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06agosto2021_Apostíla_EMPREENDEDORISMO

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Página 8 de 31
GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS Empreendedorismo
Carga Horária 40 horas
Professor Ocimar
Apostila Versão 2021
MÓDULO 1
Aluno:
Escola:
Horário:
Caro(a) Aluno(a),
O objetivo deste curso é apresentar uma contextualização sobre o tema Empreendedorismo e as características do comportamento empreendedor. Esperamos que você possa reconhecer seu potencial empreendedor, ou seja, a possibilidade de agir como empreendedor na busca de seus objetivos.
Bom aprendizado empreendedor!
Observe este resumo histórico da origem do empreendedorismo:
• Século XVII: Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreender ocorreram nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assume riscos) do capitalista (aquele que fornece o capital).
• Século XVIII: Nesse século, o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo, por ocasião da Revolução Industrial.
• Séculos XIX e XX: No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os administradores (o que ocorre até os dias atuais), sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico como aqueles que organizam a empresa, pagam empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas, mas sempre a serviço do capitalista.
Preste Atenção!
Por definição, o capitalista é quem detém o capital e os meios de produção, o empreendedor é quem elabora e executa um plano de investimento — também chamado de empreendimento —, e o proletário é a mão-de-obra contratada para ajudar no empreendimento.
Ser Empreendedor
O que diferencia os empreendedores de outras pessoas? Quais são essas diferenças e como elas se formam nas pessoas? Ou são os empreendedores pessoas com superpoderes?
Preste atenção em uma palavra que se repetiu três vezes no trecho acima: pessoas. Colocando no singular: pessoa. Este é o ponto de partida desta charada ou questão que gera tanto debate: antes de tudo, o empreendedor é uma pessoa. Parece óbvio ou piada, mas não é.
Joseph A. Schumpeter1, economista austríaco, relaciona o empreendedor ao desenvolvimento econômico, argumentando que este é impulsionado por um chamado ‘processo de destruição criativa’, no qual se considera a necessidade de renovar e de destruir o velho para se criar o novo. O empreendedor é quem gera e mantém tal processo.
Para criar algo é preciso agir.
Fernando Dolabela2, brasileiro renomado como estudioso do comportamento empreendedor, argumenta que ‘todos podem, se quiserem agir de forma empreendedora. É empreendedor, em qualquer área, alguém que sonha e busca transformar o seu sonho em realidade’.
Para transformar um sonho em realidade é preciso agir.
Entre os argumentos de Schumpeter e os de Dolabela temos um intervalo de mais de 60 anos e ambos trazem um elemento determinante e comum: a ação geradora de resultados. Quem age para alcançar os resultados esperados? Os empreendedores.
O que diferencia os empreendedores é justamente a forma como agem na busca daquilo que esperam alcançar. São os comportamentos que determinam os empreendedores.
Muitas vezes as pessoas consideradas empreendedoras são vistas como “deuses”, “infalíveis”,
“inatingíveis”, “pessoas de sorte extrema”, entre outros adjetivos.
1 SCHUMPETER, J.A. The Teory of Economic Development. Cambrigde, MA: Harvard University Press, 1934.
2 DOLABELA, F. Ofi cina do Empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
O empreendedor está no epicentro deste curso. Ele não é somente um fundador de novas empresas ou o construtor de novos negócios. Ele é a energia da economia, a alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de ideias. Mais ainda: ele é quem fareja as oportunidades e precisa ser muito rápido, aproveitando as oportunidades fortuitas, antes que outros aventureiros o façam. O termo empreendedor — do francês entrepreneur — significa aquele que assume riscos e começa algo novo.
O empreendedor é a pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente. Essa definição envolve não apenas os fundadores de empresas, mas os membros da segunda ou terceira geração de empresas familiares e os gerentes-proprietários, que compram empresas já existentes de seus fundadores. Mas o espírito empreendedor está também presente em todas as pessoas que — mesmo sem fundarem uma empresa ou iniciarem seus próprios negócios — estão preocupadas e focalizadas em assumir riscos e inovar continuamente.
Os empreendedores são heróis populares do mundo dos negócios. Fornecem empregos, introduzem inovações e incentivam o crescimento econômico. Não são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de energia que assumem riscos em uma economia em mudança, transformação e crescimento. Continuamente, milhares de pessoas com esse perfil — desde jovens a pessoas adultas e de todas as classes sociais — inauguram novos negócios por conta própria e agregam a liderança dinâmica que conduz ao desenvolvimento econômico e ao progresso das nações. É essa força vital que faz pulsar o coração da economia.
