Buscar

Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 88 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 88 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 88 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Comunicação e Expressão 
em 
Língua Portuguesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 158 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro 
de 1998. 
 
Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005 
 
Todos Direitos de edição reservados à: 
 
Laudera Participações S/S Ltda. 
Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010 
e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br 
Site: www.institutonacional.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: 
827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:institutonacional@institutonacional.com.br
http://www.institutonacional.com.br/
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 159 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os textos técnicos que vamos abordar aqui são aqueles tradicionalmente utilizados nos meios 
acadêmicos ou no ambiente profissional. Eles serão utilizados por você diariamente de acordo com seu 
ramo de trabalho. 
 
Para escrever esses textos é necessário seguir alguns padrões. Antes disso é sempre necessária 
uma análise do contexto em que o texto técnico será apresentado, para que se possa adequar a 
linguagem à situação específica. Essa análise requer que se pense sobre algumas questões antes de 
escrever. Sugerimos as seguintes: 
 
A. O que preciso comunicar com este texto? 
B. Em que momento (social ou político da empresa) vou escrevê-lo? 
C. De/para qual lugar (seção, departamento etc.) vou escrevê-lo? 
D. Para quem estou escrevendo? 
E. Quais imagens de mim mesmo pretendo passar em meu texto? 
F. Escrevo com qual objetivo? 
 
Essas perguntas conduzem a uma reflexão sobre o contexto de escrita que deve nortear as 
variantes de linguagem que serão usadas e o próprio conteúdo. 
 
É importante pensar nos dados pessoais do destinatário, como nome, profissão, cargo ou função. 
Depois de conhecer algumas características do contexto para o qual se escreve, devem-se fazer as 
escolhas linguísticas, que vão do tipo de texto às palavras que serão usadas. Os manuais de redação 
mais recentes recomendam que, sempre que possível, se use papel timbrado, que se evite o uso de 
jargões, muito comuns nesses textos, e que se procure escrever com concisão, observando o uso 
correto dos pronomes de tratamento. 
 
Há também normas para a formatação dos textos técnicos. As empresas normalmente criam 
identidades visuais que incluem formatações próprias para seus documentos técnicos, em especial 
relatórios e correspondência. Mas é importante conhecer alguns modelos consagrados de formatação 
que costumam ser adotados na produção de textos, como ofício, carta comercial, relatório, 
requerimento, procuração e currículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 160 
 
 
 
Para: ______________________________ 
 
Atenção a: __________________________ 
 
De:_________________________________ 
 
Assunto: Declaração negativa de vínculo empregatício 
 
 
DECLARAÇÃO 
 
Declaro que o Sr. _____________, portador do RG nº ______________, CPF nº ________________, 
não é mais funcionário deste estabelecimento, não estando autorizado a efetuar contatos ou compras 
de qualquer espécie em nosso nome. 
 
São Paulo, 01 de janeiro de 2022 
INED 
Joaninha – gerente geral 
 
 
 
 
SOLICITAÇÃO DE EMPREGO 
 
Para: _________________ 
 
Atenção a: ____________________ 
 
De: _______________________ 
 
Assunto: Solicitação de emprego 
Prezados Senhores, 
 
Mediante anúncio publicado no jornal “A Tribuna”, no dia 13 de maio de 2019, tomei 
conhecimento de que essa empresa está à procura de um revisor. 
 
 Acho-me em condições de ocupar a referida vaga, em virtude da longa prática adquirida durante 
anos. Isso pode ser constatado em meu currículo, em anexo. 
 
V. Ss. poderão ainda obter referências minhas com as seguintes empresas onde trabalhei: 
 
nome da empresa 1 
endereço completo 
nome da pessoa a ser procurada 
DDD e telefone 
 
nome da empresa 2 
endereço completo 
nome da pessoa a ser procurada 
DDD e telefone 
 
Aula 01 – Declaração Negativa de Vínculo 
Empregatício e Solicitação de Emprego 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 161 
 
 
 
 A carta é um dos meios de que dispomos para nos comunicar com pessoas distantes. 
 Existem dois tipos de carta: 
 1 - carta íntima; 
 2 - carta comercial. 
 Por ora, estudaremos a carta íntima que visa à comunicação de fatos íntimos e particulares a 
pessoas conhecidas ou que tenham alguma relação de parentesco ou amizade. 
 Observe que uma carta se compõe de alguns itens ou partes muito importantes. 
 Cabeçalho (Local e data) 
 Cumprimentos (Prezado amigo...) 
 Introdução (Venho por meio...) 
 Corpo da carta (Relato do que se pretende comunicar com pessoas distantes) 
 Desfecho (Não havendo nada mais a ...) 
 Despedida (Com um abraço...) 
 Assinatura (Ronaldo, Pedro, Maria...) 
 
 Modelo: 
 São Paulo, 10 de outubro de 1978. 
 
Prezado amigo Raimundo 
Antes de tudo, as minhas cordiais saudações a você e aos seus familiares. 
 Já passaram vários meses sem que tenha recebido qualquer notícia sua. Por isso, a saudade foi 
aumentando e estamos muito curiosos por saber o que está havendo com vocês aí. 
 Como as férias vão se aproximando, já estou ansioso por rever aquele pedaço de paraíso, que é 
a sua fazenda. 
 Queria pedir-lhe permissão para uma vez mais passar os quinze primeiros dias de julho em sua 
companhia, no sossego da fazenda ”Rincão Perdido”. Estou precisando muito mudar de ares e 
descansar a mente dos estudos. Já estou providenciando apetrechos de pesca e caça e um baralho 
para jogarmos umas partidas de “buraco”. 
 Aguardando para breve uma resposta sua, envia-lhe um grande abraço o amigo 
 
 Cornélio. 
 
 
Carta (resposta) 
 
 Agora suponha que você seja o Raimundo, dono da fazenda “Rincão Perdido”. Responda à carta 
de Cornélio, servindo-se do modelo da página anterior. 
 Agora observe como se preenche o envelope: 
 
Frente 
 
 Ao Senhor 
 Selo 
 Raimundo da Silva 
 Rua das Palmeiras, 700 
 Nova Friburgo 
 Rio de Janeiro 
 Cep 28600 RJ 
 
 
 
 
Aula 02 – Carta 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 162 
Verso 
 
 Remetente: Cornélio de Oliveira 
 Endereço: Rua Joli, 296- São Paulo- SP 
 
 CEP: 13016 
 
 
 
 
Como fazer um requerimento 
 
 O requerimento consiste num pedido dirigido, geralmente, a uma autoridade ou pessoa de 
hierarquia superior. 
 Dependendo da finalidade, há certos textos que já possuem formas consagradas, e é bastante 
útil conhecê-las, para feito de comunicação. O requerimento é um desses textos. 
 Em alguns sites oficiais, como o da Prefeitura de São Paulo, apresentam modelos de 
requerimento para determinadas solicitações. 
 
Por exemplo, o requerimento de documentopara uso e ocupação do solo: 
 
 
Fonte: http://www3.prefeitura.sp.gov.br/sd2110/Forms/sisacoePH.aspx Acesso em 12.03.2019 
 
 
 
 
 
Aula 03 – Requerimento 
http://www3.prefeitura.sp.gov.br/sd2110/Forms/sisacoePH.aspx
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 163 
 
 
 
Leia o texto abaixo: 
 
Fiscalização flagra 10 pseudocorretores em plantão 
 
01/03/2019 
 
Ação ocorreu na Zona Leste da Capital 
 
 Uma blitz realizada pelo Departamento de Fiscalização do CRECISP visitou um plantão de 
vendas na Zona Leste da Capital e autuou 10 pessoas por exercício ilegal da profissão. A ação 
aconteceu no dia 23/02 e contou com a participação de 10 agentes do Conselho e o apoio da Polícia 
Militar. 
 
Quatro gerentes responsáveis pelas equipes também foram autuados pela facilitação ao 
exercício ilegal da profissão e por obstruírem o trabalho dos fiscais. 
 
Além dessas irregularidades, foram encontradas inconsistências na lista da “roleta”, que ordena 
o atendimento dos corretores. No total, 56 autos de constatação foram emitidos pelos agentes. 
 
O presidente do Conselho, José Augusto Viana Neto, afirmou que as blitzes serão 
intensificadas. “Ações como essa confirmam a importância desse trabalho para que consigamos evitar 
que pessoas sem habilitação atendam famílias e causem prejuízos a quem sonha com a casa própria. É 
fundamental que a própria sociedade denuncie e que exija a credencial do profissional, antes de fechar 
o negócio.” 
 
Fonte: https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/noticiasinterna/4636-fiscalizacao-flagra-10-
pseudocorretores-em-plantao Acesso em 08.03.2019 
 
Notícia  é o relato sucinto de um fato ocorrido. 
 
Características: 
 Atualidade 
 Veracidade 
 Concisão 
 Objetividade 
 Imparcialidade (sem referência ao nome do jornalista) 
 
 
 
 
 Reportagem é uma notícia em profundidade, com a narração detalhada dos fatos novos 
ocorridos. 
 
 Características: 
 Atualidade 
 Veracidade 
 Profundidade 
 Organizada por blocos 
 Elaborada em estilo pessoal (com referência ao nome do jornalista) 
 
Aula 05 – Reportagem 
Aula 04 – Notícia 
https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/noticiasinterna/4636-fiscalizacao-flagra-10-pseudocorretores-em-plantao
https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/noticiasinterna/4636-fiscalizacao-flagra-10-pseudocorretores-em-plantao
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 164 
 
 A notícia e a reportagem procuram informar os fatos, respondendo ao esquema: 
 O quê? 
 Quem? 
 Quando? 
 Onde? 
 Como? 
 Por quê? 
 
