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UniAGES Centro Universitário Bacharelado em Administração ÉVERTON JOSÉ DOS SANTOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: uma análise do uso de sistemas de gestão empresarial (ERP’s) nas lojas de roupas da cidade de Adustina (BA) Paripiranga 2016 ÉVERTON JOSÉ DOS SANTOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: uma análise do uso de sistemas de gestão empresarial (ERP’s) nas lojas de roupas da cidade de Adustina (BA) Monografia apresentada no curso de graduação do Centro Universitário AGES como um dos pré- requisitos para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Esp. Thales Brandão Ferreira Paripiranga 2016 Santos, Éverton José dos, 1989. Sistemas de informação: uma análise do uso de sistemas de gestão empresarial (ERP`s) nas lojas de roupas da cidade de Adustina (BA)/ Éverton José dos Santos. – Paripiranga, 2016. 85 f.: il. Orientador: Prof. Esp. Thales Brandão Ferreira Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – UniAGES, Curso de Administração, 2016. 1. Sistemas de informação. 2. Micro e pequenas empresas. 3. Gestão empresarial I. Ferreira, Thales Brandão. II. UniAGES, Curso de Administração. III. Título. ÉVERTON JOSÉ DOS SANTOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: uma análise do uso de sistemas de gestão empresarial (ERP’s) nas lojas de roupas da cidade de Adustina (BA) Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração, à Comissão Julgadora designada pelo colegiado de curso do Centro Universitário AGES. Paripiranga, 15 de Dezembro de 2016. BANCA EXAMINADORA Prof. Thales Brandão Ferreira UniAGES Prof. Rusel Marcos Batista Barroso UniAGES Dedico este trabalho, especialmente, à minha mãe Edna, exemplo de pessoa que sempre me apoiou em minhas decisões e sempre me incentivou a continuar mesmo diante de tantos obstáculos. AGRADECIMENTOS A Deus, por me acompanhar em todos os momentos, me dando força, disposição e sabedoria para a realização deste trabalho mesmo quando meu pensamento era de que nada daria certo. Ao Centro Universitário AGES, por me proporcionar a oportunidade de ingressar no ensino superior como bolsista do PROUNI e dar continuidade no sonho de conseguir meu primeiro diploma. Ao meu orientador, prof. Thales Brandão, por sua disposição em me acompanhar na construção desse trabalho. Aos coordenadores, inicialmente, à professora Sílvia Manoela, por ter me acompanhado quase todo o curso, buscando sempre o melhor, tanto para os alunos, quanto para o curso de Administração e ao Prof. Robson, que assumiu já na reta final, mas que continuou, de forma esplêndida, o trabalho de coordenador. A todos os professores que participaram de minha formação durante esse período, pois, sem eles, não seria capaz de continuar meus estudos de forma crítica: Thales Brandão, Reginaldo, Silvia Manoela, especialmente, a professora Hirlidan Cruz, que se tornou uma amiga além da sala de aula. Esses, com certeza, são nomes e pessoas que jamais esquecerei. E a todos os demais que passaram brevemente na minha vida acadêmica, mas que tiveram sua devida importância. A Ana Paula Almeida (Paulinha), por sua amizade e seu companheirismo durante todo esse tempo, considero-a como irmã, agradeço seus conselhos, sua paciência e seu incentivo, mesmo nos momentos mais críticos da minha vida, amizade que levarei para a vida toda. A Marta Carregosa (Martinha), pelo carinho de sempre, pelas conversas e pelo apoio em diversos momentos da minha vida acadêmica e pessoal. A Janaiza Menezes, Iorrane Rosário e Marcia Dias, pessoas maravilhosas que entraram na minha vida, a quem devo muitos momentos de risos, descontração e, acima de tudo, por estarem sempre do meu lado nos momentos que mais precisei. A Claudiana Guimarães, que me acolheu em sua humilde pensão, como uma mãe que acolhe seu filho, nos momentos que precisei me ausentar de minha casa. A Beathrix Santana (Beh), pelo carinho, companheirismo, pela cumplicidade e atenção nesses últimos dois anos, por acreditar em mim quando poucos acreditaram, por me incentivar a continuar mesmo quando as coisas pareciam ruir, por enfrentar junto comigo tantos obstáculos. A você todo o meu carinho. A Ângela Souza, pela amizade que nem mesmo o tempo e a distância conseguiram apagar. A todos os colegas que fizeram parte desse trajeto (Islaine Pimentel, Ivonete Santana, Renata Cibele, Jaqueline, Morgana, Franciele, Josely, Magda Leal, Flaviane Alves, Maycon, Daniel, Claudinha Gozanga, Leninha, Sonia, Andressa Barbosa, Niwma, Renata Andrade, Paloma, Beatriz Oliveira, Ivaneide Andrade, Aline Jane, Geovana Elias), seja na convivência, na sala de aula, nos momentos de intervalo ou ainda no ônibus. Àqueles que sempre me acompanharam de alguma forma, carregarei comigo cada experiência vivida durante esse tempo. Aos colaboradores da instituição que sempre me receberam de bom grado, atendendo sempre que possível às minhas solicitações, em especial, a Gilsa Mara, por seu jeito carismático e por sempre ter me recebido com um sorriso sincero no rosto. A primeira regra de qualquer tecnologia utilizada nos negócios é que a automação aplicada a uma operação eficiente aumentará a eficiência. A segunda é que a automação aplicada a uma operação ineficiente aumentará a ineficiência. Bill Gates RESUMO O presente trabalho se constituiu de análises feitas a partir da observação das MPEs do segmento de vestuário da cidade de Adustina, abordando, principalmente, a implantação e o uso de sistemas de informações como ferramenta de auxílio à gestão, em específico, os sistemas de gestão empresarial (ERP’s – Enterprise Resource Planning), se utilizando de um roteiro de entrevista, contendo perguntas fechadas direcionadas não somente ao uso de tais sistemas, mas, também, em alguns casos, quais as razões que levam tais gestores a não implantarem ou ainda, em outros casos, por que não se utiliza de forma plena os recursos disponibilizados por esses sistemas, tendo em vista a necessidade das empresas pela busca de soluções que as capacitem a obterem ganhos em competitividade, permitindo, assim, uma atuação compatível com as exigências mercadológicas e a intensa concorrência instalada com a globalização dos mercados, tendo como objetivo geral entender quais as principais dificuldades enfrentadas pelos varejistas de roupas da cidade de Adustina (BA) quando tratamos de implantação e manutenção dos sistemas ERP’s dentro delas, e mostrar a realidade da cidade de Adustina (BA) no que se refere à adoção e ao uso de novas tecnologias para a gestão das MPEs como objetivo específico. Para tanto, foram realizadas leituras de livros e artigos, pesquisas em sites de tecnologia e a pesquisa de campo a fim de colher o máximo de informações necessárias para obtenção de resultados satisfatórios e que atendessem ao método de pesquisa escolhido (descritiva e explicativa). Nessa busca, por competitividade e melhoria no desempenho organizacional, uma das estratégias adotadas por diversas empresas consiste em focar seus esforços na adoção de novas tecnologias capazes de incrementar seu desempenho. Este trabalho também visa verificar os benefícios esperados na implantação de sistemas ERP nas MPEs e os principais problemas encontrados antes, durante e depois da implantação destes. Os resultados encontradosna pesquisa permitiram afirmar se há evidências suficientes para garantir que os benefícios esperados e problemas encontrados na implantação de sistemas ERP em grandes empresas não são aplicáveis totalmente na implantação em pequenas empresas, já que, muitas das vezes, esses ambientes são totalmente diferentes. As análises feitas no setor de vestuário a respeito da implantação de sistemas de gestão exemplifica bem a necessidade de planejamento para que este se adeque aos processos da empresa, para que a gestão possa tomar decisões a partir dele, mensurando resultados positivos para a organização, buscando, ainda, alterar uma cultura de resistência às mudanças típicas de regiões interioranas. PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia da informação. Sistemas de informação. Sistemas de gestão empresarial. Micro e pequenas empresas. ABSTRACT This work was made up of analyzes done through the observation of the MSCs of the clothing segment of the municipality of Adustina, addressing, mainly, the implantation and the use of information systems as a tool to aid the management, in particular, the management systems (ERP – Enterprise Resource Planning), using an interview script, containing closed questions directed not only to the use of such systems but also, in some cases, the reasons why these managers do not implement or, in other cases, why the resources made available by these systems are not fully utilized, in view of the need for companies to search for solutions that enable them to achieve gains in competitiveness, thus allowing a performance compatible with market requirements and the intense competition installed with the globalization of the markets, with the general aim of understanding the main difficulties faced by the clothing retailers of the municipality of Adustina (BA) when it is dealt with the implementation and maintenance of ERP systems within them, and show the reality of the municipality of Adustina (BA), regarding to the adoption and use of new technologies for the management of MSCs as a specific objective. In order to do so, it was carried out reading of books and articles, research on technology sites and field research in order to obtain the maximum information needed to obtain satisfactory results