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Fundamentos do Direito do Consumidor - Conceitos e Definições

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Fundamentos da defesa do Consumidor Curso Marketing 
 
Fundamentos da Direito da Defesa 
Do Consumidor – Turma 2014 1º 
 
1 
Definição da Direito Defesa do Consumidor. 
O que é direito do Consumidor? 
É o conjunto de regras que regula as relações de consumo, travadas entre os consumidores e os prestadores de 
serviços ou os vendedores de produtos. 
Que lei trata, no Brasil, das relações de Consumo? 
A Lei 8.078, de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor, e dá outras providências. Tal norma 
é mais conhecida pelas iniciais CDC (Código de Defesa do Consumidor). 
De acordo com o Art. 1º do CDC, o que quer dizer a expressão de ordem pública? 
Ordem pública está ligada com a esfera pública, interesse público dando proteção e defesa do consumidor como: 
Proteção da vida e da saúde, educação e escola e informação. 
Qual é a essência do CDC? 
Trata-se de uma lei de cunhos inter e multidisplinar, como caráter de um verdadeiro microssistema jurídico. 
O que a relações de consumo? 
Relação Jurídica de Consumo – é o negócio no qual o vínculo entre as partes se estabelece pela aquisição 
ou utilização de um produto1 ou serviço2, tendo o adquirente a qualidade de destinatário final 3 e o vendedor a 
qualidade de fornecedor. 
Quem compõe as partes? 
Consumidor – é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza ou serviço como destinatário final. 
Fornecedor – é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
Produto – é o objeto das relações de consumo; bem que existe e satisfaz uma necessidade humana. 
BEM é que o termo “bens” é mais abrangente e genérico do que “produto”. Bens são efetivos objetivos das 
relações de consumo, o que está entre os dois da relação de consumo. 
Classificações dos bens – os bens podem ser móveis ou imóveis, tangíveis ou intangíveis, fungíveis ou infungíveis, 
consumíveis ou inconsumíveis, divisíveis ou indivisíveis e semoventes. 
Bens tangíveis – é aquele que pode ser compreendido e identificado por pelo menos um dos sentidos normais dos 
seres humanos. São os bens corpóreos que se materializam. Exemplos óculos, carteiras, televisores 
Bens intangíveis – é aquele que existe, mas não é percebido pelos sentidos, em que peses ter conteúdo e expressão 
econômica. São os bens incorpóreos, que não se materializam. Exemplos (marcas, patentes, direitos e ações) 
Bens fungíveis – é aquele que pode ser substituído por outro de mesma espécie, quantidade e qualidade. Exemplos 
- Dinheiro, bebidas, alimentos e vestimentos. 
 Fundamentos da defesa do Consumidor Curso Marketing 
 
Fundamentos da Direito da Defesa 
Do Consumidor – Turma 2014 1º 
 
2 
Bens infungíveis – é aquele que não pode ser substituído por outro de mesma espécie, quantidade e qualidade. Isso 
se justifica por ser aquele bem o único do gênero ou quando o titular nutre por ele especial afeto. Exemplos – tela 
de um pintor famoso ou uma jóia. 
O que se entende por serviços. 
É qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, 
financeiras, créditos, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhistas. 
Serviços públicos- São aqueles prestados pelo poder público à população: transportes, água, esgoto, telefone, luz, 
correios. 
O que significa “destinatário final” – seria o destinatário fático do produto ou serviços, aquele que o retira do 
mercado e o utiliza, consumindo-o. È, pois, a pessoa que adquire produto ou serviços para uso próprio. 
Produtor – (fornecedor) – é aquele que disponibiliza no mercado de consumo produtos não industrializados, 
abrangendo, com maior freqüência, os produtos de origem animal ou vegetal. 
Construtor –(fornecedor) – é aquele que introduz produtos imobiliários no mercado de consumo, mediante o 
fornecimento de bens ou serviços. 
Responsabilidade por danos (construtor) – decorrer dos serviços técnicos de construção, bem como dos defeitos 
relativos ao material empregado na obra. Nessa última hipótese, responderá solidaria mente o fabricante do 
produto defeituoso. PRAZO 5 ANOS. 
Serviços de profissionais liberais – mediante a verificação de culpa do prestador de serviços. Assim sendo, só serão 
responsabilizados por danos quando ficar demonstrada a ocorrência de negligência. 
Princípios da Defesa do Consumidor. 
Princípio da inversão do ônus da prova – na seara cível ou administrativa, competirá ao fabricante ou fornecedor, 
diante da reclamação do consumidor, demonstrar a ausência de fraude, e que o consumidor não foi lesado na 
compra de um bem ou serviço. Em relação ao consumidor, a inversão do ônus da prova ficará a critério do juiz 
quando for verossímil a alegação do consumidor e quando o mesmo for hipossuficiente, para isso o magistrado 
deverá ater-se ao conjunto de juízos fundados sobre a observação do que de ordinário acontece. 
Princípio da vulnerabilidade do consumidor – aquele que, ante a fraqueza do consumidor no mercado, requer que 
haja equilíbrio na relação contratual. 
Princípio da boa-fé – aquele que proíbe conteúdo desleal de cláusula nos contratos sobre relações de consumo, 
impondo a nulidade do mesmo. 
Princípio da correção do desvio publicitário – é o que impõe a contrapropaganda. 
Principio da harmonização das relações de consumo – aquele que visa proteger o consumidor, evitando a ruptura 
na harmonia das relações de consumo. 
Princípio da identificabilidade – impõe a identificação de anúncio ou publicidade. Essa publicidade não pode ser 
enganosa ou dissimulada, devendo indicar a marca, firma, o produto ou serviço, sem induzir a erro o consumidor. 
Princípio da identificação da mensagem publicitária – a propaganda deverá ser direta, para o consumidor de 
imediato identifica-la. 
 Fundamentos da defesa do Consumidor Curso Marketing 
 