 O assunto da notícia e da reportagem é sempre sintetizado num título que lhe dá destaque. A 
isto se chama manchete, geralmente escrita em letras de tipo diferente. 
 
 Síntese do assunto 
 
  análise 
 Manchete  notícia 
  reportagem 
 
 
 
 
 O recibo é a prova de que se realizou uma transação. O modelo que indicaremos a seguir será 
suficiente para orientá-lo na redação de recibos. Antes, porém, é importante observar isto: 
1. Aquele que recebe o dinheiro é quem deve fornecer o recibo. 
2. Deve-se redigir o recibo com cópia para que ambas as partes envolvidas possuam prova de 
transação. 
3. É necessário que constem no recibo o nome e o endereço completos do emissor e o número do 
CPF. 
4. Nas papelarias encontram-se recibos já impressos para preenchimentos de lacunas, o que 
facilita o trabalho. 
 
Modelo: 
 
Recibo 
 
 Recebi do Sr. João Lenon Faria a quantia de R$500,00 (quinhentos reais), referentes à 
venda de um televisor, marca Sanyo, modelo PW-580, número de fabricação ZP49005VF98. 
 
São Paulo, 15 de janeiro de 2009. 
_________________________ 
Paulo Paulino Assis 
CPF 987.002.351.087 
 
Rua Tucunaré, 2497 – SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 06 – Recibo 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 165 
 
 
 
 Quando você enviar um e-mail, faça-o como se fosse uma carta ou um bilhete. 
 Leia antes de enviar, corrija os erros, coloque vírgulas, pontos etc. Abrevie o menos possível as 
palavras e esqueça o linguajar moderno, como bjs, Kdê, vcê... Não escreva errado apenas porque é um 
e-mail. Demonstramos nossa cultura e educação através dos detalhes. Não repasse e-mails de 
“correntes”, utilize o seu endereço eletrônico empresarial apenas para correspondência profissional. 
Evite e-mails longos demais. 
 
 Evite o envio de e-mails com cópia para várias pessoas, no qual aparece o endereço eletrônico 
de todas elas, a não ser que seja uma medida pré-estabelecida pela empresa ou setor. Procure enviar 
com cópia oculta. Muitos não gostam de ter seu endereço eletrônico divulgado, pois poderão começar a 
ser importunados por pessoas que não sabem utilizar corretamente esta ferramenta. 
 
Veja um exemplo de e-mail formal que pode ser redigido em sua empresa: 
Para: institutonacional@institutonacional.com.br 
Cc: (endereços de e-mails que estar quando o conteúdo do e-mail é visto por 
todo) 
Cco: (cópia oculta) neste campo, os endereços de e-mails dos demais 
interessados devem ser digitados, pois assim ninguém tem acesso ao e-mail do outro 
 
Texto modelo de um e-mail corporativo, transcrito do exemplo acima: 
 
“Prezada Sra. Diretora Elis Regina, bom dia: 
 
Seguem anexas todas as informações solicitadas a respeito de nossa empresa “XYZ”. 
 
O material anexo tem as descrições das atividades que desenvolvemos. Fique à vontade para 
questionar eventuais procedimentos. 
Coloco-me a sua disposição para agendarmos uma reunião para que possa explicar-lhe nossa logística 
e trabalho. 
 
Atenciosamente, 
Fulano de Tal 
Empresa XYZ 
Fone Corporativo 
Fone Celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 07 – E-mail 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 166 
 
 
 
Este gênero textual tem como objetivo promover um produto através dos meios de 
comunicação de massa: internet, televisão, revistas, jornais e rádio. Também é possível 
encontrar em panfletos, banners, outdoors. 
A linguagem é simples e persuasiva, isto é, tem como objetivo convencer o consumidor 
sobre o determinado produto, é uma estratégia de venda. 
Veja abaixo um exemplo de anúncio publicitário: 
 
 
 
 
 
 
Os classificados são textos curtos e objetivos que são divulgados nos meios de comunicação, 
como internet, jornais e revistas, geralmente para anunciar venda, aluguel, empréstimos, entre outros. O 
ideal é ser persuasivo, para convencer o cliente. Uma característica dos classificados é o uso de 
adjetivos, que ajudam a descrever o produto e chamar a atenção de quem se pretende. 
 
A estrutura básica de um anúncio classificado é a seguinte: 
 
Título: Indica o que se pretende anunciar de maneira direta e atrativa, por exemplo: "Amplo 
Apartamento em Mauá". 
 
Corpo de Texto: é a descrição do que se pretende anunciar, incluindo toda a informação de forma clara 
e coesa, por exemplo: "Apartamento no quinto andar de frente para a Avenida Barão de Mauá em 
Mauá. Possui 3 quartos, 2 banheiros, duas salas (estar e jantar) e uma cozinha ampla. Além de oferecer 
uma ótima área de lazer que inclui área verde, parque infantil, duas piscinas, sauna e salão de festas." 
 
Contato: ao final do texto aparece o contato e o nome da pessoa que está veiculando o anúncio, ou 
seja, o anunciante, por exemplo: "Contatar Priscila Maria: e-mail: loft.paulista@aluguel.com.br/Telefone 
de Contato (11) 44444552." 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 09 – Classificados 
Aula 08 – Anúncio Publicitário 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 167 
 
 
 
O objetivo do currículo é apresentar dados pessoais, formação escolar e profissional do candidato 
a um emprego. Na verdade não existe um padrão oficial, mas algumas informações são cruciais: 
 
Formatação do currículo: 
Margens: não têm formatação padrão, mas devem ser as mesmas ao longo de todo o texto. 
Tamanho do papel: A4 
Fonte do texto: Arial ou Times, tamanho 12 
 
Informações que deve conter: 
 
1. título (Currículo); 
 
2. dados pessoais (nome, data de nascimento, estado civil, nacionalidade, endereço, telefones, 
e-mail); 
 
3. objetivos (a qual vaga pretende candidatar-se, qual a atividade que pretende exercer); 
 
4. experiência profissional (locais onde já trabalhou, período e atividades que desenvolveu; 
ordenar pelas datas ou pela relevância da atividade); 
 
5. formação escolar (curso, instituição de ensino e período; ordenar pelas datas ou pela 
relevância do curso); 
 
6. cursos e formação complementar (por exemplo, conhecimentos de informática e línguas 
estrangeiras); 
 
7. trabalhos voluntários. 
 
Aula 10 – Currículo 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 168 
Exemplo de currículo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Currículo 
 
José Roberto Farias 
2. Brasileiro 
Data de Nascimento: 11/11/1987 Rua Marquês de Pombal 
Tel.: (19) 3232-3232 Vila Furtado 
Cel.: (19) 9191-9191 Campinas – SP 
E-mail: josefaria@gmail.com 
 
3. OBJETIVO 
 (Seus objetivos profissionais) 
 
4. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 
 
 Março 2006 – Julho 2008 Carmel – Indústria Farmacêutica 
 Cargo: Líder de equipes de montagem 
 Atividades: Controle de maquinas de embalagens e organização 
 das atividades da equipe 
 
5. FORMAÇÃO 
 2014 cursando Instituto Nacional de Educação a Distância – INED, São Paulo – SP 
 Técnico em Eletroeletrônica 
 Término Previsto: Dezembro ---- 
 1995 – 1999 Escola Estadual Edivaldo Cruz, Santa Cruz das Nações, Alagoas 
 Ensino Médio 
 
6. LINGUAS ESTRANGEIRAS 
 
 Inglês: intermediário 
 Julho 2001: FCE (First Certificate English) – 
 University of Cambridge, Inglaterra 
 Espanhol: básico 
 
 
INFORMÁTICA 
 
 Sistemas Operacionais: Microsoft Windows, Linux 
 Domínio dos seguintes softwares: Microsoft Office Suite, Matlab, Mathemathica, Delphi e Pacote 
Office. 
 Programação em linguagem: Matlab/Simulink, C, Pascal, Delphi, Assembly e HTML. 
 
CURSOS E SEMINÁRIOS 
 
 Agosto 2013 - Participação na VI Semana de Farmácia na --------------, São Paulo, SP 
 Agosto 2005 - Curso de montagem de embalagens farmacêuticas. 
 Carga horária: 30 horas. Ministrado pela Profa. Dra. --------------- 
 Unicamp, Campinas, SP 
 
7. ATIVIDADES VOLUNTÁRIAS 
 
 Organização da VI Semana de Estudos Elétricos do CIEE. 
 Trabalho semanal na Associação Amigo dos Animais. Desde 2010 São Paulo, SP 
mailto:josefaria@gmail.com
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 169 
 
 
 
O objetivo do ofício é manter a comunicação administrativa. Ele é muito utilizado por órgãos 
públicos e em correspondência protocolar. Observe no quadro a seguir a padronização adotada na 
redação de ofícios. 
 