Na verdade, o empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, transforma ideias em realidade, para benefício próprio e para benefício da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma ideia simples e mal estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado.
O que caracteriza o desejo empreendedor? Trata-se de um tema complexo, mas três características básicas identificam o espírito empreendedor, a saber:
1. Necessidade de realização: as pessoas apresentam diferenças individuais quanto à necessidade de realização. Existem aquelas com pouca necessidade de realização e que se contentam com o status que alcançaram. Contudo, as pessoas com alta necessidade de realização gostam de competir com certo padrão de excelência e preferem ser pessoalmente responsáveis por tarefas e objetivos que atribuíram a si próprias. McClelland, psicólogo organizacional, descobriu em suas pesquisas uma correlação positiva entre a necessidade de realização e a atividade empreendedora. Os empreendedores apresentam elevada necessidade de realização em relação às pessoas da população em geral. A mesma característica foi encontrada em executivos que alcançam sucesso nas organizações e corporações. O impulso para a realização reflete-se nas pessoas ambiciosas que iniciam novas empresas e orientam o seu crescimento. Em muitos casos, o impulso empreendedor torna-se evidente desde cedo, até mesmo na infância.
2. 	Disposição para assumir riscos: o empreendedor assume variados riscos ao iniciar seu próprio negócio: riscos financeiros decorrentes do investimento do próprio dinheiro e do abandono de empregos seguros e de carreiras definidas; riscos familiares ao envolver a família no negócio; riscos psicológicos pela possibilidade de fracassar em negócios arriscados. Contudo, McClelland verificou que as pessoas com alta necessidade de realização também têm moderadas propensões para assumir riscos. Isso significa que elas preferem situações arriscadas até o ponto em que podem exercer determinado controle pessoal sobre o resultado, em contraste com situações de jogo em que o resultado depende apenas de sorte. A preferência pelo risco moderado reflete a autoconfiança do empreendedor.
3. Autoconfiança: quem possui autoconfiança sente que pode enfrentaros desafios que existem ao seu redor e tem domínio sobre os problemas que enfrenta. As pesquisas mostram que os empreendedores de sucesso são pessoas independentes que enxergam os problemas inerentes a um novo negócio, mas acreditam em suas habilidades pessoais para superar tais problemas. Rotter (psicólogo) salienta que existem dois tipos de crença no sucesso. Para ele, as pessoas que sentem que seu sucesso depende de seus próprios esforços e habilidades têm um foco interno de controle. Em contrapartida, as pessoas que sentem ter a vida controlada muito mais pela sorte ou pelo acaso têm um foco externo de controle. As pesquisas revelam que os empreendedores têm um foco interno de controle mais elevado que aquele que se verifica na população em geral.
· Necessidade de Realização
É o desejo da pessoa de atingir objetivos que lhe desafiem, em buscar fazer sempre melhor e mais eficientemente, em perseguir a excelência e o sucesso e em obter reconhecimento por suas conquistas.
· Disposição para Assumir Riscos
O empreendedor, por definição, tem que assumir riscos, e o seu sucesso está na sua capacidade de conviver com eles e sobreviver a eles. Os riscos fazem parte de qualquer atividade, e é preciso aprender a administrá-los.
· A autoconfiança é definida como um sentimento de confiança nas habilidades, qualidades e julgamentos de uma pessoa. A autoconfiança é importante para a sua saúde e bem-estar psicológico. Ter um nível saudável de autoconfiança pode ajudá-lo a ter sucesso em sua vida pessoal e profissional.
A decisão de tocar seu próprio negócio deve ser muito clara. De início, é a sua decisão principal. Você deve estar profundamente comprometido com ela, para ir em frente, enfrentar todas as dificuldades que normalmente aparecem e derrubar os obstáculos que certamente não faltarão. Se o negócio falhar — e esse é um risco que realmente existe —, isso não deve derrubar seu orgulho pessoal nem sacrificar seus bens pessoais. Tudo deve ser bem pensado e ponderado para garantir o máximo de sucesso e o mínimo de dores de cabeça.