and to meet the chosen research method (descriptive and explanatory). In this search, for competitiveness and improvement in organizational performance, one of the strategies adopted by several companies is to focus their efforts on the adoption of new technologies capable of increasing their performance. This work also aims to verify the expected benefits in the implementation of ERP systems in MSCs and the main problems encountered before, during and after the implementation of these ones. The results found in the research allowed to affirm if there is enough evidence to guarantee that the expected benefits and problems found in the implantation of ERP systems in large companies are not totally applicable in the implantation in small companies, since, often, these environments are totally different. The analysis made in the garment sector regarding to the implementation of management systems well exemplifies the need for planning so that it adapts to the company’s processes, so that the management can make decisions from it, measuring positive results for the organization, still trying to change a culture of resistance to the typical changes of interior regions. KEYWORDS: Information technology. Information systems. Business management systems. Micro and small companies. LISTAS LISTA DE FIGURAS 1: Contador de likes em cabides da loja C&A 37 2: Etiqueta inteligente utilizada pela loja Memove 38 3: Provadores inteligentes da Billabong 39 LISTA DE GRÁFICOS 1: Tempo de mercado 55 2: Gênero 56 3: Idade 57 4: Escolaridade 58 5: Conhecimento sobre sistemas de informações 59 6: O que são ERP’s 60 7: A empresa possui ERP’s 62 8: Implantação de ERP’s 63 9: Motivos para implantar um ERP 63 10: Desafios na implantação do ERP 64 11: Como é feito o controle financeiro da empresa 65 12: Como é feito o controle estoque da empresa 66 13: Como é feito o cadastro de clientes 67 14: Tomada de decisão baseadas nos sistemas 69 15: Frequência de tomada de decisão baseada no sistema 69 16: Você recebe suporte da empresa 71 17: O sistema recebe atualização 71 SUMÁRIO 1 MARCO INTRODUTÓRIO 12 2 MARCO TEÓRICO 14 2.1 Tecnologia da Informação 14 2.1.1 Conceito 14 2.1.2 Componentes da tecnologia da informação 15 2.1.2.1 Computadores 15 2.1.2.2 Hardwares 16 2.1.2.3 Softwares 17 2.1.2.4 Softwares utilitários 17 2.1.2.5 Softwares de automação 18 2.1.2.6 Softwares de sistema 18 2.1.3 A importância da tecnologia dentro das organizações 19 2.1.4 Tecnologia da informação como suporte à decisão 22 2.2 Sistemas de Informações Gerenciais 31 2.2.1 Conceitos 31 2.2.2 A evolução do sistema de informação gerencial 32 2.2.3 A implantação do SIG no processo decisório 33 2.3 Inovação e Tecnologia 34 2.4 Sistema Integrado de Gestão (ERP) 39 2.4.1 Conceitos de ERP 39 2.4.2 Origem e evolução dos sistemas ERP 41 2.4.3 Implantação de ERP’s nas MPEs 42 2.4.4 Etapas da implementação 44 2.4.5 Benefícios e dificuldades proporcionados por um sistema ERP 44 2.4.6 Custo de implantação de ERP’s nas MPEs 46 2.4.7 Impactos do uso de sistemas ERP’s 47 3 MARCO METODOLÓGICO 52 3.1 Tipo e Caracterização da Pesquisa 52 3.2 Universo e Amostra 53 3.3 Instrumentos de Coleta de Dados 53 3.4 Procedimentos de Análise dos Dados 54 4 MARCO ANALÍTICO 55 4.1 Breve Perfil dos Elementos Estudados 55 4.2 Sistemas de Informação 58 4.3 Conhecimento de Novas Tecnologias 59 4.4 Uso das Novas Tecnologias 64 4.5 Desafios no Uso das Novas Tecnologias 68 5 CONCLUSÃO 72 REFERÊNCIAS 75 ANEXO 79 APÊNDICE 81 1 MARCO INTRODUTÓRIO A gestão das micro e pequenas empresas precisam, de certa forma, acompanhar as novas tendências de gestão, tendo em vista uma maior eficiência no manejo das informações, o que proporcionará uma melhor administração de sua organização. Dessa forma, o uso da tecnologia vem a ser um meio de bastante valia, o uso de ERP (Enterprise Resource Planning) pode ser citado como um exemplo claro de ferramenta que auxilia a tomada de decisão eficiente. No entanto, ainda existe uma grande questão a ser resolvida, mesmo com a tecnologia cada vez mais desenvolvida e cada vez mais presente dentro das empresas, o seu manuseio ainda é falho ou negligenciado em muitas organizações a ponto de muitas dessas possuírem ferramentas de gerenciamento e não conseguirem fazer uso total de seu potencial, de certa maneira, ainda falta domínio destas que são empregadas dentro das organizações. Essas falhas e essa falta de domínio podem ser observadas claramente nas micro e pequenas empresas, por não haver um suporte para tal tecnologia ou por serem omissas a esse aprendizado. A cultura local acaba tendo uma forte influência e acaba, muitas vezes, por se tornar um dos fatores de resistência que mais interferem na adesão desses novos processos, uma vez que a maioria das organizações foi concebida em moldes rústicos com uma forte tendência a não implantar novas ferramentas. Inovar por si só já é algo relevante a qualquer empresa, independentemente de seu porte, logo as inovações tecnológicas, quando bem aplicadas, acabam por se tornar ferramentas que permitem gerenciar de forma eficiente qualquerorganização, otimizando toda uma gama de processos que outrora se daria de forma demorada. Para isso, é necessário, no entanto, que os gestores sejam capazes de visualizar e implantar de acordo com suas necessidades, permitindo, assim, que tais ferramentas sejam utilizadas de forma eficiente e contribuam de forma relevante para o crescimento da organização, evitando possíveis controvérsias que, posteriormente, se refletiria de forma negativa no desenvolvimento organizacional. A gestão das empresas atualmente, independentemente do porte, segue uma tendência de otimização de processo em seus diversos setores, se utilizando, principalmente, da tecnologia, seja ela a partir da utilização de softwares ou de equipamentos. Apesar desse entendimento, busca-se uma forma de buscar entender quais as principais dificuldades enfrentadas pelos varejistas de roupas da cidade de Adustina (BA) quando tratamos de implantação e manutenção dos sistemas ERP’s dentro delas, uma vez que, em tempos contemporâneos, a tomada de decisão por parte do gestor precisa ser de forma acertada, eliminando possíveis margens de erros, já que tais sistemas são poderosas ferramentas capazes de fornecer informações imprescindíveis para uma boa gestão, bem como a otimização de processos dentro da organização. Para tanto, é preciso entender, inicialmente, como, de fato, tais sistemas são empregados dentro de suas lojas, observando, principalmente, os desafios enfrentados tanto no processo de aquisição, implantação e posterior suporte a estes, tal preocupação se deve ao fato de que os sistemas ERP’s devem ser utilizados como uma forma eficaz na administração de qualquer organização. Diante de toda essa realidade, porém, é preciso levar em consideração, essencialmente, a realidade do cenário local, uma vez que a diversidade de sistemas voltados para soluções empresariais é inúmera. Nesse contexto, se faz necessária uma análise detalhada acerca da melhor opção que se adeque às condições da empresa, partindo da observação, tanto do tipo de negócio, bem como os objetivos pretendidos pelos gestores. Esse é, portanto, um dos maiores desafios frente a uma cultura conservadora, adepta de uma gestão enrustida que se baseia em métodos obsoletos de sistemas de informações, barreira esta que precisa ser rompida tendo em vista a Administração contemporânea, que contempla, sobretudo, a tomada de decisão de forma quase que instantânea e isso só se torna possível quando se tem um sistema de informações que está se adequando às novas especificações do mercado. O trabalho se torna relevante tanto para o ambiente acadêmico, quanto científico, a partir do momento em que ele busca mostrar a realidade da cidade de Adustina (BA), no que se refere à adoção e ao uso de novas tecnologias para a gestão das MPEs, objeto de estudo, buscando entender a correlação entre a resistência da cultura local em aderir essas novas tecnologias e os impactos que isso pode gerar tanto para a boa gestão, quanto para o cenário mercadológico local. 2 MARCO TEÓRICO 2.1 Tecnologia da Informação 2.1.1 Conceito Ao longo de sua existência, o homem como um todo sempre buscou maneiras de otimizar sua existência, criando diversas ferramentas que possibilitem a realização de diversos processos como forma de diminuir o tempo hábil de tal atividade e lhe possibilitar maior comodidade e praticidade. Essa sempre foi uma das maiores preocupações dele, diante disso, ele criou inúmeras possibilidades. É nesse contexto que a tecnologia da informação se apresenta numa evolução que envolve a realização desde as mais simples tarefas até o mais complexo dos processos produtivos de uma fábrica. Foi somente com o uso da tecnologia da informação que diversos produtos e serviços se tornaram uma realidade cotidiana nos dias atuais (como a internet ou os smartphones, por exemplo), mas vale salientar que a tecnologia da informação não é apenas um aparato tecnológico ou outro. Rezende e Abreu (2009) descrevem-na como sendo o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e o uso de informações, usando qualquer dispositivo que tenha capacidade de tratar dados e/ou informações de forma sistêmica ou esporádica, seja em um produto, serviço ou processo. Tais informações podem ser usadas dentro das organizações para que a tomada de decisão tenha um percentual de acerto muito maior, principalmente, quando consideramos o atual cenário tecnológico que se modifica de forma constante e cada vez mais acelerado. O’Brien (2004) apresenta a tecnologia da informação como algo que influencia diretamente na redução de custos, capaz de promover um diferencial competitivo, consequentemente, a promoção do crescimento organizacional, no entanto, isso precisa ser analisado cuidadosamente em cada situação, para que ela seja utilizada como uma aliada e não simplesmente como uma ferramenta que vai gerar custos sem resultados positivos. 