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SOC 08 CULTURA E IDEOLOGIA 2020

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SOCIOLOGIA
PRÉ-VESTIBULAR 109PROENEM.COM.BR
CULTURA E IDEOLOGIA08
AS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
Como sabemos, toda a produção humana material ou imaterial 
reflete a identidade de um povo; sobretudo com o tempo, percebe-
se que a produção artística-cultural também é importante no 
contexto histórico, econômico e social no qual os grupos estão 
inseridos.
Daí identificamos três tipos de manifestações de cultura nesse 
aspecto artístico-cultural.
CULTURA ERUDITA
A cultura erudita, também chamada de cultura-valor é 
construída por uma elite, aliás, também é chamada de cultura de 
elite, uma vanguarda cultural, que, pela leitura, consegue elaborar, 
construir um conjunto de práticas adquiridas no espaço acadêmico, 
e é formada por uma elite intelectual, pelo pensamento adquirido 
através do pensamento científico. Está presente e é vivenciada nos 
museus, nas exposições de arte e através de uma postura crítica 
diante de manifestações culturais de elite, uma elite cultural, que se 
expressa através dos críticos de arte, pesquisadores, por exemplo.
CULTURA POPULAR
A cultura popular, também chamada de “alma coletiva” está 
intimamente ligada à manifestação e à criação genuína do povo. É 
algo que é produzido pelo povo e para o povo. Nasce das questões 
rotineiras, desde a música até a arte enraizada no povo, que cria 
uma identidade, portanto, com a origem daquele povo específico. 
No Brasil, por exemplo, o artista popular não se preocupa com a 
repercussão de seu trabalho, de sua arte, mas sim com a eficiência 
dele ( a arte em si), enquanto expressão de uma realidade , de 
uma história. A arte popular conta a vivência, o cotidiano, ainda 
que essas manifestações passem ao longo do tempo a se 
internacionalizarem e a serem comercializadas, mas essa seria só 
uma maneira de não deixá-la morrer de fato.
Por exemplo, como manifestação de cultura popular nós temos 
o carnaval, que, por sua vez, enquanto palavra, não é genuinamente 
brasileiro, mas assumiu o posto de símbolo nacional dentro e fora 
do país.
O carnaval não é brasileiro, suas origens remontam há séculos, 
bem antes de o Brasil ter sido “descoberto” pelos portugueses. 
Porém, o tipo de carnaval produzido aqui é diferente de tudo aquilo 
antes vivenciado em outros espaços e tempos, e até mesmo aqui já 
foi genuinamente popular.
Entre a cultura popular e a erudita pode haver níveis de 
sofisticação e detalhes minuciosamente preparados e com igual 
rigor de qualidade, porém, 
a sociedade não vê essas 
duas manifestações em 
ordem de equiparação. 
A sociedade acaba por 
hierarquizar também essas 
manifestações criando 
valores diferentes e desiguais 
entre o artista erudito e o 
popular, por exemplo.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia
/commons/8/8a/Literatura_de_cordel.jpg
CULTURA DE MASSA
A cultura de massa também chamada de “cultura mercadoria” 
está intimamente ligada a uma indústria cultural que se beneficia 
e cria manifestações consumíveis pelo maior número de pessoas 
possível. Não está vinculada a nenhum grupo de pessoas, mas está 
intimamente relacionada a uma indústria do consumo.
Como o nome já anuncia, a cultura de massa é feita para o 
todo, a “massa”. É como se essa indústria planificasse e criasse 
manifestações culturais acreditando que esse que “consome” 
compusesse uma massa homogênea, uniforme, que tem, por 
sua vez, o mesmo gosto e identificação com aquele determinado 
modelo musical ou artístico imposto de cima para baixo.
Esse tipo de cultura, ao ignorar as diferenças e padronizar 
“os gostos”, faz com que sejam inibidas as manifestações 
genuinamente populares e tenta diminuir, por sua vez, a 
contextualização e as especificidades de uma cultura erudita, por 
exemplo. Nessa medida, a cultura de massa, que se beneficiou de 
um desenvolvimento técnico- científico, começou a produzir em 
larga escala um tipo de cultura que chega às casas das pessoas 
através de grandes meios de comunicação, como o rádio e a 
televisão.
No Brasil, a cultura audiovisual é extremamente valorizada nas 
camadas populares, o que contribui ainda mais com essa máquina 
homogeneizante que é a cultura de massa.
Se relacionarmos, então, o capitalismo a toda essa lógica, 
chegaremos à ideia de que ele só corrobora massificando 
esses elementos e uniformizando os jovens, ao solidificar 
comportamentos que dificilmente serão criticados ou avaliados.