Exemplo de formatação de ofício: 
 
Modelo de ofício do Manual de Redação da Presidência da República (2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 11 – Ofícios 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 170 
 
 
 
O relatório é um texto muito importante. Ele é bastante utilizado em contextos técnicos. É um 
relato sobre algo que já aconteceu. 
Nas empresas, ele também pode ser utilizado para apresentar procedimentos técnicos ou 
administrativos, especialmente na padronização das operações (criando o chamado procedimento 
operacional padrão) que garantem a reprodução dos processos. Essa padronização é exigida pelos 
órgãos certificadores. 
Seus objetivos também são variáveis: registrar e documentar procedimentos desenvolvidos, 
oferecer orientação para o futuro, relatar problemas ou atividades decorridas, entre outros. 
Experimentos científicos, estágios, visitas técnicas, processos administrativos e viagens são as 
principais situações em que a redação de um relatório é necessária ou costuma ser solicitada. 
A linguagem deve ser concisa e adequada ao objetivo. Isso pode ser facilitado com o uso da 
linguagem não verbal, com a apresentação de tabelas, gráficos e imagens, além da própria formatação. 
 
Para escrever um relatório é preciso prestar atenção em algumas qualidades desse tipo de texto: 
 
1. Fidelidade aos fatos: 
 use números, tabelas e gráficos; 
 detalhe as informações, tomando cuidado para o texto não ficar repetitivo. 
 
2. Facilidade de compreensão: 
 mantenha a objetividade da linguagem; 
 use períodos curtos, cuidando da pontuação correta; 
 disponha os elementos nas páginas sem exagerar no número de elementos; 
 ordene as exposições logicamente. 
 
3. Coesão e coerência 
 mantenha uma ligação entre os parágrafos do seu texto; 
 estabeleça uma lógica interna no texto; 
 
4. Relevância e completude das informações apresentadas 
 
De acordo com Passos e Santos (1998), um relatório é composto de: 
 
a) plano inicial: determinação da origem, preparação e programa de desenvolvimento do 
relatório; 
 
b) coleta e organização do material: durante a execução do trabalho, são feitos o registro, a 
ordenação e o arquivamento do material necessário ao desenvolvimento do relatório; 
 
c) redação: recomenda-se uma revisão crítica do relatório considerando os seguintes aspectos: 
redação (conteúdo e estilo), sequência das informações, apresentação gráfica. 
 
Dependendo do contexto no qual o relatório será produzido, suas características podem ser 
alteradas. A seguir, alguns tipos específicos de relatório. 
 
 
Aula 12 – Relatório 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 171 
I) Relatando uma visita técnica 
 
O relatório de visita técnica também pode ser utilizado para relatar viagens, incidentes ou 
acidentes, resultados finais de uma pesquisa etc. Para cada uma dessas situações, poderá haver uma 
característica diferente, uma informação a mais ou a menos a ser colocada no texto. O redator deve 
selecionar adequadamente as informações a serem registradas e organizá-las para conferir objetividade 
ao relatório. 
 
O relatório de uma visita técnica visa narrar um acontecimento, destacando: 
 contexto; 
 fatos ocorridos; 
 observações realizadas; 
 resultados ou conclusões. 
 
Para relatar uma visita técnica, os primeiros parágrafosdo texto devem apresentar sucintamente 
as seguintes informações: 
 o que será relatado; 
 onde a atividade relatada ocorreu; 
 quando ocorreu; 
 como ocorreu; 
 por que ocorreu (com quais objetivos); 
 o nome das pessoas envolvidas. 
 
Essas são as informações essenciais que, na sequência, podem ser detalhadas. 
Para apresentar o relatório, é importante também colocar na capa informações que 
contextualizem a sua produção. Em um trabalho escolar, essas informações seriam: 
 nome da escola; 
 curso; 
 nome do(s) aluno(s); 
 título do relatório; 
 local; 
 data de entrega. 
 
Num relatório de empresa também podem ser apresentadas informações semelhantes, com 
algumas substituições: 
 nome da empresa; 
 setor ou departamento; 
 nome do(s) funcionário(s), acompanhado(s) ou não do cargo de cada um; 
 título do relatório; 
 local; 
 data de elaboração. 
 
Não há padrões fixos para a formatação de um relatório. As empresas costumam criar identidades 
visuais com formatação própria para documentos técnicos e, especialmente, relatórios e 
correspondências. 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 172 
 
 
 
Muito utilizado no ramo empresarial, o aviso tem como função informar algo aos funcionários. 
Por exemplo: 
 
 
 
 
 
É um gênero textual muito utilizado em comunicações internas oficiais de instituições, órgãos 
públicos e empresas. O objetivo é transmitir uma informação para os funcionários do mesmo local de 
maneira rápida e sem burocracia. 
Exemplo de memorando do Ministério da Educação: 
 
 
Aula 14 – Memorando 
Aula 13 – Aviso 
Feriado de Carnaval 
 
Em função do feriado de carnaval, o INED (nome da empresa) não terá 
expediente na terça-feira, dia 05 de março de 2019. 
 
As atividades serão retomadas normalmente na quarta-feira, dia 06 de 
março de 2019. 
 
Agradecemos desde já pela compreensão. 
 
Instituto Nacional de Ensino a Distância 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 173 
 
 
 
O comunicado é de caráter oficial e tem como objetivo avisar ou informar algo na imprensa ou 
em outros meios de comunicação. É utilizado para esclarecer a opinião pública sobre determinados 
fatos. 
Os comunicados podem ser diferentes de acordo com o objetivo. Exemplos: 
 
 Comunicado de evento; 
 Comunicado de reunião; 
 Comunicado de alteração de local e data. 
 
Veja um comunicado da Prefeitura Municipal de Cruz Machado: 
 
 
 
 
 
 
É um tipo de texto jurídico. Utilizado para manter uma relação jurídica entre duas ou mais partes. 
É importante conseguir identificar as partes e a natureza do contrato, pois evita possíveis fraudes e 
erros. Linguagem formal, objetividade e coerência são fundamentais para o documento. 
 
A redação pode ser dividida da seguinte forma: 
 
Parte 1: identificação das pessoas que fazem parte do acordo, além da descrição da natureza do 
contrato. 
 
Parte 2: cláusulas com as condições do contrato, com as disposições gerais e as devidas 
responsabilidades, além dos termos e condições acordadas e validade das cláusulas dependendo da 
especialidade jurídica. 
 
Parte 3: finalização e detalhes de local, data, assinaturas e testemunhas. 
 
Alguns modelos de contrato estão disponíveis no site: 
http://www.creci-pe.gov.br/modelos_contratos.php 
 
 
 
 
Aula 16 – Contrato 
Aula 15 – Comunicado 
http://www.creci-pe.gov.br/modelos_contratos.php
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 174 
 
 
 
O memorial descritivo é um documento utilizado para descrever detalhadamente todas as fases 
e materiais que serão utilizados no projeto. É um guia para execução da obra e compra de materiais. O 
memorial deve seguir a ABNT/NBR 15575 que determina as condições para que o projeto seja 
executado com segurança. 
 
Todo projeto deve apresentar um memorial descritivo, pois orienta os arquitetos e engenheiros, 
além de apresentar ao cliente todas as informações da obra. 
 
 
 
 
Para que seu texto tenha sentido por completo e que transmita suas ideias de forma clara é ideal 
que tenha coesão e coerência. São ferramentas que ajudam no momento da produção textual e devem 
ser aplicadas em todos os gêneros textuais. Veja abaixo: 
 
 Uso correto dos verbos: utilização correta dos tempos verbais, organizando os acontecimentos 
de forma linear e lógica, que auxilia o entendimento dos fatos. 
 
 Uso de conectores: os conectores ligam os termos e estabelecem relações de dependência 
entre as orações. 
 
 Uso de sinônimos: as substituições lexicais auxiliam na coesão do texto, pois evita a repetição 
de palavras. 
 
 Uso de referências: fazer referência de um outro texto dentro do texto para fazer relações é um 
tipo de coesão que valoriza o que está sendo escrito. 
 
 Evite contradições: para seu texto não ficar confuso para quem lê, o ideal é que não fujam da 
lógica, ou seja, não tenha contradições. 
 
 Princípio da relevância: o que for escrito no texto deve se relacionar com o assunto, ou seja, ser 
relevante. Ideias desconexas e assuntos diferentes devem ser evitados. 
 
O manual de redação oficial da Presidência da República apresenta dicas para deixar o texto 
mais claro: 
 
“Para a obtenção de clareza, sugere-se: 
 
a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto versar 
sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura própria da área; 
 
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar 
intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da 
ordem inversa da oração; 
 
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto; 
 
d) não utilizar regionalismos e neologismos; 
 
e) pontuar adequadamente o texto; 
Aula 18 – Coesão e Coerência 
Aula 17 – Memorial Descritivo 
http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2015/09/2_guia_normas_final.pdf
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 175 
 
f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e 
 
g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, em razão de 
serem designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata tradução. 
Nesse caso, grafe-as em itálico.” 
 
O documento ressalta também a importância da coesão e coerência: 
 
“É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atributos favorecem a conexão, a 
ligação, a harmonia entre os elementos de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência 
quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, 
dando continuidade uns aos outros.” 
 
Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/manual-de-redacao-da-presidencia-da-
republica/manual-de-redacao.pdf Acesso em 15.03.2019 
 
 
 
 
O homem é um ser social, ele necessita estar em constante comunicação com seu semelhante. 
Essa comunicação ocorre através de um processo no qual estão sempre envolvidos alguns elementos. 
Elementos envolvidos no ato da comunicação: 
 o que emite a mensagem. 
 o que recebe a mensagem. 
 o conteúdo transmitido pelo emissor. 
 o conjunto organizado de signos utilizados na transmissão e recepção da mensagem. 
 o conjunto deinformações que compõem a mensagem. 
 o meio pelo qual circula a mensagem. 
 
