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Contabilidade de custos tcc

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO 
SUL 
 
DECON – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE 
 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS 
NA EMPRESA RECARGA DE EXTINTORES E 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PANAMBI LTDA 
(Trabalho de Conclusão de Curso) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acadêmica: Marlene Beilfuss 
 
 
Profª Orientadora: Ms. Eusélia Paveglio Vieira 
 
 
 
 
 
 
 
Ijuí (RS), junho/2010 
2 
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO SUL 
 
DECON – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE 
 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS 
NA EMPRESA RECARGA DE EXTINTORES E 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PANAMBI LTDA 
 
 
 
 
Trabalho apresentado para a obtenção do 
título de Bacharel em Ciências Contábeis, 
junto a Universidade Regional do 
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. 
 
 
 
 
 
 
Acadêmica: Marlene Beilfuss 
 
Profª Orientadora: Ms. Eusélia Paveglio Vieira 
 
 
 
 
 
 
Ijuí (RS), junho/2010 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a Deus por me conceder o dom maior, a vida, e pela alegria deste 
dia: Obrigada Senhor. 
 
Agradeço a minha família, pelo apoio, pelo incentivo diante das dificuldades 
encontradas durante a minha jornada. A eles muito obrigada pela paciência e 
compreensão. 
 
A todos os professores e professoras, pela dedicação, pelos ensinamentos 
que levarei comigo. Em especial agradeço minha professora orientadora MSc. 
Eusélia Paveglio Vieira, pela paciência, dedicação que recebi durante o 
desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão do Curso. 
 
Aos meus colegas e amigos, divertimos, estudamos, lutamos, conquistamos e 
vencemos mais uma fase, de agora em diante ficará a lembrança e a saudade. 
 
Enfim, agradeço ao casal proprietário da empresa pela disponibilidade, 
cuidado e provimento de dados, que sem isto o trabalho de conclusão do curso não 
seria possível ser realizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO.............................................................................................................9 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ...................... ......................................... 11 
1.1 Área do Conhecimento ................................................................................. 11 
1.2 Caracterização da Entidade ......................................................................... 11 
1.3 Problematização do Tema...........................................................................13 
1.4 Objetivos ...................................................................................................... 15 
1.4.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 15 
1.4.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 15 
1.5 Justificativa ................................................................................................... 16 
1.6 Metodologia .................................................................................................. 16 
1.6.1 Classificação da Pesquisa ............................................................................ 17 
1.6.2 Método de Pesquisa Científica do Ponto de Vista de sua Natureza ...... 17 
1.6.3 Método de Pesquisa do Ponto de Vista dos seus Objetivos ................... 18 
1.6.4 Método de Pesquisa do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos . 18 
1.6.5 Plano de Coleta de Dados ............................................................................ 19 
1.6.6 Instrumentos de Coleta de Dados ................................................................ 20 
1.6.7 Plano de Análise e Interpretação dos Dados ............................................. 21 
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ........................... ................................................... 22 
2.1 Contabilidade ............................................................................................... 22 
2.1.1 Finalidades da Contabilidade ........................................................................ 23 
2.1.2 Aplicação da Contabilidade ........................................................................... 23 
2.2 Contabilidade de Custos .............................................................................. 24 
2.2.1 Objetivos da Contabilidade de Custos ........................................................ 26 
2.3 Custos com Mão-de-obra ............................................................................. 27 
2.3.1 Mão-de-obra Direta ........................................................................................ 28 
 
 
 
 
 
5 
2.3.2 Mão-de-obra Indireta ...................................................................................... 31 
2.4 Classificação dos Custos ............................................................................. 32 
2.4.1 Custos Diretos ou Primários ......................................................................... 32 
2.4.2 Custos Indiretos .............................................................................................. 33 
2.4.3 Custos Fixos .................................................................................................... 34 
2.4.3.1 Custos com Depreciação ....................................................................... 36 
2.4.4 Custos Variáveis ............................................................................................. 38 
2.4.5 Custo-padrão ................................................................................................... 40 
2.5 Método de Custeio ....................................................................................... 41 
2.5.1 Custeio por Absorção ..................................................................................... 42 
2.5.2 Custeio Variável .............................................................................................. 43 
2.6 Formação do Preço de Venda ..................................................................... 46 
2.6.1 Formação do Mark-up .................................................................................... 49 
2.7 Apuração da Margem de Contribuição ......................................................... 50 
2.8 Ponto de Equilíbrio ....................................................................................... 52 
2.9 Margem de Segurança Operacional............................................................. 55 
3 GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS NA EMPRESA RECARGA 
DE EXTINTORES E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO: Estudo de Caso ............ 56 
3.1 Descrição das Atividades da Empresa ............................................................. 56 
3.2 Custo de Aquisição das Mercadorias ............................................................... 59 
3.2.1 Custo de Aquisição dos Produtos para Venda ......................................... 59 
3.2.2 Custo de Aquisição das Matérias Primas para os serviços ....................... 61 
3.3 Despesas Mensais ........................................................................................... 63 
3.3.1 Despesas com Pessoal ............................................................................. 63 
3.3.2 Despesas com Depreciação ..................................................................... 64 
3.3.3 Total das Despesas Mensais .................................................................... 65 
3.4 Formações dos Preços de Venda dos Produtos e Serviços ............................ 70 
3.4.1 Preço de Venda Orientativo ...................................................................... 73 
3.4.2 Preço de Venda Mínimo ............................................................................ 75 
3.4.3 Comparações entre Preço de VendaAtual com o Preço Orientativo e o 
Preço Mínimo ..................................................................................................... 77 
3.5 Análises da Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de 
Segurança ............................................................................................................. 79 
3.5.1 Margem de Contribuição pelo Preço de Venda Atual................................ 80 
 
 
 
6 
3.5.1.2 Margem de Contribuição pelo Preço de Venda Orientativo .................. 82 
3.5.2 Ponto de Equilíbrio .................................................................................... 85 
3.5.2.1 Ponto de Equilíbrio pelo Preço de Venda Atual ..................................... 85 
3.5.2.2 Ponto Equilíbrio pelo Preço de Venda Orientativo .................................. 88 
3.5.3 Margem de Segurança .............................................................................. 90 
3.5.3.1 Margem de Segurança Operacional Preço de Venda Atual ................. 90 
3.5.3.2 Margem Segurança Operacional Preço de Venda Orientativo ............. 92 
3.6 Levantamentos das Principais Informações que o Sistema de Custos 
Proporciona para o Gerenciamento da Organização ............................................. 94 
3.6.1 Apuração do Resultado baseado Preço Venda Atual .............................. 94 
3.6.2 Apuração do Resultado com base Preço Orientativo ................................ 97 
CONCLUSÃO ......................................... ................................................................ 100 
BIBLIOGRAFIA ...................................... ................................................................ 102 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1: Numero Maximo de horas a disposição por ano..................... 27 
Quadro 2: Base para Cálculo do Custo com Pessoal................................................ 28 
Quadro 3: Numero de horas que o Trabalhador Oferece à Empresa....... 28 
Quadro 4: Taxa de depreciação............................................................... 35 
Quadro 5: Custeamento Variável x Custeamento por Absorção............. 43 
Quadro 6: Custo de Aquisição dos Produtos........................................... 59 
Quadro 7: Custo da Matéria Prima dos Serviços..................................... 61 
Quadro 8: Despesas com Pessoal........................................................... 63 
Quadro 9: Despesas com Depreciação................................................... 64 
Quadro 10: Despesas Médias do Período................................................ 65 
Quadro 11: Preço Venda Atual x Quantidade Venda Média Mensal......... 66 
Quadro 12: Formação Mark-up.................................................................. 69 
Quadro 13: Formação do Preço de Venda Orientativo.............................. 72 
Quadro 14: Formação do Preço de Venda Mínimo sem Lucro.................. 74 
Quadro 15: Comparação Preço Praticado c/Preço Orientativo e Mínimo.. 76 
Quadro 16: Margem de Contribuição Unitária e Total pelo Preço Atual.... 78 
Quadro 17: Margem Contribuição pelo Preço Venda Orientativo.............. 80 
Quadro 18: Ponto de Equilíbrio baseado no Preço Venda Atual............... 82 
Quadro 19: Ponto de Equilíbrio Baseado Preço venda Orientativo........... 84 
Quadro 20: Margem de Segurança Operacional p Preço Venda Atual..... 86 
Quadro 21: Margem de Segurança Operacional p Preço Orientativo....... 88 
Quadro 22: Apuração Resultado baseado Preço Venda Atual.................. 90 
Quadro 23: Apuração Resultado Baseado Preço venda Orientativo......... 93 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS 
 
Figura 1: Organograma da Empresa........................................................ 13 
Figura 2: Coleta do Dado para Informação............................................... 25 
Figura 3: Classificação dos Custos em Diretos e Indiretos...................... 34 
Figura 4: Classificação dos Custos........................................................... 40 
Figura 5: Fluxograma dos produtos.......................................................... 56 
Figura 6: Fluxograma do processo recarga conforme Normas Inmetro... 57 
Gráfico1: Despesas médias mensais........................................................ 65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
As organizações sempre estão em constantes transformações, batalhando 
em busca da eficiência e produtividade e, para isso, aliam-se nas informações 
proporcionadas pela gestão de custos, onde os gestores retiram informações 
preciosas para alcançarem o menor custo possível para seus produtos e serviços, 
obtendo um retorno que possibilite a sua manutenção e permanência no mercado 
competitivo. 
 