INDÚSTRIA CULTURAL E ALIENAÇÃO
A Indústria Cultural é um termo que foi criado pelos sociólogos e 
filósofos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer 
(1895-1973), membros da chamada Escola de Frankfurt. Para 
eles, a dita Indústria Cultural existe para além simplesmente da 
discussão a respeito da cultura, ela seria um esquema econômico e 
político no qual os grandes meios de comunicação de massa seriam 
responsáveis pela produção de bens culturais e artísticos seguindo 
uma lógica mercadológica, isto é, voltada para o consumo. Em 
outras palavras, a padronização e a homogeneização desses bens 
culturais visam um controle social, político e econômico através de 
diferentes estratégias como, por exemplo, a alienação.
A alienação é fruto do não envolvimento pessoal com as 
questões político-sociais que tangem as relações. A pergunta 
que se faz é: os meios de comunicação são os formadores dessa 
alienação ou funcionam de forma positiva como instrumentos de 
informação? A alienação passa a ser percebida na vida social do 
indivíduo com a formação da “sociedade de consumo”, expressão 
que carrega uma conotação negativa, pois esse consumo não 
depende mais da decisão consciente de cada indivíduo, baseada 
em suas necessidades e seus gostos, mas de necessidades 
artificialmente estimuladas - fica claro que o papel dos meios de 
comunicação nesse aspecto é fundamental.
A sociedade de consumo, como vimos anteriormente, está 
dentro da lógica capitalista e é mantida através de uma indústria 
cultural homogeneizante, impõe padrões inclusive de valores 
morais e éticos, por sua vez, agindo diretamente no inconsciente 
coletivo. Ela atua na padronização e no ato de consumo, movidos 
pela sensibilidade, imaginação, inteligência e liberdade. Quando 
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adquirimos uma roupa, diversos fatores são considerados: 
precisamos proteger nosso corpo ou revelá-lo; usamos a 
imaginação na combinação das peças; mesmo quando seguimos 
a tendência da moda, desenvolvemos o estilo próprio de vestir ao 
comprarmos uma ou mais peças de determinada cor ou modelo.
O consumo não alienado supõe, mesmo diante de influências 
externas, que o indivíduo mantenha a possibilidade de escolha 
autônoma, não só para estabelecer suas preferências como para 
optar por consumir ou não.
No entanto, no mundo em que predomina a produção 
alienada, também o consumo tende a ser alienado. O problema da 
sociedade de consumo é que as necessidades são artifi cialmente 
estimuladas, sobretudo pelos meios de comunicação de massa, 
levando os indivíduos a conviverem de maneira mais alienada.
A civilização tecnicista não é uma civilização do trabalho, mas 
do consumo e do bem-estar. O trabalho deixa, para um número 
crescente de indivíduos, de incluir fi ns que lhe são próprios e 
tornar-se um meio de consumir, de satisfazer as necessidades 
cada vez mais amplas. Entretanto há um contraponto importante 
no processo de estimulação artifi cial do consumo supérfluo notado 
não só na propaganda, mas na televisão, nas novelas: a existência 
de grande parcela da população com baixo poder aquisitivo, 
reduzida apenas ao desejo de consumir. O que faz com que essa 
massa desprotegida não se revolte?
Há mecanismos na própria sociedade que impedem a tomada 
de consciência: as pessoas têm a ilusão de que vivem numa 
sociedade de mobilidade social e que, pelo empenho no trabalho, 
pelo estudo, há possibilidades de mudança, ou seja, um dia 
chegaremos lá. E se não chegarmos, é porque não tivemos sorte 
ou competência.O processo produção-consumo em que está mergulhado o 
homem contemporâneo impede-o de ver com clareza a própria 
exploração e a perda da liberdade. Ao deixar de ser o centro de 
si mesmo, o homem perde a dimensão de contestação e crítica, 
sendo destituída a possibilidade de reação no campo da política, 
religião, escola, arte e ética.
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Defi na “manifestação cultural”.
02. Aponte exemplos relativos à cultura popular e à cultura erudita 
no Brasil.
03. Descreva as principais características da chamada cultura de 
massa.
04. Aponte as principais características da “Indústria Cultural” para 
Adorno e Horkheimer
05. Explique brevemente a ideia de “homogeneização” da cultura.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (UFFS) É uma forma de cultura produzida industrialmente, e 
tem por objetivo a lucratividade das corporações de mídia que nela 
investem grande capital em máquinas e infraestrutura fabril. Utiliza 
tecnologia de ponta, destina-se a um grande público anônimo 
e impessoal e é distribuída através do mercado e depende de 
patrocinadores:
a) Cultura Erudita.
b) Cultura Popular.
c) Cultura de Massa.
d) Cultura Midiática.
e) Cultura Eletrônica.
02.
