Buscar

DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - Tutela

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
Introdução
Relação jurídica é regulada pelo Estado. 
O legislador ao criar as normas regulamentadoras das condutas humanas, ele já previu as vantagens e desvantagens, ou seja, quais interesses irão prevalecer e quais serão subordinados ou sacrificados. 
Aquele individuo que se encontra em situação de vantagem prevista pelo legislador, ele é titular de um direito subjetivo. 
Direito subjetivo: poder que uma pessoa tem de exigir a outra pessoa que adote determinada conduta justamente porque a 1º pessoa está numa posição de vantagem que está assegurada pelo direito.
Será que a simples existência desse direito regulador das condutas humanas é suficiente para eliminar os conflitos de interesse que possam surgir em sociedade? não
1) Tempo e Processo
Quanto mais tempo durar o processo maior será os efeitos negativos. 
2) Conceito de Tutela Provisória: 
É a proteção prestada pelo Estado-Juiz, por meio de provimentos jurisdicionais instáveis/provisórios aptos a assegurar/satisfazer desde logo a pretensão do autor. Estes provimentos podem ser concedidos de forma antecedente ou incidentalmente, qdo presentes determinados pressupostos que gravitam em torno da urgência e da evidência. (Cássio Scarpinella). 
A tutela provisória visa por meio de técnicas processuais evitar o risco de dano ou de injustiça.
3) Tutela Provisória e suas espécies: 
Art. 294, caput, CPC. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Tutela Provisória é gênero do qual são espécies a Tutela de Urgência e a Tutela da Evidência.
4) Tutela de evidencia
É a proteção dada a um direito que, embora não apresente o risco de dano, de tão claro que ele é, se apresenta como uma “quase certeza para o magistrado”, impondo uma rápida proteção jurisdicional. Aqui o magistrado protege a parte que se mostra naquele momento como a que tem maior probabilidade de se sair vencedora naquele processo.
5) Tutela de urgência: 
Proteção efetiva prestada pelo Estado àquelas situações que carecem de proteção imediata. Prestada por meio de técnicas de urgência, técnicas processuais adaptadas para proteger essas situações específicas.
Técnica da tutela antecipada: permite a fruição – inversão do binômio conhecimento/execução – natureza satisfativa. 
Técnica da Tutela cautelar: preserva o resultado útil de outro processo – natureza Assecuratória/acautelatória
Tutela de urgência é gênero do qual são espécies a tutela cautelar e a tutela antecipada
Função comum a ambas as tutelas de urgência (aliás às espécies de tut. provisórias): acesso à ordem jurídica justa
6) Características Comuns às Tutelas de Urgência:
a) Finalidade: 
Garantir o acesso à ordem jurídica justa, ou seja, o acesso a uma tutela jurisdicional mais efetiva. Isso não é finalidade apenas da tutela de urgência, é também da evidencia. 
Quando falamos do direito de ação ou acesso a justiça que são extraídos do art. 5º, XXXV, CF, significa acesso ao poder judiciário (essa visão é de um aspecto extrínseco – defensoria publica, núcleo de pratica), mas também retrata o acesso a ordem jurídica justa que deve ser disponibilizado mecanismos processuais que permitam que o jurisdicionado possa perseguir o seus direitos. Ao final de toda movimentação da maquina judiciaria, o judiciário tem que entregar uma tutela jurisdicional minimamente apta para o jurisdicionado. A movimentação dessa maquina dispõe de tempo e dinheiro. Aspecto intrínseco.
 