Neste contexto, o objetivo deste de trabalho de conclusão de curso foi 
apresentar uma metodologia de Gestão de Custos e Formação de Preços na 
empresa Recarga de Extintores e Equipamentos de Proteção Ltda, localizada na 
cidade de Panambi (RS), revendo os custos de seus produtos e serviços prestados. 
 
Primeiramente o trabalho de conclusão de curso demonstra a descrição do 
estudo que aborda o tema, que se refere a uma metodologia de Gestão de Custos e 
Formação de Preços na empresa Recarga de Extintores e Equipamentos de 
Proteção Panambi Ltda, seguido da caracterização da entidade. Posteriormente, 
apresenta-se o problema do estudo que se direciona em pesquisar como a Gestão 
de Custos e a Formação de Preços, pode ajudar a empresa na forma de apurar os 
custos dos produtos por ela comercializados e serviços oferecidos, bem como na 
formação do preço de venda dos mesmos, acompanhado dos objetivos geral e 
específicos, da justificativa e da metodologia, considerando os aspectos 
relacionados à metodologia a ser aplicada no estudo, a disposição da pesquisa, e os 
dados coletados. 
 
 
 
10 
No segundo momento, apresenta-se a revisão bibliográfica, que dá suporte e 
implementa tudo aquilo exposto na contextualização do estudo. Iniciando pela 
contabilidade, gestão de custos, custo dos produtos e custo dos serviços oferecidos, 
quanto à classificação dos custos, ao método de custeio, a formação do preço dos 
produtos vendidos e serviços prestados, apuração da margem de contribuição, 
ponto equilíbrio, margem de segurança operacional e depreciação. A contemplação 
desses conceitos e informações foi essencial para execução do estudo aplicado na 
prática. 
 
No capítulo terceiro deste relatório consta o estudo aplicado desenvolvido na 
empresa, desde a descrição das atividades, ou seja, todo o fluxo do serviço de 
recarga , bem como a entrada dos produtos na Empresa, seguido dos cálculos do 
custo com matéria-prima, custo com pessoal, depreciação, apuração despesas 
mensais, Mark-up, formações dos preços orientativos, mínimos, comparações entre 
o preço praticado e orientativo, análises das margens de contribuição, ponto 
equilíbrio , margem de segurança operacional e as devidas apurações de resultado 
pelo preço praticado e pelo preço orientativo. 
 
Finalmente, o trabalho apresenta o cronograma das ações aplicadas e a 
bibliografia consultada na sua realização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
 
Na contextualização está relatada a Área do Conhecimento, Caracterização 
da Entidade, Problematização, Objetivos Geral, Objetivos Específicos, Justificativa e 
a Metodologia. 
 
1.1 Área do Conhecimento 
 
 Este estudo foi realizado em uma das possibilidades de atuação do bacharel 
em Ciências Contábeis, que é a Contabilidade de custos, tendo como tema a 
proposição de uma Gestão de Custos e Formação de preços na empresa Recarga 
de Extintores e Equipamentos de Proteção Panambi Ltda.1.2 Caracterização da Entidade 
 
A empresa Recarga de Extintores e Equipamentos de Proteção Panambi 
Ltda, iniciou suas atividades no ano de 2007, é constituída por dois sócios, e o 
enquadramento fiscal é optante pelo simples nacional. No ano de 2007 os sócios 
proprietários e fundadores, Joares da Silva e Maria Reuter da Silva, iniciaram suas 
atividades em Panambi, mantendo residência na cidade próxima de Cruz Alta/RS, 
de onde diariamente o sócio Joares se deslocava até Panambi para gerenciar seu 
negócio. 
 
Até então, ambos os sócios atuavam apenas como funcionário de uma 
empresa na cidade origem, o casal no intuito de ter seu próprio negócio, apostaram 
na área da qual já tinha conhecimento e pesquisando o mercado local, concluíram a 
viabilidade do negócio. 
 
Em julho de 2008 o casal transferiu definitivamente sua residência para a 
cidade onde o negócio funciona, agora com auxilio da sócia Maria, e mais dois 
colaboradores o que contribui para o desenvolvimento do negócio da organização. 
 
12 
Com a idéia de reinvestir todo valor adquirido dentro da própria empresa o sócio 
Joares no inicio do segundo semestre de 2008, retorna a ser empregado em outra 
empresa, na própria cidade de Panambi /RS, para o sustento familiar, deixando o 
gerenciamento para sua sócia Maria, enquanto ele auxilia após seu expediente, na 
organização e dificuldade encontradas pela equipe que trabalha na organização. 
 
O serviço principal é a recarga de extintores. É o que consideram a parte mais 
lucrativa do negócio, bem como venda de diversos equipamentos de segurança e 
prevenções de incêndio, dos quais se pode destacar os calçados de segurança nos 
diversos números, as luvas e também os extintores novos. A empresa mantém um 
pequeno estoque, já que a logística atual permite em pouco tempo o pronto 
atendimento de pedidos para seus clientes. 
 
O serviço de recarga de extintores é um processo bem monitorado e liberado 
somente mediante certificado do Inmetro o que qualifica o serviço através do selo 
de qualidade, no qual consta o prazo de validade, todo o serviço inicia com a 
retirada do extintor no cliente, emite-se uma ordem de serviço para definir o tipo de 
manutenção a ser realizada, existe a manutenção 1º, 2º e 3º nível, sendo que a 
ultima envolve o processo de decapagem do recipiente e posteriormente o teste 
hidrostático e pintura com a retirada da pressão e do pó, que pode ser descartado 
ou reutilizado conforme a procedência, ou melhor a empresa adquiriu uma maquina 
que pode tratar o pó para ser reutilizado por mais de 4 anos, uma vez tratado dentro 
das normas de exigência do Inmetro, trará maiores lucros no futuro, desde que 
mantenha os clientes durante esse período, após feito a seleção do pó é feito a 
desmontagem do extintor, para conferir e testar as peças reutilizáveis, fazer a 
limpeza e trocar os anéis da borracha, somente após este processo é confeccionada 
a nova recarga que ocorre dentro de uma cabine que controla a umidade do ar, pois 
a umidade é a grande rival do pó, e após a carga efetiva, é feito a pesagem em uma 
balança zerada que pode pesar as diferentes recargas, entre elas 2kg até 14kg 
conforme a necessidade, e finalmente depois de fechado o extintor é pressurizado 
(colocar pressão) que é feito em uma maquina que marca com precisão a pressão 
que deve atingir, o que fica registrado no manômetro, ainda existe o extintor que tem 
mangueira a qual é substituída por uma nova, finaliza-se com o teste de qualidade, 
feito dentro de uma tanque com água, por um determinado tempo para ver se tem 
13 
vazamento, o que então permite a selagem e assim estará pronto para 
revenda.Todo esse serviço só pode ser executado por funcionários com devido 
treinamento, o qual é inspecionado por um técnico que é o sócio Joares, ele, é 
devidamente credenciado pelo Inmetro. A sócia Maria tem a função de assessorar 
nas atividades da empresa, onde tem mais conhecimento, tanto na parte 
administrativa como na relacionada as vendas dos produtos e serviços. 
 
 
 
Figura 1: Organograma da Empresa 
Fonte: Dados conforme pesquisa 
 
 
 Segundo organograma apresentado na figura 1, a empresa é composta por 
um sócio gerente, um sócio administrador e mais dois colaboradores. A empresa 
possui um setor compras, vendas, financeiro e serviços. Quem administra a empresa 
são seus sócios, sendo Maria mais a nível operacional e tático, tendo no estratégico 
o auxilio do sócio Joares. 
 
