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ESTATUTO do desarmamento

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Um indivíduo que possui diversas armas de fogo 
responde por concurso de crimes ou somente por um 
crime? 
 STJ - Armas forem do mesmo tipo (ex: todas 
são de uso permitido ou todas de uso restrito) = 
apenas um crime, sendo que a quantidade de 
armas influenciará na aplicação da pena.. 
STJ = Armas de tipos diferentes (ex: de uso restrito E 
de uso permitido) o indivíduo responderá por mais de 
um crime, pois, nesse caso são tutelados bens jurídicos 
diferentes, as armas de uso restrito também tutelam a 
seriedade dos cadastros do Sistema Nacional de Armas; 
portanto, não poderia ser aplicado o princípio da 
consunção. 
OMISSÃO DE CAUTELA 
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para 
impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa 
portadora de deficiência mental se apodere de arma de 
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua 
propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, 
e multa. Parágrafo único. 
 Único que cabe transação penal e suspensão 
condicional do processo.. 
 Único crime culposo 
 Crime próprio (só pode ser praticado pelo dono 
da arma) 
 Crime material (se consuma caso ocorra o 
apoderamento da arma) 
Continuação art 13: Nas mesmas penas incorrem o 
proprietário ou diretor responsável de empresa de 
segurança e transporte de valores que deixarem de 
registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia 
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio 
de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob 
sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois 
de ocorrido o fato.. 
 Crime a prazo 
 Crime próprio 
Sem que o proprietário ou diretor da empresa tenha 
ciência do ocorrido, o prazo de vinte e quatro horas não 
começa a fluir. Isso porque se trata de crime em sua 
modalidade dolosa, exigindo, portanto, a presença do 
binômio “consciência + vontade” 
 
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO 
PERMITIDO: 
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em 
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, 
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou 
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso 
permitido, sem autorização e em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é 
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver 
registrada em nome do agente. 
 Para algumas profissões (PC, PM) a identidade 
funcional funciona como porte de arma.: 
 A própria autoridade policial, ou seja, o delegado 
de polícia, pode atribuir fiança na Delegacia de 
Polícia. 
 
Art. 30. Os integrantes das Forças Armadas e os 
servidores dos órgãos, instituições e corporações 
mencionados nos incisos II, V, VI e VII do caput do art. 6º 
da Lei n. 10.826, de 2003, transferidos para a reserva 
remunerada ou aposentados, para conservarem a 
autorização de porte de arma de fogo de sua 
propriedade deverão submeter-se, a cada dez anos, aos 
testes de avaliação psicológica a que faz menção o inciso 
III do caput do art. 4º da Lei n. 10.826, de 2003. 
 
 STF = “Demonstrada por laudo pericial a 
inaptidão da arma de fogo para o disparo, é 
atípica a conduta de portar ou de possuir arma 
de fogo, diante da ausência de afetação do bem 
jurídico incolumidade pública, tratando-se de 
crime impossível pela ineficácia absoluta do 
meio”. (ARMA INAPTA) 
STF = portar arma de fogo desmuniciada é TÍPICA, pois 
o porte de arma de fogo é crime de perigo abstrato. 
ARMA DE FOGO PARA COMETER HOMICÍDIIO/ROUBO 
 Em regra, o delito de arma de fogo fica 
absorvido pelo homicídio/roubo (princípio da 
consunção) 
 Se a questão deixar bem claro contextos fáticos 
distintos, com dolos autônomos, ou ainda que o 
porte não tenha sido um meio necessário para o 
homicídio, teremos o concurso de crimes 
E se o agente agir em legitima defesa, porém portando 
de forma ilegal uma arma de fogo? 
STF = nesse caso, a conduta seria típica, porém não 
seria ilícita, então o agente não responderia pelo porte 
ilegal de arma de fogo. 
COLECIONADORES, ATIRADORES E CAÇADORES 
(CAC): 
Decreto n. 9.846/2019 em seu art. 4º, § 3: Os 
colecionadores, os atiradores e os caçadores poderão 
portar uma arma de fogo curta municiada, alimentada e 
carregada, pertencente a seu acervo cadastrado no 
Sinarm ou no Sigma, conforme o caso, sempre que 
estiverem em deslocamento para treinamento ou 
participação em competições, por meio da apresentação 
do Certificado de Registro de Colecionador, Atirador e 
Caçador, do Certificado de Registro de Arma de Fogo e 
da Guia de Tráfego válidos. 
 
 As guias de trânsito para os particulares são 
expedidas pela Polícia Federal, e as guias de 
tráfego para os CAC são expedidas pelo 
Comando do Exército. 
 
 Se as guias de tráfego forem descumpridas 
pelos CAC eles responderão pelo porte ilegal de 
arma de fogo. 
 