Como todo ato de comunicação, a comunicação verbal também depende de um contexto que 
possibilite a verbalização; o emissor verbaliza pensamentos, emoções e fatos criados ou sugeridos por 
uma determinada situação. 
 
Ao ser verbalizada, a mensagem revela funções e estas funções variam de acordo com o 
que o emissor pretende comunicar. 
 
 Função Emotiva (ou Expressiva) 
 
Tem esse nome quando se centraliza predominantemente no emissor, revelando sua emoção, 
sua opinião. É a linguagem dos livros autobiográficos, de memórias, de poesias líricas, de bilhetes e 
cartas de amor. Subjetiva, nela prevalecem a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. 
Ex.: ''Só uma coisa me entristece 
 o beijo de amor que não roubei 
 a jura secreta que não fiz 
 a briga de amor que não causei.'' 
 
 Função Referencial (ou Denotativa) 
 
Tem esse nome quando se centraliza predominantemente no referente, quando o emissor 
procura oferecer informações sobre o ambiente. É a linguagem das notícias de jornal, dos livros 
científicos. Objetiva, direta e denotativa, nela prevalece a 3ª pessoa do singular. 
Ex.: Chuva ácida afeta regiões do mundo. 
 
 
Aula 19 – Funções da Linguagem 
http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf%20Acesso%20em%2015.03.2019
http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf%20Acesso%20em%2015.03.2019
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 176 
 
Parte dos 120 mil Km cúbicos de chuvas que, em média a cada ano caem sobre os continentes, 
já não trazem mais a vida, mas a morte lenta e penosa para lagos, florestas, animais e pessoas numa 
escala sem precedentes, desde que a Segunda Revolução Industrial criou o motor a explosão e com ele 
libera a cada ano milhares de toneladas de resíduos combustíveis fósseis na atmosfera da Terra. 
 (Folha de São Paulo) 
 Função Apelativa (ou Conativa) 
 
Tem esse nome quando se centraliza predominantemente no receptor, o emissor procura 
influenciar o comportamento do receptor. É a linguagem dos discursos, dos sermões, das propagandas 
que se dirigem diretamente ao consumidor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso dos 
pronomes você e tu, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativos. 
Ex.: ''Se você procura o melhor imóvel, vá logo ao endereço certo''. 
 
 
 
 
Existem diversos tipos de textos. A estrutura dos textos pode mudar de acordo com o tipo. Cada 
tipo de texto apresenta características específicas. Veja abaixo alguns exemplos mais utilizados: 
 
Texto dissertativo: Apresenta um posicionamento crítico a respeito dos fatos, são construídos 
argumentos baseados em alguma situação específica. A dissertação é o tipo de texto exigido nos 
grandes vestibulares do país e no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). 
 
Texto narrativo: É o tipo de texto que apresenta uma narração. É o tipo de texto utilizado em fábulas e 
histórias, sejam elas reais ou fictícias. Geralmente é escrito em prosa. 
 
Texto descritivo: É um relato objetivo ou subjetivo referente a uma pessoa, lugar, objeto, animal etc., 
ou seja, é uma descrição, podendo ser algo concreto ou abstrato. É um tipo de texto que utiliza muitos 
adjetivos, geralmente utilizado em classificados. 
 
 
 
 
O vocabulário técnico utilizado em transações imobiliárias é muito utilizado em documentos da 
área. No site do CRECI é possível encontrar um glossário com diversas palavras. O link para acesso é: 
 
https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/glossario 
 
Exemplos de palavras técnicas: 
 
Arrendamento mercantil: Aluguel de um bem móvel ou imóvel (veículo, máquina, casa, apartamento) 
mediante o pagamento de contraprestações periódicas e com a opção de compra ao final. 
 
Lei do Inquilinato: Nome popular da lei que regula as locações urbanas. A lei em vigor é a n.º 8.245, 
de 1991. 
 
Recebível: Certificados de recebíveis imobiliários. Securitização. 
Fonte: https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/glossario 
 
Aula 20 – Tipos de Texto 
Aula 21 – Glossário 
https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/glossario
https://www.crecisp.gov.br/comunicacao/glossario
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 177 
 
 
 
Quando entramos em contato com outras pessoas, na rua, no trabalho, na escola, percebemos 
que nem todos falam como nós. Isso acontece por vários motivos: porque a pessoa vem de outra região 
do país, por ser mais velha ou mais jovem, por possuir menor ou maior grau de escolaridade, por 
pertencer a um grupo ou classe social diferente. Essas diferenças no uso da língua constituem as 
variações linguísticas. 
 
 
 
Entre as variações da língua, existe uma que tem maior valorização: a variedade padrão. 
Também conhecida como norma culta e língua padrão, ela é utilizada na maior parte dos livros, jornais 
e revistas e é ensinada na escola. As demais variações linguísticas como a regional, a gíria, entre 
outras, são chamadas de variedade não padrão ou linguagem coloquial. 
 
A tangerina e suas variações 
 
 Um exemplo de variação linguística é o modo como a tangerina é conhecida em diferentes 
lugares: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O nome da fruta pode variar dependendo da região. 
 
Veja abaixo os nomes atribuídos a mesma fruta: 
 
 Tangerina 
 Bergamota 
 Mimosa ou Laranja-cravo 
 Mandarina, Fuxiqueira, Manjerica 
 Pocan, mixirica 
 
DIALETOS E REGISTROS 
 
Há dois tipos básicos de variação linguística, os dialetos e os registros. Os dialetos são 
variedades originadas das diferenças de região ou território, de idade, de sexo, de classes ou grupos 
sociais e da própria evolução histórica da língua. 
 
Aula 22 – Variação Linguística 
Variações linguísticas são as variedades 
que uma língua apresenta, de acordo com as 
condições sociais, culturais, regionais e 
históricas em que é utilizada. 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 178 
Samba do Arnesto 
 
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás 
Nós fumos não encontremos ninguém 
Nós voltermos com uma baita de uma reiva 
Da outra vez nós num vai mais 
Nós não semos tatu! 
No outro dia encontremo com o Arnesto 
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos 
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa 
Mas você devia ter ponhado um recado na porta 
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá 
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância, 
Assinado em cruz porque não sei escrever. 
 
Samba do Arnesto, Adoniran Barbosa 
 
 As variações de registro ocorrem de acordo com a formalidade na situação, com o modo de 
expressão, isto é, se corresponde a um momento de fala ou escrita, com a sintonia entre os 
interlocutores, que envolve aspectos como graus de cortesia, respeito, tecnicidade (domínio de um 
vocabulário específico de alguma área profissional, por exemplo). Ou seja, se você estiver falando com 
um cliente ou com o chefe, a escolha linguística deverá ser adequada. 
 
MÚLTIPLAS LINGUAGENS 
 
Uma mesma linguagem pode comunicar diferentes sentidos, dependendo das condições nas 
quais os textos são produzidos ou lidos. Uma determinada informação também pode ser relatada por 
meio de linguagens diversas, que podem fazerdiferença no sentido que produzem. 
A linguagem, portanto, varia. Suas variantes devem estar adequadas à imagem que se quer 
construir do locutor e à situação de enunciação. Os adolescentes, por exemplo, usam uma forma para 
se comunicar. Médicos utilizam outra, diferente da praticada pelos advogados, especialistas em 
informática, caminhoneiros, professores etc. 
Entretanto, o modo de falar de uma pessoa não é determinado só pela profissão que ela exerce. A 
linguagem pode ser formal ou informal, desde que seja coerente com a situação. 
O importante na comunicação é observar quais palavras devemos usar para que haja 
compreensão do que se deseja transmitir em determinado contexto. 
É como o código da roupa: terno e smoking denotam maior formalidade, enquanto camiseta e 
short são sinônimos de vestuário menos formal. Dificilmente as roupas apropriadas a um contexto são 
usadas em outros – ninguém vai a uma entrevista de emprego vestindo short, nem à praia vestindo 
terno. 
Com a linguagem não é diferente. Ela deve adequar-se ao contexto a que se destina. Ela torna-se 
inadequada quando, por exemplo, a língua padrão é empregada numa situação informal ou quando a 
gíria é utilizada em um contexto formal. 
Veja a diferença entre estas conversas: 
 
Situação informal 
João e um amigo: 
– E aí, cara? 
– E aí, beleza? 
– Beleza! Bora dar um rolê hoje? 
– Nada, mano. Tô zuado, com dor de cabeça. 
– Então tá, falô, tô indo com os manos. 
– Falô, curta aí... 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 179 
Situação formal 
João e seu chefe: 
– Bom dia, João. 
– Bom dia, chefe. 
– Para onde você vai? Almoçar? 
– Não, senhor, vou até a cidade buscar umas encomendas para minha mãe. 
– Ah! Entendi. Vou ficar e almoçar, pois estou com fome. 
– Está certo. Vou para a cidade. Até à tarde! 
 
Como você viu, o entendimento foi perfeito entre os interlocutores nas duas situações porque a 
linguagem entre eles estava adequada ao contexto. 
 
 
 
 
 
 
Origem da língua portuguesa 
 
 A origem da língua portuguesa é o latim, antiga língua falada no Lácio, região central da 
Península Itálica. Roma foi fundada nessas terras e expandiu sua civilização chegando até as 
penínsulas Itálica e Ibérica, o Centro-Sul da Europa, o Norte da África e o Oriente Próximo. 
 