Pelo lado negativo, vejamos o que pode acontecer. Fazendo uma engenharia reversa, o primeiro passo é saber quais são as possíveis causas de insucesso nos novos negócios, para que você possa evitá-las ou neutralizá-las e impedir que venham prejudicá-lo no futuro. Nos novos negócios, a mortalidade prematura é elevadíssima, pois os riscos são inúmeros e os perigos não faltam. Assim, precisa-se de cautela e jogo de cintura.
Os perigos mais comuns nos novos negócios são:
· não identificar adequadamente qual será o novo negócio;
· não reconhecer apropriadamente qual será o tipo de cliente a ser atendido;
· não saber escolher a forma legal de sociedade mais adequada;
· não planejar suficientemente bem as necessidades financeiras do novo negócio;
· errar na escolha do local adequado para o novo negócio;
· não saber administrar o andamento das operações do novo negócio;
· não ter conhecimento sobre a produção de bens ou serviços com padrão de qualidade e de custo;
· desconhecer o mercado e, principalmente, a concorrência;
· ter pouco domínio sobre o mercado fornecedor;
· não saber vender e promover os produtos/serviços;
· não saber tratar adequadamente o cliente.
Mas, citando o ditado popular, devemos transformar cada limão em uma boa limonada. Os perigos anteriormente aventados constituem os fatores críticos do novo negócio. Um fator crítico é aquele que — se não for muito bem cuidado — poderá colocar em risco o seu negócio. Assim, cada fator crítico deve ser visualizado de maneira correta para evitar o reverso da moeda.
Agora, dentro uma perspectiva positiva, os fatores críticos de um negócio bem-sucedido envolvem as seguintes questões:
· qual será o novo negócio: produto/serviço/mercado;
· qual será o tipo de cliente a ser atendido;
· qual será a forma legal de sociedade mais adequada;
· quais serão as necessidades financeiras do novo negócio;
· qual será o local adequado para o novo negócio;
· como administrar as operações cotidianas do novo negócio;
· como produzir os bens ou serviços dentro de um padrão de qualidade e de custo;
· como obter conhecimentos profundos sobre mercado e, principalmente, sobre concorrência;
· como dominar o mercado fornecedor;
· como vender e promover os produtos/serviços;
· como encantar os clientes.
Ainda não vamos responder à pergunta acima. Primeiro de tudo, vamos entender do que se trata o ambiente de negócios. Ele compreende todos os fatores externos que podem impactar as decisões e o modo de gerir uma atividade empresarial, sejam eles elementos como forma de governo, características políticas, sociais, econômicas, entre outras condições.
Veremos adiante o que significa um ambiente de negócios com as ameaças e as oportunidades que ele traz em seu interior. Uma parte da resposta está exatamente aí: saber evitar ou neutralizar as ameaças e saber navegar pelas oportunidades que ocorrem nesse ambiente. Em outras palavras, saber escolher o negócio mais oportuno e mais suscetível de êxito. Isso envolve forte dose de análise e intuição. A outra parte da resposta está em você mesmo. A lista a seguir apresenta algumas razões pelas quais as pessoas se engajam em negócios:
· forte desejo de ser seu próprio patrão, de ter independência e não receber ordens de outros, fundamentando-se apenas em seu talento pessoal. A isso se dá o nome de espírito empreendedor;
· oportunidade de trabalhar naquilo que gosta, em vez de trabalhar como subalterno apenas para ter segurança de um salário mensal e férias a cada ano;
· sentimento de que pode desenvolver a sua própria iniciativa sem o guarda-chuva do patrão;
· desejo pessoal de reconhecimento e de prestígio;
· poderoso impulso para acumular riqueza e oportunidade de ganhar mais que quando era simples empregado;
· descoberta de uma oportunidade que outros ignoraram ou subestimaram;
· desafio de aplicar recursos próprios e habilidades pessoais em um ambiente desconhecido.
Se você tem algumas dessas razões — racionais ou emocionais, ou ambas —, a outra parte da resposta está dada.
Novamente retomamos David McClelland, que desenvolveu uma interessante teoria a respeito dos empreendedores. Um dos traços mais importantes foi descrito como motivação de realização ou impulso para melhorar. 
O programa ficou pronto em meados de 1985 e lançado, no Brasil, oficialmente por meio de um convênio entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com McClelland, as principais características que um empreendedor bem-sucedido deve possuir ou desenvolver são as seguintes:
· iniciativa e busca de oportunidades;
· perseverança;
· comprometimento;
· busca de qualidade e eficiência;
· coragem para assumir riscos, mal calculados;
· fixação de metas objetivas;
· busca de informações;
· planejamento e monitoração sistemáticos, isto é, detalhamento de planos e controles;
· capacidade de persuasão (convencimento) e de estabelecer redes de contatos pessoais;
· independência, autonomia e autocontrole.