Fundamentos da Direito da Defesa 
Do Consumidor – Turma 2014 1º 
 
3 
Princípio da informação – o consumidor tem de receber informação clara, precisa e verdadeira, usando a boa-fé e 
lealdade. 
Princípio da lealdade – quando a concorrência legal dos fornecedores. Visa a proteção do consumidor ao exigir que 
haja lealdade na concorrência publicitária, ainda que comparativa. 
Princípio da não-abusividade da publicidade – reprime desvios prejudiciais ao consumidor, provocados por 
publicidade abusiva. 
Princípio da obrigatoriedade da informação – aquele que requer clareza e precisão na publicidade, ou seja, o 
anunciante terá obrigação de informar corretamente o consumidor sobre os produtos e serviços anunciados. 
Princípio da prevenção – é o que sustenta ser o direito básico do consumidor, a prevenção de prejuízos patrimonial 
e extrapatrimonial. 
Princípio da transparência – a atividade ou mensagem publicitárias devem assegurar ao consumidor informações 
claras, corretas e precisas. 
Princípio da veracidade – as informações ou mensagens ao consumidor devem ser verdadeiras, com dados corretos 
sobre os elementos do bem ou serviço. 
Princípio da vinculação contratual – o consumidor pode exigir do fornecedor o cumprimento do conteúdo da 
comunicação publicitária ou estipulado contratualmente. 
Princípio do respeito pela defesa do consumidor – princípio que requer que no exercício da publicidade não se lese 
o consumidor. 
Princípio geral de transparência – requer não só a clareza nas informações dadas ao consumidor, mas também ao 
acesso pleno de informações sobre o produto ou serviço e sobre os futuros termos de um determinado negócio. 
Princípios da publicidade – são aqueles que regem a informação ou mensagem publicitária, evitando quaisquer 
danos ao consumidor dos produtos ou serviços anunciados, tais como: liberdade, o da legalidade, o da 
transparência, o da boa-fé,o da identificabilidade, o da vinculação contratual, o da obrigatoriedade da informação, 
o da veracidade, o da lealdade, o da responsabilidade objetiva, o da inversão do ônus da prova na publicidade e o 
da correção do desvio publicitário. 
Universidade Estácio - Campus Nova América. 
Disciplina – Fundamentos do Direito do Consumidor 
Aula prevista - ....... 4ª Feira dia 19 / 03 / 2014. Aula nº 02 
Assunto – Analise do Art. 3º § 2º Serviço. Princípio da Inversão dos ônus da Prova, Princípio da Vulnerabilidade 
➢ CDC. ART. 3º. § 2º, Serviço1 – é qualquer atividade no mercado de consumo, mediante remuneração 2 , 
inclusive as de natureza bancária4, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações 
de caráter trabalhista. 
1 - Serviço – é qualquer prestação de trabalho remunerado, oferecida no mercado de consumo, exceto as relações 
de caráter trabalhistas. 
Serviços públicos 3 - São aqueles prestados pelo poder público à população: transportes, água, esgoto, telefone, luz, 
correios. 
 Fundamentos da defesa do Consumidor Curso Marketing 
 
Fundamentos da Direito da Defesa 
Do Consumidor – Turma 2014 1º 
 
4 
 No entendimento da expressão “ remuneração(2) ” excluem-se os tributos, as taxas e as contribuição de 
melhoria, ou seja, excluem as relações inseridas na área tributária. Exemplo: segurança pública(3). Por outro lado, 
incluem-se os preços públicos cobrados pela prestação de serviços prestados pelo Poder público, ou mediante 
concessão ou permissão à iniciativa privada. Exemplo: transportes, telefonia etc. 
4 - As atividades das instituições financeiras (bancos) estão expressamente incluídas. Exemplos: expedição 
de extratos etc. Incluem - se também os planos de previdência e seguros-saúde, que são atividades securitárias. 
 As relações trabalhistas estão expressamente excluídas da proteção do Código do Consumidor. 
➢ Inversão do ônus da Prova. 
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo 
civil, quando, a critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências. 
 Se houver dano ao consumidor, este não terá que provar dolo ou culpa do fabricante. Basta que prove 
que o dano decorreu das condições em que se apresentava o produto ou serviço. Entretanto, a inversão será 
decidida pelo Juiz em cada caso concreto, tendo em vista dois requisitos: 
a) – veracidade da alegação; 
b) – hipossuficiência do Consumidor 
Destacamos o que nos ensina Antonio Gidi, no sentido de que: 
 
“ o Juiz não possui o poder discricionário de inverter ou não o ônus da prova em favor do consumidor. Com efeito, 
não diz a lei que fica a critério do juiz inverter o ônus da prova.O que fica a critério do Juiz ( a partir do seu livre 
convencimento motivado) é a tarefa de aferir, no caso concreto levado à sua presença, se o consumidor é 
hipossuficiente e se sua versão dos fatos é verossímil.” 
 
Conceito de verossimil é o que é semelhante à verdade, o que não repugna a verdade , e mim, o provável. Assim, é 
possível fazer uma aproximação emtre verossimilhança das alegações do consumidor. “(...) a verossimilhança possui 
papel relevante para a inversão do ônus da prova, bem como para a Tutela Antecipada, desde que preenchidos os 
demais requisitos da Lei processual(fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação abuso de direito de 
defesa etc,)”. 
✓ Princípio da vulnerabilidade do consumidor – aquele que, ante a fraqueza do consumidor no 
mercado, requer que haja equilíbrio na relação contratual. 
 Objetivo 
O Código de Defesa do Consumidor define uma nova ordem de proteção dos direitos sociais, ao reforçar 
a questão da cidadania e reconhecer a vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo. Garantir os 
direitos do consumidor é hoje uma necessidade para o avanço do processo democrático, dos direitos humanos e da 
cidadania e também para um justo desenvolvimento econômico e social do país. Uma economia aberta e cada vez 
mais globalizada precisa de consumidores participantes, capazes de exigir serviços e produtos com preço justo e 
qualidade adequada, possibilitando sua satisfação nas relações de consumo de vida cada vez melhor. 
Exemplo: Contrato - Fica visível que, em simples contrato de compra e venda, não há apenas o comprador e 
vendedor, os quais resolvem suas disputas. Esta relação gera direitos de interesse social dando nascimento à 
relação de consumo e á intervenção do Estado na atividade econômica. Tal intervenção é mais ou menos 
acentuada. Mas não existe país sem influência do governo, ainda que mínima. 
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Fundamentos da Direito da Defesa 
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5 
E foi neste contexto que entrou em vigor o nosso Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, que veio 
disciplinar justamente uma relação de desigualdade e inferioridade existente entre aqueles que são detentores 
dos meios de produção e aqueles que adquirem tais produtos ou serviços inseridos no mercado, basicamente. 
Neste sentido, o código disciplinando essa relação, chamada de “relação de consumo”, está protegendo o 
consumidor, o qual é o mais fraco nesta relação, o mais vulnerável. 
✓ Princípio da boa-fé – aquele que proíbe conteúdo desleal de cláusula nos contratos sobre relações de 
consumo, impondo a nulidade do mesmo. 
O princípio da boa-fé como cláusula geral, serve de paradigma para as relações provenientes da contratação 
em massa e deve incidir na interpretação dos contratos relativos os planos de saúde. 
 