1.3 Problematização do Tema 
 
 A contabilidade de custos é uma parte do sistema de informações 
contábeis, nela se busca a base para o desempenho administrativo e operacional, 
onde são calculados e demonstrados os meios viáveis para reduzir custos e 
SÓCIO 1 
GERENTE 
SÓCIO 2 
ADMINIST 
SERVIÇOS FINANCEIRO VENDAS COMPRAS 
FUNCIONARIO 
INTERNO 
VENDEDOR 
EXTERNO 
14 
controlar as despesas, o que possibilita um planejamento, orçamento e controle 
mais coerente na tomada de decisões. 
No mercado competitivo, cada vez mais é exigida qualidade e tecnologia nos 
serviços, acompanhamento por preços mínimos nas vendas dos produtos, tornado 
necessário o aprimoramento contínuo de seus instrumentos de gestão. Nesta 
análise, o profissional Contador, precisa ser um assessor para indicar a forma 
efetiva de apurar custos, tornado estas informações instrumentos necessários para 
melhor gerenciar os custos dos serviços e produtos revendidos, estar a par dos 
preços da concorrência, para perceber se o preço de venda orientativo, pode ser 
alterado dentro do orçado e planejar estratégias para adaptar sua estrutura de 
custos e formar preços competitivos no mercado. 
A empresa em estudo Recarga de Extintores e Equipamentos de Proteção 
Panambi Ltda, não possui um sistema de custos, apura os custos dos produtos 
revendidos pela compra mais o frete, e sobre esse total aplica-se um percentual 
direto que resulta no preço de venda, e quanto aos serviços seu preço é composto 
pela matéria prima, o tempo hora que leva para concluir o serviço e sobre o 
resultado desta adição, aplica-se um percentual determinado pelo empresário. Neste 
contexto, observa-se que a forma de cálculo está deficiente, tanto na formação do 
custo dos serviços quanto no calculo do preço de venda de seus produtos e 
serviços, sabendo que existem outros fatores a serem considerados. 
A análise deste caso pretende auxiliar a empresa no sentido de apurar melhor 
seus custos de serviços e dos produtos, bem como, auxiliar na formação de preços 
de venda. Sendo a contabilidade de custos, uma ferramenta encontrada pela 
contabilidade para auxiliar no planejamento e análise desses processos, foi 
desenvolvido a apuração mediante adoção, dos métodos de custeio por absorção e 
custeio variável, evidenciando os meios de formar o preço de venda ideal, preço de 
venda mínimo e preços de seus serviços, apontando se o serviço ou o produto 
contribuem com a maior margem, além de ajudar analisar demais informações, 
como o ponto de equilíbrio, a margem de segurança, entre outros dados que podem 
contribuir os gestores, no gerenciamento mais seguro e próximo da realidade e que 
proporcione resultados positivos na organização. 
15 
Neste sentido, conforme o exposto questiona-se: Qual é a contribuição da 
gestão de custos e formação de preços para que os gestores tenham subsídios no 
gerenciamento das atividades da empresa Recarga de Extintores e Equipamentos 
de Proteção? 
 
1.4 Objetivos 
 
Com objetivo da empresa aprimorar seu sistema de custos foi definido o 
objetivo geral e os objetivos específicos. 
 
1.4.1 Objetivo Geral 
 
Propor um modelo de gestão de custos e preços na empresa Recarga de 
Extintores e Equipamentos de Proteção, que proporcione informações relevantes 
para atender a deficiência existente na formulação de seus cálculos. 
 
1.4.2 Objetivos Específicos 
 
⇒ Revisão bibliográfica referentecustos, gestão de custos, formação de 
preços e análise do custo, volume lucro; 
⇒ Mapear os serviços prestados empresa; 
⇒ Apurar o custo de compra de mercadorias; 
⇒ Levantar as despesas operacionais e administrativas da empresa; 
⇒ Calcular o preço de venda orientativo, o preço mínimo e preços para 
negociações especiais com a analise do custo, volume e lucro; 
⇒ Identificar as informações que o sistema disponibiliza para qualificar o 
processo de negociações com clientes e avaliação de desempenho da 
atividade 
 
 
 
16 
1.5 Justificativa 
 
O motivo principal deste estudo foi demonstrar a importância de um sistema 
de Gestão de Custos e Formação de Preços de venda, para melhor condução do 
negócio, tendo informações com a devida qualidade para poder atingir um 
desempenho a um menor custo, ganhando lucratividade e competitividade no 
mercado. 
 
O estudo para a empresa, trouxe muitos benefícios, pela implantação da 
forma de apurar o custo unitário e total de cada tipo produto comercializado, bem 
como uma maior segurança no calculo do custo dos serviços prestados, uma vez 
que produtos e serviços apresentam custos diferenciados. Com essas informações a 
empresa tem a possibilidade de determinar o preço de venda do produto, preço dos 
serviços, apurar a margem de contribuição, ponto de equilíbrio, contribuindo 
satisfatoriamente na tomada das decisões estratégicas e operacionais da empresa. 
 
Para mim, enquanto formanda do curso, foi o momento de aplicar a teoria 
estudada na realidade de uma empresa, e aprofundar os conhecimentos construídos 
durante os vários anos em estudo e no exercício da profissão Contábil 
 
Para o Curso de Ciências Contábeis da Unijui, é um estudo desenvolvido na 
área de gestão de custos e formação de preços, aplicado em um tipo de negócio 
que até então foi pouco explorado pelos colegas, e poderá contribuir com os outros 
estudantes que tiverem interesse nesse tipo de atividade e nessa área de 
conhecimento. 
 
1.6 Metodologia 
 
A metodologia do trabalho consiste em detalhar as formas e os processos 
utilizados na Contabilidade de custos. O estudo foi desenvolvido com o objetivo de 
propor um sistema de Gestão de custos e formação de preços na empresa em 
estudo. 
 
17 
1.6.1 Classificação da Pesquisa 
 
 
Nesta etapa, com o assessoramento, pesquisa e estudo, o trabalho de 
conclusão possibilita desenvolver um relatório seguro fundamentado pela 
metodologia de um sistema de apuração de Custos e Formação de Preços de 
Venda e Serviços Prestados para a empresa em estudo. 
 
Nesse contexto, conforme o artigo 8º do Regulamento do Trabalho de 
Conclusão de Curso da Unijui, citado por Kroetz (2009), o tema deste estudo deu 
origem a um relatório técnico científico, decorrentes de estudos e ou pesquisas 
ligadas envolvendo temas, questões, hipóteses ou outras situações ligadas ao 
campo do conhecimento contábil. 
 
1.6.2 Método de Pesquisa Científica do Ponto de Vis ta de sua Natureza 
 
 
A pesquisa científica do ponto de vista de sua natureza pode ser básica ou 
aplicada, conforme Roesch (1999) na pesquisa básica procura-se entender e 
explicar os acontecimentos. As questões básicas de pesquisa surgem de tradições 
oriundas das disciplinas específicas e as contribuições para a ciência tomam a forma 
de teorias, que esclarecem o fenômeno sob investigação. Os pesquisadores testam 
e geram novas teorias, porém, a pesquisa básica não é apropriada para o estágio 
profissional, pois o objetivo maior é um trabalho dirigido para a prática. Na pesquisa 
aplicada, os pesquisadores operam com problemas humanos. Entender a natureza 
de um problema para controlar o ambiente. A origem das questões de pesquisa é 
enfocada em problemas e preocupações das pessoas com idéia voltada para gerar 
soluções possíveis para os problemas humanos, com o propósito de entender como 
lidar com um problema, discuti-lo e utilizar um referencial teórico de determinado 
estudo, para apresentar soluções alternativas. 
 
Quanto ao tema estudado, qualifica-se como pesquisa aplicada, sendo que, a 
sugestão em estudo, foi indicar a implantação de um sistema de custos de produtos 
e serviços, bem como adotar métodos eficazes na formação de preço de venda, 
18 
para a qual houve estudo de aplicação teórica - prática envolvendo a empresa 
estudada. 
 
1.6.3 Método de Pesquisa do Ponto de Vista dos seus Objetivos 
 
Toda e qualquer classificação se faz mediante algum critério. Assim, é 
possível classificar com relação ao objetivo da pesquisa em três grupos: 
exploratórias, descritivas ou explicativas. 
 
Conforme Gil (2002), a pesquisa exploratória tem como objetivo ajustar maior 
familiaridade com o problema, com vistas a torná-los mais claro ou a estabelecer 
teorias. Afirma-se que, essas pesquisas apresentam como objetivo principal o 
aperfeiçoamento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é 
bastante flexível, de modo que permite realizar as considerações dos mais variados 
aspectos relativos ao fato estudado. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas 
com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e 
análise de exemplos que estimulem a compreensão. 
 
O tema estudado se caracterizou como pesquisa exploratória, pois envolveu 
levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas que atuam na prática com o 
problema pesquisado. 
 
1.6.4 Método de Pesquisa do Ponto de Vista dos Proc edimentos Técnicos 
 
Com relação aos procedimentos técnicos, a pesquisa pode ser classificada 
como bibliográfica documental e estudo de caso. 
 
Conforme Gil (2002, p.63) “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base 
em material já elaborado, apresentando principalmente livros e artigos científicos.” 
Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas 
bibliográficas. 
 
19 
As pesquisas sobre os vários assuntos, assim como as que se indicam a 
avaliar os diversos estilos de um problema, ao mesmo tempo costumam ser 
ajustadas quase que somente mediante fontes bibliográficas. A pesquisa 
documental utiliza-se de materiais que não ganharam ainda um tratamento analítico, 
ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. 
Enquanto na pesquisa bibliográfica as fontes são formadas especialmente por 
material impresso encontradas nas bibliotecas, na documental, as fontes são mais 
variadas e espalhadas, localizadas em órgãos públicos e instituições privadas, são 
exemplos as associações científicas, sindicatos, partidos políticos etc. 
 
Entre os vários procedimentos técnicos no qual o trabalho se enquadrou, 
como sendo uma pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso. 
 
1.6.5 Plano de Coleta de Dados 
 
O levantamento de dados referente custos de produtos, serviços e formação 
de preços, foi colhida através de interrogações na forma de entrevista 
despadronizada com os gerentes da empresa, para que se construíssem os 
objetivos propostos, a investigação apoiu-se em livros, apostila e internet, durante o 
período de julho/2009 a maio/2010. 
 
Para Gil (2002) as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação 
direta das pessoas, acerca do problema estudado para mediante análise 
quantitativa, obter-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. 
 
