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TCC_Sistemas de Gestão Empresarial (ERPs) nas MPEs

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UniAGES 
Centro Universitário 
Bacharelado em Administração 
 
 
 
 
 
 
 
ÉVERTON JOSÉ DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: 
uma análise do uso de sistemas de gestão empresarial 
(ERP’s) nas lojas de roupas da cidade de Adustina (BA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paripiranga 
2016 
 
 
 
 
ÉVERTON JOSÉ DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: 
uma análise do uso de sistemas de gestão empresarial 
(ERP’s) nas lojas de roupas da cidade de Adustina (BA) 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada no curso de graduação 
do Centro Universitário AGES como um dos pré-
requisitos para obtenção do título de Bacharel 
em Administração. 
 
Orientador: Prof. Esp. Thales Brandão Ferreira 
 
 
 
 
 
 
Paripiranga 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos, Éverton José dos, 1989. 
Sistemas de informação: uma análise do uso de sistemas de gestão 
empresarial (ERP`s) nas lojas de roupas da cidade de Adustina (BA)/ 
Éverton José dos Santos. – Paripiranga, 2016. 
85 f.: il. 
 
Orientador: Prof. Esp. Thales Brandão Ferreira 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – 
UniAGES, Curso de Administração, 2016. 
 
1. Sistemas de informação. 2. Micro e pequenas empresas. 3. 
Gestão empresarial I. Ferreira, Thales Brandão. II. UniAGES, Curso de 
Administração. III. Título. 
 
 
 
 
ÉVERTON JOSÉ DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: 
uma análise do uso de sistemas de gestão empresarial 
(ERP’s) nas lojas de roupas da cidade de Adustina (BA) 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como exigência parcial 
para obtenção do título de Bacharel em 
Administração, à Comissão Julgadora 
designada pelo colegiado de curso do Centro 
Universitário AGES. 
 
Paripiranga, 15 de Dezembro de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
Prof. Thales Brandão Ferreira 
 UniAGES 
 
 
 
Prof. Rusel Marcos Batista Barroso 
 UniAGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho, especialmente, à minha mãe Edna, exemplo de pessoa que 
sempre me apoiou em minhas decisões e sempre me incentivou a continuar mesmo 
diante de tantos obstáculos. 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus, por me acompanhar em todos os momentos, me dando força, 
disposição e sabedoria para a realização deste trabalho mesmo quando meu 
pensamento era de que nada daria certo. 
Ao Centro Universitário AGES, por me proporcionar a oportunidade de 
ingressar no ensino superior como bolsista do PROUNI e dar continuidade no sonho 
de conseguir meu primeiro diploma. 
Ao meu orientador, prof. Thales Brandão, por sua disposição em me 
acompanhar na construção desse trabalho. 
Aos coordenadores, inicialmente, à professora Sílvia Manoela, por ter me 
acompanhado quase todo o curso, buscando sempre o melhor, tanto para os alunos, 
quanto para o curso de Administração e ao Prof. Robson, que assumiu já na reta final, 
mas que continuou, de forma esplêndida, o trabalho de coordenador. 
A todos os professores que participaram de minha formação durante esse 
período, pois, sem eles, não seria capaz de continuar meus estudos de forma crítica: 
Thales Brandão, Reginaldo, Silvia Manoela, especialmente, a professora Hirlidan 
Cruz, que se tornou uma amiga além da sala de aula. Esses, com certeza, são nomes 
e pessoas que jamais esquecerei. E a todos os demais que passaram brevemente na 
minha vida acadêmica, mas que tiveram sua devida importância. 
A Ana Paula Almeida (Paulinha), por sua amizade e seu companheirismo 
durante todo esse tempo, considero-a como irmã, agradeço seus conselhos, sua 
paciência e seu incentivo, mesmo nos momentos mais críticos da minha vida, amizade 
que levarei para a vida toda. 
A Marta Carregosa (Martinha), pelo carinho de sempre, pelas conversas e pelo 
apoio em diversos momentos da minha vida acadêmica e pessoal. 
A Janaiza Menezes, Iorrane Rosário e Marcia Dias, pessoas maravilhosas que 
entraram na minha vida, a quem devo muitos momentos de risos, descontração e, 
acima de tudo, por estarem sempre do meu lado nos momentos que mais precisei. 
A Claudiana Guimarães, que me acolheu em sua humilde pensão, como uma 
mãe que acolhe seu filho, nos momentos que precisei me ausentar de minha casa. 
 
 
 
 
A Beathrix Santana (Beh), pelo carinho, companheirismo, pela cumplicidade e 
atenção nesses últimos dois anos, por acreditar em mim quando poucos acreditaram, 
por me incentivar a continuar mesmo quando as coisas pareciam ruir, por enfrentar 
junto comigo tantos obstáculos. A você todo o meu carinho. 
A Ângela Souza, pela amizade que nem mesmo o tempo e a distância 
conseguiram apagar. 
A todos os colegas que fizeram parte desse trajeto (Islaine Pimentel, Ivonete 
Santana, Renata Cibele, Jaqueline, Morgana, Franciele, Josely, Magda Leal, Flaviane 
Alves, Maycon, Daniel, Claudinha Gozanga, Leninha, Sonia, Andressa Barbosa, 
Niwma, Renata Andrade, Paloma, Beatriz Oliveira, Ivaneide Andrade, Aline Jane, 
Geovana Elias), seja na convivência, na sala de aula, nos momentos de intervalo ou 
ainda no ônibus. Àqueles que sempre me acompanharam de alguma forma, carregarei 
comigo cada experiência vivida durante esse tempo. 
Aos colaboradores da instituição que sempre me receberam de bom grado, 
atendendo sempre que possível às minhas solicitações, em especial, a Gilsa Mara, 
por seu jeito carismático e por sempre ter me recebido com um sorriso sincero no 
rosto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira regra de qualquer tecnologia utilizada nos 
negócios é que a automação aplicada a uma 
operação eficiente aumentará a eficiência. A segunda 
é que a automação aplicada a uma operação 
ineficiente aumentará a ineficiência. 
 
Bill Gates 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho se constituiu de análises feitas a partir da observação das MPEs 
do segmento de vestuário da cidade de Adustina, abordando, principalmente, a 
implantação e o uso de sistemas de informações como ferramenta de auxílio à gestão, 
em específico, os sistemas de gestão empresarial (ERP’s – Enterprise Resource 
Planning), se utilizando de um roteiro de entrevista, contendo perguntas fechadas 
direcionadas não somente ao uso de tais sistemas, mas, também, em alguns casos, 
quais as razões que levam tais gestores a não implantarem ou ainda, em outros casos, 
por que não se utiliza de forma plena os recursos disponibilizados por esses sistemas, 
tendo em vista a necessidade das empresas pela busca de soluções que as 
capacitem a obterem ganhos em competitividade, permitindo, assim, uma atuação 
compatível com as exigências mercadológicas e a intensa concorrência instalada com 
a globalização dos mercados, tendo como objetivo geral entender quais as principais 
dificuldades enfrentadas pelos varejistas de roupas da cidade de Adustina (BA) 
quando tratamos de implantação e manutenção dos sistemas ERP’s dentro delas, e 
mostrar a realidade da cidade de Adustina (BA) no que se refere à adoção e ao uso 
de novas tecnologias para a gestão das MPEs como objetivo específico. Para tanto, 
foram realizadas leituras de livros e artigos, pesquisas em sites de tecnologia e a 
pesquisa de campo a fim de colher o máximo de informações necessárias para 
obtenção de resultados satisfatórios e que atendessem ao método de pesquisa 
escolhido (descritiva e explicativa). Nessa busca, por competitividade e melhoria no 
desempenho organizacional, uma das estratégias adotadas por diversas empresas 
consiste em focar seus esforços na adoção de novas tecnologias capazes de 
incrementar seu desempenho. Este trabalho também visa verificar os benefícios 
esperados na implantação de sistemas ERP nas MPEs e os principais problemas 
encontrados antes, durante e depois da implantação destes. Os resultados 
encontradosna pesquisa permitiram afirmar se há evidências suficientes para garantir 
que os benefícios esperados e problemas encontrados na implantação de sistemas 
ERP em grandes empresas não são aplicáveis totalmente na implantação em 
pequenas empresas, já que, muitas das vezes, esses ambientes são totalmente 
diferentes. As análises feitas no setor de vestuário a respeito da implantação de 
sistemas de gestão exemplifica bem a necessidade de planejamento para que este se 
adeque aos processos da empresa, para que a gestão possa tomar decisões a partir 
dele, mensurando resultados positivos para a organização, buscando, ainda, alterar 
uma cultura de resistência às mudanças típicas de regiões interioranas. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia da informação. Sistemas de informação. Sistemas 
de gestão empresarial. Micro e pequenas empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This work was made up of analyzes done through the observation of the MSCs of the 
clothing segment of the municipality of Adustina, addressing, mainly, the implantation 
and the use of information systems as a tool to aid the management, in particular, the 
management systems (ERP – Enterprise Resource Planning), using an interview 
script, containing closed questions directed not only to the use of such systems but 
also, in some cases, the reasons why these managers do not implement or, in other 
cases, why the resources made available by these systems are not fully utilized, in 
view of the need for companies to search for solutions that enable them to achieve 
gains in competitiveness, thus allowing a performance compatible with market 
requirements and the intense competition installed with the globalization of the 
markets, with the general aim of understanding the main difficulties faced by the 
clothing retailers of the municipality of Adustina (BA) when it is dealt with the 
implementation and maintenance of ERP systems within them, and show the reality of 
the municipality of Adustina (BA), regarding to the adoption and use of new 
technologies for the management of MSCs as a specific objective. In order to do so, it 
was carried out reading of books and articles, research on technology sites and field 
research in order to obtain the maximum information needed to obtain satisfactory 
results and to meet the chosen research method (descriptive and explanatory). In this 
search, for competitiveness and improvement in organizational performance, one of 
the strategies adopted by several companies is to focus their efforts on the adoption 
of new technologies capable of increasing their performance. This work also aims to 
verify the expected benefits in the implementation of ERP systems in MSCs and the 
main problems encountered before, during and after the implementation of these ones. 
The results found in the research allowed to affirm if there is enough evidence to 
guarantee that the expected benefits and problems found in the implantation of ERP 
systems in large companies are not totally applicable in the implantation in small 
companies, since, often, these environments are totally different. The analysis made 
in the garment sector regarding to the implementation of management systems well 
exemplifies the need for planning so that it adapts to the company’s processes, so that 
the management can make decisions from it, measuring positive results for the 
organization, still trying to change a culture of resistance to the typical changes of 
interior regions. 
 