2.1.2 Componentes da tecnologia da informação 2.1.2.1 Computadores Os constantes avanços tecnológicos obrigaram toda a sociedade a aderir novos aparatos que otimizassem uma grande parte ou quase todos os processos que envolviam alguma atividade. Hoje, os computadores estão presentes em nosso cotidiano, de forma que eles acabaram por se tornar quase que uma extensão de nosso corpo, e a facilidade com estes evoluíram nas últimas décadas. É surpreendente, passando de grandes máquinas, pesando toneladas e que ocupavam grande espaço em suas primeiras versões (nos anos que permeiam entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, cujos fins eram unicamente militares) até os dias atuais, quando eles cabem na palma da mão e pesando poucos gramas, a capacidade de processamento e armazenamento, bem como as diversas aplicabilidades que eles têm mostrado que os limites entre as possibilidades e a realidade são algo relativamente tênue. Segundo Capron & Johnson (2004), o computador é basicamente uma máquina que pode ser programada para aceitar dados de (entrada) e transformá-la em informação (saída) útil que será armazenada e tanto para segurança quanto para posterior utilização. Dentro das organizações o uso de tais aparatos tem se tornado cada vez mais evidente e necessário para que as tomadas de decisões sejam tomadas de uma forma bem mais rápida para que, assim, possa ser promovido o seu crescimento. Segundo Cortes (2008), foi na década de 1980 quando foi lançado o IBM-PC, que as empresas começaram a visualizar potencial uso para tais e que tornariam as tarefas rotineiras simplificadas. Mas, para que todas as aplicações dos computadores em suas diversas áreas possam ser melhor entendidas, é preciso observar também quais os principais componentes que o compõe: hardware e software. 2.1.2.2 Hardwares Toda tecnologia é constituída de componentes básicos que devem ser observados. Dentro desse contexto, devemos entender que hardware se refere aos componentes físicos que constituem o computador, indo desde o processador, placa mãe até os componentes externos como teclados e mouse, que ainda podem ser categorizados como dispositivos de entrada ou periféricos que serão responsáveis por introduzir os dados que, posteriormente, serão processados e transformados em informações que serão utilizados ou não por seu usuário, e também como dispositivos de saída que são aqueles responsáveis por exibir os resultados dos dados processados (a exemplo de monitores, impressoras, dentre outros). Assim: Os periféricos são os dispositivos que trabalham em conjunto com o computador. Como dispositivos de entrada (input) do computador pode-se relatar o teclado, mouse, os recursos de multimídia (sons e imagens), instrumentos musicais, dispositivos de reconhecimento de voz, scanners para digitalização de imagens e leiturasde códigos de barras, câmeras, filmadoras, leitores óticos, digitalizadores e microfone. Como dispositivos de saída (output), os monitores, impressoras comuns (jato de tinta, laser ou matricial), plotters etc. [...]. (REZENDE & ABREU, 2009, p.57) Cornachione Jr. (2001) ainda os descreve como sendo um conjunto de acessórios que auxiliam a entender o resultado final do processamento de dados, sendo dispensável ou não, a depender da atividade a ser executada. É o conjunto de todas essas peças mediante um software específico que transformará todos os dados em informações úteis para o usuário. Todo esse conjunto precisa estar devidamente aliado para as informações resultantes dos inputs realizados através de um dos periféricos que possam ter valor para quem os vai utilizar, caso contrário, serão apenas mais um aparato sem utilidade. 2.1.2.3 Softwares Softwares são uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, no redirecionamento ou na modificação de um dado, uma informação ou um acontecimento. Também é o nome dado ao comportamento exibido por essa sequência de instruções quando executadas em um computador ou máquina semelhante. Este também é um produto e é desenvolvido pela engenharia de software, e inclui não só o programa de computador propriamente dito, mas, também, manuais e especificações. Para que todo e qualquer sistema informatizado funcione, é necessário que haja uma ponte entre o usuário que seja capaz de transcrever os dados inseridos, de forma que as informações possam se tornar uteis, para que isso ocorra de maneira eficiente, existe um conjunto de ferramentas específicas a cada situação, tais conjuntos são denominado de software. O’Brien (2004) define-o como sendo um grupo de instruções capaz de transcrever as informações de modo que ela possa ser facilmente interpretada por seu usuário, cada software possuía uma especificação que permite desempenhar cada tarefa de maneira adequada. 2.1.2.4 Softwares utilitários Para Rezende e Abreu (2007), são programas que oferecem opções aos usuários de executar tarefas complementares às oferecidas pelos sistemas operacionais, tanto em softwares de automação de escritórios quanto para a execução de outros aplicativos. Estes têm um papel fundamental no funcionamento dos sistemas ERP’s, uma vez que garantem um suporte para que funcionem de forma adequada, forneçam ao usuário ferramentas para organizar os discos, verificar disponibilidade de memória, corrigir falhas de processamento, dentre outros. Mesmo sendo menores, os softwares utilitários são essenciais para manter o bom funcionamento do sistema como um todo. 2.1.2.5 Softwares de automação Laudon e Laudon (2001, p. 33) também os definem como: “os sistemas de automação de escritório (SAE) são aplicações de informática projetadas para aumentar a produtividade dos trabalhadores de dados, dando suporte à coordenação e às atividades de comunicação de um escritório típico”. Essas aplicações são projetadas para atuar de forma sistêmica na demanda de serviços, visando aumentar sua produtividade, outrora trabalhosa e demorada. O surgimento dessas aplicações remodelou o ambiente de trabalho e a forma de como se lidar com as informações necessárias para o funcionamento da organização, e, assim como na Revolução Industrial, as máquinas substituíram uma enorme quantidade de trabalhadores, produzindo ainda mais. Tais aplicativos acabaram por substituir alguns cargos, já que, agora, um único colaborador, através deste, é capaz de lidar com várias informações diferentes em um tempo muito menor, e com uma produtividade bem maior. 2.1.2.6 Softwares de sistema Dentro de um contexto tecnológico, os diversos tipos de software existem de forma a categorizar sua importância e função, desempenhando papéis cruciais e atendendo às necessidades específicas que visam ao final obter informações necessárias para a gestão de algum processo. O’Brien (2004) descreve software de sistemas como sendo aqueles capazes de gerenciar e apoiar as operações de sistema de redes de computadores. Dentre eles, podemos citar os sistemas operacionais, monitores de desempenho e segurança, dentre outros, em termos gerais, tais softwares são a base para que o aparato tecnológico possa funcionar e, posteriormente, dar suporte a outros tipos de software, tal qual os ERP’s. 2.1.3 A importância da tecnologia dentro das organizações Novas tecnologias vão sempre provocar mudanças no ambiente social da organização e é difícil imaginar alguma inovação tecnológica que pudesse ser introduzida na empresa sem provocar algum efeito. A definição de inovação, palavra que deriva do latim in e novare, significa fazer algo novo ou renovar, é conceituada de acordo com o Manual de Oslo in Maculan (2005), como sendo a colocação no mercado de um produto (bem ou serviço) tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou, mesmo, a adoção pela empresa de um processo produtivo tecnologicamente novo ou significativamente aprimorado. A utilização dos sistemas de gestão empresarial já não é uma particularidade das grandes empresas no mundo atual. Com o passar do tempo, surge à necessidade de adequar antigos processos, e criar novos, para atender uma nova estrutura econômica e de mercado, para o empreendedor isso é apresentado como uma urgência em se adaptar constantemente às novas exigências dos consumidores e da economia, desta forma o conceito de empreendedorismo passa a ser subsidiado ao ato de inovar [...] (BISPO et al., s/a, p.2). Antes, este era de uma utilização mais restrita para empresas de grande porte e reconhecidamente um representante da abordagem de boas práticas de gestão, sua importância tem se refletido também na aplicabilidade em pequenas e médias empresas. Em um mercado globalizado e competitivo, a centralização de informações, a integração dos processos de negócio e a disponibilização dessas informações entre as diversas áreas da empresa têm se tornado imprescindível para a sustentação das organizações, de forma que os gestores possam fazer uso do conhecimento da atividade empresarial e gerar vantagem competitiva. Ainda na década de 90, crescia a acessibilidade dos softwares comerciais para MPE no país que com a promessa mensurar o impacto das ações realizadas pelas organizações, medindo a qualidade dos produtos e serviços, custos, nível de satisfação dos