A entrevista foi necessária para o conhecimento da dificuldade e implantação 
do projeto, isso resultou em uma análise da situação atual com a solução proposta, 
que pôde ser apresentada em forma de relatórios, gráficos, tabelas que facilitem a 
compreensão, visualização para o desenvolvimento e aplicação da solução do 
problema. 
 
20 
1.6.6 Instrumentos de Coleta de Dados 
 
O instrumento de coleta de dados, segundo Roesch (1999) na pesquisa 
quantitativa os processos de coleta e análise, ambas estão relacionadas, pois o 
modo como os dados são coletados define o tipo de análise que é possívelrealizar. 
Os principais instrumentos de forma primária são: observação, entrevista, os testes e 
o questionário. 
 
No caso em estudo, conforme Roesch (1999,) primeiramente foi utilizado 
instrumento de observação, em intervalos regulares para verificar a situação, os 
processos e utilização do tempo em situação de trabalho, o que possibilitou estudar 
e revisar a alocação dos recursos empenhados. A entrevista foi o segundo 
instrumento utilizado no estudo e segundo Roesch (1999,) entrevistas são 
largamente utilizadas em pesquisa de mercado e pesquisa de opinião, o que entra 
em conformidade com o meio adotado neste estudo, o diálogo foi usado na 
entrevista, pode-se dizer que ele abre novos horizontes para o pesquisador, e, 
sobretudo foi realizado com objetivo de coletar toda realidade da funcionalidade da 
organização. 
 
Com o alvo de conhecer todo processo da organização, é aceitável 
pronunciar que o instrumento de coleta de dados está sujeito ao objetivo que se 
pretende alcançar. Também utilizou-se da análise documental, envolvendo notas 
fiscais, extratos, balancetes sendo a base na coleta dos dados e informações da 
organização. 
 
A entrevista foi despadronizada, pois pretendeu saber como e por que algo 
ocorre, através de perguntas simples respondidas dentro de um diálogo informal, 
não existindo um roteiro, apenas questionamentos constantes na medida em que se 
fez necessário esclarecimentos para o alcance do objetivo. 
 
 
 
21 
1.6.7 Plano de Análise e Interpretação dos Dados 
 
Conforme Roesch (1999, p.128), o tipo de dado coletado delimita as 
possibilidades de análise. Nesta seção sugere-se que o aluno imagine como fará a 
descrição e análise dos resultados de seu estágio. Poderá prever a utilização de 
gráficos, tabelas e estatísticas. Pensar a análise ajuda a criticar a própria coleta de 
dados. 
 
O plano de interpretação e análise dos dados possibilita trabalhar todo 
material colhido, e deve ser suficiente para dar suporte ao problema exposto. É 
nessa fase que foi demonstrado o resultado do trabalho de conclusão de pesquisa, 
levantando os dados, classificando os mesmos, foi apurado o custo dos produtos e 
serviços, formado o preço de venda ideal, preço de venda mínimo entre outras 
informações para a gestão da organização. Para essa demonstração foram 
utilizados gráfico, planilhas, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 
 
Neste momento demonstra-se a revisão bibliográfica, que foi alcançada 
através de pesquisa em obras de diversos autores, nas revistas, artigos e na 
internet, que conceituassem os diversos campos de atuação da Contabilidade, 
Contabilidade de Custos e demais temas relacionados ao assunto, para o 
embasamento e desenvolvimento do projeto. 
 
Conforme Kroetz (2009, p.39), neste item, o proponente deverá elaborar uma 
pesquisa bibliográfica contendo os vários enfoques teóricos que fundamentam a 
área do conhecimento que embasam a busca de soluções à problemática por ele 
definida no estudo. 
 
2.1 Contabilidade 
 
 A Contabilidade tem a função de prestar informações e sendo um conjunto de 
conhecimentos precisa coletar, registrar, analisar e resumir para relatar com 
precisão os diversos dados que interessam a gestão no entendimento 
econômico/financeiro do negócio. 
 
 
Segundo Basso (2000, p.19) entendemos que Contabilidade, como conjunto 
ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação 
próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das 
entidades nos seus aspectos quantitativo(monetário)e qualitativo(físico)e 
que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na 
técnica de coletar,catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem 
como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e 
situações, especialmente de natureza econômico-financeira. 
 
 
 
Analisada como um conjunto de informações a Contabilidade busca por meio 
da coleta, do registro, da classificação, da análise, e resumo, revelar a as variações, 
em sua extensão econômica e financeira da organização. 
 
 
 
 
23 
2.1.1 Finalidades da Contabilidade 
 
Considerada como núcleo central do controle patrimonial, onde são 
registrados os fatos que nele acontecem, a Contabilidade tem a finalidade através 
de relatórios quantitativos e qualitativos prestar informações de ordem física, 
econômica e financeira para que os gestores possam planejar, prevenir e programar 
suas decisões atingindo as metas estipuladas dentro da organização. 
 
Conforme Basso (2000, p.21), a informação, dado relevante que evidencia 
algo importante no processo decisório das entidades, é preocupação 
constante de executivos, administradores e demais pessoas que tomam 
decisões no dia-a-dia das organizações. Hoje, mais do que antes, recai 
sobre a Contabilidade a tarefa de produzir informações, especialmente 
sobre aspectos do seu objeto de estudo, ou seja, sobre o patrimônio e suas 
variações. 
 
 
As informações geradas pela Contabilidade devem atender ao diversos 
interesses de pessoas, com as mais variadas necessidades, de acordo com a sua 
atividade dentro da organização, possibilitando uma análise no sentido de ajustar 
problemas e gerar soluções, obtendo mais segurança e resultado na tomada de 
decisões. 
 
2.1.2 Aplicação da Contabilidade 
 
A Contabilidade se aplica quando pode proporcionar aos seus usuários base 
segura às decisões, e através das informações geradas, obter compreensão da 
condição em que a Empresa se encontra, analisar seu comportamento, seu 
progresso, riscos e oportunidades. 
 
 A informação contábil se expressa por diferentes meios, como 
demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e 
sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, prognósticos, 
descrições, criticas ou quaisquer outros utilizados no exercício profissional 
ou previstos em legislação. Os usuários incluem, entre outros, os 
integrantes do mercado de capitais, investidores, presentes ou potenciais, 
fornecedores e demais credores, clientes, financiadores de qualquer 
natureza, autoridades governamentais de diversos níveis, meios de 
comunicação, entidades que agem em nome de outros, como associações 
e sindicatos, empregados, controladores, acionistas ou sócios, 
administradores da própria Entidade, além do público em geral, (CRCRS, 
2006, p.74). 
24 
Entende-se que a Contabilidade pode ser aplicada nos mais diversos ramos 
de Empresas de qualquer porte, capaz de ser classificada em: Contabilidade 
Industrial, Pública, Bancária, Rural, Cooperativas, Seguradoras, Fundações, 
Construtoras, Hospitalar, Condomínios entre outras, cabe, porém ressaltar a 
Contabilidade Comercial onde o presente estudo está inserido em definição da 
Contabilidade de Custos. 
 
2.2 Contabilidade de Custos 
 
A Contabilidade de custos deve atender principalmente a três funções dentro 
de uma organização, as quais são: determinar o lucro; controlar as operações; 
ajudar na tomada de decisões e para isso, apóia-se nos princípios da contabilidade 
geral de onde coleta todas as informações para estabelecer os custos unitários e 
totais dos produtos e serviços, bem como ajustar as operações objetivando alcançar 
uma atividade eficiente e lucrativa. 
 
Conforme CRCSP (2000) apud Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.36) conceitua-
se contabilidade de custos da seguinte forma: é o processo ordenado de 
usar princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação 
de um negócio, de tal maneira que, como os dados da produção e das 
vendas, se torne possível á administração utilizar as contas para 
estabelecer os custos de produção e de distribuição, tanto por unidade, 
quanto pelo total, para um, ou para todos os produtos fabricados, ou 
serviços prestados e os custos das outras diversas funções do negócio, 
com a finalidade de obter operação eficiente,econômica e lucrativa. 
 
 
Segundo Martins (2006) com o aumento de competitividade na maioria dos 
mercados, seja industrial, comerciais e serviços é relevante quando da tomada de 
decisões, o conhecimento dos custos para determinar se dado produto é rentável; 
ou não rentável, se é possível reduzi-lo, assim a contabilidade modernizada vem 
criando sistemas de informações de custos que podem ser armas para o controle e 
tomada de decisões gerenciais. 
 
Conforme Leone (2008, p.21), a Contabilidade de Custos é uma atividade 
que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou 
obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, 
produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais. 
 
 
25 
Segundo Leone (2008, p.22), a contabilidade de custos age como um arquivo 
de dados e informações para as necessidade de tomada de decisão de todos os 
tipos, estando a disposição para formulação das principais políticas da organização. 
 
A figura 2 demonstra como a Contabilidade de custos pode fornecer relatórios 
com informações para os diversos níveis administrativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Coleta do Dado para Informação 
Fonte: Leone (2008, p.23) 
 
Conforme Bruni e Famá (2004, p.24), a contabilidade de custos pode ser 
definida como o processo ordenado de usar princípios da contabilidade 
geral para registrar os custos de operação de um negócio. Dessa forma, 
com informações coletadas das operações e das vendas, a administração 
pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos 
de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os 
produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras 
diversas funções do negócio, objetivando alcançar uma operação racional, 
eficiente e lucrativa. 
 