 
KEYWORDS: Information technology. Information systems. Business management 
systems. Micro and small companies. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTAS 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
1: Contador de likes em cabides da loja C&A 37 
2: Etiqueta inteligente utilizada pela loja Memove 38 
3: Provadores inteligentes da Billabong 39 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
1: Tempo de mercado 55 
2: Gênero 56 
3: Idade 57 
4: Escolaridade 58 
5: Conhecimento sobre sistemas de informações 59 
6: O que são ERP’s 60 
7: A empresa possui ERP’s 62 
8: Implantação de ERP’s 63 
9: Motivos para implantar um ERP 63 
10: Desafios na implantação do ERP 64 
11: Como é feito o controle financeiro da empresa 65 
12: Como é feito o controle estoque da empresa 66 
13: Como é feito o cadastro de clientes 67 
14: Tomada de decisão baseadas nos sistemas 69 
15: Frequência de tomada de decisão baseada no sistema 69 
16: Você recebe suporte da empresa 71 
17: O sistema recebe atualização 71 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 MARCO INTRODUTÓRIO 12 
 
2 MARCO TEÓRICO 14 
 2.1 Tecnologia da Informação 14 
 2.1.1 Conceito 14 
 2.1.2 Componentes da tecnologia da informação 15 
 2.1.2.1 Computadores 15 
 2.1.2.2 Hardwares 16 
 2.1.2.3 Softwares 17 
 2.1.2.4 Softwares utilitários 17 
 2.1.2.5 Softwares de automação 18 
 2.1.2.6 Softwares de sistema 18 
 2.1.3 A importância da tecnologia dentro das organizações 19 
 2.1.4 Tecnologia da informação como suporte à decisão 22 
 2.2 Sistemas de Informações Gerenciais 31 
 2.2.1 Conceitos 31 
 2.2.2 A evolução do sistema de informação gerencial 32 
 2.2.3 A implantação do SIG no processo decisório 33 
 2.3 Inovação e Tecnologia 34 
 2.4 Sistema Integrado de Gestão (ERP) 39 
 2.4.1 Conceitos de ERP 39 
 2.4.2 Origem e evolução dos sistemas ERP 41 
 2.4.3 Implantação de ERP’s nas MPEs 42 
 2.4.4 Etapas da implementação 44 
 2.4.5 Benefícios e dificuldades proporcionados por um sistema ERP 44 
 2.4.6 Custo de implantação de ERP’s nas MPEs 46 
 2.4.7 Impactos do uso de sistemas ERP’s 47 
 
3 MARCO METODOLÓGICO 52 
 3.1 Tipo e Caracterização da Pesquisa 52 
 
 
 
 
 3.2 Universo e Amostra 53 
 3.3 Instrumentos de Coleta de Dados 53 
 3.4 Procedimentos de Análise dos Dados 54 
 
4 MARCO ANALÍTICO 55 
 4.1 Breve Perfil dos Elementos Estudados 55 
 4.2 Sistemas de Informação 58 
 4.3 Conhecimento de Novas Tecnologias 59 
 4.4 Uso das Novas Tecnologias 64 
 4.5 Desafios no Uso das Novas Tecnologias 68 
 
5 CONCLUSÃO 72 
 
REFERÊNCIAS 75 
 
ANEXO 79 
 
APÊNDICE 81 
 
 
 
1 MARCO INTRODUTÓRIO 
 
 
A gestão das micro e pequenas empresas precisam, de certa forma, 
acompanhar as novas tendências de gestão, tendo em vista uma maior eficiência no 
manejo das informações, o que proporcionará uma melhor administração de sua 
organização. Dessa forma, o uso da tecnologia vem a ser um meio de bastante valia, 
o uso de ERP (Enterprise Resource Planning) pode ser citado como um exemplo claro 
de ferramenta que auxilia a tomada de decisão eficiente. 
No entanto, ainda existe uma grande questão a ser resolvida, mesmo com a 
tecnologia cada vez mais desenvolvida e cada vez mais presente dentro das 
empresas, o seu manuseio ainda é falho ou negligenciado em muitas organizações a 
ponto de muitas dessas possuírem ferramentas de gerenciamento e não conseguirem 
fazer uso total de seu potencial, de certa maneira, ainda falta domínio destas que são 
empregadas dentro das organizações. Essas falhas e essa falta de domínio podem 
ser observadas claramente nas micro e pequenas empresas, por não haver um 
suporte para tal tecnologia ou por serem omissas a esse aprendizado. 
A cultura local acaba tendo uma forte influência e acaba, muitas vezes, por se 
tornar um dos fatores de resistência que mais interferem na adesão desses novos 
processos, uma vez que a maioria das organizações foi concebida em moldes rústicos 
com uma forte tendência a não implantar novas ferramentas. Inovar por si só já é algo 
relevante a qualquer empresa, independentemente de seu porte, logo as inovações 
tecnológicas, quando bem aplicadas, acabam por se tornar ferramentas que permitem 
gerenciar de forma eficiente qualquerorganização, otimizando toda uma gama de 
processos que outrora se daria de forma demorada. Para isso, é necessário, no 
entanto, que os gestores sejam capazes de visualizar e implantar de acordo com suas 
necessidades, permitindo, assim, que tais ferramentas sejam utilizadas de forma 
eficiente e contribuam de forma relevante para o crescimento da organização, 
evitando possíveis controvérsias que, posteriormente, se refletiria de forma negativa 
no desenvolvimento organizacional. 
A gestão das empresas atualmente, independentemente do porte, segue uma 
tendência de otimização de processo em seus diversos setores, se utilizando, 
principalmente, da tecnologia, seja ela a partir da utilização de softwares ou de 
 
 
 
equipamentos. Apesar desse entendimento, busca-se uma forma de buscar entender 
quais as principais dificuldades enfrentadas pelos varejistas de roupas da cidade de 
Adustina (BA) quando tratamos de implantação e manutenção dos sistemas ERP’s 
dentro delas, uma vez que, em tempos contemporâneos, a tomada de decisão por 
parte do gestor precisa ser de forma acertada, eliminando possíveis margens de erros, 
já que tais sistemas são poderosas ferramentas capazes de fornecer informações 
imprescindíveis para uma boa gestão, bem como a otimização de processos dentro 
da organização. 
Para tanto, é preciso entender, inicialmente, como, de fato, tais sistemas são 
empregados dentro de suas lojas, observando, principalmente, os desafios 
enfrentados tanto no processo de aquisição, implantação e posterior suporte a estes, 
tal preocupação se deve ao fato de que os sistemas ERP’s devem ser utilizados como 
uma forma eficaz na administração de qualquer organização. 
Diante de toda essa realidade, porém, é preciso levar em consideração, 
essencialmente, a realidade do cenário local, uma vez que a diversidade de sistemas 
voltados para soluções empresariais é inúmera. Nesse contexto, se faz necessária 
uma análise detalhada acerca da melhor opção que se adeque às condições da 
empresa, partindo da observação, tanto do tipo de negócio, bem como os objetivos 
pretendidos pelos gestores. 
Esse é, portanto, um dos maiores desafios frente a uma cultura conservadora, 
adepta de uma gestão enrustida que se baseia em métodos obsoletos de sistemas de 
informações, barreira esta que precisa ser rompida tendo em vista a Administração 
contemporânea, que contempla, sobretudo, a tomada de decisão de forma quase que 
instantânea e isso só se torna possível quando se tem um sistema de informações 
que está se adequando às novas especificações do mercado. 
O trabalho se torna relevante tanto para o ambiente acadêmico, quanto 
científico, a partir do momento em que ele busca mostrar a realidade da cidade de 
Adustina (BA), no que se refere à adoção e ao uso de novas tecnologias para a gestão 
das MPEs, objeto de estudo, buscando entender a correlação entre a resistência da 
cultura local em aderir essas novas tecnologias e os impactos que isso pode gerar 
tanto para a boa gestão, quanto para o cenário mercadológico local. 
 
 
 
2 MARCO TEÓRICO 
 
 
 2.1 Tecnologia da Informação 
 
 
2.1.1 Conceito 
 
 
Ao longo de sua existência, o homem como um todo sempre buscou maneiras 
de otimizar sua existência, criando diversas ferramentas que possibilitem a realização 
de diversos processos como forma de diminuir o tempo hábil de tal atividade e lhe 
possibilitar maior comodidade e praticidade. Essa sempre foi uma das maiores 
preocupações dele, diante disso, ele criou inúmeras possibilidades. 
É nesse contexto que a tecnologia da informação se apresenta numa evolução 
que envolve a realização desde as mais simples tarefas até o mais complexo dos 
processos produtivos de uma fábrica. Foi somente com o uso da tecnologia da 
informação que diversos produtos e serviços se tornaram uma realidade cotidiana nos 
dias atuais (como a internet ou os smartphones, por exemplo), mas vale salientar que 
a tecnologia da informação não é apenas um aparato tecnológico ou outro. Rezende 
e Abreu (2009) descrevem-na como sendo o conjunto de recursos tecnológicos e 
computacionais para a geração e o uso de informações, usando qualquer dispositivo 
que tenha capacidade de tratar dados e/ou informações de forma sistêmica ou 
esporádica, seja em um produto, serviço ou processo. 
Tais informações podem ser usadas dentro das organizações para que a 
tomada de decisão tenha um percentual de acerto muito maior, principalmente, 
quando consideramos o atual cenário tecnológico que se modifica de forma constante 
e cada vez mais acelerado. 
O’Brien (2004) apresenta a tecnologia da informação como algo que influencia 
diretamente na redução de custos, capaz de promover um diferencial competitivo, 
consequentemente, a promoção do crescimento organizacional, no entanto, isso 
precisa ser analisado cuidadosamente em cada situação, para que ela seja utilizada 
 
 
 
como uma aliada e não simplesmente como uma ferramenta que vai gerar custos sem 
resultados positivos. 
 