É o princípio máximo orientador do Código de Defesa do Consumidor e basilar de toda a conduta contratual que 
traz a idéia de cooperação, respeito e fidelidade nas relações contratuais. Refere-se aquela conduta que se espera 
das partes contratantes, com base na lealdade, de sorte que toda cláusula que infringir esse princípio é considerada, 
ex lege como abusiva. Isso porque o artigo 51, XV do Código de Defesa do Consumidor diz serem abusivas as 
cláusulas que “estejam em desacordo com o sistema de proteção do consumidor”, dentro do qual se insere tal 
princípio por expressa disposição do artigo 4º, caput e inciso III. 
✓ Princípio da correção do desvio publicitário – é o que impõe a contrapropaganda. 
Publicidade que fora veicula com abuso ou enganosidade. Assim, o princípio da correção do desvio 
publicitário visa garantir que a publicidade danosa não mais continue a ser veiculada, bem como é através desse 
princípio que se permite a realização de contrapropaganda, medida esta que será estudada em capítulo 
posterior. 
Diante do exposto, a publicidade só é válida quando o consumidor de maneira fácil e imediata a identifica sem 
emprego de nenhum esforço ou capacidade técnica. 
Amparado no artigo 30 e 35 do Código de Defesa do Consumidor, surge o princípio da vinculação contratual 
da publicidade se baseando no direito do consumidor em exigir do fornecedor o cumprimento do conteúdo da 
comunicação publicitária. Estes dispositivos evitam que o fornecedor vincule informações com o único intuito de 
capitação de clientela, descumprindo informação expressa nos anúncios. 
 
✓ Principio da harmonização das relações de consumo – aquele que visa proteger o consumidor, evitando a 
ruptura na harmonia das relações de consumo. 
 
Harmonização de interesses. Interessa às partes, ou seja, aos consumidores e fornecedores, o implemento das 
relações de consumo, com o atendimento das necessidades dos primeiros e o cumprimento do objeto principal que 
justifica a existência do fornecedor: fornecer bens e serviços. Colima-se, assim, o equilíbrio entre as partes. Por 
outro lado, a proteção ao consumidor deve ser compatibilizada com a necessidade de desenvolvimento econômico 
e tecnológico, em face da dinâmica própria das relações de consumo, que não podem ficar obsoletas e entravadas,em nome da defesa do consumidor. Novos produtos e novas tecnologias são bem-vindos, desde que seguros e 
eficientes. 
 
➢ Coibição de abusos. Deve-se garantir não só a repressão aos atos abusivos, como a punição de seus 
autores e o respectivo ressarcimento, mas também a atuação preventiva tendente a evitar a ocorrência de novas 
práticas abusivas, afastando-se aquelas que podem causar prejuízos aos consumidores, como a concorrência desleal 
e a utilização indevida de inventos e criações industriais. A coibição preventiva e eficiente dessas práticas 
representará o desestímulo dos potenciais fraudadores. A contrario sensu, a ausência de repressão, ou mesmo o 
afrouxamento, representará impunidade, e, pois, estímulo. 
 
➢ Incentivo ao autocontrole. Apesar do Estado interpor-se como mediador nas relações de consumo, 
procurando evitar e solucionar os conflitos de consumo, não deve, por outro lado, deixar de incentivar que tais 
providências sejam tomadas pelos próprios fornecedores, mediante a utilização de mecanismos alternativos por 
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Fundamentos da Direito da Defesa 
Do Consumidor – Turma 2014 1º 
 
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eles próprios criados e custeados. Essa é a solução ideal e significa modernização das relações de consumo. De três 
maneiras pode-se dar o autocontrole : 
➢ Em primeiro lugar, pelo eficiente controle da qualidade e segurança de produtos defeituosos no mercado, 
o que refletirá na diminuição ou eliminação de atritos com o consumidor. 
➢ Em segundo lugar, a prática de recall, ou seja, a convocação dos consumidores de bens produzidos em 
série e que contenham defeitos de fabricação que possam atentar contra a vida e a segurança dos usuários, 
arcando o fornecedor com as despesas de substituição das peças defeituosas. Há o reconhecimento do defeito, mas 
ao mesmo tempo ele é sanado pelo próprio fabricante, sem prejuízo ou custo para o consumidor. 
➢ E, em terceiro lugar, pela criação, pelas empresas, de centros ou serviços de atendimento ao consumidor, 
resolvendo diretamente a reclamação ou queixa apresentada contra seu produto ou serviço. 
 
 
 
➢ Direitos Básicos dos Consumidores. 
1- Direitos do consumidor: 
 Os direitos básicos do consumidor, conforme estabelece o próprio Código de Defesa do Consumidor, são: 
➢ Direito à informação: Conhecimento dos dados indispensáveis sobre produtos ou serviços para uma 
decisão consciente. 
➢ Direito a ser ouvido: Os interesses dos consumidores devem ser levados em conta no planejamento e 
execução das táticas e classificada das organizações. 
➢ Direito à Segurança: Garantia contra produtos ou serviços que possam ser nocivos à vida ou à saúde. 
➢ Direito à Escolha: Opção entre vários produtos e serviços com qualidade satisfatória e preços competitivos. 
➢ Direito à Indenização : Reparação financeira por danos causados por produtos ou serviços. Quando for 
prejudicado, o consumidor tem o direito de ser indenizado por quem lhe vendeu o produto ou lhe prestou 
o serviço, inclusive por danos morais. 
➢ Acesso à Justiça: O consumidor que tiver os seus direitos violados pode recorrer à Justiça e pedir ao juiz 
que determine ao fornecedor que eles sejam respeitados. 
➢ Facilitação da defesa dos seus direitos: O Código de Defesa do Consumidor facilitou a defesa dos direitos 
do consumidor, permitindo até mesmo que, em certos casos, seja invertido o ônus de provar os fatos. 
➢ Qualidade dos serviços públicos: Existem normas no Código de Defesa do Consumidor que asseguram a 
prestação de serviços públicos de qualidade, assim como o bom atendimento do consumidor pelos órgãos 
públicos ou empresas concessionárias desses serviços. 
➢ Direito a um Meio Ambiente Saudável : Defesa do equilíbrio ecológico para melhorar a qualidade de vida 
agora e preservá-la para o futuro. 
➢ Direito à educação para o consumo : Meios para o cidadão poder exercitar conscientemente sua função 
no mercado. 
➢ Direito a Bens e Serviços Básicos : Garantia de acesso à alimentação, saúde, educação e habitação. 
➢ Proteção contra publicidade enganosa e abusiva: O consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for 
anunciado seja cumprido. Se o que foi prometido no anúncio não for cumprido, o consumidor tem direito 
de cancelar o contrato e recebera devolução da quantia que havia pago. A publicidade enganosa e a 
abusiva são proibidas pelo Código de Defesa do Consumidor, podendo ser considerada como crime.(art. 
67, CDC). 
➢ Proteção contratual: 
A- Quando duas ou mais pessoas assinam um acordo ou um formulário com cláusulas pré-redigidas por uma 
delas, concluem um contrato, assumindo obrigações. 
 B- O Código protege o consumidor quando as cláusulas do contrato não forem cumpridas ou quando forem 
prejudiciais ao consumidor. Neste caso, as cláusulas podem ser anuladas ou modificadas por um juiz. 
 C- O contrato não obriga o consumidor caso este não tome conhecimento do que nele está escrito. 
 