b) Cognição Sumária: 
Em não raras vezes o ônus do tempo do processo recai sobre aquele que, no momento, se apresenta como merecedor da tutela jurisdicional. Como uma forma de distribuir melhor o ônus do tempo no processo o legislador criou técnicas de sumarização. Fala-se então em tutelas diferenciadas comparativamente às tutelas comuns. Estas visam sempre julgar definitivamente, aquelas, regular provisoriamente.
O que significa dizer que determinada decisão foi proferida em cognição sumária? Significa dizer que o juiz está trabalhando sobre o juízo de probabilidade, isto é, de acordo com os elementos de cognição que existe no processo. 
Normalmente quem suporta o ônus da demora do processo é o autor. Sendo assim, o legislador criou técnicas diferenciadas para garantir o resultado útil do processo. 
O magistrado quando vai julgar definitivamente é juízo de certeza. Na tutela provisória é fundada num juízo de probabilidade, isto é, cognição sumária. 
A cognição pode ser estudada por dois aspectos:
Extensão: aspecto horizontal. Quais são as matérias cognoscíveis, quais matérias que o magistrado poder analisar nesse procedimento. Se nesse procedimento permitir a ampla cognição do magistrado, ele poderá conhecer de três matérias: condição da ação, pressupostos processuais e mérito. 
Ex: Procedimento Comum permite que o magistrado conheça dessas 3 matérias. 
Procedimento extraordinário cognição limitada, parcial.
Profundidade: aspecto vertical. 
Grau máximo = exauriente. Quando o magistrado exerce sua atividade de forma mais profunda possível. Juizo de certeza.
Grau mínimo = sumária, superficial, amena. Contrapõe com a exauriente. Baseada no juízo de probabilidade. 
- aspecto subjetivo: grau de convencimento do magistrado. 
- aspecto objetivo: elementos de convicção à disposição do julgador. Quais provas que o juiz tem em mãos para julgar.
Ex: Procedimento Comum – no aspecto da extensão é de cognição plena. Na hora de proferir sentença, o magistrado reconhece a prescrição (mérito) do direito do autor. Sobre o aspecto objetivo é mais ampla ou mais restrita? R: ampla ou exauriente, pois todas as provas, todo material, já foi produzido. Analisou tudo que tinha para analisar. E sobre o aspecto subjetivo? R: grau máximo, pois o magistrado estava tao convencido que julgou, exauriu a atividade jurisdicional dele. 
Pedido de tutela antecipada sobre autorização de um plano para autorizar uma cirurgia e o magistrado concede essa tutela antes de ouvir o réu. E sobre o aspecto da profundidade, objetivo? R: mínima, pois nenhuma prova foi produzida praticamente, somente a do autor. Cognição sumária. E do aspecto subjetivo? R: Mínima, pois a tutela antecipada é concedida com base no juízo de probabilidade. Se fosse máxima, o juiz iria julgar definitivamente. 
Pedido de intervenção cirúrgica, mas o juiz não concedeu tutela antecipada no inicio do procedimento. Teve contestação, replica, alegações finais, etc. Após a AIJ, o juiz concede a tutela antecipada para realização da cirurgia. Antes da sentença. Sobre o aspecto objetivo? R: Máxima, pois a provas já foram produzidas. O que tinha que ser alegado, já foi. O material probatório já foi. E subjetivo? R: Sumária, mínima. 
A cognição sumaria como característica da tutela de urgência se encontra aonde? R: Subjetiva, que é o grau de convencimento do magistrado. 
Existe a possibilidade de uma tutela provisória ser concedida em cognição exauriente? Sim, a hipótese que o magistrado concede a tutela na sentença. Porque mesmo que tenha recurso da parte adversa, a sentença surtirá efeitos. Tira da apelação o efeito suspensivo. 
O magistrado utiliza da técnica da concessão da tutela na sentença para tirar o efeito suspensivo da apelação. 
c) Provisoriedade: decisões instáveis/regulação provisória da situação conflituosa.
Provisoriedade: nasceu para ser substituído por algo que vai ser definitivo. A tutela antecipada é provisória. 
Temporariedade: existe durante um determinado período e depois que cumpre sua finalidade, se extingue. Não é substituído por nada. É o que acontece com a tutela cautelar. 
d) Fungibilidade: art. 273, §7º, CPC/73 e art. 305 CPC/15 (FPPC 502 - Caso o juiz entenda que o pedido de tutela antecipada em caráter antecedente tenha 	natureza cautelar, observará o disposto no art. 305 e seguintes).
O magistrado aceita uma tutela pela outra sem problema, isso é a fungibilidade. Na pratica, existe varias situações seencontram sem saber se é cautelar ou antecipada, como por exemplo, sustar o protesto. O legislador para acabar com essa insegura, o legislador inseriu no paragrafo 7º do art. 273, CPC de 1973, o sistema a fungibilidade. Se o advogado pede a antecipação da tutela, o magistrado pode deferir a cautelar. No entanto, deixou em aberto se o inverso aconteceria, se pedindo cautelar, poderia deferir à antecipada. A tutela cautelar é menos que a antecipada, quem pediu menos não pode ganhar mais. Mas depois pacificou e entendeu que é uma via de mão dupla. 
O legislador inseriu um capitulo que fala exclusivamente da tutela cautelar uma disposição que se o magistrado não entender que é caso de cautelar, de oficio, o juiz irá observar o procedimento da antecipada. 
Trouxe de volta um problema que já tinha sido sanado. 
Unanime: mao dupla
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
7) Características da Tutela Cautelar
Antecedente ou incidental: art. 294, §único; art. 295; art. 305, caput; art. 308, caput; art. 309, I e § único, todos do CPC.
Todas as tutelas podem ser incidentes, mas somente a tutela de urgência pode ser antecedente. 
Se a tutela for postulada antes de existir no processo o pedido principal, ela será antecedente. 
Se a tutela é postulada quando já existente nos autos o pedido principal, será incidental. 
Antecipada é diferente de antecedente. A antecipada é uma espécie de tutela urgência provisória e a antecedente é antes de ser formulada o pedido principal.
Todas as tutelas provisórias podem ser incidentais, mas somente a tutela cautelar e a tutela antecipada que podem ser antecedentes (a tutela de evidência nunca será antecedente).
Não confundir tutela antecipada com tutela antecedente. A tutela antecedente é aquela tutela de urgência que é postulada antes de ser formulado o pedido principal.
Ex: no curso do processo surge a necessidade de fazer um pedido de busca e apreensão de um determinado bem, ou a retirada do nome dos órgãos de restrição ao credito, ou seja, postular uma tutela provisória, se está pedindo isso no curso do processo isso quer dizer que a pet inicial já foi postulada, então isso quer dizer que o pedido principal já existe, desta forma a tutela é incidental. 