 
2.1.2 Componentes da tecnologia da informação 
 
 
2.1.2.1 Computadores 
 
 
Os constantes avanços tecnológicos obrigaram toda a sociedade a aderir novos 
aparatos que otimizassem uma grande parte ou quase todos os processos que 
envolviam alguma atividade. Hoje, os computadores estão presentes em nosso 
cotidiano, de forma que eles acabaram por se tornar quase que uma extensão de 
nosso corpo, e a facilidade com estes evoluíram nas últimas décadas. 
É surpreendente, passando de grandes máquinas, pesando toneladas e que 
ocupavam grande espaço em suas primeiras versões (nos anos que permeiam entre 
a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, cujos fins eram unicamente militares) até os 
dias atuais, quando eles cabem na palma da mão e pesando poucos gramas, a 
capacidade de processamento e armazenamento, bem como as diversas 
aplicabilidades que eles têm mostrado que os limites entre as possibilidades e a 
realidade são algo relativamente tênue. 
Segundo Capron & Johnson (2004), o computador é basicamente uma máquina 
que pode ser programada para aceitar dados de (entrada) e transformá-la em 
informação (saída) útil que será armazenada e tanto para segurança quanto para 
posterior utilização. 
Dentro das organizações o uso de tais aparatos tem se tornado cada vez mais 
evidente e necessário para que as tomadas de decisões sejam tomadas de uma forma 
bem mais rápida para que, assim, possa ser promovido o seu crescimento. 
Segundo Cortes (2008), foi na década de 1980 quando foi lançado o IBM-PC, 
que as empresas começaram a visualizar potencial uso para tais e que tornariam as 
tarefas rotineiras simplificadas. Mas, para que todas as aplicações dos computadores 
 
 
 
em suas diversas áreas possam ser melhor entendidas, é preciso observar também 
quais os principais componentes que o compõe: hardware e software. 
 
 
2.1.2.2 Hardwares 
 
 
Toda tecnologia é constituída de componentes básicos que devem ser 
observados. Dentro desse contexto, devemos entender que hardware se refere aos 
componentes físicos que constituem o computador, indo desde o processador, placa 
mãe até os componentes externos como teclados e mouse, que ainda podem ser 
categorizados como dispositivos de entrada ou periféricos que serão responsáveis por 
introduzir os dados que, posteriormente, serão processados e transformados em 
informações que serão utilizados ou não por seu usuário, e também como dispositivos 
de saída que são aqueles responsáveis por exibir os resultados dos dados 
processados (a exemplo de monitores, impressoras, dentre outros). Assim: 
 
Os periféricos são os dispositivos que trabalham em conjunto com o 
computador. Como dispositivos de entrada (input) do computador pode-se 
relatar o teclado, mouse, os recursos de multimídia (sons e imagens), 
instrumentos musicais, dispositivos de reconhecimento de voz, scanners para 
digitalização de imagens e leiturasde códigos de barras, câmeras, 
filmadoras, leitores óticos, digitalizadores e microfone. Como dispositivos de 
saída (output), os monitores, impressoras comuns (jato de tinta, laser ou 
matricial), plotters etc. [...]. (REZENDE & ABREU, 2009, p.57) 
 
Cornachione Jr. (2001) ainda os descreve como sendo um conjunto de 
acessórios que auxiliam a entender o resultado final do processamento de dados, 
sendo dispensável ou não, a depender da atividade a ser executada. É o conjunto de 
todas essas peças mediante um software específico que transformará todos os dados 
em informações úteis para o usuário. Todo esse conjunto precisa estar devidamente 
aliado para as informações resultantes dos inputs realizados através de um dos 
periféricos que possam ter valor para quem os vai utilizar, caso contrário, serão 
apenas mais um aparato sem utilidade. 
 
 
 
 
 
2.1.2.3 Softwares 
 
 
Softwares são uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou 
executadas, na manipulação, no redirecionamento ou na modificação de um dado, 
uma informação ou um acontecimento. Também é o nome dado ao comportamento 
exibido por essa sequência de instruções quando executadas em um computador ou 
máquina semelhante. 
Este também é um produto e é desenvolvido pela engenharia de software, e 
inclui não só o programa de computador propriamente dito, mas, também, manuais e 
especificações. Para que todo e qualquer sistema informatizado funcione, é 
necessário que haja uma ponte entre o usuário que seja capaz de transcrever os 
dados inseridos, de forma que as informações possam se tornar uteis, para que isso 
ocorra de maneira eficiente, existe um conjunto de ferramentas específicas a cada 
situação, tais conjuntos são denominado de software. 
O’Brien (2004) define-o como sendo um grupo de instruções capaz de 
transcrever as informações de modo que ela possa ser facilmente interpretada por 
seu usuário, cada software possuía uma especificação que permite desempenhar 
cada tarefa de maneira adequada. 
 
 
2.1.2.4 Softwares utilitários 
 
 
Para Rezende e Abreu (2007), são programas que oferecem opções aos 
usuários de executar tarefas complementares às oferecidas pelos sistemas 
operacionais, tanto em softwares de automação de escritórios quanto para a execução 
de outros aplicativos. Estes têm um papel fundamental no funcionamento dos 
sistemas ERP’s, uma vez que garantem um suporte para que funcionem de forma 
adequada, forneçam ao usuário ferramentas para organizar os discos, verificar 
disponibilidade de memória, corrigir falhas de processamento, dentre outros. Mesmo 
sendo menores, os softwares utilitários são essenciais para manter o bom 
funcionamento do sistema como um todo. 
 
 
 
 
2.1.2.5 Softwares de automação 
 
 
Laudon e Laudon (2001, p. 33) também os definem como: “os sistemas de 
automação de escritório (SAE) são aplicações de informática projetadas para 
aumentar a produtividade dos trabalhadores de dados, dando suporte à coordenação 
e às atividades de comunicação de um escritório típico”. Essas aplicações são 
projetadas para atuar de forma sistêmica na demanda de serviços, visando aumentar 
sua produtividade, outrora trabalhosa e demorada. 
O surgimento dessas aplicações remodelou o ambiente de trabalho e a forma 
de como se lidar com as informações necessárias para o funcionamento da 
organização, e, assim como na Revolução Industrial, as máquinas substituíram uma 
enorme quantidade de trabalhadores, produzindo ainda mais. Tais aplicativos 
acabaram por substituir alguns cargos, já que, agora, um único colaborador, através 
deste, é capaz de lidar com várias informações diferentes em um tempo muito menor, 
e com uma produtividade bem maior. 
 
 
2.1.2.6 Softwares de sistema 
 
 
Dentro de um contexto tecnológico, os diversos tipos de software existem de 
forma a categorizar sua importância e função, desempenhando papéis cruciais e 
atendendo às necessidades específicas que visam ao final obter informações 
necessárias para a gestão de algum processo. 
O’Brien (2004) descreve software de sistemas como sendo aqueles capazes 
de gerenciar e apoiar as operações de sistema de redes de computadores. Dentre 
eles, podemos citar os sistemas operacionais, monitores de desempenho e 
segurança, dentre outros, em termos gerais, tais softwares são a base para que o 
aparato tecnológico possa funcionar e, posteriormente, dar suporte a outros tipos de 
software, tal qual os ERP’s. 
 
 
 
 
2.1.3 A importância da tecnologia dentro das organizações 
 
 
Novas tecnologias vão sempre provocar mudanças no ambiente social da 
organização e é difícil imaginar alguma inovação tecnológica que pudesse ser 
introduzida na empresa sem provocar algum efeito. A definição de inovação, palavra 
que deriva do latim in e novare, significa fazer algo novo ou renovar, é conceituada de 
acordo com o Manual de Oslo in Maculan (2005), como sendo a colocação no 
mercado de um produto (bem ou serviço) tecnologicamente novo ou substancialmente 
aprimorado ou, mesmo, a adoção pela empresa de um processo produtivo 
tecnologicamente novo ou significativamente aprimorado. A utilização dos sistemas 
de gestão empresarial já não é uma particularidade das grandes empresas no mundo 
atual. 
 
Com o passar do tempo, surge à necessidade de adequar antigos processos, 
e criar novos, para atender uma nova estrutura econômica e de mercado, 
para o empreendedor isso é apresentado como uma urgência em se adaptar 
constantemente às novas exigências dos consumidores e da economia, desta 
forma o conceito de empreendedorismo passa a ser subsidiado ao ato de 
inovar [...] (BISPO et al., s/a, p.2). 
 
Antes, este era de uma utilização mais restrita para empresas de grande porte 
e reconhecidamente um representante da abordagem de boas práticas de gestão, sua 
importância tem se refletido também na aplicabilidade em pequenas e médias 
empresas. Em um mercado globalizado e competitivo, a centralização de informações, 
a integração dos processos de negócio e a disponibilização dessas informações entre 
as diversas áreas da empresa têm se tornado imprescindível para a sustentação das 
organizações, de forma que os gestores possam fazer uso do conhecimento da 
atividade empresarial e gerar vantagem competitiva. 
 
