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1 Pré-Natal em Pequenos Animais Primeiro momento: 1ª estágio > fecunda a implantação (17 - 18º dia). 2º estágio > pôs implantação a ossificação fetal (19 - 42º dia). 3º estágio > ossificação fetal ao parto (43 - 63º dia). 1 estágio: blastocisto alcança útero 11 - 12º dia 12 à 17º migração ao útero Migração embrionária ente os cornos Mórula a blastocisto Sem grandes alterações no US (ultrassom) até a implantação II estágio: Implantação entre 22 e 23º Formação dos anexos fetais Desenvolvimento da placenta Embrião visível ao exame ultrassonográfico Fase da organogênese III estágio: Calcificação Feto detectável pelo Rx Maturação dos órgãos Formação dos dentes Cobertura pilosa do corpo Maturação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal fetal (produção de cortisol pelo feto da origem ao momento do parto) Alterações fisiológicas da fêmea gestante Aumento da demanda metabólica Volume sanguíneo aumenta 40% Anemia normocítica normocrômia > reflexo do aumento do volume plasmático Diminuição da proteína total e albumina Frequência cardíaca, débito cardíaco e volume plasmático > elevados. Preparação do corpo para o parto: Cérvix: tampão cervical Útero: crescimento e dilatação Ovário: Atuação de corpo lúteo Ligamentos pélvicos e sínfise púbica. Sistema respiratório > compressão do diafragma = útero gravídico prejudica a função pulmonar e aumenta a FR - hiperventilação: PCO2 inferiores (30-33Hg). Sist. gastrointestinal > progesterona = redução da motilidade intestinal Compressão das vísceras = útero gravídico. Refluxo - retardo em esvaziamento gástrico + relaxamento cárdia. Sist. neurológico > progesterona: efeito sedativo = sonolência Diabetes mellitus gestacional: maior desafio da gestante em manter a glicemia! Progesterona estimula liberação de GH (antagonista da insulina). Neonatologia e Pediatria Palestra Junho 2021 – UNIP 2 Segundo momento: acompanhamento gestacional Palpação abdominal: + - 25 dias de gestação. US: + - 30 dias de gestação (viabilidade fetal {movimentos fetais, cardíacos}; idade gestacional; FC). Radiografia: + 45 dias de gestação. Relaxina: + - 20 dias de gestação. Ultrassonografia: Como estimar a idade gestacional (IG) na US? R: Diâmetro da vesícula gestacional + diâmetro biparetal. Frequência cardíaca média: Cadelas: 214 (início) a 238 (40 dias) bpm Gatas: 228 bpm Desenvolvimento dos órgãos embrionários. Qtd. de líquido presente em anexos embrionários (início da gestação = muito líquido/ final = aparenta ter pouco, mas não tem). Radiografia: cães: > 45 dias gatos: > 45 dias Antes dos 25 a 30 dias: sem alterações Entre 25 e 46 dias: sinais de aumento uterino. Após 45: contagem: crânio e coluna vertebral: Ventro-dorsal e latero-lateral (direito e esquerdo) Para que serve? • contagem de fetos • Pelvimetria • Avaliação de estática geral • Grau de desenvolvimento *Superfecundaçao: quando uma espécie tem mais filhotes que o possível. *Quando consegue ver digito (dedos) no RX significa que o parto ocorrerá dentro de 24h e cordão dentário em 72h. Terceiro momento: Acompanhamento pré-natal. Anamnese - idade; raça; nome do animal; realizou acompanhamento reprodutivo prévio/caso contrário: diagnóstico de gestação; Peso (obeso vs caquético); poliúria; polidipsia; partos anteriores; Uso de anticoncepcional (se tiver feito uso, não haverá aviso prévio de parto). Dia 35 (a partir deste dia pôde-se trocar a ração de adulto por filhote para a fêmea e não se deve suplementar com cálcio). 3 Antiparasitário? pulgas e carrapatos: bravecto/ frontline/ revolution. Vermífugos: Drontal plus/ chemital plus. Ideal: antes da monta ou último mês da gestação. Principais malformações congênitas: manejo e tratamento Período crítico com alta taxa de mortalidade 33% nascimento ao desmame e 1% medicina humana. Malformações congênitas: • São anormalidades estruturais ou funcionais dos órgãos. • Incidência de malformações 6,7% em cães e 5% em gatos. • A taxa de mortalidade entre os afetados pode chegar a 68%. • A incidência geral de ninhadas contendo um ou mais filhotes com defeitos congênitos é alta, cerca de 24,7%. Porque ocorre e o que fazer? • Falta de assistência pelo médico veterinário. • Erros de manejo pelo tutor • Outras malformações associadas • Malformações incompatíveis com a vida, como ausência de coração, ausência de cérebro > Eutanásia. Principais malformações: • palatoquise e fenda labial (muito comum) • Pectus excavatum • Anasarca • Hidrocefalia • Arredia anal • Gastrosquise Principais causas - o que investigar: • Consanguinidades (cruzamento sanguíneo entre os doadores) • Malformações em parentes • Mortalidade incomum e sem diagnóstico • Doenças maternas durante a gestação • Uso de fármacos teratogênicos • Intoxicação • Alimentação • Radiação Durante o acompanhamento pré-natal é possível saber qual malformação ele tem e sendo capaz de salvar a vida da ninhada no momento que nasce. Fenda palatina (palatosquise): comunicação entre a cavidade oral e nasal. Palato duro e/ou mole. Fatores genéticos, teratogênicos (nutrição e fármacos) Taxa de mortalidade: até 90% Tipo I > unilateral ou bilateral; tipo II > palato duro e/ou mole; tipo III > unilateral ou bilateral com palato duro e/ou mole. 4 Sinais clínicos: • reflexo de sucção inadequado • Dificuldade de amamentação - tríade neonatal • Saída de leite pela narina • Pneumonia aspirativa • Crescimento inadequado em relação aos irmãos da ninhada Manejo: • suporte nutricional (sucedâneo colostro, fonte de imunidade passiva e hidratação) • Alimentação por sonda orogástrica (boca até o estômago), nasogástrica (nariz até o esôfago). • Sucedâneo do leite materno • Aquecimento • Estimular o animal para defecar e urinar • Acompanhamento do ganho de peso. Tratamento cirúrgico: • somente após 45d e 1kg • 50% sucesso manejo/ 50% sucesso cirúrgico • Limpeza da ferida e manejo alimentar • Dois tipos de técnicas cirúrgicas: Flap bipendicular deslizante e Flap sobreposto. Pectus excavatum Malformação incompatível com a vida Deformidade do tórax e osso esterno caracterizada por uma depressão do esterno e costelas na frente do tórax. Raças pré-dispostas: braquicefalicos e cães com síndrome do cão nadador. Sinais clínicos: • depressão no tórax • Dispneia e cianose • Pneumonia aspirativa • Reflexos reduzidos • Tríade neonatal Diagnostico: • RX tórax e sinais clínicos Tratamento: • assistência ao desconforto respiratório • bandagem corretiva do tórax • piso antiderrapante e fisioterapia Anasarca Edema congênito generalizado, transmissão hereditária e/ou teratogênicos. Raças pré-dispostas: braquicefalicos 5 Sinais clínicos: • edema generalizado • Peso superior a um animal normal • Dispneia e cianose • Braquicardia Tratamento: • assistência ao desconforto respiratório • Oxigenioterapia por máscara • Aminofilina SL • Expansão pulmonar, massagem cardíaca • Epinefrina IV, IO, SL • Aquecimento a 32ºC • Diurético: furosemida 2mg/kg, SC a cada 3 horas • Estímulo de micção a cada 30min • Acompanhamento da perda de peso • A cada 30 gramas de perda de peso: administrar 5 gotas de cloreto de potássio, VO (via oral) Hidrocefalia dilatação do sistema ventricular por aumento do LCR (líquido cefálio raquidiano) Dificuldade na drenagem do liquor Aumento da pressão intracraniana Incidência de 1,5% em cães Sinaisclínicos: • macrocefalia • Fontanela persistente • Estrabismo central ou ventro-lateral • Retardo no crescimento • Filhotes que não interagem ou não tem aprendizado • Disfunção neurológica: convulsões, ataxia, déficit de atenção Diagnostico: • US da fontanela: dilatação dos ventrículos cerebrais • RX, tomografia e ressonância Tratamento: • depende do grau de acometimento: filhotes sem disfunção neurológica> não tratar e evitar traumas protegendo o crânio; filhotes com disfunção neurológica e/ou sinais graves> omeprazol, prednisoloma, furosemida, anticonvulsivante e manitol, podendo também drenagem ventricular e dreno persistente. Atresia anal defeito congênito do anus e porção terminal do reto. Classificação: Tipo I (A), II (B), III (C) e fistula retovaginal (D). 