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Calcificação Patológica - Calcificação distrófica ou metastática

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Medicina Veterinária 
Calcificação Patológica 
DO QUE SE TRATA? 
Processo no qual sais de cálcio (normalmente 
de fosfato ou carbonatos) se depositam em tecidos 
frouxos mortos, que estão morrendo ou normais. 
Há duas formas de calcificação, a calcificação 
distrófica e a calcificação metastática. Existem 
também duas formas menos comuns, a 
calcificação idiopática (sem lesão ou anormalidade 
do tecido) e a iatrogênica (ingestão de sais de cácio). 
 
Calcificação Distrófica 
Nele há deposição de sais em tecidos que 
estão morrendo, assim é notada em áreas de 
necrose (qualquer tipo de necrose, apesar de que a 
necrose liquefativa é menos comum), ou seja, em 
tecidos lesados. Desse modo, as células mortas 
perdem a capacidade de controlar o influxo de 
cálcio, com isso ocorre o acúmulo de cálcio nas 
mitocôndrias. Esse processo pode acontecer 
mesmo que os níveis de cálcio estejam normais, 
ou sem perturbações no metabolismo do cálcio, 
sendo um problema da célula em si. 
Seus locais mais frequentes de acúmulo são 
em miocárdio necrosado, musculatura esquelética 
necrosada, granulomas (ex: tuberculose e cistos 
hidáticos em bovinos). Tal acúmulo é permanente 
embora inofensivo, maiores riscos estão 
relacionados a casos em que interfira 
mecanicamente no funcionamento do órgão, 
como no movimento das válvulas cardíacas . 
Pode ser um indicador de lesão tecidual 
prévia, o que possui grande importância. 
 
CALCINOSE 
Esse termo é usado para se referir a 
calcificação na pele ou embaixo dela. Possui duas 
principais formas, a calcinose cutânea havendo 
mineralização do colágeno da derme e das 
membranas basais epidérmicas e a calcinose 
circunscrita que se relaciona a traumatismos 
repetitivos e em locais de suturas por 
polidioxanona encobertas. 
 
MACROSCOPIA 
Visualmente é notado áreas 
afetadas esbranquiçadas e durante 
a incisão possui um aspecto 
arenoso. 
 
MICROSCOPIA 
Pela histologia é observado os sais de cálcio 
como grânulos amorfos bem definidos e 
agregados, podendo ser intercelulares ou 
extracelulares. Eles são corados normalmente com 
hematoxilina possuindo assim, coloração azulada. 
11-08-2021 
 
Medicina Veterinária 
Entretanto pode ser feito uma coloração especial 
para melhor visualização. 
 
Calcificação Metastática 
Difere-se da calcificação distrófica 
primeiramente por se depositar em tecidos 
normais, e também por representar maior 
concentração de cálcio – hipercalcemia. Logo, 
acontece que há maior quantidade de íons de 
cálcio entrando nas células, e se depositando nas 
organelas, principalmente nas mitocôndrias. 
Sua gravidade depende de quão 
desenvolvido esta a calcificação, e quanto 
compromete a funcionalidade do órgão. 
 
PRINCIPAIS CAUSAS NA VETERINÁRIA 
1. Insuficiência renal  Causa retenção de fosfato, 
induzindo ao hiperparatireoidismo renal 
secundário e hipercalcemia. Depositam-se 
na mucosa gástrica, rins e septos 
alveolares. 
2. Intoxicação por vitamina D  Em herbívoros é 
provocado normalmente por ingestão de 
plantas calcinogênicas, que mineralizam os 
tecidos moles, acomete principalmente 
aorta, coração e pulmão. Já nos cães e 
gatos, a intoxicação tende a ser devido à 
ingestão de rodenticidas (veneno para ratos) 
com colecalciferol, tende a serem afetados 
a mucosa intestinal, paredes de vasos 
sanguíneos, pulmões e rins. 
3. Paratormônio (PTH) e proteína relacionada ao PTH  
Podem se associar a hipercalcemia devido 
a concentrações elevadas da proteína 
relacionada ao PTH, comum em linfomas 
malignos e aos adenocarcinomas de 
glanduas apócrinas anais em cães. Serão 
mineralizados a mucosa intestinal, paredes 
de vasos sanguíneos, pulmões e rins. 
4. Destruição óssea devido a neoplasias primárias 
ou metastáticas. 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
MC GAVIN, M. Donald; JAMES, F. Zachary. Bases 
da Patologia em Veterinária. São Paulo – SP: 
Editora Elsevier, 2013.

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