A contabilidade de custos é um ramo da Contabilidade que se destina a 
fornecer em diversos níveis, informações que possam fundamentar o planejamento, 
o desempenho, o controle das operações visando auxiliar nas decisões que 
possam reduzir custo, objetivando maiores resultados. 
 
 
Seleção de Dados 
Planejamento 
Treinamento 
Organizações 
 
Coleta de Dados 
Centro processador 
de informações Informações 
Acumulações 
Organização 
Análise 
Interpretação 
Relatórios 
Gerenciais 
Apoio da 
Administração 
Sistemas de custos 
Critérios Básicos 
Procedimentos 
Registros 
Em conjunto com 
os usuários 
26 
2.2.1 Objetivos da Contabilidade de Custos 
 
O objetivo da contabilidade de custos é servir de apoio aos gestores para 
administrar com informação por ela gerada, para proporcionar e determinar 
menores custos no desenvolvimento das atividades, e através de um planejamento 
e controle da comercialização de seus produtos e serviços, decidir as soluções 
necessárias na busca de maiores resultados. 
 
Segundo Kroetz e Vieira (2007, p.3) especificamente a Contabilidade de 
custos objetiva: 
� Avaliação de estoques; 
� Atendimento das exigências fiscais; 
� Determinação do resultado; 
� Planejamento; 
� Formação do preço de venda; 
� Controle gerencial; 
� Avaliação de desempenho; 
� Controle operacional; 
� Análise de alternativas; 
� Estabelecimento de parâmetros; 
� Obtenção de dados para orçamentos; 
� Tomada de decisão. 
 
 
A contabilidade de custos abrange todos os segmentos em que se divide a 
empresa ajudando os administradores em suas funções de planejamento, controle e 
tomada de decisões. 
 
Segundo Leone (2008, p.30) - A contabilidade de custos atua sobre a 
empresa, seus produtos, seus serviços, os componentes operacionais e 
administrativos que compõem sua estrutura funcional e sua estrutura 
objetiva (normalmente setores ligados ao segmento industrial e ao 
segmento comercial que, numa empresa típica constituem suas atividades 
substantivas), os seus de segmentos distribuição, as atividades especiais, 
sobre planos alternativos, programas e promoções. 
 
 
Com a atual concorrência no mercado globalizado, é fundamental para 
qualquer gestor obter o máximo de informações em um menor tempo possível, para 
tomar decisões controladas e precisas em relação a seus produtos e serviços. 
 
Conforme Martins (2006, p.21 e 22), a contabilidade de custos tem duas 
funções relevantes: no auxílio ao controle e na ajuda às tomadas de 
decisões. No que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é 
fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras 
formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o 
efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente 
27 
definidos. No que tange à decisão, seu papel reveste-se de suma 
importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores 
relevantes que dizem respeito ás conseqüências de curto e longo prazo 
sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços 
de venda, opção de compra ou produção etc. Ainda em relação a prestação 
de serviços o autor(p.23), nas empresas prestadoras de serviços que 
eventualmente faziam uso de Custos para avaliação dos “Estoques de 
Serviços em Andamento”, ou seja, para a avaliação dos custos incorridos 
em projetos ainda não acabados, seu campo alargou-se de maneira 
formidável. 
 
 
A contabilidade de custos é uma ferramenta que fornece informações a 
diversos níveis gerenciais, os quais devem compreender o processo, para sugerir 
melhorias em cada nível até o final, e com isso possibilitar redução de custos em 
segmentos operacionais e administrativos, visando maiores resultados para a 
entidade. 
 
Para uma boa gestão de custos, é importante conhecer alguns conceitos 
básicos da Contabilidade de Custos. 
 
Gasto : Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício 
financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por 
entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). 
Investimentos : Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios 
atribuíveis a futuro(s) período(s). 
Despesas : Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas. 
Perdas : Bem ou serviço consumidos de forma anormal involuntária. 
Custos : Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros 
bens ou serviços, conforme Martins(2006, p.24 a 26) 
 
 
2.3 Custos com Mão-de-obra 
 
Quando se conhece o valor da mão-de-obra aplicada no produto por medição, 
ela é Direta, se existir rateio ou estimativa configura-se para efeito contábil Indireta. 
 
Conforme Bonfim e Passarelli (2006, p.57), a mão de obra é composta por 
todo trabalho aplicado diretamente na execução do produto, ou de suas 
partes e componentes, seja esse trabalho especializado ou não. Por 
exemplo, o trabalho do tecelão para fabricação do tecido, o trabalho das 
costureiras na confecção dos vestuários, etc. Ainda conforme o autor 
(p.109)...a mão-de-obra inclui além dos custos relativos ao chão da fábrica, 
que podem ser diretamente ou indiretamente relacionados com o produto, 
também as despesas ligadas às áreas de administração e comercial e às 
demais áreas da empresa. 
28 
2.3.1 Mão-de-obra Direta 
 
A mão-de-obra Direta é o tempo utilizado no processo de produção, e de 
forma direta, se haver ociosidade por qualquer motivo, o tempo que deixou de 
atribuir a determinado produto será considerado mão-de-obra indireta 
 
Segundo Martins (2006, p.134), devido ao fato de só poder ser considerada 
como Mão-de-obra direta a parte relativa ao tempo realmente utilizado no 
processo de produção, e de forma direta.Se alguém deixa, por qualquer 
razão, de trabalhar diretamente o produto, esse tempo ocioso ou usado em 
outras funções deixa de ser classificado como Mão-de-obra Direta.Se, por 
exemplo houver uma ociosidade por razões tais como falta de material, de 
energia, quebra de máquina etc., dentro de limites normais, esse tempo não 
utilizado será transformado em custo indireto para rateioà produção. Se por 
outro lado, tais fatos ocorrerem de forma anormal e o valor envolvido for 
muito grande, será esse tempo transferido diretamente para perda do 
período (como no caso de greve prolongada, grandes acidentes etc.). 
 
 
O suporte no processo de controle de horas é o documento de registro do 
tempo gasto para desempenhar a atividade. 
 
Segundo Bonfim e Passarelli (2006, p.70), O primeiro documento de suporte 
do processo contábil da mão de obra direta é o cartão ou documento de 
registro do tempo gasto. O cartão ou registro deverá indicar o setor 
responsável pela execução do serviço. 
 
 
No Brasil, o custo horário da mão-de-obra direta é integrado pelo valor 
contratual e encargos sociais. 
 
Conforme Martins (2006, p.135 a137), Na situação de nosso país, ao se 
optar então pela inclusão dos encargos sociais no próprio montante da Mão-
de-obra Direta, precisa-se calcular para cada empresa (ou para cada 
departamento, se houver variações significativas entre eles) qual o valor a 
ser atribuído por hora de trabalho. Sabe-seque decorre da legislação e do 
contrato de trabalho os repousos semanais remunerados, as férias, o 13º 
salário, a contribuição ao INSS, a remuneração dos feriados, as faltas 
abonadas, por gala, nojo etc., além de vários outros direitos garantidos por 
acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias 
profissionais. A quanto monta esse total?. 
A maneira mais fácil de calcular esse valor é verificar o gasto que cabe à 
empresa por ano letivo e dividi-lo pelo número de horas em que o 
empregado efetivamente se encontra à sua disposição. 
 
 
Para fins de exemplo está demonstrado e calculado uma jornada máxima de 
trabalho permitida pela Constituição que é de 44horas semanais, sem horas extras, 
29 
no caso a semana é de seis dias sem compensação do sábado, ficando a jornada 
máxima diária de: 
 
44 / 6 = 7, 3333 horas que equivalem a 7 horas e 20 minutos. 
 
Pode-se estimar o número máximo de horas que um trabalhador pode 
oferecer a empresa: 
 
Quadro 1: Número Maximo de horas á disposição por ano 
Numero total de dias por ano 365 dias 
(-) Repousos Semanais Remunerados (*) 48 dias 
(-) Férias 30 dias 
(-) Feriados 12 dias 
(=) N Maximo de dias a disposição 
empregador 
275 dias 
X jornada máxima diária(em horas) 7,3333horas 
(=) Número Maximo de horas a disposição 
por ano 
2.016,7horas 
(*)deduzidas quatro semanas já 
computadas nas férias. 
 
Fonte: Martins (2006, p.135) 
 
 
Para calcular custo da mão-de-obra direta, é preciso calcular o valor a ser 
atribuído por hora de trabalho, baseado na legislação e no contrato de trabalho. 
 
 
Conforme Vieira (2008, p.18 e 19), mão-de-obra direta é aquela relativa ao 
pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde 
que seja possível a mensuração de quem executou o trabalho, sem 
necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. 
Para calcular o custo da mão-de-obra direta é preciso calcular o valor a ser 
atribuído por hora de trabalho, baseado na legislação e no contrato de 
trabalho. São direitos do trabalhador: repouso semanal remunerado, férias, 
13º salário, contribuição para o INSS, remuneração dos feriados, faltas 
abonadas, FGTS, e outros garantidos por acordos ou convenções coletivas 
de trabalho das diversas categorias profissionais. 
 
