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Mecanismo de Cura e Reparo · Reparo tecidual: termo utilizado para tecidos parenquimatosos e conjuntivos · Cura: termo utilizado para epitélios de superfície · Reparo Tecidual: Regeneração ou cicatrização após a lesão · Reparo da arquitetura · Reparo da função dos tecidos · Reparo depende de: · Tipo da célula lesada · Extensão do dano tecidual ou componentes afetados · Controles de proliferação celular: · Fator de Crescimento - Produzidos por células próximas ao local do dano e pela MEC - Macrófagos e linfócitos são as mais importantes fontes - Ligação a receptores específicos que estimulam a transcrição gênica de genes silenciados e ativa genes que estimulam a entrada no ciclo celular - Atuam na proliferação, migração e diferenciação celular - Atuam por meio de sinais parácrinos, endócrinos ou autócrinos · Matriz Extra Celular (MEC) - Glicosaminoglicanos (GAG) – substância amorfa - Proteoglicanos – substância amorfa - Colágeno - Glicoproteínas - Elastina - Fibras reticulares · Funções: · Suporte mecânico para a ancoragem da célula e migração celular, e manutenção da polaridade celular. · Controle da proliferação celular. · Arcabouço para renovação tecidual. · Estabelecimento de microambientes teciduais. · Células da MEC que atuam no reparto tecidual: · Células endoteliais: para criar novos vasos que forneçam os nutrientes necessários ao processo de reparo. · Fibroblastos: a origem do tecido fibroso que forma a cicatriz para preencher os defeitos que não podem ser corrigidos por meio da regeneração. · Regeneração: Restituição do tecido perdido ou danificado por um igual · Restauração de função · Restauração de arquitetura · Regeneração de fígado – ocorre por 2 mecanismos: · Proliferação dos hepatócitos remanescentes · Repovoamento a partir das células progenitoras 1) Macrófagos Residentes (Células de Kuppfer) liberam IL-6 para estimular os hepatócitos para receber e responder aos sinais dos fatores de crescimento (Fase 1) 2) Fatores de crescimento se ligam aos receptores nos hepatócitos (Fase 2) - EGF – Fator de crescimento epidérmico - TGF-α – Fator de crescimento alfa - HGF – Fator de crescimento hepático 3) Hepatócitos respondem ao estímulo e entram em transição saindo de G0 e entrando em G1 (Fase 3) 4) Ocorre a proliferação celular dos hepatócitos – Regeneração 5) Quando a regeneração for completa novos fatores de crescimento são liberados para inibir os fatores de crescimento de proliferação para cessar a proliferação *** Em situações nas quais a capacidade proliferativa dos hepatócitos é prejudicada, como na lesão ou na inflamação crônica hepática, as células progenitoras do fígado contribuem para o repovoamento. - Residem em nichos especializados chamados canais de Hering · Cicatrização: Substituição por um tecido derivado do estroma (conjuntivo), deixando uma cicatriz permanente · Lesão do tecido é grave ou crônica e resulta em danos às células do parênquima e do tecido conjuntivo · Células que não se dividem forem lesadas, o reparo não pode ser feito apenas por regeneração · Deposição de tecido conjuntivo (fibrose) 1) Ocorre a inflamação (etapa 1) 2) Onde ocorreu a destruição de tecido, próximo a ela começa a ocorrer angiogênese 3) Formação de tecido de granulação (etapa2) 4) Proliferação de fibroblastos 5) Remodelamento (etapa 3) – substituindo as células originais por fibroses · Angiogênese 1) Fatores de crescimento são liberados pelos macrófagos M2 - NO = Vasodilatação - VEGF = Aumento da Permeabilidade Vascular 2) Ocorre então a Vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular 3) Com esse processo ocorre o destacamento dos pericitos (células da periferia dos vasos) 4) Além dos pericitos, ocorrerá também a degradação da membrana basal do vaso 5) Fatores de Crescimento enviam estímulos ao vaso e começa a ocorrer a migração e proliferação de células endoteliais – formando o brotamento do vaso 6) Ocorre o processo de remodelamento nesses novos vasos brotados, recrutando as demais células que pertencem ao vaso, tais como células musculares lisas, pericitos, restituir a membrana basal para amadurecer o vaso 7) Quando ocorre a formação do vaso maduro, ocorre a supressão/inibição da proliferação e migração das células *** Em uma angiogênese, ocorre a degradação de MEC para acomodação de novos vasos, essa degradação é realizada por enzimas chamadas Metaloproteínas de Matriz (MMPS), que vão degradar a MEC permitindo o remodelamento e expansão do tubo vascular · Tecido de Granulação *** A fragilidade do tecido de granulação se dá por ainda conter poucas fibras *** Remodelamento do tecido conjuntivo Equilíbrio entre a síntese e a degradação de proteínas da MEC, através de fatores de crescimento que vão estimular a síntese e Metaloproteases que vão realizar a degradação desta MEC. · Regeneração Epitelial: Quando a lesão envolve apenas a camada epitelial – (Cicatrização/Cura por 1ª Intensão) · Inflamação · Proliferação de células epiteliais e outras células · Maturação da cicatriz do tecido conjuntivo · Cicatrização de 2ª Intensão: quando a perda de células ou de tecido é mais extensa (ex: grandes feridas, abcessos, ulcerações e na necrose isquêmica/ infarto de órgãos parenquimamentosos) · Envolve uma combinação de regeneração e cicatrização · Formação de grande quantidade de tecido de granulação · Contração por Miofibroblastos – contração das fibras de colágeno (5-10% da ferida) *** Cicatrização de 2ª Intensão – Morfologia: Úlcera · Fibrose em Órgãos Parenquimatosos *** Os termos cicatriz e fibrose são usados indiferentemente *** O termo fibrose é mais comumente utilizado para descrever a extensa deposição de colágeno que ocorre aos pulmões, fígado, rins e outros órgãos, como consequência da inflamação crônica, ou no miocárdio, após necrose isquêmica extensa (infarto). · Anormalidades no Reparo os Tecidos · Formação inadequada do tecido de granulação ou a formação de uma cicatriz · Complicações: deiscência (abertura/ruptura por força excessiva ou sem esforço, fragilidade das fibras de colágeno ou maturação não foi feita de forma adequada, ou por deposição suficiente de fibras de colágeno) da ferida e ulceração (falta de vascularização suficiente para terminar o processo de cicatrização leva a ulceração). · Formação excessiva dos componentes do processo de reparo (deposição excessiva de colágeno) · Complicações: cicatrizes hipertróficas (pode-se delimitar onde começa e termina) e queloides (não é possível delimitar onde começa e termina a margem da ferida)
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