Com a queda do Império Romano, o latim foi sofrendo modificações, o 
latim popular foi se diferenciando cada vez mais, dando origem ao espanhol, ao 
italiano, ao português, francês e romeno. Começou o que hoje é denominado 
línguas latinas. 
 Portugal iniciou uma série de conquistas e levou a língua portuguesa para 
regiões remotas do globo terrestre, como: 
 Angola (África); 
 Moçambique (África); 
 Cingapura (Ásia); 
 Guiné-Bissau (África); 
 Brasil (América do Sul); 
 Índia (Ásia); 
 Macau (China - as línguas oficiais são o chinês e o português). 
 
Nações independentes que falam a língua portuguesa 
 
Atualmente são oito as nações independentes cuja língua oficial é o 
português: 
1. Portugal (Europa) 
2. Brasil (América do Sul) 
3. Angola (África) 
4. Moçambique (África) 
5. Cabo Verde (arquipélago localizado na costa da África ocidental) 
6. Guiné – Bissau (África) 
Aula 23 – Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa 
Sumário 
 Origem da língua portuguesa 
 Países que falam a língua portuguesa 
 Acordo ortográfico da língua portuguesa 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 180 
7. São Tomé e Príncipe (país insular, composto de duas ilhas: São Tomé e Príncipe – costa 
ocidental da África) 
8. Timor – Leste ( sudeste da Ásia). 
 
A língua portuguesa é falada, portanto, em quatro continentes e fez-se necessário a redação de 
um acordo para uniformizar o mais possível a escrita. 
 O atual acordo ortográfico foi assinado, em Lisboa, no ano de 1990, sendo que o Timor Leste só 
se alinhou com o acordo em 1999, quando então se transformou em nação livre. 
O Decreto Nº. 6.583, de 29 de setembro de 2008, promulgou o Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990. 
 
Acordo ortográfico da língua portuguesa 
 
 O acordo ortográfico da língua portuguesa é meramente ortográfico, portanto 
restringe-se à língua escrita, não afetando em nenhum aspecto da língua falada e 
começou a vigorar no dia 1º de janeiro de 2009. 
 Nas três primeiras aulas vamos ver o que foi alterado, o que há de novo e o 
que fica com dupla grafia, após o acordo ortográfico. Não mencionamos o que não 
mudou no Brasil, para que você fixe bem as alterações ortográficas. Foram 
consideradas, para o acordo ortográfico, o que se denominou 21 bases. Em cada uma das três 
primeiras aulas serão apresentadas sete bases. 
 
 
 
 
 
1 – Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados (Base I) 
 
 Alterado 
 O alfabeto da língua portuguesa era composto de 23 letras e passou a ter 26 letras, com a 
inclusão de k,w e y. 
 
 Novo 
 Os nomes próprios hebraicos de tradição bíblica podem conservar os finais ch, ph e th ou 
simplificá - los. Exemplo: Loth ou Lot. 
 Se o dígrafo (duas consoantes juntas) for mudo, deverá ser eliminado. Exemplo: Joseph 
deverá ser escrito José. 
 Em nome próprio de pessoa (antropônimo) de tradição bíblica, podem conservar-se ou não as 
consoantes finais b, c, d, g e t, consagradas pelo uso, quer sejam pronunciadas ou não. 
Exemplo: David ou Davi. 
 Em nome próprio de lugar (topônimo) podem conservar-se ou não as consoantes finais b, c, d, g 
e t, consagradas pelo uso, quer sejam pronunciadas ou não. Exemplos: Madrid, Calecut ou 
Calicut (cidade da Índia). 
 Cid é uma palavra com grafia única, em que o d sempre é pronunciado. 
 Sempre que possível, devem-se substituir os nomes de lugares (topônimos) de línguas 
estrangeiras por formas da língua nacional, ou seja, formas vernáculas, quando estas sejam 
antigas e ainda vivas em português. 
 
Bases I, II, III, IV, V, VI e VII 
Sumário 
1 – Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados (Base I) 
2 – O h inicial e final (Base II) 
3 – Da homofonia (Base III) 
4 – Das sequências consonânticas (Base IV) 
5 – Das vogais átonas (Base V) 
6 – Das vogais nasais (ã, im, om, on, em, en) (Base VI) 
7 – Dos ditongos (Base VII) 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 181 
Exemplos: New York Nova Iorque 
 Zürich Zurique 
 
 
 
 
 Segundo o Dicionário Aurélio “ 2.Fig. Diz-se da linguagem genuína, correta, pura, isenta de 
estrangeirismos; castiço. 3.Diz-se de quem atenta para a correção e a pureza no falar e escrever; 
castiço. 4.E. Ling. O idioma próprio de um país, ou região; língua vernácula”. 
 
2 – O h inicial e final (Base II) 
 
 Na língua portuguesa falada e escrita no Brasil não ocorreram mudanças. 
 
3 – Da homofonia (som ou pronúncia semelhante) de certos grafemas consonânticos (letras que 
representam sons das consoantes) (Base III) 
 
 Na língua portuguesa falada e escrita no Brasil não ocorreram mudanças. 
 
 
 Exemplo de grafemas consonânticos: ch, x, g, j, ss, c, ç, z, s. 
 
4 – Das sequências consonânticas (Base IV) 
 Diz-se que há uma sequência consonântica quando duas consoantes são encontradas juntas. 
Exemplo: apto (o p e o t são consoantes e estãojuntas), ficção (o c e o ç estão juntos). 
 
 Dupla grafia 
 Quando não há uniformidade nas pronúncias das sequências consonantais, entre os países do 
acordo ortográfico, as palavras podem apresentar dupla grafia. Exemplo: 
 setor ou sector 
 assumpção ou assunção 
 súbdito ou súdito 
 subtil ou sutil 
 amígdala ou amídala 
 amnistia ou anistia 
 aritmética ou arimética 
 sumptuoso ou suntuoso 
 concepção ou conceção 
 
5 – Das vogais átonas (Base V) 
 
O estudo da origem e da evolução das palavras (etimologia) e a história das palavras determinam o 
emprego do e ou do i, do o ou do u, em sílaba átona. Conforme a origem da palavra, escrevemos o, u, 
i, e. 
Exemplos: candeia candeeiro 
 areia areal 
 
Você sabe o que são formas vernáculas? 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 182 
 
Esclarecendo mais ainda: 
sílaba átona é aquela que, em uma palavra, falamos de maneira leve, suave. 
Exemplos: tabuada o u de tabuada é átono. 
 
Alterado 
 
Os sufixos iano e iense mantêm o i nos substantivos e adjetivos derivados, mesmo que as 
formas primitivas possuam e. 
Exemplos: Acre acriano 
 Torres torriense 
Novo 
 
Substantivos que constituem variações de outros substantivos terminados por vogal devem ser 
grafados sempre com final io, ia átono (e não eo, ea). 
Exemplo: veste véstia = correto. 
 veste véstea = errado 
 
Dupla Grafia 
 
Os verbos ligados a substantivos com terminações átonas ia, io admitem conjugações variantes. 
Exemplo: substantivo negócio = terminação átona io verbo negociar = eu negocio ou eu 
negoceio. 
 
6 – Das vogais nasais (ã, im, om, on, em, en) (Base VI) 
 
 Na língua portuguesa falada e escrita no Brasil não ocorreram mudanças. 
 
Exemplos: trem = trens 
 irmã = irmãmente 
 
7 – Dos ditongos (Base VII) 
 
 Alterado 
 
a) Os ditongos abertos éi, éu, ói são grafados com acento agudo apenas: 
quando em sílaba final; 
 Exemplos: farnéis, chapéu, lençóis, anéis, caracóis, pitéu 
 quando ocorrem na sílaba tônica das palavras proparoxítonas; 
Exemplos: alcalóidico, aracnóideo 
 quando em monossílabos tônicos; 
Exemplos: léu, dói. 
 
b) Não recebem acento estes ditongos quando em outras posições das palavras, ou seja, nas 
paroxítonas. 
 
Exemplos: alcaloide, alcateia, androide, apoia, apoio, asteroide, celuloide, claraboia, colmeia, Coreia, 
debiloide, epopeia, estoico, estreia, estreio, geleia, joia, odisseia, paranoia, plateia, tramoia, jiboia, 
espermatozoide, teteia, heroico, boia. 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 183 
 
 
 
Agora se escreve boia !!!!! 
 
 
 
 
 
8 – Da acentuação gráfica das palavras oxítonas (Base VIII) 
 
Dupla grafia 
 
 As vogais e e o de certas palavras, nas pronúncias cultas da língua, pode ser aberta ou fechada, 
admitindo, portanto, o acento agudo ou o acento circunflexo. 
 
Exemplos: cocô e cocó 
bebê e bebé 
rô e ró (letra grega) 
purê e puré 
rapê e rapé 
 
nenê e nené 
guichê e guiché 
bidê e bidé 
canapê e canapé (espécie de sofá) 
caratê e caraté 
crochê e croché 
ponjê ou ponjé (tecido leve feito de lã e seda) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bases VIII, IX, X, XI, XII, XIII, E XIV 
Sumário 
8 – Da acentuação gráfica das palavras oxítonas (Base VIII) 
9 – Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas (Base IX) 
10 – Da acentuação das vogais tônicas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas (Base X) 
11 – Da acentuação gráfica das proparoxítonas (Base XI) 
12 – Do emprego do acento grave (crase) (Base XII) 
13 – Da supressão dos acentos em palavras derivadas (Base XIII) 
14 – Do trema (Base XIV) 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 184 
 
Nota: nas palavras judô e metrô admite-se também as formas: judo e metro 
 
 
9 – Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas (Base IX) 
 
 Alterado 
 
 
 Os ditongos ei e oi abertos que constituem a sílaba tônica de palavras 
paroxítonas não são mais acentuadas (veja 7 – Dos ditongos – Base VII). 
 Mais exemplos: estreia , paranoico 
 
 “Não seja paranoica!! Não acentue estreia” . 
 
