Buscar

Tecido Nervoso (generalidades dos neurônios)

Prévia do material em texto

O tecido nervoso é composto pelas células da glia e pelos neurônios (unidade 
funcional). Os neurônios possuem como funções básicas o recebimento de 
informações, processamento e envio. As células da glia, por sua vez, tem função de 
sustentação, revestimento/isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa. 
Células do tecido nervoso: 
O estroma são as células da glia, a neuroglia (90%) (mantém concentração de 
potássio, faz cicatriz, tem as células de Schwann e oligodendrócitos, que forma a 
bainha de mielina etc. etc. etc.) 
E o parênquima são os neurônios (10%). 
Os neurônios apresentam dendritos em uma extremidade e axônio(s) na outra, 
isso permite a sinalização unidirecional. Eles são elétrica e quimicamente 
excitáveis. 
Tanto os neurônios, quanto as células da glia, se desenvolvem a partir de células 
neuroepiteliais, tendo então, características em comum em sua estrutura e 
moléculas devido a origem embrionária comum. Essas células apresentam uma 
bicamada assimétrica que as delimita e faz uma barreira hidrofóbica impermeável 
a maioria das substâncias hidrossolúveis, o plasmalema (membrana plasmática). 
O citoplasma conta com poucas proteínas (nessa fase) e há a presença do 
citoesqueleto – abordado mais à frente. 
Existem mais de cem tipos de neurônios que são classificados levam em 
consideração diversos critérios, como, morfologia e função. A classificação “mais 
básica” será abordada mais à frente. 
 
 
 
 
O neurônio é a unidade funcional do tecido nervoso, são células altamente 
excitáveis que se comunicam entre si e com as células efetuadoras (que são células 
musculares e secretoras) a partir de potenciais elétricos. Esse tipo celular apresenta 
três regiões responsáveis por funções especializadas: o corpo celular (também soma 
ou pericário), dendritos e axônio. 
 Corpo celular (soma ou pericário): 
É o centro do metabolismo celular neural, responsável pelos processos de síntese 
e degradação de proteínas e renovação dos componentes celulares, como a 
membrana. 
Apresenta: 
• Núcleo, que é vesiculoso com nucléolos evidentes; 
• Citoesqueleto: 
o É constituído por microtúbulos e microfilamentos de actina, iguais 
aos de células não neuronais e por filamentos intermediários, 
conhecidos por neurofilamentos pela sua constituição ímpar; 
• Citoplasma com suas organelas (muitas relacionadas a síntese proteica): 
o Ribossomos numerosos, compostos de várias subunidades 
proteicas; 
o Proteassomos, que degradam proteínas ubiquitinadas; 
o Mitocôndrias numerosas, pequenas e geralmente se agrupam ao 
redor dos corpúsculos de Nissl; 
o Peroxissomos; 
o Lisossomos, também chamados de grânulos de lipofucsina que tem 
papel na degradação de proteínas e aumentam com a idade; 
o Aparelho vacuolar – sistema de túbulos, vesículas e cisternas. Inclui 
o RER, o REL, o aparelho de Golgi, as vesículas secretoras, os 
lissosomos, os endossomos e várias vesículas transportadoras que 
fazem a conexão entre essas organelas; 
o Substância ou corpúsculo de Nissl ou substância cromidial – é o 
RER e seus polirribossomos. (São visualizados como grumos 
basófilos no citoplasma). Em neurônios com atividade metabólica 
alta, neurônios com axônio grande, apresentam muitos corpúsculos 
de Nissl, um exemplo é o neurônio motor. 
 
Corpúsculos de Nissl. Fonte: http://anatpat.unicamp.br/lamneuro6.html 
 
 Dendritos: 
Geralmente são curtos e recebem os sinais. Ramificam-se de maneira profusa, 
parecendo galhos de uma árvore, que foram dendritos menores e tem as mesmas 
organelas do pericário. São especializados na recepção de estímulos e em 
transformá-los em alterações no potencial de membrana, que se propagam no 
sentido do corpo celular e em direção ao cone de implantação. 
Apresentam espinhas dendríticas ou gêmulas, são expansão das membranas, locais 
em que ocorre a sinapse. É constituído de uma parte globosa e está ligado à 
superfície do dendrito por uma haste. A quantidade de espinhas dendríticas varia 
com a aprendizagem, relacionado com parte da neuroplasticidade. Mais espinhas 
dendríticas mais sinapses, menos, menos. Tem relação com algumas patologias 
também, como síndrome de Down. 
 
http://anatpat.unicamp.br/lamneuro6.html
 Classificação morfológica dos neurônios: 
Essa classificação leva em consideração os prolongamentos que saem do corpo 
celular. 
- Bipolares: saem dois prolongamentos do corpo celular, esse tipo tem na retina e 
na cóclea; 
- Multipolares: saem vários prolongamentos do corpo celular; 
- Pseudounipolares: Um corpo celular, dele sai um prolongamento que se divide. 
Esses são os principais, mas existem outras classificações, como os neurônios de 
Purkinje e piramidais. 
Um exemplo dos pseudounipolares, são aqueles das informações sensitivas. O 
corpo celular fica no gânglio, junto a medula, um dos prolongamentos vai para a 
pele, o outro entra por trás da medula. 
 
 
 Em relação a função: 
- Sensoriais; 
- De Integração/associação; 
- Motores. 
Há fibras mielínicas e fibras amielinicas. Em peças anatômicas (cadavéricas) a 
parte branca é a parte que apresenta fibras mielínicas. Então a substância branca 
contém axônios mielinizados - tem aspecto de renda nas lâminas histológica, pois 
a preparação da lâmina destrói a mielina. Na substância cinzenta, há corpos 
neuronais e células da glia. 
Informação aferente é aquela que entra no SN, vem dos neurônios aferentes. 
Quando vem a ordem de “execução”, após o processamento do córtex, a 
informação desce, eferente. Normalmente a aferência é sensitiva e eferência é 
motora, mas não necessariamente em todos os casos, só no geral. Sensitivos entra 
por trás da medula e os motores pela frente. 
 
 
 
Corte de medula espinal: 
 
 
Substância cinzenta: 
 
Substância branca: 
 
 
O axônio começa do cone de implantação ou cone axônico. O segmento inicial não 
é mielinizado. 
A proteína cinesina ou quinesina (proteína motora) – carrega o neurotransmissor 
para o final do axônio 
No transporte retrogrado é a dineína que faz esse transporte – carrega de volta para 
o corpo celular, por exemplo, para reciclar a membrana celular de 
neurotransmissores que foram pegos de volta da fenda sináptica. (vírus, como o 
vírus rábico, utilizam esse transporte para alcançar o SNC.

Continue navegando