segurança e lazer.
CARCTERISTÍCAS DOS SUJEITOS: nível educacional, inserção no mercado de trabalho, tipo de ocupação, nível de renda, formas de organização social, religiosa e política.
ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE
	Alguns grupos populacionais padecem mais de alguns tipos de doença e agravos e podemos observar isso em nível municipal também.
 As mortes violentas entre jovens da periferia em níveis bastante elevados, os altos índices de perda dentária entre as pessoas de baixo nível educacional ou a elevada prevalência de tuberculose na população carcerária são exemplos concretos de desigualdades em saúde, com forte influência das condições sociais sobre os grupos populacionais.
	 As ações para enfrentar esses problemas, portanto, podem ser direcionadas, ou melhor, priorizadas para os grupos mais vulneráveis.
ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE - Asis
	A vacinação é um exemplo que ilustra bem a finalidade da Asis de formulação de estratégias de promoção, prevenção e controle de danos à saúde e a avaliação de sua pertinência e cumprimento. É uma estratégia de prevenção de doenças bastante conhecida e o Brasil tem um programa que abrange todo o território nacional, que é o Programa Nacional de Imunização (PNI).
ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE
	Apesar da imunização ser uma estratégia consolidada na saúde pública, ela deve ser acompanhada para garantir que as pessoas sejam imunizadas e as doenças sejam erradicadas ou, pelo menos, mantidas sob controle. 
	Uma forma de acompanhar a execução dessas ações e avaliar seu alcance é utilizar o indicador de cobertura vacinal. Esse indicador mede o percentual de pessoas que foram imunizadas do total de indivíduos que fazem parte da população-alvo. 
	Se a cobertura vacinal estiver baixa, as ações não estão sendo bem executadas e podem gerar graves problemas de saúde para a população.
ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE -Asis
	“Dois casos recentes de surtos de doenças imunopreveníveis chamaram a atenção para a importância do monitoramento e do cumprimento das metas de cobertura vacinal no Brasil. Foram os casos de febre amarela em Minas Gerais no ano de 2017 e de sarampo na Região Norte do país em 2018.”
	Asis pode ser utilizada de diferentes formas por gestores e profissionais de saúde para direcionar ações que busquem a satisfação das necessidades de saúde da população. Não podemos, no entanto, esquecer que a saúde da população depende de inúmeros fatores e que algumas soluções, para serem efetivas, precisam ser articuladas com outros setores governamentais e da sociedade.
ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE -Asis
	 Os sistemas de informação em saúde no Brasil e sua importância para a construção das Asis :
Atualmente vivemos um momento de grande produção e difusão de informações dos mais variados tipos, vindos das mais variadas fontes. A internet contribui bastante para que um grande volume de informações chegue até nós, seja por consulta aos portais de notícias web, ou mesmo pelas redes sociais virtuais das quais fazemos parte. Some-se a isso o conteúdo distribuído pelos meios tradicionais, como rádio, TV e, os cada vez menos utilizados, jornais e revistas impressos.
	 Nesse contexto, um desafio que se impõe é conseguir filtrar tantas informações, identificando as que são realmente relevantes e quais têm qualidade e confiabilidade para serem utilizadas no nosso cotidiano, afinal, com o aumento de informações disponíveis também cresceu as falsas informações e aquelas com baixa qualidade e confiabilidade.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE - SIS
	De acordo com o Ministério da Saúde, esses sistemas apresentam as seguintes características:
 São instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados;
Apresentam o objetivo principal de fornecer informações para que se possam analisar importantes problemas de saúde da população e compreendê- los detalhadamente;
Subsidiam a tomada de decisões nos níveis municipal, estadual e federal.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE - SIS
Sistema de Informaçãosobre Nascidos Vivos - SINASC;
Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM;
Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN;
Sistema de Informações Ambulatoriais – SAI;
Sistema de Informações Hospitalares – SIH;
Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica – SISAB.
INDICADORES DE SAÚDE
Os indicadores de saúde são medidas empregadas para facilitar a quantificação e a avaliação das informações produzidas. De forma geral, os indicadores podem ser definidos como (RIPSA, 2018):
“ Medidas-síntese com informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, assim como do desempenho do sistema de saúde.”
 Em conjunto, os indicadores devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para vigiar as condições de saúde (RIPSA, 2018).
INDICADORES DE SAÚDE
O grau de excelência de um indicador deve ser definido com base nos seguintes elementos:
VALIDADE: consiste em medir o que se pretende. 
Sensibilidade: objetiva detectar o fenômeno analisado.
Especificidade: consiste em detectar apenas o fenômeno analisado.
CONFIABILIDADE: consiste em reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares.
MENSURABILIDADE: baseia-se em todos disponíveis ou fáceis de conseguir.
RELEVÂNCIA: responde-se às prioridades de saúde.
CUSTO-EFETIVIDADE: os resultados justificam o investimento de tempo e recursos.
INDICADORES DE SAÚDE
Os indicadores são classificados em 6 subconjuntos temáticos, de acordo com a RIPSA (2008):
Demográficos;
Socioeconômicos;
Mortalidade;
Morbidade e fatores de risco;
Recursos;
Cobertura.
(RIPSA: Rede Interagencial de Informações para Saúde).
OS SERVIÇOS DE SAÚDE
A assistência aos doentes e as práticas preventivas representam fatores que intervêm na distribuição e na ocorrência das doenças.
PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇO
Com base nos indicadores de saúde gerados pelos dados epidemiológicos coletados na população, é possível planejar e organizar os serviços de saúde para melhor atender às necessidades de saúde da população.
Portanto, quanto mais local for avaliação da situação de saúde de uma população, mais fácil será o planejamento da ações de saúde e a organização dos serviços.
Determinantes Sociais da Saúde (DSS) 
Os determinantes sociais da saúde (DSS) são aqueles relacionados às condições em que uma pessoa vive e trabalha, além de influenciarem a ocorrência de problemas de saúde e fatores de risco à população – como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego (WHO, 2017; BUSS; PELLEGRINI FILHO, 2007).
Esses determinantes necessitam de articulação com outros setores da sociedade para serem alterados, e muitas vezes se situam além da governabilidade de quem planeja ações de saúde. Muitas vezes, ficamos limitados na busca da resolução de um problema de saúde pública, pois parte importante da resolução do problema está sob a gerência de outros setores.
OS SERVIÇOS DE SAÚDE
Dahlgren e Whitehead propuseram um modelo teórico que auxilia na explicação da determinação social. O esquema apresenta os diferentes níveis de determinação social, desde a camada mais externa, onde visualizamos as condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais, até a mais proximal ao indivíduo, correspondendo aos fatores hereditários e outras características pessoais, como idade e sexo.
Esse modelo de determinação considera os diversos fatores que contribuem para a saúde dos indivíduos e das populações.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Vigilância e controle das doenças transmissíveis, não transmissíveis e de agravos, como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e de controle de doenças e agravos.
A operacionalização da vigilância epidemiológica compreende um ciclo de funções específicas e intercomplementares, desenvolvidas de modo contínuo, que possibilita que se conheça, a cada momento, o comportamento da doença ou o agravo selecionado como alvo das ações, para que as medidas de intervenção pertinentes possam ser desencadeadas com eficácia.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SÃO FUNÇÕES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (BRASIL, 2009):
Coletar dados;
 Processar dados Coletados;
Analisar e interpretar os dados processados;
Recomendar as medidas de prevenção e de controle apropriadas;
Promover as ações de prevenção e de controle indicadas;
Avaliar a eficácia e a efetividade das medidas adotadas;
Divulgar as informações pertinentes.
VAMOS PRATICAR???

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