Há, na tirinha acima, uma crítica à forma de cultura veiculada 
pela televisão. Tendo em vista a abordagem sociológica, assinale 
a alternativa que corresponde ao tipo de cultura que está sendo 
criticada.
a) Cultura no seu sentido antropológico, relacionada à diversidade 
das práticas, dos símbolos e das formas de pensar, agir e sentir.
b) Cultura política, relacionada às formas de estabelecimento de 
relações de poder.
c) Cultura erudita, relacionada às formas de produção estética da 
elite.
d) Cultura popular, própria das classes econômicas mais baixas.
e) Cultura de massa, produzida pela indústria cultural.
03. Leia.
Por que os personagens de anime são sempre brancos?
Uma pergunta que já vi muita gente se fazer: por que todo mundo 
tem cara de ocidental (leia-se, de branco) nos desenhos animados 
japoneses?
A pergunta é interessantíssima. Você já se perguntou isso? Eu já.
Como sempre, a pergunta revela mais sobre nós mesmos do que a 
resposta revela sobre os japoneses.
A resposta é simples: para os japoneses, os personagens de anime 
SÃO japoneses. NÓS é que os vemos como ocidentais.
Castro, Alex. Qual é a cor da Turma da Mônica? (Racismo e normalidade – Parte 2). 
Disponível em: <http://papodehomem.com.br/... 2/>. Acesso em 27 ago. 2012.
O comentário acima serve de exemplo a qual conceito 
antropológico?
a) Corporativismo.
b) Fascismo.
c) Etnocentrismo.
d) Geocentrismo.
e) Individualismo.
04. (ENEM PPL) Falava-se, antes, de autonomia da produção 
signifi car que uma empresa, ao assegurar uma produção, buscava 
também manipular a opinião pela via da publicidade. Nesse caso, 
o fato gerador do consumo seria a produção. Mas, atualmente, as 
empresas hegemônicas produzem o consumidor antes mesmo 
de produzirem os produtos. Um dado essencial do entendimento 
do consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede a 
produção dos bens e dos serviços.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 
Rio de Janeiro: Record, 2000 (adaptado).
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O tipo de relação entre produção e consumo discutido no texto 
pressupõe o(a)
a) aumento do poder aquisitivo.
b) estímulo à livre concorrência.
c) criação de novas necessidades.
d) formação de grandes estoques.
e) implantação de linhas de montagem.
05. (UNICENTRO) “A indústria cultural, com suas vantagens 
e desvantagens, pode ser caracterizada pela transformação 
da cultura em mercadoria, com produção em série e de baixo 
custo, para que todos possam ter acesso. É uma indústria como 
qualquer outra, que deseja o lucro e que trabalha para conquistar 
o seu cliente, vendendo imagens, seduzindo o seu público a ter 
necessidades que antes não tinham.”
(PARANÁ. Livro didático de Sociologia. Curitiba, 2006, p.156).
Assinale a alternativa correta.
a) A Indústria Cultural não é uma característica da sociedade 
contemporânea ela é um produto natural em qualquer 
sociedade.
b) A Indústria Cultural é responsável por criar no indivíduo 
necessidades que ele não tinha e transformar a cultura em 
mercadoria.
c) A Indústria Cultural não influencia nas necessidades do 
indivíduo com a sua produção em série e de baixo custo.
d) A Indústria Cultural faz com que o indivíduo reflita sobre o que 
necessita, não desejando lucro.
e) A Indústria Cultural prioriza a heterogeneidade de cada cultura.
06. (UNESP 2019) A sociedade do espetáculo corresponde a 
uma fase específi ca da sociedade capitalista, quando há uma 
interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o 
processo de acúmulo de imagens. O papel desempenhado pelo 
marketing, sua onipresença, ilustra perfeitamente bem o que Guy 
Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, passando 
pelas manifestações religiosas, tudo está mercantilizado e 
envolvido por imagens. Assim como o conceito de “indústria 
cultural”, o conceito de “sociedade do espetáculo” faz parte de uma 
postura crítica com relação à sociedade capitalista. São conceitos 
que procuram apontar aquilo que se constitui em entraves para a 
emancipação humana.
(Cláudio N. P. Coelho. “Mídia e poder na sociedade do espetáculo”. https://revistacult.uol.
com.br. Adaptado.)
Segundo o texto, 
a) a transformação da cultura em mercadoria é uma característica 
fundamental desse fenômeno social. 
b) a padronização da estética pela sociedade do espetáculo 
restringe-se ao campo da publicidade. 
c) a hegemonia do espetáculo desempenha papel fundamental 
na formação da autonomia do sujeito. 
d) o universo estético de produção das imagens não é determinado 
pela base material da sociedade. 
e) o conceito de sociedade do espetáculo realiza uma reflexão 
contestadora sobre a indústria cultural.