Tais características devem ser equilibradas, aplicadas com bom senso e, se possível, distribuídas também entre os parceiros ou colaboradores do empreendedor, para assim constituir um todo harmonioso. 
Não basta buscar oportunidades se o empreendedor não se aprofundar na tomada de informações. Também não adianta estabelecer metas objetivas se o empreendedor não for perseverante na sua conquista. 
De nada vale ser independente e autoconfiante se o empreendedor não tiver profundo comprometimento emocional com seu negócio. 
O segredo está em desenvolver todas essas características no seu conjunto, pois elas constituem a matéria-prima básica do homem/mulher de negócios, a essência do espírito empreendedor. Para tanto, uma constante e profunda auto avaliação para verificar se você e sua equipe de trabalho estão utilizando pessoalmente tais características pode ajudar muito.
O que pode tornar você bem-sucedido emum negócio é a conjunção de duas coisas: o negócio oportuno e apropriado e o espírito empreendedor bem dotado que o leva adiante. Trata-se de um casamento entre a oportunidade e o oportunista que pretende aproveitá-la. Saiba engatar o seu vagão em uma boa locomotiva. Se a locomotiva for pesada demais e não conseguir vencer a rampa, o vagão permanecerá parado ou descerá ladeira abaixo na contramão.
Em suma, saiba escolher a oportunidade adequada.
Além de possuir as características anteriormente relacionadas, para ser bem-sucedido, o empreendedor precisa:
· ter vontade de trabalhar duro;
· ter habilidade de comunicação;
· conhecer maneiras de organizar o trabalho;
· ter orgulho daquilo que faz;
· manter boas relações interpessoais;
· ser um self-starter (iniciativa), um auto propulsionador;
· assumir responsabilidades e desafios;
· tomar decisões.
Procure refletir sobre as características acima, melhorando cada uma delas.
O segredo não é ser forte em uma ou outra característica, mas saber dosá-las e integrá-las em um conjunto harmonioso de comportamento empreendedor. 
Um terceiro aspecto que torna um negócio bem-sucedido é o planejamento sólido e detalhado daquilo que se pretende fazer. O plano de negócio é fundamental e será analisado nos próximos capítulos.
O quarto aspecto é o capital financeiro adequado para tocar o negócio.
Dinheiro ou crédito são também fundamentais. Também esse aspecto será tratado mais adiante.
O quinto aspecto é a sorte. E, como isso não depende de você, desejamos lhe muito boa sorte nas suas atividades.
É conveniente ponderar algumas limitações de um novo negócio. A lista a seguir dá uma boa ideia disso.
1. Esqueça o período de oito horas diárias de jornada, os fins de semana e os feriados, pelo menos no decorrer de alguns meses ou, até mesmo, anos. O ócio (descanso) e a tranquilidade não são características de um início de negócio. Você certamente terá horários de trabalho prolongados e irregulares, levará trabalho para casa, entre outras coisas.
2. Existe a possibilidade de você perder seu investimento de capital financeiro e talvez o dinheiro de outras pessoas que também colaboraram com o ingresso de numerário. O risco eventual de perdas e prejuízos não deve ser descartado.
3. Provavelmente, você não poderá contar com um ganho regular ou nem mesmo com algum ganho durante o período inicial. Talvez alguns meses ou anos sejam necessários para que você atinja o nível de salário que seu emprego atual lhe garante mensalmente.
4. Você assumirá um enorme fardo de responsabilidades. Terá de tomar decisões — com ou sem a participação de seus colaboradores — em todos os problemas que aparecerem e precisará de um profundo engajamento em todas as fases do negócio.
5. Você terá de fazer o que gosta — isso é extremamente importante para sua satisfação pessoal — e mais o que não gosta para tocar seu próprio negócio. Haverá, certamente, situações muito agradáveis, mas há atividades desagradáveis que terão de ser realizadas de qualquer maneira. Esteja preparado para tudo.
6. 	Todo o seu tempo e todas as suas energias terão de ser aplicadas. Concentre-se nessa missão. Isso reduzirá o tempo disponível para a família, para os amigos ou para possíveis diversões.
E agora? Vale a pena continuar? É você quem decide.