Ex: professor empresta dinheiro para a turma, e ficamos de devolver sexta da semana que vem, ai quarta feira falamos que não vamos pagar ele pois não temos dinheiro, dai ele percebe que está dilapidando o patrimônio nosso. Tem como entrar com uma ação de cobrança na quarta feira? Não tem como, pois a divida não venceu. Mas se está dilapidando o patrimônio pode então fazer uma petição que vai se resumir a um pedido de tutela provisória, é claro que tem que mencionar com a ação que vai ingressar e que depois vai fazer o pedido principal, então desta forma temos uma cautelar antecedente por conta da urgência, e é antecedente pois o pedido principal ainda não foi feito. 
. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 295, cpc- a tutela provisória requerida em caráter incidental independe de pagamento de custas. Isso porque as custas já foram pagas na petição inicial, e lá já foi pago as custas. 
Art. 305, cpc- a pet inicial da ação que visa a prestação de tutela cautelar em caráter antecedente. Aquela petição se resuma ao pedido de tutela cautelar antecedente. Esse é o primeiro contato que o juiz está tendo com o caso, aquela petição será distribuída não vai estar apenso a outro processo, visto que não tem pedido principal, então a petição tem que indicar a lide e seu fundamento. Precisa mostrar ao magistrado elementos que possam permitir que o magistrado saiba se ele é competente, se as partes são legitimas, se existe interessa na concessão daquela cautelar. Esses elementos precisam ser falados. Mas não precisa ser uma cópia da petição inicial. Mas nessa cautelar precisa mostrar o pedido principal que será feito na petição inicial. 
Exposição sumaria do direito que o artigo fala é o fumus boni iuris, resultado útil do processo é a periculum in mora. Ou seja, a cautelar vai se resumir em fumus, periculum e uma história do que está acontecendo e que você quer a apreciação estatal. 
Art. 308, cpc (IMPORTANTE): Quando o artigo fala em efetivada a cautelar, significa cumprida a tutela cautelar. O pedido principal terá que ser formulado pelo autor no prazo de 30 dias, caso que será apresentado nos mesmos autos. 
Esse prazo é contado assim: estamos diante de um dispositivo que identifica o prazo para formulação do pedido principal no caso de uma cautelar antecedente, essa é a norma do art. 308, e esse prazo é de 30 dias, contatos a partir da efetivação da medida. A regra do CPC é que todos os prazos processuais sejam contados da ciência da medida, aqui não é assim, esse prazo é da efetivação mesmo. Ex: bloqueou a conta hoje, de hoje começou a contar o prazo. 
Para contagem do prazo é necessário excluir o dia do início e inclui o final. 
Ex: Se a tutela foi concedida ontem, mas o bloqueio aconteceu hoje (esse é o dia da efetivação), começa a contar amanhã. 
Obs: o dia da efetivação não é o dia que foi concedida a tutela e sim quando aconteceu o ato em si. 
Como que se conta esse prazo de 30 dias, em dias uteis ou corridos? Isso ainda não foi pacificado, o que se acha é dia útil, mas sobre a égide do código de 73 tínhamos decisões que entendiam que o prazo era contado de forma corrida. Pois entendia que se era de prazo material então conta corrido, mas se processual contaria em dias uteis. 
O que o professor acha, e é para colocar na prova, tem que utilizar a regra geral do código, contando em dias UTEIS. Pois ele acha que tecnicamente é isso. 
Agora na prática até ter uma posição definida, conta em dias corridos. 
A tutela pode ser concedida, mas não precisa ser efetivada. Ex: apreensão do veículo, pode não apreender o veículo por não o achar. 
A parte final do artigo diz: não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. Ou seja, a partir do momento que ele fala isso, ele fala isso pois quando formula esse pedido antecedente, ali mesmo já da o valor a causa e já recolhe as custas, quando for formular o pedido principal as custas já estão pagas, então não faz sentido pagar de novo. 
Art. 309, I, CPC- e se perder o prazo de 30 dias? Cessa a eficácia da tutela cautelar, ou seja, extingue os efeitos da tutela cautelar, a partir do momento em que perde esse prazo de formulação do pedido principal, essa tutela cautelar some e perde seu efeito. 
Ex: pede a busca e apreensão do carro, consegue a cautelar e é efetivada, mas perde o prazo então tem que devolver o carro para a parte contrária. 
Se perdeu a eficácia da tutela qual o problema de requer de novo? §único, art. 309, cpc é a resposta. Esse paragrafo veda requerer novamente a tutela cautelar, só poderá fazer isso se houver novo fundamento, ou seja, uma nova causa de pedir. 
· E se a constrição se desdobrar em vários atos???
Como que vou contar o prazo se a cautelar que for concedida se desdobrar em vários atos? 
Ex: uma cautelar para bloqueio de conta corrente, quebra de sigilo telefônico, indisponibilidade de bens imóveis e busca e apreensão de veículo. 
Essas medidas nunca vão ser efetivadas juntas. Desde quando começa a contar o prazo? Institivamente tende a achar que como a cautelar foi para desdobrar em 4 atos, somente com o último ato de efetivação estaria efetivada. Mas para o STJ esse prazo deve ser contado da efetivação do primeiro ato efetivo. 
Autonomia: no sentido de que a cautelar veicula uma pretensão distinta daquela veiculada no processo principal. O mérito da cautelar (fumus e periculum) é diferente do mérito do processo principal são coisas distintas.Ex: ação de cobrança – estou discutindo relação de credor e devedor, se existe ou não o debito. Na cautelar pede o bloqueio de dinheiro com base na probabilidade de obter o crédito. 
É autônoma no sentido de que a cautelar vincula uma pretensão distinta do processo principal. 
Acessoriedade: com relação à tutela principal: art. 310 CPC
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
É acessória em relação à tutela principal, isto é, não entrega aquilo que a parte realmente quer. Por exemplo, na hora do bloqueio da conta, você não pega o dinheiro de fato, apenas se ganhar a ação. 
O que acontecer com a cautelar não influencia na tutela principal. O acessório segue o principal, mas não o inverso. Se o magistrado nega a cautelar, não influencia na principal. Contudo, a reciproca não é verdadeira, o principal influencia a cautelar. Se o magistrado julga improcedente o pedido, não existe o direito. 
Referibilidade: sempre vai se referir a uma situação que merece ser acautelada. 
Ela diz respeito a circunstância de que a cautelar sempre vai se referir a outra situação, que merece ser assegurada. A cautelar ela não tem a aptidão de satisfazer o requerente da medida. 
Nesse sentido, e por ter a natureza acautelatória, ela sempre vai guardar relação com outra situação, que essa situação carece de uma cautela.
8) Características da Tutela Antecipada 
Satisfatividade: aptidao da tutela antecipada de satisfazer a pretensão do requerente da medida. Tornar concreto aquele pedido. 
A tutela antecipada permite que o requerente usufrua desde já a pretensão sem ter o transito julgado.
 