07. (UNESP) Não somente os tipos das canções de sucesso, os 
astros, as novelas ressurgem ciclicamente como invariantes fi xos, 
mas o conteúdo específi co do espetáculo só varia na aparência. 
O fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom 
esportista que é; a boa palmada que a namorada recebe da mão 
forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês prontos para 
serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente 
defi nidos pela fi nalidade que lhes cabe no esquema. Desde 
o começo do fi lme já se sabe como ele termina, quem é 
recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é 
perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar 
o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar 
como previsto. O número médio de palavras é algo em que não se 
pode mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua 
pequena diversidade permite reparti-las facilmente no escritório.
(Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. “A indústria cultural como mistifi cação das 
massas”. In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado.)
O tema abordado pelo texto refere-se
a) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções 
culturais de massa.
b) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação 
de massa.
c) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios 
estatais.
d) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade 
de consumo.
e) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de 
entretenimento.
08.
No dia 27 de janeiro de 2013, 231 pessoas morreram em um 
incêndio causado em uma boate na cidade de Santa Maria (RS). 
Desde o incidente, a imprensa cobriu, de maneira intensa, toda 
a repercussão do fato. No entanto, esse tipo de abordagem, ao 
transmitir publicamente situações de sofrimento e dor, acaba por 
revelar um dos aspectos centrais da indústria midiática, que é o de:
a) Veículo de anomia social.
b) Transmissão de caráter de utilidade pública.
c) Espetacularização da sociedade.
d) Valorizaçãoda vida humana.
e) Nenhuma das anteriores.
09. Leia:
Quinze minutos de fama
Mais um pros comerciais
Quinze minutos de fama
Depois descanse em paz
O gênio da última hora
É o idiota do ano seguinte
O último novo-rico
É o mais novo pedinte
Não importa contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada que você 
não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume 
então
A melhor banda de todos os tempos da última semana – Sérgio Britto/Branco Mello 
(Titãs) (adaptado)
A música acima, interpretada pela banda Titãs, faz uma crítica a 
qual característica da televisão contemporânea?
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a) Ao caráter elitista das transmissões televisivas.
b) À sua inserção comprometida com a transformação social e 
com as mudanças de paradigmas culturais.
c) À grande quantidade de comerciais existentes nos programas 
televisivos, que prejudicam a qualidade dos programas de 
domingo.
d) Às contradições próprias de qualquer tipo de instrumento 
cultural urbano.
e) À forma como ela se apresenta como um produto da indústria 
cultural, servindo de instrumento de alienação.
10. (UNESP) Os reality shows são hoje para a classe mais abastada 
e intelectualizada da sociedade o que as novelas eram assim que 
se popularizaram como produto de cultura massificada: sinônimo 
de mau gosto. Com uma maior aceitação das novelas na esfera 
dos críticos da mídia, o reality show segue agora como gênero 
televisivo mundial, transmitido em horário nobre, e principal 
símbolo da perda de qualidade do conteúdo televisivo na sociedade 
pós-moderna. Os reality shows personificam as novas formas 
de identificação dos sujeitos nas sociedades pós-modernas. 
Programas como o BBB são movidos pelas engrenagens de uma 
sociedade exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao 
mesmo tempo a proposta de que cada um pode sair do anonimato 
e conquistar facilmente fama e dinheiro.
(Sávia Lorena B. C. de Sousa. O reality show como objeto de reflexão cultural. 
observatoriodaimprensa.com.br)
Sobre a relação entre os meios de comunicação de massa e o 
público consumidor, é correto afirmar que:
a) a qualidade da programação da tv não é condicionada pelas 
demandas e desejos dos consumidores culturais.
b) o reality show é uma mercadoria cultural relacionada com 
processos emocionais de seu público.
c) os critérios estéticos independem do nível de autonomia 
intelectual dos consumidores.
d) no caso dos reality shows, a televisão estimula a capacidade de 
fruição estética do público consumidor.
e) os programadores priorizam aspectos formativos relegando o 
entretenimento a uma condição secundária.
11. (UPE-ssa 3 2017) Leia a tirinha a seguir:
Ela apresenta o poder que a mídia exerce sobre as pessoas, criando 
a ideologia e a cultura de massa, valiosas para a organização da 
sociedade capitalista.