Nosso país precisa de pessoas como você. Pessoas com iniciativa e dedicação. Pessoas capazes de se engajar em novos negócios, produzir riqueza, participar do crescimento econômico, abrir novos empregos e gerar valor para a sociedade. Este é o espírito empreendedor que incentiva novos empreendimentos, impulsiona a prosperidade e aumenta as oportunidades de novos negócios e iniciativas.
Questionário de Motivações 
Você deverá escolher apenas uma das três alternativas propostas em cada uma das cinco questões apresentas na sequencia.
Você foi encarregado de executar um determinado projeto e tem carta branca para agir. O que você acharia importante fazer logo?
· 1. Definir os objetivos e as dificuldades que poderão surgir.
· 2. Escolher pessoas companheiras e de sua confiança para trabalhar
 com você.
· 3. Estabelecer claramente as normas que irão reger o bom andamento
 do projeto.
Se fosse possível moldar os filhos ao nosso gosto, como gostaria que fossem os seus?
· 4. Pessoas realizadoras e cheias de iniciativa.
· 5. Pessoas compreensivas e tolerantes.
· 6. Pessoas influentes e líderes na sociedade.
Três empregos são oferecidos na mesma organização com os mesmos salários, mas as funções são diferentes. Qual você escolheria?
· 7. Planejar projetos novos.
· 8. Apaziguar conflitos e promover o bom relacionamento entre as pessoas.
· 9. Dirigir um projeto importante.
A pesquisa que mais lhe interessaria:
· 10. Uma pesquisa de clima motivacional.
· 11. Uma pesquisa sobre centros de poder.
· 12. Uma pesquisa técnico-científica.
Qual a qualidade de liderança que mais valoriza?
· 13. Capacidade de planejar e executar.
· 14. Capacidade de estimular e persuadir.
· 15. Capacidade de compreender e tolerar.
Onde você preferiria empregar dinheiro?
· 16. Num projeto imobiliário.
· 17. Numa campanha contra tóxicos.
· 18. Em assistência aos menores carentes.
Supondo que os vencimentos e o horário de trabalho fossem os mesmos para três cargos e supondo também que tivesse competência para todos, qual escolheria?
· 19. Ser assistente de um conselheiro matrimonial.
· 20. Ser assistente de um deputado federal.
· 21. Ser assistente de um executivo para novos negócios.
Imagine três mesas, cada uma com três convidados. De qual delas gostaria de participar?
· 22. Santos Dumont, Bernardinho e Barão de Mauá.
· 23. Lula da Silva, Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek.
· 24. Zilda Arns, Nelson Mandela e João Paulo ll.
A organização da qual mais se orgulharia em ser membro efetivo:
· 25. NASA – National Aeronautics and Space Administration.
· 26. UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
· 27. ONU – Organização das Nações Unidas.
Sem considerar o preço, qual o presente que mais lhe agradaria receber?
· 28. Uma coleção de moedas.
· 29. Uma máquina fotográfica.
· 30. Um álbum de família.
IDENTIFICAÇÃO DE SUA MOTIVAÇÃO PREDOMINANTE
Identifique as respostas relacionadas aos motivos de realização, afiliação e poder, conforme o agrupamento dos itens de resposta nas tabelas abaixo. Em cada tabela, assinale com um X os itens respondidos por você e, na sequência, some quantos itens foram assinalados para cada motivo e conhecerá, então, sua motivação predominante.
Atenção! Não existe resultado melhor ou pior; existe a motivação
predominante em suas ações.
CONHEÇA COMO SE CARACTERIZAM OS MOTIVOS DE REALIZAÇÃO, AFILIAÇÃO E PODER:
Motivo de realização
Motivação predominante pelas necessidades de realização.
Desejo de alcançar algo difícil. As pessoas se interessam pelo seu próprio desenvolvimento, por destacarem-se aceitando responsabilidades pessoais e, também, por tentarem fazer bem as coisas, terem sucesso, inclusive, acima dos prêmios. Exigem um padrão de sucesso, domínio de tarefas complexas e superação de outras (gostam de assumir responsabilidades; de correr riscos calculados; querem retorno concreto sobre seu desempenho; desejam influenciar seus resultados utilizando sua capacidade e não são motivadas pelo dinheiro em si). Os indivíduos com esse tipo de necessidade pretendem, mais que obter sucesso individual, obter feedback concreto do seu grau de desempenho no grupo, pois buscam fazer melhor as coisas. Procuram encarar os problemas, retroalimentar- se para saber os resultados e enfrentar o fracasso.