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Fundamentos da Direito da Defesa 
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Universidade Estácio- Campus Nova América. 
Disciplina Defesa do Consumidor. 
Professora Celia Regina. 
Aula prevista para....26..............2014. Direito básicos do Consumidor - Direito de informação aula Nº 03 
 
Ilustração. 
Quais são os direitos do CONSUMIDOR ? 
Todas as pessoas são consumidoras de bens e de serviços. A Lei nº 8.078, de 11/09/90, em vigor desde 
11/03/91, protege e defende o consumidor. 
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Fundamentos da Direito da Defesa 
Do Consumidor – Turma 2014 1º 
 
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Ao contratar um serviço, exija a NOTA FISCAL ou RECIBO que prove a quantia paga, o serviço feito, a 
data, o nome completo da pessoa, o serviço, o número da cédula (Carteira de Identidade) do CPF, 
assinatura do responsável. Caso o serviço apresente defeitos, você terá onde e como reclamar e ser 
respeitado como consumidor. 
A lei atual é conhecida como o Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CDC). 
Por exemplo, você sabia que, numa compra que você faz por telefone, por fax, pelo reembolso postal 
(fora do estabelecimento comercial do vendedor) você tem 07 (sete) dias para devolver o produto, se o 
mesmo não for aquilo que você pensava que fosse, sem qualquer despesa? 
E se você já pagou? 
Terá direito de receber, integralmente, todo o seu dinheiro de volta. 
A lei é boa, mas você precisa conhecê-la! 
Qual o prazo para reclamações? 
O prazo para reclamar de um defeito em produto comprado é de 30 dias, se o bem não for durável 
(bens de pouca durabilidade; ex.: alimentos), é de 90 dias, se o bem for durável, (eletrodoméstico, por 
ex.), se o defeito for aparente. 
Se você só percebeu o defeito depois de certo tempo, diz-se que o defeito estava oculto. O prazo para 
reclamação será também de 90 dias, contado a partir da data em que o defeito for encontrado e 
reclamado, para os bens duráveis, e, de 30 dias, para os bens não duráveis, a partir do momento da 
constatação do defeito. 
Se um bem causar dano ao seu comprador, este tem o prazo de 5 anos para ajuizar a ação de 
indenização ou reparação de danos, contado da data da compra. 
O que é Orçamento Prévio? 
O orçamento solicitado tem validade de preço e condições num período de 10 dias. Este orçamento 
tem o nome de prévio, é gratuito e você só o pagará se concordar com o contrato feito pelo 
comerciante, e vale para fornecimento de bens e de serviços. 
Como se faz um contrato? 
Em letras em tamanho que facilite a leitura e a interpretação. Se você tiver assinado um contrato que 
Ihe proíba o direito de reclamar, se for preciso, deverá fazê-lo. 
Dívida - Se você deixar de pagar uma dívida, uma prestação no prazo estipulado, a multa não poderá ser 
superior a 2%. 
Se um estabelecimento comercial faz propagandas, prometendo "mundos e fundos",deverá cumpri-
los, desde que você apresente documentos, papéis, jornais, folhetos onde constem as referidas 
propagandas. 
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Do Consumidor – Turma 2014 1º 
 
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Recibo - Quando você assina aquela parte destacável da NOTA FISCAL, comprovando o recebimento da 
mercadoria, significa dizer que, se após verificar o produto, constatar que o mesmo se apresenta 
defeituoso, você continua com o direito de reclamar o conserto ou a sua substituição. 
Se você comprou um objeto que deveria ter tais funções e, após adquiri-lo, o mesmo mostra o 
contrário, você deve ir à loja onde esse objeto foi comprado, e exigir o conserto. Se não for possível 
consertá-lo, exigir um novo objeto. 
Onde reclamar? 
No PROCON (Programa de Proteção e Orientação ao Consumidor), que tem a finalidade de prestar 
informações, orientando e conscientizando o Consumidor sobre seus direitos e deveres, promovendo 
também o encaminhamento de reivindicações, consultas, reclamações ou sugestões aos organismos 
competentes. 
Onde funciona o PROCON? 
. nas prefeituras municipais- direitos individuais 
. nos foruns (promotor de justiça) - direitos coletivos 
. nos juizados especiais - direitos individuais 
. nas delegacias de polícia - direitos individuais 
➢ Falta de informação para consumidor gera anulação de contrato 
 
O direito à informação adequada, clara e precisa sobre o produto colocado no mercado ou do 
serviço oferecido, suas características, qualidades e riscos, dentre outros, constitui direito básico e 
princípio fundamental do consumidor. Com isso, toda informação prestada no momento de 
contratação com o fornecedor, ou mesmo anterior ao início de qualquer relação, vincula o produto ou 
serviço a ser colocado no mercado (art. 30 e seguintes do Código de Defesa do Consumidor). Aliás, a 
informação constitui componente necessário e essencial ao produto e ao serviço, que não podem ser 
oferecidos sem ela. 
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. 
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa veiculada por qualquer forma ou meio de 
comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer 
veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado 
O direito a informação está diretamente ligado ao princípio da transparência (art. 4º, "caput", 
CDC), traduzindo-se na obrigação do fornecedor de dar ao consumidor a oportunidade prévia de 
conhecer os produtos e serviços gerando, outrossim, no momento de contratação, a ciência plena de 
seu conteúdo. 
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Princípio da transparência 
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos 
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/cdc-lei-n-8-078-de-11-de-setembro-de-1990#art-30
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/cdc-lei-n-8-078-de-11-de-setembro-de-1990#art-4
 Fundamentos da defesa do Consumidor Curso Marketing 
 
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Do Consumidor – Turma 2014 1º 
 