funcionários e produtividade, encontrou no setor de panificação solo fértil para fermentação de suas atividades. Tais pacotes comerciais de softwares com a finalidade de integrar e dar suporte a uma gama de operações da empresa passou a ser conhecido como Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (SIGE ou SIG), em inglês Enterprise Resource Planning (ERP) (COSTA, s/a, p.3). A velocidade com que atualmente ocorre a competição tecnológica desafia os dirigentes das organizações a adotarem novas posturas estratégicas e a conceberem novas formas de se desenvolverem tecnologias e de criarem oportunidades de mercado para seus produtos, nos vemos numa posição em que é preciso buscar novas formas de intensificar o crescimento de modo a acompanhar essa competição tecnológica. Historicamente, “As empresas brasileiras são tradicionalmente consideradas pouco propensas a inovar, frequentemente tendo dificuldades na gestão tecnológica”, afirma Maculan (2005, p.10). A revolução industrial utilizou tecnologia para estender a capacidade física de o homem realizar o trabalho. A revolução da informática está estendendo a nossa capacidade de realizar trabalho mental e redistribuindo o tempo que dedicamos à realização das nossas diversas atividades. Isso nos dá uma dimensão de que a resistência em lidar com essas novas tecnologias acaba tendo uma fundamentação real, implicandoem uma atenção maior, voltada a esse problema, se nas grandes empresas já existe de forma significativa essa resistência, tornando uma realidade assustadora: Em um nível empírico, há uma extrema carência de informações e estudos sobre a capacitação tecnológica e as práticas inovadoras das empresas brasileiras. Essa carência está sendo, aos poucos, minorada por análises setoriais ou regionais, ou estudos de caso, que permitem entender melhor o comportamento das empresas (MACULAN, 2005, p.2). As necessidades de uma empresa em se adequar às novas especificações do mercado requerem uma atenção maior por parte de seus gestores, uma vez que as necessidades de cada empresa são diferentes. Logo, os objetivos são distintos e precisam ser analisados de forma individual, utilizando as informações necessárias para a construção de um pensamento objetivo que sejam capazes de fundamentar decisões eficazes para a manutenção da organização. Para inovar, as empresas precisam reunir e combinar informações e conhecimentos gerados, em parte, internamente, nas suas diversas unidades e, em parte, externamente, em outras empresas ou instituições. Os conhecimentos de origem interna são produtos de uma dupla dinâmica. Por um lado, as empresas podem desenvolver atividades de pesquisa para gerar novos produtos ou novas soluções. A existência dessas estruturas internas de pesquisa e desenvolvimento não é muito comum. São mais frequentes nas grandes empresas e em alguns setores como a indústria farmacêutica, a indústria eletrônica ou o setor de instrumentação. Por outro lado, as experiências ligadas à organização das atividades produtivas representam uma importante fonte de conhecimentos que permitem resolver problemas práticos ou atender melhor às demandas dos usuários ou compradores [...]. (MACULAN, 2005, p.3) É preciso observar com atenção as informações que circulam dentro da empresa, para que seja possível utilizá-las de forma adequada, aderindo ainda às novas tecnologias que envolvem informações e meios digitais, uma necessidade que se torna vital à sobrevivência de mercado. A grande questão que se deve discutir e analisar é como o conjunto de informações circulantes, tanto dentro do ambiente interno, quanto externo, pode auxiliar uma empresa a tomar decisões capazes de gerenciar de forma ativa. [...] a questão das informações não se restringe a esses usos internalizados, pois como as empresas atuam num mercado com outros concorrentes, a inteligência informacional é elemento crucial para o estabelecimento de suas estratégias defensivas e ofensivas que objetivam crescer e se perenizar. Além disso, as empresas fazem parte do sistema produtivo, e a sua competitividade depende sistemicamente da performance dos demais agentes — outras empresas, organismos públicos, não-governamentais e dos cidadãos — cujas mobilizações e estabelecimento e acessibilidade de bases de dados genéricos é também essencial para o desempenho conjunto da sociedade (LASTRES, 1999, p.59). As organizações precisam ter em mente que acompanhar tendências deixou de ser algo superficial e pouco proveitoso, passou a ser item vital para o crescimento e permanência da mesma no âmbito competitivo. Um dos equívocos mais comuns é entender que a inovação trata principalmente senão exclusivamente, de tecnologias em transições. Basta mencionar inovação e muitos CEOs que se consideram gênios em seus negócios desatam a falar de laboratórios de P&D em que engenheiros e cientistas estariam empenhados em desenvolver a próxima grande tecnologia. A verdade, no entanto, é que a inovação não se resume apenas a mudanças tecnológicas (DAVILA et al., 2007, p.49). Saber utilizar as novas tecnologias em prol do desenvolvimento das empresas deixou de ser algo inovador e passou a ser algo obrigatório se ela quiser sobreviver à competitividade do mercado. Logo, entender as novas tecnologias tornou-se um grande desafio não só para quem está no mercado, mas também para os futuros empreendedores (talvez, para este último, seja mais fácil se adequar, uma vez que suas ideias já nascem fundamentadas no novo mundo), que almejam o sucesso de suas organizações. É preciso compreender ainda que os novos conceitos mercadológicos exigem do empreendedor não somente conhecer o campo na qual se vai atuar, como também a necessidade de se planejar. 2.1.4 Tecnologia da informação como suporte à decisão Partindo do princípio de que as mídias sociais podem alavancar toda e qualquer empresa que se dispõe a investir no setor, requer (também) um cuidado ainda maior no que diz respeito ao seu devido planejamento. Não basta apenas uma ideia inovadora, é preciso conhecer o território onde se está pisando. Logo, novas tecnologias não significam menos preocupações com as organizações, muito pelo contrário, elas requerem mais atenção, uma vez que os fundamentos para uma empresa de sucesso estão justamente em saber mensurar seu espaço e suas limitações, bem como está preparada para se adequar às novas maneiras de aprender a gerir seu negócio. Portanto, o planejamento de todo e qualquer negócio continua sendo um dos pilares fundamentais para a boa atuação no mercado. O impacto deste fenômeno é observável em todas as empresas, independentemente de seu porte ou ramo de atividade. O aumento da competitividade entre as empresas dos mais variados setores, a busca por alternativas que possibilitem a redução de custos, o desenvolvimento da tecnologia de informação, as mudanças que ocorrem no ambiente em que estão inseridas, levam as organizações a repensarem seus modos de produção e a buscarem alternativas que lhes possibilitem a sobrevivência (LIMAS et al., 2009, p.2). Logo, não basta somente investir, se o gestor não possuir uma visão além daquilo que se vivencia no momento, é preciso enxergar além dessas limitações e desse comodismo, verificar o ambiente e estruturar decisões acertadas, utilizando, para isso, um sistema ativo de informações. A inovação é um processo complexo de busca de soluções que não pode ser entendido como compra de equipamentos novos. Para definir uma verdadeira estratégia tecnológica, é preciso reunir vários componentes; e não há dúvida de que uma maior capacitação tecnológica passa por outras modalidades de incorporação e gestão da tecnologia. A capacidade de desenvolver novas tecnologias de produção requer investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento interno, projetos de pesquisa conjunta com instituições especializadas e contratação de recursos humanos capacitados (MACULAN, 2005, p.11). A estruturação de uma empresa, independentemente de sua área de atuação, está diretamente atrelada à condição com a qual seus gestores lidam com as informações internas e externas desse ambiente, é preciso explorar os recursos disponíveis para que as decisões sejam efetivas e acertadas e sejam postas em prática. Nesse contexto, a informatização dos recursos vem facilitar esse processo decisório. No entanto, mesmo com todas essas facilidades, a responsabilidade por fazer bom uso das informações colhidas ainda é parte cabível aos recursos humanos dentro das organizações. Assim, por mais que os sistemas de informações evoluam, o processo de decisão final ainda cabe ao ser humano e este, como tal, está suscetível a erros. O processo decisório implica a necessidade de uma racionalidade objetiva que traz, como consequência, a necessidade de o tomador de decisão ajustar seu comportamento a um sistema integrado, por meio de uma visão ampla de alternativas que lhe afiguram antes da tomada de decisão, da consideração de todo o conjunto complexo de consequências que poderá ser gerado como fruto de escolha de uma alternativa e da própria escolha em face das alternativas disponíveis (OLIVEIRA, 2004, p.51). É preciso se atentar para queestas informações sejam utilizadas de forma eficiente, de modo a proporcionar o crescimento organizacional, no entanto, a maioria das micro e pequenas empresas desconhece a tomada de decisão baseada em informações lógicas que surgem do desenvolvimento das atividades da própria empresa, informações estas que servem de indicadores econômicos delas. O contexto mercadológico exige cada vez mais uma tomada de decisão em