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Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto TUTELA, CURATELA E TOMADA DE DECISÃO 1. TUTELA A tutela é atribuída por um juiz a alguém que seja capaz de proteger e administrar a vida de uma criança ou adolescente. Geralmente, é usada em casos de órfãos ou de menores cujos pais não possuem a capacidade necessária para gerir a vida do filho ou dos filhos. A tutela, por seu turno é um sucedâneo do Poder Familiar, é um substituto do Poder familiar, pois ela só abrange o menor órfão de pai e mãe ou que teve pai e mãe destituídos do Poder Familiar, sendo, portanto, inserido em família substituta. Obs.: Família Substituta: é a família em que a criança é inserida por meio da guarda, tutela ou adoção. Para que a tutela seja atribuída, é necessário que o possível tutor tenha concedido a permissão e concorde em se tornar responsável pelo menor de idade. Além disso, a atribuição pode ser concedida de três maneiras. OBJETO DA TUTELA ➢ A Tutela tem como principal objeto a proteção do menor de idade, voltando suas incumbências para a sua educação, sua correção e a manutenção de seu sustento. ESPÉCIES DE TUTELA • Tutela documental: A tutela será documental quando pai e mãe através de documento autêntico, conjuntamente nomeiam tutor. Art. 1729 • Tutela testamentária: A tutela será testamentária quando for feita no testamento, que poderá ser tanto público quando privado. Art. 1730 OBS: é nula a tutela documental ou testamentária quando pai ou a mãe que a instituírem não estiverem na titularidade do Poder familiar • Tutela legítima:Se não houver indicação nem em documento autenticado, tampouco em testamento, o CC atribui a tutela a um rol de legitimados. Art. 1731 • Tutela dativa: Ocorre no caso de inexistência de parente consanguíneo ou de, em existindo, nenhum deles for idôneo para o encargo, situação em que o juiz nomeará um terceiro de sua confiança. Art. 1732 Em se tratando de irmãos, deverá o Juiz dar um só tutor para ambos, com vistas a preservar a família natural e da família ampliada. Art. 1733 Extra: na hipótese de pais desconhecidos ou que tiverem sido destituídos do poder familiar, mediante guarda, na forma prevista no ECA. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto TUTELA COMPARTILHADA É a nomeação de dois ou mais tutores simultaneamente. Apesar de não prevista no CC, a doutrina defende sua possibilidade, conforme se vê pela doutrina de Maria Berenice Dias, que aduz ser possível por analogia a guarda compartilhada. Art. 1732 §1 PRÓ-TUTOR É o auxiliar do Juiz na fiscalização do tutor. É, portanto, um mero auxiliar do Juiz. O art. 1742 permite que o juiz, de ofício ou por requerimento, nomeio um pró-tutor. Art. 1742 Essa fiscalização hoje só se mostra necessária quando o pupilo (tutelado) tiver patrimônio considerável. Isto porque nas demais relações pode bem o Juiz exercer por si a fiscalização. A grande questão é que o pró-tutor responde solidariamente com o tutor pelos prejuízos causados ao tutelado. DOS INCAPAZES DE EXERCER TUTELA Art. 1735 CC Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam: I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens; II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra o menor; III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excluídos da tutela; IV - os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena; V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abuso em tutorias anteriores; VI - aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração da tutela. DAS ESCUSAS DOS TUTORES CC Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela: I - mulheres casadas; II - maiores de sessenta anos; III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos; Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto IV - os impossibilitados por enfermidade; V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela; VI - aqueles que já exercerem tutela ou curatela; VII - militares em serviço. Art. 1.737. Quem não for parente do menor não poderá ser obrigado a aceitar a tutela, se houver no lugar parente idôneo, consanguíneo ou afim, em condições de exercê-la. Art. 1.738. A escusa apresentar-se-á nos dez dias subsequentes à designação, sob pena de entender-se renunciado o direito de alegá- la; se o motivo escusatório ocorrer depois de aceita a tutela, os dez dias contar-se-ão do em que ele sobrevier. Art. 1.739. Se o juiz não admitir a escusa, exercerá o nomeado a tutela, enquanto o recurso interposto não tiver provimento, e responderá Obs: prazo de 10 dias para interpor a escusa ao juiz. RESPONSABILIDADE DO MAGISTRADO O art. 1.744 traz uma rara hipótese de responsabilidade direta e pessoal do Juiz, quando não nomear tutor ou