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da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes 
princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) 
Saliente-se que a ausência de informação dos fornecedores não obriga os consumidores, caso não lhes 
for dada a oportunidade de tomarem conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se seus respectivos 
instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance. 
Assim, se o consumidor não tomar conhecimento prévio, as cláusulas contratuais estipuladas não 
terão qualquer validade e, ainda, as cláusulas devem ser interpretadas de forma a revelar se o 
consumidor não contrataria caso tivesse oportunidade de ler e, antes disso, entender previamente. 
Tais normas decorrem do elemento formador do contrato, que é tipicamente de adesão (art. 54, CDC), 
ou seja, a grande maioria dos contratos é criada unilateralmente pela vontade e decisão do fornecedor 
que, obviamente, dispõe de cláusulas favoráveis aos seus interesses, caracterizando-se pela ausência 
total de qualquer discussão prévia sobre sua composição. Os contratos, infelizmente, são impostos ao 
consumidor, que devem concordar com o modelo impresso que subscreve depois de preenchidos os 
espaços em branco que lhe diz respeito. 
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. 
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou 
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou 
modificar substancialmente seu conteúdo. 
§ 1º A inclusão de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato. 
§ 2º Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao 
consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2º do artigo anterior. (Cláusula resolutória -Cláusula em que se convenciona que a 
inexecução da obrigação, por parte de um dos contraentes, determina a re¬solução do contrato.) 
§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos ( tentar 
assustar) e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. 
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo 
tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. (Redação 
dada pela nº 11.785, de 2008) 
§ 4º As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com evidência, 
permitindo sua imediata e fácil compreensão. 
§ 5º (Vetado) 
Desta forma, cláusulas abusivas que, por exemplo, estabeleçam obrigações consideradas injustas ou 
que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, dentre outras (art. 51, CDC), são nulas de 
pleno direito, na medida em que, certamente, o consumidor não teve oportunidade de discutir os 
termos da avença. 
Cláusula terceira: da interrupção temporária na prestação de serviços. É aberta a abusividade de tal dispositivo, uma vez que ele 
permite que a Vivo interrompa a prestação dos serviços quando “a seu critério, julgar necessário”. Como conseqüência, passa a 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/cdc-lei-n-8-078-de-11-de-setembro-de-1990#art-54
http://www.jusbrasil.com.br/definicoes/100003299/clausula-resolutoria
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existir uma margem muito ampla para que a operadora deixe de adimplir com sua parte do contrato, de forma arbitrária, sob a 
justificação de que estaria a “resguardar a integridade de seu sistema” ou a garantir a “segurança de seus usuários”. O princípio 
da boa-fé foi claramente desconsiderado na formação dessa cláusula, pois está demonstrada a finalidade do proponente em 
obter contrato mais vantajoso para si, ao se permitir a interrupção na prestação do serviço, por motivos não taxativos, e negar a 
mesma faculdade ao aderente. 
 
 
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. 
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e 
serviços 
Cláusulas podem ser consideradas abusivas num contrato. 
 
O Código de Defesa do Consumidor, no seu artigo 51, apresenta alguns exemplos de cláusulas abusivas, inseridas nos contratos, 
que podem ser consideradas nulas,ou em outras palavras, as chamadas 'letras mortas', pois não afetam a contratação. 
 
Para melhor exemplificar, destacamos alguns tipos de cláusulas: 
 
- dispensem responsabilidades do fornecedor ou as transfiram a terceiros; 
 
- estabeleçam obrigações consideradas injustas, abusivas, ou que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada; 
 
- sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade; 
 
- estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor; 
 
- deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigue o consumidor a cumpri-lo. 
 
Percebe-se, outrossim, que há abuso da boa-fé, do justo e do razoável, quando, na realidade, a 
harmonia e o equilíbrio das relações de consumo deveriam caminhar conjuntamente, evitando-se 
extremos condenáveis da crueldade e do livre arbítrio. 
O pressuposto da clareza das informações, reunido ao princípio da boa-fé objetiva, isto é, o dever das 
partes de agirem conforme parâmetros de honestidade e lealdade devem ser, acima de tudo, 
preservado, a fim de se estabelecer o equilíbrio e harmonia das relações de consumo coadunado com o 
interesse de ambas as partes, sem ocasionar-lhes qualquer lesão ou ameaça de direito. 
❖ Curiosidade 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/cdc-lei-n-8-078-de-11-de-setembro-de-1990#art-51
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A internet e os contratos eletrônicos -em proposta. Especial atenção aos que utilizam a internet como forma de negócio, pois, 
conforme o artigo 30 do Código de Defesa..., possível, determinado ou determinável de forma prescrita ou não defesa em lei 
(art. 104, CC), esta se configura..., aplica-se também o Código de Defesa do Consumidor, devendo entre outras especificidades, 
ser redigido em termos claros... 
 
Questionário de Fixação. 
1ª Questão . Célia realizou um contrato bilateral e amigável com o Marceneiro José para execução de uns serviços residencial, 
pactuando o valor do trabalho no total de R$ 4.000,00 (Quatro mil Reais), sendo parcelado em três vezes iguais. Ocorre que após o 
termino do serviço e já totalmente quitado pelo contratante, verificou que as portas dos armários estavam começando, 
apresentar defeitos acentuados. Contatando então o Marceneiro José para refazer os defeitos, ora apresentado. Diante do fato 
narrado qual o prazo legal previsto no CDC, para acerto dos armários da Contratante: 
1. (...) 7 dias a partir da data que o defeito foi encontrado; 
2. (...) 30 dias a partir da data que o defeito foi encontrado; 
3. (...) 90 dias a partir da data que o defeito foi encontrado; 
4. (...) 10 dias a partir da data que o defeito foi encontrado; 
5. (...) 48 horas a partir da data que o defeito foi encontrado. 
Resposta - Qual o prazo para reclamações? 
O prazo para reclamar de um defeito em produto comprado é de 30 dias, se o bem não for durável 
(bens de pouca durabilidade; ex.: alimentos), é de 90 dias, se o bem for durável, (eletrodoméstico, por 
ex.), se o defeito for aparente. 
Se você só percebeu o defeito depois de certo tempo, diz-se que o defeito estava oculto. O prazo para 
reclamação será também de 90 dias, contado a partir da data em que o defeito for encontrado e 
reclamado, para os bens duráveis, e, de 30 dias, para os bens não duráveis, a partir do momento da 
constatação do defeito. Por exemplo, você sabia que, numa compra que você faz por telefone, por fax, 
pelo reembolso postal (fora do estabelecimento comercial do vendedor) você tem 07 (sete) dias para 
devolver o produto, se o mesmo não for aquilo que você pensava que fosse, sem qualquer despesa? 
 