Refletindo sobre a relação entre esses dois conceitos sociológicos, 
é CORRETO afirmar que 
a) a representação simbólica, que o homem constrói do mundo, e 
a produção e reprodução material da sociedade são elementos 
significativos para se entender a dinâmica da cultura e da 
ideologia na vida social. 
b) a maneira como a vida se estrutura nas sociedades complexas 
obedece, rigidamente, às ideias de homogeneidade e padronização, 
conforme se observa nas periferias das grandes cidades.
c) a ideologia é importante para a formação cultural das 
sociedades, mas estas são categorias sociológicas 
independentes, reforçando a ideia de que os grupos sociais são 
influenciados por fatores subjetivos. 
d) as pessoas possuem consciência da atuação da ideologia 
dominante sobre seu comportamento, razão por que, nos 
meios de comunicação, a cultura de massa é restrita, apenas, 
à elite social. 
e) os mecanismos de atuação da ideologia devem propor uma 
despolitização da cultura, pois esse processo tornará os 
indivíduos mais alienados da dominação de alguns grupos 
sociais. 
12. (UNIOESTE 2017) O ensaio “Indústria Cultural: o esclarecimento 
como mistificação das massas”, de Theodor W. Adorno e Max 
Horkheimer, publicado originalmente em 1947, é considerado um 
dos textos essenciais do século XX que explicam o fenômeno 
da cultura de massa e da indústria do entretenimento. É uma 
das várias contribuições para o pensamento contemporâneo 
do Instituto de Pesquisa Social fundado na década de 1920, em 
Frankfurt, na Alemanha. Um ponto decisivo para a compreensão do 
conceito de “Indústria Cultural” é a questão da autonomia do artista 
em relação ao mercado.
Assim, sobre o conceito de “Indústria Cultural” é CORRETO afirmar. 
a) A arte não se confunde com mercadoria, e não necessita da 
mídia e nem de campanhas publicitárias para ser divulgada 
para o público. 
b) Não há uniformização artística, pois, toda cultura de massa se 
caracteriza por criações complexas e diversidade cultural. 
c) A cultura é independente em relação aos mecanismos de 
reprodução material da sociedade. 
d) A obra de arte se identifica com a lógica de reprodução cultural 
e econômica da sociedade. 
e) Um pressuposto básico é que a arte nunca se transforma em 
artigo de consumo. 
13. (UNIOESTE 2015) “A separação entre cultura popular e 
cultura erudita, com a atribuição de maior valor à segunda, está 
relacionada à divisão da sociedade em classes, ou seja, é resultado 
e manifestação das diferenças sociais. Há, de acordo com 
essa classificação, uma cultura identificada com os segmentos 
populares e outra, superior, identificada com as elites” 
( TOMAZI, Nelson D., Sociologia para o ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2010).
Sobre cultura erudita e cultura popular, é CORRETO afirmar. 
a) A chamada cultura popular abrangeria expressões artísticas 
como a música clássica de padrão europeu, as artes plásticas, 
esculturas e pinturas, o teatro e a literatura de cunho universal. 
b) A chamada cultura erudita encontra expressão nos mitos e 
contos, danças, música – de sertaneja à cabocla – artesanato 
rústico de cerâmica ou de madeira e pintura, corresponde, 
enfim, à manifestação genuína do povo. 
c) A chamada cultura erudita abrangeria expressões artísticas 
como a música clássica de padrão europeu, as artes plásticas, 
esculturas e pinturas, o teatro e a literatura de cunho universal. 
d) A chamada cultura erudita inclui expressões urbanas recentes, 
como os grafites, o hip-hop e os sincretismos musicais 
oriundos do interior ou das grandes cidades, o que demostra 
haver constante criação e recriação no universo cultural. 
e) O folclore é a mais alta expressão da cultura erudita.
14. (UEM 2015) “Ao assistir a novelas com pessoas variadas, de 
camadas médias e populares, e ao conversar sobre televisão, é 
possível notar como os espectadores comparam sua situação de 
vida ao que assistem e como nesse processo reveem e reforçam 
seus pontos de vista, analisam suas vidas pessoais, o que lhes 
aconteceu antes, o que vivem naquele momento.” 
(ALMEIDA, H. B. Telenovela, consumo e gênero. Bauru: EDUSC, 2003, p. 22). 
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SOCIOLOGIA 
Considerando o trecho citado e os estudos sociológicos sobre 
televisão, assinale o que for correto. 
a) Do ponto de vista sociológico, a televisão é responsável pela 
profunda alienação das pessoas, pois impede que elas reflitam 
sobre o mundo em que vivem. 
b) Segundo Durkheim, a televisão é um dos principais agentes 
responsáveis pela anomia social, pois cria espectadores 
passivos que deixam de se relacionar com o mundo real. 
c) Ao retratarem relações amorosas e familiares reais com 
neutralidade e imparcialidade, as novelas informam como as 
famílias brasileiras efetivamente são. 
d) Como um bem cultural valorizado, a televisão é um objeto 
privilegiado para analisar mudanças nos costumes, nos 
comportamentos e na organização moral de uma sociedade.
e) As novelasse propõem exclusivamente a uma reflexão crítica 
sobre a realidade social. 