tempo hábil, e, para que essa decisão seja exposta rapidamente, é preciso ter uma estrutura de informações sólidas e bem gerenciadas, de maneira a ficar disponível, quando necessário. Visando responder a essas pressões do mercado, e buscando a adoção de soluções inovadoras que suportem a gestão de seus processos de negócio, as PME são cada vez mais impulsionadas a adquirirem soluções tecnológicas, algumas antes disponíveis e viáveis apenas para grandes corporações. Porém, é inconsequente desconsiderar as características particulares e peculiares desse segmento, principalmente a característica referente à disponibilidade de recursos para investimento em tecnologia [...] (MENDES & EDMUNDO FILHO, 2007, pp.1-2) O desenvolvimento da tecnologia na melhoria dos processos organizacionais tem sido observado de forma intensiva ao longo dos anos, com o intuito de promover um crescimento eficaz das organizações. Novas ideias nascem todos os dias, de tal forma que o ambiente organizacional tem sido remodelado constantemente, e, em determinado momento, isso passou a influenciar não apenas as grandes empresas, mas também as MPEs. A necessidade de interação dos usuários com computadores está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas nos ambientes de trabalho. Não importam os grandes recursos gastos em tecnologia sem que a satisfação do usuário seja alcançada. Desta forma a usabilidade atua para ressaltar a importância de se pensar nas pessoas que estão do outro lado do monitor e na reação das mesmas diante da utilização dos sistemas (VITORIO et al., 2011, p.2). As variáveis da evolução tecnológica são inúmeras e estas estão cada vez mais presentes dentro das organizações, tornando-se algo vital e de total relevância para o crescimento da empresa, um fato preocupante, no entanto, é que uma grande maioria dos gestores de MPEs ainda negligencia essa evolução, engessando os processos existentes e resistindo ao novo modelo de negócio que vem sendo otimizado a partir da revolução industrial, que vem sendo introduzida através de constantes inovações, tornando obsoletos os antigos processos. Mesmo com o meio na qual estão inseridas, as organizações estando em constante mudança tanto por questões competitivas quanto pela evolução da tecnologia, oferecer algo que permita um desenvolvimento organizacional melhor, é a curto prazo um grande desafio, isso se deve principalmente em virtude da visão limitada dos gestores que insistem em permanecer em um modelo ultrapassado. A velocidade com que atualmente ocorre a competição tecnológica desafia os dirigentes das organizações a adotarem novas posturas estratégicas e a conceberem novas formas de desenvolver tecnologias e de criar oportunidades de mercado para seus produtos. Da mesma forma, os pesquisadores da área de administração procuram por alternativas teóricas e por novos modelos, para tentar explicar as ações estratégicas e as práticas de inovação adotadas pelos tomadores de decisão nesse ambiente turbulento (BIGNETTI, 2002, p.2). Segundo Lastres (1999), até pouco tempo, era grande a rigidez para caracterizar o processo de inovação, suas fontes de geração e formas como se realiza e difunde. Evidentemente que a compreensão do processo de inovação está estreitamente influenciada pelas características dominantes de contextos histórico- econômicos específicos. Atualmente, aspectos negligenciados por não terem relevância nos períodos em questão e começam a ser plenamente reconhecidos como de papel fundamental para o êxito do processo inovativo. À medida que melhor se conhecem as especificidades da geração e difusão de inovação, mas se sabe sobre sua importância para que empresas e países reforcem sua competitividade na economia mundial. Dentro da perspectiva de inovação tecnológica decorrente do processo decisório para a estratégia competitiva nas organizações modernas, surge cada vez mais a necessidade de se aprimorar a estrutura da informação dentro dessas organizações através dos sistemas de informação que se operam por meio de softwares como ferramenta decisiva para o gestor (VITORIO et al., 2011, p.3). Uma das principais problemáticas encontradas atualmente pelas MPEs é a busca pela sua gestão eficiente, e diversos fatores influenciam para que essa gestão deixe de ser feita de forma a comtemplar todos os objetivos pretendidos por seu gestor ou, ao menos, a sua grande maioria. Observando essa realidade, é possível notar claramente que os impactos que o desenvolvimento tecnológico provoca dentro das atuais organizações são grandes, o que acaba desnorteando, a princípio, os seus gestores. Dentro disso, no entanto, é preciso destacar que estes devem se adequar perante esse constante desenvolvimento, uma vez que estes avanços interferem diretamente na forma como a empresa vem sobrevivendo e na forma como vai continuar no mercado. As abordagens clássicas da estratégia se concentram na análise de ameaças e oportunidades, presentes no ambiente externo, e no estabelecimento das formas como a empresa pode adaptar-se a essas condições. Os aspectos funcionais da estratégia organizacional são ressaltados e é comum encontrarem-se descrições de uma “estratégia de marketing”, de uma “estratégia de produção” ou de uma “estratégia tecnológica” [...] (BIGNETTI, 2002, p.16). As novas tecnologias visam, principalmente, aperfeiçoar a visão de processos, bem como sua execução, auxiliando o gestor a tomar decisões acertadas. Para que isso aconteça, é necessário que a alta administração tome consciência da necessidade da aplicabilidade dessas novas ferramentas e as utilizem de forma efetiva, o que acaba por se tornar um grande desafio quando nos referimos às MPEs que residem nas pequenas cidades de interiores. A simples introdução de uma nova tecnologia, desacompanhado de um esforço deliberado de adaptação, não é suficiente para conferir a competitividade a uma organização. A tecnologia precisa, por um lado ser ajustada ao contexto especifico, em que será aplicada. Por outro, as próprias empresas precisam mudar sua forma de organização para incorporar com sucesso as oportunidades de inovação [...] (TIGRE, 2006, p.198). Lastres (1999) ainda destaca que, frequentemente, as pequenas e médias empresas não têm consciência dos possíveis ganhos de competitividade trazidos pelas novas oportunidades de negócio associadas ao novo paradigma. A maioria das MPEs introduz inovações apenas quando percebem claramente as oportunidades de negócio ligadas à inovação. A mentalidade para absorver tais informações acaba por ser limitada à cultura local, impedindo, assim, de o gestor acatar de forma mais fácil às novas ideias, principalmente, quando estas se referem à implantação de novas tecnologias. Diante de tal resistência, ainda encontramos aquelas empresas que utilizam algum tipo de ERP, mas que não conseguem fazer um uso eficiente do mesmo, por negligência de seus proprietários, por uma questão de custos ou mesmo por falta de suporte a ele. O fato é que essa negligência acaba por interferir de forma negativa na gestão e uma ferramenta que fora projetada para auxiliar no processo decisório, bem como na gestão eficaz da empresa, acaba por se tornar um incômodo e um custo sem retorno positivo de qualquer natureza, atrasando, de forma gradativa, a melhoria contínua da gestão da empresa e a ideia de muitos gestores acaba por se perder emmeio a inúmeros pensamentos que não possuem um planejamento ou fundamentos necessários para sua aplicabilidade. Não é a excelência do instrumento que torna um profissional eficiente, embora um bom profissional possa fazer muito mais se dispuser da melhor tecnologia encontrada para o fim desejado em contextos apropriados. Os recursos de T.I., isolados não representam vantagem competitiva, nem aquisição de conhecimento por parte da empresa, é necessário fazê-lo funcionar dentro do contexto encontrado (COSTA, s/a, p.10). As diversas formas como essas ferramentas tecnológicas se apresentam são diversas, cabe aos gestores, então, verificar de que forma elas podem estar sendo inseridas dentro de sua organização. As limitações de cultura local não mais podem ser um fator determinante na tomada dessas decisões, que colocam à frente o fator financeiro, já que, para serem implantadas, geram um custo e, na maioria das vezes, tal custo é visto como algo sem retorno. Isso ocorre, principalmente, porque a alta administração visualiza apenas o momento presente e esquece-se de fazer uma análise para o futuro da sua empresa, observando os benefícios e os valores que serão agregados, promovendo, de maneira geral, a forma de como se vê a organização, tais observações precisam estar de acordo com cada situação, uma vez que elas serão específicas de cada organização, permitindo, assim, uma maior visibilidade dos processos envolvidos. Os negócios estão acelerando em um ritmo perigoso. Quanto mais informações um negócio obtém, mais difícil torna-se tomar decisões. A quantidade de informações que as pessoas devem compreender para tomar boas decisões está crescendo exponencialmente. No passado, as pessoas podiam confiar em relatórios manuais para tomar decisões porque tinha quantidade limitada de informações para processar. Hoje, com volumes massivos de informações é quase impossível para as pessoas tomarem sem a ajuda de sistemas de informações. Decisões altamente complexas- envolvendo muito mais informações que o cérebro humano pode compreender – devem ser tomadas em prazos cada vez mais curtos [...] (BALTZAN & PHILLIPS, 2012, p.31). Ainda nesse contexto, Cipriani (2006, p.16) in Castilho (2008, p. 