 
 
 Alterado 
 
Não se usa mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do presente do indicativo e no 
presente do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados. 
Verbos: crer / dar / ler / ver 
Verbos derivados: reler / rever 
 
Como era: 
 
 Presente do Indicativo: Eles crêem, eles lêem, eles vêem, eles relêem, eles revêem 
 
Como é agora: 
 
 Presente do Indicativo: Eles creem, eles leem, eles veem, eles releem, eles reveem. 
 
Agora, muita atenção: 
 não confundir com os verbos ter, manter, reter,vir e seus derivados intervir, advir etc., que 
conservam o acento que diferenciam o singular do plural dos verbos: 
 
1 – ele tem eles têm; 
2 – ele mantém eles mantêm; 
3 – ele retém eles retêm; 
4 – ele vem eles vêm; 
5 – ele intervém eles intervêm 
6 – ele advém eles advêm 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 185 
 
Notou? Só caiu o acento circunflexo quando a vogal “e” é dupla!!!! 
 
 Não se emprega o acento circunflexo nas paroxítonas terminadas em hiato oo, como enjoo, voo, 
abençoo, doo, magoo, perdoo, povoo, zoo (tanto no substantivo como em verbo). 
 
Agora você não sente mais enjôo. Você sente enjoo. 
Agora a ave não levanta mais vôo. A ave levanta voo. 
 
 Esta sábia coruja não levantou voo. 
 
Não recebem acento gráfico as seguintes palavras homógrafas: 
 
Para (do verbo parar) Para (preposição) 
Pela (do verbo pelar) e pela (bola para jogos) Pela(s) ( per + la) 
Pelo ( do verbo pelar) 
Pelo(s) ( per +lo =preposição) , pelos de 
mamíferos, por exemplo (substantivo) 
Polo(s) (substantivo) - jogo Polo(s) extremidades do globo terrestre 
 
 Sobre palavras homógrafas: 
Palavras homógrafas são palavras que têm a mesma grafia, porém, significado diferente. 
 
Exemplos: 
1. É cedo para acabar a festa (neste caso a palavra cedo é um advérbio de tempo). 
Para que não haja briga, eu cedo (do verbo ceder). 
2. A menina não para de fazer barulho (do verbo parar). 
Ele viajou para o nordeste (preposição) 
3. Ele foi ao polo norte. 
Ele gosta de jogar polo. 
4. Esse gato tem pelos brancos. 
Esse gato gosta de andar pelos telhados. 
 
Exceção: 
 permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder, na 
3ª pessoa do singular e pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. 
Exemplo: 
1. Ele pôde saltar do trem antes da colisão e se salvou (passado). 
2. Ele pode fazer o que quiser (presente). 
 
 Permanece o acento diferencial em pôr/por: pôr é verbo e por é preposição 
Exemplo: Vou pôr a almofada na cadeira feita por mim. 
 
 Dupla grafia 
 
Algumas paroxítonas cujas vogais tônicas em fim de sílaba são seguidas de “m” ou “n” 
apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, acarretando oscilação de acento 
gráfico. 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EMLÍNGUA PORTUGUESA 186 
 
Exemplos: fémur ou fêmur (maior osso do corpo humano) 
ónix ou ônix (um tipo de pedra, variedade de ágata) 
 ténis ou tênis 
 bónus ou bônus 
 ténis ou tênis 
 pónei ou pônei 
 
 A primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo pode ou não (facultativamente) 
receber acento gráfico, para distinguir-se da primeira pessoa do plural do presente do indicativo. 
 
Exemplo: Presente do indicativo – Nós amamos Nós amámos. 
 Pretérito perfeito do indicativo – Nós amamos. 
 
 A primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo dar, pode ou não 
(facultativamente) receber acento circunflexo para distinguir-se da primeira pessoa do plural do 
pretérito perfeito do indicativo. 
 
Exemplo: 
1. Presente do subjuntivo: Ela quer que nós dêmos atenção às crianças. Ela quer que 
nós demos atenção às crianças. 
2. Pretérito perfeito do indicativo: Nós demos adeus às armas. 
As palavras: 
1. fôrma – de assar bolo 
2. forma – de formato 
3. forma – verbo 
têm a mesma grafia, mas significados diferentes. Agora fôrma e forma, podem ter dupla grafia. 
 
Exemplo: fôrma (substantivo) ou forma (substantivo) 
forma = presente do indicativo ou no imperativo do verbo formar. 
 
Veja como fica mais claro com a acentuação: 
Qual é a forma da fôrma do bolo? (Douglas Tufano – Guia 
Prático da Nova Ortografia) 
 
 Presente do indicativo = Ele forma 
 Imperativo = Forma tu 
 
Céus!!! E agora? 
Calma, pessoal, vai dar tudo certo (glup)... 
 
10 – Da acentuação das vogais tônicas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas (Base X) 
 
 Alterado 
 
 Não recebem acento agudo as palavras paroxítonas cujas vogais tônicas i e u são precedidas 
de ditongo decrescente. 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 187 
Exemplos: 
1. feiura ei = ditongo decrescente, isto é, falamos com mais força a letra “e” e mais 
fracamente a letra “i”, logo a letra “u” não é acentuada. 
2. boiuno (bovino, de gado bovino, boi) 
3. baiuca (taverna, boteco) 
4. cauila (avaro) 
5. bocaiuva (relativo a Bocaiúva – Minas Gerais) 
6. boiuna (sucuri) 
 
 Os verbos arguir (repreender, censurar) e redaguir (replicar) não têm mais acento gráfico agudo 
no u tônico das palavras: arguis(uis), argui(ui), redarguem (uem). 
 
Atenção: ditongos átonos: falamos de maneira leve, suave 
ditongos tônicos: falamos de maneira mais forte 
 
 Dupla grafia 
 
Verbos como aguar, enxaguar, apaziguar, apropinquar, delinquir apresentam duas formas de grafia: 
1. sem acento gráfico: averiguo, averiguas, delinquo, delinquis (utilizado na Europa) 
2. com acento gráfico: averíguo, averígue, delínques, águo, águe, enxágue (em uso no Brasil) 
 
Glossário 
Aguar: colocar água, molhar as plantas 
Averiguar : verificar, pesquisar 
Delinquir: cometer falta, crime, delito 
Enxaguar: passar em segunda água para tirar o sabão 
Apaziguar: pacificar, sossegar, pôr-se em paz 
Apropinquar: aproximar 
 
11 – Da acentuação gráfica das proparoxítonas (Base XI) 
 
 Dupla grafia 
 
Algumas proparoxítonas, cujas vogais tônicas em fim de sílaba são seguidas de “m” ou “n”, 
apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua portuguesa, acarretando oscilação de 
acento gráfico. 
Exemplos: 
 
1. gênero (acento gráfico circunflexo + usado no Brasil) 
género (acento gráfico agudo + usado na Europa) 
 
2. Antônio (acento gráfico circunflexo + usado no Brasil) 
António (acento gráfico agudo + usado na Europa) 
 
3. efêmero (acento gráfico circunflexo + usado no Brasil) 
efémero (acento gráfico agudo + usado na Europa) 
 
4. cômodo (acento gráfico circunflexo + usado no Brasil) 
cómodo (acento gráfico agudo + usado na Europa) 
 
5. oxigênio (acento gráfico circunflexo + usado no Brasil) 
oxigénio (acento gráfico agudo + usado na Europa) 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 188 
 
12 – Do emprego do acento grave (crase) (Base XII) 
 
Na língua portuguesa falada e escrita no Brasil não ocorreram mudanças. 
 
13 – Da supressão dos acentos em palavras derivadas (Base XIII) 
 
Na língua portuguesa falada e escrita no Brasil não ocorreram mudanças. 
 
Exemplos: céu = ceuzinho 
 café = cafezinho 
 simultâneo = simultaneamente 
 
14 – Do trema (Base XIV) 
 
 Alterado 
 
 O trema é inteiramente suprimido em palavras da língua portuguesa ou aportuguesadas. 
Exemplos: tranquilo, cinquenta, delinquir, linguiça. 
 
 Conserva-se o trema em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. 
Exemplo: mülleriano, de Müller, Anais, Bünchen. 
 