Ainda na década de 90, crescia a acessibilidade dos softwares comerciais 
para MPE no país que com a promessa mensurar o impacto das ações 
realizadas pelas organizações, medindo a qualidade dos produtos e serviços, 
custos, nível de satisfação dos funcionários e produtividade, encontrou no 
setor de panificação solo fértil para fermentação de suas atividades. Tais 
pacotes comerciais de softwares com a finalidade de integrar e dar suporte a 
uma gama de operações da empresa passou a ser conhecido como Sistemas 
Integrados de Gestão Empresarial (SIGE ou SIG), em inglês Enterprise 
Resource Planning (ERP) (COSTA, s/a, p.3). 
 
 
 
 
A velocidade com que atualmente ocorre a competição tecnológica desafia os 
dirigentes das organizações a adotarem novas posturas estratégicas e a conceberem 
novas formas de se desenvolverem tecnologias e de criarem oportunidades de 
mercado para seus produtos, nos vemos numa posição em que é preciso buscar 
novas formas de intensificar o crescimento de modo a acompanhar essa competição 
tecnológica. Historicamente, “As empresas brasileiras são tradicionalmente 
consideradas pouco propensas a inovar, frequentemente tendo dificuldades na gestão 
tecnológica”, afirma Maculan (2005, p.10). 
A revolução industrial utilizou tecnologia para estender a capacidade física de 
o homem realizar o trabalho. A revolução da informática está estendendo a nossa 
capacidade de realizar trabalho mental e redistribuindo o tempo que dedicamos à 
realização das nossas diversas atividades. Isso nos dá uma dimensão de que a 
resistência em lidar com essas novas tecnologias acaba tendo uma fundamentação 
real, implicandoem uma atenção maior, voltada a esse problema, se nas grandes 
empresas já existe de forma significativa essa resistência, tornando uma realidade 
assustadora: 
 
Em um nível empírico, há uma extrema carência de informações e estudos 
sobre a capacitação tecnológica e as práticas inovadoras das empresas 
brasileiras. Essa carência está sendo, aos poucos, minorada por análises 
setoriais ou regionais, ou estudos de caso, que permitem entender melhor o 
comportamento das empresas (MACULAN, 2005, p.2). 
 
As necessidades de uma empresa em se adequar às novas especificações do 
mercado requerem uma atenção maior por parte de seus gestores, uma vez que as 
necessidades de cada empresa são diferentes. Logo, os objetivos são distintos e 
precisam ser analisados de forma individual, utilizando as informações necessárias 
para a construção de um pensamento objetivo que sejam capazes de fundamentar 
decisões eficazes para a manutenção da organização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para inovar, as empresas precisam reunir e combinar informações e 
conhecimentos gerados, em parte, internamente, nas suas diversas unidades 
e, em parte, externamente, em outras empresas ou instituições. Os 
conhecimentos de origem interna são produtos de uma dupla dinâmica. Por 
um lado, as empresas podem desenvolver atividades de pesquisa para gerar 
novos produtos ou novas soluções. A existência dessas estruturas internas 
de pesquisa e desenvolvimento não é muito comum. São mais frequentes 
nas grandes empresas e em alguns setores como a indústria farmacêutica, a 
indústria eletrônica ou o setor de instrumentação. Por outro lado, as 
experiências ligadas à organização das atividades produtivas representam 
uma importante fonte de conhecimentos que permitem resolver problemas 
práticos ou atender melhor às demandas dos usuários ou compradores [...]. 
(MACULAN, 2005, p.3) 
 
É preciso observar com atenção as informações que circulam dentro da 
empresa, para que seja possível utilizá-las de forma adequada, aderindo ainda às 
novas tecnologias que envolvem informações e meios digitais, uma necessidade que 
se torna vital à sobrevivência de mercado. A grande questão que se deve discutir e 
analisar é como o conjunto de informações circulantes, tanto dentro do ambiente 
interno, quanto externo, pode auxiliar uma empresa a tomar decisões capazes de 
gerenciar de forma ativa. 
 
[...] a questão das informações não se restringe a esses usos internalizados, 
pois como as empresas atuam num mercado com outros concorrentes, a 
inteligência informacional é elemento crucial para o estabelecimento de suas 
estratégias defensivas e ofensivas que objetivam crescer e se perenizar. 
Além disso, as empresas fazem parte do sistema produtivo, e a sua 
competitividade depende sistemicamente da performance dos demais 
agentes — outras empresas, organismos públicos, não-governamentais e 
dos cidadãos — cujas mobilizações e estabelecimento e acessibilidade de 
bases de dados genéricos é também essencial para o desempenho conjunto 
da sociedade (LASTRES, 1999, p.59). 
 
As organizações precisam ter em mente que acompanhar tendências deixou 
de ser algo superficial e pouco proveitoso, passou a ser item vital para o crescimento 
e permanência da mesma no âmbito competitivo. 
 
Um dos equívocos mais comuns é entender que a inovação trata 
principalmente senão exclusivamente, de tecnologias em transições. Basta 
mencionar inovação e muitos CEOs que se consideram gênios em seus 
negócios desatam a falar de laboratórios de P&D em que engenheiros e 
cientistas estariam empenhados em desenvolver a próxima grande 
tecnologia. A verdade, no entanto, é que a inovação não se resume apenas 
a mudanças tecnológicas (DAVILA et al., 2007, p.49). 
 
Saber utilizar as novas tecnologias em prol do desenvolvimento das empresas 
deixou de ser algo inovador e passou a ser algo obrigatório se ela quiser sobreviver à 
 
 
 
competitividade do mercado. Logo, entender as novas tecnologias tornou-se um 
grande desafio não só para quem está no mercado, mas também para os futuros 
empreendedores (talvez, para este último, seja mais fácil se adequar, uma vez que 
suas ideias já nascem fundamentadas no novo mundo), que almejam o sucesso de 
suas organizações. É preciso compreender ainda que os novos conceitos 
mercadológicos exigem do empreendedor não somente conhecer o campo na qual se 
vai atuar, como também a necessidade de se planejar. 
 
 
2.1.4 Tecnologia da informação como suporte à decisão 
 
 
Partindo do princípio de que as mídias sociais podem alavancar toda e qualquer 
empresa que se dispõe a investir no setor, requer (também) um cuidado ainda maior 
no que diz respeito ao seu devido planejamento. Não basta apenas uma ideia 
inovadora, é preciso conhecer o território onde se está pisando. Logo, novas 
tecnologias não significam menos preocupações com as organizações, muito pelo 
contrário, elas requerem mais atenção, uma vez que os fundamentos para uma 
empresa de sucesso estão justamente em saber mensurar seu espaço e suas 
limitações, bem como está preparada para se adequar às novas maneiras de aprender 
a gerir seu negócio. Portanto, o planejamento de todo e qualquer negócio continua 
sendo um dos pilares fundamentais para a boa atuação no mercado. 
 
O impacto deste fenômeno é observável em todas as empresas, 
independentemente de seu porte ou ramo de atividade. O aumento da 
competitividade entre as empresas dos mais variados setores, a busca por 
alternativas que possibilitem a redução de custos, o desenvolvimento da 
tecnologia de informação, as mudanças que ocorrem no ambiente em que 
estão inseridas, levam as organizações a repensarem seus modos de 
produção e a buscarem alternativas que lhes possibilitem a sobrevivência 
(LIMAS et al., 2009, p.2). 
 
Logo, não basta somente investir, se o gestor não possuir uma visão além 
daquilo que se vivencia no momento, é preciso enxergar além dessas limitações e 
desse comodismo, verificar o ambiente e estruturar decisões acertadas, utilizando, 
para isso, um sistema ativo de informações. 
 
 
 
 
A inovação é um processo complexo de busca de soluções que não pode ser 
entendido como compra de equipamentos novos. Para definir uma verdadeira 
estratégia tecnológica, é preciso reunir vários componentes; e não há dúvida 
de que uma maior capacitação tecnológica passa por outras modalidades de 
incorporação e gestão da tecnologia. A capacidade de desenvolver novas 
tecnologias de produção requer investimentos significativos em pesquisa e 
desenvolvimento interno, projetos de pesquisa conjunta com instituições 
especializadas e contratação de recursos humanos capacitados (MACULAN, 
2005, p.11). 
 
A estruturação de uma empresa, independentemente de sua área de atuação, 
está diretamente atrelada à condição com a qual seus gestores lidam com as 
informações internas e externas desse ambiente, é preciso explorar os recursos 
disponíveis para que as decisões sejam efetivas e acertadas e sejam postas em 
prática. Nesse contexto, a informatização dos recursos vem facilitar esse processo 
decisório. No entanto, mesmo com todas essas facilidades, a responsabilidade por 
fazer bom uso das informações colhidas ainda é parte cabível aos recursos humanos 
dentro das organizações. Assim, por mais que os sistemas de informações evoluam, 
o processo de decisão final ainda cabe ao ser humano e este, como tal, está suscetível 
a erros. 
 
O processo decisório implica a necessidade de uma racionalidade objetiva 
que traz, como consequência, a necessidade de o tomador de decisão ajustar 
seu comportamento a um sistema integrado, por meio de uma visão ampla 
de alternativas que lhe afiguram antes da tomada de decisão, da 
consideração de todo o conjunto complexo de consequências que poderá ser 
gerado como fruto de escolha de uma alternativa e da própria escolha em 
face das alternativas disponíveis (OLIVEIRA, 2004, p.51). 
 