6 Sinais clínicos: • aquesia • Choro constante • Megacolon • Distensão abdominal • Eliminação de fezes pela vulva Tratamento: • Correção cirurgia Gastrosquise defeito congênito da parede abdominal, em sua porção próxima a região umbilical, apresentando saída das vísceras por um orifício. Cirurgia de emergência Avaliar a viabilidade das alças intestinais Avaliar a presença de outras malformações associadas Por que as cirurgias neonatais são um desafio? R: Devido a fisiologia dos neonatos. (sist. vasc > baixa pressão e resistência; sist. hepático > baixa metabolização) Como evitar todas essas malformações? • seleção correta de reprodutores • Pré-natal Transição neonatal para pediátrico: A importância de uma boa alimentação para o crescimento saudável do animal. Por que compreender a nutrição de filhotes? • Para aprender o equilíbrio nutricional e não obter os excessos ou deficiência como obesidade, hipercalcemia, crescimento assincrônico de rádio ulna. Neonatal: cães > desde o nascimento até a 2ª semana de vida; gatos > desde o nascimento até o 10º dia de idade. • período de transição: fase de explorar a nutrição do animal apresentando-o todos tipos de alimento. • período de socialização • período juvenil A primeira semana de vida de um filhote é o período mais crítico, o mesmo não pode perder peso e nem falhar em ganhar por mais que um dia e ingestão do colostro está ligado à sobrevivência. • Colostro: laxante, transferência de imunidade passiva (ig), fonte de água e energia e desenvolvimento do TGI; “Leite maduro”: 12 a 24h pós-parto. • Peso ao nascimento: cães > 1 - 6,5% do PC adulto; gatos > 90 a 110g. • Ganho de peso: cães > 5g/kg diário; gatos > 80 a 120g/ semana (até o 6º mês). 7 Como verificar se é leite ou colostro? Qtd. De IgG > 24h pós parto: menor q 50%, 7 dias após: 5g e 14 dias após: 1g. Colostro: 20-30 g/L em cães e 50-70 em gatos. Leite: 1 a 5g/L (possui 90% de igA e 5% de igG. E os neonatos órfãos? Oferecer sucedâneo caseiro, estímulo de defecação e micção, termorregulação e aprendizado. Posição da amamentação: natural do gato; refluxo gastroesofágico; engasgos; pneumonias; aerofagia e desconforto abdominal por gases. Transição para o alimento sólido: 3ª a 4ª semana de vida: alimentos sólidos (alimento sólido + água/leite específico da espécie) 45 a 60 dias: desmame Erupção dos dentes: 21 a 35 dias de idade 6ª semana: alimentos sólidos Filhotes: 31º dia de vida maior necessidade de nutrientes Energia e Ca: raças grandes e gigantes (hipercalcemia - não ajustam absorção de cálcio em alimentos ricos em Ca) Crescimento Adequado e saudável: Prevenir a obesidade e controlar a taxa de crescimento Prevenção de alterações osteoarticulares. Elevada demanda nutricional Supernutrição Subnutrição (baixo cresc.) Cães: Gatos: 8 Tabela de pesos Cálculo NEM Neofílicos: diferentes texturas, sabores e alimentos; fase de extrema importância = desenvolvimento do organismo/saúde; estimular o aprendizado com petiscos. É necessário o cuidado com os dentes de cães e gatos ao longo da vida? • halitose; doenças periodontais; gengivite; redução do consumo; O manejo nutricional adequado a quantidade de alimento oferecido ao dia, aumenta a longevidade e previne o desenvolvimento inadequado. Pediatria comportamental com felinos O que é pediatria? É o ramo de medicina que trata a saúde e os cuidados médicos dos infantes, das crianças, e dos adolescentes. E neuroplasticidade felina? Momento em que o gato está conhecendo o mundo. O período mais crucial: 2 a 8 semanas de vida e o segundo período: 8 a 16 semanas de vida. Kitty-friendly melhorar a relação tutor, gato e Veterinária desde a infância o reforço positivo para todos os ensinamentos e não estressar o gato. A educação do tutor na clínica de gatos: baseia- se em orientar os tutores desde a infância a importância do check up, sociabilidade e práticas como cortar unhas, dar remédio e etc. O que fazer não primeira consulta? não se deve aplicar vacina e fazer teste fiv e felv. O gato deverá ficar em quarentena em casa e na primeira consulta estimular brincadeiras e apresentar comidas sendo 70% úmida. 9 Mas quando deve fazer os testes? Após a janela imunológica > 30 dias após a chegada (snap). Ingestão hídrica e nutrição: Todo gato deve comer sachê para suprir nutrição e água contidas no alimento. Fontes hídricas alteram somente um pouco da ingestão. A educação hídrica é importante para prever doenças renais crônicas. Insuficiência renal crônica É uma afecção que tem diferentes etiologias, tanto congênitas quanto adquiridas. Acomete principalmente gatos idosos. Dentre as causas mais comuns desta doença estão os agentes infecciosos e inflamatórios. Em seus estágios iniciais, a IRC pode ser clinicamente silenciosa. Sintomas de doença renal crônica: 4 estágios Na metade do curso da doença > não apresenta nenhum sintoma. (1 e 2) Da metade pro final > desidratação, vômito e emagrecimento, excesso de urina acumulada. (3 e 4)
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