Antecedente ou incidental: art. 294, § único; art. 303, §1º, inc. I e §§ 2º e 6º.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Se o pedido é formulado no curso do processo é tutela provisória incidental. Agora, quando antecede o próprio pedido principal, é a antecedente.
Vem a petição inicial com todos os pedidos principais formulados e junto abre um tópico de tutela. Essa tutela é incidental, pois o pedido principal já existe nos autos. 
O art. 305 fala especificamente da tutela cautelar antecedente. Não confundi a antecipada com a antecedente. 
Na tutela cautelar o prazo para formulação do pedido principal é um prazo de 30 dias contados da efetivação da tutela cautelar. Se a tutela cautelar for de bloqueio da conta corrente, NO DIA QUE BLOQUEOU conta os 30 dias.
Concedida a tutela antecipada (art. 303, parag.1) o prazo é de 15 dias (não peguei direito). 
Se por um acaso o juiz entender que não estão presentes o pressuposto de concessão da tutela antecipada, se entender que ele não deve concede-la, a parte requerente da medida devera reformular o pedido principal em 5 dias. 
Pressupostos de concessão da tutela cautelar: requerimento da parte, fumus e periculum
Tutela antecipada: requerimento da parte, reversibilidade da medida, fumus e periculum
9) Pressupostos de Concessão das Tutelas de Urgência (art. 300 CPC) 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Requerimento da parte
· O MP tem legitimidade para postular a concessão de uma tutela de urgência?
Sim tanto como parte como fiscal da ordem jurídica. 
· A medida pode ser concedida de ofício?
Em regra, não. pois, se não corre o risco do autor da medida sair com a situação pior do que a que ele entrou. Ex: representantes comerciais e um individuo entra com uma ação para reivindicar um automóvel de vocês, só que o automóvel que tem é de uso para fazer as vendas e etc. Ai com a tutela, pegou o automóvel e ficou 10 meses com ele. No entanto, o juiz fez a sentença e julgou improcedente. Assim, conclui-se no final que não era para ser concedida a tutela.
Fumus boni iuris: probabilidade de existência do direito que o autor afirma ter na inicial. É preciso que o requerente da medida aparenta ser titular do direito ameaçado e que esse direito deve merecer proteção. 
· Este requisito não deve ser avaliado isoladamente. 
A própria intensidade do periculum in mora, no risco de dano, pode influenciar na percepção do fumus bonis iuris. 
· O requerente precisa trazer provas para comprovar o Fumus?
 Periculum in mora: é o risco de que o tempo de duração do processo possa causar dano irreparável ou de difícil reparação ao direito da parte.
· Receio fundado: deve ser concreto, iminente e atual. 
Não pode ser um temor subjetivo da parte (que acontece o dano um dia) tem que ser algo atual.
· Periculum in mora inverso: é o risco de dano para o réu. O risco que a concessão da medida pode trazer para o réu; 
Reversibilidade (para as tutelas antecipadas – §3º, art. 300 CPC)
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Irreversibilidade Recíproca: se concedida situação irreversível em favor do autor, se denegada, situação irreversível em favor do réu.
Possibilidade de flexibilização em casos excepcionais (FPPC 419 – não é absoluta a regra que proíbe tutela provisória com efeitos irreversíveis)
OBSERVAÇÃO: Tutela de Urgência e proporcionalidade: critério que pode ser útil para o juiz decidir pela concessão ou não da medida é comparar os danos que podem advir da concessão e da denegação e, também, comparar os valores que estão em jogo.
10) A Tutela Provisória no CPC/15 – Disposições Gerais – arts. 294 a 299 do CPC
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
 Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisórioda sentença, no que couber.
 Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
 Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.
a) Liminar: 
Ato jurídico processual por meio do qual se julga pedido de tutela provisória no início do procedimento.
Utilizado para fazer referencia do que ocorre no inicio. Por exemplo, improcedência liminar do pedido. Antes de citar o réu, o magistrado entende que o pedido deve ser julgado improcedente. 
Toda decisão interlocutória que julga pedido de tutela provisória é uma medida liminar? Não, mas uma liminar sempre será concedida por meio de uma decisão interlocutória. 
Se esperou a contestação do reu não é mais liminar e sim tutela provisória. A liminar não tem a oitiva da parte contrária. 
Liminar inaudita altera parte: é a mesma coisa que liminar; são sinônimos. As vezes, a doutrina sabendo que o termo liminar é usado de forma inequívoca, usa-se esse termo para deixar bem claro. 
Liminar x ofensa ao contraditório: a concessão da liminar não ofende a concessão da garantia do contraditório. Pois, o contraditório não será excluído, será apenas postergado = contraditório diferido. 
b) Competência: 
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.
Incidental (juiz da causa) ou antecedente (quando eu for formular o pedido principal, quem será o juiz competente para processar e julgar aquele pedido = quando identificar isso irá remeter para esse juízo). 
Competência excepcional em função da urgência: um órgão jurisdicional teria a competência excepcional em uma situação de urgência apenas para proteger o direito. No entanto, no final, remeteria os autos para o juízo competente. 
Ex: aparece uma cliente no seu escrito dizendo que quer divorciar e será litigioso com partilha de bens e quer a guarda dos filhos. O cliente liga e disse que o marido levou as crianças para almoçar e não trouxe eles de volta. Ficou sabendo que foi SP e que irá viajar com ele para o exterior. Nesse caso, seria totalmente possível ingressar com a ação em SP. 
Em grau recursal ou tribunais: arts. 932, II; 995, § único; 1.012, §3º; 1.026, §1º; 1.029, §5º CPC.
· Tutela provisória no tribunal está se falando de concessão de efeito suspensivo ou ativo aos recursos. 
OBS: Efeito suspensivo é a paralisação da execução de uma sentença. É produzido por alguns tipos de recurso, seja por força de disposição legal ou de decisão judicial, e dura até que a causa interposta seja julgada.
· Os recursos não impedem a eficácia da decisão. Via de regra, não são dotados de efeito suspensivo, a não ser que esteja previsto em lei. Se não tiver previsto em lei, pode postular para o relator. 
Recurso interposto e que ainda tramita pelo órgão a quo? Petição dirigida ao relator.
E se a tutela for requerida entre a publicação da sentença e interposição do recurso? Juiz a quo. 
Art.1029: § 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 .             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
c) Duração da tutela Provisória
· Artigo 296 c/ 314 CPC 
Característica de revogabilidade da tutela provisória. Funciona como proteção. 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.
· Artigo 146, §3º CPC
 Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.
§ 1º Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal.
§ 2º Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente for recebido:
I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr
II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente.
§ 3º Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal. a competência para conceder a tutela de urgência será do substituto legal. 
Se o relator atribuir efeito suspensivo aquele incidente ou enquanto ele não atribuir efeito, não declarar os efeitos que recebe o incidente, eventual pedido de tutela de urgência será feito ao substituto legal. 
O juiz titular vai ser quando declarar que não deve atribuir o efeito suspensivo. 
A revogação difere da cessação de efeitos: não formular o pedido principal no prazo legal – cessa os efeitos. A revogação supõe um juízo de retratação. Na cessação tem-se uma sanção pela inobservância de uma regra processual. 
O ideal é que na sentença o juiz deixe claro se revogou ou não. Mas e se ele não deixar expresso? (sentença de procedência = confirma a tutela provisória. Sentença de extinção sem resolução do mérito e de improcedência = revoga a tutela provisória) Se o juiz concede uma tutela provisória no curso do processo e na sentença não se manifesta. A procedência do pedido equivale a confirmação da tutela. Agora, a improcedente equivale à revogação da tutela. 
O magistrado pode revogar uma tutela provisória de ofício? – Sim. Neffa acha que pode. A tutela jurisdicional justa é de interesse público. 
A revogação ou modificação pressupõe aprofundamento na cognição e ainda que seja tomada de ofício pelo magistrado, necessita do prévio contraditório (arts. 9 e 10 do CPC)
É necessária a ocorrência de alterações fáticas para que o magistrado revogue uma tutela provisória? (caso haja agravo de instrumento não precisa da ocorrência do fato novo devido ao efeito regressivo do recurso) Efeito regressivo – poder fazer o juízo de retratação. 
