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Universidade do Estado do Rio Grande do Norte UERN Agente Técnico Administrativo Língua Portuguesa Fonologia: conceito, encontros vocálicos, dígrafos, ortoépia, divisão silábica, prosódia acentuação e ortografia; ................................................................................................................................................................................... 1 Morfologia: estrutura e formação das palavras, classes de palavras; ................................................................... 10 Sintaxe: termos da oração, período composto, conceito e classificação das orações, ....................................... 42 Concordância verbal e nominal, .................................................................................................................................... 52 Regência verbal e nominal, ............................................................................................................................................. 56 Crase e pontuação; ............................................................................................................................................................ 60 Semântica: a significação das palavras no texto; Interpretação de texto. ............................................................ 65 Noções de Direito Administrativo Administração Pública. ..................................................................................................................................................... 1 Princípios básicos do Direito Administrativo. .............................................................................................................. 3 Atos Administrativos: conceito, requisitos, atributos, anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação. .......................................................................................................................................... 6 Poderes e deveres dos administradores públicos: uso e abuso do poder, poderes vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar, poder de polícia, uso e abuso do poder, deveres dos administradores públicos. ................................................................................................................................................................................... 11 Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. ......................................................................................... 17 Legislação LEI COMPLEMENTAR Nº 122 DE 1994 e alterações: Disposições preliminares. Do provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição. Dos direitos e vantagens. Do regime disciplinar. Do processo administrativo disciplinar. ..................................................................................................................................................... 1 Questões .............................................................................................................................................................................. 17 Conhecimentos Gerais Domínio de tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como política, economia, sociedade, educação, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, segurança, artes e literatura e suas vinculações históricas. .................................................................................. 1 História e aspectos geoeconômicos, históricos e culturais do Estado do Rio Grande do Norte. .. 103 Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) Noções de Informática 1 Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows). .......................................................................... 1 2 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice). ................................. 21 3 Redes de computadores. 3.1 Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet 3.2 Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer e Mozilla Firefox). 3.3 Conceito de programas de correio eletrônico. 3.4 Sítios de busca e pesquisa na Internet. 3.5 Grupos de discussão. ........... 68 4 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ............. 111 5 Segurança da informação 5.1 Aplicativos para segurança (antivírus, antispyware.) 5.2 Procedimentos de backup 5.3 Armazenamento de dados na nuvem (cloudstorage). ........................................................................... 111 Conhecimentos Específicos Relações Interpessoais....................................................................................................................................................... 1 Administração de conflitos ............................................................................................................................................... 4 Noções de estratégias de trabalhos em equipe interdisciplinar e multidisciplinar; ações afirmativas; ......... 7 Conhecimento de arquivo e métodos de acesso, redação administrativa, carta comercial, requerimento, circular, memorando, ofícios, etc.Conhecimento das rotinas de expedição de correspondência. ....................... 14 Conhecimentos gerais das rotinas administrativas. ................................................................................................. 65 Noções gerais de relações humanas. ............................................................................................................................ 74 Ética Profissional. .............................................................................................................................................................. 76 Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira pública. O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites governamentais. Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes. Caso haja dúvidas quanto ao conteúdo desta apostila, o adquirente deve acessar o site www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como para consultar alterações legislativas e possíveis erratas. Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, para eventuais consultas. Eventuais reclamações deverão ser encaminhadas por escrito, respeitando os prazos instituídos no Código de Defesa do Consumidor. É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal. Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização. Aviso Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br(Proibida a Revenda) Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) LÍNGUA PORTUGUESA Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 1Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Fonologia: conceito, encontros vocálicos, dígrafos, ortoépia, divisão silábica, prosódia acentuação e ortografia; Fonologia Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. Segundo Saussure, “a fonética é uma ciência histórica, que analisa acontecimentos, transformações e se move no tempo”. Já a fonologia se coloca fora do tempo, pois o mecanismo da articulação permanece estável de acordo com a estrutura da língua em questão. Mesmo não sendo uma concepção contemporânea, foi Saussure quem primeiro fez a distinção entre as duas ciências, através do uso de suas dicotomias (Langue/Parole, Forma/ Substância). Foi com componentes do Círculo Lingüístico de Praga que a Fonologia passa a adquirir seu próprio objeto de estudo. Cotidianamente ouvimos algumas palavras relacionadas à fonologia, morfologia e sintaxe. Talvez para alguns, no