fizer inoportunamente. Ainda, será subsidiária a responsabilidade do Juiz quando não tiver garantia ou deixasse de remover tutor quando deveria tê-lo feito: Art. 1.744. A responsabilidade do juiz será: I - direta e pessoal, quando não tiver nomeado o tutor, ou não o houver feito oportunamente; II - subsidiária, quando não tiver exigido garantia legal do tutor, nem o removido, tanto que se tornou suspeito. REMUNERAÇÃO, REPONSABILIDADE E PRESTAÇÃO DE CONTAS PELO TUTOR • Incumbências: art. 1740 Art. 1.740. Incumbe ao tutor, quanto à pessoa do menor: I - dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus haveres e condição; II - reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister correção; Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto III - adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a opinião do menor, se este já contar doze anos de idade. Art. 1.741. Incumbe ao tutor, sob a inspeção do juiz, administrar os bens do tutelado, em proveito deste, cumprindo seus deveres com zelo e boa-fé. • Remuneração O tutor terá remuneração proporcional ao valor dos bens administrados. Art. 1.752. O tutor responde pelos prejuízos que, por culpa, ou dolo, causar ao tutelado; mas tem direito a ser pago pelo que realmente despender no exercício da tutela, salvo no caso do art. 1.734, e a perceber remuneração proporcional à importância dos bens administrados. Como se vê claramente pela interpretação a contrário sensu do dispositivo, se o menor não tiver patrimônio, ou se este for ínfimo, o tutor não terá direito a qualquer remuneração OBS: O CC também prevê remuneração do protutor, que, todavia, será módica: 1.752, § 1o Ao protutor será arbitrada uma gratificação módica pela fiscalização efetuada. • Responsabilidade do tutor O tutor responde civilmente por danos causados a pessoa ou ao patrimônio do tutelado. Essa responsabilidade do tutor será subjetiva, ou seja, o tutor só responde se provada sua culpa. Art. 1.752. O tutor responde pelos prejuízos que, por culpa, ou dolo, causar ao tutelado; mas tem direito a ser pago pelo que realmente despender no exercício da tutela, salvo no caso do art. 1.734, e a perceber remuneração proporcional à importância dos bens administrados. § 2o São solidariamente responsáveis pelos prejuízos as pessoas às quais competia fiscalizar a atividade do tutor, e as que concorreram para o dano. OBS: como se vê do dispositivo, o protutor responde solidariamente com o tutor, quando atuar. • Prestação de contas A prestação de contas da administração dos bens e valores do tutelado é obrigação indispensável do tutor, ao final do exerciio bianual. Elaborado por: Brenda Alves | Passei DiretoAlém da prestação de contas o tutor se obriga a apresentar ao final de cada ano de exercício balanço que discrimine os valores de receita e despesa movimentados durante o período. O processo de tutela. O balanço não necessita de comprovação, mas o juiz pode determina0la se não estiver convencido dos valores, para tanto ouvindo o pro-tutor. O tutor tem obrigação de prestar contas a cada 02 anos ou quando deixar o múnus, ou ainda quando o Juiz lhe exigir. Art. 1.755. Os tutores, embora o contrário tivessem disposto os pais dos tutelados, são obrigados a prestar contas da sua administração. Art. 1.757. Os tutores prestarão contas de dois em dois anos, e também quando, por qualquer motivo, deixarem o exercício da tutela ou toda vez que o juiz achar conveniente. Parágrafo único. As contas serão prestadas em juízo, e julgadas depois da audiência dos interessados, recolhendo o tutor imediatamente a estabelecimento bancário oficial os saldos, ou adquirindo bens imóveis, ou títulos, obrigações ou letras, na forma do § 1o do art. 1.753. Art. 1.753. Os tutores não podem conservar em seu poder dinheiro dos tutelados, além do necessário para as despesas ordinárias com o seu sustento, a sua educação e a administração de seus bens. § 1o Se houver necessidade, os objetos de ouro e prata, pedras preciosas e móveis serão avaliados por pessoa idônea e, após autorização judicial, alienados, e o seu produto convertido em títulos, obrigações e letras de responsabilidade direta ou indireta da União ou dos Estados, atendendo-se preferentemente à rentabilidade, e recolhidos ao estabelecimento bancário oficial ou aplicado na aquisição de imóveis, conforme for determinado pelo juiz. Além dessa prestação de contas periódica – 02 em 02 anos – ou quando encerrar o múnus ou for requisitado pelo Juiz, os tutores ainda devem apresentar balanço anual das contas ao Juiz: Art. 1.756. No fim de cada ano de administração, os tutores submeterão ao juiz o balanço respectivo, que, depois de aprovado, se anexará aos autos do inventário. Esse balanço anual é algo mais simples