É preciso se atentar para queestas informações sejam utilizadas de forma 
eficiente, de modo a proporcionar o crescimento organizacional, no entanto, a maioria 
das micro e pequenas empresas desconhece a tomada de decisão baseada em 
informações lógicas que surgem do desenvolvimento das atividades da própria 
empresa, informações estas que servem de indicadores econômicos delas. O 
contexto mercadológico exige cada vez mais uma tomada de decisão em tempo hábil, 
e, para que essa decisão seja exposta rapidamente, é preciso ter uma estrutura de 
informações sólidas e bem gerenciadas, de maneira a ficar disponível, quando 
necessário. 
 
 
 
 
 
 
Visando responder a essas pressões do mercado, e buscando a adoção de 
soluções inovadoras que suportem a gestão de seus processos de negócio, 
as PME são cada vez mais impulsionadas a adquirirem soluções 
tecnológicas, algumas antes disponíveis e viáveis apenas para grandes 
corporações. Porém, é inconsequente desconsiderar as características 
particulares e peculiares desse segmento, principalmente a característica 
referente à disponibilidade de recursos para investimento em tecnologia [...] 
(MENDES & EDMUNDO FILHO, 2007, pp.1-2) 
 
O desenvolvimento da tecnologia na melhoria dos processos organizacionais 
tem sido observado de forma intensiva ao longo dos anos, com o intuito de promover 
um crescimento eficaz das organizações. Novas ideias nascem todos os dias, de tal 
forma que o ambiente organizacional tem sido remodelado constantemente, e, em 
determinado momento, isso passou a influenciar não apenas as grandes empresas, 
mas também as MPEs. 
 
A necessidade de interação dos usuários com computadores está cada vez 
mais presente no cotidiano das pessoas nos ambientes de trabalho. Não 
importam os grandes recursos gastos em tecnologia sem que a satisfação 
do usuário seja alcançada. Desta forma a usabilidade atua para ressaltar a 
importância de se pensar nas pessoas que estão do outro lado do monitor 
e na reação das mesmas diante da utilização dos sistemas (VITORIO et al., 
2011, p.2). 
 
As variáveis da evolução tecnológica são inúmeras e estas estão cada vez mais 
presentes dentro das organizações, tornando-se algo vital e de total relevância para o 
crescimento da empresa, um fato preocupante, no entanto, é que uma grande maioria 
dos gestores de MPEs ainda negligencia essa evolução, engessando os processos 
existentes e resistindo ao novo modelo de negócio que vem sendo otimizado a partir 
da revolução industrial, que vem sendo introduzida através de constantes inovações, 
tornando obsoletos os antigos processos. Mesmo com o meio na qual estão inseridas, 
as organizações estando em constante mudança tanto por questões competitivas 
quanto pela evolução da tecnologia, oferecer algo que permita um desenvolvimento 
organizacional melhor, é a curto prazo um grande desafio, isso se deve principalmente 
em virtude da visão limitada dos gestores que insistem em permanecer em um modelo 
ultrapassado. 
 
 
 
 
 
 
 
A velocidade com que atualmente ocorre a competição tecnológica desafia 
os dirigentes das organizações a adotarem novas posturas estratégicas e a 
conceberem novas formas de desenvolver tecnologias e de criar 
oportunidades de mercado para seus produtos. Da mesma forma, os 
pesquisadores da área de administração procuram por alternativas teóricas e 
por novos modelos, para tentar explicar as ações estratégicas e as práticas 
de inovação adotadas pelos tomadores de decisão nesse ambiente turbulento 
(BIGNETTI, 2002, p.2). 
 
Segundo Lastres (1999), até pouco tempo, era grande a rigidez para 
caracterizar o processo de inovação, suas fontes de geração e formas como se realiza 
e difunde. Evidentemente que a compreensão do processo de inovação está 
estreitamente influenciada pelas características dominantes de contextos histórico-
econômicos específicos. Atualmente, aspectos negligenciados por não terem 
relevância nos períodos em questão e começam a ser plenamente reconhecidos como 
de papel fundamental para o êxito do processo inovativo. À medida que melhor se 
conhecem as especificidades da geração e difusão de inovação, mas se sabe sobre 
sua importância para que empresas e países reforcem sua competitividade na 
economia mundial. 
 
Dentro da perspectiva de inovação tecnológica decorrente do processo 
decisório para a estratégia competitiva nas organizações modernas, surge 
cada vez mais a necessidade de se aprimorar a estrutura da informação 
dentro dessas organizações através dos sistemas de informação que se 
operam por meio de softwares como ferramenta decisiva para o gestor 
(VITORIO et al., 2011, p.3). 
 
Uma das principais problemáticas encontradas atualmente pelas MPEs é a 
busca pela sua gestão eficiente, e diversos fatores influenciam para que essa gestão 
deixe de ser feita de forma a comtemplar todos os objetivos pretendidos por seu gestor 
ou, ao menos, a sua grande maioria. Observando essa realidade, é possível notar 
claramente que os impactos que o desenvolvimento tecnológico provoca dentro das 
atuais organizações são grandes, o que acaba desnorteando, a princípio, os seus 
gestores. Dentro disso, no entanto, é preciso destacar que estes devem se adequar 
perante esse constante desenvolvimento, uma vez que estes avanços interferem 
diretamente na forma como a empresa vem sobrevivendo e na forma como vai 
continuar no mercado. 
 
 
 
 
 
As abordagens clássicas da estratégia se concentram na análise de ameaças 
e oportunidades, presentes no ambiente externo, e no estabelecimento das 
formas como a empresa pode adaptar-se a essas condições. Os aspectos 
funcionais da estratégia organizacional são ressaltados e é comum 
encontrarem-se descrições de uma “estratégia de marketing”, de uma 
“estratégia de produção” ou de uma “estratégia tecnológica” [...] (BIGNETTI, 
2002, p.16). 
 
As novas tecnologias visam, principalmente, aperfeiçoar a visão de processos, 
bem como sua execução, auxiliando o gestor a tomar decisões acertadas. Para que 
isso aconteça, é necessário que a alta administração tome consciência da 
necessidade da aplicabilidade dessas novas ferramentas e as utilizem de forma 
efetiva, o que acaba por se tornar um grande desafio quando nos referimos às MPEs 
que residem nas pequenas cidades de interiores. 
 
A simples introdução de uma nova tecnologia, desacompanhado de um 
esforço deliberado de adaptação, não é suficiente para conferir a 
competitividade a uma organização. A tecnologia precisa, por um lado ser 
ajustada ao contexto especifico, em que será aplicada. Por outro, as próprias 
empresas precisam mudar sua forma de organização para incorporar com 
sucesso as oportunidades de inovação [...] (TIGRE, 2006, p.198). 
 
Lastres (1999) ainda destaca que, frequentemente, as pequenas e médias 
empresas não têm consciência dos possíveis ganhos de competitividade trazidos 
pelas novas oportunidades de negócio associadas ao novo paradigma. A maioria das 
MPEs introduz inovações apenas quando percebem claramente as oportunidades de 
negócio ligadas à inovação. A mentalidade para absorver tais informações acaba por 
ser limitada à cultura local, impedindo, assim, de o gestor acatar de forma mais fácil 
às novas ideias, principalmente, quando estas se referem à implantação de novas 
tecnologias. Diante de tal resistência, ainda encontramos aquelas empresas que 
utilizam algum tipo de ERP, mas que não conseguem fazer um uso eficiente do 
mesmo, por negligência de seus proprietários, por uma questão de custos ou mesmo 
por falta de suporte a ele. 
O fato é que essa negligência acaba por interferir de forma negativa na gestão 
e uma ferramenta que fora projetada para auxiliar no processo decisório, bem como 
na gestão eficaz da empresa, acaba por se tornar um incômodo e um custo sem 
retorno positivo de qualquer natureza, atrasando, de forma gradativa, a melhoria 
contínua da gestão da empresa e a ideia de muitos gestores acaba por se perder emmeio a inúmeros pensamentos que não possuem um planejamento ou fundamentos 
necessários para sua aplicabilidade. 
 
Não é a excelência do instrumento que torna um profissional eficiente, 
embora um bom profissional possa fazer muito mais se dispuser da melhor 
tecnologia encontrada para o fim desejado em contextos apropriados. Os 
recursos de T.I., isolados não representam vantagem competitiva, nem 
aquisição de conhecimento por parte da empresa, é necessário fazê-lo 
funcionar dentro do contexto encontrado (COSTA, s/a, p.10). 
 
As diversas formas como essas ferramentas tecnológicas se apresentam são 
diversas, cabe aos gestores, então, verificar de que forma elas podem estar sendo 
inseridas dentro de sua organização. As limitações de cultura local não mais podem 
ser um fator determinante na tomada dessas decisões, que colocam à frente o fator 
financeiro, já que, para serem implantadas, geram um custo e, na maioria das vezes, 
tal custo é visto como algo sem retorno. Isso ocorre, principalmente, porque a alta 
administração visualiza apenas o momento presente e esquece-se de fazer uma 
análise para o futuro da sua empresa, observando os benefícios e os valores que 
serão agregados, promovendo, de maneira geral, a forma de como se vê a 
organização, tais observações precisam estar de acordo com cada situação, uma vez 
que elas serão específicas de cada organização, permitindo, assim, uma maior 
visibilidade dos processos envolvidos. 
 
Os negócios estão acelerando em um ritmo perigoso. Quanto mais 
informações um negócio obtém, mais difícil torna-se tomar decisões. A 
quantidade de informações que as pessoas devem compreender para tomar 
boas decisões está crescendo exponencialmente. No passado, as pessoas 
podiam confiar em relatórios manuais para tomar decisões porque tinha 
quantidade limitada de informações para processar. Hoje, com volumes 
massivos de informações é quase impossível para as pessoas tomarem sem 
a ajuda de sistemas de informações. Decisões altamente complexas- 
envolvendo muito mais informações que o cérebro humano pode 
compreender – devem ser tomadas em prazos cada vez mais curtos [...] 
(BALTZAN & PHILLIPS, 2012, p.31). 
 