tocante ao significado, essas possam ainda ser desconhecidas, em decorrência de alguns fatores aqui não discutidos. O fato é que, na verdade, todas elas integram as partes constituintes da gramática, cada uma atribuída a objetos de estudo distintos. Assim, tendo em vista a finalidade do artigo em questão, pautemo-nos no estudo apenas da fonologia. Para tanto, retomemos alguns conceitos relacionados à origem dessa palavra, visto que não somente ela, mas como a maioria de nossos vocábulos, originaram-se de outras línguas existentes no passado. Portanto, temos que “fono” se origina do grego, cujo sentido se refere a “som”, “voz”; e “logia”, originária também do mesmo idioma, possui significado relativo a “estudo”, “conhecimento”. Dessa forma, dizemos que fonologia nada mais é do que o estudo dos sons. Esses sons, dos quais essa parte da gramática se ocupa em analisar, são representados pelos fonemas (fono + ema = unidade sonora distinta). No intuito de compreendermos melhor essa questão, analisemos os exemplos descritos adiante: Constata-se que ambos os vocábulos apresentam semelhanças em alguns aspectos, como por exemplo, as terminações “-ata”. No entanto, quando expressos oralmente, divergem de forma significativa em virtude da existência de fonemas diferentes, representados graficamente por /m/ e /p/ – fator responsável por atribuir aos vocábulos cargas semânticas diferentes. Mediante tal constatação, podemos dizer que os fonemas são os sons representados pelas letras. Entretanto, devemos observar alguns detalhes importantíssimos, como a diferenciação demarcada entre letras e fonemas. Estes, como dito anteriormente, são os sons representados, e aquelas são apenas sinais gráficos que procuram representar esses sons, embora nem sempre tal representação se dê de maneira perfeita. Vejamos o porquê dessa ocorrência: * Há fonemas representados por letras diferentes, como é o caso do fonema que as letras “g” e “j” representam em “ginástica” e “jiló”; * Existem fonemas representados por duas letras, tais como o /r/ de “guerra” e /s/ de “pássaro”; * Há casos nos quais a letra não corresponde a nenhum fonema, como é o caso do “h” manifestado em “hipopótamo”. * Ocorrem casos em que uma mesma letra representa fonemas diferentes, como por exemplo, a letra “g” em “gato” e “ginástica”. * Há ainda casos em que uma letra representa dois fonemas, tal qual ocorre com o “x” de “anexar”, o qual soa como “ks”. Dessa forma, conclui Vânia Duarte, para que sempre possamos perceber as diferenças demarcadas pelo emprego dos fonemas é sempre louvável pronunciarmos as palavras em voz alta, de modo a detectarmos tal identificação. Fontes: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/ http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/fonologia.htm Fonética A fonética, de acordo com Paula Perin dos Santos, estuda os sons como entidades físico-articulatórias isoladas (aparelho fonador). Cabe a ela descrever os sons da linguagem e analisar suas particularidades acústicas e perceptivas. Ela fundamenta- se em estudar os sons da voz humana, examinando suas propriedades físicas independentemente do seu “papel lingüístico de construir as formas da língua”. Sua unidade mínima de estudo é o som da fala, ou seja, o fone. A Fonética se diferencia da Fonologia por considerar os sons independentes das oposições paradigmáticas e combinações sintagmáticas. Observe no esquema: 1. Oposições paradigmáticas: aquelas cuja presença ou ausência implica em mudança de sentido. Ex. /p/ata /b/ata /m/ata Oclusiva Oclusiva Oclusiva Bilabial Bilabial Bilabial Surda Sonora Surda Oral Oral Nasal 2. Combinações Sintagmáticas: arranjos e disposições lineares no contínuo sonoro. Troca na posição dos fonemas entre si. Ex. Roma, amor, mora, ramo A Fonética e a Fonologia são duas disciplinas interdependentes, uma vez que, para qualquer estudo de natureza fonológica, é imprescindível partir do conteúdo fonético, articulatório e/ou acústico, para determinar as unidades distintivas de cada língua. Desta forma, a Fonética e a Fonologia não são dicotômicas, pois a Fonética trata da substância da expressão, enquanto a Fonologia trata da forma da expressão, constituindo, as duas ciências, dentro de um mesmo plano de expressão. O termo ‘Fonética’ pode significar tanto o estudo de qualquer som produzido pelos seres humanos, quando o estudo da articulação, da acústica e da percepção dos sons utilizados em línguas específicas. No primeiro tipo de investigação, torna-se evidente a autonomia da Fonética em relação à Fonologia. No Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 2Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO segundo tipo de investigação, porém, as relações entre as duas ciências se tornam patentes. VOGAIS Transcrição Fonética: As transcrições fonéticas são feitas entre colchetes [...] e para fazê-las, os linguistas recorrem ao Quadro Fonético Internacional. Nesse quadro há para cada fone um símbolo fonético específico. Segue abaixo uma versão adaptada do quadro: Fonte: http://www.fonologia.org/fonetica_articulatoria.php Exemplos de transcrições fonéticas de palavras: Letra e fonema Fonema é som da fala. Letra é o sinal gráfico que representa o som da fala. O sistema fonético do português falado no Brasil registra um número aproximado de 33 fonemas. Já o alfabeto português é constituído de 26 letras. O número de fonemas nem sempre é igual ao número de letra em uma palavra: Duas letras podem representar um só fonema - carroça; assalto; chave... A letra x pode representar dois fonemas ao mesmo tempo - fixo (/k//s/); táxi (/k//s/) Há letras que não representam fonemas, mas são apenas símbolo de nasalidade - canto [cãto], santo [sãto]; falam [falã] Observação: A letra H não corresponde a nenhum som. É apenas um símbolo de aspiração, que permanece em nosso alfabeto por força da etimologia e da tradição. DÍGRAFO Dígrafo - é o conjunto de duas letras que representam um só fonema. São dígrafos: ch - chave, achar lh - lhama, telha nh - ninho, menininho rr - terra, carro ss - isso, pássaro gu - guincho, joguinho qu - quiabo, aquilo sc - nascer, descer sç - cresça, desça xc - excelente, excêntrico Também são dígrafos os grupos que servempara representar as vogais nasais. São eles: am - campo an - anta em - embora en - tentar im - importar in - findo om - bomba on - desponta um - atum un - profundo Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que representa o fonema. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra corresponde ao número de letras que usamos para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e cinco letras. Certos fonemas podem ser representados por diferentes letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representado por: s (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc (nascer) – xc (excelente) – c (cinto) – sç (desço) Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fonema, como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro letras e cinco fonemas. Em certas palavras, algumas letras não representam nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em palavras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal, como em canto, tinta, etc. Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 3Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Classificação dos Fonemas Vogais: são fonemas que saem livremente pelo canal bucal. (a, e, i, o, u) Consoantes: são fonemas produzidos com obstáculos à passagem da corrente expiratória (b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, v, x, w, y, z). Semivogais: são as vogais I ou U, quando acompanhadas de outra vogal na mesma sílaba, formando, assim, um ditongo ou tritongo. Exemplo: CASEIRO Sílaba: fonema ou grupo de fonemas emitidos de uma só vez. Exemplo: Acaso (a - ca - so). ENCONTROS VOCÁLICOS Ditongo: é o encontro de uma vogal e de uma semivogal ou vice-versa na mesma sílaba. Os ditongos podem ser: orais ou nasais, crescentes ou decrescentes. Ditongos orais: quando a vogal e a semivogal são orais. Exemplo: pai - fui - partiu Ditongos nasais: quando a vogal e a semivogal são nasais. Exemplo: mãe - muito - quando Ditongos crescentes: quando constituído por uma semivogal e uma vogal na mesma sílaba, isto é, quando a semivogal antecede a vogal. Exemplo: lírio - história Ditongos decrescentes: quando formados por uma vogal e uma semivogal, isto é, a vogal antecede a semivogal. Exemplo: pai - mau Tritongos: é o encontro de uma vogal entre duas semivogais na mesma sílaba. Tritongos orais: quais - averigüei - enxagüei Tritongos nasais: enxáguam - saguão - deságüem Hiatos: é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes: Exemplo: vôo (vô - o) - saúde (sa - ú - de) CLASSIFICAÇÃO DAS VOGAIS 1.Quanto a zona de articulação * anteriores ou palatais: quando à língua se eleva gradualmente para a frente. (/ É / - / Ê / - / I /) *média: quando o fonema vocálico é emitido coma língua baixa, quase em repouso. (/ A /) *posteriores ou velares: quando a língua se eleva para trás. (/ Õ / - / Ô / - / U /) 2. Quanto à intensidade * átonas - são aquelas que se pronunciam com menor intensidade ( casa, rosa, Pelé). * tônicas - são as que se pronunciam com maior intensidade, isto é, onde cai o acento tônico (casa, rosa , Pelé). 3. Quanto ao Timbre *abertas: maior abertura do tubo vocal. (pá, pé, pó) *fechadas: menor abertura do tubo vocal. (vê, vinda, avô, mundo) 4. Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: as vogais podem ser orais e nasais * orais: são aquelas cuja ressonância se dá na boca: ( par, fé, negro, vida, voto, povo, tudo) * nasais: são aquelas cuja ressonância se dá no nariz (lã, pente - cinco - conto - mundo) CLASSIFICAÇÃO DAS CONSOANTES 1.Quanto ao modo de articulação: * oclusivas: quando a corrente expiratória encontra um obstáculo total (oclusão), que impede a saída do ar, explodindo subitamente. / P / - / T / - / K / - / B / - / D / - / G / * constritivas: quando há um estreitamento do canal bucal, saindo a corrente de ar apertada ou constrita, ou melhor, quando o obstáculo é parcial. * fricativas: quando a corrente expiratória passa por uma estreita fenda, o que produz um ruído comparável a um fricção. / F / - / S / - / X / - / N / - / Z / - / J / * laterais: quando a ponta ou dorso da língua se apóia no palato (céu da boca), saindo a corrente de ar pelas fendas laterais da boca. / L / - / LH / * vibrantes: quando a ponta mantém com os alvéolos contato intermitente, o que acarreta um movimento vibratório rápido, abrindo e fechando a passagem à corrente expiratória. / R / - / RR / 2.Quanto ao ponto de articulação: * bilabiais: quando há contato dos lábios. * labiodentais: quando há contato da ponta da língua com a arcada dentária superior. * alveolares: quando há contato da ponta da língua com os alvéolos dos dentes superiores. * palatais: quando há contato do dorso da língua com o palato duro, ou céu da boca. * velares: quando há contato da parte posterior da língua com o palato mole, o véu palatino. 3.Quanto ao papel das cordas vocais: * surdas:quando são produzidas sem vibração as cordas vocais. / P / - / T / - / K / - / F / - / S / - / X / * sonoras: quando são produzidas por vibração das cordas vocais. (/ B / - / D / - / G / - / V / - / Z / - / J / - / L /- / LH / - / R / - / RR / - / M / - / N / - / NH /) 4.Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: * nasais: quando a corrente expiratória se desenvolve pela boca e pelo nariz, em virtude do abaixamento do véu palatino. / M / - / N / - / NH / *orais: quando a corrente expiratória sai exclusivamente pela boca. ENCONTRO CONSONANTAL É o encontro de duas ou mais consoantes na mesma sílaba ou em sílabas diferentes Exemplo: su-bli-me DÍGRAFO OU DIGRAMA É o grupo de duas letras que representam um só fonema. Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos. Dígrafos consonantais: CH, LH, NH, RR, SS, SC, SÇ. XC, XS, QU, GU. Dígrafos vocálicos: AM ou AN, EM ou EN, IM ou IN, OM ou ON, UM ou UN. Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 4Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO LETRAS (DIACRÍTICA E ETIMOLÓGICA) Diacrítica: é a segunda letra de dígrafo. Exemplo: chave - campo Etimológica: é o h sem valor fonético . Exemplo: hoje - haver. CONTAGEM DE FONEMAS 1.dígrafo: vale 1 fonema 2.x - ks: vale 2 fonemas 3.letra etimológica: não valem fonema algum 4.Exemplos: (chave -> 5 letras e 4 fonemas) (fixo -> 4 letras e 5 fonemas) (hoje -> 4 letras e 3 fonemas). Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/2445/1/ CLASSIFICACAO-DOS-FONEMAS/Paacutegina1.html Questões 01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as letras que a compõem é: (A) importância (B) milhares (C) sequer (D) técnica (E) adolescente 02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não um, mas dois fonemas? (A) exemplo (B) complexo (C) próximos (D) executivo (E) luxo 03. (SEDUC/AM - MERENDEIRO – FGV). Marque a opção que apresenta uma palavra classificada como trissílaba. (A) Alimentação (B) Carentes (C) Instrumento (D) Fome (E) Repetência 04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hiato, ditongo. (A) jamais / Deus / luar / daí (B) joias / fluir / jesuíta / fogaréu (C) ódio / saguão / leal / poeira (D) quais / fugiu / caiu / história 05. Os vocabulários passarinho e querida possuem: (A) 6 e 8 fonemas respectivamente; (B)10 e 7 fonemas respectivamente; (C) 9 e 6 fonemas respectivamente; (D) 8 e 6 fonemas respectivamente; (E) 7 e 6 fonemas respectivamente. Respostas 01. (D) (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7 fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / 11 letras). 02. (B) (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/). 03. (B) (A) Alimentação = a-li-men-ta-ção- polissílaba (B) Carentes = ca-ren-tes - trissílaba (C) Instrumento = ins-tru-men-to - polissílaba (D) Fome = fo-me - dissílaba (E) Repetência = re-pe-tên-cia – polissílaba 04. (B) (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu). 05. (D) Acentuação A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, consequentemente, colocando-as em prática na linguagem escrita. À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas competências, e tão logo nos adequamos à forma padrão. Regras básicas – Acentuação tônica A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como: Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus Como podemos observar, mediante todos os exemplos mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados, apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos observar no exemplo a seguir: “Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”. Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos; os demais, como átonos (que, em, de). Os Acentos Gráficos acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos) acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Müller) Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 5Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã Regras fundamentais: Palavras oxítonas: Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s) Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los, las. respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: - i, is táxi – lápis – júri - us, um, uns vírus – álbuns – fórum - l, n, r, x, ps automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps - ã, ãs, ão, ãos ímã – ímãs – órfão – órgãos - Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! - ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”. água – pônei – mágoa – jóquei Regras especiais: Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas. Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento. Ex.: Antes Agora assembléia assembleia idéia ideia geléia geleia jibóia jiboia apóia (verbo apoiar) apoia paranóico paranoico Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados ou não de “s”, haverá acento: Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.: Antes Agora bocaiúva bocaiuva feiúra feiura Sauípe Sauipe O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. Ex.: Antes Agora crêem creem lêem leem vôo voo enjôo enjoo - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. Repare: 1-) O menino crê em você Os meninos creem em você. 2-) Elza lê bem! Todas leem bem! 3-) Espero que ele dê o recado à sala. Esperamos que os dados deem efeito! 4-) Rubens vê tudo! Eles veem tudo! - Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! Eles vêm à tarde! Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha. Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.: Antes Depois apazigúe (apaziguar) apazigue averigúe (averiguar) averigue argúi (arguir) argui Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural de: ele tem – eles têm ele vem – eles vêm (verbo vir) A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster. ele contém – eles contêm ele obtém – eles obtêm ele retém – eles retêm ele convém – eles convêm Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, como: A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: Ela pode fazer isso agora. Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da preposição por. - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 6Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por você. Posso pôr (colocar) meus livros aqui? Questões 01. “Cadáver” é paroxítona, pois: A) Tem a última sílaba como tônica. B) Tem a penúltima sílaba como tônica. C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. D) Não tem sílaba tônica. 02. Assinale a alternativa correta. A palavra faliu contém um: A) hiato B) dígrafo C) ditongo decrescente D) ditongo crescente 03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo mesmo motivo que: A) túnel B) voluntário C) até D) insólito E) rótulos 04. Assinale a alternativa correta. A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo.B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente, encontro consonantal e hiato. C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras grifadas são paroxítonas. D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes destacadas são dígrafos. E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có- lo-ga” e “a-ci-o-na”. 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: A) saúde B) cooperar C) ruim D) creem E) pouco Respostas 1-B / 2-C / 3-B / 4-A / 5-E Comentários 1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima sílaba é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúltima sílaba tônica = paroxítona 2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sílaba, portanto: ditongo. É decrescente porque apresenta uma semivogal e uma vogal. Na classificação, ambas são semivogais, mas quando juntas, a que “aparecer” mais na pronúncia será considerada “vogal”. 3-) ex – pe - ri – ên - cia: paroxítona terminada em ditongo crescente (semivogal + vogal) a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L b-) vo – lun - tá – rio: paroxítona terminada em ditongo crescente c-) A - té: oxítona d-) in – só – li – to: proparoxítona e-) ró – tu - los: proparoxítona 4-) a-) correta b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim DÍGRAFO c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som do U, portanto não é caso de dígrafo e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga 5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im / crê - em / pou - co (ditongo) Ortografia A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida. O Alfabeto O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja: a A (á) b B (bê) c C (cê) d D (dê) e E (é) f F (efe) g G (gê ou guê) h H (agá) i I (i) j J (jota) k K (cá) l L (ele) m M (eme) n N (ene) o O (ó) p P (pê) q Q (quê) r R (erre) s S (esse) t T (tê) u U (u) v V (vê) w W (dáblio) x X (xis) y Y (ípsilon) z Z (zê) Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras. Emprego das letras K, W e Y Utilizam-se nos seguintes casos: a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista. b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt. Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 7Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Emprego de X e Ch Emprega-se o X: 1) Após um ditongo. Exemplos: caixa, frouxo, peixe Exceção: recauchutar e seus derivados 2) Após a sílaba inicial “en”. Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo “en-” Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 3) Após a sílaba inicial “me-”. Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão Exceção: mecha 4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas. Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu 5) Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc. Emprega-se o dígrafo Ch: 1) Nos seguintes vocábulos: bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc. Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos: gesso: Origina-se do grego gypsos jipe: Origina-se do inglês jeep. Emprega-se o G: 1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem Exceção: pajem 2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio 3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem) 4) Nos seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem. Emprega-se o J: 1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear Exemplos: arranjar: arranjo, arranje, arranjem despejar: despejo, despeje, despejem gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando enferrujar: enferruje, enferrujem viajar: viajo, viaje, viajem 2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji 3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j Exemplos: laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - lisonjeador nojo- nojeira cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer jeito- ajeitar 4) Nos seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento Emprego das Letras S e Z Emprega-se o S: 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical Exemplos: análise- analisar catálise- catalisador casa- casinha, casebre liso- alisar 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem Exemplos: burguês- burguesa inglês- inglesa chinês- chinesa milanês- milanesa 3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa Exemplos: catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose 5) Após ditongos Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea 6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos repus, repusera, repusesse, repuséssemos 7) Nos seguintes nomes próprios personativos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás 8) Nos seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc. Emprega-se o Z: 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical Exemplos: deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar raiz- enraizar cruz-cruzeiro 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos Exemplos: inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez rígido- rigidez frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- surdez 3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos Exemplos: civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 8Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO colonizar- colonização realizar- realização 4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita 5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite,azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. 