15. (UEM 2010) “Todos reconhecem que a globalização econômica 
e fi nanceira, e principalmente o progresso das tecnologias de 
informação e de comunicação, ao facilitar a circulação dos bens 
e serviços culturais, favorece o contato e o intercâmbio entre as 
culturas. Isso não representa um problema em si, já que a cultura, 
assim como a identidade, é construída na interação. O problema 
é que essa interação tem acontecido de maneira profundamente 
desigual, com um fluxo de bens e serviços culturais direcionado 
principalmente dos países desenvolvidos para os países em 
desenvolvimento. O exemplo mais visível desse desequilíbrio 
é a oferta de fi lmes no mundo, pois as grandes produtoras 
cinematográfi cas são norteamericanas e detêm algo como 90% 
do mercado mundial do audiovisual (fi lmes e programas para 
televisão).”
(DUPIN, Giselle. Para entender a Convenção. Revista Observatório Itaú Cultural, n. 8, abr./
jul. 2009, p. 13).
Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre o tema 
cultura midiática, assinale o que for correto. 
a) As tecnologias de informação e comunicação favorecem os 
processos de aculturação, que levam à destruição de culturas 
menos evoluídas por culturas mais desenvolvidas. 
b) Os países em desenvolvimento, por não possuírem grandes 
indústrias de tecnologia de informação e comunicação, 
conseguem preservar a diversidade cultural de seus povos. 
c) As produtoras cinematográfi cas norte-americanas dominam o 
mercado mundial do audiovisual porque oferecem um produto 
de melhor qualidade tecnológica que as produtoras de países 
em desenvolvimento, como o Brasil. 
d) A cultura não deve ser vista como um patrimônio imutável, mas 
como uma construção social constantemente influenciada 
pelas trocas simbólicas e econômicas.
e) As tecnologias de informação não exercem qualquer influência 
sobre a cultura uma vez que essa é um patrimônio imutável. 
16. Do ponto de vista sociológico a expressão “diversidade cultural” 
sustenta 
a) o processo por meio do qual as classes dominantes combatem 
as formas de expressão dos grupos populares. 
b) a pluralidade de manifestações e expressões como: rituais, 
práticas, comemorações, lamentações, produtos, hábitos dos 
grupos que constituem uma sociedade. 
c) a ideologia subjacente ao exercício da cidadania das classes 
sociais hegemônicas. 
d) apenas defesa dos direitos de negros, mulheres e indígenas. 
e) apenas os direitos de membros das classes subalternos da 
sociedade.
17. A respeito dos estudos antropológicos da cultura, assinale o 
item que melhor responde à pergunta: qual seria sua importância 
para os indivíduos? 
a) Ela serve como um mapa, orientando as ações de indivíduos e 
povos, no que diz respeito às ideias, saberes e técnicas. 
b) Ela é o conjunto formado pelas artes e formação educacional. 
c) Na realidade não tem tanta importância, pois ela é apenas uma 
ideologia. 
d) A compreensão da organização social, já que estudar a cultura 
é o mesmo que estudar a sociedade. 
e) Ela proporciona unicamente as capacidades artísticas dos 
indivíduos e as manifestações destas.
18. Observe a imagem a seguir:
Ela representa um tipo de arte pernambucana ainda presente nos 
dias atuais e reflete um movimento de cultura popular, que ganhou 
visibilidade na década de 1970. Além disso, esse movimento 
signifi cou um reordenamento dos valores e hábitos de uma parcela 
da população pernambucana lembrada pela desigualdade social, 
produzida ao longo da história brasileira. 
Assim, é CORRETO afi rmar que a imagem é uma produção do 
seguinte movimento cultural pernambucano: 
a) Boca do Lixo 
b) Mangue Beat 
c) Ribeira 
d) Xilográfi co 
e) Armorial
19. Na antiga Vila de São José del Rei, a atual cidade de Tiradentes 
(MG), na primeira metade do século XVIII, mais de cinco mil escravos 
trabalhavam na mineração aurífera. Construíram sua capela, 
dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Na fachada, colocaram um 
oratório com a imagem de São Benedito. A comunidade do século 
XVIII era organizada mediante a cor, por isso cada grupo tinha sua 
irmandade: a dos brancos, dos crioulos, dos mulatos, dos pardos. 
Em cada localidade se construía uma igreja dedicada a Nossa 
Senhora do Rosário. Com a decadência da mineração, a população 
negra foi levada para arraiais com atividades lucrativas diversas. 
Eles se foram e fi cou a igreja. Mas, hoje, está sendo resgatada a 
festa do Rosário e o Terno de Congado.