Juiz pode revogar medida que o tribunal manteve? – tutela concedida no tribunal e negada pelo juiz. O juiz não pode revogar, pois a tutela foi concedida por um órgão hierárquico a ele. No curso do processo, não pode. Na sentença pode, pois o magistrado está decidindo com base na cognição exauriente. 
d) Dever de Motivação: 
Art. 298. Nadecisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
Art. 93, CF . Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Em qualquer decisão, pronunciamento judicial, que tratar sobre tutela provisória, esse pronunciamento deve ser fundamentado. 
A motivação das decisões judiciais é uma garantia constitucional. 
e) Poder Geral de Cautela e de Satisfação:
Poder que o juiz tem de conceder medidas cautelares ou satisfativas que sejam mais adequadas à efetivação da tutela provisória (Marcus Vinicius Rios Gonçalves entende que o art. 297 do CPC tem dois sentidos: (i) o juiz pode conceder a medida mais adequada ao caso concreto e, (ii) pode determinar toda e qualquer providencia necessária à concretização da medida por ele deferida) 
· Estende-se tanto às Tutelas de Urgência quanto às de Evidência 
· O juiz poderá? É um poder-dever, uma vez que ao juiz não é dada a faculdade de conceder a tutela provisória. Se presentes os pressupostos de concessão ele deverá concedê-la. Não existe opção para o magistrado conceder ou não. O que existe é uma subjetividade da analise da existência ou inexistência do pressuposto de concessão daquela tutela. 
· O juiz pode conceder medida diferente da postulada pelo requerente? Isso não representaria julgamento extra-petita ou ultra-petita? O principio da congruência se aplica a tutela? R: Há divergência, mas para o Neffa, ele fica com a doutrina que o magistrado pode postular diferente, ou seja, uma tutela mais adequada. 
f) Efetivação da Tutela Provisória
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
A efetivação da tutela provisória se dá da forma menos burocrática possível. Caso não seja cumprida, apenas fazer uma petição pedindo a efetivação.
Procedimento do cumprimento provisório da sentença (arts. 520 e 522 CPC)
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
§ 1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525 .
§ 2º A multa e os honorários a que se refere o § 1º do art. 523 são devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.
§ 3º Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o recurso por ele interposto.
§ 4º A restituição ao estado anterior a que se refere o inciso II não implica o desfazimento da transferência de posse ou da alienação de propriedade ou de outro direito real eventualmente já realizada, ressalvado, sempre, o direito à reparação dos prejuízos causados ao executado.
§ 5º Ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação de fazer, de não fazer ou de dar coisa aplica-se, no que couber, o disposto neste Capítulo.
 Art. 522. O cumprimento provisório da sentença será requerido por petição dirigida ao juízo competente.
Parágrafo único. Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada de cópias das seguintes peças do processo, cuja autenticidade poderá ser certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal:
I - decisão exequenda;
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
III - procurações outorgadas pelas partes;
IV - decisão de habilitação, se for o caso;
V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para demonstrar a existência do crédito.
g) Recorribilidade das Decisões que concedem a Tutela Provisória: 
Agravos: 1.015, I, e 1.021 CPC
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias;
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
Apelação: 1.012, §1º, V, CPC
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
Tema 04: TUTELAS DE URGENCIA: análise dos §§ do art. 300 CPC e Responsabilidade Civil do Requerente da medida
1. Caução – §1º, art. 300 CPC – é a chamada Contracautela, que nada mais é do que uma garantia exigida pelo juiz para ressarcir o requerido de eventuais danos advindos da concessão da medida de urgência. Tutela bilateralmente os interesses em risco no processo. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
· Pode ser exigida de ofício ou a requerimento da parte.
· DICA PRÁTICA: OFERECER CAUÇAO PARA AUMENTAR A PROBABILIDADE DO DEFERIMENTO DA MEDIDA
· Não é de observância obrigatória em todo e qualquer caso, mas naquelas hipóteses em que o juiz verifique a existência de risco bilateral (Humberto Theodoro). Pode ser afastada em casos nos quais a exigência da caução frustrará a efetividade da tutela provisória, sendo as regras do cumprimento provisório apenas um parâmetro (Daniel Assumpção). Segundo o mesmoautor, a caução só deve ser realmente exigida quando o juiz não esteja convencido da presença dos pressupostos de concessão e existir irreversibilidade recíproca.
· FPPC 497 - As hipóteses de exigência de caução para a concessão de tutela provisória de urgência devem ser definidas à luz do art. 520, IV, CPC. FPPC 498 - A possibilidade de dispensa de caução para a concessão de tutela provisória de urgência, prevista no art. 300, §1º, deve ser avaliada à luz das hipóteses do art. 521 do CPC.
· Pode ser dispensada em caso de hipossuficiência do requerente da medida (parte final do §1º, art. 300 CPC)
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que:
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - o credor demonstrar situação de necessidade;
III – pender o agravo do art. 1.042;             (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
2. Liminar ou justificação prévia - §2, art. 300 CPC 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
· liminar: tecnicamente é um provimento concedido no início do processo. Sua identificação não se faz pelo conteúdo, natureza ou função, mas pelo momento da concessão. Critério topológico. 
· justificação previa: é uma audiência. Comum nas ações possessórias. O autor levar suas provas que visam corroborar para conceder as medidas que está pedindo. O réu não pode levar suas provas, mas pode inquirir as testemunhas do autor. 
· dica pratica: postular na inicial que o juiz determine a realização da audiência de justificação caso não esteja convencido da existência dos pressupostos de concessão. 
3. Responsabilidade Objetiva do Requerente da Medida (art. 302)
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.
O requerente da medida tem uma responsabilidade muito grande, pois se da efetivação dessa medida surgir algum dano para o réu ou que essa medida não era para ser concedida, quem irá reparar é o autor da medida (quem usufruiu da medida, quem beneficiou). 
· Corre por conta e risco do requerente – já sabe que o juiz vai decidir por cognição superficial.
· Responsabilidade Civil do requerente da medida é objetiva – independe de demonstração de culpa. 
· Qual o dano a reparar? Qualquer dano advindo da execução da medida – dano moral, lucros cessantes, dano emergente etc 
· Requisitos para que surja a obrigação de reparação: i) medida concedida e efetivada, ii) prejuízo advindo da efetivação da medida.
· Hipóteses do art. 302 CPC:
· inc. I – sentença desfavorável (definitiva ou terminativa)
1. inc. II – difícil aplicação. Não se pode esquecer que a sentença pode ser procedente.
1. inc. III – art. 309 CPC.
1. inc. IV – a efetivação tem que ter acontecido antes do reconhecimento da prescrição ou decadência.
· § único, art. 302 CPC – liquidação da indenização nos mesmos autos sempre que possível.
STJ - Busca e apreensão realizada com constrangimento pode gerar indenização por dano moral
Sexta-feira, 31 de Março de 2017 - 07:05:18 
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou julgamento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) que condenou duas empresas ao pagamento de indenização por danos morais por considerar que elas constrangeram uma terceira empresa após determinação cautelar de busca e apreensão de bens supostamente falsificados. A decisão, tomada de forma unânime, afastou apenas a condenação de uma das empresas por litigância de má-fé. 
No pedido de indenização, a empresa Mahe Comércio de Jóias alegou que sofreu constrangimento ilegal em virtude da execução de medida cautelar de busca e apreensão. A medida foi determinada em ação na qual as empresas Mormaii e J.R. Adamver afirmaram que a Mahe comercializava produtos falsificados das marcas autoras. A ação foi posteriormente julgada improcedente.
Segundo a Mahe, o constrangimento não seria fruto da decisão judicial, mas da abordagem sofrida pelos representantes das empresas após a determinação de busca e apreensão, que foi considerada excessiva.
Autorização do Judiciário
O pedido de indenização foi acolhido em primeira instância, com o arbitramento de compensação por danos morais no valor de R$ 2 mil. A sentença foi mantida pelo TJSC, que ainda condenou a Mormaii por litigância de má-fé.