6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z Exemplos: cozer (cozinhar) e coser (costurar) prezar( ter em consideração) e presar (prender) traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior) Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos: exame exato exausto exemplo existir exótico inexorável Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Observe: Emprega-se o S: Nos substantivos derivados de verbos terminados em “andir”,”ender”, “verter” e “pelir” Exemplos: expandir- expansão pretender- pretensão verter- versão expelir- expulsão estender- extensão s u s p e n d e r - s u s p e n s ã o converter - conversão repelir- repulsão Emprega-se Ç: Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer” Exemplos: ater- atenção torcer- torção deter- detenção distorcer-distorção manter- manutenção contorcer- contorção Emprega-se o X: Em alguns casos, a letra X soa como Ss Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe Emprega-se Sc: Nos termos eruditos Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. Emprega-se Sç: Na conjugação de alguns verbos Exemplos: nascer- nasço, nasça crescer- cresço, cresça descer- desço, desça Emprega-se Ss: Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”, “mitir”, “ceder” e “cutir” Exemplos: agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão discutir- discussão progredir- progressão t r a n s m i t i r - t r a n s m i s s ã o exceder- excesso repercutir- repercussão Emprega-se o Xc e o Xs: Em dígrafos que soam como Ss Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar Observações sobre o uso da letra X 1) O X pode representar os seguintes fonemas: /ch/ - xarope, vexame /cs/ - axila, nexo /z/ - exame, exílio /ss/ - máximo, próximo /s/ - texto, extenso 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- Exemplos: excelente, excitar Emprego das letras E e I Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida. Observe: Emprega-se o E: 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar Exemplos: magoar - magoe, magoes continuar- continue, continues 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior) Exemplos: antebraço, antecipar 3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc. Emprega-se o I : 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir Exemplos: cair- cai doer- dói influir- influi 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra) Exemplos: Anticristo, antitetânico 3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc. Emprego das letras O e U Emprega-se o O/U: A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir som) e suar (transpirar) Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque. Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 9Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Emprego da letra H Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie. Emprega-se o H: 1) Inicial, quando etimológico Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio 2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh Exemplos: flecha, telha, companhia 3) Final e inicial, em certas interjeições Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. 4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. Observações: 1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado. 2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. Veja: herbívoro, hispânico, hibernal. Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas 1) Utiliza-se inicial maiúscula: a) No começo de um período, verso ou citação direta. Exemplos: Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.” “Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que à luz do sol encerra As promessas divinas da Esperança…” (Castro Alves) Observações: - No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra maiúscula. Por Exemplo: “Aqui, sim, no meu cantinho, vendo rir-me o candeeiro, gozo o bem de estar sozinho e esquecer o mundo inteiro.” - Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa- se letra minúscula. Por Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) b) Nos antropônimos, reais ou fictícios. Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. c) Nos topônimos, reais ou fictícios. Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. d) Nos nomes mitológicos. Exemplos: Dionísio, Netuno. e) Nos nomes de festas e festividades. Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã. f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª. g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas. Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc. Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado. Exemplo: Todos amam sua pátria. Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula: a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade Igreja do Rosário ou igreja do Rosário Edifício Azevedo ou edifício Azevedo 2) Utiliza-se inicial minúscula: a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes. Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc. b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. segunda, sexta, domingo, etc. primavera, verão, outono, inverno c) Nos pontos cardeais. Exemplos: Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste. Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula. Exemplos: Nordeste (região do Brasil) Ocidente (europeu) Oriente (asiático) Lembre-se: Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa- se letra minúscula. Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) Emprego FACULTATIVO de letra minúscula: a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. Exemplos: Crime e Castigo ou Crime e castigo Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que designam crenças religiosas. Exemplos: Governador Mário Covas ou governador Mário Covas Papa João Paulo II ou papa João Paulo II Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor Santa Maria ou santa Maria. Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 10Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas. Exemplos: Português ou português Línguas e LiteraturasModernas ou línguas e literaturas modernas História do Brasil ou história do Brasil Arquitetura ou arquitetura Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/ fono24.php Questões 01. (Escrevente TJ SP – Vunesp) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão. Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da corrupção e das fraudes. (A) a … concenso … acerca (B) há … consenso … acerca (C) a … concenso … a cerca (D) a … consenso … há cerca (E) há … consenço … a cerca 02. (Escrevente TJ SP – Vunesp). Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma-padrão. (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! 