Ainda nesse contexto, Cipriani (2006, p.16) in Castilho (2008, p. 3) destaca a 
importância da difusão das novas tecnologias no âmbito organizacional, em que “os 
diversos canais de comunicação entre colaboradores, parceiros e clientes e o fluxo de 
realização das atividades migraram para o mundo on-line e hoje se apresentam como 
uma realidade com a qual não é possível deixar de se envolver”. Mas, segundo 
Mendes & Edmundo Filho (2007), a relação positiva entre tecnologia, competitividade 
 
 
 
e vantagem competitiva ainda é difícil de ser estabelecida, porém, no âmbito 
empresarial, as vantagens, facilidades e imposições de uma economia baseada no 
uso intenso de recursos tecnológicos parecem conduzir as empresas a um caminho 
sem volta e reconhecem que o gerenciamento da informação é fator de 
competitividade, reiterando, assim, a crença de que a tecnologia pode solucionar 
diversos problemas enfrentados pelas empresas, tecnologia, cuja importância é 
admitida pela maioria dos executivos, embora muitas de suas experiências nesta área 
sejam marcadas pela frustração. 
 
A aquisição de um sistema integrado por parte das empresas exige uma 
mudança profunda no seu sistema organizacional, saindo de uma visão 
departamental para uma visão baseada na padronização de processos, 
entendendo a empresa como um organismo vivo, onde cada ação envolve a 
manutenção da saúde do empreendimento. Essa postura exige um esforço 
contínuo por parte de gestores e colaboradores para compreender a 
necessidade de combater a subjetividade dos processos sem perder o caráter 
de inovação, ao mesmo tempo, que gera dados para mensuração de suas 
atividades com o objetivo de otimizar suas ações (COSTA, s/a, p.11). 
 
Todo e qualquer processo dentro de uma empresa deve estar bem detalhado 
de forma a atender às necessidades e demandas do mercado em que atua. São 
objetivos que devem ser traçados de forma a contribuir, exponencialmente, para o 
crescimento da empresa; falhas durante a implantação podem até acontecer, uma vez 
que todo o processo está sujeito a isso. No entanto, chega um determinado ponto em 
que isso se torna contínuo e, portanto, precisa ser melhorado, ou, caso contrário, 
implicará em prejuízos diretos para a empresa. Para Macfee (2010, 119), “é 
importante para os tomadores de decisão de negócios entenderem a gama de 
benefícios que as novas plataformas de software social podem fornecer”. 
 
[...] Empresas 2.0 de sucesso não podem ser reduzidas a uma simples receita 
passo a passo; existem muitas variáveis, e as ações apropriadas dependem 
criticamente tanto dos objetivos quanto do esforço como das características 
da organização [...] (MACFEE, 2010, p.161). 
 
Todo o processo dentro da empresa está diretamente ligado à sua capacidade 
de tomada de decisão, dessa forma, é necessário disponibilizar sempre recursos 
consideráveis para que estejam sempre com uma margem de informações 
necessárias ao pleno funcionamento. Assim, será possível operar de forma eficiente, 
usando de maneira total o tempo e os recursos disponíveis. Um bom controle de 
 
 
 
processos permite que a empresa cumpra com seu papel perante o consumidor, 
garantindo uma oferta de serviço e produtos aceitáveis. 
Do contrário, quando se há falhas nesse setor, deixa seu cliente insatisfeito, 
gerando um desconforto para todos da linha de produção até a gerência. Isso se 
tornará também sinônimo de prejuízos como consequência, algo que jamais poderá 
ser aceitável dentro da empresa. 
“Há novas tecnologias disponíveis para suportar e manter esse diálogo, e 
muitas razões para acreditar que ele tornará as organizações melhores. Cabe aos 
líderes de uma empresa decidir se querem abrir-se a esse diálogo” (MACFEE, 2010, 
p.195). 
Lidar com um cliente satisfeito é um dos melhores resultados que uma empresa 
pode obter. Nesse sentido, o uso de ERP potencializa as possibilidades de satisfação, 
uma vez que todo trabalho é feito de forma ágil. Cliente satisfeito é sinônimo de um 
trabalho bem desenvolvido e isso se reflete de forma positiva na imagem da empresa, 
proporcionando um crescimento ainda maior, bem como o seu devido 
reconhecimento. Nesse ponto, conseguir um diferencial competitivo é de fundamental 
importância para que se possa manter de igual para igual o padrão da oferta de 
serviços prestados. 
A análise do crescimento da empresa é sempre importante com intuito de 
buscar novas medidas que se adequem à nova demanda, bem como prover novos 
recursos que permitam-na a não cometer os mesmos erros, desenvolvendo novas 
estratégias que consintam um crescimento gerencial adequado às novas condições 
do mercado. A utilização da tecnologia, seja ela qual for, provoca uma melhoria da 
produtividade e na tomada de decisões gerenciais, além de possibilitar estratégias 
que podem reestruturar toda a organização. Dessa forma, é possível acompanhar de 
perto todas as modificações necessárias para que tudo isso seja possível. 
Para Macfee (2010, p.30), “o maior impedimento para todas as fontes de 
análise – a uma maior probabilidade de ligar os pontos – é a resistência humana ou 
sistêmica ao compartilhamento de informações” e com a expansão cada vez mais 
crescente das empresas que utilizam a tecnologia como meio de crescimento tem sido 
objeto de estudos que, voltados, principalmente, para os impactos que isso gera sobre 
a tomada de decisões dos gestores. 
 
 
 
E a nova preocupação em saber lidar com todos esses novos processos na 
filtragem de informações para posterior utilização nas decisões finais e gerenciais da 
empresa, uma nova ferramenta que veio para facilitar e tornar ainda mais eficiente 
todo o processo de informações que vai chegar até os gestores. Nesse contexto, a 
burocracia passaa ser um bastidor irrelevante e que, aos poucos, deverá ser extinto 
das organizações, tendo em vista essas novas adaptações. 
 
Custo, capacidade e abrangência, na maioria dos casos, constituem 
informações suficientes para permitir que os líderes empresariais tomem 
decisões de TI. Essas informações também fornecem uma base para a 
priorização das iniciativas de TI, algo com que muitas empresas se debatem 
[...] (MACFEE, 2010, p.178). 
 
Em todos os aspectos da implantação de novas estratégias na empresa há 
riscos e um custo, porém, é preciso pensar bem antes de implantar qualquer que seja 
o novo modelo de negócio; é preciso se preparar e ter certeza de que é aquilo que a 
organização precisa para se destacar no mercado. As novas ferramentas precisam 
ser analisadas e testadas antes de serem colocadas em prática. 
A nova realidade das empresas é sempre uma constante mudança, a evolução 
das tecnologias tem exigido dos gestores uma atenção cada vez maior nesse sentido, 
uma vez que a tomada de decisão está diretamente ligada à implantação e ao 
desenvolvimento das novas plataformas que vêm para, principalmente, extinguir a 
burocracia de filtragem de informações a fim de que sejam tomadas as decisões. O 
mundo sempre está em constantes mudanças; acompanhá-las é estar à frente do 
desenvolvimento. Nesse meio termo, a internet veio para revolucionar o nosso meio 
em todos os aspectos, de uma simples compra a uma inovação corporativa. 
O fato é que, com o advento da internet, as possibilidades de crescimento 
social, profissional e organizacional aumentaram e muito, mas é preciso salientar que 
os negócios que envolviam internet e marketing digital nem sempre foram bem vistos 
no nosso meio, especialmente, quando ocorreu o fenômeno conhecido como a 
“bolha”, mas isso não impediu as empresas de investirem nesse setor. Claro que 
agora, de maneira mais planejada, é o que aumenta as possibilidades reais de 
sucesso do empreendimento. A implantação digital na empresa atualmente não é 
apenas uma questão de investimento e sim uma questão de sobrevivência, pois quase 
tudo que fazemos hoje tem algum vínculo com rede mundial de computadores, ou 
 
 
 
seja, nos tornamos completamente dependentes da tecnologia e se desprender dela 
não é uma opção viável. 
 
 
 2.2 Sistemas de Informações Gerenciais 
 
 
2.2.1 Conceitos 
 
 
Quando falamos em sistemas, o que uma grande maioria logo imagina é a 
relação direta com computação e automação de processos, seja em qual tarefa for. 
Apesar de a relação não estar totalmente errada, o conceito de sistemas é bem mais 
complexo e está presente em nosso meio desde os primórdios de nossa civilização. 
A essência de sistemas pode ser definida como o conjunto de elementos 
interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo 
unitário e complexo (BATISTA, 2006). Partindo desse conceito, são inúmeros os tipos 
de sistemas, cada um com suas particularidade, especificidades e subdivisões, 
porém, quando falamos em sistema de informação gerencial é aquele que dá suporte 
às funções de planejamento, controle e organização de uma empresa, fornecendo 
informações seguras e em tempo hábil para tomada de decisão. 
Oliveira (2002, p. 59) define que o sistema de informação gerencial “é 
representado pelo conjunto de subsistemas, visualizados de forma integrada e capaz 
de gerar informações necessárias ao processo decisório”. 
Garcia e Garcia (2003, p. 29) apud Polloni definem que sistema de informação 
gerencial: 
 
[...] é qualquer sistema que produza posições atualizadas no âmbito 
corporativo, resultado da integração de vários grupos de sistemas de 
informação que utilizam recursos de consolidação e interligação de entidades 
dentro de uma organização. 
 
Stair (1998, p.278) define-o como: 
 
 
 
 
 
[...] o propósito básico de um SIG é ajudar a empresa a alcançar suas metas, 
fornecendo a seus gerentes detalhes sobre as operações regulares da 
organização, de forma que possam controlar, organizar e planejar com mais 
efetividade e com maior eficiência”. 
 