3) destaca a importância da difusão das novas tecnologias no âmbito organizacional, em que “os diversos canais de comunicação entre colaboradores, parceiros e clientes e o fluxo de realização das atividades migraram para o mundo on-line e hoje se apresentam como uma realidade com a qual não é possível deixar de se envolver”. Mas, segundo Mendes & Edmundo Filho (2007), a relação positiva entre tecnologia, competitividade e vantagem competitiva ainda é difícil de ser estabelecida, porém, no âmbito empresarial, as vantagens, facilidades e imposições de uma economia baseada no uso intenso de recursos tecnológicos parecem conduzir as empresas a um caminho sem volta e reconhecem que o gerenciamento da informação é fator de competitividade, reiterando, assim, a crença de que a tecnologia pode solucionar diversos problemas enfrentados pelas empresas, tecnologia, cuja importância é admitida pela maioria dos executivos, embora muitas de suas experiências nesta área sejam marcadas pela frustração. A aquisição de um sistema integrado por parte das empresas exige uma mudança profunda no seu sistema organizacional, saindo de uma visão departamental para uma visão baseada na padronização de processos, entendendo a empresa como um organismo vivo, onde cada ação envolve a manutenção da saúde do empreendimento. Essa postura exige um esforço contínuo por parte de gestores e colaboradores para compreender a necessidade de combater a subjetividade dos processos sem perder o caráter de inovação, ao mesmo tempo, que gera dados para mensuração de suas atividades com o objetivo de otimizar suas ações (COSTA, s/a, p.11). Todo e qualquer processo dentro de uma empresa deve estar bem detalhado de forma a atender às necessidades e demandas do mercado em que atua. São objetivos que devem ser traçados de forma a contribuir, exponencialmente, para o crescimento da empresa; falhas durante a implantação podem até acontecer, uma vez que todo o processo está sujeito a isso. No entanto, chega um determinado ponto em que isso se torna contínuo e, portanto, precisa ser melhorado, ou, caso contrário, implicará em prejuízos diretos para a empresa. Para Macfee (2010, 119), “é importante para os tomadores de decisão de negócios entenderem a gama de benefícios que as novas plataformas de software social podem fornecer”. [...] Empresas 2.0 de sucesso não podem ser reduzidas a uma simples receita passo a passo; existem muitas variáveis, e as ações apropriadas dependem criticamente tanto dos objetivos quanto do esforço como das características da organização [...] (MACFEE, 2010, p.161). Todo o processo dentro da empresa está diretamente ligado à sua capacidade de tomada de decisão, dessa forma, é necessário disponibilizar sempre recursos consideráveis para que estejam sempre com uma margem de informações necessárias ao pleno funcionamento. Assim, será possível operar de forma eficiente, usando de maneira total o tempo e os recursos disponíveis. Um bom controle de processos permite que a empresa cumpra com seu papel perante o consumidor, garantindo uma oferta de serviço e produtos aceitáveis. Do contrário, quando se há falhas nesse setor, deixa seu cliente insatisfeito, gerando um desconforto para todos da linha de produção até a gerência. Isso se tornará também sinônimo de prejuízos como consequência, algo que jamais poderá ser aceitável dentro da empresa. “Há novas tecnologias disponíveis para suportar e manter esse diálogo, e muitas razões para acreditar que ele tornará as organizações melhores. Cabe aos líderes de uma empresa decidir se querem abrir-se a esse diálogo” (MACFEE, 2010, p.195). Lidar com um cliente satisfeito é um dos melhores resultados que uma empresa pode obter. Nesse sentido, o uso de ERP potencializa as possibilidades de satisfação, uma vez que todo trabalho é feito de forma ágil. Cliente satisfeito é sinônimo de um trabalho bem desenvolvido e isso se reflete de forma positiva na imagem da empresa, proporcionando um crescimento ainda maior, bem como o seu devido reconhecimento. Nesse ponto, conseguir um diferencial competitivo é de fundamental importância para que se possa manter de igual para igual o padrão da oferta de serviços prestados. A análise do crescimento da empresa é sempre importante com intuito de buscar novas medidas que se adequem à nova demanda, bem como prover novos recursos que permitam-na a não cometer os mesmos erros, desenvolvendo novas estratégias que consintam um crescimento gerencial adequado às novas condições do mercado. A utilização da tecnologia, seja ela qual for, provoca uma melhoria da produtividade e na tomada de decisões gerenciais, além de possibilitar estratégias que podem reestruturar toda a organização. Dessa forma, é possível acompanhar de perto todas as modificações necessárias para que tudo isso seja possível. Para Macfee (2010, p.30), “o maior impedimento para todas as fontes de análise – a uma maior probabilidade de ligar os pontos – é a resistência humana ou sistêmica ao compartilhamento de informações” e com a expansão cada vez mais crescente das empresas que utilizam a tecnologia como meio de crescimento tem sido objeto de estudos que, voltados, principalmente, para os impactos que isso gera sobre a tomada de decisões dos gestores. E a nova preocupação em saber lidar com todos esses novos processos na filtragem de informações para posterior utilização nas decisões finais e gerenciais da empresa, uma nova ferramenta que veio para facilitar e tornar ainda mais eficiente todo o processo de informações que vai chegar até os gestores. Nesse contexto, a burocracia passaa ser um bastidor irrelevante e que, aos poucos, deverá ser extinto das organizações, tendo em vista essas novas adaptações. Custo, capacidade e abrangência, na maioria dos casos, constituem informações suficientes para permitir que os líderes empresariais tomem decisões de TI. Essas informações também fornecem uma base para a priorização das iniciativas de TI, algo com que muitas empresas se debatem [...] (MACFEE, 2010, p.178). Em todos os aspectos da implantação de novas estratégias na empresa há riscos e um custo, porém, é preciso pensar bem antes de implantar qualquer que seja o novo modelo de negócio; é preciso se preparar e ter certeza de que é aquilo que a organização precisa para se destacar no mercado. As novas ferramentas precisam ser analisadas e testadas antes de serem colocadas em prática. A nova realidade das empresas é sempre uma constante mudança, a evolução das tecnologias tem exigido dos gestores uma atenção cada vez maior nesse sentido, uma vez que a tomada de decisão está diretamente ligada à implantação e ao desenvolvimento das novas plataformas que vêm para, principalmente, extinguir a burocracia de filtragem de informações a fim de que sejam tomadas as decisões. O mundo sempre está em constantes mudanças; acompanhá-las é estar à frente do desenvolvimento. Nesse meio termo, a internet veio para revolucionar o nosso meio em todos os aspectos, de uma simples compra a uma inovação corporativa. O fato é que, com o advento da internet, as possibilidades de crescimento social, profissional e organizacional aumentaram e muito, mas é preciso salientar que os negócios que envolviam internet e marketing digital nem sempre foram bem vistos no nosso meio, especialmente, quando ocorreu o fenômeno conhecido como a “bolha”, mas isso não impediu as empresas de investirem nesse setor. Claro que agora, de maneira mais planejada, é o que aumenta as possibilidades reais de sucesso do empreendimento. A implantação digital na empresa atualmente não é apenas uma questão de investimento e sim uma questão de sobrevivência, pois quase tudo que fazemos hoje tem algum vínculo com rede mundial de computadores, ou seja, nos tornamos completamente dependentes da tecnologia e se desprender dela não é uma opção viável. 2.2 Sistemas de Informações Gerenciais 2.2.1 Conceitos Quando falamos em sistemas, o que uma grande maioria logo imagina é a relação direta com computação e automação de processos, seja em qual tarefa for. Apesar de a relação não estar totalmente errada, o conceito de sistemas é bem mais complexo e está presente em nosso meio desde os primórdios de nossa civilização. A essência de sistemas pode ser definida como o conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo (BATISTA, 2006). Partindo desse conceito, são inúmeros os tipos de sistemas, cada um com suas particularidade, especificidades e subdivisões, porém, quando falamos em sistema de informação gerencial é aquele que dá suporte às funções de planejamento, controle e organização de uma empresa, fornecendo informações seguras e em tempo hábil para tomada de decisão. Oliveira (2002, p. 59) define que o sistema de informação gerencial “é representado pelo conjunto de subsistemas, visualizados de forma integrada e capaz de gerar informações necessárias ao processo decisório”. Garcia e Garcia (2003, p. 29) apud Polloni definem que sistema de informação gerencial: [...] é qualquer sistema que produza posições atualizadas no âmbito corporativo, resultado da integração de vários grupos de sistemas de informação que utilizam recursos de consolidação e interligação de entidades dentro de uma organização. Stair (1998, p.278) define-o como: [...] o propósito básico de um SIG é ajudar a empresa a alcançar suas metas, fornecendo a seus gerentes detalhes sobre as operações regulares da organização, de forma que possam controlar, organizar e planejar com mais efetividade e com maior eficiência”. 