 
 
 
 
15 – Do hífen em substantivos compostos, locuções e encadeamentos vocabulares (Base XV) 
 
 Alterado 
 
 Alguns substantivos compostos em que se perdeu a noção de composição passam a ser 
gravados como uma única palavra. 
Exemplos: 
1 - paraquedas 
2 – paraquedista 
3 – girassol 
4 – passatempo 
 
 Quando o primeiro elemento da palavra composta for bem ou mal e o segundo elemento da 
palavra começar por vogal ou h, emprega-se o hífen. 
Exemplos: 
Bases XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI 
Sumário 
15 – Do hífen em substantivos compostos, locuções e encadeamentos vocabulares (Base XV) 
16 – Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação (Base XVI) 
17 – Do hífen na ênclise, na mesóclise e com o verbo haver (Base XVII) 
18 – Do apóstrofo (Base XVIII) 
19 – Das minúsculas e maiúsculas (Base XIX) 
20 - Da divisão silábica (Base XX) 
21 – Das assinaturas e firmas (Base XXI) 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 189 
 
1 – bem-apanhado 7 - bem-nascido 
2 – bem-humorado 8 - bem-mandado 
3 – mal-humorado 9 - bem-criado 
4 – mal-habituado 10 - mal-afortunado 
5 – mal-estar 
6 – bem-estar 
 
Nota importante: em muitos compostos o advérbio “bem” pode aparecer 
aglutinado ao segundo elemento, mesmo que este comece por consoante. 
Exemplos: 
1 - benfeitor 
2 – benfeito 
3 – benfazejo 
 
Curiosidade 
 
Qual é a diferença entre as palavras benvindo e bem-vindo? 
 
A palavra Benvindo (ou o feminino Benvinda) corresponde apenas a um nome 
próprio (ex.: o Benvindo já chegou a casa.). A palavra bem-vindo (e as suas flexões 
bem-vinda, bem-vindos, bem-vindas) corresponde ao adjetivo com o significado de 
‘aceite, recebido ou acolhido com agrado, satisfação ou prazer’ (ex.: sentiu-se bem-
vindo. Aquela notícia não era bem-vinda. Sejam muito bem-vindos a minha casa). 
 
Obs.: o advérbio “mal” pode aglutinar-se com palavras começadas por consoante. 
Exemplos: malcriado, malfalante, malmandado, malnascido, malvisto etc. 
 
Emprega-se o hífen se o primeiro elemento da palavra composta for além, aquém, recém, sem. 
Exemplos: 
1. além-túmulo 
2. recém-nascido 
3. sem-teto 
4. sem-terra 
 
 Novo 
 
 Emprega-se o hífen em nomes de lugares (topônimos) iniciados por Grão ou Grã, por verbo ou se 
houver artigo entre os seus elementos. 
Exemplos: 
1 – Grã – Bretanha (a Grã-Bretanha é uma ilha da qual fazem parte os países Inglaterra, Escócia 
e País de Gales) 
2 – Passa-Quatro ( passa, do verbo passar) 
3 – Baía de Todos-os-Santos (“os” é artigo) 
 
 Os demais topônimos compostos são escritos sem hífen. 
Exemplos: 
1 – América do Sul 
2 – América do Norte 
3 - América Central 
4 – África do Sul 
Exceções: 
Guiné-Bissau e Timor-Leste 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 190 
 
 Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas. 
Exemplos: 
 1 – bem-te-vi espécie zoológica = pássaro 
 2 – beija-flor espécie zoológica = pássaro 
 3 – mal-me-quer espécie botânica = nome de flor 
 4 – batata-inglesa espécie botânica = nome de tubérculo (batata) 
 
 Emprega-se o hífen, quando não existe elemento de ligação entre os elementos da palavra e o 
primeiro elemento “identifica” o sentido da palavra. 
Exemplos: 
médico-coronel, conta-gotas, guarda-chuva, tenente-coronel, ave-maria, 
 pai-nosso, padre-nosso, salve-rainha. 
 
 Em combinações históricas e topônimos ocasionais, emprega-se o hífen. 
Exemplos: 
 1 – ponte Rio-Niterói (topônimo ocasional) 
 2 – tratado Angola-Brasil (combinação histórica) 
Mais uma nota 
Não coloque o hífen em locuções: 
1 – substantivas = fim de semana 
2 – adjetivas = café com leite 
3 – pronominais = nós mesmos 
4 – adverbiais = à vontade 
5 – prepositivas = a fim de 
6 – conjuncionais = logo que 
 
As palavras cuja grafia está consagrada pelo uso, continuam com hífen: 
cor-de-rosa, mais-que-perfeito, água-de-colônia, arco-da-velha, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-
roupa. 
 Não utilize hífen em: 
pé de moleque, pai dos burros, pé de atleta, pé de boi, pé de cabra, pé de chinelo, pé de galinha, 
pé de pato, pé de vento, romeu e julieta. 
 
 Como no acordo ortográfico não há referências às formas onomatopeicas construídas com 
elementos repetidos, devemos continuar escrevendo com hífen: blá-blá-blá, reco-reco, lambe-lambe, 
corre-corre, fru-fru, ti-ti-ti, lufa-lufa. 
 
16 – Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação (Base XVI) 
 
Notinhas 
 
1 – Recomposição: ocorre quando uma palavra, com o uso deixou de ser um 
radical e passou a funcionar como um falso prefixo. Exemplo: aeromoça a 
palavra aero está funcionando como um falso prefixo. 
 
2 – Falso prefixo: radical de origem grega ou latina que tinha significado 
independente e agora forma outras palavras. 
Exemplo: auto: significa, em grego, “por si mesmo, próprio”. Na língua moderna, 
entra na formação de palavras e funciona como falso prefixo. 
1 – automóvel = veículo movido por si mesmo 
2 – autoestrada 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 191 
3 – autoescola 
4 – aeromoça 
5 – hipertenso 
6 – microssistema 
7 – contrarregra 
8 – antiéreo 
9 – hidrelétrico 
10 – cosseno 
 
Agora que já está claro para você o que é recomposição e falso prefixo, vamos às regras e 
respectivas exceções. Sim, pois toda regra tem sua exceção! 
 
 Alterado 
 
1 – Emprega-se o hífen nas palavras derivadas por prefixação e nas recomposições nos seguintes 
casos com os prefixos: 
ante, anti, circum, co, contra, neo, aero, agro, além, aquém, arqui, auto, eletro, entre, ex, extra, geo, 
hidro, hiper, infra, intra, macro, micro, mini, multi, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, 
sobre, sub, super, tele, ultra, vice etc. 
desde que a segunda palavra seja iniciada por h. 
Exemplos: anti-higiênico 
anti-histórico 
co-herdeiro 
macro-história 
mini-hotel 
proto-história 
sobre-humano 
super-humano 
ultra-humano 
neo-helênico 
 
Exceção: subumano nesse caso a palavra humano perde o h. 
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: 
sub-região, sub-raça. 
 
2 – Não se emprega o hífen nas palavras derivadas por prefixação e nas recomposições nos seguintes 
casos com os prefixos: 
ante, anti, circum, co, contra, neo, aero, agro, além, aquém, arqui, auto, eletro, entre, ex, extra, geo, 
hidro, hiper, infra, intra, macro, micro, mini, multi, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, 
sobre, sub, super, tele, ultra, vice etc. 
 
 quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal inicial do segundo elemento. 
Exemplos: autoestrada 
antiaéreo 
hidroelétrico 
aeroespacial 
agroindústria 
agroindustrial 
anteontem 
antieducativo 
autoaprendizagem 
autoescola 
autoinstrução 
coautor 
coedição 
extraescolar 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 192 
infraestrutura 
plurianual 
semiaberto 
semianalfabeto 
semiesférico 
semiopaco 
subutilizada 
 
 quando a segunda palavra é iniciada por r ou s (duplica o grafema) 
Exemplos: cosseno 
 microssistema 
contrarregra 
antirrugas 
suprassumo 
 
Exceções: 
1. o prefixo “co” em geral se aglutina com o segundo elemento mesmo que este se inicie por o 
coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante. 
2. os prefixos “circum e pan” são separados por hífen quando a segunda palavra inicia-se por h, 
vogal, m e n circum-navegação, pan-americano. 
3. quando a segunda palavra inicia por r e a primeira palavra é um dos sufixos hiper, inter, super, 
emprega-se o hífen. Exemplos: hiper-requintado, super-racional. 
4. com os prefixos “ex e vice”, sempre se emprega o hífen. Exemplos: vice-presidente, ex- 
presidente, ex-marido, ex-namorada, vice-diretor. 
5. emprega-se o hífen quando os prefixos são tônicos (pós, pré, pró) e a palavra seguinte também 
tem tonicidade. Exemplo: pós-graduação. 
6. com os prefixos re, pre e pro não se emprega o hífen, mesmo quando o segundo elemento se 
inicia por “e ou o” (interpretação do professor Evanildo Bechara, membro da Academia Brasileira 
de Letras – ABL). 
Exemplos: reexaminar, reeditar, preescolar, proestudante. 
Atenção: as formas átonas (pronunciadas de maneira leve) aglutinam-se. Exemplo: prever. 
 
17 – Do hífen na ênclise, na mesóclise e com o verbo haver (Base XVII) 
 
Na língua portuguesa falada e escrita no Brasil não ocorreram mudanças. 
 
Exemplos: ênclise amá-lo (com hífen) 
 mesóclise escrever-lhe-emos (com hífen) 
 verbo haver hei de vencer (sem hífen) 
 
Resumo do que aprendemos sobre o emprego do hífen e os prefixos 
 
 
A – Emprega-se o hífen quando o primeiro elemento for um prefixo e o segundo elemento da palavra 
iniciar por “h” (há exceções, como, por exemplo, subumano). 
 
B – Não se emprega o hífen quando o primeiro elemento for um prefixo que terminar em vogal diferente 
da vogal inicial do segundo elemento da palavra. Exemplos: infraestrutura, autoestrada, microempresa. 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 193 
 
C – Não se emprega o hífen quando o primeiro elemento for um prefixo que termina em vogal e o 
segundo elemento da palavra começar por consoante diferente de “r ou s”. Exemplo: anteprojeto, 
contraproposta. 
 