 
2.2.2 A evolução do sistema de informação gerencial 
 
 
As organizações sempre tiveram algum tipo de sistema de informação 
gerencial, mesmo que ele não tenha sido reconhecido como tal. No passado, esses 
sistemas eram muito informais em sua montagem e utilização. Só com o advento dos 
computadores, com sua capacidade de processar e condensar quantidades de dados, 
o projeto dos sistemas de informação gerencial se tornou um processo informal e um 
campo de estudo. 
As tentativas de usar com eficácia os computadores levaram à identificação e 
ao estudo dos sistemas de informação e ao planejamento, à implementação e à 
revisão de novos sistemas. Devido às habilidades especializadas que eram requisitos 
para operar os equipamentos caros, complexos e, algumas vezes, temperamentais, 
os computadores eram localizados em departamento de processamento de dados 
(CPD). À medida que cresciam a velocidade e a facilidade de processar dados, outras 
tarefas de processamento de dados e gerência de informações foram 
computadorizadas. Para lidar com essas novas tarefas, CPDs desenvolveram 
relatórios padronizados para o uso dos seus gerentes de operações. 
 
Esses sistemas podem auxiliar as empresas a estender seu alcance a locais 
distantes, oferecer novos produtos e serviços, reorganizar fluxos de tarefas e 
trabalho e, talvez, transformar radicalmente o modo como conduzem os 
negócios (LAUDON e LAUDON, 2004, p.4). 
 
Desta forma, o SIG proporcionou o crescimento dos CPDs e levou os 
administradores a se concentrarem mais no planejamento dos sistemas de informação 
de suas organizações. Esses esforços levaram ao aparecimento de conceitos de 
sistemas de informação baseados em computadores ou automatizados, ou ainda 
sistemas integrados de informação que passaram a ser mais conhecidos como SIG. 
 
 
 
 
O propósito básico de um SIG é ajudar a empresa a alcançar suas metas, 
fornecendo aos seus gerentes detalhes sobre as operações regulares da 
organização, de forma que possam controlar, organizar e planejar com mais 
efetividade e com maior eficiência (STAIR e REYNOLDS, 2002, p. 278). 
 
À medida que as funções dos CPDs passaram a se expandir além do 
processamento rotineiro de massas de dados padronizados, eles começaram a ser 
chamados de departamentos de SIG. Hoje, todos admitem que conhecer sistemas de 
informação é essencial para os administradores, porque a maioria das organizações 
precisam deles para sobreviver e prosperar. Por isso que estamos nesta era da 
informação, em que a riqueza nasce de ideias inovadoras e do uso inteligente da 
informação. As empresas na Era da Informação devem concorrer em um mercado 
repleto de desafios que muda rapidamente; é complexo, globalizado, supercompetitivo 
e voltado para o cliente. As empresas precisam reagir de modo rápido aos problemas 
e às oportunidades que surgem desse ambiente empresarial moderno. 
 
 
2.2.3 A implantação do SIG no processo decisório 
 
 
A identificação e a definição das necessidades de um sistema de informações 
estratégicas, táticas, operacionais e de comunicações corporativas baseiam-se em 
operações orientadas para o mercado e suportadas por sistemas de informação e de 
comunicação altamente eficientes. Os gerentes dependem de seus registros internos 
de pedidos, vendas, preços, custos, níveis de estoque, contas a receber, contas a 
pagar, de comunicação com os clientes internos e externos etc. É por meio da análise 
dessas informações que eles podem localizar oportunidades e problemas importantes, 
compartilhar do mesmo senso de direção e prioridades, e, assim, conscientizando-os 
de que seu desempenho é responsável pelo sucesso da empresa. 
 
 
 
 
Um Sistema de Informações Gerencial (SIG) abrange uma coleção 
organizada de pessoas, procedimentos, software, banco de dados e 
dispositivos quefornecem informação rotineira aos gerentes e aos tomadores 
de decisão. O foco de um SIG é, principalmente, a eficiência operacional. 
Marketing, produção, finanças e outras áreas funcionais recebem suporte dos 
 
 
 
sistemas de informação gerencial e estão ligados através de um banco de 
dados comum (STAIR e REYNOLDS, 2002, p. 18). 
 
Consideramos, também, o conceito de Oliveira (2004, p. 40) ao definir Sistema 
de Informações Gerencias (SIG) como sendo um processo de transformação de 
dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, 
proporcionando, ainda, a sustentação administrativa para otimizar os resultados 
esperados. 
 
 
 2.3 Inovação e Tecnologia 
 
 
É consenso que a economia contemporânea se move em função da criação e 
incorporação de inovações. Sendo assim, inovar tornou-se a principal arma de 
competição entre empresas e entre países. 
A inovação e o desenvolvimento tecnológico são produtos da coletividade e é 
justamente a interação entre vários agentes econômicos que produz o 
desenvolvimento das empresas públicas quanto privadas. 
Podemos ver inovação nessa área, visto que ela sempre está presente no geral 
ou em pequenos detalhes que são alterados dentro do meio de convívio ou na 
execução de tarefas. Em alguns momentos, se torna invisível por não entender que 
está relacionada ao impacto do resultado final e que se associa ao uso de criatividade 
dentro do setor quando se usa e abusa dela, mas de maneira correta, para, assim, 
obter resultados positivos. 
A criatividade pode ser utilizada e aplicada em qualquer espaço, ou seja, ser 
criativo é ser original, diferente, abusar de meios estratégicos do que se vê em uma 
situação de desgaste, trazer ferramentas para ser renovado, ou seja, sair da rotina, o 
que gera, na maioria das vezes, um desconforto, mas que é indispensável no mercado 
competitivo em que vivemos nos dias de hoje. 
A empresa utiliza a informação e o conhecimento como pensamento 
estratégico, pois são dois aliados cruciais, visto que não existe conhecimento sem que 
antes não se obtenham informações para resultados mais concretos e que o 
administrador utiliza ferramentas para captar a informação e transformá-la em 
 
 
 
conhecimento, pois é impossível não usar várias das ferramentas que facilitam o 
desenvolvimento dos trabalhos oferecidos e que nem sempre algumas ferramentas 
tecnológicas quando não são bem implementadas causam grande impacto negativo 
entre os colaboradores. 
Por se tratar de informação no mundo globalizado, a tecnologia vem avançando 
cada vez mais rápido, o que traz para a organização um leque de atributos para, 
assim, esclarecer melhor os recursos usados. A era digital invadiu a todos de maneira 
global, ou seja, veio em uma velocidade extraordinária para uma nova era de 
transformações, principalmente, no que se trata da redução de custos. Com tantas 
mudanças, somos obrigados a acompanhar a velocidade em tudo que está ao nosso 
redor e a utilização desta ferramenta traz mais eficácia e agilidade aos resultados, 
mas também um custo para estruturar e qualificar os serviços. 
 
O processo de começar regularmente, e de procurar oportunidades para fazê-
lo com mais frequência nunca é um fracasso, integridade intelectual vai além 
de inteligência: requer que você ponha suas ideais no mundo. A inovação é 
um mistério. A inspiração é bastante imprevisível. Mas é obvio que, com todos 
os sucessos que vemos no mercado, nós podemos alcançá-las (GODIN, 
2012, p. 109). 
 
Para isso, é necessária a qualificação dos colaboradores para, assim, entender 
melhor toda essa tecnologia que invade todos os dias o mercado, tornando-se, desta 
forma, mais exigente com os resultados. 
O profissional que tiver a intenção de permanecer na ativa terá que buscar cada 
vez mais conhecimento e informação para atender às necessidades que surgem a 
cada segundo. É verdade que a empresa é o agente que introduz a inovação, a 
empresa lança novos produtos no mercado e utiliza novos processos de produção ou 
novos processos organizacionais, porém, o desenvolvimento tecnológico não é fruto 
da ação individualizada das empresas. 
 
As inovações tecnológicas referem-se ao desenvolvimento, pelos seres 
humanos, de novas formas de resolver seus problemas, de fazer as coisas 
que julgam necessárias. A expressão “alta tecnologia” é usada para designar 
produtos e processos intensivos em recentes conhecimentos científicos, o 
que será tratado mais à frente (PINTO, 2012, p. 30). 
 
 
 
 
Enfim, o desenvolvimento tecnológico e da inovação no período recente está 
definindo novos paradigmas tecnológicos que utilizam conhecimentos científicos que 
estão próximos da fronteira do conhecimento. 
As constantes evoluções tecnológicas obrigam não só o homem a mudar seu 
modo de pensar e agir para que possa melhor se adaptar ao meio, mas também as 
organizações, que precisam realinhar conceitos, rever posições e se adequar da 
melhor forma possível às novas condições impostas com o constante crescimento 
daquilo que podemos denominar de a era digital. Vale salientar que as mudanças de 
pensamento que tendem a crescer igualmente não são apenas um mero modismo 
que acompanha tendências, mas uma questão de sobrevivência no mercado. 
Toda empresa precisa inovar, não apenas na oferta de novos produtos, mas 
também nos seus processos organizacionais, isso se faz necessário para que o cliente 
se sinta atraído até mesmo por pequenas mudanças, seja, por exemplo, na mudança 
de layout, a forma como atende aos seus clientes ou mesmo em suas campanhas de 
marketing. Mudanças essas que, a longo prazo, se refletem diretamente no seu 
crescimento. 
O varejo de moda, por exemplo, à medida que novos produtos ou novas 
coleções vão sendo lançados no mercado, precisa pensar em estratégias que possam 
atrair o cliente, não se restringindo apenas a campanhas publicitárias, isso porque 
vivemos em mundo conectado, em que quase tudo se resolve utilizando um 
smartphone conectado à internet. Então, usar isso a favor do desenvolvimento do 
negócio é o primeiro passo para a integração com esse novo mundo. 
Partindo dessa premissa, muitas lojas hoje apostam nesse modo de interagir 
com o seu cliente, ofertando uma variedade de serviços que vai, por exemplo, desde 
a montagem de looks virtuais com possibilidade de compartilhamento nas principais 
redes sociais, usando painéis interativos conectados à internet até a própria venda 
dentro das redes sociais, a exemplo disso, as páginas do Facebook, que já contam 
com uma pequena loja virtual dentro dela. Apesar de ter algumas limitações, esta 
aumenta exponencialmente a visibilidade dos produtos dentro da rede, uma vez que 
o número e a duração de pessoas conectadas nesse tipo de ambiente são, 
consideravelmente, altos e cada vez mais frequentes. 
A partir dessas observações acerca da conectividade empresa, cliente e 
compartilhamento de informações em redes sociais, em 2012, o site TecnoBlog 
 