03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os usuários sobre o festival Sounderground. Prezado Usuário ________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam em estações do metrô. Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e divirta-se! Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões A) A fim ...a partir ... as B) A fim ...à partir ... às C) A fim ...a partir ... às D) Afim ...a partir ... às E) Afim ...à partir ... as 04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de ortografia: A) Ela interrompeu a reunião derrepente. B) O governador poderá ter seu mandato caçado. C) Os espectadores aplaudiram o ministro. D) Saiu com descrição da sala. 05.Em qual das alternativas a frase está corretamente escrita? A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança. C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa. Respostas 1-B / 2-D / 3-C / 4-C / 5-B Comentários 1-) Além disso, há (existe) certamente consenso entre nós acerca (de + o) (sobre o ) do fenômeno da corrupção e das fraudes. 2-) (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. = cidadãos (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. = certidões (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus 3-) Prezado Usuário: A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam em estações do metrô. Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e divirta-se! Afim = afinidade; a partir: sempre separado; antes de horas: há crase 4-) A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de repente B) O governador poderá ter seu mandato caçado. = cassado D) Saiu com descrição da sala. = discrição 5-) A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. = mendigo/caderneta/poupança C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. = mendigo/caderneta/poupança D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança Morfologia: estrutura e formação das palavras, classes de palavras; Estrutura e formação das palavras Observe as seguintes palavras: escol-a escol-ar escol-arização escol-arizar sub-escol-arização Percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento destacável: ar. Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema. Classificação dos morfemas: Radical Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal. Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 11Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Afixos Como vimos, o acréscimo do morfema – ar - cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de afixos. Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como arização, surgem depois do radical os afixos são chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir modificações de significado no radical a que são acrescentados. Desinências Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo). Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desinências nominais e desinências verbais. Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes. Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número- pessoais): cant-á-va-mos cant-á-sse-is cant: radical cant: radical -á-: vogal temática -á-: vogal temática -va-: desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito imperfeito do indicativo) -sse-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjuntivo) -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural) -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural) Vogal temática Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a. Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas. Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogaltemática. Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à terceira conjugação. primeira conjug. segunda conjug. terceira conjug. govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse realiz-a-sse mex-e-rá g-i-mos Vogal ou consoante de ligação As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o - i - entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota. Processos de formação de palavras: 1-) Composição Haverá composição quando se juntarem dois ou mais radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de composição; justaposição e aglutinação. 1.1-) Justaposição: ocorre quando os elementos que formam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos: Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol. 1.2-) Aglutinação: ocorre quando os elementos que formam o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde sua integridade sonora: Aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre) Derivação por acréscimo de afixos É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (derivadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética. 1-) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de prefixo. In------ --feliz des----------leal Prefixo radical prefixo radical 2-) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de sufixo. Feliz---- mente leal------dade Radical sufixo radical sufixo 3-) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o prefixo nem o sufixo que estão ligados ao radical, pois a palavra não “existiria”). Por parassíntese formam-se principalmente verbos. En-- -----trist- ----ecer Prefixo radical sufixo en----- ---tard--- --ecer prefixo radical sufixo Outros tipos de derivação Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva e a derivação imprópria. Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 12Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO 1-) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação de substantivos derivados de verbos. Exemplo: A pesca está proibida. (pescar). Proibida a caça. (caçar) 2-) Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão somente na classe gramatical. Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê deriva da conjunção porque) Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui, substantivo) Outros processos de formação de palavras: - Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos de línguas diferentes. automóvel (auto: grego; móvel: latim) sociologia (socio: latim; logia: grego) sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego) Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e- formacao-de-palavras-i.htm - Abreviação vocabular, cujo traço peculiar manifesta- se por meio da eliminação de um segmento de uma palavra no intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos: metropolitano – metrô extraordinário – extra otorrinolaringologista – otorrino telefone – fone pneumático – pneu - Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo: zum- zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá. - Siglas: As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome. Por exemplo:IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano). As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não ser que haja mais de três letras e a sigla seja pronunciável sílaba por sílaba. Por exemplo: Unicamp, Petrobras. Questões 01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: A) ajoelhar / antebraço / assinatura B) atraso / embarque / pesca C) o jota / o sim / o tropeço D) entrega / estupidez / sobreviver E) antepor / exportação / sanguessuga 02. A palavra “aguardente” formou-se por: A) hibridismo B) aglutinação C) justaposição D) parassíntese E) derivação regressiva 03. Que item contém somente palavras formadas por justaposição? A) desagradável - complemente B) vaga-lume - pé-de-cabra C) encruzilhada - estremeceu D) supersticiosa - valiosas E) desatarraxou - estremeceu 04. “Sarampo” é: A) forma primitiva B) formado por derivação parassintética C) formado por derivação regressiva D) formado por derivação imprópria E) formado por onomatopeia 05.As palavras são formadas através de derivação parassintética em A)infelizmente, desleal, boteco, barraco. B)ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer. C)caça, pesca, choro, combate. D)ajoelhar, pesca, choro, entristecer. Respostas 1. (B) / 2. (B) / 3. (B) / 4. (C) / 5. (B) Comentários 1-) atraso / embarque / pesca = formadas pelo processo de derivação regressiva 2-) água + ardente = aguardente ( aglutinação) 3-) vaga-lume - pé-de-cabra = não houve alteração em nenhuma delas (nem acréscimo, nem redução, estão apenas “postas” uma ao lado da outra, justaposição). 