 
 
 
No quadro 2 a demonstração dos dados que contemplam o custo de mão-de-
obra por parte da contratante e, no quadro 3 o número de horas que um contratado 
oferece para a empresa. 
30 
 
Quadro 2: Base para Cálculo do Custo com Pessoal 
DESCRIÇÃO VALORES 
Salário Base 
(+) Adicionais 
(+) Insalubridade ou Periculosidade 
SUB TOTAL 
(+) Provisão 13º salário 
(+) provisão de Férias 
(+) Provisão 1/3 s/ Férias 
SUB TOTAL 
(+) FGTS 
(+) INSS 
(+) Outros 
(+) Previsões 
TOTAL DE CUSTO C/ MOD 
Fonte: Vieira (2008, p.19) 
 
 
Quadro 3: Número de horas que o trabalhador oferece à empresa 
Nº total de dias no ano ou mês 
(-) Repousos semanais remunerados 
(-) Férias 
(-) Feriados 
(=) Nº máximo de dias à disposição do empregador 
(x) jornada máxima diária (em horas) 
(=) Nº máximo de horas à disposição por ano ou mês 
Fonte: Martins apud Vieira (2008, p.19) 
 
 
 
É importante a empresa munir-se de sistemas de controle de ponto e registro 
automático de início e término de ordens, que possibilita saber quanto tempo cada 
empregado trabalhou por dia diretamente e em quais produtos, e comparando as 
horas produtivas e não produtivas com o controle de entradas e saídas do 
funcionário na empresa. 
 
 
31 
Conforme Martins (2006, p.142), a Mão-de-obra Direta é normalmente um 
custo variável, pois só se caracteriza como Direta a que foi efetivamente 
utilizada na produção. Os tempos não trabalhados deixam normalmente de 
fazer parte da Mão-de-obra Direta, tornando-se Custos Indiretos para rateio 
aos produtos. Fazem parte da taxa de Mão-de-obra Direta, todos os 
encargos sociais, férias, 13º salário, descanso remunerado, feriados etc; a 
taxa deve ser global, mesmo que alguns pequenos erros existam na 
previsão desses itens. Mas é obrigatório que o mesmo tratamento seja dado 
pela Contabilidade financeira para se evitar distorções. 
 
 
2.3.2 Mão-de-obra Indireta 
 
Envolve gastos não ligados diretamente no processo de elaboração do 
produto ou serviço. 
 
Segundo Vieira (2008, p.21), se for necessário rateio sob qualquer critério 
para distribuir o custo da mão-de-obra, devemos classificá-la como indireta. 
Considera-se mão-de-obra indireta todo o trabalho que não pode ser 
perfeitamente identificado como pertencente a determinado produto. 
 
 
Segundo Leone (2008, p.58 e 59), “o custo indireto como aquele item que 
precisa de um critério de rateio para sua identificação ao produto ou objeto cujo 
custeio é desejado”. 
 
De acordo Martins (2008, p.49), com respeito à mão-de-obra, entendemos 
então o que seja Direta ou Indireta; aquela diz respeito ao gasto com 
pessoal que trabalha e atua diretamente sobre o produto que esta sendo 
elaborado; a outra Indireta, é relativa ao pessoal de chefia, supervisão ou 
ainda atividades, que apesar de vinculadas à produção, nada tem de 
aplicação direta sobre o produto:manutenção, prevenção de acidentes, 
Contabilidade de Custos, programação e controle de produção etc. 
 
 
 
A diferenciação dos custos em diretos e indiretos é necessária para calcular 
de forma real o custo de qualquer produto ou serviço, podendo verificar a 
rentabilidade individual e eficiência dos vários setores que envolvem o seu processo 
dentro da empresa. 
 
 
 
32 
2.4 Classificação dos Custos 
 
Além de seu agrupamento em Diretos e Indiretos, os custos basicamente 
dividem-se em Fixos e Variáveis, que visam identificar a relação entre o valor total 
de um custo e o volume de atividade numa unidade de tempo. 
 
Conforme Martins (2008, p.49), além de seu agrupamento em diretos e 
indiretos, os custos podem ser classificados de outras formas diferentes. É 
a que leva em consideração a relação entre o valor total de um custo e o 
volume de atividade numa unidade de tempo. Divide basicamente os custos 
em Fixos e Variáveis. 
 
 
Na Contabilidade de Custos existem vários tipos de custos, tantos quantas 
forem as necessidades gerenciais, o contador de custos estabelece e prepara tipos 
que vão atender ás diferentes finalidade da administração. 
 
De acordo com Bruni e Famá (2004, p.31), os sistemas, formas e 
metodologias aplicados no controle e gestão de custos podem ser 
classificados em função da forma de associação dos custos aos produtos 
elaborados, de acordo com a variação dos custos em relação ao volume de 
produtos fabricados, em relação aos controles exercidos sobre os custos, 
em relação a alguma relação específica e em função da análise do 
comportamento passado. A forma de associação dos custos com os 
produtos fabricados, os primeiros podem ser classificados de diferentesformas quanto à aplicabilidade. 
 
2.4.1 Custos Diretos ou Primários 
 
Os custos diretos são aqueles diretamente incluídos no cálculo do produto ou 
serviço e que podem ser facilmente identificados, como os materiais diretos e a mão-
de-obra direta. 
 
De acordo com Bruni e Famá (2004 p.31), são aqueles diretamente 
incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos usados 
na fabricação do produto e mão-de-obra direta. Apresentam a propriedade 
de serem perfeitamente mensuráveis de maneira Objetiva. Exemplos: pó 
químico, salários dos operários etc. 
 
Com a devida identificação do custo, fica alocado cada gasto correspondente 
ao produto analisado. 
 
33 
Custos diretos são gastos facilmente apropriáveis às unidades produzidas, 
ou seja, são aquelas que podem ser identificados como pertencentes a este 
ou àquele produto. Por sua natureza, características próprias e objetividade 
de identificação no produto são imputados por medições objetivas ou por 
controles individuais como ficha técnica do produto, sem a necessidade de 
rateios. Correspondem aos gastos específicos do produto ou serviço, esses 
gastos não ocorrem, (WERNKE, 2001, p.13). 
 
 
É provável constatar os custos diretos que podem ser apropriados aos 
produtos, porém deve haver uma medida de consumo, como quilogramas de 
materiais consumidos, embalagem utilizada, horas de mão-de-obra trabalhadas, 
com isso será encontrado o custo exato do produto final. 
 
2.4.2 Custos Indiretos 
 
Custo indireto, são gastos que não podem ser atribuídos de forma direta, 
somente através de critérios de rateio, são gastos que a empresa tem para exercer 
atividades no geral e não relacionadas diretamente ao produto ou serviço. 
 
Segundo Wernke (2001, p.14), custos indiretos são gastos que não podem 
ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento 
ou atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos, serviços ou 
departamentos, serão mediante critérios de rateio. No caso industrial, são 
os custos que ocorrem dentro do processo de produção, mas para serem 
apropriados aos produtos requerem o uso de rateio (são artifícios usados 
para distribuir os custos que não se consegue determinar com objetividade 
segurança a quais produtos se referem). São os gastos que a empresa tem 
para exercer suas atividades, mas que não tem relação direta com um 
produto ou serviço específico, pois relacionam-se com vários produtos ao 
mesmo tempo.Exemplo o aluguel da fábrica, em que são produzidos 
diversos produtos em conjunto.Para atribuir uma parcela do custo com 
aluguel fabril aos produtos é necessário ratear por um critério específico. 
 
 
 
Quando for necessário usar qualquer fator de rateio para apropriar e não 
obter medição direta, fica o custo incluído como indireto. 
 
Conforme Bruni e Fama (2004, p.31), custos indiretos necessitam de 
aproximação, isto é, algum critério de rateio, para serem atribuídos aos 
produtos. Exemplos: seguros, alugueis da fábrica, supervisão de diversas 
linhas de produção; 
 
 
 
34 
Os custos indiretos dificilmente podem ser identificados diretamente com o 
produto, com o setor etc., uma vez que exista diversificação de produtos ou serviços 
no mesmo estabelecimento. 
 
Segundo Bomfim e Passarelli (2006, p.195), é essencial ter um padrão de 
medida que permita algum grau de controle da eficiência das operações. O 
sistema de custo que melhor se adapta a essa finalidade é o sistema de 
ordem de produção. Esse sistema não só atenderá à elaboração dos 
orçamentos individuais referentes a cada serviço, como também atuará 
como sistema de custo de controle, fornecendo as informações detalhadas 
das mercadorias vendidas e das despesas operacionais por trabalho 
executado. 
 
Dentre as classificações, os custos podem ser Diretos (ligados diretamente ao 
produto ou serviço) e Indiretos (atribuídos em forma de rateio). Segundo Vieira 
(2008, p.12) a classificação dos custos em Diretos e Indiretos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Classificação dos Custos em Diretos e Indiretos 
Fonte: Vieira (2008, p.12) 
 
 
2.4.3 Custos Fixos 
 
Os Custos fixos são aqueles que em determinado período de tempo e em 
certa capacidade instalada, não variam continuam os mesmos, independente do 
volume de atividade da empresa. 
 