que a prestação de contas, é como se fosse uma prestação de contas resumida. Ainda, a ação de prestação de contas poderá ser promovida a qualquer tempo pelo MP ou pelo interessado, sendo a competência para processamento e julgamento desta ação do mesmo juízo que processou e julgou o pedido de tutela, que será, de regra, do Juízo de família. DOS BENS DO TUTELADO Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto CC Art. 1.753. Os tutores não podem conservar em seu poder dinheiro dos tutelados, além do necessário para as despesas ordinárias com o seu sustento, a sua educação e a administração de seus bens. § 1o Se houver necessidade, os objetos de ouro e prata, pedras preciosas e móveis serão avaliados por pessoa idônea e, após autorização judicial, alienados, e o seu produto convertido em títulos, obrigações e letras de responsabilidade direta ou indireta da União ou dos Estados, atendendo-se preferentemente à rentabilidade, e recolhidos ao estabelecimento bancário oficial ou aplicado na aquisição de imóveis, conforme for determinado pelo juiz. § 2o O mesmo destino previsto no parágrafo antecedente terá o dinheiro proveniente de qualquer outra procedência. § 3o Os tutores respondem pela demora na aplicação dos valores acima referidos, pagando os juros legais desde o dia em que deveriam dar esse destino, o que não os exime da obrigação, que o juiz fará efetiva, da referida aplicação. Art. 1.754. Os valores que existirem em estabelecimento bancário oficial, na forma do artigo antecedente, não se poderão retirar, senão mediante ordem do juiz, e somente: I - para as despesas com o sustento e educação do tutelado, ou a administração de seus bens; II - para se comprarem bens imóveis e títulos, obrigações ou letras, nas condições previstas no § 1o do artigo antecedente; III - para se empregarem em conformidade com o disposto por quem os houver doado, ou deixado; IV - para se entregarem aos órfãos, quando emancipados, ou maiores, ou, mortos eles, aos seus herdeiros. DA CESSAÇÃO DA TUTELA • O Modo regular de extinção da tutela é o advento do termo final do prazo bianual estabelecido para seu exercício, salvo se o tutor aceitar continua-lo e o juiz entender que é o melhor para o menor. • Regra: tutelado com a maioridade / tutor artigo 1764 e ss CC Art. 1.763. Cessa a condição de tutelado: I - com a maioridade ou a emancipação do menor; II - ao cair o menor sob o poder familiar, no caso de reconhecimento ou adoção. Art. 1.764. Cessam as funções do tutor: I - ao expirar o termo, em que era obrigado a servir; Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto II - ao sobrevir escusa legítima; III - ao ser removido. Art. 1.765. O tutor é obrigado a servir por espaço de dois anos. Parágrafo único. Pode o tutor continuar no exercício da tutela, além do prazo previsto neste artigo, se o quiser e o juiz julgar conveniente ao menor. Art. 1.766. Será destituído o tutor, quando negligente, prevaricador ou incurso em incapacidade. 2. CURATELA ➢ A curatela serve para que alguém seja responsável por um adulto ou idoso que se encontra incapaz de exercer suas vontades. ➢ A curatela também deve ser atribuída por um juiz e quem recebe a curatela é conhecido como curador. ➢ A curatela é um instituto atribuído por um juiz. Assim, o chamado curador, administra os bens e vontades de um indivíduo adulto ou idoso que se encontra incapaz de exercer suas vontades. Seja de caráter permanente ou temporariamente. ➢ Ébrios habituais, viciados em tóxicos e pródigos, que não são capazes de controlar seus gastos, também podem precisar estar sob o instituto da curatela. ➢ os ébrios habituais, ou seja, pessoas viciadas em bebidas alcoólicas, tornando-se incapaz de gerir sua vida de forma eficaz. Dependentes químicos também podem precisar de curatela pelos mesmos motivos ➢ Já os pródigos, indivíduos que não controlam seus gastos e podem comprometer seu patrimônio, também podem precisar de um curador. Isto porque podem ser considerados doentes mentais Artigo 1767 ➢ Estão sujeitos a curatela o Enfermidade ou doença mental o Limitação ao exprimir sua vontade o Deficientes mentais o Ébrios habituais o Adictos o Pródigos Artigo 1777 ➢ o curador é responsável pelo bem-estar e convívio familiar e social do indivíduo incapaz. Isto além de administrar seus bens. ➢ O papel do curador também envolve a proteção do direito de convívio, evitando que a pessoa incapaz passe a viver em reclusão. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Procedimento processual da curatela Art. 747 cpc ➢ A interdição pode ser promovida pelo o Cônjuge ou companheiro o Parentes ou tutores o Representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando o MP Art. 755 §3 CPC ➢ Sentença de interdição será inscrita no registro de pessoa natural e imediatamente publicada ➢ Não sendo total interdição, na perspectiva do EPC está prejudicada, porquanto não mais existe designação de curador com poderes gerais Cessação de curatela ➢ Art. 756 ➢ acontece assim eu se extinguir a causa que a determinou Art. 756. Levantar-se-á a curatela quando cessar a causa que a determinou. § 1o O pedido de levantamento da curatela poderá ser feito pelo interdito, pelo curador ou pelo Ministério Público e será apensado aos autos da interdição. § 2o O juiz nomeará perito ou equipe multidisciplinar para proceder ao exame do interdito e designará audiência de instrução e julgamento após a apresentação do laudo. § 3o Acolhido o pedido, o juiz decretará o levantamento da interdição e determinará a publicação da sentença, após o trânsito em julgado, na forma do art. 755, § 3o, ou, não sendo possível, na imprensa local e no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalode 10 (dez) dias, seguindo-se a averbação no registro de pessoas naturais. Curatela do nascituro ➢ Art. 1779 ➢ A razão para a nomeação de um curador especial ao nascituro é a proteção de seus interesses (recebimento de uma herança, por exemplo), quando a sua mãe não está em pleno exercício do poder familiar. É uma hipótese protecionista dos interesses do nascituro. ➢ OBS: Sempre lembrando a curatela extensiva, ou seja, se nesse caso a genitora fosse interditada, seu curador também seria, automaticamente o curador do nascituro e futuro filho. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto 3. TOMADA DE DECISÃO APOIADA ➢ Art. 1783-A ➢ a tomada de decisão apoiada é o processo judicial pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos duas pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade. ➢ tem a função de trazer acréscimos ao antigo regime de incapacidades dos maiores, sustentado pela representação, pela assistência e pela curatela. ➢ §1 > para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e os compromissos dos apoiadores. Desse termo devem constar ainda o prazo de vigência do acordo e o respeito à vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar. ➢ §2 > O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com indicação expressa das pessoas aptas a prestarem ➢ §3 > Há um procedimento judicial para tanto, pois o preceito seguinte determina que, antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar e após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio ➢ §4 > A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja inserida nos limites do apoio acordado. Assim, presente a categoria, desaparece toda aquela discussão aqui exposta a respeito da validade e eficácia dos atos praticados por incapazes, como vendas de imóveis, perante terceiros de boa-fé. Havendo uma tomada de decisão apoiada, não se cogitará mais sua nulidade absoluta, nulidade relativa ou ineficácia, o que vem em boa hora, na opinião deste autor. ➢ §5 > o terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação negocial, pode solicitar que os apoiadores contra-assinem o contrato ou acordo, especificando, por escrito, sua função em relação ao apoiado. Isso para que não pairem dúvidas sobre a idoneidade jurídica do ato praticado, o que tem relação direta com o princípio da boa- fé objetiva. ➢ §6 > em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante a qualquer uma das partes, havendo divergência de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério Público, decidir sobre a questão. Eventualmente, poderá ele suprir a vontade de uma parte discordante. ➢ §7 > se o apoiador agir com negligência, exercer pressão indevida ou não adimplir as obrigações assumidas, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao Ministério Público ou ao juiz, especialmente com o intuito de evitar a prática de algum negócio jurídico que possa lhe trazer prejuízo. o ato for praticado, é possível cogitar a sua invalidade. ➢ §8> Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se for de seu interesse, outra pessoa para prestação de apoio ➢ §9> A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o término de acordo firmado em processo de tomada de decisão apoiada, inclusive para os fins de tomada de novas decisões, de acordo com a sua autonomia privada Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto ➢ §10> O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua participação do processo de tomada de decisão apoiada, sendo seu desligamento condicionado à manifestação do juiz sobre a matéria ➢ §11> Por derradeiro, está previsto que se aplicam à tomada de decisão apoiada, no que couber, as disposições referentes à prestação de contas na curatela.
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