4-) formado por derivação regressiva = a palavra primitiva é sarampão! 5-) ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer = nenhuma delas pode ter o prefixo ou o sufixo retirados, pois elas só têm significado com ambos, juntos, ligados a elas. (Tardecer? Noitecer? Tristecer? Entarde?) Classes de Palavras Artigo Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos. Classificação dos Artigos Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei um animal. Combinação dos Artigos É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações: Preposições Artigos - o, os a ao, aos de do, dos em no, nos por (per) pelo, pelos a, as um, uns uma, umas à, às - - da, das dum, duns duma, dumas na, nas num, nuns numa, numas pela, pelas - - Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 13Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO - As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase. Constatemos as circunstâncias em que os artigos se manifestam: - Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas. - Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro,Veneza, A Bahia... - Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. - No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: O Pedro é o xodó da família. - No caso de os nomes próprios personativos estarem no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, os Incas, Os Astecas... - Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o pronome assume a noção de qualquer. Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. (qualquer classe) - Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. - A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. - O artigo também é usado para substantivar palavras oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de tudo isso. - Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo cujo (e flexões). Este é o homem cujo amigo desapareceu. Este é o autor cuja obra conheço. - Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que venham especificadas. Eles estavam em casa. Eles estavam na casa dos amigos. Os marinheiros permaneceram em terra. Os marinheiros permanecem na terra dos anões. - Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona. Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. - Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias. Li a notícia em O Estado de S. Paulo. Morfossintaxe Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo substantivo: A existência é uma poesia. Uma existência é a poesia. Questões 01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo: A) Estes são os candidatos que lhe falei. B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera. C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho. D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado. E) Muito é a procura; pouca é a oferta. 02. (ESAN-SP) Em qual dos casos o artigo denota familiaridade? A) O Amazonas é um rio imenso. B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto. C) O Antônio comunicou-se com o João. D) O professor João Ribeiro está doente. E) Os Lusíadas são um poema épico 03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está substantivando uma palavra. A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves. B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas. C) A navalha ia e vinha no couro esticado. D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana. E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada. 04.Assinale a alternativa em que há erro: A) O anúncio foi publicado em O Estado São Paulo. B) Está na hora de os trabalhadores saírem. C) Todas as pessoas receberam a notícia. D) Não conhecia nenhum episódio dos Lusíadas. E) Avisei a Simone de que não haveria a reunião. 05. Em que alternativa o termo grifado indica aproximação? A) Ao visitar uma cidade desconhecida, vibrava. B) Tinha, na época, uns dezoito anos. C) Ao aproximar de uma garota bonita, seus olhos brilhavam. D) Não havia um só homem corajoso naquela guerra. E) Uns diziam que ela sabia tudo, outros que não. Respostas 1-B / 2-C / 3-D / 4-D / 5-B Comentários 1-) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera! Entende-se que ele não qualquer médico, mas O médico! 2-) O Antônio comunicou-se com o João. Segundo a regra: Emprega-se o artigo definido antes de nomes de pessoas quando são usados no trato familiar para indicar afetividade. 3-) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana. Andar é verbo, mas nesse caso, por estar antecedida do artigo “o”, pertence à classe gramatical: substantivo. 4-) Não conhecia nenhum episódio de Os Lusíadas. 5-) Tinha, na época, uns dezoito anos. = aproximadamente Conjunção Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo: A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. Deste exemplo podem ser retiradas três informações: 1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as amiguinhas Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 14Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. Observe: Gosto de natação e de futebol. Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está ligando termos de uma mesma oração. Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Morfossintaxe da Conjunção As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos. Classificação - Conjunções Coordenativas- Conjunções Subordinativas Conjunções coordenativas Dividem-se em: - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gosto de cantar e de dançar. Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também. - ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada. Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto. - ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer... quer, já...já. - CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar. Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. - EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Conjunções subordinativas - CAUSAIS Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Ele não fez o trabalho porque não tem livro. - COMPARATIVAS Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que. Ela fala mais que um papagaio. - CONCESSIVAS Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que. Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada) Apesar de ter chovido fui ao cinema. - CONFORMATIVAS Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante Cada um colhe conforme semeia. Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade. - CONSECUTIVAS Expressam uma ideia de consequência. Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”). Falou tanto que ficou rouco. - FINAIS Expressam ideia de finalidade, objetivo. Todos trabalham para que possam sobreviver. Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que), - PROPORCIONAIS Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que. À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. - TEMPORAISPrincipais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que. Quando eu sair, vou passar na locadora. Importante: Diferença entre orações causais e explicativas Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma explicativa. Veja os exemplos: 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser atropelado”: a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou uma explicação do fato expresso na oração anterior. b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que vêm marcadas por vírgula. Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. b) Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será explicativa. Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo) 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade porque não havia cemitério no local.” a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê- la é colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa. Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos em outra cidade. b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente dependentes uma da outra. Questões 01. (Administrador – FCC). Leia o texto a seguir. A música alcançou uma onipresença avassaladora em nosso mundo: milhões de horas de sua história estão disponíveis em disco; rios de melodia digital correm na internet; aparelhos de mp3 com 40 mil canções podem ser colocados no bolso. No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós. Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma arte sem rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia comum, nossos Apostila Digital Licenciada para fabio adriano da silva oliveira - fabioadriano06@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) 15Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO ouvidos registram música em quase todos os momentos − pedaços de hip-hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no metrô, o sinal do celular de um advogado tocando a “Ode à alegria”, de Beethoven −, mas quase nada disso será resultado imediato de um trabalho físico de mãos ou vozes humanas, como se dava no passado. Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em1877, existe gente que avalia o que a gravação fez em favor e desfavor da arte da música. Inevitavelmente, a conversa descambou para os extremos retóricos. No campo oposto ao dos que diziam que a tecnologia acabaria com a música estão os utópicos, que alegam que a tecnologia não aprisionou a música, mas libertou-a, levando a arte da elite às massas. Antes de Edison, diziam os utópicos, as sinfonias de Beethoven só podiam ser ouvidas em salas de concerto selecionadas. Agora, as gravações levam a mensagem de Beethoven aos confins do planeta, convocando a multidão saudada na “Ode à alegria”: “Abracem-se, milhões!”. Glenn Gould, depois de afastar-se das apresentações ao vivo em 1964, previu que dentro de um século o concerto público desapareceria no éter eletrônico, com grande efeito benéfico sobre a cultura musical. (Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77) No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós. Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar que o elemento grifado pode ser substituído por: A) Porém. B) Contudo. C) Todavia. D) Entretanto. E) Conquanto. 02. (Escrevente TJ SP – Vunesp) Observando as ocorrências da palavra “como” em – Como fomos programados para ver o mundo como um lugar ameaçador… – é correto afirmar que se trata de conjunção (A) comparativa nas duas ocorrências. (B) conformativa nas duas ocorrências. (C) comparativa na primeira ocorrência. (D) causal na segunda ocorrência. (E) causal na primeira ocorrência. 03. (Analista de Procuradoria – FCC). Leia o texto a seguir. Participação Num belo poema, intitulado “Traduzir-se”, Ferreira Gullar aborda o tema de uma divisão muito presente em cada um de nós: a que ocorre entre o nosso mundo interior e a nossa atuação junto aos outros, nosso papel na ordem coletiva. A divisão não é simples: costuma-se ver como antagônicas essas duas “partes” de nós, nas quais nos dividimos. De fato, em quantos momentos da nossa vida precisamos escolher entre o atendimento de um interesse pessoal e o cumprimento de um dever ético? Como poeta e militante político, Ferreira Gullar deixou-se atrair tanto pela expressão das paixões mais íntimas quanto pela atuação de um convicto socialista. Em seu poema, o diálogo entre as duas partes é desenvolvido de modo a nos fazer pensar que são incompatíveis. Mas no último momento do poema deparamo-nos com esta estrofe: “Traduzir uma parte na outra parte − que é uma questão de vida ou morte − será arte?” O poeta levanta a possibilidade da “tradução” de uma parte na outra, ou seja, da interação de ambas, numa espécie de espelhamento. Isso ocorreria quando o indivíduo conciliasse verdadeiramente a instância pessoal e os interesses de uma comunidade; quando deixasse de haver contradição entre a razão particular e a coletiva. Pergunta-se o poeta se não seria arte esse tipo de integração. Realmente, com muita frequência a arte se mostra capaz de expressar tanto nossa subjetividade como nossa identidade social. Nesse sentido, traduzir uma parte na outra parte significaria vencer a parcialidade e chegar a uma autêntica participação, de sentido altamente político. O poema de Gullar deixa-nos essa hipótese provocadora, formulada com um ar de convicção. (Belarmino Tavares, inédito) Os seguintes fatos, referidos no texto, travam entre si uma relação de causa e efeito: A) ser poeta e militante político / confronto entre subjetividade e atuação social B) ser poeta e militante político / divisão permanente em cada um de nós C) ser movido pelas paixões / esposar teses socialistas D) fazer arte / obliterar uma questão de vida ou morte E) participar ativamente da política / formular hipóteses com ar de convicção 04. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP). Leia o texto a seguir. Temos o poder da escolha Os consumidores são assediados pelo marketing a todo momento para comprarem além do que necessitam, mas somente eles podem decidir o que vão ou não comprar. É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”, mas só nós temos o poder da escolha. Cada vez mais precisamos do consumo consciente. Será que paramos para pensar de onde vem o produto que estamos consumindo e se os valores da empresa são os mesmos em que acreditamos? A competitividade entre as empresas exige que elas evoluam para serem opções para o consumidor. Nos anos 60, saber fabricar qualquer coisa era o suficiente para ter uma empresa. Nos anos 70, era preciso saber fazer com qualidade e altos índices de produção. Já no ano 2000, a preocupação era fazer melhor ou diferente da concorrência e as empresas passaram a atuar com responsabilidade socioambiental. O consumidor tem de aprender a dizer não quando a sua relação com a empresa não for boa. Se não for boa, deve comprar o produto em outro lugar. Os cidadãos não têm ideia do poder que possuem. É importante, ainda, entender nossa relação com a empresa ou produto que vamos eleger. Temos uma expectativa, um envolvimento e aceitação e a preferência dependerá das ações que aprovamos ou não nas empresas, pois podemos mudar de ideia. Há muito a ser feito. Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas acreditam no consumo consciente, mas essas mesmas pessoas admitem que já compraram produto pirata. Temos de refletir sobre isso para mudar nossas atitudes.
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