 De acordo com Bruni e Famá (2004, p.32), são custos que, em 
determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não 
DIRETOS 
Matéria-Prima 
MOD 
Embalagem 
CUSTOS 
INDIRETOS 
Administração 
Honorários 
Energia 
Elétrica 
Água 
Depreciação 
Seguros 
Outros 
 
35 
variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem 
mesmo que não haja produção. Podem ser agrupados em;Custo fixo de 
capacidade- custo relativo às instalações da empresa, refletindo a 
capacidade instalada da empresa, como depreciação, amortização etc,; 
custo fixo operacional –relativo à operação das instalações da empresa, 
como seguro, imposto predial etc.Exemplos clássicos de custos fixos podem 
ser apresentados por meio dos gastos com alugueis e depreciações- 
independentemente dos volumes produzidos, os valores registrados com 
ambos os gastos serão os mesmos.É importante destacar que a natureza 
de custos fixos ou variáveis está associada aos volumes produzidos e não 
ao tempo.Assim, se uma conta de telefone apresenta valores diferentes 
todos os meses, porém não correlacionados com a produção, esses gastos 
devem ser classificados como fixos – independentemente de suas variações 
mensais.Os custos fixos possuem uma característica interessante: são 
variáveis quando calculados unitariamente em função das economias em 
escala. 
 
 
Os custos fixos incluem as despesas operacionais do negócio, se esse for de 
serviços, devem estar refletidas no orçamento inicial fornecido ao cliente. 
 
 
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.193-194), a fim de que os 
resultados de cada serviço contratado, quando encerrado, possam ser 
apropriadamente determinado, é imperativo que um sistema de contas de 
controle seja mantido: vendas, mão-de-obra, compras e outras despesas.A 
conta de compras deve ser separada por atividade, de forma a permitir uma 
melhor aplicação dos custos.....A questão concernente ao tratamento 
contábil dos serviços em execução não é tão complexa neste tipo de 
atividade como o é nas atividades industriais.Isto porque, em sua maioria, 
os serviços são executados rapidamente.A prática aceitável é não antecipar 
lucros de serviços ainda em execução,a não ser no caso de serviços de 
grande escala, cujos resultados(receitas e custos), considerados 
significativos, tenham já ocorrido em sua maior parte.Neste caso usa-se 
uma proporção para fins de apuração do resultado até aquele determinado 
período. 
 
 
O custo fixo mantem-se constante, mesmo existindo oscilação na atividade 
desempenhada pela empresa. 
 
 
Em relação aos custos fixos Wernke (2001, p.14), relata que são aqueles 
gastos que tendem a se manter constantes nas alterações de atividades 
operacionais, independentemente do volume de produção. São os custos 
que têm seu montante fixado não em função de oscilação na atividade, ou 
seja, sem vínculo com o aumento ou a diminuição da produção. Esses 
custos permanecem no mesmo valor independentemente da quantidade 
produzida. Relacionam-se com a capacidade instalada que a empresa 
possui e seu valor independe do volume de produção, existindo 
independentemente de a empresa estar produzindo ou parada. 
 
 
 
36 
Pode-se dizer que os custos fixos não têm vínculo com o aumento ou 
diminuição da produção, comercialização e prestação de serviços, permanecendo 
no mesmo valor independentemente movimentação das atividades do negócio. 
 
2.4.3.1 Custos com Depreciação 
 
A depreciação é a diminuição do valor dos bens do ativo resultante do 
desgaste do uso podendo ser considera como custo ou despesa. 
 
Segundo Basso (2000, p.180), “quando corresponder á perda do valor dos 
direitosque tem por objeto bens físicos, sujeitos a desgaste ou perda de utilidade 
por uso, ação da natureza ou obsolescência” 
 
A diminuição da importância do valor de um bem imobilizado pode ser 
registrada como custo ou despesa. 
 
De acordo com Contadez (2009), Regulamento do Imposto de Renda artigo. 
305, a depreciação poderá ser computada, como custo ou encargo, em 
cada período de apuração, a importância correspondente a diminuição do 
valor dos bens do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e 
obsolescência normal. 
 
 
“A Depreciação é o valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um 
ativo, menos o seu valor residual”, (CRCRS, 2006, p.299). 
 
Conforme Basso (2000, p.180), “existem vários métodos de depreciação 
consagrados pela prática, cujo uso depende da oportunidade e da finalidade dos 
cálculos da depreciação – se são para fins contábeis ou para fins gerenciais”. 
 
Segundo Basso (2000, p.181 a 183), antes de escolher o método de 
depreciação mais conveniente, é preciso encontrar o valor do elemento a 
ser depreciado. A fixação desse valor leva em conta o valor residual do 
bem, que é o seu valor revenda quando já tiver sido sucateado. O valor 
residual deve ser calculado como um percentual do valor atual corrigido. 
Trata-se então de definir esse percentual de valor residual, para diminuído 
do valor corrigido do bem, e encontrar o seu valor a deprecia, assim: 
 
A- Método das quotas constantes ou linha reta – considera que o bem tem 
um desgaste constante mês a mês, ano a ano – dentro da vida útil 
estimada, o qual é representado pela fórmula: 
 
37 
Depreciação anual = Custo corrigido (-) Valor Residual 
 Número de anos da vida útil 
 
B- Método das unidades produzidas - pressupõe a existência de 
informações adicionais, como a capacidade de produção da máquina ou 
equipamento ao longo de sua vida útil estimada é: 
 
Taxa de Depreciação Anual = Número de unidades estimadas de produção 
 Número de unidades produzidas no ano 
 
C- Método de horas trabalhadas – baseia-se nas horas estimadas de vida 
útil do bem, geralmente fornecidas pelo fabricante da máquina ou 
equipamento, e é expresso pela fórmula: 
 
Taxa de depreciação Anual = Número de horas estimadas de trabalho 
 Número de horas de trabalho no ano 
 
O saldo da conta Depreciações é transferido, juntamente com as demais 
despesas do período, para a apuração do resultado, enquanto que a conta 
Depreciação Acumulada permanece com o saldo da contabilização da 
depreciação e vai acumulando as depreciações dos diversos períodos em 
que o bem estiver no patrimônio da entidade, até que complete cem por 
cento de depreciação. 
 
 
 
A taxa de depreciação corresponde o percentual de depreciação a ser 
lançado na escrituração entidade como custo ou despesa operacional, será definido 
com base no tempo de vida útil dos bens, nas taxas de depreciação vigentes, e 
observando a dedução do valor residual. 
Quadro 4: Taxa depreciação 
Bem Taxa anual Prazo de vida 
útil depreciação 
Imóveis 4% 25 anos 
Instalações 10% 10 anos 
Máquinas e Equipamentos 10% 10 anos 
Móveis e Utensílios 10% 10 anos 
Veículos 20% 5 anos 
Computadores e Periféricos 20% 5 anos 
Fonte: Contadez, (2009) 
 
 
O valor residual é o valor pelo qual se conseguiria vender o bem após o seu 
prazo de vida útil dentro da empresa (depois de totalmente depreciado). 
 
 
38 
Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a 
venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo 
já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil, 
(RESOLUÇÃO CFC Nº1.177/09-NBC T 19.1). 
 
 
 
 
2.4.4 Custos Variáveis 
 
Neste método são alocados os produtos que variam de acordo com o volume 
de produção. É utilizado para fins gerenciais, fornecendo ferramentas que auxiliam 
no processo de gerenciamento da empresa. 
 
Segundo Bruni e Famá (2004, p.32), “os custos variáveis, seu valor total 
altera-se diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a 
produção, maiores serão os custos variáveis”. 
 
Em relação aos custos variáveis Wernke (2001, p.14), relata que são os que 
diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Quanto 
maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais. 
São os valores consumidos ou aplicados que têm seu crescimento 
vinculado à quantidade produzida pela empresa. Têm seu valor 
determinado em função de oscilações na atividade da empresa, variando de 
valor na proporção direta do nível de atividades. 
 
 
Na atividade de serviços normalmente os custos variáveis incluem os custos 
primários de material e mão-de-obra. 
 