2ª Questão. Em conformidade ao Código de Defesa do Consumidor podemos verificar que a cláusula ora transcrita “ O item 11.2.2 
diz que no caso de extravio, furto ou roubo da estação móvel, o cliente deverá requerer a suspensão dos serviços junto à 
companhia e deverá arcar com os valores decorrentes da utilização da mesma até a data desse requerimento. “Até ai, tudo bem”. 
Entretanto, a frase final desse item e o item seguinte determinam que, nas hipóteses listadas, será cobrado um “valor mensal a 
título de suspensão temporária do serviço”. Diante da apresentação da cláusula podemos afirmar que o contrato está infringindo 
direito básicos do Consumidor:Marque e Justifique sua afirmativa. 
A (...) Sim ou B – (....) Não O direito à informação adequada, clara e precisa sobre o produto colocado no 
mercado ou do serviço oferecido, suas características, qualidades e riscos, dentre outros, constitui direito básico e 
princípio fundamental do consumidor. Com isso, toda informação prestada no momento de contratação com o 
fornecedor, ou mesmo anterior ao início de qualquer relação, vincula o produto ou serviço a ser colocado no 
mercado (art. 30 e seguintes do Código de Defesa do Consumidor). Aliás, a informação constitui componente 
necessário e essencial ao produto e ao serviço, que não podem ser oferecidos sem ela. 
O direito a informação está diretamente ligado ao princípio da transparência (art. 4º, "caput", CDC), traduzindo-se 
na obrigação do fornecedor de dar ao consumidor a oportunidade prévia de conhecer os produtos e serviços 
gerando, outrossim, no momento de contratação, a ciência plena de seu conteúdo. 
Saliente-se que a ausência de informação dos fornecedores não obriga os consumidores, caso não lhes for dada a 
oportunidade de tomarem conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se seus respectivos instrumentos forem 
redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance. 
http://marcelandre.jusbrasil.com.br/artigos/114419682/a-internet-e-os-contratos-eletronicos?ref=home
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Assim, se o consumidor não tomar conhecimento prévio, as cláusulas contratuais estipuladas não terão qualquer 
validade e, ainda, as cláusulas devem ser interpretadas de forma a revelar se o consumidor não contrataria caso 
tivesse oportunidade de ler e, antes disso, entender previamente. 
 
 - 
 
3ª Questão: 
Responda. 
3.1 – Exemplifique e apresente tipos clausulas contratual que são nulas de pleno direito no contrato de adesão, considerado uma 
modalidade de contrato irregular na esfera do Código de Defesa do Consumidor. 
Resposta - Tais normas decorrem do elemento formador do contrato, que é tipicamente de adesão (art. 54, CDC), 
ou seja, a grande maioria dos contratos é criada unilateralmente pela vontade e decisão do fornecedor que, 
obviamente, dispõe de cláusulas favoráveis aos seus interesses, caracterizando-se pela ausência total de qualquer 
discussão prévia sobre sua composição. Os contratos, infelizmente, são impostos ao consumidor, que devem 
concordar com o modelo impresso que subscreve, depois de preenchidos os espaços em branco que lhe diz 
respeito. 
Desta forma, cláusulas abusivas que, por exemplo, estabeleçam obrigações consideradas injustas ou que coloquem 
o consumidor em desvantagem exagerada, dentre outras (art. 51, CDC), são nulas de pleno direito, na medida em 
que, certamente, o consumidor não teve oportunidade de discutir os termos da avença. 
O pressuposto da clareza das informações, aliado ao princípio da boa-fé objetiva, isto é, o dever das partes de 
agirem conforme parâmetros de honestidade e lealdade, deve ser, acima de tudo, preservado, a fim de se 
estabelecer o equilíbrio e harmonia das relações de consumo coadunado com o interesse de ambas as partes, sem 
ocasionar-lhes qualquer lesão ou ameaça de direito. 
Deve-se frisar que o Código de Defesa do Consumidor preza pela conservação dos contratos, bem como que as 
cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor, haja vista o mesmo ser 
vulnerável e hipossuficiente diante do fornecedor, justamente visando coibir práticas ilegais e abusivas, que hoje se 
tornaram freqüentes no dia-a-diado consumidor. 
Sendo assim, nas relações de consumo os prejudicados têm direito à revisão dos contratos, além da modificação de 
cláusulas que estabeleçam obrigações contrárias aos princípios preconizados pelo CDC, devendo-se prevalecer a 
boa-fé, o equilíbrio e a equivalência entre as partes o que, inclusive, decorre de princípios constitucionais, como a 
isonomia e igualdade, contidos no art. 5º da Carta 
3.2 – Esclareça qual o princípio de está interligado com o direito de informação. 
Resposta – Princípio da Transparência. 
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3.3 – Qual a finalidade do Código de Defesa do Consumidor? 
Essa lei nasceu da necessidade de coibir abusos por parte dos fornecedores de bens e serviços (incluindo-se aí 
comerciantes, fabricantes, produtores etc). 
Ex.: Antes o consumidor comprava um produto em uma loja, a prazo, e o vendedor se comprometia a entregar em 
tantos dias. Mas não cumpria. Daí a pessoa tinha que ficar pagando à financeira e não recebia ou recebia dali há 
muito tempo. As garantias do consumidor eram mínimas. 
 
Outras questões da maior gravidade eram as de propaganda enganosa, a questão da venda de produtos com 
defeito etc. 
 
O código de defesa do consumidor concedeu prazos para o cumprimento das obrigações, troca de produtos,fixou 
penas de multa, concedeu ao consumidor o benefício da inversão do ônus da prova. Assim, por exemplo, se o 
consumidor afirma que não vai pagar por um produto que não utilizou, será o fornecedor que terá que provar que 
ele utilizou sim. 
 
E por aí vai. São regras especiais dirigidas a essa modalidade de relações jurídicas - as relações de consumo. 
Prevêem, inclusive, indenização por danos morais para o fornecedor que inscreve o nome do consumidor em 
cadastro segregativo (SPC, SERASA) indevidamente. 
 
