redação - fake news

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ENEM: Os perigos das Fake News na era da informação
	Na década de 1930, militares de alta patente forjaram o Plano Cohem, documento que, supostamente, continha um projeto de tomada do poder por parte dos comunistas. A notícia foi divulgada, propagando o caos nacional, possibilitando, assim, a imposição da ditadura de Getúlio Vargas. Hodiernamente, a disseminação de notícias falsas intensificou-se, principalmente com o advento das redes sociais, promovendo a manipulação do usuário e prejudicando a manutenção da democracia. 
	Em primeiro plano, cabe ressaltar que a principal finalidade das chamadas “fake news” é manipular a percepção de realidade do indivíduo, influenciando suas ideologias. De acordo com o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, a verdade é uma ilusão, de forma que não se configura como algo a ser descoberto, mas sim algo a ser moldado ou construído. Assim, torna-se um meio de coerção social utilizada pelo grupo que está no poder, mantendo a ordem vigente. No Brasil, é inegável que a propagação de notícias falsas age em prol de um estrato, visando ao ganho de benefícios e à perpetuação do poder, como explicitado pela situação de falsificação do Plano Cohen. 
	Consequentemente, as notícias falsas prejudicam o exercício da cidadania, colocando em risco a democracia do país. Uma vez que a opinião dos brasileiros é influenciada erroneamente pelas fake news, toda a máquina democrática nacional é afetada, pois o povo não é livre para tomar suas próprias decisões. De acordo com o sociólogo Auguste Comte, essas farsas tendem a desestabilizar o corpo social, ao passo que dificultam a busca da verdade, fator essencial para a promoção do bem-estar comum, impedindo, assim, a manutenção da ordem democrática.
	Portanto, são essenciais medidas operantes para extinguir os perigos das fake news no Brasil. Logo, cabe à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal – órgãos legislativos responsáveis pela elaboração das normas jurídicas - a criação de leis que criminalizem a divulgação de informações falsas na internet, fazendo uso de parcerias público-privadas com as maiores empresas de mídias sociais na atualidade, como Google e Facebook, para a fiscalização dessas notícias. Dessa maneira, a situação vivenciada com o Plano Cohen, permitindo a implantação da ditadura de Vargas, não voltará a ocorrer.