 
 
publicou em seu portal uma matéria que tratou de uma ação de marketing inusitada, 
lançada pela rede de lojas C&A. De acordo com a matéria que provocou grande 
alvoroço da mídia na época, tal ação consistiu na implantação de um contador de 
“likes”, conectando a rede social a cabides posicionados estrategicamente na sua loja, 
conceito mantido em um shopping de São Paulo e que funcionava da seguinte 
maneira: o usuário entrava na página da C&A brasileira no Facebook e procurava pela 
aba “Fashion Like”, quando apareciam as peças de roupa que poderiam ser curtidas 
diretamente no site, automaticamente, as mesmas curtidas apareceriam nos cabides 
da loja física (conforme mostra a Figura 1, logo abaixo). Dessa forma, os clientes 
poderiam ter uma noção instantânea das peças que estavam em alta, o sucesso da 
campanha foi tão grande que, no ano seguinte, a ação foi reeditada no ano seguinte 
para lançar uma importantecoleção. Apesar de ser uma ação piloto, isso já mostra o 
quanto as empresas precisam estar atentas a novas tendências de conectividade e 
desenvolvimento tecnológico, mesmo parecendo surreal para o desenvolvimento da 
nossa região. Ações como estas são prévias do que, em breve, se tornarão comuns 
em todas as empresas. 
 
 
Figura 1: Contador de likes em cabides da loja C&A. 
Fonte: Tecnoblog, 2012 (Disponível em: <https://tecnoblog.net/98865/cea-like-roupa/>). 
 
 
 
 
Outras ações similares foram realizadas pela rede Memove, que comercializa 
roupas e equipou os artigos de suas cinco unidades na capital paulistana com 
etiquetas (Figura 2) que se comunicam a terminais de autoatendimento. O cliente 
pode calcular o valor total e efetuar o pagamento – via cartão de débito ou crédito –, 
sem o auxílio de vendedores. Já a loja especializada em moda surf Billabong, também 
na capital paulista, tem provadores com sensores que identificam as peças e um 
monitor para mostrar variedades de tamanho e cor (Figura 3). Quando o cliente vai 
experimentar uma roupa, o computador identifica a peça pela etiqueta e na tela 
aparecem mais sugestões. A tecnologia, que ajuda a atrair consumidores, também 
serve para auxiliar os lojistas. “Cadastrar todas as peças no computador usando o 
código de barras, por exemplo, ia demorar muito tempo. Com o equipamento e com o 
chip, que cada roupa tem na etiqueta, é possível fazer isso em segundos”, diz uma 
empresária que aposta em novidades como esta e ainda complementa que este é o 
futuro do comércio em todos os segmentos. 
 
 
Figura 2: Etiqueta inteligente utilizada pela loja Memove. 
Fonte: Revista PEGN, 2012. (Disponível em: 
<http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI301154-17153,00-LOJA+DO+FUTURO.html>). 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Provadores inteligentes da Billabong. 
Fonte: Revista Veja SP, 2013. (Disponível em: <http://vejasp.abril.com.br/materia/compras-high-
tech>). 
 
Grande parte desses aparatos usa uma tecnologia que tem se difundindo 
rapidamente, o chamado Near Field Communication (NFC) ou Comunicação por 
Campo de Proximidade, uma novidade que já está mudando o cenário do varejo não 
somente de roupas, mas de diversos segmentos. Tal tecnologia permite a troca de 
informações sem fio e de forma segura entre dispositivos, próximo um do outro. Suas 
utilidades são múltiplas, o chip NFC permite o pagamento sem fio, a oferta de 
informações adicionais sobre os materiais utilizados na confecção da peça, suas 
instruções de cuidados, ou os detalhes de qualquer promoção na loja, para qualquer 
um que coloque seu smartphone sobre uma das pequenas tags. 
 
 
 2.4 Sistema Integrado de Gestão (ERP) 
 
 
2.4.1 Conceitos de ERP 
 
 
 Existem diversas definições e características atribuídas aos sistemas ERP, sob 
vários aspectos, desde sua origem até os dias atuais. Eles são sistemas de 
informação integrados, comercializados como pacotes de software, cujas definições 
 
 
 
podem ser agrupadas de acordo com seu enfoque tecnológico ou de negócios. 
Segundo Limas et al. (2009), a ideia de sistemas de informação integrada existe desde 
o início da utilização dos computadores nas empresas na década de 60, porém, 
algumas restrições práticas e tecnológicas acabaram não permitindo a implantação 
desta solução na maior parte das empresas; já se passou um longo tempo entre os 
primeiros passos e os atuais sistemas. Na época, foco dos sistemas de manufatura 
era o controle de inventário, quando as empresas podiam manter grandes 
quantidades de estoque à disposição para satisfazer a demanda e ainda 
permanecerem competitivas. Mendes e Edmundo Filho (2008, p. 1) conceituam ERP 
como: 
 
Na história da administração de empresas brasileira uma “onda” varre de 
forma rápida o amplo espectro de diferentes portes e naturezas de empresas: 
os sistemas integrados de gestão de recursos ERP’s (Enterprise Resource 
Planning). De forma célebre este novo representante da abordagem de best 
practice tornou-se um método muito procurado por empresários de grandes 
empresas e, mais recentemente, também refletiu a importância de sua 
aplicabilidade de nas pequenas e médias empresas. Hoje, uns grandes 
números de empresas, no Brasil e no exterior, perceberam seus benefícios, 
e já são usuárias, ou estão em processo de planejamento de começar em 
breve a utilizar. 
 
A utilização deste, outrora focado apenas nas grandes empresas, aos poucos, 
foi adentrando as MPEs. Essa realidade vem mudando gradativamente e sua 
aplicação vem se estendendo aos diversos segmentos, uma vez que estas também 
necessitam de uma gama cada vez maior de informações que auxiliem na gestão 
eficiente da organização. Segundo Limas et al. (2009), no atual cenário onde a 
velocidade das mudanças e a disponibilidade de informações crescem de forma 
exponencial, a sobrevivência das empresas está relacionada à sua capacidade de 
captar, absorver e responder as demandas requeridas pelo ambiente. O impacto deste 
fenômeno é observável em todas as empresas, independentemente de seu porte ou 
ramo de atividade. 
O aumento da competitividade entre as empresas dos mais variados setores, a 
busca por alternativas que possibilitem a redução de custos, o desenvolvimento da 
tecnologia de informação, as mudanças que ocorrem no ambiente em que estão 
inseridas levam as organizações a repensarem seus modos de produção e a 
buscarem alternativas que lhes possibilitem a sobrevivência. A tecnologia de 
informação é um instrumento indispensável neste cenário de mudanças, pois 
 
 
 
possibilita melhoras significativas na eficácia das empresas, habilitando-as a 
interligarem suas diversas atividades, tanto interna quanto externamente. 
 
 
2.4.2 Origem e evolução dos sistemas ERP 
 
 
No final da década de 50, precisamente em 1946, surge a tecnologia baseada 
nos enormes mainframes que demandavam um enorme consumo elétrico e um custo 
muito elevado. Em 1964, a IBM apresenta o System/360, um mainframe que, para a 
época, foi o maior projeto de uma empresa. Desde então, diversas outras empresas 
desenvolveram seus mainframes que rodavam os primeiros sistemas de gestão 
corporativa, os conhecidos sistemas de controle de estoque. 
No final da década de 60, a revolução da eletrônica tem início com a 
popularização dos transistores. Logo no início da década de 70, surgem os chamados 
MRPs (Material Requirement Planning), antecessores dos sistemas ERP, que eram 
sistemas que trabalhavam em módulos, trocando informações entre si, tinham como 
principal objetivo o planejamento das requisições de materiais, controlando, assim, 
não apenas os estoques, mas, também, a requisição de material para reposição dos 
mesmos. Já na década de 80, com o avanço da eletrônica e os computadores se 
tornando cada vez mais populares e baratos, tiveram início às redes de computadores 
e, como consequência, a troca ágil de informações e o modelo computacional cliente-
servidor. 
O MRP se transformou em MRP II (Manufacturing Resource Planning) e tinha 
como principal objetivo o planejamento dos recursos de manufatura, que agora 
também controlava outras atividades como mão-de-obra e maquinário. Na prática, o 
MRP II já poderia ser chamado de ERP pela abrangência de controle e gerenciamento. 
Porém, não se sabe, ao certo, quando o conjunto de sistemas ganhou essa 
denominação. O próximo passo, com a troca de informações disponibilizadas pelas 
redes de computadores, serviu tanto para agilizar os processos empresariais quanto 
para estabelecer uma comunicação entre os diversos setores departamentais. Logo, 
percebeu-se que poderiam ser agregados ao ERP novos sistemas, também 
conhecidos como módulos do pacote de gestão, que tinham como objetivo alimentar 
 
 
 
o sistema ERP com informações dos diversos setores departamentais. Diversas foram 
às áreas que se incorporaram ao sistema, de uma forma geral, os setores com uma 
conotação

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