2.2.2 A evolução do sistema de informação gerencial As organizações sempre tiveram algum tipo de sistema de informação gerencial, mesmo que ele não tenha sido reconhecido como tal. No passado, esses sistemas eram muito informais em sua montagem e utilização. Só com o advento dos computadores, com sua capacidade de processar e condensar quantidades de dados, o projeto dos sistemas de informação gerencial se tornou um processo informal e um campo de estudo. As tentativas de usar com eficácia os computadores levaram à identificação e ao estudo dos sistemas de informação e ao planejamento, à implementação e à revisão de novos sistemas. Devido às habilidades especializadas que eram requisitos para operar os equipamentos caros, complexos e, algumas vezes, temperamentais, os computadores eram localizados em departamento de processamento de dados (CPD). À medida que cresciam a velocidade e a facilidade de processar dados, outras tarefas de processamento de dados e gerência de informações foram computadorizadas. Para lidar com essas novas tarefas, CPDs desenvolveram relatórios padronizados para o uso dos seus gerentes de operações. Esses sistemas podem auxiliar as empresas a estender seu alcance a locais distantes, oferecer novos produtos e serviços, reorganizar fluxos de tarefas e trabalho e, talvez, transformar radicalmente o modo como conduzem os negócios (LAUDON e LAUDON, 2004, p.4). Desta forma, o SIG proporcionou o crescimento dos CPDs e levou os administradores a se concentrarem mais no planejamento dos sistemas de informação de suas organizações. Esses esforços levaram ao aparecimento de conceitos de sistemas de informação baseados em computadores ou automatizados, ou ainda sistemas integrados de informação que passaram a ser mais conhecidos como SIG. O propósito básico de um SIG é ajudar a empresa a alcançar suas metas, fornecendo aos seus gerentes detalhes sobre as operações regulares da organização, de forma que possam controlar, organizar e planejar com mais efetividade e com maior eficiência (STAIR e REYNOLDS, 2002, p. 278). À medida que as funções dos CPDs passaram a se expandir além do processamento rotineiro de massas de dados padronizados, eles começaram a ser chamados de departamentos de SIG. Hoje, todos admitem que conhecer sistemas de informação é essencial para os administradores, porque a maioria das organizações precisam deles para sobreviver e prosperar. Por isso que estamos nesta era da informação, em que a riqueza nasce de ideias inovadoras e do uso inteligente da informação. As empresas na Era da Informação devem concorrer em um mercado repleto de desafios que muda rapidamente; é complexo, globalizado, supercompetitivo e voltado para o cliente. As empresas precisam reagir de modo rápido aos problemas e às oportunidades que surgem desse ambiente empresarial moderno. 2.2.3 A implantação do SIG no processo decisório A identificação e a definição das necessidades de um sistema de informações estratégicas, táticas, operacionais e de comunicações corporativas baseiam-se em operações orientadas para o mercado e suportadas por sistemas de informação e de comunicação altamente eficientes. Os gerentes dependem de seus registros internos de pedidos, vendas, preços, custos, níveis de estoque, contas a receber, contas a pagar, de comunicação com os clientes internos e externos etc. É por meio da análise dessas informações que eles podem localizar oportunidades e problemas importantes, compartilhar do mesmo senso de direção e prioridades, e, assim, conscientizando-os de que seu desempenho é responsável pelo sucesso da empresa. Um Sistema de Informações Gerencial (SIG) abrange uma coleção organizada de pessoas, procedimentos, software, banco de dados e dispositivos quefornecem informação rotineira aos gerentes e aos tomadores de decisão. O foco de um SIG é, principalmente, a eficiência operacional. Marketing, produção, finanças e outras áreas funcionais recebem suporte dos sistemas de informação gerencial e estão ligados através de um banco de dados comum (STAIR e REYNOLDS, 2002, p. 18). Consideramos, também, o conceito de Oliveira (2004, p. 40) ao definir Sistema de Informações Gerencias (SIG) como sendo um processo de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando, ainda, a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados. 2.3 Inovação e Tecnologia É consenso que a economia contemporânea se move em função da criação e incorporação de inovações. Sendo assim, inovar tornou-se a principal arma de competição entre empresas e entre países. A inovação e o desenvolvimento tecnológico são produtos da coletividade e é justamente a interação entre vários agentes econômicos que produz o desenvolvimento das empresas públicas quanto privadas. Podemos ver inovação nessa área, visto que ela sempre está presente no geral ou em pequenos detalhes que são alterados dentro do meio de convívio ou na execução de tarefas. Em alguns momentos, se torna invisível por não entender que está relacionada ao impacto do resultado final e que se associa ao uso de criatividade dentro do setor quando se usa e abusa dela, mas de maneira correta, para, assim, obter resultados positivos. A criatividade pode ser utilizada e aplicada em qualquer espaço, ou seja, ser criativo é ser original, diferente, abusar de meios estratégicos do que se vê em uma situação de desgaste, trazer ferramentas para ser renovado, ou seja, sair da rotina, o que gera, na maioria das vezes, um desconforto, mas que é indispensável no mercado competitivo em que vivemos nos dias de hoje. A empresa utiliza a informação e o conhecimento como pensamento estratégico, pois são dois aliados cruciais, visto que não existe conhecimento sem que antes não se obtenham informações para resultados mais concretos e que o administrador utiliza ferramentas para captar a informação e transformá-la em conhecimento, pois é impossível não usar várias das ferramentas que facilitam o desenvolvimento dos trabalhos oferecidos e que nem sempre algumas ferramentas tecnológicas quando não são bem implementadas causam grande impacto negativo entre os colaboradores. Por se tratar de informação no mundo globalizado, a tecnologia vem avançando cada vez mais rápido, o que traz para a organização um leque de atributos para, assim, esclarecer melhor os recursos usados. A era digital invadiu a todos de maneira global, ou seja, veio em uma velocidade extraordinária para uma nova era de transformações, principalmente, no que se trata da redução de custos. Com tantas mudanças, somos obrigados a acompanhar a velocidade em tudo que está ao nosso redor e a utilização desta ferramenta traz mais eficácia e agilidade aos resultados, mas também um custo para estruturar e qualificar os serviços. O processo de começar regularmente, e de procurar oportunidades para fazê- lo com mais frequência nunca é um fracasso, integridade intelectual vai além de inteligência: requer que você ponha suas ideais no mundo. A inovação é um mistério. A inspiração é bastante imprevisível. Mas é obvio que, com todos os sucessos que vemos no mercado, nós podemos alcançá-las (GODIN, 2012, p. 109). Para isso, é necessária a qualificação dos colaboradores para, assim, entender melhor toda essa tecnologia que invade todos os dias o mercado, tornando-se, desta forma, mais exigente com os resultados. O profissional que tiver a intenção de permanecer na ativa terá que buscar cada vez mais conhecimento e informação para atender às necessidades que surgem a cada segundo. É verdade que a empresa é o agente que introduz a inovação, a empresa lança novos produtos no mercado e utiliza novos processos de produção ou novos processos organizacionais, porém, o desenvolvimento tecnológico não é fruto da ação individualizada das empresas. As inovações tecnológicas referem-se ao desenvolvimento, pelos seres humanos, de novas formas de resolver seus problemas, de fazer as coisas que julgam necessárias. A expressão “alta tecnologia” é usada para designar produtos e processos intensivos em recentes conhecimentos científicos, o que será tratado mais à frente (PINTO, 2012, p. 30). Enfim, o desenvolvimento tecnológico e da inovação no período recente está definindo novos paradigmas tecnológicos que utilizam conhecimentos científicos que estão próximos da fronteira do conhecimento. As constantes evoluções tecnológicas obrigam não só o homem a mudar seu modo de pensar e agir para que possa melhor se adaptar ao meio, mas também as organizações, que precisam realinhar conceitos, rever posições e se adequar da melhor forma possível às novas condições impostas com o constante crescimento daquilo que podemos denominar de a era digital. Vale salientar que as mudanças de pensamento que tendem a crescer igualmente não são apenas um mero modismo que acompanha tendências, mas uma questão de sobrevivência no mercado. Toda empresa precisa inovar, não apenas na oferta de novos produtos, mas também nos seus processos organizacionais, isso se faz necessário para que o cliente se sinta atraído até mesmo por pequenas mudanças, seja, por exemplo, na mudança de layout, a forma como atende aos seus clientes ou mesmo em suas campanhas de marketing. Mudanças essas que, a longo prazo, se refletem diretamente no seu crescimento. O varejo de moda, por exemplo, à medida que novos produtos ou novas coleções vão sendo lançados no mercado, precisa pensar em estratégias que possam atrair o cliente, não se restringindo apenas a campanhas publicitárias, isso porque vivemos em mundo conectado, em que quase tudo se resolve utilizando um smartphone conectado à internet. Então, usar isso a favor do desenvolvimento do negócio é o primeiro passo