No recurso especial, a Mormaii argumentou que o procedimento de busca e apreensão foi realizado de forma regular, com autorização da justiça, o que afastaria eventual dano moral a ser compensado. A empresa também contestou a condenação por má-fé, já que o cabimento de danos morais no caso discutido não seria pacífico na jurisprudência.
Dano comprovado
A relatora, ministra Nancy Andrighi, destacou inicialmente que, para que a execução de medida cautelar de busca e apreensão seja capaz de causar dano moral indenizável à pessoa jurídica, é preciso que sua reputação e seu nome tenham sido comprovadamente ofendidos.
No caso concreto, a ministra ressaltou que o TJSC condenou a empresa por ter reconhecido que o procedimento de busca e apreensão foi realizado durante o funcionamento da loja, inclusive na presença de clientes e funcionários.
“Observa-se, assim, da moldura fática delimitada no acórdão recorrido, que o tribunal de origem entendeu, com base nas provas produzidas nos autos, ter ficado demonstrada a ocorrência de ofensa à honra objetiva da recorrida, relacionada à sua reputação e à qualidade dos produtos que comercializa”, concluiu a ministra ao manter a condenação por danos morais.
Todavia, acompanhando o voto da relatora, o colegiado afastou a condenação de segunda instância por litigância de má-fé. Para a turma, a Mormaii “interpôs o recurso de apelação, o qual era o único e regularmente cabível para a impugnação da sentença que lhe tinha sido desfavorável, não tendo ficado, com isso, caracterizado seu intuito de protelar o deslinde da controvérsia, tampouco sua deslealdade com a parte adversa”.
Esta notícia refere-se ao(s) processo(s):
 REsp 1428493
Tema 05: PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE
1. Procedimento das Tutelas de Urgência
Art. 294, § único, CPC.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
1.1. Tutela de urgência incidental:
Não há previsão no CPC de procedimento próprio, logo subentende-se que:
· Requerimento será feito por meio de simples petição;
· Sem recolhimento de custas (art. 295 CPC), 
· Prazo de 5 dias para resposta ao requerimento (art. 218,§3º, CPC). 
· Atenção aos pressupostos de concessão do art. 300, CPC.
1.2. Tutela de urgência postulada em caráter antecedente:
Importância da identificação da natureza da tutela de urgência diante da previsão de procedimentos distintos para a postulação da tutela cautelar ou antecipada em caráter antecedente.
2. Procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente: (arts. 305 a 310 do CPC)
2.1. Petição inicial: limitar-se ao pedido de tutela cautelar: art. 305, caput, e art. 319 CPC.
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303 .
2.2. Valor da causa: art. 308, parte final do caput, CPC.
Qual o valor da causa? Valor do próprio pedido principal
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
§ 3º Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334 , por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4º Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335 .
2.3. Fungibilidade: § único, art. 305 CPC.
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303 .
O magistrado adota o procedimento cabível de acordo com a natureza daquela tutela. É fungibilidade de mao dupla, serve da cautelar para antecipada e vice versa. 
2.4. Contestação: art. 306 CPC.
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.
· Prazo: 5 dias. 
· Conteúdo da contestação.
· Arguição de incompetência do juízo.
· Produção de provas.
· Objeto da prova?
· Revelia do pedido cautelar: art. 307 CPC.
· § único, art. 307 CPC: o sentido da norma.
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.
2.5. A formulação do pedido principal nos mesmos autos: art. 308 CPC.
· Prazo: 30 dias úteis. 
· Termo inicial do prazo: efetivação da tutela cautelar.
· Hipótese de cautelar concedida e não efetivada.
· Como contar o prazo de uma cautelar que se desdobra em vários atos constritivos???
2.6. Cessação da eficácia e vedação de renovação do pedido cautelar: art. 309 CPC.
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.
2.7. O reconhecimento da decadência ou prescrição no procedimento da cautelar antecedente: art. 310 CPC.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
TEMA 06: PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA
EM CARÁTER ANTECEDENTE
1. Procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente: (arts. 303 e 304 do CPC)
Possibilita que o requerente da medida possa ingressar com a tutela antecedente. 
O procedimento que o Código trás são com prazos distintos e procedimentos distintos. É importante identificar qual tipo de tutela provisória antecedente está postulando. 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334 ;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335 .
§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
 Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1º No caso previsto no caput , o processo será extinto.
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput .
§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º.
§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.
1.1. Petição inicial: limitar-se ao pedido de tutela antecipada: art. 303, caput, e art. 319 CPC.
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
	1.2. Necessidade de indicação do valor da causa:
Qual o valor da causa? - Será o valor da pretensão principal.
Necessidade de pagamento das custas processuais: art. 303, §3º, CPC – o aditamento é a formulação do pedido principal. Quando for formular o pedido principal, pode formular sem incidência de novas custas, pois já foram recolhidas. 
	1.3. Fungibilidade: § único, art. 305 CPC (a doutrina tem entendido que é de mão dupla).
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303 
Em síntese, se o requerente da medida pedir tutela cautelar e o magistrado entender que é tutela antecipada, ele poderá seguir de oficio o procedimento da antecipada. 
1.4. A formulação do pedido principal nos mesmos autos: 
Concedida a tutela antecipada: art. 303, §1º, I CPC. – tutela antecipada antecedente 
OBS: Na cautelar tem o prazo de 30 dias que conta-se a partir da efetivação da medida. Por exemplo, no dia que efetuou a penhora, conta 30 dias. 
Prazo: 15 dias úteis. 
Termo inicial do prazo: ciência da concessão.
Não efetivado o pedido no prazo: extinção sem resolução do mérito (art. 303, §2º, CPC).
Denegada a tutela antecipada: art. 303, §6º, CPC. – emenda da petição inicial em até 5 dias sob pena de ser indeferida e extinto. 
Prazo: 5 dias úteis. 
Termo inicial do prazo: ciência da concessão.
Não efetivado o pedido no prazo: extinção sem resolução do mérito (art. 303, §6º, CPC).
Na cautelar – cessa a eficácia da cautelar
Aqui, o processo é extinto.
1.5. Após formulação do pedido principal: art. 303, §1º, incisos II e III, CPC.
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334 ;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335 .
	1.6. A exigência do art. 303, §5º, CPC.
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
2. Especificamente a estabilização da tutela antecipada requerida em caráter antecedente: (arts. 304 do CPC)
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput .
§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º.
§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.
2.1. Art. 304, caput, CPC:	
Só pode ocorrer na tutela antecipada requerida em caráter antecedente (não se fala em estabilização de tutela cautelar ou de evidência).
Técnica importada do direito italiano e francês. 
É uma técnica monitória. 
Quando ocorre a estabilização: pela falta de recurso ou pela falta de impugnação??? Parte da doutrina fala que não seria necessário a interposição do recurso para a estabilização. Neffa descorda disso, acha que causa uma insegurança jurídica. Ver julgados abaixo.
E se o recurso for inadmitido??? A contestação intempestiva???
É possível a estabilização parcial???
	2.2. Art. 304, §1º, CPC: a extinção do processo em caso de estabilização da tutela antecipada.
Extinção COM ou SEM resolução do mérito???
2.3. Possibilidade de propositura por qualquer das partes de ação para modificar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada: art. 304, §§ 2º e 3º, CPC. 
Possibilidade de desarquivamento dos autos para instruir a ação de modificação (art. 304, §4º, CPC)
A extinção do direito de modificar a tutela estabilizada e a ausência de coisa julgada (art. 304, §§ 5º e 6º, CPC).
O art. 304 se refere-se ao 303, dizendo da tutela antecipada antecedente. Caso a tutela antecipada antecedente, seja concedida e caso o réu não impugne de alguma forma uma defesa, ficar inerte, a tutela antecipada se estabilizaria no tempo. O outro entendimento é que o réu deveria recorrer com um agravo de instrumento.  
O caput do 304 fala que se não recorre então o processo é extinto e os efeitos da tutela antecipada concedida se perpetuarão no tempo.  
O processo acaba mas os efeitos continuam sendo produzidos.  
Obs: isso foi um resumo da aula passada  
 