Motivo de afiliação
Motivação predominante pelas necessidades de afi liação ou afeto (participação social).
Desejo de travar relacionamentos pessoais próximos, evitar conflito, estabelecer fortes amizades, ser solicitado e aceito pelos outros. As pessoas perseguem a amizade e a cooperação no lugardo confronto; procuram a compreensão e as boas relações. É uma necessidade social, de companheirismo e apoio por ideias em comum, para desenvolvimento de relacionamentos significativos com pessoas (podem estar motivados por cargos que exigem interação frequente com colegas). Demonstram ter dificuldade em
avaliar os subordinados de forma objetiva, pois as pessoas são mais importantes que a produção de outputs. A aproximação com os demais pode se dar por um desejo de confirmação de suas ideias. As pessoas com as mesmas ideias tendem a procurarem-se, por estarem no “mesmo barco” (quem se sente infeliz não procura apenas uma companhia, mas outra pessoa na mesma condição).
Motivo de poder
Motivação predominante pelas necessidades de poder.
Desejo de ser responsável pelos demais e ter autoridade sobre outros. Preferem o confronto, a concorrência e se preocupam muito com seu prestígio, reputação e com a influência que possam exercer sobre as outras pessoas, inclusive, mais do que com os seus resultados. Procuram posições de liderança e possuem elevada tendência ao poder associado a atividades competitivas. As pessoas desejam ter uma elevada valorização de si mesmas, solidamente firmada na realidade do momento, manifestada pelo reconhecimento e respeito dos outros.
David McClelland é o autor da Teoria das Necessidades Adquiridas que embasa este questionário e preconiza que as pessoas são impulsionadas a agirem motivadas pelas suas necessidades de realização, afiliação e poder, adquiridas com seu desenvolvimento natural. Ele argumenta em sua teoria que todas as pessoas possuem um pouco dessas necessidades, em graus diferentes, contudo uma delas será característica destacada da pessoa.
CARACTERIZAÇÃO DOS MOTIVOS DE REALIZAÇÃO, AFILIAÇÃO E PODER
Atividade elaborada com base na Teoria das Necessidades Adquiridas, de David Mc- Clelland. Questionário adaptado do modelo extraído de Desenvolvimento Organizacional
– Edela Lanzer de Souza, 1975.
Características do Comportamento Empreendedor (CCES)
A partir de pesquisas realizadas por David McClelland e outros estudiosos, sendo que pesquisas foram realizadas em diferentes países, foram elencados diversos aspectos comuns no padrão de comportamento relacionados às pessoas que obtinham sucesso e realização em suas atividades.
Diante da necessidade de simplificar a abordagem da caracterização do comportamento das pessoas consideradas empreendedoras e também com base em estudos realizados, sobretudo, na década de 80, houve o agrupamento destas informações nas chamadas Características do Comportamento Empreendedor – CCEs. Foram, então, elencadas dez Características do Comportamento Empreendedor, conteúdo que o Sebrae toma como premissa sempre que aborda este tema.
A intenção da definição das CCEs não reside simplesmente na possibilidade de identificação das características no comportamento das pessoas, mas especialmente na possibilidade de aprendizagem, desenvolvimento e aperfeiçoamento destas características. Por exemplo, se uma pessoa não tem por hábito buscar informações ou planejar suas atividades, seja qual for sua área de atuação neste caso, ela pode se dispor a fazê-lo, se considerar que isso lhe será significativo, buscando colocar em prática comportamentos que atribuam tal característica a sua conduta.
Pensando nesta possibilidade de aprendizagem, desenvolvimento e aperfeiçoamento das características do comportamento empreendedor, elas podem ser estudadas agrupadas em três grupos distintos e correlacionados, o que favorece o entendimento dos resultados possíveis a partir da prática de comportamentos empreendedores.
O conjunto de realização enfoca a aceitação, a habilidade e a tendência para tomar inciativas e a procurar e alcançar maior qualidade, produtividade, crescimento e lucratividade na atividade desenvolvida. Envolve também a tendência de se colocar em situações moderadamente desafiadoras, conforme cada contexto e empreendedor, e de agir com determinação e compromisso na busca de resultados esperados.
O conjunto de planejamento envolve a tendência de agir com foco na busca de resultados claramente especificados, de pesquisar sobre a melhor forma de desenvolver uma determinada atividade e se colocar em processo contínuo de aprendizagem, e de agir de maneira orientada, ou seja, planejada na busca do que se pretende alcançar.