para a integração com esse novo mundo. Partindo dessa premissa, muitas lojas hoje apostam nesse modo de interagir com o seu cliente, ofertando uma variedade de serviços que vai, por exemplo, desde a montagem de looks virtuais com possibilidade de compartilhamento nas principais redes sociais, usando painéis interativos conectados à internet até a própria venda dentro das redes sociais, a exemplo disso, as páginas do Facebook, que já contam com uma pequena loja virtual dentro dela. Apesar de ter algumas limitações, esta aumenta exponencialmente a visibilidade dos produtos dentro da rede, uma vez que o número e a duração de pessoas conectadas nesse tipo de ambiente são, consideravelmente, altos e cada vez mais frequentes. A partir dessas observações acerca da conectividade empresa, cliente e compartilhamento de informações em redes sociais, em 2012, o site TecnoBlog publicou em seu portal uma matéria que tratou de uma ação de marketing inusitada, lançada pela rede de lojas C&A. De acordo com a matéria que provocou grande alvoroço da mídia na época, tal ação consistiu na implantação de um contador de “likes”, conectando a rede social a cabides posicionados estrategicamente na sua loja, conceito mantido em um shopping de São Paulo e que funcionava da seguinte maneira: o usuário entrava na página da C&A brasileira no Facebook e procurava pela aba “Fashion Like”, quando apareciam as peças de roupa que poderiam ser curtidas diretamente no site, automaticamente, as mesmas curtidas apareceriam nos cabides da loja física (conforme mostra a Figura 1, logo abaixo). Dessa forma, os clientes poderiam ter uma noção instantânea das peças que estavam em alta, o sucesso da campanha foi tão grande que, no ano seguinte, a ação foi reeditada no ano seguinte para lançar uma importantecoleção. Apesar de ser uma ação piloto, isso já mostra o quanto as empresas precisam estar atentas a novas tendências de conectividade e desenvolvimento tecnológico, mesmo parecendo surreal para o desenvolvimento da nossa região. Ações como estas são prévias do que, em breve, se tornarão comuns em todas as empresas. Figura 1: Contador de likes em cabides da loja C&A. Fonte: Tecnoblog, 2012 (Disponível em: <https://tecnoblog.net/98865/cea-like-roupa/>). Outras ações similares foram realizadas pela rede Memove, que comercializa roupas e equipou os artigos de suas cinco unidades na capital paulistana com etiquetas (Figura 2) que se comunicam a terminais de autoatendimento. O cliente pode calcular o valor total e efetuar o pagamento – via cartão de débito ou crédito –, sem o auxílio de vendedores. Já a loja especializada em moda surf Billabong, também na capital paulista, tem provadores com sensores que identificam as peças e um monitor para mostrar variedades de tamanho e cor (Figura 3). Quando o cliente vai experimentar uma roupa, o computador identifica a peça pela etiqueta e na tela aparecem mais sugestões. A tecnologia, que ajuda a atrair consumidores, também serve para auxiliar os lojistas. “Cadastrar todas as peças no computador usando o código de barras, por exemplo, ia demorar muito tempo. Com o equipamento e com o chip, que cada roupa tem na etiqueta, é possível fazer isso em segundos”, diz uma empresária que aposta em novidades como esta e ainda complementa que este é o futuro do comércio em todos os segmentos. Figura 2: Etiqueta inteligente utilizada pela loja Memove. Fonte: Revista PEGN, 2012. (Disponível em: <http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI301154-17153,00-LOJA+DO+FUTURO.html>). Figura 3: Provadores inteligentes da Billabong. Fonte: Revista Veja SP, 2013. (Disponível em: <http://vejasp.abril.com.br/materia/compras-high- tech>). Grande parte desses aparatos usa uma tecnologia que tem se difundindo rapidamente, o chamado Near Field Communication (NFC) ou Comunicação por Campo de Proximidade, uma novidade que já está mudando o cenário do varejo não somente de roupas, mas de diversos segmentos. Tal tecnologia permite a troca de informações sem fio e de forma segura entre dispositivos, próximo um do outro. Suas utilidades são múltiplas, o chip NFC permite o pagamento sem fio, a oferta de informações adicionais sobre os materiais utilizados na confecção da peça, suas instruções de cuidados, ou os detalhes de qualquer promoção na loja, para qualquer um que coloque seu smartphone sobre uma das pequenas tags. 2.4 Sistema Integrado de Gestão (ERP) 2.4.1 Conceitos de ERP Existem diversas definições e características atribuídas aos sistemas ERP, sob vários aspectos, desde sua origem até os dias atuais. Eles são sistemas de informação integrados, comercializados como pacotes de software, cujas definições podem ser agrupadas de acordo com seu enfoque tecnológico ou de negócios. Segundo Limas et al. (2009), a ideia de sistemas de informação integrada existe desde o início da utilização dos computadores nas empresas na década de 60, porém, algumas restrições práticas e tecnológicas acabaram não permitindo a implantação desta solução na maior parte das empresas; já se passou um longo tempo entre os primeiros passos e os atuais sistemas. Na época, foco dos sistemas de manufatura era o controle de inventário, quando as empresas podiam manter grandes quantidades de estoque à disposição para satisfazer a demanda e ainda permanecerem competitivas. Mendes e Edmundo Filho (2008, p. 1) conceituam ERP como: Na história da administração de empresas brasileira uma “onda” varre de forma rápida o amplo espectro de diferentes portes e naturezas de empresas: os sistemas integrados de gestão de recursos ERP’s (Enterprise Resource Planning). De forma célebre este novo representante da abordagem de best practice tornou-se um método muito procurado por empresários de grandes empresas e, mais recentemente, também refletiu a importância de sua aplicabilidade de nas pequenas e médias empresas. Hoje, uns grandes números de empresas, no Brasil e no exterior, perceberam seus benefícios, e já são usuárias, ou estão em processo de planejamento de começar em breve a utilizar. A utilização deste, outrora focado apenas nas grandes empresas, aos poucos, foi adentrando as MPEs. Essa realidade vem mudando gradativamente e sua aplicação vem se estendendo aos diversos segmentos, uma vez que estas também necessitam de uma gama cada vez maior de informações que auxiliem na gestão eficiente da organização. Segundo Limas et al. (2009), no atual cenário onde a velocidade das mudanças e a disponibilidade de informações crescem de forma exponencial, a sobrevivência das empresas está relacionada à sua capacidade de captar, absorver e responder as demandas requeridas pelo ambiente. O impacto deste fenômeno é observável em todas as empresas, independentemente de seu porte ou ramo de atividade. O aumento da competitividade entre as empresas dos mais variados setores, a busca por alternativas que possibilitem a redução de custos, o desenvolvimento da tecnologia de informação, as mudanças que ocorrem no ambiente em que estão inseridas levam as organizações a repensarem seus modos de produção e a buscarem alternativas que lhes possibilitem a sobrevivência. A tecnologia de informação é um instrumento indispensável neste cenário de mudanças, pois possibilita melhoras significativas na eficácia das empresas, habilitando-as a interligarem suas diversas atividades, tanto interna quanto externamente. 2.4.2 Origem e evolução dos sistemas ERP No final da década de 50, precisamente em 1946, surge a tecnologia baseada nos enormes mainframes que demandavam um enorme consumo elétrico e um custo muito elevado. Em 1964, a IBM apresenta o System/360, um mainframe que, para a época, foi o maior projeto de uma empresa. Desde então, diversas outras empresas desenvolveram seus mainframes que rodavam os primeiros sistemas de gestão corporativa, os conhecidos sistemas de controle de estoque. No final da década de 60, a revolução da eletrônica tem início com a popularização dos transistores. Logo no início da década de 70, surgem os chamados MRPs (Material Requirement Planning), antecessores dos sistemas ERP, que eram sistemas que trabalhavam em módulos, trocando informações entre si, tinham como principal objetivo o planejamento das requisições de materiais, controlando, assim, não apenas os estoques, mas, também, a requisição de material para reposição dos mesmos. Já na década de 80, com o avanço da eletrônica e os computadores se tornando cada vez mais populares e baratos, tiveram início às redes de computadores e, como consequência, a troca ágil de informações e o modelo computacional cliente- servidor. O MRP se transformou em MRP II (Manufacturing Resource Planning) e tinha como principal objetivo o planejamento dos recursos de manufatura, que agora também controlava outras atividades como mão-de-obra e maquinário. Na prática, o MRP II já poderia ser chamado de ERP pela abrangência de controle e gerenciamento. Porém, não se sabe, ao certo, quando o conjunto de sistemas ganhou essa denominação. O próximo passo, com a troca de informações disponibilizadas pelas redes de computadores, serviu tanto para agilizar os processos empresariais quanto para estabelecer uma comunicação entre os diversos setores departamentais. Logo, percebeu-se que poderiam ser agregados ao ERP novos sistemas, também conhecidos como módulos do pacote de gestão, que tinham como objetivo alimentar o sistema ERP com informações dos diversos setores departamentais. Diversas foram às áreas que se incorporaram ao sistema, de uma forma geral, os setores com uma conotação
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