3.4 – Conceituando com baseado do CDC. ART. 3º. § 2º, Serviço – é qualquer atividade no mercado de consumo, 
mediante remuneração , inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as 
decorrentes das relações de caráter trabalhista. Esclareça qual o significado da expressão remuneração. 
 indiret(embora não caracterizado o ato de pagamento foi incluído em outra prestação de serviço ou produto). rtante frisar sua classificação em 
remuneração direta (em que paga-se efetivamente pelo serviço) e indireta (embora não caracterizado o ato de pagamento foi incluído em outra 
prestaçã Remunerar, no caso, tem significação muito ampla. Não se reduz, apenas, à retribuição paga pelo serviço 
recebido; é, em verdade, a vantagem pecuniária obtida pelo fornecedor e representada por taxas, lucros, juros etc. 
Na edição anterior, chegamos a pensar que serviço, no caso, era restrito a umas tantas operações que tinham, 
como contraprestação, a remuneração paga pelo consumidor. Depois de meditar sobre o assunto, concluímos que, 
na hipótese do § 2º do art. 3º deste Código, serviço é mais abrangente, pois reúne todas as atividades que visem ao 
lucro e desenvolvidas nas áreas que menciona. 
Conclui-se, assim, que são consideradas serviços aquelas atividades prestadas pelos fornecedores de forma 
aparentemente gratuita, mas que, se observadas mais a fundo, são remuneradas de forma indireta pelo 
consumidor individual, ou têm seu custo distribuído entre a coletividade de consumidores. 
 
ou p. 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Nova América. 
Aula Prevista – 08 / 04 / 2014 – Direito a ser ouvido. 
Curso de Marketing Turma – 30... 
Professora Celia Regina Aluno(a) ...... 
 Código de Defesa e Proteção ao Consumidor garante a todo cidadão brasileiro, com a aplicação de leis, direitos 
relacionados ao consumo de bens e produtos. Por isso, o consumidor deve conhecê-lo e saber ainda que além dos 
direitos, há também deveres que devem ser cumpridos nesta relação. 
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 Direitos 
 Todo consumidor tem Direito à Informação completa sobre os produtos. O fornecedor precisa passar para o 
consumidor conhecimento dos dados indispensáveis sobre qualquer produto para que ele possa ter uma escolha 
consciente. 
 
 Todo consumidor tem o Direito de Ser Ouvido. Os fornecedores de produtos e serviços precisam saber que os 
interesses dos consumidores devem ser levados em conta no planejamento e execução das estratégias e 
sistemática das organizações. 
 O Direito a ser Ouvido, que passou a considerar os interesses dos consumidores na hora de 
elaborar políticas governamentais e de procedimentos de regulamentação. O Dia Mundial dos Direitos do 
Consumidor foi inicialmente comemorado em 15 de março de 983. “Em 1985, a Assembléia Geral das Nações 
Unidas (ONU) adotou os Direitos do Consumidor assim enunciados como Diretrizes das Nações Unidas conferindo-
lhes legitimidade e reconhecimento internacional”. 
 Todo consumidor tem Direito à Segurança. Ele precisa de garantia contra produtos ou serviços que possam ser 
nocivos à vida ou à saúde. 
A proteção à saúde e segurança dos consumidores 
1.1 - Introdução 
Quando o CDC estabelece dispositivos que tutelam a saúde e segurança dos consumidores, está 
reiterando de forma mais ampla o direito básico de proteção à vida, saúde e segurança destes. 
 
 Ao consumidor é garantida a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas 
no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos. 
 
 Em uma sociedade de risco como a que vivemos, fica claro que este é um direito preliminar, atrelado ao 
princípio maior da dignidade da pessoa humana - art. 4º, caput, CDC - posto que muitos produtos, serviços e 
práticas comerciais são perigosos e nocivos para a vida, saúde e segurança do consumidor. 
 A vida principalmente, seguida da saúde e segurança, são considerados bens jurídicos de alta relevância e 
por este motivo têm prioridade de proteção pela lei consumerista. Por isso, o CDC estabelece através da Seção I do 
Capítulo IV (Da qualidade de produtos e serviços, da prevenção e da reparação de danos) os critérios que indicam a 
nocividade e periculosidade de produtos ou serviços, os deveres de informação dos fornecedores para estes casos e 
as hipóteses em que os produtos ou serviços com estas características podem ser colocados no mercado. 
Antônio Herman V. Benjamin, com muita propriedade diz que "... em maior ou menor proporção, quase todo bem 
de consumo traz em si o elemento "capacidade de causar acidente". Consequentemente, como já referido acima, 
a noção de segurança depende do casamento deste componente com um outro: a "desconformidade com uma 
expectativa legítima" do consumidor." (MARQUES, Cláudia Lima, BENJAMIM, Antônio H. V., BESSA, Leonardo 
Roscoe. Manual de direito do consumidor. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, pág. 115) 
Partindo deste posicionamento, tem-se que existem três formas de periculosidade: 
 
a) periculosidade inerente (que está intrínseca ao produto ou serviço, a periculosidade está dentro da normalidade 
e previsibilidade do consumidor com relação ao uso e funcionamento do produto ou serviço); 
 
b) periculosidade adquirida (o produto ou serviço torna-se perigoso em razão de um defeito); 
 
c) periculosidade exagerada (periculosidade que vai além da periculosidade inerente). 
1.3 - Riscos à saúde e segurança dos consumidores 
Em princípio o CDC proíbe que os produtos ou serviços colocados no mercado ofereçam riscos à saúde e segurança 
dos consumidores. 
 
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Contudo, os riscos considerados "normais e previsíveis em decorrênciade sua natureza e fruição" (art. 8º, primeira 
parte do caput, CDC) são permitidos, desde que venham acompanhados de informações necessárias e adequadas a 
seu respeito. 
 
Esta é a chamada periculosidade inerente, ou seja, é uma periculosidade intrínseca ao produto ou serviço. Podemos 
citar os medicamentos como exemplos de produtos que oferecem estes riscos ao consumidor, mas são permitidos 
desde que devidamente acompanhados das bulas (informação). 
 
Responsável pela informação da periculosidade inerente 
 
Como visto, os produtos ou serviços que possuem a periculosidade inerente devem vir acompanhados de 
informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
 
Mas a quem cabe este dever de prestar estas informações? 
 
Cabe aos fornecedores este dever, ou seja, cabe a todo aquele que desenvolve atividade de produção, montagem, 
criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou 
prestação de serviços. 
 
 Entretanto, o § único do art. 8º do CDC reza que em se tratando de produto industrial, cabe 
apenas ao fabricante prestar as informações de que o produto oferece riscos à saúde e segurança dos 
consumidores. 
 
E, em que pese o CDC não preceituar, no caso de fornecimento de serviços, cabe igualmente apenas ao prestador 
de serviços tal encargo. 
Como visto, em se tratando de produto industrial, cabe ao fabricante prestar as informações de que o produto 
oferece riscos à saúde e segurança dos consumidores. (o § único do art. 8º do CDC) 
 
Este dispositivo também assinala que estas informações devem ser prestadas em impressos que devem 
necessariamente acompanhar o produto. 
Mas, e se o produto industrial for importado? 
 