CRUZ, L. Fé e identidade cultural. Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso 
em: 4 jul. 2012
Na lógica analisada, as duas festividades retomadas recentemente, 
na cidade mineira de Tiradentes, têm como propósito 
a) valorizar a cultura afrodescendente e suas tradições religiosas. 
b) retomar a veneração católica aos valores do passado colonial. 
c) reunir os elementos constitutivos da história econômica regional. 
d) combater o preconceito contra os adeptos do catolicismo popular. 
e) produzir eventos turísticos voltados a religiões de origem africana.
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20. A clivagem entre o popular e o erudito (e a ignorância de fundir o 
erudito com o bom) é apenas parte dessa discussão. Esse tipo de 
pensamento, com a reafirmação de símbolos para separar “nós” da 
plebe, expressa mais preconceito de classe do que qualquer outra coisa.
Nos grandes centros, o consumo da chamada cultura regional 
tradicional ganhou espaço entre os mais ricos e formadores de 
opinião. Virou cult. É em cima dessa análise que muitos querem 
resgatar, forçosamente, um passado “menos selvagem” em que 
a população de determinado lugar consumia esse tipo de arte da 
qual também gostamos. Sem se atentar que as coisas mudam, 
ou que a indústria cultural tem seus processos – que fazem 
ricos empresários que, ironicamente, bancam esses mesmos 
formadores de opinião.
Blog do Sakamoto. 22 nov. 2012. Adaptado. Disponível em <http://blogdosakamoto.
blogosfera.uol.com.br/2012...intelectual/>. Acesso em 22 nov. 2012
O texto retoma uma divisão muitas vezes apresentada entre cultura 
popular e cultura erudita. Sobre esse tipo de relação, assinale quais 
são as afirmativas corretas.
I. A divisão entre cultura erudita e popular é socialmente 
construída. 
II. A indústria cultural incide sobre essa divisão, muitas vezes 
reforçando-a.
III. A identidade nacional é construída também a partir de signos 
culturais tradicionais.
IV. Há um desejo por distinção social quando certas classes 
procuram diferenciar seus objetos artísticos de outros “menos 
nobres”. 
a) Somente I e II são corretas. 
b) Somente I e III são corretas. 
c) Somente I, III e IV são 
corretas.
d) Somente II e IV são corretas. 
e) Todas as afirmativas são 
corretas. 
05. APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (UEL) Observe a tirinha a seguir.
Defina Indústria Cultural, de acordo com Adorno e Horkheimer.
Aponte dois elementos na tirinha que remetem à atuação dos 
meios de comunicação de massa.
02.
A tirinha acima cria uma situação de humor em relação à 
capacidade do capitalismo de produzir gostos. Explique, de forma 
sociológica, como esses gostos pelas marcas e pelo consumo são 
produzidos na sociedade atual. 
03.
No dia 15 de março de 2013, a empresa Dove lançou um novo 
comercial – criado pela agência Ogilvy e Mather – para sua linha 
de xampu masculino. Com o slogan “Xampu feminino não foi feito 
para você, Dove Men+Care foi.”, a empresa faz uma sugestão de 
como seria se um homem tivesse os cabelos apresentados nos 
comerciais de xampu femininos.
Atentando para a construção do ideal masculino e feminino, 
responda:
Qual a intenção da publicidade ao se utilizar de estereótipos de 
masculino e feminino na propaganda de um produto? 
04.(UNESP)
Texto 1
As mercadorias da indústria cultural se orientam segundo o 
princípio de sua comercializaçãoe não segundo seu próprio 
conteúdo. Toda a prática da indústria cultural transfere, sem mais, 
a motivação do lucro às criações espirituais. A partir do momento 
em que essas mercadorias asseguram a vida de seus produtores 
no mercado, elas já estão contaminadas por essa motivação. A 
indústria cultural impede a formação de indivíduos autônomos, 
independentes, capazes de julgar e decidir conscientemente. Mas 
estes constituem, contudo, a condição prévia de uma sociedade 
democrática, que não se poderia salvaguardar e desabrochar 
senão através de homens não tutelados.
(Theodor W. Adorno. A indústria cultural, 1986. Adaptado.)
Texto 2
A fabricação de livros tornou-se um fato industrial, submetido 
a todas as regras da produção e do consumo; daí, uma série de 
fenômenos negativos, como o consumo provocado artificialmente. 
Mas a indústria editorial distingue-se das demais porque nela se 
acham inseridos homens de cultura, para os quais a finalidade 
primeira não é a produção de um livro para vender, mas sim 
a produção de valores culturais. Isso significa que, ao lado de 
“produtores de objetos de consumo cultural”, agem “produtores 
de cultura”, que aceitam a indústria cultural para fins que a 
ultrapassam.