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.194), custos variáveis, o custo das 
mercadorias vendidas do Demonstrativo de Resultado deve refletir os 
custos primários (materiais e mão-de-obra) somente dos serviços 
completados, consistentes com a as receitas relatadas no mesmo período. 
O estoque de materiais disponíveis ao final do período (no armazém, na loja 
ou nos locais de prestação de serviço), deduzido do total das compras e 
acrescido ao estoque inicial do período, é usado para determinar o custo 
das mercadorias ou materiais consumidos nos serviços executados durante 
esse mesmo período. Para determinar o custo de mão-de-obra nos 
trabalhos completados, usa-se o saldo da conta de salários diferidos no 
começo e no fim do período. Soma-se o custo de toda mão-de-obra paga 
durante o período e, dessa soma, se deduz o total da conta de salários 
diferido no início e o total pendente diferido no final do período. A mão-de-
obra pendente é o total de mão-de-obra paga ou reservada no final do 
período, referente aos trabalhos em processo de execução e não faturados 
até o final do período. Outros custos variáveis (como transporte, encargos 
sociais, etc) são tomados por estimativa na elaboração do orçamento 
preparado para o cliente, de forma que, quanto maior o trabalho, maior 
parcela de alocação dessas despesas variáveis receberá, além da alocação 
dos outros custos fixos operacionais. 
39 
Os custos, além de serem diretos e indiretos, classificam os diretos em 
variáveis e os indiretos em fixos e variáveis. Conforme Vieira (2008, p.14) segue a 
classificação dos custos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exemplo: Exemplo: Exemplo: 
 Mão-de-obra Direta Aluguel de fábrica Energia elétrica da fábrica 
 Matéria-prima Depreciação do Materiais limpeza fábrica 
 Embalagem prédio da fábrica 
 Figura 4: Classificação dos Custos 
 Fonte: Vieira (2008, p.14) 
 
Neste sentido, a figura demonstra que os gastos classificados em custos 
podem ser diretos ou indiretos, quando classificados para fins contábeis. Estes 
custos, ainda podem ser classificados em fixos e variáveis, para fins de gestão, 
sendo que os custos diretos normalmente são variáveis e os indiretos podem ser 
tanto fixos quanto variáveis. 
Portanto, pode-se dizer que os custos diretos são classificados como custos 
variáveis. De forma que se o custo se identifica com o produto ou serviço que o 
consumiu, e tem condições de ser medido, de saber o quanto se gastou ele será 
direto. 
Os custos indiretos, são os que não se tem o conhecimento de quanto se 
gasta para comercializar um produto ou executar um serviço. Todos os custos 
indiretos se classificam em fixos e variáveis, os custos fixos são aqueles que 
sabemos o valor total no mês, eles não apresentam variações, os custos variáveis 
CUSTOS 
DIRETOS 
Variáveis 
INDIRETOS 
Fixos Variáveis 
40 
serão determinados conforme o consumo. Tanto os custos indiretos fixos, quanto os 
custos indiretos variáveis, precisam de critérios de rateiopara serem alocados aos 
produtos e serviços. 
 
2.4.5 Custo-padrão 
 
O custo-padrão permite comparações entre previsto e realizado, e análise das 
variações dentro de uma organização. 
 
Conforme Leone (2008, p.66) são custos predeterminados. Entretanto, 
diferentes dos custos estimados e apesar de servirem para o controle, 
planejamento e tomada de decisões, são calculados com base nos 
parâmetros operacionais. Os custos-Padrão são aplicados, sobretudo em 
operações repetitivas, quando os parâmetros ou indicadores físicos estão 
perfeitamente definidos e quando os custos mantêm uma relação íntima 
com a variabilidade daqueles dados quantitativos. Em empresas de 
prestação de serviços, cujas atividades sejam realizadas respectivamente, a 
aplicação dos Custos-Padrão não é difícil, uma vez que os indicadores ou 
as relações de produtividade, desempenho e rendimento já estão definidos. 
No entanto, nem todos os tipos de custos serão padronizados. Dependerá 
sempre da relação estreita e bem-definida entre o comportamento do custo 
e algum parâmetro operacional padronizado. Por isso os custos de material 
direto e mão-de-obra direta (nesses casos também os custos variáveis) ou 
outro tipo qualquer, que seja definido como direto, serão aqueles tratados 
como Custos-Padrão. 
 
 
 
Com uma análise mais profunda e minuciosa, os gestores encontram nas 
informações do custo padrão formas mais seguras para determinar seus preços de 
produtos e serviços. 
 
Segundo Bomfim e Passarelli (2006, p.211), a diferença básica entre o 
custo-padrão é a profundidade de análise e a qualidade técnica dos 
esforços postos em prática para o desenvolvimento das respectivas 
informações. Os custos-padrão são baseados em especificações de 
engenharia, estudos de tempo e métodos, análise da capacidade de 
produção e do comportamento dos fatores determinantes dos preços de 
bens e serviços. Já os custos estimados são derivados de projeções 
baseadas na experiência histórica dos custos reais e geralmente envolvem 
médias de desempenhos passados. Envolvendo mais análise operacional e 
estudo mais aprofundado dos fatores que afetam as operações da empresa, 
os custos-padrão oferecem medidas mais seguras para a valorização dos 
produtos e para controle da organização 
 
 
41 
O custo-padrão determina o que cada produto ou serviço deveria custar em 
condições normais de atividade, comparando com o que efetivamente ocorreu no 
processo de seu desenvolvimento. 
 
De acordo com Bruni e Famá (2004, p.171), custo padrão - estabelecido 
com mais critério, representa o que determinado produto deveria custar, em 
condições normais de eficiência do uso do material direto, da mão-de-obra, 
dos equipamentos, de abastecimento do mercado fornecedor e da demanda 
do mercado consumidor. O principal objetivo da utilização do sistema de 
custeio-padrão consiste no controle dos custos, realizado com base em 
metas prefixadas para condições normais de trabalho. No custo-padrão, é 
possível apurar os desvios do realizado em relação ao previsto, identificar 
as causas dos desvios, adotar providências corretivas e preventivas de 
erros, que permitem a melhoria do desempenho. 
 
 
“A mais eficaz forma de se planejar e controlar custos é a partir da 
institucionalização do Custo-Padrão, que tanto pode ser usado com o Custeio por 
Absorção como com o Variável,” (MARTINS, 2008, p.315). 
 
Segundo Martins (2008, p.315), define Custo-padrão como sendo um 
Custo-padrão corrente. Este diz respeito ao valor que a empresa fixa como 
meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço, mas 
com a diferença de levar em conta as deficiências sabidamente existentes 
em termos de qualidade de materiais, mão-de-obra, equipamentos, 
fornecimento de energia etc. É um valor que a empresa considera difícil de 
ser alcançado, mas não impossível. 
 
 
É possível dizer que o Custo-padrão é uma técnica - auxiliar, pois tem como 
objetivo fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que 
deveria ter ocorrido. 
 
2.5 Método de Custeio 
 
Método diz respeito a forma pela qual se chega a um determinado resultado, 
sendo que custeio é o método usado para apropriação dos custos . Os métodos de 
custeio existentes são: Custeio por absorção (utilizado para integração custos com a 
contabilidade), custeio variável ou direto (utilizado para a gestão), custeio padrão, 
ABC, RKW. 
 
42 
2.5.1 Custeio por Absorção 
 
O método de custeio por absorção respeita os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade, é aceito pela legislação comercial e pela legislação fiscal, sendo o 
mais usado no Brasil. 
 
Conforme Bomfim e Passarelli (2006, p.422), Há diversos sistemas de 
custeio e critérios de avaliação da produção e dos estoques, sendo que, 
dentro dos princípios fundamentais de contabilidade, consagrado pela Lei n 
6.404/1976, pelo Decreto n 3000 e parecer Normativo n6/1979m o método 
de custo real por absorção é o indicado. Isto significa que devem ser 
adicionados ao custo de produção todos os custos relativos á produção, 
quer sejam diretos ou indiretos. 
 
 
Todo custo que envolver diretamente ou indiretamente a sua fabricação deve 
ser alocado a ele, independente de ser considerado fixo ou variável. 
 
Segundo Leone (2008, p.242), custeio por absorção é aquele que se faz 
debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam 
esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, 
de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa 
particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou 
serviços absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à 
fabricação. 
 
 
No custeio por absorção é possível atribuir parte dos custos indiretos ao 
produto em fabricação através de critérios de rateio. 
 
 
De acordo com Wernke (2001, p.20), o custeio por absorção é empregado 
quando se deseja atribuir um valor de custos ao produto, atribuindo-lhe 
também uma parte de custos indiretos. Consiste na apropriação de todos os 
custos de produção aos produtos, de forma direta e indireta mediante 
critérios de rateios. 
 
 
 
O método de custeio por absorção segue os Princípios da Contabilidade 
aceitos no Brasil. 
 
Segundo Martins (2008, p.37), define custeio por absorção como sendo um 
método derivado da aplicação dos Princípios de Contabilidade geralmente 
aceitos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens 
elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de 
produção são distribuídos para todos aos produtos ou serviços feitos. 
 
43 
Conforme Leone (2000), Martins (2001) e Bruni e Famá (2004), apud Vieira 
(2009, p.9) método de custeio por absorção possui as seguintes características, 
vantagens e desvantagens: 
 
 Principais Características: 
a) Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e indiretos; 
b) Em primeiro lugar alocamos os custos indiretos nos centros de custos 
(auxiliares e produtivos); 
c) Em segundo lugar alocamos os centros de custos para os produtos; 
d) Os custos indiretos fixos (CIF) acabam transferindo-se, contabilmente, 
para a conta de estoques de produtos acabados; 
e) É útil nas empresas que têm processo de produção pouco flexível e 
poucos produtos; 
f) Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de 
produção. 
 
 
 
Segundo Vieira (2009, p.9), o método de custeamento por absorção é falho 
em muitas circunstâncias como instrumento gerencial de tomada de decisão, porque 
tem como premissa básica os “rateios” dos chamados custos fixos, que, apesar de 
aparentarem lógicos, poderão levar a alocações arbitrárias e até enganosas. 
 
Principais vantagens 
a) Atende à legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o 
uso do sistema de custos integrado à Contabilidade; 
b) Considera o total dos custos por produto; 
c) Forma custos para estoques; 
d) Permite a apuração dos custos por centros de custos,

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