O conjunto de poder envolve a tendência a confiar em si e no próprio potencial para realizar atividades diversas e superar desafios, bem como a disposição a estabelecer e manter contato com pessoas que representem contatos chaves para seus objetivos.
Envolve ainda, a habilidade de influenciar e persuadir pessoas a partir do consciente estabelecimento de estratégias para este fim. 
Referências Bibliográficas SEBRAE. Referenciais Teóricos Empretec. Sebrae, 201
Autoavaliação das Características do
Comportamento Empreendedor
O objetivo desta autoavaliação é propiciar a reflexão sobre a prática de comportamentos empreendedores em seu dia a dia.
Não há melhor ou pior resposta; o que importa é a resposta verdadeira. Seja honesto consigo! Lembre-se de que ninguém é perfeito em tudo e estamos em constante desenvolvimento dos comportamentos empreendedores.
1ª ETAPA – AUTOAVALIAÇÃO
Para preencher a autoavaliação reflita e escolha o número que melhor descreva a sua prática no dia a dia, conforme cada comportamento listado.
2ª ETAPA – APURAÇÃO DE RESULTADO
Transfira para as seguintes tabelas a avaliação colocada na tabela anterior e apure as somas indicadas.
Plano de Desenvolvimento Pessoal
Tendo realizado sua Autoavaliação das Características do Comportamento Empreendedor e analisado seu resultado, escolha até quatro CCEs para as quais você pretende dedicar maior atenção durante a Disciplina de Empreendedorismo para seu fortalecimento.
Trata-se de um plano que sistematiza diversas ações a serem tomadas para que você conquiste certo objetivo por meio do desenvolvimento pessoal e profissional. Em outras palavras, é um roteiro para que você saia de onde está agora e chegue onde gostaria de estar.
Como você já sabe, para agir como empreendedor é preciso exercitar-se nesta direção, ou seja, praticar comportamentos que caracterizam uma conduta empreendedora. E esta história tem um detalhe importante: colocar comportamentos empreendedores em prática só depende de você!
Em seu dia a dia dedique um tempo para refletir sobre suas ações e os resultados alcançados,
analise as situações de dificuldade ou fracasso, vibre com suas conquistas, enfim, aprenda praticando, aprenda a empreender, empreendendo.
· Estabeleço metas claras e objetivos em curto prazo?
· Escolho agir em situações com riscos moderados, bem calculados?
· Trabalho para alcançar alta qualidade em longo prazo, considerando as atividades que 
desenvolvo?
· Busco alcançar alta qualidade em meu desempenho?
· Preocupo-me em fazer cada vez melhor minhas atividades?
· Aceito de modo satisfatório a responsabilidade em resolver os problemas que
· aparecem?
· Tenho confiança em minhas próprias capacidades de decisão e ação?
· Sou independente e não fico esperando que outros decidam ou busquem recursos
por mim?
· Busco informações para resolver os problemas ou aprender mais sobre algo?
· Desenvolvo e utilizo planos organizados de trabalho para agir com mais eficiência?
· Desanimo com o fracasso?
· Analiso as razões do fracasso para aprender coisas novas e agir com mais eficiência em situações futuras?
· Sou capaz de escolher novas estratégias para alcançar meus objetivos e para substituir estratégias que não funcionaram?
· Tenho realmente me esforçado a fim de atingir meus objetivos e realizar as atividades e tarefas de minha responsabilidade?
· Assumo responsabilidade pessoal em relação às tarefas que devo realizar?
· Como reajo diante de um feedback recebido? (Pense tanto em situações de feedback positivo e de feedback negativo).
· Faça constantemente esta reflexão!
· É interessante que você,constantemente, se pergunte sobre seu comportamento empreendedor na condução do seu trabalho, da sua vida, do seu dia a dia.
· Utilize sua motivação interna para transformar alguma fraqueza, porventura identificada, em fortaleza que impulsione suas ações para o êxito.
· Utilize os momentos de reflexão e autoavaliação para resgatar e fortalecer o potencial
empreendedor que há em você!
Até o Módulo 2
EMPREENDEDORISMO - MÓDULO 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS 
Empreen
ded
orismo
 
Carga Horária 40 horas
 
Professor Ocimar
 
Apostila 
Versão 2021
 
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GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS 
Empreendedorismo 
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