Esse item 2.3 fala que:  
No paragrafo 2 e 3, art. 304- O autor ou réu poderão ingressar com uma ação contra outra parte. O objetivo da ação é rever, reformar ou invalidar a tutela.  
Esses dispositivos estão dizendo que não tem como modificar uma tutela antecipada sem ser por essa ação autônoma, visando essa modificação.  
 
· Possibilidade de desarquivamento dos autos para instruir a ação de modificação (art. 304, §4º, CPC) 
Qualquer das partes pode requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a pet inicial que fala o paragrafo 2.  
Se for entrar com uma ação para rever a tutela antecipada que foi estabilizado, o juízo que proferiu essa tutela é prevento para julgar.  
 
· A extinção do direito de modificar a tutela estabilizada e a ausência de coisa julgada (art. 304, §§ 5º e 6º, CPC). 
Esses dispositivos foram muito criticados pela doutrina.  
O direito de rever, reformar, ou invalidar extingue-se após dois anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do parágrafo 1.  
Portanto, só poderá propor a ação no prazo de 2 anos, contados daquela ciência (intimado) da decisão que extinguiu o processo e que estabilizou a tutela.  
A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos efeitos so será afastada por decisão que a rever, reformar, etc. Isso quer dizer que não existe coisa julgada, mas após o prazo de 2 anos não pode mais modificar a estabilização da tutela.  
Boa parte da doutrina concorda com esse dispositivo, dizendo que o sistema não poderia permitir que uma decisão que foi decidida em cognição sumaria, poderia ser acobertada pelo manto preclusivo da coisa julgada. E essa foi a intenção do legislador.  
O juiz que proferiu a tutela esta prevento para julgar essa ação.  
JULGADOS:
Informativo nº 0639
Publicação: 1º de fevereiro de 2019.
TERCEIRA TURMA
	Processo
	REsp 1.760.966-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, por unanimidade, julgado em 04/12/2018, DJe 07/12/2018
	Ramo do Direito
	DIREITO PROCESSUAL CIVIL
	Tema
	Pedido de tutela antecipada. Caráter antecedente. Arts. 303 e 304 do CPC/2015. Ausência de interposição de agravo de instrumento. Contestação apresentada pelo réu. Efetiva impugnação. Estabilização da tutela antecipada. Não ocorrência.
	Destaque
	A tutela antecipada,concedida nos termos do art. 303 do CPC/2015, torna-se estável somente se não houver qualquer tipo de impugnação pela parte contrária.
	Informações do Inteiro Teor
	Inicialmente cumpre salientar que uma das grandes novidades trazidas pelo novo diploma processual civil é a possibilidade de estabilização da tutela antecipada requerida em caráter antecedente, disciplinada no referido art. 303. Nos termos do art. 304 do CPC/2015, não havendo recurso do deferimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente, a referida decisão será estabilizada e o processo será extinto, sem resolução do mérito. O referido instituto, que foi inspirado no référé do Direito francês, serve para abarcar aquelas situações em que as partes se contentam com a simples tutela antecipada, não havendo necessidade, portanto, de se prosseguir com o processo até uma decisão final (sentença). Em outras palavras, o autor fica satisfeito com a simples antecipação dos efeitos da tutela satisfativa e o réu não possui interesse em prosseguir no processo e discutir o direito alegado na inicial. A ideia central do instituto, portanto, é que, após a concessão da tutela antecipada em caráter antecedente, nem o autor e nem o réu tenham interesse no prosseguimento do feito, isto é, não queiram uma decisão com cognição exauriente do Poder Judiciário, apta a produzir coisa julgada material. Por essa razão é que, conquanto o caput do art. 304 do CPC/2015 determine que "a tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso", a leitura que deve ser feita do dispositivo legal, tomando como base uma interpretação sistemática e teleológica do instituto, é que a estabilização somente ocorrerá se não houver qualquer tipo de impugnação pela parte contrária. Sem embargo de posições em sentido contrário, o referido dispositivo legal disse menos do que pretendia dizer, razão pela qual a interpretação extensiva mostra-se mais adequada ao instituto, notadamente em virtude da finalidade buscada com a estabilização da tutela antecipada. Nessa perspectiva, caso a parte não interponha o recurso de agravo de instrumento contra a decisão que defere a tutela antecipada requerida em caráter antecedente, mas, por exemplo, se antecipa e apresenta contestação refutando os argumentos trazidos na inicial e pleiteando a improcedência do pedido, evidentemente não ocorrerá a estabilização da tutela. Ora, não se revela razoável entender que, mesmo o réu tendo oferecido contestação ou algum outro tipo de manifestação pleiteando o prosseguimento do feito, a despeito de não ter recorrido da decisão concessiva da tutela, a estabilização ocorreria de qualquer forma. Com efeito, admitir essa situação estimularia a interposição de agravos de instrumento, sobrecarregando desnecessariamente os Tribunais, quando bastaria uma simples manifestação do réu afirmando possuir interesse no prosseguimento do feito, resistindo, assim, à pretensão do autor, a despeito de se conformar com a decisão que deferiu os efeitos da tutela antecipada.
Informativo nº 0658
Publicação: 8 de novembro de 2019.
PRIMEIRA TURMA
	Processo
	REsp 1.797.365-RS, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. Acd. Min. Regina Helena Costa, Primeira Turma, por maioria, julgado em 03/10/2019, DJe 22/10/2019
	Ramo do Direito
	DIREITO PROCESSUAL CIVIL
	Tema
	Tutela antecipada concedida em caráter antecedente. Estabilização. Não interposição de agravo de instrumento. Preclusão. Apresentação de contestação. Irrelevância.
	Destaque
	Apenas a interposição de agravo de instrumento contra a decisão antecipatória dos efeitos da tutela requerida em caráter antecedente é que se revela capaz de impedir a estabilização, nos termos do disposto no art. 304 do Código de Processo Civil.
	Informações do Inteiro Teor
	A não utilização da via própria – agravo de instrumento – para a impugnação da decisão mediante a qual deferida a antecipação da tutela em caráter antecedente, tornará, indubitavelmente, preclusa a possibilidade de revisão, excetuando a hipótese da ação autônoma. Não merece guarida o argumento de que a estabilidade apenas seria atingida quando a parte ré não apresentasse nenhuma resistência, porque, além de caracterizar o alargamento da hipótese prevista para tal fim, poderia acarretar o esvaziamento desse instituto e a inobservância de outro já completamente arraigado na cultura jurídica, qual seja, a preclusão. Isso porque, embora a apresentação de contestação tenha o condão de demonstrar a resistência em relação à tutela exauriente, tal ato processual não se revela capaz de evitar que a decisão proferida em cognição sumária seja alcançada pela preclusão, considerando que os meios de defesa da parte ré estão arrolados na lei, cada qual com sua finalidade específica, não se revelando coerente a utilização de meio processual diverso para evitar a estabilização, porque os institutos envolvidos – agravo de instrumento e contestação – são inconfundíveis. Interpretação diversa acabaria impondo requisitos cumulativos para o cabimento da estabilização da tutela deferida em caráter antecedente: i) a não interposição de agravo de instrumento; e ii) a não apresentação de contestação. Ora, tal conclusão não se revela razoável, porquanto a ausência de contestação já caracteriza a revelia e, em regra, a presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte autora, tornando inócuo o inovador instituto. Outrossim, verifica-se que, durante a tramitação legislativa, optou-se por abandonar expressão mais ampla – "não havendo impugnação" (sem explicitação do meio impugnativo) – e o art. 304 da Lei n. 13.105/2015 adveio contendo expressão diversa – "não for interposto o respectivo recurso". Logo, a interpretação ampliada do conceito caracterizaria indevida extrapolação da função jurisdicional.
TUTELA DE EVIDÊNCIA 
 