(Umberto Eco. Apocalípticos e integrados, 1990. Adaptado.)
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SOCIOLOGIA 
Em qual dos dois textos é apontado o caráter antidemocrático da 
indústria cultural? Explique o significado da expressão “homens 
não tutelados”.
Por que a expansão artificial do consumo pode ser considerada 
“fenômeno negativo”? Explique a relação entre indústria cultural e 
sociedade segundo o texto 2. 
05. No dia 20 de maio de 2012, o programa televisivo Fantástico 
apresentou, no quadro “O Que Vi da Vida”, uma entrevista com a 
apresentadora Xuxa. Nessa entrevista, ela afirmou que fora abusada 
sexualmente até a sua adolescência. Nos dias seguintes, o número 
de denúncias ao Disque 100 – serviço que recebe denúncias de 
casos de violação dos direitos humanos – aumentou em 30%. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/05/apos-revelacao-de-
xuxa-disque-100-recebe-285-mil-ligacoes.html>. Acesso em: 30/06/2012.
Levando em consideração o fato acima descrito, comente sobre a 
possibilidade dos meios de comunicação servirem para o exercício 
de direitos e proteção contra a violência.
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. C
02. E
03. C
04. C
05. B
06. A
07. E
08. C
09. E
10. B
11. A
12. D
13. C
14. D
15. D
16. B
17. A
18. E
19. A
20. E
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. 
a) Indústria Cultural é o conceito formulado por Adorno e Horkheimer (1947) para referir-
se ao conjunto de relações ligadas à criação de bens culturais ligados ao sistema 
capitalista. A Indústria Cultural visa produzir um consentimento generalizado, isto 
é, fazer com que os consumidores aceitem passivamente o consumo desenfreado 
de bens culturais transformados em mercadorias, estimulando-lhes a alienação, 
difundindo a ideologia da classe dominante
b) Espera-se que o candidato destaque, com base na tirinha, dois entre os seguintes 
elementos:
A propaganda é um instrumento da Indústria Cultural que convence o indivíduo a 
consumir cada vez mais, movimentando o comércio e a circulação de mercadorias, 
vitais ao capitalismo;
A propaganda incentiva a passividade do consumidor;
A propaganda incentiva o não questionamento da necessidade do consumo, por 
parte da personagem, Mafalda;
A propaganda centra-se, principalmente, em crianças e jovens, que são menos 
maduros e por isso não questionam a necessidade do consumo, como a Mafalda.
A propaganda tem poder de sedução, levando as pessoas a consumirem os produtos 
anunciados;
A propaganda manipula a mente das pessoas, levando-as a acreditar que a felicidade 
se encontra na aquisição dos produtos anunciados
02. Pode-se explicar a capacidade do capitalismo de produzir gostos através da noção de 
indústria cultural, por exemplo. A indústria cultural se preocupa em criar gostos e alienar 
as pessoas, fazendo-as internalizar os interesses do capital e da produção. Assim, elas 
passam a desejar as marcas e querer consumir mais, para se sentirem parte do sistema.
03. Os estereótipos são facilmente reconhecíveis socialmente. A sua utilização em uma 
propaganda cria uma identificação do consumidor com o produto, causa humor e faz 
com que as pessoas tenham interesse em consumir tal produto.
04. 
a) No primeiro texto. Homens não tutelados são aqueles indivíduos esclarecidos, 
autônomos, capazes de pensar por si mesmos e que não se submetem à ideologia 
e à indústria cultural. 
b) A expansão artificial do consumo pode ser considerada negativa porque faz com que 
os humanos estejam submetidos à uma lógica capitalista, em que não se percebe o 
valor das coisas, tudo passa a ser objeto de consumo e, posteriormente, de descarte. 
No texto 2, a indústria cultural aparece como o mercado de bens culturais, que 
submete a arte à lógica mercadológica. No entanto, essa indústria também apresenta 
a contradição de permitir a existência de produtores de cultura, que somente aceitam 
essa indústria como forma estratégica de divulgação de seu trabalho, sem alimentar 
qualquer desejo de produzir materiais massificados e de pouco valor.
05. Os meios de comunicação podem funcionar não somente como forma de 
entretenimento, mas, também, como forma de exercício da cidadania. Ao estimular 
sensibilidades e tornar certos direitos conhecidos, os meios de comunicação podem 
contribuir para o exercício da cidadania na medida em que tornam conhecidos casos 
de violação de direitos e apresenta possibilidades de acesso à Justiça. O caso da Xuxa 
é emblemático nesse sentido, pois fez com que muitas pessoas se reconhecessem 
na figura da apresentadora e se sentissem estimuladas a denunciar casos de abuso e 
exploração sexual.
ANOTAÇÕES
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