D – Não se emprega o hífen quando o primeiro elemento for um prefixo que termina em vogal e o 
segundo elemento da palavra começa com r ou s. As consoantes “r e s” devem ser duplicadas. 
Exemplos: antirrugas, antissocial, antirrábico. 
 
E – Emprega-se o hífen quando o primeiro elemento for um prefixo terminado em vogal e o segundo 
elemento da palavra iniciar com a mesma vogal. Exemplo: anti – imperialista; A exceção fica por conta 
do prefixo “co” que sempre se une com o segundo elemento da palavra. Exemplo: cooperar. 
 
F – Emprega-se o hífen quando o primeiro elemento for um prefixo que termina em consoante e o 
segundo elemento da palavra iniciar pela mesma consoante. Exemplos: hiper-romântico, super-
resistente, super-romântico, super-rápido. 
 
18 – Do apóstrofo (Base XVIII) 
 Novo Emprega-se o apóstrofo para separar graficamente contração ou aglutinação 
 
Vamos ver o que significa contração, aglutinação, elisão e combinação. 
Contração: quando duas palavras se juntam para formar uma terceira 
palavra. 
Exemplo: a+a= à (preposições com artigos) 
me+o=mo ; lhe+a=lha (pronomes oblíquos com pronomes oblíquos) 
Aglutinação: quando duas palavras se juntam e formam um único vocábulo 
fonético: 
Exemplo: água + ardente = aguardente. 
Elisão: desaparecimento da vogal final átona, diante da vogal inicial da palavra 
seguinte. Exemplo: outra hora = outrora 
Combinação: é a junção de duas palavras em uma, sem perda de fonema. 
Diferencia-se da contração por não perder fonema. 
Exemplo: "Vou ao parque" - ao é a combinação da preposição a com o artigo o. 
Combinações mais recorrentes: 
a (preposição) + o (artigo) = ao 
a (preposição) + onde (advérbio) = aonde 
a (preposição) + diante (advérbio) = adiante 
 
Então, para evitar uma contração ou aglutinação, emprega-se o apóstrofo: 
 1 - d’ Os Lusíadas 
 2 - d’ Império 
 3 – n’Ele (eu creio n’Ele, referindo-se a Deus) 
 4 – d’Os Sertões (também é correto escrever de “Os Sertões”) 
 5 – Sant’Ana (também é correto escrever Santa Ana) 
 6 – Pedr’Alvares (também é correto escrever Pedro Álvares) 
 
 Emprega-se o apóstrofo nas ligações das formas santo e santa a nomes dos santos, quando 
importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant'Ana, Sant'Iago etc. É, pois, correto escrever: 
Calçada de Sant'Ana, Rua de Sant'Ana; culto de Sant'Iago, Ordem de Sant'Iago. 
 
 Mas, as ligações deste gênero, como é o caso destas mesmas Sant'Ana e Sant'Iago, podem 
aglutinar-se: Fulano de Santana, ilhéu de Santana, Santana de Parnaíba; Fulano de Santiago, ilha de 
Santiago, Santiago do Cacém. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonema
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contra%C3%A7%C3%A3o_(gram%C3%A1tica)
http://pt.wiktionary.org/wiki/a#Preposi.C3.A7.C3.A3o
http://pt.wiktionary.org/wiki/o#Artigo
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 194 
19 – Das minúsculas e maiúsculas (Base XIX) 
 
 Novo 
 
Emprega-se letra minúscula inicial: 
 nos usos correntes de todos os vocábulos da língua: casa, parede; 
 nos nomes de dias, meses, estações do ano: segunda - feira, outubro, primavera; 
 nas palavras fulano, sicrano, beltrano; 
 nos pontos cardeais (mas não em suas abreviaturas): norte, sul, leste, oeste; 
 na forma cortês de tratamento ou de reverência (nestes casos, é facultativo o emprego da 
maiúscula): senhor doutor José Lopes, Senhor Doutor José Lopes, santa Filomena, Santa 
Filomena. 
 
Notas 
 Em indicação bibliográfica a primeira palavra deve ser maiúscula e as 
demais palavras da mesma indicação escrevem-se opcionalmente com 
minúsculas, exceto se forem nomes próprios. Exemplos: 
 
1 - Memórias Póstumas de Brás Cubas ou Memórias póstumas de Brás 
Cubas 
 
2 – A Ilustre Casa de Ramires ou A ilustre casa de Ramires 
 A indicação bibliográfica deve ser escrita em itálico. 
 Nos nomes próprios que designam domínios de saber, cursos e disciplinas podem-se 
empregar letras minúsculas ou maiúsculas. Exemplos: 
1 – geografia ou Geografia 
2 – Português ou português 
3 – medicina ou Medicina 
 
20 – Da divisão silábica (Base XX) 
 
 Novo 
 Quando se passa para outra linha palavras com hífen, se a partição coincide com o fim de uma 
das palavras, deve-se repetir o hífen na linha seguinte. Exemplo: molhou-se. 
 
21 – Das assinaturas e firmas (Base XXI) 
 
 Poderá ser mantida a escrita que, por costume ou registro legal, se adote em assinatura do 
nome, bem como a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de sociedades, marcas e 
títulos que estejam inscritos em registro público. 
 
 Bem, sei que estas aulas foram cansativas, mas você vai ficar 
bem feliz quando olhar os cartazes, jornais, legendas e ver que 
aprendeu direitinho a nova ortografia. É claro que pequenos erros serão 
perdoados até 2013, quando, então, ninguém mais poderá dizer que não 
aprendeu. Você, como Técnico, deverá redigir os papéis oficiais com a 
nova ortografia desde 1º de janeiro de 2009. Fique sempre atento pois 
poderão surgir mais esclarecimentos sobre o novo acordo ortográfico. 
Se tal fato ocorrer esteja certo de que a sua apostila será atualizada e 
você receberá as novidades pelo fórum INED e pelo blog INED. 
 
Referências bibliográficas 
Jornal “O Estado de São Paulo” 
Michaelis – Douglas Tufano – Melhoramentos 
www.educacao.ma.gov.br 
Escrevendo pela nova ortografia - Instituto Antônio Houaiss - PubliFolha 
http://www.educacao.ma.gov.br/
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 195 
 
 
 
 
 
Sílaba Tônica 
 
 Num vocábulo de duas ou mais sílabas, há, em geral, uma que se destaca por ser proferida com 
mais intensidade que as outras: é a sílaba tônica. Nela recai o acento tônico, mesmo que não seja um 
acento gráfico. 
Exemplos: café (acento de voz e gráfico), janela (acento de voz), médico (acento de voz e gráfico), 
estômago (acento de voz e gráfico), colecionador (acento de voz). 
 
 
 
De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras com mais de uma sílaba podem ser: 
 
1) Oxítonas: quando o acento tônico está na última sílaba. 
Ex.: avestruz, urubu, jacaré, rapaz, maracujá, escritor. 
 
2) Paroxítonas: quando o acento tônico está na penúltima sílaba. 
Ex.: laranja, canela, sapato, mesa, lápis, montanha, imensidade. 
 
3) Proparoxítonas: quando o acento tônico está na antepenúltima sílaba. 
Ex.: análise, símbolo, máquina, matemática, árvore, México, êxito. 
 
Sílaba Átona 
 
 As sílabas que não têm o acento tônico chamam-se sílabas átonas. Assim, numa palavra há 
uma sílaba tônica e uma ou mais sílabas átonas. 
 
Classificação das Palavras 
 
 Na língua portuguesa existe um número muito grande de palavras. Essas palavras são 
agrupadas em dez classes, usando-se o critério morfológico. 
Por exemplo, a palavra novo: 
( x ) sofre variações, pois pode aparecer assim: novos, nova, novas 
( ) não sofre variações 
Por exemplo, a palavra mas: 
( ) sofre variações 
( x ) não sofre variações 
 
● Variáveis  são as palavras que se flexionam. 
As classes de palavras variáveis são: 
substantivo (gato, professor) 
artigo (o, a) 
adjetivo (lindo, velho) 
numeral (um, segundo) 
pronome (meu, aquele) 
verbo (estar, vender) 
 
Aula 24 – Tonicidade e Classificação das Palavras 
Sumário 
 Sílaba tônica 
 Sílaba átona 
 Classificação das Palavras 
Sílaba Tônica: é a sílaba mais forte da palavra. 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 196 
 
● Invariáveis  são as palavras que não se flexionam. 
As classes de palavras invariáveis são: 
advérbio (muito, ontem) 
preposição (de, para) 
conjunção (e, se) 
interjeição (ah!ó!) 
 
 
 
 
 
 
Substantivo é a palavra que serve para dar nome às pessoas, às ações, aos estados e sentimentos, 
aos objetos, aos seres, quer sejam reais, quer imaginários. 
 
Classificação do Substantivo 
 
1 - Próprios: são os substantivos que nomeiam um ser em particular. 
Exemplos.: João, Brasil, Sol, São Paulo, Belo Horizonte etc. 
 
2 - Comuns: são os substantivos que nomeiam os seres em geral. 
Exemplos.: aluno, astro, país, cidade, estado etc. 
 
3 - Abstratos: são os que designam seres de natureza dependente (emoções, sentimentos, atitudes 
etc.). 
Exemplos. paixão, ilusão, amor, honestidade, felicidade, beleza etc. 
 
4 -

Continue navegando