Conceito: é uma técnica de aceleração do resultado do processo, mediante a qual o Estado protege direito que se mostra de forma tão evidente, que impõe uma rápida proteção jurisdicional.  
 
Ela é a proteção que o estado da para determinados tipos de situações que se colocam de forma clara para o magistrado, que justificariam a rápida proteção jurisdicional. 
O magistrado está protegendo o direito da parte que naquele momento se mostra com maior probabilidade de sair vencedora no processo, por conta disso, pe uma técnica de aceleração do processo.  
Ela dispensa o periculum in mora, e praticamneto todas as hipóteses de tutela de evidencia estarão previstas no art. 311.  
 
 A tutela de Evidência dispensa a demonstração do periculum in mora.
Art. 311, CPC
 
1.2.      Objetivo 
Prestar maior efetividade a tutela jurisdicional.  
 
1.3.      Natureza 
Se a pessoa concorda com a ideia de que a tutela de evidencia poderia ter natureza acautelatória, o que estaria sustentando é que a cautelar poderia ser concedida sem a demonstração do periculum in mora.  
Nesse caso, a natureza só pode ser satisfativa. Até pelas hipóteses de cabimento.  
 
1.4. Incidente: não há previsão legal para a postulação de tutela de evidência antecedente.  
 
A tutela de evidencia ela será sempre incidental, ela não pode ser proposta ou requerida de forma antecedente, não existe previsão legal para isso.  
 
1.5. Cognição sumária: sempre concedida em caráter provisório. 
Isto é, em caráter provisório. Assim como a antecipada, deverá ser conformada após a sua concessão.  
 
1.6. Requisitos  
· Requerimento da parte.  
O juiz via de regra, não pode conceder de ofício.  
 
· Uma das hipóteses do art. 311 CPC. 
· Art. 311, inc. I: a tutela será concedida independente do perigo de dano (periculum in mora) ou do risco do resultado útil do processo. Quando ficar demonstrado o abuso do direito de defesa ou manifesto proposito protelatório do  réu.  
O legislador quis que quando tiver esse caso, seja dado  essa tutela provisória.  
 
· Tutela Provisória Sancionatória. 
Ela é chamada assim pois o intuito é penalizar aquele réu que abuso do direito de defesa. o abuso de defesaé aquela defesa que não tem fundamento jurídico.  
Ex: caso de responsabilidade objetiva e que independe da demonstração de culpa, e o réu ficar discutindo culpa e dolo.  
 
Manifesto proposito protelatório, é ficar colocando empecilhos.  
Ex: oficial de justiça entrega a intimação e ele não assina, fica demorando, atrasando o processo, etc.  
 
· E se nessas situações a matéria for só de direito??? 
Quando não tem mais prova a produzir. Nesse caso o juiz não da uma tutela, pois nesse caso é para julgar antecipado a lide. Pois não tem mais provas a ser produzidas.  
Art. 355, I, cpc.  
 
· Art. 311, inc. II: quando as alegações de fato pouderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver teses firmados em caso repetitivo e sumula vinculante.  
 
Aqui sim, estamos diante de um forte grau de probabilidade de direito.  
 
· Forte grau de probabilidade do direito. 
· Exigência de 2 requisitos cumulativos: 
· Suficiência da prova documental para provar os fatos que fundamentam a inicial. 
 
· Tese firmada em casos repetitivos ou súmula vinculante. 
 
· Art. 311, inc. III. Quando se tratar de pedido repersecutorio fundado em prova documental adequada do contrato de deposito.  
·  
Nno código passado tínhamos a ação de deposito, quando entrou o código de 2015 ela foi extinta. Ela servia para obter a restituição da cosia depositada. Então, lá no codigo de 73 quando aquele que depositou a coisa tivesse prova do depostito e o depositário não quisesse devolver, o juiz já decretava a busca e apreensão, e ainda com a prisão do depositário.  
Nesse código atual não existe isso mais. Mas colocou como hipótese de tutela a restituição da coisa depositada, quando tiver prova documental do contrato de deposito, ou seja, depositou uma coisa e não conseguiu pegar de volta.  
É a possibilidade para a parte que consegue demostrar que depositou e que não consegue obter a restituição, provando isso consegue a tutela.  
  
· Art. 311, inc. IV: quando a petição foi instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não ponha prova capaz de gerar dúvida razoável.  
 
· Exigência de 2 requisitos cumulativos: 
· Suficiência da prova documental sobre os fatos constitutivos do direito do autor. 
· Ausência de prova do réu capaz de gerar dúvida razoável. 
 
· Art. 311, § único:  
· Possibilidade de concessão de medida liminar nas hipóteses dos incisos II e III. 
 
Não podemos confundir a impossibilidade de concessão de tutela de evidência antecedente, com a possibilidade ou não de uma liminar. A tutela de evidência possibilita a concessão de liminar, desde que seja nas hipóteses dos incisos II, III do CPC. Pois nas demais hipóteses não tem como a liminar ser concedida.  
Ex: inciso I. como vai conceder uma liminar s precisa ver a atitude do réu para só depois saber se teve o abuso de direito de defesa, por conta disso não pode ter liminar.  
Ex: inciso IV. Precisa esperar o réu se manifestar para ver se o réu vai trazer uma prova que traga duvida razoável. Por conta disso não cabe liminar nessa hipótese.  
 
Ex: vou ingressar como uma ação de reintegração posse, e tenho duas escolhas, ou vou ingressar com uma ação de vai tramitar prelo procedimento comum ou pelo procedimento especial.  
Essa ação só poderá ser proposta pelo procedimento comum quando a agressão a posse ocorreu a mais de um ano e um dia, que vai ser uma possessória de força velha e ela é proposta por meio de um procedimento comum, por outro lado, se a agressão da posse ocorreu no prazo de um ano e um dia deve ser proposta pelo procedimento especial.  
A grande diferença de um procedimento para o outro é a liminar. Pois no procedimento comum tem que pedir uma tutela antecipada, e essa tutela antecipada ela estaria sujeita aos pressupostos da tutela antecipada, que é o fumus bom iuris, periculum in mora.  
Por outro lado, nesse procedimento especial de reintegração de posse para obter uma liminar de reintegração de posse, só preciso provar a agressão a posse e que ocorreu dentro do prazo, assim estamos diante de uma medida de natureza satisfativa e que dispensa o periculum in mora, ou seja, é uma tutela de evidência que esta fora do artigo 311 do CPC.

Outros materiais