DISPARO DE ARMA DE FOGO 
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em 
lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou 
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha 
como finalidade a prática de outro crime: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é 
inafiançável. 
 Crime comum (pode ser praticado por qualquer 
um, inclusive por policiais em serviço) 
 Crime doloso (ou seja, o disparo acidental não é 
crime) 
 Não importa a quantidade de disparos (ou seja, 
mesmo disparando várias vezes responderá 
apenas por um crime) 
 “não tenha finalidade a prática de outro crime” = 
torna esse fato típico subsidiário, desde que o 
outro crime seja MAIS grave, caso contrário = 
concurso das infrações penais. 
 Ser inafiançável = TODOS os parágrafos sobre 
ser inafiançável nesta lei o supremo considerou 
INCONSTITUCIONAL. 
 
 A Lei n. 13.060/2014 disciplina o uso dos 
instrumentos de menor potencial ofensivo pelos 
agentes de segurança e deixa bem claro em seu 
art. 2º, parágrafo único. Parágrafo único. Não é 
legítimo o uso de arma de fogo: 
 I – contra pessoa em fuga que esteja desarmada 
ou que não represente risco imediato de morte 
ou de lesão aos agentes de segurança pública 
ou a terceiros; e 
 II – contra veículo que desrespeite bloqueio 
policial em via pública, exceto quando o ato 
represente risco de morte ou lesão aos agentes 
de segurança pública ou a terceiros. 
Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito: 
ART. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, 
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que 
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter 
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou 
munição de uso restrito, sem autorização e em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. § 1º 
Nas mesmas penas incorre quem: 
 I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer 
sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; 
 II – modificar as características de arma de fogo, de 
forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso 
proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de 
qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou 
juiz; 
 III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato 
explosivo ou incendiário, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar; 
 IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer 
arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro 
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; 
 “Raspar” “modificar (ex: transformar um 
revolver calibre 38 num calibre 357)” com o 
intuito de induzir a erro autoridade policial, perito 
ou juiz, = deixa de responder pelo art 14 e passa 
a responder pelo art. 16 
 
 Granada de Gás lacrimogênio e de pimenta não 
possuem capacidade destrutiva, logo não se 
encaixam no art. 16 (III), - STJ 
 O coquetel molotov é um artefato incendiário;portanto, o agente responderá pelo art. 16 do 
Estatuto do Desarmamento. 
Nas explosões a caixas eletrônicos = furto qualificado 
com o emprego de explosivo ou artefato análogo que 
cause perigo comum. 
Inciso IV: não se encaixam armas de fogo com a 
numeração suprimida pelo decurso do tempo (neste 
caso não teve dolo) 
 A fiança somente pode ser atribuída pelo juiz 
COMÉRCIO ILEGAL E TRÁFICO DE ARMA DE FOGO 
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, 
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, 
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma 
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de 
atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório 
ou munição, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar 
: Pena – reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, ‘1e multa. 
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para 
efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de 
serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, 
inclusive o exercido em residência. 
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega 
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização 
ou em desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando 
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta 
criminal preexistente 
 
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída 
do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, 
acessório ou munição, sem autorização da autoridade 
competente: 
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e 
multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem 
vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, 
em operação de importação, sem autorização da 
autoridade competente, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios razoáveis de 
conduta criminal preexistente 
 As penas destes artigos foram ampliadas com a 
Lei 13.964/2019 
 
 Para que o agente responda por este artigo ele 
precisa demonstrar habitualidade da 
comercialização. Um particular que vende para 
outro responde pelo art 14/16. 
 
 O agente que trabalha de forma 
clandestina como “armeiro”, consertando 
armas responde pelo art. 17 
 Único crime de competência da 
JUSTIÇA FEDERAL. 
 
 
 
Quem contrabandear (importar e exportar) arma de fogo 
não responderá pelo art. 334-A do CP. Quem 
favorece/facilitar a entrada de armas de fogo no Brasil não 
responderá pelo art. 338 do CP. Ambos responderão pelo 
art 18. = PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE.. 
 
O agente estiver importando armamento privativo das 
Forças Armadas, responderá pelo art. 12 da Lei n. 
7.170/1983 (Lei de Segurança Nacional). 
 
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é 
aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou 
munição forem de uso proibido ou restrito 
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a 
pena é aumentada da metade se: 
 I – forem praticados por integrante dos órgãos e 
empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei 
(integrantes das formas armadas, Segurança pública e 
dos demais órgãos); ou 
II – o agente for reincidente específico em crimes dessa 
natureza 
Art 21 = Supremo declarou inconstitucional também. 
Crimes dos art. 16, 17 e 18 foram incluídos no rol dos crimes 
hediondos. 
Abolitio Criminis temporário: 
PeríodoS em que foi possível POSSUIR arma de fogo 
sem o CRAf – De 2003 – 2005 / 2005-2009

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