Neste caso o importador é quem deve fornecer as informações. E no caso do produto ser importado já 
acompanhado das informações, cabe ao importador traduzi-las para a língua portuguesa com as especificações 
determinadas pelo CDC. 
Produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos 
Os produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança do consumidor também podem 
ser colocados no mercado, desde que a nocividade ou periculosidade seja informada de maneira ostensiva e 
adequada. 
 
A nocividade neste caso não deriva da má conservação do produto ou da má utilização deste, e sim da própria 
natureza do produto. 
 
Podemos usar a bebida alcoólica como um exemplo de produto nocivo à saúde e os fogos de artifício como 
produtos perigosos. Ambos devem ser colocados no mercado acompanhados de informações ostensivas e 
adequadas. 
 
A informação da potencialidade da nocividade ou periculosidade 
No caso de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos, cabe ao fornecedor o dever da 
informação. 
 
Esta informação deve ser ostensiva (bem clara, transparente, induvidosa) e adequada (apropriada, 
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completa). 
 
Cumpre salientar que o fornecedor não se exime de tomar outras medidas necessárias a informar o 
consumidor da nocividade ou periculosidade dos produtos e serviços. Deve fazê-lo assim que verificar a 
sua necessidade. Um exemplo é o uso de símbolos, por exemplo, o fornecedor pode colocar na 
embalagem da soda cáustica o símbolo de uma caveira como forma de reiterar o alerta sobre o produto. 
- Produtos e serviços com alto grau de nocividade ou periculosidade 
 
No que tange aos produtos ou serviços que apresentem alto grau de nocividade ou periculosidade, não há 
permissão de comercialização pela lei consumerista. Esta veta totalmente a colocação no mercado de produtos com 
estas atribuições. 
 
A gravidade da nocividade ou periculosidade deve ser examinada caso a caso pois o legislador não apresentou 
parâmetros para tal aferição. 
 
Recall 
O fornecedor, após tomar conhecimento de que colocou no mercado produtos de alto grau de nocividade ou 
periculosidade à saúde e segurança do consumidor, deve comunicar à autoridade competente e aos consumidores 
sobre a nocividade e periculosidade destes. O "recall" visa proteger e preservar a vida, saúde, integridade e 
segurança do consumidor, bem como de evitar ou minimizar quaisquer espécies de danos, sejam estes morais ou 
materiais. 
 
 
 
Ementa: CIVIL. CONSUMIDOR. REPARAÇÃO DE DANOS. RESPONSABILIDADE. RECALL. NÃO COMPARECIMENTO DO 
COMPRADOR. RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE. 
- A circunstância de o adquirente não levar o veículo para conserto, em atenção a RECALL, não isenta o fabricante da 
obrigação de indenizar. (STJ - REsp 1010392 / RJ - 3ª Turma - Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, data do 
julgamento: 24/03/2008). 
 
 
 
A informação dos problemas detectados com o produto é realizada por anúncios publicitários, veiculados na imprensa, rádio e televisão e 
deve alcançar todos os consumidores expostos aos riscos decorrentes dos defeitos detectados nos produtos objeto deste "chamamento". A 
lei determina, ainda, que estes anúncios sejam veiculados às expensas do fornecedor: 
 
 
Art. 10, §2º do CDC. Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na 
imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. 
 
Síntese 
Como síntese do que o CDC permite ou não temos: 
- É permitida a colocação no mercado de produtos ou serviços com riscos à saúde ou segurança considerados "normais e 
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição". 
 
- É permitida a colocação no mercado de produtos ou serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança. 
 
- É proibida a colocação no mercado de produtos ou serviços com alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou 
segurança 
 
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Sanções 
Aos fornecedores de produtos ou serviços nocivos ou perigosos à saúde ou segurança dos consumidores são impostas 
sanções em diferentes esferas. Sobre este assunto expõe Zelmo Denari: 
O fornecimento de produtos ou serviços nocivos à saúde ou comprometedores da segurança do consumidor é responsável 
pela maior parte dos designados acidentes de consumo, infortúnio que prosperou após o advento da produção e do consumo 
em massa e que fica sujeito às seguintes sanções: 
 
a) civil, envolvendo a responsabilidade dos fornecedores perante os consumidores por danos decorrentes da nocividade ou 
periculosidade dos produtos ou serviços; 
 
b) administrativa, envolvendo a sua responsabilidade perante a administração federal, estadual ou municipal, pelo 
descumprimento de deveres previstos em normas legais ou regulamentares; e 
 
c) penal, envolvendo a responsabilidade dos fornecedores perante a justiça pública, pela prática de ilícitos penais. 
(GRINOVER, Ada Pellegrini et al. Código brasileiro de defesa do consumidor comentado pelos autores do anteprojeto. 7. ed. 
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001, págs. 143/144) 
- As condutas criminosas 
Devido ao caráter protecionista do CDC, a proteção à vida, saúde e segurança do consumidor contra produtos e serviços 
considerados perigosos e nocivos foi elevada a direito básico através do inc. I do art. 6º. Por isso várias condutas foram 
relacionadas pela Lei 8.078/90 como criminosas: 
 
 
Omitir informações ao consumidor (art. 63) 
 
A ausência de informação ao consumidor de forma ostensiva sobre a periculosidade ou nocividade do produto ou serviço foi 
inserida no rol de infrações penais disciplinadas pela lei consumerista. 
 
Constitui delito penal com pena de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos e multa a omissão de informações de forma ostensiva 
nas embalagens, invólucros, recipientes ou publicidades sobre a nocividade ou periculosidade de produtos. 
Deixar de comunicar a nocividade ou periculosidade de produtos (art. 64) 
 
A Lei 8.078/90 dispõe que o fornecedor, após tomar conhecimento de que colocou nomercado produtos de alto grau de 
nocividade ou periculosidade à saúde e segurança do consumidor, deve comunicar à autoridade competente e aos 
consumidores sobre a nocividade e periculosidade destes. (§ 1º do art. 10 do CDC) 
 
A comunicação dos problemas detectados com os produtos deve ser feita por anúncios publicitários, veiculados na imprensa, 
rádio e televisão e deve alcançar todos os consumidores expostos aos riscos decorrentes dos defeitos detectados nos 
produtos objeto do "chamamento". 
Destarte, deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo 
conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado gera detenção de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos e multa. 
 
 
 
Informação de produto industrial 
Todo consumidor tem Dever de Solidariedade. Ser solidário com os demais. Neste dever de solidariedade está 
também e inclusive, a possibilidade de uma ação capaz de proteger todos os consumidores, dando-lhes melhores 
condições de vida.

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